TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO DE … 40ª EXCUTE/Informática... · Centro Estadual de...

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO Memórias Bruno Castellani Caña Danilo Martins Marques Nathalie Guolo Trovão Victor de Lacerda Alves Branco Wesley Jorge Lucas Prado Professor(es) Orientador(es): Márcia Cristina Ferreira dos Santos Beatriz Freddi Motta São Caetano do Sul / SP 2014 Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

Memórias

Bruno Castellani Caña

Danilo Martins Marques

Nathalie Guolo Trovão

Victor de Lacerda Alves Branco

Wesley Jorge Lucas Prado

Professor(es) Orientador(es):

Márcia Cristina Ferreira dos Santos

Beatriz Freddi Motta

São Caetano do Sul / SP

2014

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Memórias

São Caetano do Sul / SP

Trabalho de Conclusão de

Curso apresentado como pré-

requisito para obtenção do

Diploma de técnico em

informática integrado ao Ensino

Médio.

"Acho que a única razão de sermos tão apegados em memórias, é que elas

não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado."

Autor desconhecido

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aquelas pessoas que souberam nos apoiar quando

necessário sem receber nem pedir nada em troca e foi através dessas atitudes

ímpares que vimos quão cercados de pessoas valorosas nós estamos e como

somos agraciados por isso.

Pelos voluntários que prontamente nos receberam com nossas inúmeras

dúvidas e responderam sempre que possível.

Ao grupo pelo aprendizado de que nem sempre o caminho é fácil, mas

nem por isso traz menos felicidade.

E, por fim, aos nossos professores que tanto nos incentivaram e nos

apoiaram, para que esse projeto fosse realizado.

RESUMO

Através de registros as pessoas guardam momentos importantes, que

poderão ser relembrados com o passar do tempo e não queremos que estes

momentos sejam perdidos.

O projeto Memórias é um software desenvolvido na forma de um livro

virtual onde é possível o leitor ter uma interatividade com livre controle sobre as

páginas as quais contém animações, sendo assim, possui opções para ir direto

a uma página, ou clicar para virar a mesma. Suas páginas serão de visual

agradável e leve para que possam favorecer a leitura.

O objetivo do projeto é manter o registro da história de nossa escola,

que até o momento, estavam separadas e quase perdidas, encontradas

apenas por fotos e pelas memórias dos que a frequentaram.

O uso dessa tecnologia será de grande utilidade em tablets,

smartphones e computadores com toque (Touch Screen) podendo, assim,

tornar-se mais atraente e estimular a leitura.

Palavras-chave: livro, história, escola, memórias.

ABSTRACT

People keep important moments through records that can be

remembered with time and we do not want it to be lost.

The project Memórias is a software developed in the form of a virtual

book, where it enable the reader to have an interactivity with free controls of its

pages, which have unique animations, furthermore, there are options to go

directly to a specific page, or click on to turn pages. Its pages are pleasurable to

visualize and simple so it can favor your reading.

The project's objective is to keep records of our school's history that, until

this moment, was separated and almost lost, found only by photographs and by

memories of who are part of it.

The use of its technology will have a great advantage for using in tablets,

smartphones, and touch screen computers, and with this becoming more

attractive and stimulate reading.

Keywords: book, history, school, memories.

SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................ 10

1 – Centro Paula Souza ........................................................................................... 12

1.1 – Por que Paula Souza?.............................................................................. 12

1.2 – A História das Etecs ................................................................................. 12

1.3 – Linha do Tempo ....................................................................................... 14

1.4 – Etecs ........................................................................................................ 17

1.5 – Fatecs ...................................................................................................... 19

2 – A Jorge Street .................................................................................................... 21

2.1 – Quem foi Jorge Street? ............................................................................ 21

2.2 – Por que Etec Jorge Street? ...................................................................... 22

2.3 – Estrutura da Escola .................................................................................. 23

2.4 – APM ......................................................................................................... 23

2.4.1 – O que é a APM? ............................................................................. 23

2.4.2 – Quando e como deverá ser constituida a APM? ............................. 24

2.4.3 – Para que serve a APM? ................................................................. 24

2.4.4 – Quem administra a APM? .............................................................. 24

2.4.5 – Qual a função do diretor na APM? ................................................. 25

2.4.6 – O pagamento da taxa da APM é obrigatório? ................................. 25

2.5 – SAI ........................................................................................................... 25

2.5.1 – O que é o SAI? ............................................................................... 25

2.5.2 – Objetivos do SAI............................................................................. 25

2.5.3 – Breve histórico ............................................................................... 25

2.5.4 – Avaliação dos cursos técnicos........................................................ 26

2.6 – Lista de funcionários ................................................................................ 27

3 – A Era digital nos livros ........................................................................................ 31

3.1 – A Era digital .............................................................................................. 31

3.2 – Transição da Era industrial para a Era digital ........................................... 31

3.3 – A apropriação tecnológica e a inclusão digital .......................................... 32

3.4 – Conceito de cultura digital ........................................................................ 34

3.5 – História do livro digital .............................................................................. 35

3.5.1 – Linha do tempo............................................................................... 35

3.6 – Vantagens em relação ao livro tradicional ................................................ 36

3.7 – O livro virtual ............................................................................................ 37

4 – O projeto Memórias ............................................................................................ 41

4.1 – Pesquisa de campo .................................................................................. 41

4.1.1 – A história ........................................................................................ 41

4.2 – Ferramentas de desenvolvimento ............................................................ 42

4.3 – O livro ....................................................................................................... 42

4.3.1 – Funcionamento............................................................................... 43

4.3.2 – Acessórios ...................................................................................... 45

4.3.3 – Paineis de imagem e vídeo ............................................................ 46

4.3.4 – ActionScript .................................................................................... 48

4.4 – Utilização do Visual Basic ........................................................................ 48

4.4.1 – Visual Basic .................................................................................... 48

4.5 – Quebra cabeça .......................................................................................... 49

4.5.1 – Funcionamento............................................................................... 50

4.5.2 – Java ............................................................................................... 50

4.6 – O site ........................................................................................................ 51

4.6.1 – Funcionamento............................................................................... 52

4.6.2 – HTML ............................................................................................. 52

4.6.3 – CSS ................................................................................................ 52

4.6.4 – PHP ................................................................................................ 52

Conclusão ................................................................................................................ 53

Bibliografia ............................................................................................................... 54

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxograma da Era Digital ....................................................................... 33

Figura 2 – Influência do tablet na leitura................................................................... 38

Figura 3 – Facilidade na leitura com tablets ............................................................. 38

Figura 4 – Preferência de livros ............................................................................... 39

Figura 5 – Utilização do livro digital .......................................................................... 39

Figura 6 – Efeitos colaterais da leitura de livros digitais ........................................... 40

Figura 7 – Página principal....................................................................................... 43

Figura 8 – Funcionamento do livro ........................................................................... 44

Figura 9 – Movimento da página .............................................................................. 45

Figura 10 – Barra de acessórios .............................................................................. 46

Figura 11 – Galeria de imagens ............................................................................... 47

Figura 12 – Galeria de vídeos .................................................................................. 47

Figura 13 – Menu do quebra cabeça ........................................................................ 49

Figura 14 – Peças embaralhadas............................................................................. 50

Figura 15 – Página do site ....................................................................................... 51

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INTRODUÇÃO

Hoje em dia, poucas Etecs têm sua história retratada em um livro, o qual

todos possam ter acesso. Pesquisamos pelas Etecs de nossa proximidade,

como Júlio de Mesquita (Santo André - SP), Lauro Gomes (São Bernardo do

Campo - SP) e Getúlio Vargas (São Paulo - SP). As pesquisas foram feitas por

websites, os quais possuem os relatos resumidos de suas histórias. Durante as

pesquisas na biblioteca de nossa escola, encontramos um livro que relata a

história da ETEC João Belarmino (Amparo – SP), que completou 100 anos em

2011. Com esse livro, pudemos ter um maior embasamento além de ter uma

referência para que desenvolvêssemos o nosso projeto.

O tema escolhido é baseado na necessidade de haver um registro das

mudanças ocorridas durante todos esses anos. “O livro é uma extensão da

memória e da imaginação.” – Jorge Borges. Assim podemos entender que

memórias são os meios de lembrarmos de momentos bons em nossas vidas,

assim como os ruins, portanto, não queremos que fique apenas na memória

dos que vivenciaram, mas sim transmitir para todos o que ainda não sabem,

por meio do livro, que, neste caso, seria a nossa “capsula do tempo”,

possibilitando assim que possam dar continuidade, atualizando o conteúdo,

pois “Mais triste que perder alguém que a gente ama? Só se a gente perdesse

a memória.” – Adriana Falcão.

A importância desse projeto está contida no fator cultural que ele

representa. Quando temos a oportunidade de ler a história de um marco antigo,

podemos aprender mais sobre o momento histórico vivido e pensando em

vários anos no futuro, será uma boa recordação de pequena parte da história

de nosso ambiente escolar. Voltando 40 anos no passado podemos saber de

muitos acontecimentos, como por exemplo, alguns anos antes da inauguração

da escola, o Brasil entrou no período denominado de ditadura militar e durante

esse momento como será que a instituição era controlada? Como era o ensino

nessa época? São todas questões que podem ser relatadas e destruindo

assim, alguns estereótipos de nossa sociedade atual.

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O projeto ‘Memórias’ é um projeto baseado na história de nossa escola,

a qual está completando 40 anos. Pensando nisso, decidimos elaborar um livro

virtual contendo imagens, depoimentos de pessoas que fizeram ou fazem parte

da Etec Jorge Street e onde o leitor terá a possibilidade de virar as páginas

livremente usando o próprio mouse com animação da mesma, permitindo

controlar as páginas utilizando recursos como pesquisa por numeração,

clicando para virar a página e a função de zoom para que facilite enxergar

certos detalhes.

Elaboramos com um intuito principal de registrar a história dessa

instituição, assim como as principais mudanças nela ocorridas de modo oficial

e de fácil acesso para todos, além de promovê-la para futuros alunos e

funcionários.

Durante semanas procuramos documentos (textos, fotos, nomes, etc.)

na biblioteca, conversamos com professores que frequentam há bastante

tempo a escola, e ainda assim, obtivemos poucas informações. Essas

informações obtidas oralmente são de caráter um tanto quanto pessoal, pois

representam a maneira pela qual o entrevistado interpreta os colegas de

trabalho, alunos e o próprio ambiente, portanto torna-se difícil integrar todas as

opiniões. Passamos horas observando as fotos da Jorge Street, tentando

interpretá-las para compreendermos mais como foi o seu desenvolvimento ao

longo dos anos. Pudemos assim perceber que, uma das partes mais

trabalhosas e que necessita maior atenção, diferente do que havíamos

pensado no início do projeto, é realmente a pesquisa do tema e não a prática

em si.

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1. Centro Paula Souza

O Centro Paula Souza é uma autarquia do Governo do Estado de São

Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e

Tecnologia e recebeu essa denominação em 10 de abril de 1971, em

homenagem a Antônio Francisco de Paula Souza.

O Centro Paula Souza iniciou suas atividades em 6 de outubro de 1969.

