Trabalho 1 Rev05
-
Upload
renato-diares-manfrinatto -
Category
Documents
-
view
30 -
download
3
Transcript of Trabalho 1 Rev05
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO I E II
TRATAMENTOS TÉRMICOS: ALÍVIO DETENSÕES, RECOZIMENTO E NORMALIZAÇÃO.
Sorocaba/SP - Março de 2012
1
TRATAMENTOS TÉRMICOS: ALÍVIO DETENSÕES, RECOZIMENTO E
NORMALIZAÇÃO.
Andre Rossatto Accarini R.A 110581Allan Garrote R.A 111484Brian Moraes R.A 110768Bruno Furquim Reginaldo R.A 110325Gustavo Pereira Monteiro R.A 101350Ítalo Augusto Guerra Pereira R.A 110330Ivan Correi Pontes R.A 110468Juliano Cubas Gregorio - R.A 110691Paulo Roger R.A 101431Renan Diares Manfrinatto R.A 100477Renato Diares Manfrinatto R.A 100668Rodrigo Law R.A 120020Romeu Pitthan R.A 110680
2
SUMARIO
Introdução_________________________________________________________________4
Alívio de tensão ____________________________________________________________4
Definição__________________________________________________________________4
Descrição do processo________________________________________________________4
Alívio de tensões em forno____________________________________________________5
Alívio de tensões por vibrações_________________________________________________6
Alívio de tensões natural______________________________________________________6
Desidrogenação_____________________________________________________________6
Aplicação__________________________________________________________________7
Recozimento________________________________________________________________7
Processo térmico____________________________________________________________7
Características do processo de recozimento________________________________________7
Condições do processo de recozimento___________________________________________7
Condições antecedentes das peças e condições finais________________________________8
Diferenças no recozimento_____________________________________________________8
Recozimento pleno ou total____________________________________________________8
Recozimento caixa___________________________________________________________9
Recozimento de alívio de tensões_______________________________________________9
Recozimento para recristalização_______________________________________________9
Recozimento isotérmico ou cíclico_____________________________________________10
Normalização______________________________________________________________10
3
Bibliografia_______________________________________________________________12
INTRODUÇÃO
Os metais apresentam grande diversidade de propriedades físicas e químicas, conforme a
pressão, temperatura e outras variáveis. Diferentes tipos de mecanismos e estruturas de
cristalização, o que também lhe altera as características. Apresentam forte tendência a não
formar compostos entre si, o tamanho, forma e disposição das partículas metálicas assim
especificadas pela metalografia que são fundamentais para o reconhecimento das
propriedades físicas que determinam a plasticidade e resistência à tração. Esses fatores podem
ser alterados por tratamentos térmicos, o tratamento térmico é um conjunto de operações que
através do aquecimento e resfriamento controlado, visa alterar as propriedades dos aços e
outros materiais. Em geral, a melhora de uma ou mais propriedades, mediante um
determinado tratamento térmico, é conseguida com prejuízo de outras.
ALÍVIO DE TENSÕES
Definição
Neste processo, as propriedades das peças a serem tratadas não são alteradas
significativamente. A superposição de tensões internas com tensões de esforços poderá levar
as alterações de forma indesejáveis (empenamento) ou até mesmo à ruptura. Quando o
surgimento destas dificuldades é previsível, por exemplo, após o resfriamento de uma peça
fundida ou após a têmpera, então o Tratamento para alívio de tensões deverá ser realizado, na
medida do possível, imediatamente após o surgimento de tensões (especialmente quando
houver risco de surgimento de trincas).
Descrição do processo.
Se peças se deformarem durante o tratamento térmico ou se surgirem Trincas, frequentemente
isso é devido à liberação de tensões residuais.
Estas tensões residuais são provenientes de:
Resfriamento desigual após Fundição (em relação à seção transversal da peça); Operações de usinagem.
4
Conformação a frio.
Conformação a quente.
Tratamento térmico.
Soldagem.
