Trabalho Cientifico - a Escrava Isaura

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AYRTON MACEDO GONÇALEZ 2ºE KAREN KAORI KANEKO LUIGY RIBEIRO RENAN GRANDE A ESCRAVA ISAURA E SUA ANÁLISE

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AYRTON MACEDO GONÇALEZ

2ºE

KAREN KAORI KANEKO

LUIGY RIBEIRO

RENAN GRANDE

A ESCRAVA ISAURA E SUA ANÁLISE

ETEC GETÚLIO VARGAS

SÃO PAULO

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2011

AYRTON MACEDO GONÇALEZ

2ºE

KAREN KAORI KANEKO

LUIGY RIBEIRO

RENAN GRANDE

A ESCRAVA ISAURA E SUA ANÁLISE

Trabalho apresentado à disciplina LPL sob a orientação da professora Maria Margarida Quagliato Honora.

ETEC GETÚLIO VARGAS

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SÃO PAULO

2011

SUMÁRIO

Introdução.......................................................................................................................................................4

Vida e obra do autor......................................................................................................................................5

Contexto histórico..........................................................................................................................................6

Resumo do enredo........................................................................................................................................7

Personagens..................................................................................................................................................8

Análise da obra............................................................................................................................................10

Conclusão.....................................................................................................................................................12

Bibliografia....................................................................................................................................................13

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é analisar o romance A Escrava Isaura, de Bernardo

Guimarães, levando em conta os aspectos literários e sociais, a fim de verificar qual é a

contribuição dessa obra para o Romantismo no Brasil e como ela está relacionada ao

contexto em que se situa.

Inicialmente, será apresentada uma síntese da vida e obra do autor, bem como sua

participação na literatura brasileira, seguida do contexto histórico em que se desenvolveu

a obra em discussão. Por conseguinte, será feito um breve resumo do enredo para que

seja possível analisá-lo com mais credibilidade e clareza. Após esses preparativos,

analisar-se-á o romance buscando relacionar sua bagagem literária às questões sociais e

políticas da época. Finalmente, concluiremos o trabalho ressaltando a importância desse

romance para a resolução de algumas questões políticas vigentes na época e como a

literatura contribui para a modificação dos valores adotados pela sociedade.

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VIDA E OBRA DO AUTOR

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em

1825. Em 1847 iniciou os estudos na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conheceu

Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, com os quais se uniu formando a Sociedade

Epicuréia. Nessa fundação, situada em São Paulo, os jovens se juntavam para dar

realidade ás imaginações românticas, sendo este um ponto de encontro entre a literatura

e a vida.

Após conseguir o título de bacharel, em 1852, viveu alguns anos no Rio de Janeiro

e em Goiás, atuando como jornalista, juiz e professor. Ao longo de sua carreira publicou

diversas poesias e romances, dentre eles a Escrava Isaura (1875), sua obra mais popular.

Em 1884, faleceu em sua cidade natal, deixando alguns escritos incompletos.

Suas principais obras foram Contos da Solidão (1852), O Ermitão de Muquém

(1869), O Seminarista (1872), O Índio Afonso (1873), A Ilha Maldita (1879) e a peça A Voz

do Pajé, publicada postumamente em 1914, além, é claro, de A Escrava Isaura.

Bernardo Guimarães expressou em sua poesia o mundo exterior, demonstrando a

vivência no meio paulistano, porém, vale mencionar como elementos mais relevantes de

sua obra poética o encanto pela vida, a natureza e o prazer. Além disso, construiu textos

dotados de musicalidade e demonstrou forte preocupação com a métrica.

No texto narrativo, Bernardo adotou como principais cenários para seus romances

os sertões mineiro e goiano, mas também se utilizou das paisagens nordestinas. Na

prosa, observava a vida sertaneja, com seus tipos humanos, marcados por condições

psíquicas e sócias peculiares. As paixões amorosas são tratadas de forma natural e por

diversas vezes aparecem vinculadas a manifestações psicológicas.

Seu estilo natural, com linguagem simples e acessível, fez desse artista um dos

mais importantes de sua época, justamente pela facilidade com que o público tinha

contato com sua obra, na qual retratava temas próximos da realidade popular.

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CONTEXTO HISTÓRICO

A obra A Escrava Isaura se passa em meio ao reinado de D. Pedro II, época em

que o Romantismo se amadurecia, passando a retratar problemas sociais, como a

escravidão.