Mas as primeiras reuniões do conselho estadual de educação para criação da

instituição aconteceram em 1963, quando surgiu a necessidade de formação

profissional para acompanhar a expansão industrial paulista.

A ideia de criar um centro estadual voltado para a educação tecnológica

ganhou consistência quando Roberto Costa de Abreu Sodré assumiu o

governo no estado de São Paulo, em 1967. Em outubro de 1969, o governador

Sodré assinou o Decreto – Lei criou a entidade autárquica destinada a articular,

realizar e desenvolver a educação tecnológica nos graus de ensino médio e

superior.

O Centro Paula Souza é considerado uma das mais importantes

instituições voltadas ao ensino técnico profissionalizante na América Latina.

1.1. Por que Paula Souza?

Antônio Francisco de Paula Souza (1843-1917) trouxe da Suíça e

da Alemanha, onde se formou engenheiro, a paixão pelo ensino tecnológico,

que ajudou a implantar no Brasil. Em 11 de maio de 1892, criou o Instituto

Politécnico de São Paulo, origem da Escola Politécnica da USP, que dirigiu por

24 anos. O engenheiro Paula Souza atuou diretamente no desenvolvimento da

infraestrutura do País, tendo projetado e construído estradas de ferro e se

dedicado à política. Foi deputado e presidente da Câmara Estadual e, na

esfera federal, foi ministro de Relações Exteriores e da Agricultura.

1.2. A história das ETECS:

O ensino técnico Brasil tinha caráter fortemente assistencial

quando foi criado, na época do Segundo Império. Instituições como o Instituto

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de Educandos Artífices, para meninos e o Seminário da Glória, para meninas,

abrigavam e davam instrução profissional crianças órfãs ou abandonadas.

No estado de São Paulo, as primeiras escolas oficiais de ensino

profissional são criadas em 1910, impulsionadas pela chegada da

industrialização pelo crescente desembarque de imigrantes, nem sempre

preparados para o mercado de trabalho nascente. Um ano depois, começam a

funcionar na capital a Escola Profissional Masculina (atual Etec Getúlio Vargas)

e a Escola Profissional Feminina (atual Etec Carlos de Campos). A primeira

destinava-se às artes industriais, e a outra, à economia doméstica e às prendas

manuais. Também o interior recebe as Escolas Profissionais de Artes e Ofícios

de Amparo (hoje Etec João Belarmino) e de Jacareí (hoje Etec Cônego José

Bento).

Criado em 1969 para instalar Faculdades de Tecnologia do Estado

(Fatec), o Centro Paula Souza incorpora as escolas técnicas a partir de 1980.

Nesse ano, integraram-se à instituição seis escolas dos municípios de

Campinas, Jundiaí, Mococa, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e

Americana. Dois anos mais, outras seis escolas técnicas, localizadas na

capital, em Sorocaba, Santo André e Mogi das Cruzes, passam a ser

administradas pelo Centro Paula Souza. Em 1988, o Estado de São Paulo cria

suas primeiras Escolas Técnicas Estaduais: a Etesp, na capital, e outra

unidade em Taquaritinga. Até então, o Centro Paula Souza absorvia unidades.

A instituição conquista a hegemonia dessa modalidade de ensino com a

incorporação de 86 escolas técnicas ao longo de dez anos a partir de 1994.

Dessas, 35 são agropecuárias, como a de Cabrália Paulista. E criada também

uma nova unidade em Mongaguá, a Etec Adolpho Berezin. Preocupado em

aferir a qualidade dos cursos oferecidos e o atendimento às demandas de

produção e do mercado de trabalho, o Centro Paula Souza elaborou sua

primeira pesquisa institucional, em 20 escolas. A avaliação se consolida e hoje

abrange todas as Etecs e Fatecs no Sistema de Avaliação Institucional (SAI).

Em 1998, as escolas passam a oferecer ensino médio regular e técnico

separadamente. Hoje, quase todas as Etecs disponibilizam tanto o ensino

técnico como o médio. Todas as novas unidades oferecerão ambas as

modalidades. Entre 2002 e 2006, são abertas 26 novas unidades em diversos

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municípios: Atibaia, Avaré, Bauru, Bebedouro, Birigui, Capão Bonito,

Carapicuíba, Fernandópolis, Franco da Rocha, Guarujá, Hortolândia, Lins,

Mauá, Osasco, Pirassununga, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santa Bárbara

d'Oeste, São José do Rio Pardo, São Paulo (3 unidades), São Roque,

Taquarituba, Taubaté e Tupã. O ano de 2007 marca o início do funcionamento

da Etec Parque da Juventude, que deu nova vida à desativada Casa de

Detenção no Carandiru. Mais oito municípios ganham escolas: Araçatuba,

Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Ibitinga, Itanhaém, Palmital, Piraju e Teodoro

Sampaio, além de São Paulo, com as Etecs Dra. Maria Augusta, Itaquera e

Sapopemba. Em constante transformação, o Centro Paula Souza se moderniza

e, a partir de 2007, oferece formação técnica a distância por meio do Telecurso

TEC no Estado de São Paulo, resultado de parceria com a Fundação Roberto

Marinho. No ano seguinte, o programa se amplia para atender a alunos da

Rede Estadual da Educação Estado de Goiás. Em 2009, é a vez de Minas

Gerais aderir ao programa para alunos da Educação para Jovens e Adultos

(EJA). Ainda em 2008, a capital ganha mais três Etecs: Artes, Arthur Alvim e

Vila Formosa. Dez municípios também recebem unidades: Cajamar, Cubatão,

Piracicaba, Santana de Parnaíba, São José dos Campos, São Sebastião, São

Vicente, Suzano, Vargem Grande do Sul e Votorantim. Em 2009, ano em que o

ensino técnico completa 100 anos de existência no País, a expansão paulista

continua, com a criação de Etecs em Campo Limpo Paulista, Capivari,

Montemor, Nova Odessa, Peruíbe, Piedade, Porto Ferreira, Registro e na

capital (Cidade Tiradentes, Heliópolis e Santo Amaro).

1.3. Linha do tempo:

1969

Decreto-lei cria uma autarquia para articular e desenvolver a formação

de tecnólogos: o Centro Estadual de Educação Tecnológica de São Paulo

(CEET).

1970

Instalação do CEET, com cursos nas áreas de construção civil e

mecânica. Criação e integração da Fatec Sorocaba.

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1973

Entra em funcionamento a organização da Fatec São Paulo. A instituição

recebe novo nome: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.

1980

Início do ensino técnico no Centro Paula Souza, com a incorporação de

seis escolas técnicas que faziam parte de um convênio firmado entre os

governos federal, estadual e municipal. No ano seguinte, integram-se outras

seis escolas.

1988

O Centro Paula Souza cria as duas primeiras escolas técnicas na

capital, a Escola Técnica São Paulo (Etesp) e, em Taquaritinga, a Etec Dr.

Adail Nunes da Silva. Tem início um programa para levar cerca de 50

professores de Fatecs e Etecs a França, Alemanha e Bélgica para estágios em

instituições de ensino técnico e tecnológico.

1990

A unidade de Jaú cria dois cursos tecnológicos de navegação fluvial,

pioneiros na América Latina.

1994

A partir deste ano até 2004, a instituição integra outras 85 escolas

técnicas da Secretaria Estadual de Educação.

1997

Entra em vigor o Sistema de Avaliação Institucional (SAI), dedicado ao

contínuo aprimoramento pedagógico a partir da mensuração do desempenho e

do atendimento de expectativas da comunidade escolar. Outras ferramentas

são criadas para nortear o planejamento da instituição: o Observatório Escolar

e o Banco de Dados.

1998

Implantação, pelo Governo Federal, de uma reforma no ensino

profissional separando o ensino técnico do médio. O Centro Paula Souza

passa a oferecer as duas modalidades separadamente. A instituição cria o

Laboratório de Currículo, grupo que reúne especialistas em educação e do

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setor produtivo para elaborar e reformular regularmente os cursos do Centro

Paula Souza.

2002

Início das turmas de pós-graduação lato sensu (especialização) na

Fatec São Paulo. Parcerias com prefeituras e empresas são firmadas para a

ampliação de vagas e a definição de cursos. Governo inicia a ampliação do

número de Fatecs, partindo de 10 para 26 unidades no final de 2006.

2005

Sistema de auto avaliação das escolas, elaborado pelo Observatório

Escolar, ganha o prêmio Mário Covas de Gestão.

2006

Entra em vigor a pontuação acrescida no processo seletivo, ou seja,

bônus para afrodescendentes e alunos vindos de escolas públicas. O Centro

Paula Souza encerra o ano com 77 mil alunos matriculados nas 126 Etecs e 26

Fatecs.

2007

O Governo de São Paulo lança o Plano de Expansão do Ensino

Profissional, implantando, já nesse ano, 7 Fatecs e 12 Etecs. A meta é dobrar o

número de Fatecs (de 26 para 52) e criar 100 mil novas matrículas no ensino

técnico até 2010. Tem início o Telecurso TEC, curso técnico a distância. Ocorre

a 1ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza. Fatec é a primeira a ter curso

de Autotrônica no Brasil. A eficiência do SAI é reconhecida com o prêmio Mário

Covas.

2008

É instituído o Plano de Carreiras do Centro Paula Souza, permitindo o

planejamento e o reajuste dos salários. A iniciativa resultou na abertura de 22

mil cargos públicos para docentes, auxiliares de magistério e técnicos

administrativos. Ocorre a Ampliação do Telecurso TEC para o atendimento de

alunos da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e do Estado de

Goiás. Aberto curso tecnológico pioneiro em Silvicultura, em Capão Bonito. São

criadas mais 12 Fatecs e 13 Etecs.

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2009

Criado o Índice de Desenvolvimento do Ensino Técnico e Tecnológico

Estado de do São Paulo (Idetec), para avaliar a qualidade do ensino

profissional oferecido. O desempenho de cada unidade, medido por metas

preestabelecidas, passa a determinar o pagamento de bonificação por

resultado a professores e funcionários. O convênio com a Universidade Virtual

do Estado de São Paulo (Univesp) permite a criação de cursos tecnológicos a

distância. O primeiro deve ter início em 2010. Entra em funcionamento a

primeira Etec em cooperação com a comunidade, em Heliópolis, na periferia da

capital. Implantação 22 Etecs e 2 Fatecs de até o final do ano. O Centro Paula

Souza comemora 40 anos em meio ao maior plano de expansão da sua

história.

2013

O Centro Paula Souza conta hoje com 218 Etecs e 67 Fatecs em todo o

estado de São Paulo. Houve a mudança da sede, a qual foi para o bairro Santa

Ifigênia, bem como a reestruturação do centro de capacitação de professores.

