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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE
GPA DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO
PAMELA CRISTINA DE LIMA RHODEN
RAFAELLA UTSCH MATOS
Várzea Grande-MT
Abril de 2016
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE
GPA DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO
PAMELA CRISTINA DE LIMA RHODEN
RAFAELLA UTSCH MATOS
Trabalho apresentado ao Curso de
Farmácia, como requisito parcial paraavaliação da Disciplina de BioquímicaClínica.
Prof.ª: Andreza Lucia de Menezes.
Várzea Grande-MT
Abril de 2016
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4
2. DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO ......................................................................... 5
2.1 Alteração do sódio ......................................................................................................................... 5
2.1.1 Determinação do sódio ........................................................................................................... 6
2.2 Alteração do Potássio .................................................................................................................... 7
2.2.1 Determinação do Potássio ...................................................................................................... 8
2.3 Alterações do cálcio ...................................................................................................................... 82.4 Alterações do magnésio ................................................................................................................ 9
2.5 Distúrbios do Fósforo .................................................................................................................. 10
2.6 Cloretos ....................................................................................................................................... 12
3 LACTATO ........................................................................................................................................ 12
4 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 14
5 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 15
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1 INTRODUÇÃO
Os desequilíbrios hidroeletrolíticos estão entre os principais problemas clínicosencontrados na emergência e podem ser fatais se não corrigidos adequadamente. Cuidados
especiais devem ser dados aos pacientes críticos como vítimas de trauma, grandes queimados,
sépticos, portadores de insuficiência cardíaca ou renal, em quimioterapia e mesmo atletas de
alto desempenho sintomáticos.
Os eletrólitos são os ânions ou cátions com cargas elétricas negativa ou positiva,
respectivamente. Os principais eletrólitos encontrados no homem são: Na+, K +, Ca2+, Mg2+, Cl-
, HCO-3 fosforo, lactato, ácidos orgânicos, proteínas e oligoelementos. Apesar dos aminoácidos
e proteínas em solução também possuírem carga elétrica, em bioquímica clínica eles são
considerados separadamente. Os principais eletrólitos ocorrem principalmente como íons
livres.
As necessidades dietéticas de eletrólitos variam amplamente; alguns são necessários
somente em pequenas quantidades ou são retidos quando o suprimento é pequeno. Outros, como
o cálcio, potássio e o fósforo, são continuamente excretados e devem ser ingeridos regularmente
para prevenir deficiências. A ingestão excessiva leva a um aumento correspondente na
excreção, principalmente, na urina. A perda anormal de eletrólitos como resultado de
perspiração intensa, vômito ou diarreia é rapidamente detectado por testes laboratoriais e pode
ser corrigida pela administração oral ou parenteral de soluções salinas.
Segundo Motta T. Valter (2009), o papel dos eletrólitos no organismo vivo é bastante
variado, praticamente não existe nenhum processo metabólico que não seja dependente ou
afetado pelos eletrólitos. Entre as várias funções dos eletrólitos se destacam: manter a pressão
osmótica e a distribuição de água nos vários compartimentos do corpo, manter o pH fisiológico,
regular a função apropriada do coração e músculos, envolvimento nas reações de oxidação-
redução (transferência de elétrons) e participar da catálise como cofatores para as enzimas.
Assim sendo, torna-se óbvio que níveis elevados de eletrólitos e oligoelementos podem ser a
causa ou a consequência de várias desordens.
As desordens da homeostase da água e eletrólitos resultam em várias síndromes como
desidratação, edema. Pacientes com estas desordens necessitam uma cuidadosa avaliação antes
da aplicação da terapia adequada. O diagnóstico é realizado através dos achados clínicos e testes
laboratoriais; estes últimos além de confirmar a clínica, ainda podem detectar anormalidadesespecíficas como hipernatremia, insuficiência renal.
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2. DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO
2.1 Alteração do sódio
O sódio é o cátion que existe em maior quantidade nos líquidos extracelulares. Os íonsde sódio participam da manutenção do equilíbrio hídrico (EH), da transmissão dos impulsos
nervosos e da contração muscular. A sua concentração normal no líquido extracelular (LEC)
varia entre 136 e 144mEq/l. O EHE é regido por um princípio fisiológico importante: a água
vai para onde for o sódio. Quando os rins retêm sódio, a água também é retida. Por outro lado,
e a sua excreção é acompanhada pela excreção de água. Este é o princípio da maioria dos
diuréticos. Quando a ingestão de sódio diminui, ou quando o paciente perde líquidos, o
organismo procura reter sódio por ação da aldosterona nos túbulos renais, onde promove areabsorção do sódio.