O desenvolvimento da agricultura, principalmente no cultivo do café e da cana-de-

açúcar, contribuiu para o aumento exponencial da economia escravagista, que explorou

covardemente a mão-de-obra dos negros trazidos da África, comercializados de forma

idêntica a uma mercadoria qualquer.

Vale lembrar que após o processo de independência, o Brasil manteve por quase

um século a escravidão e a exploração dos negros. Ou seja, mesmo considerado um país

livre, o Brasil tinha grande parte de sua população presa no interior das senzalas, o que

construiu um quadro social contraditório.

Nessa mesma época, ao lado do território brasileiro, se desenvolviam os processos

revolucionários dos países latino-americanos, que já haviam abolido a escravidão há

muitos anos e que agora passavam a se democratizar politicamente, longe do que

acontecia no Brasil.

Os abusos contra os escravos e as condições subumanas a qual eles eram

expostos, relacionaram-se ao surgimento da poesia social, que superava os valores

egocêntricos da segunda fase romântica e se voltava para o mundo exterior

comprometendo-se com as questões sociopolíticas, consideradas muito mais importantes

para o país. Para completar, fortalecia-se na época o movimento abolicionista, que lutava

pela liberdade dos escravos e o pelo fim da indústria escravocrata.

Todos esses fatores reunidos promoveram uma verdadeira guerra ideológica entre

os fazendeiros, que se beneficiavam enormemente da exploração escrava, e os

abolicionistas, que defendiam o fim da escravidão e a fundação de uma república.

Foi nesse contexto que Bernardo Guimarães, comprometido com a causa

abolicionista, escreveu o romance A Escrava Isaura, que critica fortemente os

abomináveis e hediondos crimes da escravidão, retratando a discriminação social sofrida

pelo escravo em meio a distinção de classes que se estabeleceu na sociedade da época.

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RESUMO DO ENREDO

A história se passa nos “primeiros anos do reinado de D. Pedro II”, inicialmente em

uma fazenda em Campos dos Goitacazes (RJ). Isaura, escrava branca e bem-educada, é

assediada pelo seu senhor, Leôncio, recém-casado com Malvina. Isaura se recusa a

ceder aos apelos de Leôncio, como já fizera no passado, sua mãe, que, por ter repelido o

pai de Leôncio, fora submetida a um tratamento tão cruel que, em pouco tempo morrera.

    Para forçá-la a ceder, Leôncio manda Isaura para a senzala trabalhar com as outras

escravas. Sempre resignada, suporta passivamente o seu destino, porém, não cede a

Leôncio, afirmando que ele, como proprietário, era senhor de seu corpo, mas não de seu

coração: “- Não, por certo, meu senhor; o coração é livre; ninguém pode escravizá-lo, nem

o próprio dono.” Leôncio, enfurecido, ameaça colocá-la no tronco.

    No entanto, seu pai, ex-feitor da fazenda, consegue tirá-la de lá e foge com ela para

Recife (PE). Em Recife, Isaura usa o nome de Elvira e vive reclusa numa pequena casa

com seu pai. Então, conhece Álvaro, por quem se apaixona e é correspondida. Vai a um

baile com ele, onde é desmascarada e reconhecida. Álvaro, ainda que surpreso, não se

importa com o fato de ela ser uma escrava e resolve impedir que Leôncio a leve de volta,

inclusive tentando comprá-la. Mas não consegue convencer o vilão, e este leva Isaura de

volta ao cativeiro na fazenda.  

Leôncio está praticamente falido e, com o objetivo de conseguir um empréstimo do

pai de Malvina, consegue se reconciliar com a mulher, afirmando que Isaura é quem o

assediava. Então, para punir Isaura, Leôncio manda que ela se case com Belchior,

jardineiro da fazenda. Entretanto, Álvaro descobre a falência de Leôncio e compra a

dívida dos seus credores, tornando-se proprietário de todos os seus bens, inclusive de

seus escravos. No dia do casamento de Isaura, antes que se celebrasse a cerimônia,

Álvaro aparece e reclama seus direitos a Leôncio. Vendo-se derrotado e na miséria,

Leôncio suicida-se. Tudo termina, portanto, com a punição dos culpados e o triunfo dos

justos.

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PERSONAGENS

Isaura, a heroína escrava, é branca, linda, pura, virginal e possui um caráter nobre

e demonstra "conhecer o seu lugar": do princípio ao fim, suporta conformada a

perseguição de Leôncio, as propostas de Henrique, as desconfianças de Malvina, sem

jamais se revoltar. Permanece emocionalmente escrava, mesmo tendo sido educada

como uma dama da sociedade. Tem escrúpulos de passar por branca livre, acha-se

indigna do amor de Álvaro e termina como a própria imagem da "virtude recompensada".

