Trabalho Das Sobre Orcamento ...Ao Vercao Alterada Final

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0 Acácia da Felicidade Sebastião Zevo Alcinda Sónia Jossefa Macuácua Dulce Maria Leonardo Cuavo Feliciana Magomane Langa Inácio Manuel Nhatsave Naira da Páscoa Olinda Manuel Machai O Orçamento como Instrumento de Gestão Financeira Licenciatura em História Política e Gestão Pública Universidade Pedagógica Xai-Xai 2015

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Trabalho em grupo

Transcript of Trabalho Das Sobre Orcamento ...Ao Vercao Alterada Final

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    Accia da Felicidade Sebastio Zevo

    Alcinda Snia Jossefa Macucua

    Dulce Maria Leonardo Cuavo

    Feliciana Magomane Langa

    Incio Manuel Nhatsave

    Naira da Pscoa

    Olinda Manuel Machai

    O Oramento como Instrumento de Gesto Financeira

    Licenciatura em Histria Poltica e Gesto Pblica

    Universidade Pedaggica

    Xai-Xai

    2015

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    Accia da Felicidade Sebastio Zevo

    Alcinda Snia Jossefa Macucua

    Dulce Maria Leonardo Cuavo

    Feliciana Magomane Langa

    Incio Manuel Nhatsave

    Naira da Pscoa

    Olinda Manuel Machai

    O Oramento como Instrumento de Gesto Financeira

    Licenciatura em Histria Poltica e Gesto Pblica

    Universidade Pedaggica

    Xai-Xai

    2015

    Trabalho de Pesquisa sobre Oramento como

    Instrumento de Gesto Financeira para efeitos de

    apresentao em Seminrio na Cadeira de Finanas

    Pblicas e Autrquicas sob orientao do dr. Roberto

    Boaventura Macuacua

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    ndice

    I. Introduo ............................................................................................................ 3

    II. Definio do tema ................................................................................................ 4

    2.1. Problematizao ou Problema da pesquisa ........................................................ 4

    2.2. Hipteses ............................................................................................................ 4

    2.3. Objectivos da pesquisa ....................................................................................... 5

    2.3.1. Objectivo Geral ........................................................................................ 5

    2.3.2. Objectivos Especficos ............................................................................. 5

    2.4. Fundamentao terica ...................................................................................... 5

    2.4.1. Conceito de oramento ............................................................................ 5

    2.4.1.1. Oramento Pblico .................................................................................. 6

    2.4.2. Conceito da Gesto Financeira ............................................................... 7

    2.5. Relao entre o Oramento e a Gesto Financeira ............................................ 9

    2.6. Importncia do oramento na gesto financeira ................................................. 9

    2.7. Vantagens e desvantagens do uso do oramento no processo de gesto financeira ................................................................................................................. 11

    2.7.1. Vantagens ............................................................................................. 11

    2.7.2. Desvantagens ........................................................................................ 12

    2.8. Consequncias da omisso do oramento no processo da gesto financeira . 13

    III. Concluso .......................................................................................................... 16

    IV. Referncias Bibliogrficas .................................................................................. 17

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    I. Introduo

    A gesto oramental tem sido frequentemente objecto de debates em diversas

    organizaes, pois evidentemente assistimos diversos projectos paralisados ou

    mesmo que depreciaram, sendo que a sua justificao cinge na negligncia

    oramentria por parte dos gestores encarregues.

    Em Moambique temos tambm assistido vrias situaes de confrontos ideolgicos

    na Assembleia da Repblica sobre a aprovao de oramento, chegando mesmo ao

    ponto deste ser aprovado na generalidade e no por unanimidade, como o caso

    mais recente sobre o oramento de 2015. Face a estas situaes, varias instituies

    enfrentavam problemas financeiros sob alegada demora de aprovao deste

    instrumento to importante para a actividade financeira do Estado.