Hiponatremia
A hiponatremia é definida como a concentração de sódio, no soro, inferior a 136
mmol/L. É associada com diferentes doenças, e quase sempre é resultado de retenção hídrica.
Na maioria das vezes, esse problema é devido à secreção inapropriada do Hormônio
Antidiurético (HAD), embora a excreção de água livre possa estar limitada em algumassituações, como a insuficiência renal crônica, independente, e do HAD. É o distúrbio
hidroeletrolítico mais comum em pacientes internados e está associada à aumento da
mortalidade.
Quadro clínico
Na grande maioria das vezes, é assintomática, só ocorrendo sinais e sintomas nos casos
graves. Geralmente, até a concentração de 125 mmol/L, não há sintomas. Eles são inespecíficos,
e podem ocorrer em inúmeras condições clínicas.
Sintomas: letargia, apatia, desorientação, câimbras musculares, anorexia, náuseas e agitação.
Sinais: sensório anormal, reflexos profundos deprimidos, respiração de Cheyne Stokes,
hipotermia, reflexos patológicos, paralisia pseudobulbo e convulsões.
Hipernatremia
Hipernatremia é a concentração sérica de sódio > 145 mmol/L. Desenvolve-se a partir
de um ganho de sódio ou pela perda de água livre, ou pela combinação desses fatores. Está
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sempre associada à hiperosmolalidade. Acredita-se que tenha uma frequência de 0,2% nas
admissões hospitalares, chegando a 6% nos pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI).
Etiologia
Perda de água superior à de sódio: diarreia e vômitos, insuficiência renal, diabetes
insipidus, diabetes mellitus, febre, insolação, hiperventilação; reposição insuficiente das perdas
hídricas: diminuição da ingestão hídrica por náuseas, vômitos ou incapacidade física;
administração de sobrecarga de soluto: suplementação de proteínas e sal, na alimentação, por
sonda, envenenamento acidental por sal de cozinha, diuréticos osmóticos, diálise; excesso de
esteroides.
Quadro clínico
A hipernatremia pode ser sintomática e levar a sinais e sintomas clínicos.
Disfunção do SNC: É consequente à desidratação celular, com contração das células cerebrais,
o que pode levar à laceração, hemorragia subaracnóide e subcortical, e trombose dos seios
venosos. As primeiras manifestações da hipernatremia são: agitação, letargia e irritação. Esses
sintomas podem ser seguidos de espasmos musculares, hiperreflexia, tremores, ataxia. A
hipernatremia aguda é mais grave do que a crônica, e a evolução mais benigna, nos casoscrônicos, deve-se à formação de osmóis ideogênicos, osmoticamente ativos para restauração de
água intracelular. A gravidade dos sintomas cabíveis depende da idade, e é maior em pacientes
muito jovens ou muito velhos.
2.1.1 Determinação do sódio
Paciente. Não é exigido cuidados especiais.
Amostra. Soro, plasma heparinizado ou urina de 24 h. No caso do plasma, não empregar
heparina na forma de sais de sódio ou amônio (sais de amônio interferem nos métodos
cromogênicos ou que empregam eletrodos íons-seletivos). Separar o soro ou o plasma das
células, no máximo 3 h após a coleta. O sódio é estável por uma semana em temperatura
ambiente e por 12 meses quando congelado.
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2.2 Alteração do Potássio
O potássio é o principal cátion intracelular que regula a excitabilidade neuromuscular e
a contratilidade muscular. O potássio é necessário para a formação do glicogênio, para a síntese
proteica e para a correção do desequilíbrio acidobásico. A sua importância no EAB é
importante, porque os íons K+ competem com os íons H+. Por conseguinte, na acidose, ocorre
eliminação de um H+ para cada K+ retido. Na alcalose, dá-se o contrário. A regulagem do
potássio está a cargo, principalmente, dos rins. Quando a aldosterona aumenta, a urina elimina
maior quantidade de potássio e o nível de potássio no sangue pode diminuir. Outro mecanismo
regulador baseia-se na permuta com o Na+ nos túbulos renais. A retenção de sódio é
acompanhada pela eliminação de potássio.
