Trabalho de Anatomia

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Sistema Digestório das Aves O aparelho digestivo das aves mostra muitas modificações interessantes, algumas das quais estão associadas à ausência de dentes, neste grupo. Como não existem lábios, não há glândulas labiais na boca, nem glândulas intermaxilares. Entretanto as glândulas sublinguais estão presentes. Parece que tanto a amilase como a ptialina existem na saliva das aves, apesar de existirem poucos indícios de que estas enzimas participem da conversão do amido em açúcares mais simples. nas aves granívores e carnívoras, existe uma porção do esôfago em forma de saco, chamada papo, que se destina ao armazenamento temporário de alimentos (Fig.1). Não há glândulas digsetivas no papo, apesar de, nos pombos e nas espécies aparentadas, existirem duas estruturas semelhantes a glândulas, que produzem uma substância nutritiva, chamada leite dos pombos, que é regurgitada pelos pais, para alimentar seus filhotes. A ação destas glândulas é estimulada por um hormônio chamado prolactina que é produzido pelo lobo anterior da hipófise, durante a época de reprodução. O estômago das aves é formado por uma porção glandular anterior, chamada proventrículo, que secreta os sucos gástricos e uma câmara posterior, muscular e com paredes espessas, chamada moela. A superfície interna da moela é córnea e frequentemente, cheia de dobras. É aqui que areia e pequenas pedras, engolidas pela ave, tomam parte da trituração do alimento. O intestino delgado é enrolado ou forma alças. A maioria das aves possui um ou dois cecos, na junção dos intestinos delgado e grosso. Esse é curto e reto e termina na câmara cloacal.

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Sistema Digestório das Aves

O aparelho digestivo das aves mostra muitas modificações interessantes, algumas das

quais estão associadas à ausência de dentes,

neste grupo. Como não existem lábios, não

há glândulas labiais na boca, nem glândulas

intermaxilares. Entretanto as glândulas

sublinguais estão presentes.

Parece que tanto a amilase como a ptialina

existem na saliva das aves, apesar de

existirem poucos indícios de que estas

enzimas participem da conversão do amido

em açúcares mais simples. nas aves granívores e carnívoras, existe uma porção do

esôfago em forma de saco, chamada papo, que se destina ao armazenamento temporário

de alimentos (Fig.1). Não há glândulas digsetivas no papo, apesar de, nos pombos e nas

espécies aparentadas, existirem duas estruturas semelhantes a glândulas, que produzem

uma substância nutritiva, chamada leite dos pombos, que é regurgitada pelos pais, para

alimentar seus filhotes.

A ação destas glândulas é estimulada por um hormônio chamado prolactina que é

produzido pelo lobo anterior da hipófise, durante a época de reprodução.

O estômago das aves é formado por uma porção glandular anterior, chamada

proventrículo, que secreta os sucos gástricos e uma câmara posterior, muscular e com

paredes espessas, chamada moela. A superfície interna da moela é córnea e

frequentemente, cheia de dobras. É aqui que areia e pequenas pedras, engolidas pela

ave, tomam parte da trituração do alimento.

O intestino delgado é enrolado ou forma alças. A maioria das aves possui um ou dois

cecos, na junção dos intestinos delgado e grosso. Esse é curto e reto e termina na câmara

cloacal.

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A anatomia do canal alimentar das aves é notavelmente diferente da dos mamíferos na

área da boca, na presença de um papo no esôfago e na existência de um estômago

muscular ou moela.

A boca e a faringe não são bem delimitadas na ave e, na maioria das espécies, não há

palato mole. O palato duro comunica-se com as cavidades nasais. Os dentes estão

ausentes e suas funções são realizadas pelo bico córneo e pela moela, havendo uma

grande variedade de adaptações do bico e da língua. As glândulas salivares e papilas

gustativas estão presentes, em localização e número variáveis.

As dimensões do trato digestivo variam consideravelmente entre as espécies,

dependendo dos hábitos alimentares. Nos galináceos adultos, o comprimento de todo

trato pode ser de 210 cm ou mais. Em geral, o esôfago das aves é comparativamente

longo e de maior diâmetro, sendo mais largo nas espécies que deglutem pedaços

maiores de alimento. Uma dilatação do esôfago, o papo, está presente na maioria das

espécies, embora ausente em algumas espécies.