    No presente trabalho, pretendemos trazer com lucidez a pertinncia do oramento

    como um instrumento da gesto financeira, mediante a interpretao de diversas

    obras e diversos artigos cientficos que fazem parte das referncias bibliogrficas

    deste trabalho.

    Para o sucesso deste trabalho foi graas ao empenho incessante e insacivel dos

    membros que compe o grupo, que envidaram esforos na recolha de informaes

    em diversas obras como acima descrevemos, com um propsito de trazer um

    contributo para o grilho acadmico de modo abrilhantar os futuros gestores pblicos

    em formao neste curso.

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    II. Definio do tema

    O oramento como instrumento de gesto financeira.

    2.1. Problematizao ou Problema da pesquisa

    Segundo Sanvicente (1987) para uma boa gesto financeira imperiosamente que

    esta se execute mediante instrumentos reguladores, os quais vo apresentar as

    directrizes e transparncia dos fundos a serem implementados em diversos

    processos da sua execuo.

    Atravs do oramento autoriza-se a administrao financeira a efectuar certas

    despesas e a arrecadar determinadas receitas, limitando os poderes financeiros do

    Governo e da Administrao na execuo anual das despesas e das receitas (Fonte:

    Ficha de leitura1).

    Face a estas teses, ousou-nos a formular a seguinte pergunta de partida:

    Qual o papel do oramento no processo de gesto financeira?

    2.2. Hipteses

    O oramento permite uma boa planificao de todas as actividade financeiras

    (cobrar receitas e fazer despesas) de modo a garantir um dinamismo prodigioso do

    Estado ou dentro de uma organizao e definir claramente as metas a serem

    atingidas pela respectiva organizao.

    A falta de um oramento no processo de gesto financeira conduziria para um caos

    da organizao, pois a gesto dependeria da vontade da direco ou dos

    funcionrios, que culminaria em no cobrimento das despesas pelas receitas dessa

    organizao.

    1 Ficha das Finanas Pblicas e Autarquicas elaborado por dr. Macuacua

  • 5

    2.3. Objectivos da pesquisa

    Segundo Siena (2007:82), os objectivos de uma pesquisa expressam os resultados

    que se pretende alcanar, os quais devem estar coerentes com o problema

    formulado, isto , o que o investigador pretende conseguir como resultado intelectual

    final de sua investigao.

    2.3.1. Objectivo Geral

    Analisar o papel do oramento no processo de gesto financeira, mediante a leitura

    e interpretao de artigos, manuais e obras que versam sobre oramento e gesto

    financeira.

    2.3.2. Objectivos Especficos

    Definir os conceitos chaves da pesquisa (oramento e gesto financeira);

    Relacionar o oramento e a gesto financeira:

    Evidenciar a importncia do oramento na gesto financeira;

    Apresentar as vantagens e desvantagens do uso do oramento no processo de

    gesto financeira;

    Demonstrar as consequncias que possam repercutir-se pela omisso do

    oramento durante a gesto financeira.

    2.4. Fundamentao terica

    Para podermos discernir a nossa investigao, apraz-nos fazer uma fundamentao

    terica dos conceitos chaves do tema.

    2.4.1. Conceito de oramento

    Segundo Vieira (2011:5) com base no referencial terico possvel verificar que

    podemos encontrar o conceito de oramento de acordo a perspectiva em que um

    determinado autor pretenderia abordar.

    No mbito financeiro, oramento o plano de custeio, investimentos, inverses,

    transferncias e receitas, propostos pelo Poder Executivo, aprovado pelo Poder

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    Legislativo e fiscalizado pelo Poder Judicirio num perodo do exerccio financeiro

    (ARAJO e ARRUDA, 2006:66).

    No campo jurdico, oramento a lei que estima as receitas e fixa as despesas para

    um determinado exerccio financeiro, estabelecendo responsabilidades,

    compromisso e obrigaes para a administrao pblica (ibidem).