1.4. Etecs

Etec São Paulo (Bom Retiro) Etec Abdias do Nascimento (Morumbi) Etec Albert Einstein (Casa Verde) Etec Amadeu Amaral (Belém) Etec Arthur Alvim (Artur Alvim) Etec Carlos de Campos (Brás) Etec Cidade Tiradentes (Cidade Tiradentes) Etec de Artes (Santana) Etec de Guaianases (Guaianases) Etec de Heliópolis (Heliópolis) Etec Irmã Agostina (Cidade Dutra) Etec de Itaquera (Itaquera) Etec Professora Doutora Doroti Q. K. T. (Pirituba) Etec de Sapopemba (Sapopemba) Etec de Tiquatira (Cangaíba/Penha) Etec de Vila Formosa (Vila Formosa) Etec Dra Maria Augusta Saraiva (Bela Vista) Etec Getúlio Vargas (Ipiranga) Etec Gildo Marçal Bezerra Brandão (Perus) Etec Guaracy Silveira (Pinheiros) Etec Jardim Ângela (Jardim Ângela) Etec Jaraguá (Jaraguá) Etec Jornalista Roberto Marinho (Brooklin Paulista) Etec José Rocha Mendes (Vila Prudente) Etec Mandaqui (Mandaqui) Etec Martin Luther King (Tatuapé) Etec Parque Belém (Parque Belém) Etec Parque da Juventude (Santana) Etec Parque Santo Antonio (Vila Formosa)

Etec Paulistano (Freguesia do Ó) Etec Profº Camargo Aranha (Mooca) Etec Professor Aprígio Gonzaga (Penha) Etec Profº Basilides de Godoy (Lapa) Etec Professor Horácio A. da Silveira (Vila Guilherme) Etec Raposo Tavares (Raposo Tavares) Etec São Mateus (São Mateus) Etec Takashi Morita (Santo Amaro) Etec Uirapuru (Jardim Paulo VI) Etec Vila Madalena (Vila Madalena) Etec Zona Leste (Cidade A. E. Carvalho) Etec Zona Sul (Jardim São Luís) Etec Dra. Maria Augusta Saraiva (Campos Elísios) Etec Professor Carmine Biagio Tundisi (Atibaia) Etec de Barueri (Barueri) Etec Gino Rezaghi (Cajamar) Etec de Carapicuíba (Carapicuíba) Etec de Cotia (Cotia) Etec Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diadema) Etec de Embu (Embu) Etec de Ferraz de Vasconcelos (Ferraz de Vasconcelos) Etec de Francisco Morato (Francisco Morato) Etec Dr. Emílio H. Aguilar (Franco da Rocha) Etec Prefeito Braz Paschoalin (Jandira) Etec de Mauá (Mauá) Etec Itaquaquecetuba (Itaquaquecetuba) Etec Presidente Vargas (Mogi das Cruzes) Etec Profº André Bogazian (Osasco)

18

Etec Osasco II (Osasco) Etec de Poá (Poá) Etec de Ribeirão Pires (Ribeirão Pires) Etec de Santa Isabel (Santa Isabel) Etec Professora Ermelinda G. Teixeira (Santana de Parnaíba) Etec Júlio de Mesquita (Santo André) Etec Lauro Gomes (São Bernardo do Campo) Etec Jorge Street (São Caetano do Sul) Etec de Suzano (Suzano) Etec Sebastiana Augusta de Moraes (Andradina) Etec de Araçatuba (Araçatuba) Etec Doutor Renato Cordeiro (Birigüi) Etec de Ilha Solteira (Ilha Solteira) Etec João Jorge Geraissate (Penápolis) Etec Cel. Rafael Brandão (Barretos) Etec de Bebedouro (Bebedouro) Etec de Olímpia (Olímpia) Etec de Agudos (Agudos) Etec Comendador João Rays (Barra Bonita) Etec Rodrigues de Abreu (Bauru) Etec Doutor Domingos Minicucci Filho (Botucatu) Etec Astor de Mattos Carvalho (Cabrália Paulista) Etec Professora Helcy Moreira Martins Aguiar (Cafelândia) Etec Joaquim Ferreira do Amaral (Jaú) Etec Professor Urias Ferreira (Jaú) Etec de Lençóis Paulista (Lençóis Paulista) Etec de Lins (Lins) Etec Dona Sebastiana de Barros (São Manuel) Etec de Aguaí (Aguaí) Etec Polivalente de Americana (Americana) Etec João Belarmino (Amparo) Etec Prefeito Alberto Feres (Araras) Etec Bento Quirino (Campinas) Etec Conselheiro Antonio Prado (Campinas) Etec de Campo Limpo Paulista (Campo Limpo Paulista) Etec Doutor Francisco Nogueira de Lima (Casa Branca) Etec Doutor Carolino da Mota e Silva (Espírito Santo do Pinhal) Etec de Hortolândia (Hortolândia) Etec João Maria Stevanatto (Itapira) Etec Rosa Perrone Scavone (Itatiba) Etec Benedito Storani (Jundiaí) Etec Vasco Antônio Venchiarutti (Jundiaí) Etec Francisco Garcia (Mococa) Etec João Baptista de Lima Figueiredo (Mococa) Etec Euro Albino de Souza (Mogi Guaçu) Etec Pedro Ferreira Alves (Mogi Mirim) Etec de Monte Mor (Monte Mor) Etec de Nova Odessa (Nova Odessa) Etec Tenente Aviador Gustavo Klug (Pirassununga) Etec de São José do Rio Pardo (São José do Rio Pardo) Etec de Tambaú (Tambaú) Etec Dep. Salim Sedeh (Leme) Etec Trajano Camargo (Limeira) Etec Coronel Fernando Febeliano da Costa (Piracicaba) Etec Deputado Ary de Camargo Pedroso (Piracicaba)

Etec Armando Bayeux da Silva (Rio Claro) Etec Doutor José Coury (Rio das Pedras) Etec Profº José Dagnoni (Santa Bárbara d'Oeste) Etec Gustavo Teixeira (São Pedro) Etec Profª Anna de Oliveira Ferraz (Araraquara) Etec de Ibitinga (Ibitinga) Etec Sylvio de Mattos Carvalho (Matão) Etec Doutor Adail Nunes da Silva (Taquaritinga) Etec de Ibaté (Ibaté) Etec Professor Jadyr Salles (Porto Ferreira) Etec Paulino Botelho (São Carlos) Etec Manoel dos Reis Araújo (Santa Rita do Passa Quatro) Etec Antonio de Pádua Cardoso (Batatais) Etec Doutor Júlio Cardoso (Franca) Etec Professor Carmelino Corrêa Júnior (Franca) Etec Antonio Junqueira da Veiga (Igarapava) Etec de Ituverava (Ituverava) Etec Laurindo Alves de Queiroz (Miguelópolis) Etec Professor Alcídio de Souza Prado (Orlândia) Etec Pedro Badran (São Joaquim da Barra) Etec de Bertioga (Bertioga) Etec de Cubatão (Cubatão) Etec Alberto Santos Dumont (Guarujá) Etec Eng. Agrônomo N. de Medeiros (Iguape) Etec de Itanhaém (Itanhaém) Etec Adolpho Berezin (Mongaguá) Etec de Praia Grande (Praia Grande) Etec de Peruíbe (Peruíbe) Etec de Registro (Registro) Etec Aristóteles Ferreira (Santos) Etec Dona Escolástica Rosa (Santos) Etec Dra. Ruth Cardoso (São Vicente) Etec de Ubatuba (Ubatuba) Etec de São Sebastião (São Sebastião) Etec de Caraguatatuba (Caraguatatuba) Etec Dep. Paulo Ornellas C. de Barros (Garça) Etec Monsenhor Antônio Magliano (Garça) Etec Antônio Devisate (Marília) Etec Doutor Luiz César Couto (Quatá) Etec Professor Massuyuki Kawano (Tupã) Etec Paulo Guerreiro Franco (Vera Cruz) Etec Pedro D'Arcádia Neto (Assis) Etec Professor Luiz Pires Barbosa (Cândido Mota) Etec Professor Pedro Leme Brisolla Sobrinho (Ipaussu) Etec Professor Mário Antonio Verza (Palmital) Etec Augusto Tortolero Araújo (Paraguaçu Paulista) Etec Jacinto Ferreira de Sá (Ourinhos) Etec Orlando Quagliato (Santa Cruz do Rio Pardo) Etec Eng. Herval Bellusci (Adamantina) Etec Professor Eudécio Luís Vicente (Adamantina) Etec Professora Carmelina Barbosa (Dracena) Etec de Iepê (Iepê) Etec Doutor Antônio E. de Toledo (Presidente Prudente) Etec Professor Adolpho Arruda Mello (Presidente Prudente) Etec de Presidente Venceslau (Presidente Venceslau)

19

Etec Amin Jundi (Oswaldo Cruz) Etec Deputado Francisco Franco (Rancharia) Etec Professora Nair Luccas Ribeiro (Teodoro Sampaio) Etec de Monte Alto (Monte Alto) Etec José Martimiano da Silva (Ribeirão Preto) Etec de Santa Rosa do Viterbo (Santa Rosa do Viterbo) Etec Professor Francisco dos Santos (São Simão) Etec Ângelo Cavalheiro (Serrana) Etec de Terra Roxa (Terra Roxa) Etec Machado de Assis (Caçapava) Etec Professor Marcos Uchôas dos Santos Penchel (Cachoeira Paulista) Etec de Caraguatatuba (Caraguatatuba) Etec Professor José Santana de Castro (Cruzeiro) Etec Professor Alfredo de Barros Santos (Guaratinguetá) Etec Cônego José Bento (Jacareí) Etec Padre Carlos Leôncio da Silva (Lorena) Etec João Gomes de Araújo (Pindamonhangaba) Etec São José dos Campos (São José dos Campos) Etec de São Sebastião (São Sebastião) Etec Doutor Geraldo José Rodrigues Alckmin (Taubaté) Etec Elias Nechar (Catanduva) Etec de Fernandópolis (Fernandópolis) Etec Doutor José Luís Viana Coutinho (Jales)

Etec Professor Mateus Leite de Abreu (Mirassol)

Etec Padre José Nunes Dias (Monte Aprazível)

Etec Professora Marines Teodoro de Freitas

Almeida (Novo Horizonte)

Etec Philadelpho G. Netto (São José do Rio

Preto)

Etec Frei Arnaldo M. Itaporanga (Votuporanga)

Etec Profº Fausto Mazzola (Avaré)

Etec de Capivari (Capivari)

Etec Prefeito José Esteves (Cerqueira César)

Etec de Cerquilho (Cerquilho)

Etec Martinho Di Ciero (Itu)

Etec de Mairinque (Mairinque)

Etec de Piedade (Piedade)

Etec Waldir Duron Junior (Piraju)

Etec Fernando Prestes (Sorocaba)

Etec Rubens de Faria e Souza (Sorocaba)

Etec Parada do Alto (Sorocaba)

Etec Vila Hortência - EE Roberto Paschoalick

(Sorocaba)

Etec de São Roque (São Roque)

Etec Doutor Nelson Alves Vianna (Tietê)

Etec de Votorantim (Votorantim)

Etec Doutor Celso Charuri (Capão Bonito)

Etec Profª Terezinha Monteiro dos Santos (Taquarituba) Etec Sales Gomes (Tatuí) Etec Professor Edson Galvão (Itapetininga) Etec de Itararé (Itararé) Etec Doutor Demétrio Azevedo Jr. (Itapeva) Etec Doutor Dario Pacheco Pedroso (Taquarivaí)

1.5. Fatecs

Adamantina

Americana

Araçatuba

Assis

Barueri

Bauru

Bebedouro

Botucatu

Bragança Paulista

Campinas

Capão Bonito

Carapicuíba

Catanduva

Cotia

Cruzeiro

Diadema

Franca

Garça

Guaratinguetá

Guarulhos

Indaiatuba

Itapetininga

Itapira

Itaquaquecetuba

Itatiba

Itu

Jaboticabal

Jacareí

Jales

Jaú

Jundiaí

Limeira

Lins

Marília

Mauá

Mococa

Mogi das Cruzes

Mogi Mirim

Osasco

Ourinhos

Pindamonhangaba

Piracicaba

Pompéia

Praia Grande

Presidente Prudente

Ribeirão Preto

Santo André

Santos (Baixada Santista)

São Bernardo do Campo

São Caetano do Sul

20

São Carlos

São José do Rio Preto

São José dos Campos

São Paulo (Bom Retiro)

São Paulo (Ipiranga)

São Paulo (Itaquera)

São Paulo (Sebrae)

São Paulo (Tatuapé)

São Paulo (Zona Leste)

São Paulo (Zona Sul)

São Roque

São Sebastião

Sertãozinho

Sorocaba

Taquaritinga

Tatuí

Taubaté

21

2. A Jorge Street

A Etec Jorge Street fica localizada em São Caetano do Sul, São Paulo.