Leôncio é o vilão leviano, devasso e insensível que, de "criança incorrigível e

insubordinada" á adolescente que sangra a carteira do pai com suas aventuras, acaba por

tornar-se um homem cruel e inescrupuloso, casando-se com Malvina, linda, ingênua e

rica, por ser "um meio mais suave e natural de adquirir fortuna". Persegue Isaura e se

recusa a cumprir a vontade de sua mãe, já falecida, que queria dar a ela a liberdade e

alguma renda para viver com dignidade.

Álvaro (abolicionista), moço bonito, rico, liberal e republicano.  Apaixonado por

Isaura, o grande obstáculo que Álvaro precisa vencer é o fato de Isaura

ser propriedade legítima de Leôncio. Para isso, vai à corte, descobre a falência de

Leôncio, adquire seus bens e desmascara o vilão. Liberta Isaura e casa-se com ela,

desafiando, assim, os preconceitos da sociedade escravagista.

Miguel, pai de Isaura, foge do conceito tradicional do mau feitor. Quando feitor da

fazenda de Leôncio, tratara bem aos escravos e amparara Juliana, mãe de Isaura, nas

suas desditas com o pai de Leôncio. Pai extremoso, deseja libertar a filha do jugo da

escravidão e não mede esforços para isso.

Martinho é o estereótipo do ganancioso: cabeça grande, cara larga, feições

grosseiras e "no fundo de seus olhos pardos e pequeninos reluz constantemente um raio

de velhacaria". Por querer ganhar muito dinheiro entregando Isaura ao seu senhor, acaba

por não ganhar nada.

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Belchior é o símbolo da estupidez submissa e também sua descrição física se

presta a demonstrar sua conduta: feio, cabeludo, atarracado e corcunda. O crítico Manuel

Cavalcanti Proença aponta "o parentesco entre o disforme e grotesco, Belchior é o

Quasímodo de O Corcunda de Notre Dame, de Víctor Hugo, romance de extraordinária

voga, ainda não de todo perdida, no Brasil."

Malvina, esposa de Leôncio, jovem rica e ingênua, que fica com o tempo

barbarizada com o comportamento do marido, com o tempo vai tendo ódio de seu

comportamento, depois da misteriosa morte de Leôncio se casa com dr. Geraldo.

Henrique (cunhado de Leôncio), rapaz bom, estudioso e rico.irmão de Malvina,

que também se interessa por Isaura.

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ANÁLISE DA OBRA

O livro a Escrava Isaura foi muito difundido na época de sua publicação, pois além

de apresentar uma linguagem simples e direta, a obra retratava um problema muito

próximo da realidade social: a escravidão.

Nessa obra romântica, Bernardo Guimarães faz uma forte crítica aos abusos e

humilhações com os quais os escravos sofriam. No entanto, não deixa de ter como foco

principal o amor, acompanhado das características fundamentais do Romantismo, como o

sentimentalismo exagerado e a idealização da mulher. Isaura, a bela escrava branca que

protagoniza a história, é descrita pelo autor de forma magnífica, como podemos observar

no seguinte trecho pertencente a uma fala de Álvaro, quando é questionado por seu

amigo a respeito das origens da bela heroína:

“ Pouco me importo com essas coisas, e poderia responder-te que

veio do céu, que é da família dos anjos, e que tem uma fortuna superior a

todas as riquezas do mundo: uma alma pura, nobre e inteligente, e uma

beleza incomparável. [...] ”1

Nesse pequeno fragmento podemos notar a exuberância e a grandiosidade das

descrições do autor, bem como sua clareza na escrita. Além desse, outros aspectos

marcantes do Romantismo estão presentes na obra, como a bravura e pureza da heroína

e o exagero do sentimentalismo.

Com relação à forma como o escritor aborda a questão da escravidão, é possível

notar que ao longo da história ele tece uma crítica consistente e fundamentada a respeito

dessa indústria injusta e repugnante. “Deplorável contingência, a que somos arrastados

em conseqüência de uma instituição absurda e desumana!”. O comentário citado pertence

a uma das falas de Álvaro, dita durante uma outra conversa com seu amigo Geraldo, na

qual sente-se indignado diante da situação vivida por Isaura – sua amada – em meio aos

abusos decorrentes de sua posição de escrava.