    No sentido econmico oramento a expresso mais exacta do quadro orgnico da

    economia que espelha a vida do Estado, onde atravs de cifras bem detalhadas se

    estabelece a renda nacional destinada ao custeio da mquina estatal (ANGLICO

    1995:19).

    No campo administrativo oramento o instrumento pelo qual o Poder executivo

    define as suas polticas, estabelece seus programas, instrui as unidades executoras

    e lhes distribui os recursos necessrios para a execuo (HABCKOST, 1991:75).

    No mbito poltico oramento um instrumento de controlo do Poder Legislativo

    sobre o Poder Executivo, na forma constitucional, no que tange s despesas e

    receitas (Idem).

    2.4.1.1. Oramento Pblico

    Segundo Bereijo apud Bastos (2003:33), " a expresso numrica, cifrada, unitria e

    orgnica da orientao que o Governo d poltica do Estado". o documento que

    demonstrar como o dinheiro pblico ser gasto em um determinado perodo,

    vinculando o Governo.

    Assim sendo, o oramento pea elaborada pelo Poder Executivo a fim de

    concretizar sua poltica e est prevista na Constituio da Repblica moambicana,

    especialmente em seu artigo 130, que o oramento especfica as receitas e as

    despesas, respeitando sempre as regras da anualidade e da publicidade, nos termos

    da lei.

    Segundo a CRM, o oramento do Estado pode ser estruturado por programas ou

    projectos plurianuais, devendo neste caso inscrever-se no oramento os encargos

    referentes ao ano a que dizem respeito, sendo que a proposta de Lei do Oramento

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    do Estado elaborada pelo Governo e submetida Assembleia da Repblica para a

    sua votao. Ainda estabelece-se as regras de execuo do oramento e os critrios

    que devem presidir sua alterao, perodo de execuo, bem como estabelece o

    processo a seguir sempre que no seja possvel cumprir os prazos de apresentao

    ou votao do mesmo.

    Das definies acima apresentadas, conclui-se que todas evidenciam que o

    oramento um documento jurdico que prev as receitas a arrecadar e fixa as

    despesas a realizar numa determinada organizao.

    Na nossa investigao apoiaremo-nos da definio de Bastos de modo a

    estabelecer forte relacionamento e mais sentido argumentativo, pois esta definio

    concorre com a que consta na nossa constituio moambicana no no 1 do artigo

    130.

    Conforme est explanado, as actividades financeiras do Estado carecem de uma

    autorizao poltica atravs da Assembleia da Repblica, por um instrumento legal

    que o oramento.

    2.4.2. Conceito da Gesto Financeira

    Segundo Custdio et all. (2010:26) gesto o acto de gerir ou administrar uma

    organizao conduzindo-a para a concretizao de objectivos previamente

    estabelecidos.

    Para Oliveira (2002:136) apresenta outra definio para gesto, diz que o termo

    gesto:

    Gesto Financeira a gesto dos fluxos monetrios derivados das actividades

    operacionais num determinado tempo, com vista a encontrar o equilbrio entre a

    rentabilidade e a liquidez, isto , a gesto financeira est preocupada com a

    Deriva do latim gestione e significa gerir, gerncia, administrao. Administrar

    planear, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objectivo.

    Gerir fazer as coisas acontecerem e conduzir a organizao para seus objetivos.

    Portanto, gesto o acto de conduzir as empresas para a obteno dos resultados

    desejados.

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    administrao das entradas e sadas de recursos monetrios provenientes das

    diversas actividades operacionais de uma organizao (BRIGHAM e WESTON,

    2000).

    Segundo Archer e D'ambrosiq apud Sanvicente (1997:20) a administrao financeira

    compreende os esforos despendidos objectivando a formulao de um esquema

    que seja adequado maximizao dos retornos dos proprietrios das ordinrias da

    empresa ao mesmo tempo em que possa proclamar a manuteno de um certo grau

    de liquidez.