Foi fundada em 1975, como: Colégio Técnico Industrial Jorge Street (CTI),

onde era uma escola voltada para o trabalho industrial. Em 1981 a escola foi

incorporada pelo Centro Paula Souza e em 1982 mudou seu nome para: Ete

Jorge Street (Escola Técnica Estatual Jorge Street). Em 2008, José Serra,

governador do estado de São Paulo, mudou o nome Ete Jorge Street, para

Etec Jorge Street, por causa das Fatecs, para ficar “padronizado”.

Hamilton Negrão foi o primeiro diretor, ficou nesse cargo de 20 de Maio de

1975 até 21 de Dezembro de 1986. Logo em seguida, Luís Carlos Zanirato

Maia, assumiu o cargo até 22 de Agosto de 1994, como segundo diretor. José

Roberto Torelli foi o terceiro diretor até 14 de Julho de 2004. Sabrina Rodero

Ferreira Gomes, a quarta diretora, ficou até 1 de Março de 2009. Antonio

Carlos Pires, o quinto diretor, ficou pouco tempo nesse cargo, 2 de Março de

2009 até 2 de Agosto de 2009. Salomão Choueri Júnior, sexto diretor, ficou até

2012 e Renê Graminhani, sétimo diretor, ainda permanece no cargo.

2.1. Quem foi Jorge Street?

Jorge Luís Gustavo Street nasceu a 22 de dezembro de 1863, no Rio de

Janeiro. Filho de Ernesto Diniz Street, austríaco, de origem inglesa e francesa,

e da Sr.ª Heloísa Leopoldina Simonsen Street, brasileira.

Formou-se em 1886 na Escola de Medicina do Rio de Janeiro e em

seguida fez cursos de aperfeiçoamento em Paris, Berlim e Viena. Dominava os

idiomas francês e alemão.

Regressando ao Brasil, exerceu medicina no Rio de Janeiro e em

Petrópolis. Em 1894 ingressou na atividade industrial, recebendo de seu pai as

ações da fábrica de sacaria de juta, no Rio de Janeiro.

Casou-se em 25 de janeiro de 1897 com a Sr.ª Zélia Frias, tendo o casal

seis filhos. Em 1900 foi eleito para a diretoria da Sociedade Auxiliadora da

Indústria Nacional e em 1904, com a fusão da Sociedade Auxiliadora com o

Centro de Fiação e Tecelagem de Algodão, resultando no Centro Industrial do

22

Brasil, foi eleito secretário-geral deste, permanecendo em sua diretoria até

1927.

Em 1904 fez as primeiras negociações para a compra da fábrica de

sacaria de juta Santana, de propriedade do Conde Penteado, e iniciou a

expansão da Companhia Nacional de Tecidos de Juta. Em 1912 principiou a

construção da fábrica e Vila Operária Maria Zélia, em São Paulo, dirigindo-as

até 1923, quando renunciou à direção da Companhia Nacional de Tecidos de

Juta.

Em 20 de junho de 1926, foi eleito presidente do Centro dos Industriais

de Fiação e Tecelagem de São Paulo, cargo que ocupou até 18 de março de

1929. Em 11 de junho de 1927 fundou a Companhia de Tecidos de Algodão, no

bairro da Mooca, São Paulo. Em 1928 fez parte da diretoria do centro das

Indústrias do Estado de São Paulo no cargo de primeiro-secretário, em 1931 foi

consultor técnico da Federação das Indústrias do estado de São Paulo.

Em 31 de março de 1931 foi nomeado diretor-geral do Departamento

Nacional de Indústria e Comércio, do Ministério do trabalho, Indústria e

Comércio. Em 1934 foi nomeado pelo interventor Armando Salles de Oliveira

para o cargo de diretor-geral do Departamento Estadual do Trabalho,

permanecendo no cargo até 1936. Faleceu em São Paulo a 23 de fevereiro de

1939.

2.2. Por que Etec Jorge Street?

Durante a fundação das primeiras escolas técnicas, pessoas com

grandes influências na área industrial e dos trabalhadores da indústria foram

homenageados com seus nomes em escolas, ruas, entre outras coisas. Como

Lauro Gomes, Getúlio Vargas, Jorge Street, João Belarmino, e outras. Jorge

Street era formado em medicina, mas logo herdou a indústria de seu pai e

começou a atuar nessa área. Tornou-se diretor de algumas organizações

industriais e, por fim, diretor-geral do Departamento Estadual do Trabalho. Por

essa grande influência no setor industrial, Jorge Street foi considerado um

grande industrial. E assim teve origem o nome da Etec como Jorge Street.

23

2.3. Estrutura da Escola

Nossa Escola hoje possui um quadro composto de aproximadamente 95

professores, outros 34 professores lecionam em outras escolas e na Jorge

Street, 25 funcionários e 7 funcionários contratados pela APM, trabalhando

juntos para manter uma estrutura composta de:

15 Salas de aula com capacidade média de 40 alunos;

1 Laboratório de Serigrafia;

1 Laboratório de Química e Biologia;

1 Auditório com capacidade para 86 pessoas sentadas;

1 Sala de projeção com computador e Datashow;

8 Laboratórios de Informática;

1 Campo de Futebol;

1 Biblioteca;

2 Quadras, uma interna coberta e outra externa.

Pátios internos e externos.

Gráfica.

Enfermaria.

SOE (Serviço de Orientação Educacional).

Toda esta estrutura é para manter os cerca de 2000 alunos que estão

divididos em 45 turmas nos três turnos de funcionamento de nossa Escola,

manhã, tarde e noite.

Nossa Escola conta ainda com uma rede interna composta por mais de

140 computadores, sendo que 100 somente nos laboratórios de informática, o

restante espalhados em outras áreas, com acesso à Internet de Banda Larga.

2.4. APM

2.4.1. O que é a Associação de Pais e Mestres(APM)?

A APM é uma entidade jurídica de direito privado, criada com a

finalidade de colaborar para o aperfeiçoamento do processo educacional, para

a assistência ao escolar e para a integração escola-comunidade. Atualmente,

sua principal função é atuar, em conjunto com o Conselho de Escola, na gestão

24

da unidade escolar, participando das decisões relativas à organização e

funcionamento escolar nos aspectos administrativos, pedagógicos e

financeiros.

2.4.2. Quando e como deverá ser constituída a APM?

O mandato da Diretoria da APM é de um ano, devendo o Diretor da

Escola, ao final do mesmo, convocar a equipe escolar (vice-diretor,

coordenador pedagógico, pessoal administrativo e professores), pais dos

alunos e os alunos maiores de 18 anos, para a Assembleia Geral que será

presidida pelo mesmo. Compete à Assembleia Geral eleger o Conselho

Deliberativo e o Conselho Fiscal. Cabe ao Conselho Deliberativo eleger os

membros da Diretoria Executiva e divulgar os nomes dos escolhidos a todos os

associados.

2.4.3. Para que serve a APM?

A APM tem por finalidade colaborar no aprimoramento do processo

educacional, na assistência ao escolar e na integração família/escola/

comunidade. Os objetivos da APM são de natureza social e educativa, sem

caráter político, racial ou religioso e sem finalidades lucrativas.

2.4.4. Quem administra a APM?

A APM é administrada pelos seguintes órgãos:

- Assembleia Geral - constituída por todos os associados. Conselho

Deliberativo - constituído de, no mínimo, 11 membros, sendo o Diretor da

Escola o seu presidente nato, e os demais componentes distribuídos na

seguinte proporção: 30% dos membros serão professores, 40% dos membros

serão pais de alunos, 20% dos membros serão alunos maiores de 18 anos,

10% dos membros serão sócios admitidos;

- Diretoria Executiva - constituída por: Diretor Executivo, Vice-diretor

Executivo, Secretário, Diretor Financeiro, Vice-diretor Financeiro, Diretor

Cultural, Diretor de Esportes, Diretor Social, Diretor de Patrimônio. Obs. O

Diretor Financeiro deverá ser, obrigatoriamente, pai ou mãe de aluno;

25

- Conselho Fiscal - será constituído de 3 elementos, sendo 2 pais de

alunos e 1 representante do quadro administrativo ou docente da Escola.

2.4.5. Qual a função do Diretor de Escola na APM?

O Diretor de Escola é o presidente nato do Conselho Deliberativo da

APM, devendo acompanhar todas as reuniões, sem direito a voto.

2.4.6. O pagamento de taxa de APM é obrigatório?

A contribuição financeira para a APM é sempre facultativa. No início de

cada ano letivo e após o encerramento do período de matrículas, serão fixadas

a forma e a época para a campanha de arrecadação das contribuições dos

sócios.

2.5. SAI

2.5.1. O que é o SAI?

O Sistema de Avaliação Institucional (SAI), criado pelo Centro Paula

Souza, avalia todas as Etecs e Fatecs, anualmente. Por meio de mecanismos

que coletam informações entre a comunidade acadêmica, pais de alunos e

egressos, o SAI avalia os processos de funcionamento das escolas, seus

resultados e impactos na realidade social onde a instituição se insere.

2.5.2. Objetivos do SAI

- A busca pela qualidade;

- O autoconhecimento;

- A instrumentalização do planejamento com informações;

- Atender à função social de prestar contas à sociedade.

2.5.3. Breve Histórico

O Centro Paula Souza, através de sua Assessoria de Avaliação

Institucional, iniciou a implantação, em 1997, do seu Sistema de Avaliação

Institucional (SAI).

26

Seguindo os mais rigorosos critérios estatísticos, e embasado em uma

metodologia dinâmica o SAI foi validado em 1998 e implantado em 1999 em

todas Etecs e Fatecs do Centro Paula Souza.

Anualmente todas as escolas técnicas e faculdades de tecnologia são

avaliadas para medir o seu nível de aprimoramento.

