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1 Bruno Bernardo Heineberg Bleyer TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE E AMBIENTAL COM BASE NOS REQUISITOS DAS ISO 9001/2008 E 14001/2004 NA EMPRESA KREATEVA INDUSTRIAL LTDA. Organização, Sistemas & Métodos Itajaí (SC) 2009 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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Bruno Bernardo Heineberg Bleyer

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE E AMBIENTAL COM BASE

NOS REQUISITOS DAS ISO 9001/2008 E 14001/2004

NA EMPRESA KREATEVA INDUSTRIAL LTDA.

Organização, Sistemas & Métodos

Itajaí (SC)

2009

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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BRUNO B. H. BLEYER

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE E AMBIENTAL COM BASE NOS REQUISITOS

DAS ISO 9001/2008 E 14001/2004

NA EMPRESA KREATEVA INDUSTRIAL LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí

TAJAÍ - SC, 2009

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Agradeço em especial a DEUS por estar comigo me dando forças nas horas mais difíceis e também participando dos momentos gloriosos de minha vida. Com muito carrinho agradeço a minha família que sempre esteve do meu lado, especialmente aos meus pais, Edson e Sandra, por me incentivar e proporcionar condições para estudar, e quando precisei me deram o apoio necessário. E por fim agradeço ao meu Orientador de estágio, Prof. Raulino Pedro Gonçalves, pelo conhecimento, incentivo e entusiasmo sempre presentes nas orientações durante todo o processo da pesquisa.

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Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Charles Chaplin

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Bruno B. H. Bleyer

b) Área de estágio

OS&M

c) Supervisor de campo

Edson Soares Bleyer

d) Orientador de estágio

Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm.

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, Msc.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Kreateva Industrial LTDA

b) Endereço

Rua Fritz Lorenz n º 2033

TIMBÓ – SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Setor Administrativo

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Edson Soares Bleyer

Diretor Comercial

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAI, 03 de Novenbro de 2009

A empresa KREATEVA INDUSTRIAL LTDA, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico BRUNO

BERNARDO HEINEBERG BLEYER.

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Edson Soares Bleyer

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RESUMO

O interesse pela questão ambiental têm tomado grande espaço nas conferências, tanto econômicas quanto políticas. Afinal, os impactos causados pelo homem para satisfazer suas necessidades podem ter proporções catastróficas. As organizações produtivas vêm buscando práticas pró ativas no sentido de avaliar seus processos industriais e reduzir os impactos gerados com suas atividades. As Normas voltadas ao atendimento das questões qualidades e ambientais para as organizações, tais como NBR ISO 9001:2008, NBR 14001:2004, que tratam respectivamente da gestão da qualidade e ambiental, são grandes formas de se obter um desempenho ambiental que pode ser reconhecido tanto por consumidores quanto pela sociedade. O presente trabalho teve como principais objetivos identificar a situação atual da empresa Kreateva Industrial Ltda frente os requisitos da qualidade e ambiental. Para o levantamentos de dados foi utilizado um chek-list dos requisitos das normas citadas. A partir da análise dos aspectos foram obtidos os resultados do diagnóstico das normas perante a atividade da empresa. Concluindo os resultados registrados a empresa Kreateva já atende todos os requisitos da norma da qualidade e aplica alguns requisitos da norma ambiental, permitindo assim, uma visão para a empresa daquilo que deve ser melhorado em sua política ambiental. Palavras-chaves: Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental, Normas ISO

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 10 1.1 Problema de Pesquisa................................................................................ 11 1.2 Objetivos do Trabalho............................................................................... 14 1.3 Aspectos Metodológicos............................................................................. 15 1.3.1 Caracterização da Pesquisa....................................................................... 15 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa........................................................ 16 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados.................................... 16 1.3.4 Tratamento e análise dos dados................................................................ 18 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 19 2.1 Administração............................................................................................. 19 2.1.1 Função do Administrador.......................................................................... 20 2.1.2 Administração de recursos humanos........................................................ 21 2.1.3 Administração de financeira..................................................................... 22 2.1.4 Marketing.................................................................................................. 23 2.1.5 Organização Sistemas e Métodos.............................................................. 24 2.2 Normas para a Gestão da Qualidade e Ambiental................................. 25 2.3 Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)................................................... 28 2.4 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) ....................................................... 29 2.5 Sistema de Gestão Integrado (SGI).......................................................... 32 2.6 Auditoria ..................................................................................................... 33 2.6.1 As formas de Auditoria............................................................................ 34 2.6.2 Auditoria Interna e Externa....................................................................... 35 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ...... .....................36 3.1 Caracterização da Empresa...................................................................... 36 3.1.1 Historico............................................................................. .....................36 3.1.2 Estrutura organizacional........................................................................... 37 3.1.3 Missão e Visão da empresa .................................................................... 38 3.1.4 Produto..................................................................................................... 38 3.1.5 Mercado, Fornecedorese Concorrentes.................................................... 40 3.2 Resultado da Pesquisa............................................................................ 40 3.3 Sugestão para a empresa........................................................................ 45 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 46 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 47 APÊNDICE ...................................................................................................... 50 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS........................................................ 58

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1 INTRODUÇÃO

Os problemas ecológicos e sociais têm caráter universal, atingindo a todos

independentes da sua classe social. Ainda que muitas vezes os impactos sociais sejam

sentidos com maior peso pelas classes menos favorecidas, problemas como poluição da água

e do ar, rompimento da camada de ozônio e contaminação de alimentos, por exemplo, não

distinguem grupos sociais. Nas duas últimas décadas, essas questões têm exercido uma maior

influência nos custos econômicos. E a proteção do meio ambiente têm se tornado um

importante campo de atuação para governos, indústrias, grupos sociais e indivíduos.