    No entanto, podemos definir a gesto financeira como um conjunto de aces e

    procedimentos administrativos que envolvem o planeamento e anlise das

    actividades controle financeiras de uma organizao, visando maximizar os

    resultados econmicos e financeiros decorrentes de suas actividades operacionais.

    Das vrias definies apresentadas nos inspiraremos na definio de Roberto Braga

    que refere:

    Administrao financeira consiste na funo financeira, compreende um conjunto de actividades relacionadas com a gesto de fundo movimentados por todas reas

    da organizao. Esta funo responsvel pela obteno dos recursos necessrios

    para optiminzao do uso desses fundos (Braga, 1989:23).

    A essncia que evidencia o oramento como instrumento de gesto, para alm da

    definio dos conceitos-chave, pode ser encontrada atravs do estabelecimento da

    relao entre estes termos ou mesmo pela demostrao da importncia do

    oramento na gesto financeira, vantagens e desvantagens assim como nas

    consequncias de procedimentos administrativos financeiros sem aprimorar

    questes oramentrias.

    Face a esta administrao (gesto) de fundos pblicos, isto , de entradas e sadas

    de dinheiro pblico, o oramento que dita onde e quanto devemos como receita

    para o Estado no caso de actividade financeira do Estado, assim como focalizar

    onde vamos investir ou despender o dinheiro pblico de forma mais clara e objectiva

    possvel.

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    2.5. Relao entre o Oramento e a Gesto Financeira

    No Estado o oramento um documento legal que autoriza a administrao

    financeira a efectuar despesas assim como arrecadar certas receitas. Outrossim,

    para uma eficiente gesto financeira imprescindvel que seja realizada dentro dos

    parmetros sobejamente traados, com vista a conseguir efectivar-se a

    materializao do previsto e facilitar a anlise das actividades financeiras

    executadas.

    Neste sentido, o oramento um documento muito importante, pois donde toda a

    actividade financeira depende. Seria muito difcil ou impossvel uma gesto

    financeira eficaz e eficiente sem que tenha sido oramentado.

    O oramento dita as prioridades das reas de uma organizao nas quais devem ser

    investidas segundo as necessidades especiais e garantem tambm as definies

    das melhores oportunidades que possam trazer mais receitam na organizao.

    O oramento como instrumento de determinao dos montantes a despender com o

    funcionamento de cada um dos servios de uma organizao e de previso dos

    diferentes tipos de receitas a arrecadar est-se a precisar a utilizao que dada

    aos fundos, definindo-se as prioridades na afectao dos recursos.

    Como salienta Vieira (2011), um dos princpios de uma gesto financeira eficaz e

    eficiente a transparncia, elemento que traduz uma credibilidade no acto do

    controlo financeiro, o oramento vai de certa maneira apresentar de forma clara a

    afectao de fundos assim como o que for colhido nas receitas da organizao.

    Assim podemos referir que o oramento constitui linha frrea por onde vo trilhar todas as actividades financeiras de uma organizao, numa autntica dependncia

    unilateral e exclusiva.

    2.6. Importncia do oramento na gesto financeira

    No Estado como instrumento legal, o oramento obriga aos gestores e funcionrios

    a desenvolver uma administrao pblica eficiente e eficaz, alheia a vontade destes,

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    mas para o bem comum, conduzindo uma afectao oportuna e pertinente dos

    fundos pblicos.

    O oramento determina as metas que se pretende alcanar numa nao, no que

    tange a arrecadao de receitas, assim como nas despesas que o Estado realizar

    na proviso de bens pblicos, evitando que possa-se fazer gastos desnecessrios

    de dinheiro pblico.

    Em qualquer organizao, o oramento o instrumento dinamizador da economia,

    pois estabelece com clareza onde, porque e como afectar os fundos pblicos,

    garantindo assim um equilbrio econmico.