Em 2001 a pesquisa passou a ser censitária, com atuação de alunos

monitores.

A Assessoria de Avaliação Institucional conta com a participação do

Grupo de Trabalho, que é formado por representantes das unidades, que se

reúne periodicamente para adequar o SAI.

Desde 1996 o Centro Paula Souza preocupa-se em saber se os técnicos

e tecnólogos que se formam estão trabalhando, se estão com dificuldades no

desempenho profissional e se obtiveram melhorias pessoais e profissionais. As

respostas a essas indagações permitem perceber se o ensino oferecido

contribuiu para integrar o egresso como cidadão e profissional aos setores em

que atua e às necessidades do mercado. Auxiliam também a aprimorar o perfil

do tecnólogo para estar sempre em sintonia com as exigências e mudanças do

mercado de trabalho.

Em 2000, o método de pesquisa foi alterado. Os ex-alunos passaram a

ser pesquisados semestralmente pela Assessoria de Avaliação Institucional

através do SAIE - Sistema de Acompanhamento Institucional de Egressos. As

pesquisas realizadas a partir de um cadastro semestral de todos os possíveis

concluintes de curso, realizado pelas escolas. Após um ano de conclusão do

curso, a Assessoria de Avaliação Institucional, responsável pelas pesquisas,

envia questionários, via correio, a todos os cadastrados. A partir das respostas

devolvidas por carta-resposta ou pela internet, são emitidos relatórios que

servem como referencial sobre a situação dos técnicos e tecnólogos e sua

inserção na sociedade

2.5.4. Avaliação dos cursos técnicos

A avaliação dos cursos técnicos ministrados pelas unidades do Centro

Paula Souza é resultante da mesma base metodológica do SAI/Etec, que apura

27

o desempenho das unidades escolares. Os dados de desempenho de um

mesmo curso, oferecido por diferentes unidades, são sistematizados de modo

a possibilitar uma análise da inserção dos profissionais no mercado de

trabalho, das diferenças regionais e dos procedimentos pedagógicos

específicos. As informações permitem uma busca pela superação da qualidade

no cumprimento da missão do Centro Paula Souza e atendimento às

demandas decorrentes dos avanços técnico-científicos.

2.6. Lista de funcionários

Funcionários da APM

Dennis Douglas Gurskas

Elisete dos Santos Ogeda

Maria Isabel Ruiz Rodrigues

Noel da Silva Pinto Filho

José Rodov Gomes

Tatiana Sayone Nanba

Silvia Aparecida Vicente Monteiro

Funcionários

Alice dos Santos

Carlos Sérgio Gonçalves

Chiemi Higa

Cíntia Florêncio V. dos Santos

Dalila Raimundo de Souza Vieira

Edson Militão da Silva

Fernando Amaro Soares

Glaucia Pereira

Isabel Cristina Galbes Torrezan

Luciano Mendes Barros

Luís Arnaldo de Almeida

Márcia Mitsiko Shimabukuro

Marco Antonio Mandarino

Maria Audice de Sousa Bezerra

Maria José Osmulzki

Naíde dos Santos Ferreira Silva

Neide Maria Torelli Marques

Raquel Oucharski

Rejane Josefa Barbosa de Arruda

Renê Graminhani

Rogério Ferreira da Silva

Rosana de Souza Vezzali

Roseli de Oliveira Matsushita

Sabrina Rodero Ferreira Gomes

Tathiane Cavalcante Ferreira

Therezinha Peres Toselli

Ex-Funcionários

Alexandre Augusto da Silva

Antonio Salvador da Silva

Antonio Zuidarxis

Carlos Iles Caña

Cláudio Delfini

Cleodete Macarini Mayer

Clóvis Leal de Lima

Dirce Ruiz Cavíquio

Fabiana Boer de Almeida

Jair Zanirato Maia

Jessica Emanuelle R. de Souza.

João Talavera Moreno

José Severino de Freitas

Maria Angela da Silva

Maria Aparecida Candi Pichelli

Maria de Lourdes G. da Silva

Maria José da Silva

Nair Canto dos Santos

Neuza Lasso Ortiz

Silvio Bicudo Ortiz

Vera Lúcia Sá Fernandes

Professores

Ademir Joaquim Teles

Aécio Torres de Alencar

Alberto Ciarcia Júnior

Albervan Reginaldo Sena

Alessandra Ferreira de Brito

Ana Maria Flosi

Andréia Di Matteu Diniz

Ângela Cristina R. D. Piazantin

Ângelo Pedro Catalani

Antonio Carlos Lemos Carvalho

Antonio José Prado Ferraz Júnior.