Estas tensões podem ser reduzidas pelo tratamento térmico de alívio de tensões. A 450 °C, as
tensões já são reduzidas aproximadamente à metade. Temperaturas entre 550°C e 650°C são
usuais. A temperatura de tratamento deve ser tão baixa, para que não ocorram mudanças de
estrutura indesejáveis, devendo também ser inferior à temperatura de revenimento aplicada
numa eventual têmpera anterior. É essencial que a peça alcance à mesma temperatura no seu
todo, sendo em seguida resfriada lentamente no forno, de forma que não surjam grandes
Gradientes de temperatura pela seção transversal. O tratamento térmico para alívio de tensões
é definido como o tratamento à temperatura abaixo de temperatura inferior crítica A1, seguido
de resfriamento lento para reduzir as tensões internas, sem alteração intencional da estrutura.
Neste processo, as propriedades das peças a serem tratadas não são alteradas
significativamente. A superposição de tensões internas com tensões de esforços poderá levar
as alterações de forma indesejáveis (empenamento) ou até mesmo à ruptura. Quando o
surgimento destas dificuldades é previsível, por exemplo, após o resfriamento de uma peça
fundida ou após a têmpera, então o tratamento para alívio de tensões deverá ser realizado, na
medida do possível, imediatamente após o surgimento de tensões (especialmente quando
houver risco de surgimento de trincas).
Na maioria dos materiais, a resistência e a tensão de escoamento diminuem com o aumento da
temperatura conseqüentemente, o tratamento para alívio de tensões inclui sempre um
aquecimento completo a patamar de temperatura. O tempo deve ser de 1 a 2 horas após a
homogeneização da temperatura. Entretanto, por motivos de segurança, a temperatura máxima
de Tratamento deve ser de 20 °C a 30 °C abaixo da temperatura de revenimento.
Além da uniformização e mantimento da temperatura ideal de tratamento, são de particular
importância para o sucesso do tratamento para alívio de tensões um aquecimento e
resfriamento lentos. O aquecimento para a temperatura de deve ser tão lento que a tensão de
escoamento a quente seja alcançada tão uniformemente quanto possível por toda a seção
transversal (dependendo do tipo de aço e da composição). Isso se deve ser observado às
materiais mais sensíveis a variação de temperatura e de baixa tenacidade ou de zonas
5
relativamente frágeis, tais como ferro fundido, peças soldadas, peças temperadas (em especial
peças com a têmpera superficial). O resfriamento a partir da temperatura é considerado a
etapa mais importante do processo, porque um processo rápido demais poderá resultar não
apenas numa redução pequena das tensões, mas até mesmo num aumento de tensões em
comparação com o estado inicial, mesmo que todas as outras etapas do processo
(aquecimento, uniformização do calor, manutenção da temperatura) sejam realizadas
corretamente. É recomendável uma velocidade de resfriamento entre 50 e 100 °C/h.
Alivio de tensão em fornos.
O processo de alívio de tensões é feito em fornos com a temperatura abaixo da Zona de
Temperatura Crítica e sem controle de atmosfera. A peça é mantida no forno por um tempo
determinado e então retirada para resfriamento ao ar.
Alivio de tensão por vibração.
Há também o processo de Alívio de tensões por vibração. Como o processo de Alívio de
Tensões é feito através do fornecimento de energia para a peça, no caso do processo térmico,
esse fornecimento é através do calor, então foi criado um método de fornecimento através de
vibração mecânica, produzidas por um indutor de forças. As vantagens do processo vibratório
em relação ao térmico são:
Redução no tempo de execução; Possibilidade real de medir os resultados do processo.
Alivio de tensão natural.
Alívio de tensões natural é um processo raro, foi muito comum em fundições que dispunham
de estoques de fundidos. Consiste em deixar os componentes fundidos durante meses ou até
anos num processo de envelhecimento, capaz de eliminar 10% a 20% das tensões residuais.