A produção sustentável e o desenvolvimento sustentável são desafios das indústrias

no século 21, à luz da crescente pressão ambiental. As operações industriais, neste mesmo

período, experimentaram mudanças radicais com implicações significativas, principalmente,

com a introdução das normas de gestão pela qualidade ambiental, a exemplo da série ISO

14001 a partir de 1996. As empresas, cuja atividade industrial é de alto impacto ambiental,

constituem-se em crescente preocupação da sociedade e dos órgãos reguladores ambientais,

devido ao elevado grau de risco à saúde das populações. Antes da intensa fase regulatória

mundial, as indústrias concentravam suas preocupações, exclusivamente com a produção,

qualidade e os lucros. Hoje elas estão cientes que são umas das maiores poluidoras do meio

ambiente, voltando sua missão na proteção e na minimização de impactos ambientais.

Ações para preservar o meio ambiente, no início do século XX, eram insignificantes.

Esta despreocupação foi responsável pela ocorrência de comprometimentos ambientais

irreversíveis. A empresa que passa a preocupar-se com as questões ambientais assumem a sua

interferência sobre o meio ambiente e, ao mesmo tempo, busca formas para minimizar os

efeitos da poluição. Uma nova postura passa a ser adotada a partir da segunda metade do

século passado com relação aos processos executados, e seus efeitos danosos ao meio

ambiente. A ordem passa a ser: mudar o processo para acabar com o resíduo; agir nas fontes

geradoras; minimizar a emissão; valorizar o resíduo para reaproveitá-lo e, só em último caso,

tratá-lo e descartá-lo.

A implementação de práticas ambientais corretas na empresa são sempre

interessantes e necessárias. Trazendo inúmeros benefícios como: a melhoria da imagem

perante a sociedade e outros empreendedores que interagem com o empreendimento; redução

dos custos ambientais; menores riscos de infrações e multas; aumento de produtividade;

melhoria da competitividade e surgimento de alternativas tecnológicas inovadoras.

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A implementação e operação de um sistema de gestão integrado consiste, na

realidade, na aplicação de conceitos e técnicas de administração, particularizados para os

assuntos relacionados. Existem, dessa forma, várias técnicas possíveis e que levam a

resultados semelhantes. Ao implantar um SGI a empresa adquire uma visão estratégica e

integradora em relação ao meio ambiente, e aos requisitos da qualidade, passando a percebê-

los como oportunidade de desenvolvimento e crescimento. Ao mesmo tempo, deve ser

ressaltado que estratégias sustentáveis asseguram a proteção ambiental, tanto do local de

trabalho quanto dos operadores, além de contribuir para a eliminação ou minimização de

impactos ambientais e a melhoria dos processos.

Este trabalho trata de um diagnóstico da qualidade e ambiental com base nos

requisitos das normas ISO 9001(qualidade) e ISO 14001 (ambiental) na indústria Kreateva

Industrial Ltda. A Kreateva é uma empresa especializada na produção de EVA (Etil Vinil

Acetato), com uma diversificada linha de produtos dirigidos aos segmentos de papelaria,

escolas, brinquedos, artesanato, e indústria calçadista. A indústria foi fundada no ano de 2000,

localizada no Distrito Industrial em terreno cedido parcialmente pela Prefeitura Municipal de

Timbó - SC, está instalada numa área de 25.000 m2, sendo 18.000 m2 de área construída.

Sua fábrica possui equipamentos de última geração, especializados na produção do EVA.

Hoje a Kreateva está presente no mercado nacional em todos os estados. Na produção de

E.V.A. a empresa tem uma grande preocupação com a qualidade do produto, sendo ele: não

tóxico, inodoro, de textura agradável, cores vibrantes e de fácil manuseio.

A Kreateva é uma empresa de porte médio, administrada por 02 profissionais

contratados pelos acionistas (cotistas) que não participam da administração. Possui 90

colaboradores diretos e 30 indiretos (terceirizados) e 42 Representantes Comerciais no Brasil

e 02 no Exterior. Sendo um na América do Sul e outro na Europa. O Trabalho de estágio foi

realizado na área de produção, tendo apoio da gerência industrial e acompanhamento do

supervisor de campo.

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa

Problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o processo de

pesquisa gira em torno de sua solução. Justificativa é apresentar razões para a própria

existência do trabalho. Segundo Roesch (2007, p. 90), no contexto de um projeto de prática

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profissional, “o problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser identificação de

oportunidade até então não percebida pela empresa”. No mercado de hoje as empresas

buscam, com a forte concorrência enfrentada, estar à frente e reter a fidelidade de seus

clientes, devem buscar manter-se com um número cada vez maior de opções e variedades,

buscando a qualidade de seus produtos e serviços.

Atualmente, os países desenvolvidos estão na frente das campanhas ambientais,

enquanto que os países em desenvolvimento ainda estão preocupados com problemas

primários tais como trabalho, pobreza, doenças, entre outros. O atual ambiente de evolução

tecnológica tem provocado uma constante busca de atualização por parte das empresas. A

necessidade de acompanhar estes avanços é justificada pela concorrência globalizada, onde as

empresas mais inovadoras competem pelas melhores posições no mercado.

Os problemas ambientais, por afetarem a vida de todos no planeta, são tratados de

forma global. E por isso existem vários países desenvolvidos que tem barreiras a entrada de

produtos ecologicamente incorretos (com processo prejudicial ao meio ambiente). A indústria

é a maior responsável pelos problemas ambientais.

Algumas questões do meio ambiente são importantes:

� o aquecimento da temperatura da terra;

� perda da biodiversidade;

� destruição da camada de ozônio;

� contaminação ou exploração excessiva dos recursos naturais;

� superpopulação mundial;

� baixa qualidade da moradia e ausência de saneamento básico;

� degradação dos solos agricultáveis;

� destinação dos resíduos (lixo); e

� escassez, mau uso e poluição das águas, entre outros.