Antonio Laércio Marques

Apolinário Fernandes dos Santos

Arcy Pires Piagetti Júnior

28

Beatriz Freddi Motta

Carlos Alberto do Carmo

Carlos Eduardo Gonçalves de Faria

Carlos Marcelo Dias Reis

Carlos Martini

Carlos Roberto da Silva Calderon

Carolina Augusto Padial

Celso de Araújo

Celso Luiz Somensari

Cláudia Aparacida Siola Fiorotti

Cláudio Canedo da Costa

Cláudio Filipputti

Clayton Wilson C. Salgado Júnior

Cleiton Fabiano Patrício

Cristina de Moura Ramos

Daniela Genovesi

Denieli Melo de Freitas

Denise Aparecida Piraino

Edno Afonso Inocêncio

Edson Bolsoni de Camargo

Eduardo César Alves Cruz

Eduardo Luiz Somaio

Eliete Ana C. Arenas Fernandes

Elisabete Garcia Toledo

Enzo Notarberardino

Fábio Gomes

Fernando Calefi

Fernando da Silva Moraes

Fernando de Oliveira Souza

Francisco das Chagas M. de Sousa

Gabriela Carvalho Solgon

Gislande de F. Santos

Glaciete Jardim Zago

Gláucia Regina Dias T. Zanotti

Igor Fernando de Oliveira

Ivete Soares Pires

Ivo Moreira de Castro Neto

Jorge Luiz Sarapka

Jorge Mariano dos Santos

Jorge Nishihiro

José Duque Gonçalves

José Porfírio Alves Freitas Timóteo

José Roberto Menezes

José Roberto Torelli

Juvenal Gonçalves dos Santos

Larry Aparecido Aniceto

Laszlo Szabados Júnior

Laurindo Itiro Shinhe

Luís Carlos Garcia

Luiz Antonio Carnielli

Luiz Carlos da Cunha e Silva

Luiz Carlos Duarte

Madalena Riva de Medeiros

Maicon Rogério de O. da Silva

Manoel Messias Neris

Márcia Cristina dos Santos Ferreira

Márcio Vieira de Moraes

Maria de Fátima Simões de Souza

Marisi Vicentini P. de Pádua

Maristela Martins B. Guimarães

Marly da Silva Somaio

Meire Satiko F. Yokota

Michel Carvalho Chaveiro

Milena Ortega

Milton Alexandre Rhein Merízio

Neide Silva Nascimento

Nelson Fabri Gerbelli

Nilson Fascina

Nubas Custódio

Paula Roberta Meloni Trubiani

Paulo Fernando Larangeira Flekner

Paulo Nóbile Diniz

Pedro Antônio Saul

Rafael Ballestero

Reinaldo Soeiro de Faria Filho

Renato Astolfi Raposo

Renato Francisco de Agostinho

Ricardo Arroio

Ricardo Damélio

Ricardo Euler Veiga Zabuscka

Ricardo Nabarrete

Rita de Cássia Michelini

Roberta Castaldoni Zanona

Roberta Roque Baradel

Roberto Tsuguio Oyakawa

Roberval Rodrigues

Rodrigo da Silva Lima

Rogério Ferezin Raposo

Rosamaria Aparecida Silva

Rosana dos Santos

Rosana Maria Traversa Palazon

Rosana Mariano

Rosângela Sofiste Teodoro

Salomão Choueri Júnior

Sandra Valéria Walchhutter

Sérgio Sandrin

Sérgio Tomás Casagrande

Sérgio Trahiko Nozawa

Silvia Elena de Lima

Sílvio Pereira da Silva

Simone Faccio Corrêa

Soraya Aparecida Mariano Paz

Suely dos Santos Sousa

Tatiane Zanzin Monteiro

Tera Miho Shiozaki Parede

Tiago Penha Pedroso

Toshio Kimura

Valéria Cristina Costa

Valéria da Silva de Moraes

Valéria Helena Politi Gerbelli

Valmir Jacinto

Vanda Aparecida Galvão

Vania Batista Flose Jardim

Vera Lúcia G. da Silva Benetti

Vinicius Vono Peruzzi

Vivian Kelly da Silva

Viviana Paula Benedeti

Wagner Sérgio Marçon

Waldir Gomes Magalhães

Wilson Malerba

29

Ex-Professores

Abel Alves Rodrigues

Abel da Conceição e Silva

Ademar Carrilho Rodrigues

Ademir Antonio dos Santos

Adhemar Batista Heméritas

Adriana de Lima Airoldi

Adriana Lúcia Cinto Coelho

Aldo Russo

Alércio de Oliveira Rosa

Alex Pedro Danhoni

Alexandre Augusto da Silva

Alfredo Egydio Eleutério Trindade

Ana Carolina F.S. Calderon

Ana Lúcia J.O. Ortiz

Ana Paula do Vale Sylvestre

Anderson de Moraes

André Gustavo Sacardo

Andreia Alves S. Ribeiro

Angela Maria dos Santos

Antonia Edna Rosado

Antonio Alberto de Almeida

Antonio Carlos de Lourenço

Antonio Carlos Lago Machado

Antonio Carlos Pires

Antonio de Araújo da Silva

Antonio José Fioriti

Aurea Bottechia Cilurzo

Benício Francisco dos Santos Filho

Bruno Araujo Pandolfi

Carina do Espirito Santo

Carlos Roberto de Lana

Carlos Tomioshi Ono

Celso Moraes e Silva

Cintia Oliveira Maciel

Cinyra Stylianos Parthymos

Cirênia Conceição Silva Motta

Cláudia Silva Machado

Claudio Eduardo Gava

Cláudio Telles Tenório

Cláudio Volcov

Cleber de Paula

Dagoberto Cássio da Silva

Dalvo Prado Ricardo

Daniel Francisco de Oliveira

Daniel Otávio T. Bruno

Daniela D. Gouveia Mariano

Darci Dalbeto

Débora Berrio Zonta

Débora de Lima G. Antelmo

Denis Alves Rodrigues

Dituo Kitagawa

Douglas Domingos Cruz

Edite Fidelis Rodrigues Naccari

Edson Shigueharu Yokota

Eduardo Chaves

Eduardo José Stefanelli

Eduardo Machado de Araújo

Eduardo Pereira Luiz

Elaine Décia

Elcio Lanza

Eleni Morgado Bortoletto

Elias Urenhiuk

Elisabete Aparecida Venites Barroti

Elmo Tadeu Costa

Elvis Beijo Vieira

Emerson Luiz Arenghi

Emi Kanashiro

Erineu Claudemir Bellini

Ervaldo Garcia Júnior

Evandro Sylvestre

Fábio Ortega

Fabio Silveira Beneti

Fauze Murad

Felipe Angelo Correia dos Santos

Fernanda O. Salerno

Fernando Marques Fernandes

Flávio Martins Ramires

Flávio Nenflídio de Carvalho

Francisco Gayego Filho

Genival Calvano

George Silva Rodrigues

Gisele Lopes Góes

Gleice Mara de Freitas Grolla

Gleicimar Toccoli Bassetti

Guttemberg Nascimento Santos

Hamilton Negrão

Hélia Mantovani Di Vincenzo

Henrique T. de Oliveira Filho

Hideo Nakayama

Hozanan Rodrigues Parente

Jan Novaes Recicar

Jorge Taniguti

José Ademir Loures

José Antonio Neves

José Antonio Rodrigues Dantas

José Carlos Teixeira Pinto

José João Simão

José Luiz Giorgi

José Luiz Rovani

José Roberto Damélio

Júlio César Mendes Murat

Jurandir Monteiro da Silva

Kléber Ferraz de Souza

Laura Fernandes B. Sanchez

Leonardo Donizete Sartori

Lilian Brazão

Luciana Maria Ferreira

Luís Carlos Ribeiro dos Santos

Luís Carlos Zanirato Maia

Luís Diamantino de F. e Almeida

Luiz Akio Sono

Luiz Antonio Cabrera

Luiz Aparecido Marcone

Luiz Carlos Montevechi

Luiz Cesar Lima de Mello

Luiz Gonzaga Pessolato

Luiz José Corrêa

Luiz Raimundo de Souza

Manoel Kazunali Ito

Manuel da Silva V. de Almeida

30

Marcel Adriano Pereira Porto

Marcelo de Melo Mourão

Marcelo de Paula

Marcelo Fontes

Márcia Maria Magalhães

Márcia Paes Landin

Marco Antonio Peruzzi

Marcos Eli Benites

Marcos Tsuyoshi Toda

Marcus Vinícius C. Cardoso

Marfiza Ap. Fontana Corrêa

Maria Carmélia de Souza

Maria Carmen Chicarelli

Maria Célia Scóz Springer

Maria Clara Remondes Caruso

Maria de Fátima do Nascimento

Maria Elvira Martins de Souza

Maria Helena Perillo Prates

Maria Ignês Balaguer Simões

Maria Isabel Schulz Pimentel

Maria Lúcia Guilherme

Maria Magro

Marilene Vilela Gomes Souza

Marilvia Bonfanti Ribeiro

Mariza Aparecida L. Gonçalves

Marjori Luengo Gallo

Marlene José Bento

Marli Lorenzini Bertucci

Maurício Barlera Alves

Maurício Corrêa de Almeida

Maurício Rossi Speciale

Miriam Porto Noronha

Mirian Korolkovas

Mohamed Ahmed Abbas

Nelson Kakuiti

Nelson Nalin

Nizi Voltarelli Morseli

Odete Orsini Franza

Olavo Waeteman

Ordalina Ribeiro Rosa

Orlando Guida Neto

Osmar Bicudo

Osmar Calefi

Osmar Pereira Cardoso

Osmil Aparecido Morselli

Pascoal Minervino Neto

Paulo Eduardo Marques

Paulo Kenji Imamura

Paulo Noronha

Pedro Adolfo Galani

Pedro Angelo Capaccio

Pier Vincenzo Bartucci

Plinio Costa de Oliveira e Silva

Priscila Maria Belini

Priscila Rodrigues

Regiane Cristina G. Marcondes

Regina C. Gonçalves

Reginaldo Tadeu Soeiro de Faria

Reinaldo Galhardo Mendes

Reinaldo Gomes T. Toledano

Reinaldo Madarazo

Reinaldo Rossetti

Renan Moura

Renato da Silva

Ricardo Rogério Meloni

Ricardo Rufini

Roberto Carlos de Oliveira Duarte

Roberto da Costa Mouro

Roberto Gondo Macedo

Roberto Silveira Beneti

Rodrigo Dias

Rodrigo Pimentel Kojima

Roni Sérgio Viola

Rosemeire Pacheco

Rubens Buosi

Rubens Mandelli Nery

Rubens Nista

Sandra Bernadete Pezzo

Sandra Eli Zacheo de Goes

Sandro Roberto de Godoy

Sérgio Henrique Forini

Sérgio Luiz Volpiano

Sérgio Paulo de Almeida

Sheyla Villar Fredenhagem

Silvana Bueno Gomes

Silvio Sebastião Gonçalves

Simone Scudeler Sanches Mekbekian

Valdemar Caetano

Valdir Peruzzi

Valdomiro Korolkovas

Valter Roberto Giusti

Vander Lunardelli

Vanderlei Ferro Leite

Vandil de Freitas

Vicente Bastos Júnior

Victor Gilberto Ferreira

Wagner Sciani

31

3. A Era Digital nos Livros

Um livro digital (livro eletrônico ou e-book) é qualquer conteúdo de

informação, semelhante a um livro em formato digital que pode ser lido em

equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs, Leitor de livros digitais ou

até mesmo celulares que suportem esse recurso.

Os formatos mais comuns de E-books são o PDF, HTML e o ePUB. O último

é um formato de arquivo digital padrão específico para e-books.

Por ser um dispositivo de armazenamento de pouco custo, e de fácil acesso

devido à propagação da Internet nas escolas, pode ser vendido ou até mesmo

disponibilizado para download em alguns portais de Internet gratuitos.

3.1. Era Digital (Era da Informação)

É o período que vem após a Era Industrial, do surgimento e criação de

grandes indústrias, e teve início aproximadamente nas décadas de 1970/1980 com

invenções que mudariam completamente o nosso modo de vida como o

microprocessador, a rede de computadores, a fibra óptica e o computador pessoal.

3.2. A transição da era industrial para a era digital

Uma mudança do que chamamos de “Era” não é instantânea, ela demora e é

resultado de uma sucessão de fatos que vão modificando a sociedade e seu modo

de vida, e para se entender essa mudança, é necessário analisar um pouco da

história no início do século XX.

Após a Revolução Industrial, e seu crescimento para o mundo todo, os

trabalhadores rurais e camponeses começaram a migrar para as grandes cidades

(êxodo rural), mas a partir do século XX esse processo se intensificou, pois muitas

perceberam que seu modo de vida não era mais lucrativo. Entretanto essas fábricas

ainda possuíam condições sub-humanas de higiene e segurança, bem como de

normas e leis trabalhistas. Mas com grande número de operários nessas fábricas,

houve crescente melhora nesses aspectos. E isso foi marcado como a ascensão dos

operários, ainda na Era Industrial.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, as grandes nações sentiram a

necessidade de um desenvolvimento tecnológico, e logo após o fim desta Grande

32

Guerra, os operários começaram a perder sua importância na indústria tradicional e

foram crescendo em áreas de conhecimento técnico e teórico, como pesquisadores

e cientistas, os quais desenvolveram a base para a maioria dos objetos que usamos

hoje, o processador. Essa crescente importância para áreas do conhecimento e

grande desenvolvimento tecnológico, marcou, lentamente, a transição da Era

Industrial para a Era Digital.

3.3. A era digital: Apropriação tecnológica e inclusão digital

“O processo de apropriação tecnológica vai ao encontro do processo de

inclusão digital que tem como objetivo formar cidadãos capazes de tomar decisões e

de compartilhá-las com outras pessoas, em uma dinâmica de exercício da autoria e

é definida como processo dinâmico e provisório que se renova e aprimora na ação e

na interação dos nós, sobre e na rede de sentidos e suas interconexões. Para isso,

é necessária a apropriação crítico-reflexiva dos fenômenos sócio técnicos numa

perspectiva de contextualização sociocultural, bem como o desenvolvimento e a

manutenção das habilidades necessárias à interação com e através deles”

(TEIXEIRA, 2005, p. 25).

Podemos ver que no nosso dia a dia, a inclusão digital e fator de crescimento

pessoal para muitos, e nesse aspecto, visando o desenvolvimento, surge a

alfabetização digital, cuja principal função é causar uma maior dinâmica de interação

cultural.

A alfabetização cultural é um processo pelo qual pessoas, principalmente,

mas não exclusivamente, por meio das redes sociais, pessoas se aproximam dessa

tecnologia crescente e consequentemente aprender a utiliza-la. Enquanto a cultura a

que ela se referre é um conjunto de ferramentas e técnicas para que seja possível

conviver em grupo e lidar com problemas neste mesmo.

Assim torna-se possível compreender que a tecnologia não é apenas um

canal de diversão, mas ela tem seu significado como uma interação e integração

que gera uma nova maneira de aprendizado e construir novas bases para nossa

sociedade, em torno de uma nova lógica global, que é a tecnologia. Na Imagem

abaixo, e possível ver as características e subdivisões dessa nova Era Digital, onde

é possível enxergar o presente projeto partindo do ciberespaço, o qual é o meio no

33

qual nos interagimos com a tecnologia até a informática como tecnologia de

aprendizagem.

Essa interação mediada pela tecnologia não objetiva apenas transmitir

informações, mas também tornar essa interação multidirecional, isto é, tem que

haver tanto uma transmissão quanto uma recepção de sentidos e significados,

saberes e conhecimentos, demonstrando um rompimento com a lógica broadcast,

apesar de ainda estar muito preso a ela. Tal lógica é o processo pelo qual se difunde

e transmite informações de um canal de comunicação e informação para muitos

indivíduos, os quais desempenham apenas o papel de receptores, não havendo a

possibilidade de produção e troca de mensagens, sentidos e significados.

Fluxograma da Era Digital

Figura 1 – Fluxograma da Era digital

34

3.4. Conceito de Cultura Digital

Após longo tempo do marco e da transação da Era Industrial para a Era

Digital, da informação e da introdução da cultura digital à nossa sociedade, esta

última ainda não foi realmente definida concretamente em algo, pois há muitas

controvérsias entre autores, pensadores, artistas, etc.

O sociólogo espanhol Manuel Castells, define a cultura digital em seis tópicos:

1. Habilidade para comunicar ou mesclar qualquer produto baseado em uma

linguagem comum digital;

2. Habilidade para comunicar desde o local até o global em tempo real e, vice-versa,

para poder diluir o processo de interação;

3. Existência de múltiplas modalidades de comunicação;

4. Interconexão de todas as redes digitalizadas de bases de dados ou a realização

do sonho do hipertexto de Nelson com o sistema de armazenamento e recuperação

de dados;

5. Capacidade de reconfigurar todas as configurações criando um novo sentido nas

diferentes camadas dos processos de comunicação;

6. Constituição gradual da mente coletiva pelo trabalho em rede, mediante um

conjunto de cérebros sem limite algum.