Desidrogenação
Tratamento térmico de Alívio de Tensões aplicado após operações de recobrimento galvânico
removendo o hidrogênio. É realizado em estufas entre 150ºC a 250ºC.
6
Aplicação
O Alivio de tensão é muito utilizado no ramo metalúrgico, por exemplo, na fabricação de
molas, engrenagens, chapas estampadas para assim garantir ductilidade e tenacidade, sem
alterar a estrutura do produto.
Usa-se mais frequentemente este processo do que a normalização e o recozimento, isto porque
as peças mais complexas muitas vezes requerem o alívio de tensões para alcançarem a
estabilidade dimensional. em geral, não existem regras muito bem estabelecidas que decidam
pela aplicação do alívio de tensões. No entanto, alguns exemplos mais comuns podem nos
orientar quanto a tal uso:
Juntas Soldadas que requerem usinagem dos depósitos de solda; Usinagem de formas acabadas a frio; Peças Fundidas que requerem usinagem; Peças com tolerâncias dimensionais extremamente apertadas; Peças de grande porte usinadas a partir de peças com formas mais pesadas.
RECOZIMENTO
Processo Térmico
O recozimento tem todas as características dos processos térmicos de metais em geral e do
aço em partícula. Os processos térmicos se caracterizam pelo aquecimento das peças,
permanência numa dada temperatura, podendo ou não receber substâncias que são agregadas
à sua estrutura; resfriamento em velocidades, ritmos e condições diferentes.
Características do processo de recozimento.
Entre os processos térmicos, o recozimento visa reduzir a dureza e obter uma maior
usinabilidade das peças, para o quê, sob atmosfera controlada, elas são mantidas em
temperaturas relativamente baixas (entre 500°C e 900°C). A especificação da temperatura
7
depende de uma consulta a uma tabela, e as peças permanecerão nela até que toda a massa do
aço fique uniformemente naquela temperatura.
Segue-se o resfriamento, o qual é feito de maneira lenta, dentro do próprio forno ou no meio
ambiente ou em caixas apropriadas. O tempo maior de exposição a uma dada temperatura e
um tempo de resfriamento também longos, são as características básicas do recozimento. Mas,
como em todos os processos térmicos de metais, certas variáveis ditam as características do
processo e, no caso em pauta, vão gerar resultados diferentes nas peças recozidas. Entretanto,
um resultado comum a todas é a possibilidade de usar a peça em certas aplicações que seriam
inatingíveis antes.
Condições antecedentes das peças e condições finais.
Quando um metal é deformado plasticamente a frio ou sofre a ação do encruamento, ocorre
uma deformação cristalina que será tanto maior quanto maior for a deformação plástica. A
deformação pode ser conseqüência natural do processo a que o metal foi submetida
anteriormente. O que se busca com o recozimento é a reconstituição da estrutura cristalina ou
seu retorno à dureza normal ou, ainda, a homogeneização do aço. Com essa mudança de
configuração, obtemos um aumento da ductilidade, o que facilita a usinagem.
Diferenças no recozimento.
O processo descrito é chamado de recozimento pleno. Entretanto, ele pode sofrer mudanças
para se obter uma recristalização e, com ela, obterem-se grãos maiores ou menores; este é o
recozimento de recristalização. O processo pode também objetivar o alívio de tensões
resultantes de processos anteriores, como por exemplo, soldagens. O recozimento pode ainda
objetivar uma esferoidização da cementita lamelar.
Recozimento pleno ou total.
O objetivo do recozimento total ou pleno e o de obter dureza e estrutura controlada paraos
aços. A temperatura de recozimento de um aço hipoeutetóide de ser de 50°C acima da linha
A3, já a temperatura de recozimento de um aço hipereutetóide deve estar entre as linhas Acm
e A1, o resfriamento deve ser lento e realizado dentro do forno.
8
Os aços após terem passado por um recozimento total ou pleno têm como constituintes
resultantes as seguintes fases:
Aço hipoeutoide ferrita + grosseira.
Aço eutetóide perlita grosseira.