Toda a produção gera resíduos que precisam de um destino previamente definido.

Quanto menos resíduos, melhores são os processos, e menores são os impactos ambientais.

Há muitos anos as empresas vêm adotando as ferramentas de qualidade, como 5S, qualidade

total, ISO 9000, para gerenciar seus negócios e adquirirem melhoria de desempenho dentro do

mercado que atuam. Entretanto, as exigências dos clientes atuais não se restringem apenas as

questões relacionadas com o produto final, mas também com o processo de produção e as

conseqüências dele para a sociedade e ao meio ambiente. Desta forma, as empresas viram a

necessidade de gerenciar outros fatores como: questões ambientais e questões relacionadas

com a qualidade de vida dos trabalhadores e profissionais envolvidos. Da mesma forma que o

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gerenciamento pela qualidade, esses fatores também tem que atender padrões já estabelecidos

como normas ISO, e outras normas criadas por diversos organismos. De forma geral, com o

objetivo de garantir que as normas ambientais e de respeito à saúde e segurança dos

trabalhadores sejam respeitadas. Atualmente, muitas empresas não estão utilizando somente o

gerenciamento pela qualidade baseado nas normas ISO 9001. Atuam também no

gerenciamento ambiental baseado na norma ISO 14001 e no gerenciamento da saúde

ocupacional e segurança no trabalho baseado na especificação OHSAS 18001, de forma

integrada. É assim que surge o SGI, Sistema de Gestão Integrado, conhecido também como

SIG - Sistema Integrado de Gestão. O SGI visa unir o atendimento às normas de forma

simultânea para os pontos comuns, como, por exemplo, no processo de aquisição deve ser

verificado tanto as especificações técnicas como as especificações ambientais e de saúde e

segurança no trabalho. E incluir os valores não contemplados em alguma norma de forma que

sejam vistos como um só processo de garantia de qualidade.

Assim, o sistema integrado facilitará a gestão. Hoje a Kreateva Industrial Ltda, já

cumpre um projeto ambiental desenvolvido pela administração desde a sua fundação. Todos

os procedimentos fabris são executados para que haja uma perda mínima de produtos ou

sobras e estas, quando há, são novamente transformadas em matéria-prima e usadas para um

produto com custo inferior. Portanto, hoje existe um aproveitamento quase total do resíduo

gerado pela produção Para que seja possível integrar dois sistemas há a necessidade de

identificar quais são os requisitos aplicáveis e comuns. Diante deste contexto se apresenta a

seguinte pergunta para o problema de pesquisa. Quais os requisitos são aplicáveis e já estão

sendo atendidos pela empresa Kreateva para que no futuro possa implantar um SGI?

A importância deste trabalho para a empresa refere-se à possibilidade de desenvolver

ações estratégicas mantendo-se competitiva cada vez mais diante das questões ambientais.

O trabalho é de grande importância para o acadêmico, porque colocou em prática os

conhecimentos adquiridos e desenvolvidos durante o curso de administração. Para a

universidade o trabalho contribuirá no sentido de caracterizar como uma nova fonte de

pesquisa para outros estagiários ou pessoas interessadas em aprimorar e rever seus conceitos.

Sobre a Originalidade em questão acadêmica existem trabalhos com a mesma

perspectiva e resultados semelhantes no curso de administração no campus de Itajaí, na

Universidade do Vale do Itajaí – Univali. Para a empresa não é inédito, pois esta passando

por um processo semelhante de implantação que é a ISO 9000.

Em questão a viabilidade este trabalho torna-se viável, pois o aluno dispõe de

recursos financeiros para o custo do trabalho, e a empresa disponibilizou o acesso a dados e

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documentações requeridos pelo acadêmico, facilitando também os acessos aos participantes,

aceitando e dando sugestões durante a prática do trabalho.

1.2 Objetivos do trabalho

O objetivo tem como função orientar em ações necessárias para a solução do

problema de pesquisa. Segundo Richardson (2007, p. 62), “o objetivo geral define de modo

geral o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa”. A definição do propósito do

trabalho é importante, por que dela depende a definição das etapas subseqüentes.

O presente trabalho de conclusão de estágio tem como objetivo geral efetuar um

diagnóstico relacionando as questões da qualidade e meio ambiente tendo com base as normas

ISO 9001:2008 (qualidade) e ISO 14001:2004 (ambiental) na prática das atividades da

empresa Kreateva Industrial Ltda.

[...] objetivos específicos especificam o modo como se pretende atingir um objetivo geral, no caso da formulação de um plano ou sistema passam a ser claramente associados às etapas do plano e normalmente a literatura aponta indicações de fases ou etapas a cumprir. (ROESCH 2007, p. 94).

Considerando o objetivo geral apresentado acima, definem-se os seguintes objetivos

específicos:

� identificar os requisitos aplicáveis á empresa;

� descrever a situação atual da empresa em relação a implantação de requisitos

voltados para a qualidade; e

� descrever a situação atual da empresa em relação aos requisitos voltados para

o meio ambiente.

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1.3 Aspectos metodológicos

Esta seção do trabalho apresenta a metodologia referente ao desenvolvimento do

trabalho, sendo subdividida pelos seguintes itens: caracterização da pesquisa; contexto e

participantes da pesquisa; procedimentos e instrumentos de coleta de dados e tratamento e

analise de dados. Segundo Roesch (1999, p. 125), “o capítulo da metodologia descreve como

o projeto será realizado. Neste ponto, é bom distinguir entre o delineamento da pesquisa e as

técnicas de coleta e análise de dados a utilizar”. A metodologia refere-se ao projeto de

pesquisa que trata de diversos aspectos que contribuem para a formulação do trabalho de

conclusão.