Durante o Seminário Internacional de Diversidade Cultural foi promovido um

processo participativo de construção de uma agenda de cultura Digital. Os

pesquisadores e ativistas, Bianca Santana e Sergio Amadeu da Silveira

sistematizaram um texto final que conceitua cultura digital:

“Reunindo ciência e cultura, antes separadas pela dinâmica das sociedades

industriais, centrada na digitalização crescente de toda a produção simbólica da

humanidade, forjada na elação ambivalente entre o espaço e o ciberespaço, na alta

velocidade das redes informacionais, no ideal de interatividade e de liberdade

recombinante, nas práticas de simulação, na obra inacabada e em inteligências

coletivas, a cultura digital é uma realidade de uma mudança de era. Como toda

mudança, seu sentido está em disputa, sua aparência caótica não pode esconder

seu sistema, mas seus processos, cada vez mais auto organizados e emergentes,

35

horizontais, formados como descontinuidades articuladas, podem ser assumidos

pelas comunidades locais, em seu caminho de virtualização, para ampliar sua fala,

seus costumes e seus interesses. A cultura digital é a cultura da

contemporaneidade”.

3.5. História do livro digital

Antes que possamos contar a história, é preciso ressaltar que não há certeza

sobre quem inventou o primeiro livro digital e sim hipóteses.

A hipótese mais conhecida é a de Michael Stern Hart que digitalizou a

Independência dos Estados Unidos da América em 1971, além de ter sido o

fundador do projeto Gutenberg, o primeiro produtor de livros eletrônicos do mundo.

Entretanto, outra hipótese é que em 1940, Roberto Busa criou um índice dos

trabalhos de Tomás de Aquino, o Index Thomisticus.

3.5.1. Linha do Tempo

1971

Michael Hart lidera o projeto Gutenberg que procura digitalizar livros de

domínio público para oferecê-los gratuitamente.

1993

Zahur Klemath Zapata registra o primeiro programa de livros digitais: Digital

Book v.1, DBF; Publica-se o primeiro livro digital: Do assassinato, considerado uma

das belas artes, de Thomas de Quincey.

1995

Amazon começa a vender livros através da Internet.

1996

O projeto Gutenberg alcança 1.000 livros digitalizados. A meta é um milhão.

1998

São lançados ao mercado os leitores de livros eletrônicos: Rocket e-book e

Softbook.

1998-1999

Surgem sites na internet que vendem livros eletrônicos, como eReader.com e

eReads.com.

36

2000

Stephen King lança seu romance Riding Bullet em formato digital. Só pode ser

lido em computadores.

2002

As editoras Random House e Haper Collins começam a vender versões

eletrônicas dos seus títulos na Internet.

2005

Amazon compra Mobipocket na sua estratégia sobre o livro eletrônico.

2006

Acordo entre Google e a Biblioteca Nacional do Brasil para digitalizar dois

milhões de títulos. Sony lança o leitor Sony Reader que conta com a tecnologia da

tinta eletrônica.

2007

Amazon lança o Kindle.

2008

Adobe e Sony fazem compatíveis suas tecnologias de livros eletrônicos

(Leitor e DRM). Sony lança seu PRS-505.

2009

Barnes & Noble lança o Nook.

2010

Apple lança o iPad.

2013

Surgimento de inúmeros tablets com possibilidade de leitura de e-book.

3.6. Vantagens em relação ao livro tradicional

A principal vantagem do livro digital é a sua portabilidade. Eles são facilmente

transportados em pen-drives e cartões de memória.

Como se encontra no formato digital pode ser transmitido rapidamente por

meio da internet. Se um leitor que se encontra no Japão, por exemplo, e tiver

interesse em adquirir um livro digital vendido nos Estados Unidos ou no Brasil, pode

37

adquiri-lo imediatamente e em alguns minutos estará lendo tranquilamente o seu e-

book.

Outra vantagem é o preço. Como seu custo de produção e de entrega é

inferior, um livro digital de alto padrão, como os encontrados em sites

especializados, pode chegar às mãos do leitor por um preço até 80% menor que um

livro impresso, quando não for gratuito. Deve-se lembrar que o livro digital não

precisa entrar em filas de impressão em gráficas, como ocorre tradicionalmente.

Assim, uma vez prontos para distribuição, basta entrar em redes on-line de venda e

distribuição.

Mas um dos grandes atrativos para livros digitais é o fato de já existirem

softwares capazes de lê-los, em tempo real, sem sotaques robotizados e ainda

converter a leitura em uma mídia sonora, como o MP3, criando áudio-books.

3.7. Livro virtual

Por que ele é diferente? Porque com o livro virtual é possível a interação com

o mesmo. Por exemplo: conforme você vai lendo, vão aparecendo imagens, áudios

e vídeos relacionados ao assunto, além de aparecer balões de dúvidas e

curiosidades.

Em um estudo realizado pelo projeto Sintra e-conteúdos, onde participaram

200 alunos de 9 a 14 anos, em Portugal, foi identificado, durante os anos de

2011/2012, vários aspectos que serão analisados a seguir com base nos diferente

tipos de leitores:

Leitores tipo A: São aqueles que têm o costume de ler sempre, e não

por obrigação;

Leitores tipo B: Os que leem moderadamente, apenas quando o livro

os chama muito a atenção;

Leitores tipo C: Contemplam aqueles que não gostam ou leem

raramente.

A primeira observação obtida foi em relação a utilização de tablets para a

leitura, considerando os três tipos de leitores juntos:

38

Figura 2 – Influência do tablet na leitura

Outro aspecto é o fato dos alunos acharem mais fácil ou mais difícil ler em

tablets, considerando os três tipos separadamente:

Figura 3 - Facilidade na leitura com tablet

E por fim, foi analisada as preferências em relação ao tipo de livro que esses

alunos preferem ler:

51%45%

4%

Se tivesse um tablet leria

Mais

Igual

Menos

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Tipo A Tipo B Tipo C

Facilidade na leitura com tablet

Mais fácil Igual Mais difícil

39

Figura 4 – Preferência de livros

Em outra pesquisa realizada com 825 adultos de 5 países diferentes (Brasil,

Portugal, Bélgica, Itália e Espanha), onde foi estudado a praticidade e o custo-

benefício do livros digitais mostra que não apenas os jovens são a favor da

utilização desses livros:

Figura 5 – Utilização do livro digital

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Tipo A Tipo B Tipo C

Prefere o tipo de livro

Multimídia com sons e vídeos Apenas texto e imagens

Audiolivros Possibilidade de escolher o final da história

3%6%

4%

73%

6%

3% 1%

4%

Motivos para o uso do livro digital

Problemas de vista

Curiosidade

Diversão

Praticidade

Atualização com novas tecnologias

Para meu companheiro ler

Para meus filhos lerem

Trabalho

40

Em média, os participantes, gastaram R$ 485,00 reais nos dispositivos para

leitura (tablets, ipads e e-readers).

Entretanto, segundo resultado de algumas pesquisas realizadas pelo grupo

do presente projeto, percebe-se que muitas pessoas acham atraente a ideia do livro

digital, porém não a utilizam por alguns motivos:

Figura 6 – Efeitos colaterais da leitura de livros digitais

25%

30%

3%1%

7%

34%

Efeitos colaterais de livros digitais

Dor de cabeça

Dor no olhos

Tontura

Enjoo

Outros

Não sentem nada

41

4. O Projeto Memórias

Memórias é um projeto que foi dividido em 2 partes principais e 2 partes

secundárias. As duas partes principais são: o livro virtual (desenvolvido em Flash e

ActionScript 2.0 e 3.0) e o site (desenvolvido em HTML e CSS), enquanto as duas

partes secundárias são: o jogo quebra-cabeça (desenvolvido em Java) e o

hospedeiro do livro virtual para torná-lo um programa executável (desenvolvido de

Visual Basic). Cada um destes componentes citados acima tem sua função de total

importância para o projeto, e serão explicados abaixo.

Outro método fundamental para o bom funcionamento, desta vez na parte

teórica, foram as pesquisas realizadas pelo grupo ao longo de todo o projeto. Essas

pesquisas foram a maior fonte de informações obtidas pelo grupo acerca do assunto

tratado no livro, ou seja, a história da Jorge Street.

4.1. Pesquisas de campo

As pesquisas de campo foram realizadas com diferentes propósitos cada qual

em sua situação.

Para desvendarmos todo o mistério por trás da história da instituição tivemos

a necessidade de buscar essas informações da maneira mais social possível, dito

também que não havia, até este projeto surgir, nenhuma outra fonte onde

pudéssemos encontra-las de maneira escrita, portanto entrevistamos diversos

funcionários, professores e alguns alunos sobre o assunto, e com permissão,

gravamos essas entrevistas, questionando as mudanças, os métodos, a estrutura da

escola, o contexto social na época, eventos ocorridos etc. Contudo existem muitas

fotos desde a inauguração em 1975 até os dias atuais.

4.1.1. A história

Após muito tempo interpretando todas essas fotos (em torno de 20000

arquivos), e tendo transcrito essas entrevistas, fomos capazes de sintetizar e unir

essas duas metades em um todo, gerando nossa história.

Em outro momento, essa pesquisa foi voltada para o melhor entendimento da

importância do livro virtual na vida das pessoas, principalmente de jovens, e para

isso realizamos alguns questionários, os quais foram distribuídos para diversos

42

alunos e professores na escola toda. Nesses questionários os participantes

deveriam responder a perguntas como: “O que você acha sobre livros virtuais e

digitais?” ou “Quais os principais efeitos que sente ao ler um livro virtual?” e ainda “O

que limita a sua leitura”. Esses dados foram todos coletados, analisados e

transformados em gráficos para que pudessem ser mostrados de maneira simples e

de fácil entendimento.

4.2. Ferramentas de desenvolvimento

Design visual:

Adobe Photoshop CS6;

Paint.NET 4.0.3.

Programação:

Adobe Flash CS6 (ActionScript 2.0 e 3.0);

Microsoft Visual Studio 2010 (Visual Basic.NET);

Eclipse Luna IDE (Java);

Notepad++ 6.6.9 (HTML, CSS, PHP e XML).

Documentação:

Microsoft Office Word 2013.

Pesquisa:

Sites;

Livros;

(Ex)professores e (ex)funcionários da Etec Jorge Street;

Questionários com alunos da Etec Jorge Street.

4.3. O livro

Inicialmente o projeto tinha como intenção ser desenvolvidos completamente

em Java, entretanto com algumas pesquisas descobrimos que essa linguagem não

nos oferecia suporte gráfico necessário para desenvolvermos da maneira que

gostaríamos, então pesquisamos outros métodos e descobrimos o ActionScript, uma

linguagem orientada a objeto que se relaciona com objetos animados em Flash

43

podendo, assim, animar um objeto com certos eventos criados por mouse ou

teclado, e não fazer uma simples animação.

Página inicial do livro

Figura 7 – Capa e barra lateral do livro

4.3.1. Funcionamento

A funcionalidade do livro foi desenvolvida em cima da seguinte lógica (checar

imagem abaixo): Existem três painéis definidos na imagem por A, B e C. O painel A

é a representação da imagem sendo exibida no livro, o painel B é a folha de trás e o

painel C é a representação da página de trás do painel A. A função de

movimentação é realizada em relação à posição do mouse. A cada movimento do

mouse a linha de simetria é calculada de acordo ao valor do ângulo “a”. A distância

X é relativa ao ângulo “a” e a Largura da folha. O painel C é desenhado seguindo as

44

orientações anteriores. Tudo que estiver maior que C será preenchido com A e o

que estiver menos que C será preenchido com B.