Os níveis séricos normais de potássio oscilam entre 3,5 a 5 mEq/l. Ressalte-se que os
valores plasmáticos representam os valores extracelulares. Sua normalidade ou o seu aumento
não significam alterações globais dos seus valores, isto porque ele predomina no LIC. Já o seu
valor plasmático é importante no caso de hiperpotassemia, porque é o aumento dos seus níveis
extracelulares que pode levar à parada cardíaca diastólica.
Hiperpotassemia
Concentração plasmática do íon potássio acima de 5,0 mEq/L. Deve-se excluir a
pseudo-hiperpotassemia, que ocorre nas seguintes situações:
• Leucocitose: acima de 100.000/mm3
• Plaquetose: acima de 1.000.000/mm3
• Hemólise
Etiologia
Insuficiência renal aguda, doença de Addison, acidose, transfusões e hemólise, lesões por esmagamento de membros e outras causas de degradação de proteínas, grande ingestão de
K+ frente à insuficiência renal, Diabetes mellitus não-controlada, entre outras.
Sinais e Sintomas
Fraqueza muscular, paralisia flácida, diminuição de ruídos hidroaéreos, parestesias
(face, língua, pés, mãos), irritabilidade muscular, arritmias cardíacas e outras alterações do
Eletrocardiograma (ECG) (onda T “em campânula”, complexos QRS alargados), paradacardíaca em diástole.
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Hipopotassemia
Hipocalemia ou Hipopotassemia e a concentração de potássio sérico inferior 3,5 mEq/L,
considerada uma anormalidade eletrolítica.
Etiologia
Perdas gastrintestinais (diarréia, fístula Gastrintestinal (GI), vômitos); perdas
geniturinárias (acidose tubular renal e outras doenças renais, doença de Cushing, síndrome de
Cohn, uso de diuréticos); ingestão insuficiente (notar que há perda obrigatória nas fezes);
desvio iônico (alcalose).
Sinais e Sintomas
Neuromusculares (fraqueza muscular, parestesias); renais (concentração prejudicada,
poliúria); gastrintestinais (náuseas); SNC (irritabilidade, letargia, coma); cardíacos
(arritmias).
2.2.1 Determinação do Potássio
Paciente. Não é exigido cuidados especiais. Amostra. Soro, plasma heparinizado ou urina de 24 horas. O soro ou plasma devem ser isentos
de hemólise pois a concentração de potássio nos eritrócitos é consideravelmente maior. Colher
com o mínimo de estase e sem realizar atividade muscular (por exemplo, abrir e fechar a mão
antes ou durante a colheita). Colher a amostra em local diferente onde existir infusão venosa.
2.3 Alterações do cálcio
O cálcio ocupa o quinto lugar entre os elementos mais abundantes no corpo humano. O
organismo precisa do cálcio para a integridade e estrutura das membranas celulares, condução
adequada dos estímulos cardíacos, coagulação sanguínea e formação e crescimento ósseos. O
cálcio se encontra nos líquidos orgânicos sob três formas diferentes: cálcio ionizado (4,5
mg/100ml); cálcio não difusível, formando complexos com ânions proteicos (5mg/100ml) e
sais de cálcio, tais como citrato e fosfato de cálcio (q mg/100ml). Alguns laboratórios clínicos
indicam os níveis de cálcio em mEq/l. O cálcio contido nos líquidos orgânicos representa uma
pequena porcentagem do cálcio total, sendo que a maior parte dele se encontra nos ossos e
dentes.
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Hipocalcemia
Conceitualmente a diminuição de cálcio menor que 8,5 mg/dL ou cálcio ionizado menor
que 1 mEq/L.
Etiologia
Perda de tecido da paratireóide após tireoidectomia, hipoparatireoidismo idiopático,
insuficiência renal (raramente sintomática).
Sinais e Sintomas
Parestesias (especialmente perorais e nas mãos e pés); labilidade emocional; cãibras;diarréia e poliúria; broncoespasmo, convulsões; arritmias cardíacas e intervalo Q-T aumentado;
espasmo carpopedal (espontâneo ou com uso de manguito de pressão durante três minutos,
inflado acima da pressão sistólica - Sinal de Trousseau); contração do músculo facial após leve
golpe na frente da orelha - Sinal de Chvostek; opistótono.
Hipercalcemia
Define-se com Ca superior 11 mg/dL. Geralmente é assintomático ate 12 mg/dL.