1.3.1 Caracterização da Pesquisa

Serão apresentados os procedimentos de caracterização da pesquisa utilizados no

presente trabalho. Na tipologia do trabalho foi realizado uma pesquisa diagnóstico. Conforme

Roesch (2005, p. 72) “a pesquisa diagnóstico apresenta um conjunto de técnicas e

instrumentos que permite não só o diagnóstico como também a racionalização dos sistemas”.

É um conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente, na investigação dos

fatos ou na procura de uma verdade. O trabalho caracteriza o método com delineamento

qualitativo. De acordo com Richardson (1999, p. 88), “o método qualitativo o pesquisador

obtém medições que apresentam maior validade interna, pois as observações não

estruturadas permitem conhecer detalhes que os instrumentos estruturados não podem obter”.

Na tipologia da pesquisa foi utilizado o estudo exploratório e descritivo. Segundo

Richardson (2007, p. 66), “estudo exploratório é quando não se tem informações sobre

determinado tema e se deseja conhecer o fenômeno, e estudo descritivo é quando se deseja

descrever as características de um fenômeno”. Para Mattar (1996), a pesquisa descritiva tem

seu objetivo bem definido, com procedimentos formais, bem estruturados, que ajudam para a

solução do problema. Visa prover para o pesquisador as características de grupos, estimar

proporções de características e verificar relações entre variáveis.

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1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

A necessidade de se obter dados para a formatação e o resultado final da pesquisa,

faz com que estabeleça e se defina onde esses dados são coletados, para se ter conhecimento

do tamanho global e parcial que envolve a pesquisa.

A população-alvo deste trabalho trata-se dos gerentes, coordenadores e

administradores. Segundo Richardson (1999, p.46), “a população é o conjunto de elementos

que possuem determinadas características”. Usualmente, fala-se de população a todos os

freqüentadores de um determinado lugar.

De acordo com Marconi e Lakatos (1990, p. 28), “a amostra é uma parcela

conveniente selecionada do universo pesquisado, é um subconjunto do universo”. Quando se

deseja colher informação sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso. A

amostra para este trabalho constituiu-se pelo coordenador da qualidade e o gerente de

produção. Desta forma a amostra apresenta-se como do tipo intencional. Segundo Marconi e

Lakatos (1990, p. 47), “o pesquisador está interessado na opinião de determinados elementos

da população, mas não representativos da mesma”. O pesquisador não se dirige a todos os

funcionários, mais sim aos que mais lhe interessa diante de cargos ocupados ou prestígios

social que exercem a função de líderes dentro da empresa. Esta etapa deixa claro quem são as

pessoas envolvidas e fornecedoras de dados para a definição do contexto e os participantes

para construção do trabalho de estágio.

1.3.3 Procedimentos e Instrumentos de coleta de dados

Os dados coletados são de dois tipos: primários e secundários. Os dados primários

são aqueles obtidos a partir da coleta efetuada na própria organização estudada. Ao passo que

os dados secundários incluem coletas já efetuadas relevantes para o problema atual. De

acordo com Mattar (1999, p. 48), “dados primários são aqueles que não foram antes

coletados, ainda de posse do pesquisador, e que são coletados com o propósito de atender as

necessidades especificas da pesquisa em andamento”. Para Mattar (1996, p. 48), “dados

secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e às vezes até

analisados, com o propósito de atender as necessidades da pesquisa em andamento que estão

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catalogados a disposição de todos”. Os dados secundários consistem em levantamentos

bibliográficos, documentais e de pesquisas realizadas. Estes foram buscados nos relatórios de

atividade e outras publicações junto à organização.

Os dados primários foram coletados por meio de uma entrevista com o coordenador

da qualidade e o gerente de produção, perguntando sobre as normas e os requisitos referentes

a ISO 9001 e ISO 14001 que a empresa já possui. Utilizando um check-list dos requisitos

das normas acima citadas, como roteiro de entrevista para o diagnóstico. Segundo La Rovere

(2001 p.35) “a lista de verificação chek-list é uma relação de perguntas que procura identificar

a existência de conformidade ou não-conformidade na unidade auditada”. O chek-list da

norma da qualidade encontra-se em apêndice 1. A entrevista é um método flexível de

obtenção de informações qualitativas sobre um projeto. Este método requer um bom

planejamento prévio e habilidade do entrevistador para seguir um roteiro de questionamento,

com possibilidades de introduzir variações que se fizerem necessárias durante sua aplicação.

Segundo Marconi e Lakatos (1990, p.84), “entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim

de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma

conversação de natureza profissional”. É uma das principais técnicas usadas, pela interação

que estabelece entre o entrevistado e o entrevistador.

Na observação participante, foi feito visitas durante um mês por toda empresa,

analisando seus serviços e produtos fabricados, para saber como anda a empresa em relação

as normas da ISO se ela não está praticando nem uma ação desagradável para o meio

ambiente. Para Mann (1970, p. 96), a observação participante é uma tentativa de colocar o

observador e o observado do mesmo lado, tornando-se o observador um membro do grupo de

molde a vivenciar o que eles vivenciam, esta técnica é caracterizada pelo papel e a postura

que o investigador adota durante a observação, bem como o seu nível de participação e

interação com o que observa.

A pesquisa bibliográfica abrange toda a bibliografia sobre o tema abordado. Segundo

Marconi e Lakatos ( 1990, p. 66), “sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto

com tudo que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto”. O pesquisador entra em

contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa. Foi feito um

levantamento de livros sobre as normas ambientais e sistema de gestão da qualidade para que

o acadêmico compreendesse mais sobre o tema abordado no trabalho. Os procedimentos

acima foram escolhidos para a prática da pesquisa sendo usados no procedimento de coleta de

dados durante a prática do trabalho de conclusão na empresa Kreateva.