Por meio dessas considerações feitas pelos personagens ao longo da história,

Bernardo Guimarães expressa sua própria visão referente a sociedade da época e com

isso, tenta conscientizar a população acerca dos inaceitáveis crimes cometidos contra os

escravos, bem como defender sua posição abolicionista.

1 GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. Editora Ática, 1979. P. 57

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Outro ponto importante que deve ser levado em conta ao analisar a obra são as

menções feitas pelo autor, nas quais também opina a respeito da distinção de classes

estabelecida no âmbito social brasileiro do século XIX. Observemos a passagem a seguir:

“Miserável e estúpida papelada que são essas vossas leis. Para

ilaquear a boa fé, proteger a fraude, iludir a ignorância, defraudar o pobre e

favorecer a usura e rapacidade nos ricos, são elas fecundas em recursos e

estratagemas de toda espécie. Mas quando se tem em vista um fim

humanitário, quando se trata de proteger a inocência desvalida contra a

prepotência, de amparar o infortúnio contra uma injusta perseguição, então

ou são mudas, ou são cruéis.”2

No trecho anterior pode-se observar o fervor com que Álvaro discorda da

organização legislativa do país, que segundo ele, privilegia as camadas mais abastadas e

prejudica a todo custo os mais humildes. Esse tipo de ocorrência, apesar de denunciada

em um livro de mais de um século, é tão corriqueira e presente na sociedade atual que

podemos até nos confundir com relação à data do escrito.

É importante lembrar que esse tipo de posicionamento influencia fortemente os

leitores, levando-os a refletir sobre o comportamento da população e, consequentemente,

fazendo-os mudar suas atitudes e sua forma de pensar. No entanto, é necessário que o

público sinta-se sensibilizado com a situação e, em função disso, passe a defender a

causa. Para isso, Bernardo Guimarães destaca o drama vivido por Isaura, sendo esta

uma forma de refletir a realidade dos outros milhares de escravos existentes na época.

A Escrava Isaura pode ser considerado um legítimo texto romântico, se levarmos

em conta o aspecto plástico e emocional da obra. Porém, se avaliarmos o fundo

ideológico e renovador presente no romance, notaremos que esse livro liga-se mais

estreitamente ás causas sociais, visando modificar o senso comum e procurando moldar

a identidade nacional.

2 GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. Editora Ática, 1979. P.93

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CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho pudemos conhecer de maneira mais profunda uma das

obras mais célebres do Romantismo brasileiro. Ao conhecermos a vida e a obra de

Bernardo Guimarães, traçamos um parâmetro no qual foi possível medir sua participação

no movimento literário a qual pertenceu e o modo como contribuiu para a evolução da

literatura brasileira.

Em A Escrava Isaura, o escritor deu um salto enorme em direção ao

amadurecimento da forma como o Romantismo abordava o amor e o sentimentalismo,

passando a atrelar esses temas clássicos às questões sociais. Desta forma, pôde difundir

seu posicionamento com relação aos graves problemas que assolavam a grande maioria

do povo brasileiro do século XIX, permitindo ao leitor construir uma nova forma de pensar

e agir, o que constitui uma característica fundamental e um dos objetivos da literatura.

Vale lembrar que a premissa básica do Romantismo não se ausenta da obra de

Bernardo Guimarães, estando presente em quase todo o texto, sob a forma da

idealização da mulher e a construção de uma heroína, dotada de valores escassos tanto

na sociedade da época, quanto na atual, e que são indispensáveis para a formação do

caráter nacional.

Com base no que foi dito, podemos concluir que a literatura funciona como um

importante alicerce na construção da sociedade e que através dela é possível modificar

as bases do pensamento humano. Por esse motivo, é necessário ressaltar que a

democratização do conhecimento e a melhoria da educação são peças fundamentais para

que a literatura seja difundida com mais facilidade e que se torne algo acessível a todos

os cidadãos.

Assim como Bernardo Guimarães defende a causa abolicionista e o fim da

distinção de classe, é imprescindível que também defendamos e lutemos para que a

sociedade se liberte de sua senzala ideológica, que a contem em sua alienação e

ignorância, sendo esses os grilhões que prendem a maioria do povo brasileiro à eterna

mediocridade.

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BIBLIOGRAFIA

GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. São Paulo. Editora Ática, 1979

MARTINS, Patrícia. Manual de Literatura. São Paulo. DCL, 2010.

Vida e Obra de Bernardo Guimarães. Disponível em: http://www.reocities.com/paulopes.geo/BIO.HTM

Literatura -brasilescola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/literatura/a-escrava-isaura.htm

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