Etiologia
Hiperparatireoidismo, neoplasias (carcinoma, leucemia, linfoma, mieloma múltiplo),
sarcoidose, intoxicação por Vitamina D, hipo e hipertireoidismo, síndrome do “milk-alkali”,
insuficiência adrenal.
Sinais e Sintomas
Fraqueza, anorexia e vômitos, constipação, sonolência, estupor, coma, cefaleia
occipital, intervalo Q-T e segmento ST supranivelados no ECG, arritmias.
2.4 Alterações do magnésio
O magnésio ocupa o segundo lugar, por ordem de importâncias, entre os cátions no meio
intracelular. Ele é indispensável para as atividades enzimáticas e neuroquímicas, assim como
para a excitabilidade dos músculos. Seus níveis plasmáticos variam entre 1,5 e 2,5 mEq/l.
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Hipomagnesemia
Hipomagnesemia e definida com concentração sérica de magnésio inferior 1,4 mEq/l, <
1 mg/dL e considerada grave.
Etiologia
Pode ser encontrado no alcoolismo crônico, cirrose, pancreatite, acidose diabética,
jejum prolongado, diarreia, má absorção, aspiração gastrintestinal prolongada, diurese
exagerada, hiperaldosteronismo primário e hiperparatireoidismo, particularmente depois de
paratireoidectomia e quando largas doses de Vitamina D e cálcio são consumidas.
Sinais e SintomasHiperirritabilidade neuromuscular e do SNC com movimentos atetóticos, balismos,
tremores amplos (“flapping”), taquicardia e arritmias ventriculares, hipertensão e distúrbios
vasomotores. Confusão, desorientação e inquietação podem estar em destaque.
Hipermagnesemia
Definida como concentração sérica de magnésio > 2,5 mEq/l.
Etiologia
O excesso de magnésio é quase sempre o resultado de uma insuficiência renal e
inabilidade em excretar o que foi absorvido do alimento ou infundido. Ocasionalmente, o uso
do sulfato de magnésio, como catártico, pode ser absorvido o bastante para produzir uma
intoxicação, particularmente da função renal comprometida.
Sinais e SintomasFraqueza muscular, queda da pressão sanguínea, sedação e estado de confusão mental.
Redução da frequência respiratória, progredindo para apneia (esta é uma progressão avançada
da toxicidade neuromuscular, quando os músculos que apoiam a respiração perdem a habilidade
de se contrair). A morte, geralmente, resulta da paralisia dos músculos respiratórios.
2.5 Distúrbios do Fósforo
O fósforo e o principal ânion intracelular. A concentração sérica normal de fósforo e 2,7
– 4,5 mg/dL. A maior parte de fósforo corporal encontra-se nos ossos e tecidos moles, com
cerca de 1% de fósforo total no espaço extracelular. O fósforo existe principalmente como
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fosfato no espaço extracelular e tem muitas funções importantes, incluindo a composição óssea,
a composição da membrana celular, a condução nervosa, e da função muscular. Tem papel
fundamental nas reações energéticas na forma de adenosina trifosfato (ATP) e exigida em todas
as funções fisiológicas, homeostáticas, e metabólicas que exigem energia.
Hipofosfatemia
Definida como concentração sérica de fosforo < 2,5 mg/dL.
Etiologia
Desnutrição, reservas corporais inadequadas de fosforo ou administração de fosfato
inadequada, alcalose respiratória e metabólica, sepse, cetoacidose diabética, alcoolismo,vômitos ou perda gástrica alguns medicamentos que podem causar hipofosfatemia: insulina,
diuréticos, antiácidos, sucralfato e nutrição parenteral.
Sinais e sintomas
Contratilidade diafragmática diminuída e insuficiência respiratória aguda, hipóxia
tecidual, diminuição da contratilidade do miocárdio, paralisia, fraqueza, parestesias, disfunção
neurológica, convulsões e morte.
Hiperfosfatemia
E definida quando a concentração sérica de fosforo e > 5,0 mg/dL.
Etiologia
A causa mais comum de hiperfosfatemia em pacientes críticos e a insuficiência renal.
Administração oral de fosfato ou por via venosa excessiva. Hiperfosfatemia grave tem sido
relatada após o tratamento da constipação com laxantes em pacientes com função renal
comprometida. Outras etiologias da hiperfosfatemia incluem acidose (respiratória e
metabólica), hemólise, rabdomiólise, hipoparatireoidismo, lise tumoral e toxicidade de
vitamina D.