A forma do papo pode variar de uma

simples dilatação do esôfago até um ou

mais sacos para fora do esôfago. O

estômago glandular ou pró-ventriculo das

aves funciona primordialmente na

secreção, embora também possa ter uma

função de armazenamento nas aves que

não têm papo e em algumas espécies que

se alimentam de peixes.

Eles possuem uma boca rodiada por um

bico pontiagudo, flexível e leve, revestido

de queratina, cresce constantemente, para

que possam substituir possíveis desgastes.

Quando o bico se encontra aberto, o

maxilar inferior e superior se deslocam, obtendo uma ampla abertura.

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O papo facilita a digestão, pois nele fica armazenado o alimento, até que ele amoleça

com o auxílio da água. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago químico),

passando a seguir para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e substitui

a falta de dentes nas aves, pois lá os alimentos são triturados com o auxilio de pequenas

pedras. Após ser triturado, os alimentos se dirigem para o intestino delgado, onde tudo

que é útil é absorvido, e o restante são eliminados pela cloaca.

Os chamados desarranjos intestinais são normalmente caracterizados por diarreia

aquosa ou com mucos, de cor cinzenta ou cinzenta-acastanhada. Além disso, as penas

em redor da cloaca ficam bastante sujas e a pele nessa mesma zona apresenta-se

avermelhada. A ave tem também vómitos e, como é natural, encolhe-se a um canto com

as penas eriçadas e a cabeça debaixo da asa.

As causas devem ser geralmente procuradas na má alimentação (sementes sujas) e na

água igualmente suja ou extremamente fria, embora a doença possa aparecer como

resultado de um resfriamento.

O tratamento consiste no isolamento em gaiola aquecida (ver doenças do aparelho

respiratório) e na administração de um antibiótico ou sulfamidas para uso veterinário,

nas doses indicadas de acordo com o peso. A ave não deve comer verdura e, em vez de

água, coloca-se no bebedouro chá de camomila. Também como doença do aparelho

digestivo podemos considerar a proliferação de uma bactéria normalmente existente nos

intestinos das aves, chamada Escherichia coIi, onde auxilia a digestão. Com efeito,

devido a um enfraquecimento que pode resultar de uma alimentação deficiente, a

bactéria multiplica-se em quantidade exagerada e provoca no animal sintomas graves

que podem levar à morte. O tratamento consiste na aplicação de uma pequena dose de

antibiótico.

As aves podem ainda ser atacadas de prisão de ventre ou obstipação. Neste caso, dá-se à

ave alimento verde, com o auxílio de um conta-gotas, obriga-se a engolir uma gota de

azeite.

É do tipo completo.

As aves possuem bico e língua córneos; não há dentes.

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As aves granívoras (que se alimentam de grãos) apresentam moela e papo, que são

pouco desenvolvidos ou mesmo ausentes nas aves carnívoras e frugívoras (aqueles que

se alimentam de carnes e frutas).

No papo o alimento é amolecido. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago

químico), passando a seguir para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa

e substitui a falta de dentes nas aves.

Após a trituração, o alimento dirige-se para o intestino delgado, onde ocorre a absorção

dos produtos úteis, sendo o restante eliminado através da cloaca.

A cloaca é uma bolsa onde são lançadas as fezes, a urina e os gametas , portanto

constitui o final de vários aparelhos e sistemas .

Como glândulas anexas ao sistema digestivo, existem o fígado e o pâncreas.

Aparelho digestório

Língua Pontuda e com revestimento córneo.

Cavidade bucal Tem grandes dobras palatinas

(coanas), que se comunicam com as

fossas nasais.

Faringe

curta

Esôfago Tubular e muscular, estendendo-se

até a base do pescoço, onde se dilata

formando o papo.

Papo com paredes moles; armazenamento

de alimento (uni -bilobado); alguns

produzem o leite-de-papo (céls. da

parede do papo ou esôfago -

prolactina).

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Estômago Proventrículo + ventrículo (moela)

Proventrículo Estômago glandular; mole; paredes

grossas secreta sucos gástricos para

digestão enzimática –ácidos +

enzimas

Moela Estômago muscular; paredes grossas,

musculatura densa, forrada

internamente com secreção epitelial

endurecida, córnea; onde o alimento é

triturado) “função dos dentes” e

também o alimento é estocado.