Aço hipereutetóide cementita + perlita grosseira.
A perlita grosseira é ideal para melhorar a usinabilidade dos aços baixo e médio carbono, para
melhorar a usinabilidade dos aços alto carbono recomenda-se a esferoidização.
Recozimento Caixa
Que é o tratamento utilizado para a proteção de grandes massas ou grande número de peças de
aço, de modo a impedir que a superfície acabada das mesmas seja afetada por oxidação ou
outro efeito típico de tratamento térmico. As peças tais como tiras a chapas laminadas a frio,
portanto no estado encruado - são colocadas no interior do forno, em recipientes vedados.
Geralmente faz-se aquecimento lento a temperaturas abaixo da zona crítica, variando de
600ºC.
Recozimento de Alívio de Tensões
O objetivo do recozimento para alívio de tensões é de remover tensões internas que são
originadas de processos como tratamento mecânico, soldagem, corte e etc. Na temperatura de
recozimento não podem ocorrer transformações de fase, deve-se evitar muito altas devido ao
risco de distorções.
9
Recozimento para recristalização.
O objetivo do recozimento para recristalização e o de eliminar o encruamento gerado pela
deformação à frio, na temperatura de recozimento não podem ocorrer transformações de fase,
o resfriamento deve ser lento ao ar ou ao forno.
Recozimento isotérmico ou cíclico.
A diferença entre o recozimento isotérmico e o recozimento pleno está no resfriamento que é
bem mais rápido tornando o recozimento isotérmico mais prático e mais barato. Permite que
se obtenha uma estrutura final mais homogênea. Este tipo de recozimento não é aplicável para
peças de grande volume porque é difícil de baixar a temperatura do núcleo da mesma, esse
tratamento é geralmente realizado em banho de sais.
NORMALIZAÇÃO
Normalização de aços é um tratamento considerado tanto do aspecto térmico como micro
estrutural. No aspecto térmico, normalização é um ciclo de aquecimento de austenetização
seguido por um resfriamento em ar calmo ou levemente agitado. Tipicamente, o material é
aquecido a uma temperatura aproximadamente 55 graus Celcius acima da linha critica
superior do diagrama de fases Ferro-Carbeto de Ferro mostrado na Fig.2; que é acima da linha
Ac3 para aços hipoeutetoides e acima da linha Acm para aços hipereutetoides.
10
Umas grandes variedades de produtos ferrosos podem ser normalizadas. Todos os aços de
baixo carbono, médio e alto carbono podem ser normalizados como também vários ferro-
fundidos. Aços austeniticos, inoxidáveis ou aços maraging ( alta resistência) ou não podem
ou não são usualmente normalizados.
O objetivo de normalização varia consideravelmente. Normalização pode aumentar ou
diminuir a resistência e dureza de uma determinada liga em um produto, dependendo do
histórico térmico e mecânico do processo. Na verdade, a função da normalização pode
sobrepor ou ser confundida com as funções de recozimento, endurecimento e alivio de
tensões. Melhora na usinabilidade, refinamento da estrutura do grão, homogeneização e
modificação de tensões residuais são as razões para se realizar a normalização.
Homogeneização de fundidos através de normalização pode ser feito para romper ou refinar a
estrutura dendritica e facilitar uma resposta mais uniforme a um endurecimento posterior. Da
mesma maneira, para produtos forjados, normalização pode eliminar banded grain structure
devido a laminação a quente, e também eliminar grãos grandes ou mistura grãos grandes e
pequenos desenvolvido no processo de forja.
11
BIBLIOGRAFIA.
http://www.metalharte.com.br/recozimento.htm
http://www.spectru.com.br/Metalurgia/diversos/tratamento.pdf
http://engenhariamecanicanaweb.blogspot.com.br/2010/02/recozimento.html
http://www.inforgel.com.br/si/site/0904/p/Alivio%20de%20Tensão
http://www.nitriondobrasil.com.br/serv_alivio.html
Metal Handbook – Desk Edition – 2nd Edition
12