    Segundo Machado e Reis apud Braga (1989) o oramento dispe de elementos para

    equacionar as realizaes do futuro em termos realsticos, num programa

    operacional, com o curso de aco, servindo de ligao entre os sistemas de

    planeamento e de finanas, com a finalidade de disciplinar a gesto dos recursos

    pblicos atribuindo mais responsabilidade aos seus gestores.

    No Estado o oramento cria condies para a prestao de contas por parte dos

    gestores financeiros, onde o povo atravs dos seus representantes na Assembleia

    da Repblica informado sobre a gesto do seu patrimnio, criando assim uma

    clarividncia na movimentao, investimento, afectao de dinheiro pblico, assim

    como na arrecadao de receitas.

    Para Anglico (1995:23) o oramento coloca em destaque os elementos de que a

    administrao dispe para a execuo dos servios, garantindo o controlo poltico-

    jurdico das despesas com aqueles elementos.

    Uma vez que os oramentos so preparados para perodos especficos, permitem

    aos gerentes comparar os resultados efectivos para o perodo com os resultados

    planeados.

    Para Oliveira et all (2002:116) o papel do oramento na gesto de uma empresa

    bem compreendido se for relacionado com as funes bsicas administrativas:

    planeamento, organizao e controlo:

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    Planear - representa a forma como a empresa pretende atingir os objetivos

    propostos;

    Organizar - representa a melhor disposio dos recursos da empresa. Suas

    atividades, seus subordinados e todos os recursos disponveis, os quais devero

    estar dispostos de maneira a alcanarem os objetivos propostos de forma mais

    eficiente e eficaz;

    Controlar - representa a segurana de que sua prpria energia e aces, bem

    como a de seus subordinados que estejam coordenadas com a implementao

    dos objectivos da organizao.

    2.7. Vantagens e desvantagens do uso do oramento no processo de

    gesto financeira

    2.7.1. Vantagens

    Segundo Oliveira et all (2002:122) as vantagens do oramento esto no

    estabelecimento de metas claras a serem atingidas e na definio de

    responsabilidade dos diversos departamentos obrigando aos envolvidos a

    trabalharem em sintonia, comprometidos com o resultado global e no individual.

    Outrossim, os mesmos autores apresentam como principais benefcios do

    oramento os seguintes:

    Formaliza as responsabilidades pelo planeamento, obrigando os administradores

    a pensar no futuro, encorajando o estabelecimento de objetivos e lucros;

    Estabelece expectativas definidas, o que o torna a melhor base de avaliao do

    desempenho posterior;

    Auxilia os administradores a coordenar seus esforos, de forma que os objetivos

    da organizao em sua totalidade se harmonizem com os objetivos de suas

    partes, permitindo a integrao das atividades e funes dentro da empresa;

    Formaliza um instrumento de comunicao. Cada funcionrio deve observar

    como suas actividades contribuem para as metas internas dirias e para o

    objectivo global da empresa;

    Permite a comparao entre as metas pr-estabelecidas e as metas alcanadas;

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    Dota a organizao de um instrumento de controlo operacional, permitindo a

    comparao dos resultados alcanados com as metas pre-estabelecidas.

    De mesmo modo que Padoveze (2005:191) refere como maiores vantagens do

    oramento as seguintes:

    A oramentao compele aos administradores a pensar no futuro atravs da

    formalizao de suas responsabilidades para com o planificado;

    A oramentao fornece expectativas definidas facilitando a anlise de

    desempenho dos resultados subsequentes;

    A oramentao ajuda os administradores na coordenao de seus esforos,

    de tal forma que os objectivos da organizao como um todo sejam

    confrontados com os objetivos de suas partes;

    Datas e actividades so quantificadas;

    Existe economia no uso de recursos.