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1.3.4 Tratamento e Análise de dados

O passo seguinte é o tratamento e análise dos dados adquiridos que teve como

finalidade a tabulação dos dados coletados. Para Gil (2007, p.165), “tratamento consiste em

uma técnica de investigação que através de uma descrição objetiva, sistemática do conteúdo

manifesto das comunicações, tem por finalidade a interpretação destas mesmas

comunicações”. Com a análise o pesquisador entra com maior detalhes sobre os dados

decorrentes do trabalho. Para Roesch (2005, p.149) sugere que “os dados são submetidos à

análise estatística com a ajuda de computadores”, o restante volume de dados pode ser

executado diretamente pelo pesquisador.

Esta pesquisa analisou os dados coletados através da entrevistas e observação com o

gerente de forma essencialmente qualitativa apresentando-os de forma estruturada com base

de um chek-list das normas e requisitos da ISO 9001 e ISO 14001. Na seção 3.2 são

apresentados em quadros, e analisando os resultados aos requisitos aplicáveis a empresa

descrevendo sua situação atual em relação aos requisitos.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste são abordados os seguintes assuntos: Administração geral, áreas e funções do

administrador, OSM ( Organizações Sistemas e Métodos), Qualidade, Gestão Ambiental, e

Sistema de Gestão Integrado SGI.

2.1 Administração Geral

A administração pode constituir a mais importante inovação do século XX e aquela

que exerce maior influência diretamente sobre os jovens. Mas foi nos Estados Unidos que

surgiu e abriram espaço em escolas dando o valor para que fosse estudado. Hoje, nesse

mundo inconstante, a administração está em todos os lugares, no seu trabalho, na sua vida.

Segundo Maximiano (2000, p.64), “a administração surgiu com a independência de

conhecimentos na Europa no século XVII, durante a Revolução Industrial”. As

organizações dependem das pessoas e estas dependem das organizações, cada organização é

totalmente diferente de outra.

[...] a administração é, por definição, uma ciência social aplicada, esse conceito inclui necessariamente, além da administração uma das ciências mais novas, a sociologia, a antropologia social, psicologia social e as ciências políticas entre outros. (CARAVANTES 1999, p.22).

A Teoria Geral da Administração se propõe a desenvolver a habilidade conceitual,

embora não deixe de lado as habilidades humanas e técnicas. Em outros termos, se propõe a

desenvolver a capacidade de pensar, definir situações organizacionais complexas,

diagnosticar e propor soluções.

[...] a administração é desincumbência de tarefas, a administração é uma disciplina de estudo, mas é também gente. Cada realização da administração é a realização de um administrador, cada deficiência é deficiência de um administrador, são pessoas que administram não “forças”, nem “fatos”. É o descortino, a dedicação e a integridade dos administradores que determinam se existe administração ou desadiministração. (DRUCKER 1998, p.5).

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2.1.1 Funções do Administrador

Administração consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar empresas públicas

ou privadas. Tendo como objetivo maior produtividade e lucratividade. Para se chegar a isto,

o administrador avalia os objetivos organizacionais e desenvolve as estratégias necessárias

para alcançá-los. De acordo com Maximiano (2000, p.29), “o processo de administrar é

importante em qualquer escala de utilização de recursos, como pessoa, ou membro de uma

família, seu dia-a-dia é cheio de decisões que tem conteúdo administrativo”. No entanto, não

tem apenas esta função teórica, ele é responsável pela implantação de tudo que planejou e,

portanto, vai ser aquele que define os programas e métodos de trabalho, avaliando os

resultados e corrigindo os setores e procedimentos que estiverem com problemas. Segundo

Fayol, a função administrativa é uma função que se reparte e se distribui com outras funções

essenciais, proporcionalmente entre a cabeça e os membros do corpo social da empresa. De

acordo com Maximiano (2000, p.60), “para Fayol a administração é uma atividade comum a

todos os empreendimentos humanos (família, negócios, governo), que sempre exigem algum

grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle”. Para a melhor

entendimento do que comporia essa função, ela foi dividida no que hoje denominamos

processo administrativo, e que Fayol definiu como atos administrativos e dividiu-os em cinco:

prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

� Prever – definido como o ato de visualizar o futuro e traçar programas de ação,

hoje é denominado planejamento.

� Ordenar - definido como o ato de compor a estrutura funcional da empresa,

hoje é denominado do mesmo modo.

� Comandar - definido como o ato de orientar e dirigir o pessoal, hoje é

denominado direção.

� Coordenar - ato de ligar, unir, harmonizar todos os esforços da empresa em

torno de seu objetivo, é hoje denominado execução.

� Controlar - definido como o ato de verificar se as ações estão ocorrendo dentro

das normas estabelecidas, é hoje denominado igualmente.

Com isso entendeu-se que para cada função definida anteriormente estavam inseridos

os cinco atos administrativos. Apesar de cada função necessitar de várias pessoas com

capacidade específica pertinente a função, tais como técnica ou financeira, essas pessoas

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deveriam também ser treinadas de maneira organizada para o desempenho da função

administrativa.

[...] pode-se analisar sistematicamente aquilo que o administrador faz. Pode-se aprender aquilo que o administrador deve ser capaz de fazer. Uma qualidade, porém, o administrador não pode adquirir, pois tem que trazê-la consigo. E essa não é genialidade: é o caráter. (DRUKER 1998, p.15).