Funcionamento do livro

Figura 8 – Funcionamento do livro

A definição das páginas é feita por um arquivo de configuração externo XML,

onde são carregadas as imagens externas com extensão .jpg e também é feita a

definição do áudio de virada das páginas e o sombreamento delas. Esse XML é

importado para a execução do programa logo que iniciado.

45

Movimentação da página

Figura 9 – Movimento da página

Outra função presente na animação é o sombreamento que foi feito para der

um efeito mais realista da virada de páginas.

As páginas contam com uma função de redimensionamento automático em

relação ao tamanho do monitor em que será exibido, para que não esteja pequeno

demais ou grande demais.

4.3.2. Acessórios

A barra de acessórios foi desenvolvida para que pudesse haver uma maior

interatividade e até facilidade no uso. Esse menu é composto por:

Controle de zoom: permitem que o usuário visualize melhor o texto ou

as imagem contando com a opção de zoom de até 32x.

Botões de navegação: permitem virar as páginas ao clicar.

Caixa de pesquisa: habilita uma busca para determinada página

especificada pelo usuário.

Opções de áudio: permitem o controle das funções de áudio que são

ativadas para a leitura da página.

Controle de volume: permite o ajuste do volume.

Botão de informação: exibe um menu de informações úteis ao usuário.

Botão de ajuda: exibe um menu com opções de ajuda ao usuário.

46

Barra de acessórios

Figura 10 – Barra de acessórios

4.3.3. Painel de imagens e vídeos

Os painéis de vídeos e imagens foram desenvolvidos com a intenção de criar

uma galeria multimídia para maior entretenimento e interação com o usuário,

Botão para diminuir o zoom

Botão para aumentar o zoom

Botões para navegar entre as páginas

Caixa para digitar a página desejada

Ir para a página desejada

Botão para recomeçar o áudio

Player para controle do áudio

Controle do volume

Caixa para exibir o volume

Botão de informação

Botão de ajuda

47

servindo até como um álbum de fotos e recordações. Essa galeria pode ser aberta

clicando sobre as imagens presentes no livro e é possível, também, navegar por

essas imagens sem precisar ir de página em página. Os vídeos apesar de limitados

servem como forma de transmitir informações que não são possíveis através de

simples imagens ou palavras, facilitando o entendimento do contexto.

Galeria de imagens

Figura 11 – Galeria de imagens

Galeria de vídeos

Figura 12 – Galeria de vídeos

48

4.3.4. ActionScript

O ActionScript foi a linguagem principal utilizada neste momento do projeto. A

linguagem de programação, hoje pertence a Adobe Systems, entretanto teve sua

origem na Macromedia Inc. onde foi primeiramente desenvolvida e aperfeiçoada. É

uma linguagem orientada a objetos, ou seja cada objeto contém informação, que

ficam conhecidas como atributos ou características, sendo assim possível controlar

objetos visuais no Flash. Inicialmente foi desenvolvida para ser utilizada na

Macromedia Flash Tool, mas foi comprada pela Adobe por ser muito útil e funcional.

É trabalhado no padrão e dialeto do EMCAScript, que são as

especificações criadas pela ECMA International, outras linguagem que seguem esse

padrão são o JavaScript e o JScript. Entretanto há diferenças que podem ser

notadas em sua sintaxe. Seu desenvolvimento está atualmente em sua versão 3.0.

4.4. Utilização do Visual Basic

Uma grande diferença de um software desenvolvido no conjunto Flash e

ActionScript é sua limitação de publicação. Por ser utilizado, normalmente, em

software para a internet, pode ser publicado como vídeo, imagem animada (.gif) ou

arquivo de flash (.swf). Portanto não há um formato de software executável ou

instalável. O projeto propõe que o livro seja um aplicativo e portanto necessita ser

executável em um formato conhecido pelas pessoas e que possa ser aberto pelo

sistema operacional e não por um navegador de internet, e com esse pensamento

decidimos criar um software utilizando o Visual Basic.NET para que possa ser o

executado mas que importará dentro de um objeto Flash, o livro virtual sem que haja

restrições em sua utilização.

4.4.1. Visual Basic

O Visual Basic.NET é uma linguagem de programação de alto nível que

surgiu em 2002 como sucessor do Visual Basic simples. A linguagem, bem como os

softwares para desenvolvê-la são pertencentes à Microsoft.

O seu padrão de linguagem se difere bastante em relação as linguagens

mais conhecidas como C, C++ e Java, como por exemplo o fato de delimitar o grupo

de comandos com linhas de código e encerrar um linha sem a necessidade de nada

49

especial enquanto todas essas linguagem citadas, um grupo de comandos deve

estar demarcado com chaves ({}) e ter sua linha encerrada por ponto e vírgula (;).

Atualmente está em sua versão 12.0.

4.5. Quebra cabeça

Em uma das reuniões do grupo para discutirmos sobre o projeto, foi feita uma

proposta para incentivarmos a utilização do livro, entretanto não havia nenhuma

proposta do que ser feito. Durante alguns dias as ideias foram surgindo, até que

decidimos criar algo utilizando as fotos da escola, foi quando surgiu o quebra

cabeça.

Ele foi desenvolvido em Java utilizando o pacote Graphics 2D que permite a

manipulação de imagens e objetos. Esta ferramenta foi escolhida pelo fato que

alguns integrantes do grupo já sabiam utilizá-la.

O jogo contém uma série de fotos da história de nossa escola, onde é

possível escolher com qual deseja jogar. Na seleção da imagem também é possível

escolher o nível de dificuldade do jogo que são: fácil, médio e difícil.

Menu do quebra cabeça

Figura 13 – Menu do quebra cabeça

50

4.5.1. Funcionamento

Após selecionar a foto o programa irá dividir a imagem em partes iguais e

após essa divisão formará uma régua sobre a qual deverá montar o quebra cabeça.

Se o nível selecionado for fácil será dividido em 20 peças, se for médio serão 80

peças e o difícil dividirá em 320 peças.

As peças divididas serão embaralhadas e espalhadas pela tela do programa.

As peças são movidas pelo clique do mouse sobre elas e por sua movimentação. As

peças podem ser posicionadas em qualquer lugar, não precisa estar

necessariamente correto, entretanto caso a peça seja solta próxima a algum espaço

da régua ela se ajustará automaticamente àquele espaço.

O jogo

Figura 14 – Peças embaralhadas

4.5.2. O Java

A linguagem de programação Java é uma linguagem orientada a objeto

e baseada na criação de classes.

51

O Java foi criado originalmente pela empresa Sun Microsystems que

se tornou hoje a Oracle Corporation e foi lançado em 1995.

A linguagem é derivada das linguagens C e C++, entretanto com pequenas

mudanças. Muitos confundem essa linguagem com o JavaScript, que é outra

linguagem mais voltada para programação para internet. Também foi influenciada

pelas normas do ECMAScript. Atualmente está na versão de desenvolvimento 8

update 25.

4.6. O site

Após o desenvolvimento ser iniciado, percebemos que por ser um livro que se

trata da história de uma instituição e que todos os que participaram dessa história ou

aqueles que tiverem interesse podem lê-lo decidimos criar uma forma de publica-lo

para download, e com objetivo decidimos desenvolver o site. No entanto

desenvolver o site apenas para colocar um link de download não é válido, então

aproveitamos a oportunidade e o site foi desenvolvido explorando diversos recursos,

contando a história do projeto e uma breve história da escola. Possui também uma

galeria de imagens e um pouco sobre o grupo do mesmo.

Página do site

Figura 15 – Página do site

52

4.6.1. Funcionamento

O site é dividido em 6 partes: história da escola, o projeto, galeria de fotos,

depoimentos, corpo docente e o livro. O grande diferencial desse site que torna-o

bem útil tanto para usuários quanto para os desenvolvedores /escola é, na aba de

depoimentos, a possibilidade de escrever suas lembranças e experiências para que

possa ser registrado. Outra diferença é o fato de o livro poder ser exibido online e

não necessariamente baixado.

Foi desenvolvido utilizando as linguagens HTML, CSS e PHP e um pouco de

JavaScript. As linguagens HTML e CSS foram utilizadas na estruturação e no visual

da página. O PHP foi utilizado na parte lógica da página e o JavaScript para a

galeria de imagens.

4.6.2. HTML

HyperText Markup Language é uma linguagem voltada à programação para

internet. Mantida pelo grupo W3C (World Wide Web Consortium) e que pode ser

associada a outras linguagem como CSS e PHP para que haja maior possibilidades

a serem exploradas.

Sua sintaxe é delimitada por tags (<></>) e está atualmente em sua versão

5.0.

4.6.3. CSS

Cascading Style Sheet é uma linguagem que trabalha com folhas de estilo

que muda o visual e a formatação de uma página HTML. Essa linguagem também é

mantida pela W3C.

4.6.4. PHP

Hypertext Preprocessor (originalmente Personal Home Page), é uma

linguagem desenvolvida pelo grupo PHP e está em sua versão 5.6.2. É voltada para

o desenvolvimento à internet que pode ser associada ao HTML, entretanto atua na

parte lógica do sistema.

53

CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos o assunto de um livro virtual, onde o leitor tem

certa interação com o mesmo e concluímos que não se é possível fazer uma história

sem memórias, pois memórias são fatos, narrações ou mesmo histórias narradas

por quem as viveu, seja escrita, falada ou através de imagens.

Cumprimos todos os objetivos que nós tínhamos proposto, uma vez que,

tínhamos como principal objetivo contar a história da instituição de uma maneira

mais agradável e mais parecida com o livro físico.

Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, pois nos

permitiu conhecer melhor o ambiente em que estudamos, como e de onde surgiu a

Jorge Street e conhecer outros professores e funcionários através das entrevistas,

além de ter-nos permitido aperfeiçoar nossas competências em relação às

linguagens de programação utilizadas para a realização desse projeto de conclusão

de curso.

54

BIBLIOGRAFIA

Livro 40 anos. Centro Paula Souza, 2009; Livro 100 anos. ETEC João Belarmino, 2011;

Conceito de cultura digital. <Acessado em 16 de outubro de 2014> Disponível em: http://culturadigital.br/conceito-de-cultura-digital/ A era digital. <Acessado em 14 de outubro de 2014> Disponível em: http://www.oficinadanet.com.br/post/11209-a-era-digital-apropriacao-tecnologica-e-inclusao-digital Era da informação. <Acessado em 16 de outubro de 2014> Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_da_informa%C3%A7%C3%A3o Entenda o livro digital. <Acessado em 15 de setembro de 2014> Disponível em: http://pt.slideshare.net/stelladauer/entenda-o-livro-digital Livro virtuais. <Acessado em 15 de setembro de 2014> Disponível em: http://pt.slideshare.net/andreabetina/livros-virtuais O livro na era digital. <Acessado em 15 de setembro de 2014> Disponível em: http://pt.slideshare.net/lilianedb/o-livro-na-era-digita

BRAUNSTEIN, Roger. ActionScript 3.0 Bible. Ed. Wiley, 2010. MOOCK, Colin. Essential ActionScript 3.0. Ed. O’Reilly, 2007. SHUPE, Rich & ROSSER, Zevan. Learning ActionScript 3.0. Ed. O’Reilly, 2011

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