Intestino Com algumas alças que terminam no

reto – na união existem dois cecos(ou

bolsas cegas) onde ocorre a

decomposição de matéria vegetal por

microorganismos.

Cloaca Saída comum para os aparelhos

excretor e reprodutor; estoca

temporariamente resíduos da digestão

e onde a água é reabsorvida e

devolvida à corrente sangüínea.

Ocorre a precipitação de ácido úrico;

os uratos, de cor clara, mesclam-se às

fezes escuras.

Glândulas anexas Fígado, pâncreas e glândulas

salivares.

Fígado Bilobado com vesícula biliar e 2

dutos biliares (metabolismo de

lipídeos).

Page 6: Trabalho de Anatomia

Pâncreas Secreção de enzimas digestivas

(digestão química no intestino

delgado).

Descrição do Trato Digestório

A anatomia do canal alimentar das aves é

notavelmente diferente da dos mamíferos na área da

boca, na presença de um papo no esôfago e na

existência de um estômago muscular ou moela. A

boca e a faringe não são bem delimitadas na ave e,

na maioria das espécies, não há palato mole. O

palato duro comunica-se com as cavidades nasais.

Os dentes estão ausentes e suas funções são

realizadas pelo bico córneo e pela moela, havendo

uma grande variedade de adaptações do bico e da

língua. As glândulas salivares e papilas gustativas

estão presentes, em localização e número variáveis.

As aves podem ser herbívoras, carnívoras ou omnívoras; este último termo significa que

têm alimentação variada, como também ocorre com nossa espécie. A estrutura do tubo

digestivo varia de acordo com a dieta alimentar. Aves herbívoras, por exemplo, têm

uma região bem dilatada do esófago, o papo, especializado em armazenar o alimento,

constituído principalmente por grãos e partes vegetais duras. Além de ser uma

adaptação à segurança, (pois permite que o animal armazene rapidamente o alimento,

para digeri-lo depois, em lugar seguro) o papo também humedece os alimentos,

tornando-os mais macios.

Bico

Bico podem variar significativamente em tamanho e forma de espécie para espécie. O

bico é composto de uma mandíbula superior o chamado maxilar, e uma parte inferior

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chamado de mandíbula. A mandíbula é feita de osso, normalmente oco ou poroso para

manter o peso ideal para voar. A superfície exterior do bico é coberta por uma fina

bainha de esporões córneos. Entre a dura camada exterior e os ossos há uma camada

vascular contendo vasos sanguíneos e terminações nervosas.

Em algumas aves, a ponta do bico é rígida, sendo utilizadas para tarefas como quebrar

nozes ou matar presas. Em outras aves, como patos, a ponta do bico é sensível e contém

nervos, para localizar as coisas pelo toque. Diferentemente dos maxilares com dentes,

bicos não são usados para mastigar.

Papo

Nas aves, o esôfago apresenta uma dilatação em forma de saco designada por papo. Os

alimentos são aí armazenados temporariamente, permitindo uma diminuição da

freqüência de refeições porque os alimentos permanecem no papo e só depois é que

passam a um ritmo adequado para o pro-ventrículo.

No papo ocorre algumas fermentações e imbebição dos alimentos com mucosidades,

preparando-os para a digestão gástrica posterior. O papo também permite a regurgitação

de alimentos previamente digeridos para os filhotes.

Esôfago

O esôfago é um órgão oco que com suas contrações através dos movimentos

peristálticos fazem com que o bolo alimentar avance até o papo (em 2 segundos,

aproximadamente) mesmo que esteja de cabeça para baixo.

Por todo o trato gastrointestinal, as Glândulas Secretoras atendem a duas funções

primárias: primeiro as enzimas digestivas são secretadas em quase todos os segmentos,

desde a boca até a extremidade distal do íleo; segundo, as glândulas mucosas presentes

desde a boca até a cloaca, fornecem muco para lubrificação e proteção de todas as partes

do trato digestivo. Essas secreções são produzidas pelas glândulas salivares,

proventrículo, pâncreas, fígado e pelo próprio intestino, que são capazes de fornecer

diferentes tipos de produtos responsáveis pela digestão dos nutrientes.