    2.7.2. Desvantagens

    Segundo Oliveira et all (2002:126) refere que o sistema oramentrio tambm

    apresenta suas limitaes ou desvantagens a ser consideradas pelo gestor, sendo

    que algumas delas so:

    Os dados contidos no oramento so estimados, sujeitos, portanto a erros

    conforme a sofisticao do processo de estimativa e a prpria incerteza

    inerente ao ramo em que a organizao actua;

    O custo do sistema cresce medida que aumenta a sofisticao em seu

    processo.

    O oramento no traz respostas ou solues para todos tipos de problemas;

    O uso do oramento numa organizao requer tcnicas e treinamento;

    O oramento no deixa margem para actividades imprevistas;

    Segundo Padoveze (2005:520) as limitaes do oramento na gesto podem ser

    resumidas nas seguintes:

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    O oramento reboca em demasia a empresa, impedindo a criatividade e o

    empreendimento dos gestores sectoriais, provocando conformismo, medo ou

    insatisfao;

    Impossibilidade de utilizao desta ferramenta em situaes de crnica variao

    de preos;

    Extrema dificuldade de obteno dos dados quantitativos para as previses e

    volatilidade do futuro;

    Para Sanvicente (1987) aponta as seguintes limitaes:

    Os custos demasiados de sistema oramental: as empresas nem sempre

    dispem de recursos necessrios implantao de um sistema de oramento.

    O oramento cria uma descentralizao administrativa: Entretanto algumas

    empresas podem no aderir a esse modo de administrao por serem

    excessivamente centralizadas e autoritrias;

    Os lderes gastam bastante tempo nas etapas iniciais, que exigem muito de sua

    participao;

    O oramento depende de estimativas e susceptvel a erros, portanto a maneira

    que essas estimativas so encontradas e a prpria incerteza do mercado em que

    organizao se encontra, podem tornar a ferramenta em algo muito incerto;

    Caso o processo oramentrio se torne muito complexo, a sua implementao e

    posterior manuteno sero muito caras.

    2.8. Consequncias da omisso do oramento no processo da gesto

    financeira

    Para podermos elucidar os riscos que uma determinada organizao incorre ao

    omitir o processo oramental na sua gesto financeira apraz-nos primeiro

    demonstrar os principais objectivos do uso deste instrumento.

    Segundo Brookson apud Oliveira et all( 2002)os oramentos so necessrios ao

    planeamento e controlo da empresa, pois atravs deles que se facilitam o controlo

    do comprometimento da mesma com os objetivos, sendo este:

  • 14

    Planeamento: Auxilia a programar actividades de um modo lgico e sistemtico

    que corresponda estratgia de longo prazo da empresa;

    Coordenao: Ajuda a coordenar as actividades das diversas partes da

    organizao e garantir a consistncia dessas aces;

    Comunicao: Informa mais facilmente os objetivos, oportunidades e planos da

    empresa aos diversos gerentes de equipas;

    Motivao: Fornece estmulo aos diversos gerentes para que atinjam metas

    pessoais e da empresa;

    Controlo: Controla as actividades da empresa por comparao com os planos

    originais, fazendo ajustes onde for necessrio;

    Avaliao: Fornece bases para avaliao de cada gerente, tendo em vista suas

    metas pessoais e as de seu departamento.

    Ao ignorar a oramentao das actividades financeiras que realizamos corremos o

    risco de procedermos uma gesto financeira ao critrio pessoal, isto , gerirmos os

    recursos ao sabor dos gestores ou funcionrio, sem observncia dos demais

    elementos administrativos ou estratgicos.