Como é função do administrador que a produtividade e os lucros sejam altos, ele

também terá a função de fiscalizar a produção e, para isto, é necessário que fiscalize cada

etapa do processo, controlando inclusive os equipamentos e materiais envolvidos na

produção, para evitar desperdícios e prejuízos para a empresa. Segundo Maximiano (2000,

p.26), “administração significa ação, a administração é um processo de tomada de decisões e

realizar ações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento,

organização, execução e controle”. Para que tudo seja funcional, o administrador também faz

um estudo do aproveitamento da mão-de-obra, atuando, inclusive, na admissão e contratação

dos funcionários, estabelece as relações da empresa com contratados, tudo para garantir que o

conjunto de fatores seja responsável pelo sucesso da empresa.

[...] planejamento é o processo de definir objetivos, atividades e recursos. Organização é o processo de definir o trabalho a ser realizado e a responsabilidade pela realização. Execução é o processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos. Controle é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los. (MAXIMIANO 2000, p.27).

Atividades na área financeira também fazem parte da administração e, em seu

cotidiano, o administrador trabalha com elaboração e análise de relatórios e tabelas, além de

enfrentar muitos desafios, principalmente, quando o trabalho diz respeito à reorganização e

implantação de uma empresa ou ainda quando vai lançar um produto no mercado.

2.1.2 Administração de recursos humanos

A administração de recursos humanos abrange o conjunto de técnicas e instrumentos

que permitem às organizações atrair, manter e desenvolver os talentos humanos.

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[...] os recursos humanos trazem o brilho da criatividade para a empresa. As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos, alocam recursos financeiros e estabelecem as estratégias e objetivos para a organização. Sem pessoas eficazes, é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir seus objetivos. (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000, p.19).

São as pessoas que tomam decisões, que lideram o processo produtivo, que

determinam o sucesso da organização e que precisam estar motivados para realizar suas

tarefas. Mesmo a tecnologia que as empresas empregam é decorrente da criatividade das

pessoas e de sua ação para simplificar ou melhorar as operações e os resultados das

organizações.

Portanto, para Chiavenato (1999, p.88) “a motivação constitui um importante campo

de conhecimento da natureza e da explicação do comportamento. Para compreender-se o

comportamento das pessoas torna-se necessário conhecer sua motivação”. Sendo assim, a

principal tarefa do administrador é a de obter a constante motivação de sua equipe, visando

alcançar os resultados desejados e planejados da organização.

2.1.3 Administração financeira

Gitman (1997) considera que administrar as finanças de uma empresa, seja micro,

pequena ou grande, envolve muitas funções diferentes. Para Maximiano (2000) essas funções

afetam a escolha dos investimentos, envolvem o consumo de dinheiro para execução dos

planos funcionais, exigem conhecimento quanto às fontes de financiamentos mais adequadas,

quando forem necessárias, entre outras responsabilidades.

Os recursos financeiros são, na maioria das empresas, um instrumento vital de sua

continuidade. Pois, sem resultados positivos as empresas não podem reinvestir, aumentar seus

estoques ou mesmo realizar a sua produção. A administração financeira tem uma relação

estreita com a economia e contabilidade, assim como as áreas de recursos humanos,

marketing, entre outras, pois é ela que disponibiliza subsídios para estas funcionarem

(GITMAN, 1997). Sendo então uma forte integração entre todas as áreas da empresa junto

com a de finanças, pois esta tem uma visão geral da organização.

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2.1.4 Administração de Marketing

Existem diversas definições para Marketing, mas que se assemelham, pois de uma

forma geral tratam da visão social do Marketing, do seu objetivo de troca e a satisfação dos

consumidores.

[...] o papel do marketing, é identificar as necessidades não satisfeitas, de forma a colocar no mercado produtos ou serviços que, ao mesmo tempo, proporcionem satisfação aos consumidores, gerem resultados promissores aos acionistas e ajudem a melhorar a qualidade de vida da comunidade em geral. ( COBRA 1992, p. 29)

O Marketing atualmente é uma peça fundamental nas organizações, que as deixa

constantemente ligadas ao mercado, absorvendo informações que lhe permitem alcançar

vantagem sobre os concorrentes. E Kotler (2000, p. 30) entende o marketing como “um

processo social por meio da qual as pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que

necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de

valor com outros”. Conforme Churchill (2000, p. 21) utilizam, para defini-lo, o conceito

criado pela American Marketing Association (AMA), segundo o qual “marketing é o processo

de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de

idéias, bens e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas e individuais e

organizacionais”.

Em uma definição que abrange um contexto mais global, Las Casas (1997, p.26)

define o marketing como “a área do conhecimento que engloba todas as atividades

concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos

consumidores”.

Diante destas definições, pode ser destacado que a função do Administrador de

Marketing é buscar as informações necessárias, tanto dentro do ambiente interno quanto no

ambiente externo, para desenvolver estratégias que foquem nos consumidores e usuários da

empresa. Com a grande quantidade de informações que os meios de comunicações estão

atualmente oferecendo ao mercado, o Administrador de Marketing precisa ser mais flexível,

criativo e cada vez mais rápido para tomar decisões e interagir com os ambientes em que esta

atuando.

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2.1.5 Organização, Sistemas e Métodos

No passado, o componente estrutural típico da Escola Clássica era o mais importante,

do qual estudos de Organização, Sistemas e Métodos mais se valiam para a consecução dos

objetivos de racionalização e estruturação.

[...] no passado não era exigido ao analista de O&M, depois OSM, o conhecimento dos objetivos, das metas da organização. Bastava conhecer a tecnologia que terminaria por causar mudanças em qualquer segmento da empresa, mesmo que ele, analista, não fosse conhecedor dos grandes objetivos. Ele mesmo não considerava fundamental conhecer os fins, pois era detentor dos meios, ou seja, da tecnologia tradicional de OSM. (ARAUJO 2001, p.16).

