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CID 10-Transtornos Comportamentais e Ansiedade

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CID 10-Transtornos Comportamentais e Ansiedade

GOIS

2012

INTRODUO

Os Transtornos Mentais e Comportamentais no constituem apenas variaes dentro da escala do "normal", sendo antes, fenmenos claramente anormais ou patolgicos. Uma comportamento anormal ou um curto perodo de anormalidade do estado afetivo no significa, em si, a presena de distrbio mental ou de comportamento. Para serem categorizadas como transtornos, preciso que essas anormalidades sejam persistentes ou recorrentes e que resultem em certa deteriorao ou perturbao do funcionamento pessoal, em uma ou mais esferas da vida. Os Transtornos Mentais e Comportamentais se caracterizam tambm por sintomas e sinais especficos e, geralmente, seguem um curso natural mais ou menos previsvel, a menos que ocorram intervenes. Nem toda deteriorao humana denota distrbio mental. As pessoas podem sofrer angstia em virtude de circunstncias pessoais ou sociais e, a menos que sejam satisfeitos todos os critriosnecessrios para os diagnsticos de determinado distrbio, essa angstia no constituir distrbio mental. H diferena, por exemplo, entre um estado afetivo deprimido e depresso doena, o primeiro surgindo como resposta a uma determinada circunstncia estressante e a outra como uma doena franca. Diferentes modos de pensar e se comportar, entre diferentes culturas, podem influenciar a maneira pela qual se manifestam os Transtornos Mentais. Assim, as variaes normais determinadas pela cultura no devem ser rotuladas como Transtornos Mentais, da mesma forma como, tambm, no podem ser tomadas como indicaes de distrbio mental as crenas sociais, religiosas e/ou polticas. Essas nuances tnicas e culturais fazem parte da chamada Psiquiatria Transcultural.OsTranstornos Mentais e de Comportamento considerados pela Classificao Internacional das Doenas da OMS da ONU (CID.10) obedecem descries clnicas e normas de diagnstico e compemuma lista bastante completa. H tambm outros critrios de diagnstico disponveis para a pesquisa, para uma definio mais precisa desses transtornos, como o caso do DSM.IV, da Associao Norte-americana de Psiquiatria. Todas essasclassificaes de Transtornos Mentais classficam sndromes, doenase condies, mas no classificam pessoas, as quais podem sofrer um ou mais desarranjos emocionais durante um ou mais perodos da vida, independentemente das etiquetas diagnsticas estabelecidas pelo sistema.

Os Transtornos Mentais e Comportamentais so identificados e diagnosticados atravs dos mtodos clnicos semelhantes aos utilizados para os transtornos fsicos. Esses mtodos incluem uma cuidadosa entrevista (anamnese) colhida com o paciente e com outras pessoas, incluindo sua famlia, um exame clnico sistemtico para verificar o estado mental e suas condies orgnicas,testes e exames especializados que forem necessrios. Registraram-se, nas ltimas dcadas, avanos importantes na padronizao da avaliaomental e emocional,bem como na confiabilidade dos diagnsticos clnicos.A idade e o sexo esto associados com Transtornos Mentais e Comportamentais. J foi demonstrada a associao dos Transtornos Mentais e Comportamentais com perturbaes da comunicao neural no interior de circuitos especficos. Na esquizofrenia, anormalidades na maturao dos circuitos neurais podem produzir alteraes detectveis na patologia no nvel das clulas e dos tecidos grossos, as quais resultam no processamento incorreto ou mal adaptativo de informaes (Lewis e Lieberman 2000).

Na depresso, contudo, possvel que no ocorram anormalidades anatmicas distintas e o risco da doena pode ser devido antes a variaes na responsividade dos circuitos neurais (Berke e Hyman 2000). Estas, por sua vez, podem refletir alteraes quase imperceptveis na estrutura, na localizao ou nos nveis de expresso de protenas crticas para a funo normal.Certos Transtornos Mentais, como a dependncia de substncias psicoativas, por exemplo, podem ser encarados em parte como resultado de plasticidade sinptica mal adaptativa. Em outras palavras, alterao das conexes sinpticas, resultantes quer da ao de drogas, quer da experincia, podem produzir alteraes de longo prazo no pensamento, na emoo e no comportamento.Paralelamente ao progresso na neurocincia, ocorreram avanos na gentica. Quase todos os Transtornos Mentais e Comportamentais graves comuns esto associados com um significativo componente de risco gentico.Estudos do modo de transmisso de Transtornos Mentais entre diversas geraes de famlias extensas e estudos que comparam o risco de Transtornos Mentais em gmeos monozigticos (idnticos), em oposio a gmeos dizigticos (fraternais), levaram, porm, concluso de que o risco das formas comuns de Transtornos Mentais geneticamente complexo.Os Transtornos Mentais e Comportamentais devem-se, predominantemente, interao de mltiplos genes de risco com fatores ambientais. Ademais, possvel que a predisposio gentica ao desenvolvimento de determinado distrbio mental ou comportamental se manifeste somente em pessoas sujeitas a certos estressores que desencadeiam a patologia.Os exemplos de fatores ambientais poderiam abranger desde a exposio a substncias psicoativas no estado fetal, at a desnutrio, infeco, perturbao do ambiente familiar, abandono, isolamento e trauma.

Transtornos relacionados ao CID 10

Transtorno Bipolar Hiperatividade TOC Transtorno de Boderline

ANSIEDADE

A ansiedade um sentimento de apreenso desagradvel, vago, acompanhado de sensaes fsicas como vazio (ou frio) no estmago (ou na espinha), opresso no peito, palpitaes, transpirao, dor de cabea, ou falta de ar, dentre vrias outras.

A ansiedade um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivduo a tomar medidas para enfrentar ameaas. O medo a resposta a uma ameaa conhecida, definida; ansiedade uma resposta a uma ameaa desconhecida, vaga. A ansiedade prepara o indivduo para lidar com situaes potencialmente danosas, como punies ou privaes, ou qualquer ameaa a unidade ou integridade pessoal, tanto fsica como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessrias para impedir a concretizao desses possveis prejuzos, ou pelo menos diminuir suas conseqncias. Portanto a ansiedade uma reao natural e necessria para a auto-preservao. No um estado normal, mas uma reao normal, assim como a febre no um estado normal, mas uma reao normal a uma infeco. As reaes de ansiedade normais no precisam ser tratadas por serem naturais e auto-limitadas. Os estados de ansiedade anormais, que constituem sndromes de ansiedade so patolgicas e requerem tratamento especfico. Os animais tambm experimentam ansiedade. Neles a ansiedade prepara para fuga ou para a luta, pois estes so os meios de se preservarem.

A ansiedade normal para o beb que se sente ameaado se for separado de sua me, para a criana que se sente desprotegida e desamparada longe de seus pais, para o adolescente no primeiro encontro com sua pretendente, para o adulto quando contempla a velhice e a morte, e para qualquer pessoa que enfrente uma doena. A tenso oriunda do estado de ansiedade pode gerar comportamento agressivo sem com isso se tratar de uma ansiedade patolgica. A ansiedade um acompanhamento normal do crescimento, da mudana, de experincia de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa prpria identidade e do significado da vida. A ansiedade patolgica, por outro lado caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada durao proporcionalmente situao precipitante. Ao invs de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptao.

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