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Proventrículo

É uma das partes constituintes

do estômago composto das

aves. Como é responsável pela

digestão química dos

alimentos, também é

designado como "estômago

químico". Nas aves granívoras,

depois de os grãos serem amolecidos com água no papo, a digestão continua no

proventrículo, onde os sucos digestivos, com as suas enzimas, iniciam o processo

digestivo químico.

Pâncreas

Secreção de enzimas digestivas (digestão química no intestino delgado).

Outro órgão concernente à digestão é o Fígado, que é bilobado e relativamente grande

na maioria das aves; o ducto hepático esquerdo comunica-se diretamente com o

duodeno, enquanto o ducto direito envia um ramo para a vesícula biliar, ou pode dilatar-

se localmente como uma vesícula biliar. A vesícula biliar está presente na galinha, pato

e ganso, mas algumas outras espécies, como o pombo, não têm vesícula biliar. Ela dá

origem aos ductos biliares que se esvaziam no duodeno, próximo a alça distal. O

pâncreas fica na alça duodenal. Ele consiste, no mínimo, em três lobos e suas secreções

atingem o duodeno através de três ductos.

O Intestino Delgado das aves tem um duodeno semelhante à dos mamíferos, mas além

do duodeno não existem áreas delimitadas como o jejuno e o íleo dos mamíferos. O

vestígio do saco vitelínico (divertículo de Meckel) pode ser encontrado mais ou menos

na metade do intestino delgado. O intestino delgado é muito mais longo nas aves

herbívoras do que nas carnívoras. A mucosa do intestino delgado é semelhante a dos

mamíferos, exceto que as vilosidades geralmente são mais altas, mais delgadas e mais

numerosas nas aves. Localizado na junção dos intestinos grosso e delgado estão os

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cecos que, nas aves, em geral são em número par, ao contrário dos mamíferos. Suas

dimensões são influenciadas pelos hábitos alimentares e eles não estão presentes em

todas as espécies. O intestino grosso das aves é relativamente curto e não é bem

demarcado em reto e cólon, como nos mamíferos.

O Estômago Muscular é altamente especializado para a trituração naquelas espécies

que ingerem alimentos duros, ou para misturar as secreções digestivas com o alimento,

nas espécies carnívoras. Na maioria das espécies, o estômago muscular compõe-se de

dois pares musculares denominados músculos intermediários e músculos laterais ou,

mais recentemente, conhecidos como músculos pares grosso e fino. Esses músculos não

estão presentes na maioria das aves carnívoras.

Tipos de moelas

De aves granívoras

Com paredes musculares espessas e fortes mucosas para romper a casca de sementes e

grãos.

De aves carnívoras

Com paredes musculares delgadas, já que a digestão é realizada no proventrículo.

Cloaca

Câmara onde se abrem o canal intestinal, o aparelho urinário e os oviductos das aves e

dos répteis.

Nos animais daqueles grupos em que ocorre fecundação interna, o macho inocula o

esperma na cloaca da fêmea; quando esta operação ocorre juntando as duas aberturas

cloacais, denomina-se "beijo-cloacal".

Em animais ovíparos (aqueles que põem ovos), a o canal que pelo qual o ovo passa dos

ovários para fora do corpo é conhecido como oviduto.

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Referências Eletrônicas

Anatomo fisiologia do aparelho digestório das aves Domésticas da espécie Gallus

gallus. Disponível em:

<http://www.univag.edu.br/adm_univag/Modulos/Producoes_Academicas/arquivos/ap_

digestorio_de_aves_1.pdf> Acesso em: 22/05/2011.

Divisão do sistema digestivo. Disponível em:

<http://www.calopsitamania.com.br/gpage6.html> Acesso em: 18/05/2011.

GOMES, A.S. et al. Anatomo fisiologia do aparelho digestório das aves domésticas

da espécie Gallus gallus. Disponível em:

<http://www.univag.edu.br/adm_univag/Modulos/Producoes_Academicas/arquivos/ap_

digestorio_de_aves_1.pdf> Acesso em: 22/05/2001.

Sistema digestivo das aves. Disponível em:

<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/classe-aves/sistema-digestivo-das-

aves.php> Acesso em 18/08/2011.

Sistema digestivo das aves. Disponível em:

http://divulgarciencia.com/categoria/sistema-digestivo-das-aves/ Acesso em:

22/05/2011.

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<http://mundomelhor96.blogspot.com/2010/01/sistema-digestivo-das-aves.html>

Acesso em: 22/05/2011.