    Tentaremos na base das refleces posteriores fazer uma exposio dos riscos por

    omisso do oramento da seguinte maneira:

    M previso das receitas: Temos de considerar vrias oportunidades onde

    podemos extrair essas receitas, tendo maior ateno que estas possam cobrir as

    despesas que devemos prover para satisfao de diferentes tipos de

    necessidades;

    Fixao inadequada de despesas a realizar: Deve-se ter em conta aos objectivos

    da organizao, a despesas no devem ser muito excessivas acima das

    capacidades dessa mesma organizao, isto no podem ser superiores as

    receitas, sob risco de no conseguir materializar os planos traados;

    M afectao e redistribuio de recursos: Deve-se ter em considerao as

    necessidades, oportunidades e pertinncias;

    Desequilbrio econmico: O Estado em particular deve garantir o

    desenvolvimento econmico para todo tipo de sociedades, independentemente

    da sua localizao;

  • 15

    Falta de transparncia administrativa: Num estado o povo precisa inteirar-se

    sobre o uso dos fundos pblicos;

    Actividades desorganizadas: as actividades a serem realizadas devem estar

    corelacionadas de modo a materializao dos objectivos pr-estabelecidos, onde

    cada agente toma responsabilidade de assegurar o funcionamento pleno da sua

    rea;

    Insubordinao: uma lei deve ser cumprida com rigorosidade, aquele que a viola

    sujeito a uma penalizao, cabendo ao tribunal administrativo sancionar todas

    formas oposta ao bom funcionamento da administrao pblica.

  • 16

    III. Concluso

    Do exposto, ficou bem claro que o oramento o acto pelo qual o Poder Legislativo

    prev e autoriza ao Poder Executivo, por certo perodo e em pormenor fazer

    despesas destinadas ao funcionamento dos servios pblicos e outros fins adotados

    pela poltica econmica ou geral do Pas, assim como a arrecadao das receitas j

    criadas em lei. E a gesto financeira s pode funcionar eficientemente na base deste

    instrumento regulador, pois ele descreve um plano geral de operaes e ou

    investimentos sob orientao dos objectivos e metas.

    A gesto financeira consiste em planificar, executar e controlar a entrada e sadas

    de fundos ou dinheiros pblicos. Para que estas actividades se realizem com

    eficincia devem ser reguladas por um instrumento que contem todas as directrizes

    de modo a evitar o uso desnecessrio ou mesmo desvios de aplicao, assim como

    o relaxamento de certas reas operacionais, o que vai conduzir de certa forma para o xito, atravs de alcance das metas e satisfao das necessidades pblicas.

    Atravs do oramento, estabelecer-se-o as metas claras a serem atingidas e na

    definio de responsabilidade dos diversos departamentos obrigando os gestores a

    trabalharem em sintonia, comprometidos com o resultado global e no individual.

    Outrossim, vai-se reduzir o risco de colocao ou afectao inadequada dos

    recursos que concorrem a falncia de uma organizao ou desequilbrio econmico.

    O cumprimento do que estiver previsto no oramento conduz de certa forma a uma

    boa gesto financeira, pois possibilitara a definio das prioridades, oportunidades

    para um certo fundo de investimento, assim como as reas mais apropriadas para

    arrecadar receitas.

  • 17

    IV. Referncias Bibliogrficas

    ANGLICO, Joo. Contabilidade Pblica. 8a ed, Atlhas, So Paulo, 1995;

    ARAJO, Inaldo de Paixo Santos ; ARRUADA, Daniel Gomes. Contabilidade

    Pblica: Teoria Prtica. Saraiva, So Paulo, 2006;

    BASTOS, Celso Ribeiro, CARVALHOSA, Modesto: As prestadoras de servios

    e a contribuio devida ao Sesc: uma questo jurdica e de responsabilidade

    Social. 1 ed. Cdex. So Paulo, 2003;

    BRAGA, Roberto. Fundamentos e tcnicas de administrao financeira. Ed.

    Atlas, So Paulo, 1989;

    BRIGHAM, E. F.; WESTON, F. Fundamentos da administrao financeira.

    Makron Books So Paulo, 2000;

    HABCKOST, Fernando Tadeu Soledade. Contabilidade Governamental: Uma

    abordagem Prtica. 1a ed, Sagra, Porto Alegre, 1991;

    MENDES, Judas Tadeu Grassi (org.). Finanas empresariais. FAE. Editora

    Curitiba, 2002;

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