Dessa forma, a mudança organizacional tinha origem na análise estrutural. Essa era a

maneira de OSM (antes O&M) atuar na organização: excessiva relevância para o componente

estrutural e, praticamente, pouco envolvimento com relação aos componentes tecnológicos,

isso é, com o ferramental de OSM, estratégico – política de sobrevivência e cuidados com as

demandas ambientais – e comportamental.

[...] o termo organização freqüentemente tem sido empregado como sinônimo de arrumação, ordenação, eficiência, etc. A organização deve ser entendida não apenas como quadro estrutural, mas também como uma cultura que todas devem praticar de melhor forma possível. (LERNER 1992, p.13).

Da mesma forma cabe ao gerente, qualquer gerente, conhecer com certo grau de

profundidade as demais gerências da empresa. De acordo com Bio (1985), a função do

analista de OSM é conseguir a eficiência e eficácia da estrutura através da aplicação de

técnicas cientificas de redução de tempo esforço e custo. Em outras palavras, o gerente,

qualquer que seja a sua gerência, deve estar em condições de discutir ações, metas,

estratégias das demais funções organizacionais.

A tecnologia de OSM, ainda que tradicional, é parte integrante dessa nova

roupagem dos profissionais de alto nível, gerentes incluídos. Temos como exemplos:

determinado estudo pode exigir do gerente a percepção do meio ambiente onde a

organização atua, exigindo, em conseqüência, conhecimentos teóricos para a transformação

e para uso na organização de forma prática pelos executores do trabalho. Manuais,

fluxogramas, gráficos de toda a sorte podem ser pouco ou até irrelevantes para esse estudo.

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[...] a função básica de organização é o estudo cuidadoso da estrutura organizacional da empresa para que possa entender as necessidades reais e os objetivos estabelecidos de forma integrada com a organização informal e a nova estrutura de programas participativos renovadores e inovadores (LERNER 1992, p.13).

É importante ser detentor de tais técnicas, pois algumas das modernas ferramentas

incorporam boa parte dos atributos típicos, tradicionais da antiga especialização (O&M),

embora sua utilização isolada possa trazer resultados pouco expressivos. Segundo Bio

(1985), é bom lembrar que os recursos, por sua definição, e mesmo na prática, são limitados,

seja de pessoas, tempo, materiais, sistemas, processamento, produção e vendas. Acredita-se

que uma empresa terá uma estrutura organizacional de qualidade se os seus processos

estiverem mapeados com objetividade, visando atender aos requisitos de seus clientes,

independente do modelo organizacional que estiver adotando.

2.2 Normas para a Gestão da Qualidade e Ambiental

ISO é a sigla da Organização Internacional de Normalização (International

Organization for Standardizatien), com sede em Genebra, Suiça, e que cuida da

normalização (ou normatização) a nível mundial. Para Cerqueira (2006, p.174), “em julho de

1994 o comitê técnico 176 da ISO aprovou a primeira revisão dessas normas, passando a se

referir à família ISO 9000, englobando além da série 9000, a série 10000 relativa a auditoria,

e a norma ISO 8402 relativa á terminologia”. A ISO cria normas nos mais diferentes

segmentos, variando de normas e especificações de produtos, matérias-primas, em todas as

áreas (existem normas, por exemplo, para classificação de hotéis, café, usinas nuclerares,

etc). A ISO ficou popularizada pela série 9000, ou seja, as normas que tratam de Sistemas

para Gestão e Garantia da Qualidade nas empresas. Ter um certificado ISO 9000 significa

que uma empresa tem um sistema gerencial voltado para a qualidade e que atende aos

requisitos de uma das normas da série. Não há obrigatoriedade para se ter a ISO 9000. As

normas foram criadas para que as empresas as adotem de forma voluntária.

O que acontece é que muitas empresas passaram a exigir de seus fornecedores a

implantação da ISO, como forma de reduzir seus custos de inspeção (teoricamente se o seu

fornecedor tem um bom sistema que controla a qualidade, você não precisa ficar

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inspecionando os produtos que você adquire dele). Este fato, no início aconteceu

principalmente, com as estatais Petrobrás, Eletrobrás, Telebrás, etc, e acabou se estendendo

às grandes empresas. De acordo com Cerqueira (2006, p.176), “o domínio do pleno conteúdo

da norma e o conhecimento detalhado de seus requisitos só virão com suas aplicação e seu

uso contínuo. Quanto mais utilizarmos a norma, mais aprendemos sobre ela”. Hoje, qualquer

empresa que fornece a uma outra grande empresa, é solicitada a ter a ISO 9000. Outras

implantam a ISO porque enxergam uma grande possibilidade de reduzir seus custos internos,

esse é o grande objetivo.

A Norma NBR ISO 9001:2008 compõe a denominada família de normas da

qualidade. Esse conjunto refere-se à qualidade, em seus diversos aspectos e aplicações,

sendo a ISO 9001:2008 a que trata dos “sistemas de gestão da qualidade – requisitos”. A

aplicação de uma norma ISO 9000 implica a compreensão da organização de que sua gestão,

deverá ser feita com base em políticas de qualidade, foco no cliente, planejamento de

atividades, documentação de processos, monitoramento e melhorias contínuas. De acordo

com Carpinetti (2007, p.14), “uma característica importante do sistema da qualidade da série

ISO 9000 é que ele é genérico o suficiente para que seja aplicável a todas as organizações,

independentemente do setor de atuação ou porte da organização”. Especificamente em

relação à ISO 9001:2008, essa norma promove a adoção de uma abordagem de processo

para o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da

qualidade para aumentar a satisfação do cliente pelo atendimento.