Sinais e Sintomas
Sinais similares aos da hipocalcemia, fraqueza muscular, depósitos calcificados em
áreas fora dos tecidos ósseos, irritabilidade neuromuscular e tetania secundárias à relação
recíproca com o Cálcio.
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2.6 Cloretos
Os cloretos são ânions mais abundantes do líquido extracelular. Juntamente com o
sódio, os cloretos desempenham importante papel na manutenção da distribuição de água no
organismo, da pressão osmótica do plasma e na neutralidade elétrica. Sua taxa de concentração
entre 95 e 105 mEq/l e média de 103 mEq/l. As alterações do CI geralmente acompanham as
do Na+.
Hipocloremia
As causas de hipocloremia absoluta (depleção de cloro) são por falta de entrada
adequada de CI-, geralmente em dietas prolongadas sem ou com pouco sal) e por eliminação
exagerada por poliúria, vômitos, aspiração gástrica. A perda de CI- por vômitos ou por aspiração
gástrica pode associar se à alcalose metabólica por perda concomitante de H+.
A hipocloremia é grave quando a concentração do cloro plasmático está abaixo de 80
mEq/l. A deficiência de cloro caracteriza se por redução do tônus da fibra muscular lisa,
principalmente do intestino e dos vasos, pelo que se manifesta clinicamente por íleo adinâmico
e tardiamente por hipotensão arterial.
Hipercloremia
Tem as mesmas causas que a hipernatremia, por perda exagerada de água ou por entrada
excessiva de sais em pacientes renais ou com rim submetido à ação hormonal por estresse (pós-
operatório imediato). O quadro clínico caracteriza se pela presença de sede, oligúria, contrações
musculares, tremores, confusão mental, estupor, febre em geral moderada. A hipercloremia é
grave quando atinge valores acima de 125 mEq/l no plasma.
3 LACTATO
O lactato é um produto final da glicólise anaeróbica que ocorre em tecidos hipóxicos.
Contudo, tecidos bem oxigenados podem, em certas condições gerar lactato através da glicólise
aeróbica. A produção normal de lactato é de 1 mmol/Kg/h. Ocorre principalmente, no músculo
esquelético, no intestino, no cérebro e nos glóbulos vermelhos.
Aumentos moderados na formação de lactato resultam no incremento da depuração do
lactato hepático; no entanto, a captação fica saturada quando as concentrações excedem 2
mmol/L. Níveis de lactato excendendo 5 mmol/L e pH sanguíneo
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Significado clínico: O lactato sofre elevação devido a glicólise anaeróbia. Ela também
causa elevação nos níveis de piruvato em exercícios de longa duração. A elevação do lactato e
do piruvato está diretamente relacionada a anóxia, causada por insuficiência cardíaca
congestiva, acidose lática, choques, falência renal e leucemias. Além dessas causas, a
cetoacidose diabética e a intoxicação por etanol estão relacionadas ao aumento dos níveis de
lactato e piruvato. Na meningite bacteriana, diferentemente da meningite viral, ocorre a
elevação dos níveis de lactato no líquido cefalorraquidiano (LCR). Esse quadro de elevação do
lactato no LCR também está presente nas condições que levam a baixa oxigenação cerebral
como hidroencefalia e isquemia cerebral.
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4 CONCLUSÃO
Os eletrólitos são essenciais às várias funções corporais e um desequilíbrio do eletrólito
pode ser perigoso e mesmo ocasionar risco de vida. O balanço de níveis do eletrólitoconsequentemente é mantido com cuidado no corpo e pode ser verificado no sangue ou na urina
por exames laboratoriais, que são essenciais para o diagnóstico clínico adequado. Em particular,
a inclinação osmótica dos eletrólitos deve com cuidado ser mantido a fim assegurar um pH
saudável do sangue e um nível adequado de hidratação, os fatores que são essenciais para a
função apropriada dos músculos e dos nervos.
O presente trabalho tem a intenção de simplificar as questões relacionadas ao
desequilíbrio de eletrólitos no organismo e a interferência do lactato, assim como suas
patologias relacionadas, através de quadros clínicos.
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5 REFERÊNCIAS
NETO, O. M. V.; NETO, M.M.; Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico. Medicina,
Ribeirão Preto, 2003
MOTTA, VALTER T. Bioquímica clínica para o Laboratório – princípios e intepretação. 5.ed. – Rio de Janeiro: MedBook, 2009.
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