A ISO 9001:2008 está focalizada na eficácia do sistema de gestão da qualidade para

que requisitos do cliente sejam conhecidos e atendidos. Assim, as etapas do planejamento, de

acordo com a metodologia PDCA (Plan / Do / Check / Act) – planejar, realizar, verificar,

agir –, constituem um instrumento gerencial importante para que o processo se realize em

conformidade com requisitos identificados para clientes/usuários e paras produtos/serviço.

De acordo com Cerqueira (2006, p.16), “as ações preditivas são aquelas que uma

organização adota para se antecipar as circunstâncias futuras que demonstram, pela análise

das tendências, estar na iminência de ocorrer”. A norma deve ser entendida como um roteiro,

em nível macro, para que o sistema de gestão da qualidade seja implantado e mantido. Pela

sua estrutura, estão definidos as etapas e conteúdos que as organizações devem identificar,

estudar, documentar, avaliar e realizar, para o processo selecionado.

A ISO 9001:2008 considera a organização como um todo integrado em processos

que se complementam, para fazer com que o escopo que está sendo certificado funcione de

modo harmônico e complementar. De acordo com Carpinetti (2007, p.74), “todos insumos

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são identificados e denominados fornecedores, analisados de acordo com critérios

negociados entre as partes, e o treinamento dos recursos humanos constitui outro aspecto

fundamental para a qualidade dos trabalhos”. Procedimentos são monitorados e avaliados

criticamente para que o cliente somente seja atendido em conformidade com requisitos

estabelecidos e registrados.

Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14001 a organização tem que se

submeter à auditoria periódica, realizada por uma empresa certificadora, credenciada e

reconhecida tanto pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade industrial), no caso do Brasil, quanto por outros organismos internacionais. Nesta

auditoria são verificados os cumprimentos de requisitos como:

� cumprimento da legislação ambiental;

� diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de suas atividades;

� procedimentos padrão e planos de ação para eliminar ou diminuir os impactos

ambientais;e

� pessoal devidamente treinado e qualificado; entre outros.

A norma tem como foco a melhoria contínua, onde a implantação do SGA ISO

14001 segue a metodologia PDCA (Plan, Do, Check, Act), que em português podemos

traduzir por Planejar, Implementar, Verificar e Analisar criticamente. De acordo com

Carpinetti, (2007, p24), “esses requisitos colocam em prática os princípios de liderança,

envolvimento e melhoria contínua dos recursos humanos, de infra-estrutura e ambiente de

trabalho. É observado que o Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 apóia-se num ciclo

de melhoria contínua, que contém as cinco partes: Política Ambiental, Planejamento,

Implementação e Operação, Verificação e Ação Corretiva e Análise crítica pela

administração.

[...] esse elemento também trata de outros requisitos voluntários ou negociados com os quais a organização se comprometeu, tais como códigos de indústrias e associações de prática ou princípios e quaisquer acordos da segunda ou terceira parte relativos às questões ambientais. Deve também haver um procedimento para identificar, manter e oferecer acesso a esses outros compromissos. Esse elemento também oferece a base para usar a ISO 14001 como um sistema de gestão baseada na conformidade. Qualquer compensação reguladora baseada no SGA da ISO irá analisar esse elemento muito de perto (HARRINGTON 2001, p.45 ).

A organização deve assegurar que os aspectos relacionados a estes impactos

significativos sejam considerados na definição de seus objetivos ambientais. Esse elemento

apóia o compromisso político com a conformidade legal. Pretende assegurar que este

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compromisso é confirmado por um conhecimento profundo de todas as regulamentações

aplicáveis, que este conhecimento e informações chegam às pessoas que deles precisam para

realizar seus trabalhos, e que este conhecimento não é estático que existe um procedimento

para acompanhar as mudanças, manter-se atualizado, e antecipar novas regras. Para

Harrington (2001, p. 45), “a organização deve manter estas informações atualizadas, deve

estabelecer e manter um procedimento para identificar e ter acesso à legislação e outros

requisitos por ela apoiados, ou aplicáveis aos aspectos ambientais de suas atividades,

produtos ou serviços”. O procedimento deve permitir identificação, acesso e comunicação de

todas as informações necessárias no momento certo, mas esta informação não tem que estar

num só lugar num mesmo momento. Essa flexibilidade facilita muito o uso de bases de

dados reguladoras on-line e outros serviços reguladores de informações.

2.3 Sistema de Gestão da Qualidade ( SGQ )

O Sistema de Gestão da Qualidade é um sistema que leva a organização a analisar

requisitos e criar processos que tornem possível a obtenção de produtos aceitáveis por seus

clientes e a manter o controle destes processos. O sistema de gestão pode fornecer estrutura

para melhoria contínua com objetivo de aumentar a probabilidade de ampliar a satisfação de

clientes ou partes interessadas. Segundo Carpinetti (2007, p.14) “uma característica

importante do sistema da qualidade da serie ISO 9001 é que ele é genérico o suficiente para

que seja aplicável em todas as organizações, independente do setor de atuação ou porte dela”.

O controle de procedimentos envolve uma visão sistemática da organização, é o que chamam

de abordagem de processo, as atividades utilizam recursos para transformar insumos em

produtos.

O SGQ é baseado em normas, que especificam procedimentos para atingir a gestão

da qualidade efetiva. Cabe, portanto, ao SGQ organizar, documentar e buscar melhoria

contínua. A palavra chave é controle, e não há controle sem informação. Para Carpinetti

(2007, p. 66) “ o sistema da qualidade tem por objetivo principal garantir que os processos de

realização do produto atendam aos requisitos dos clientes, com máxima eficácia e eficiência”.

No entanto, padrões terão de ser estabelecidos para atividades de apoio, como contratação de

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pessoal, treinamento, compras de matérias primas, organização interna, gestão de recursos de

tecnologias, assim como também gestão de informação da organização.

Em um sistema de gestão da qualidade é crucial que todos procedimentos, normas e

especificações sejam documentados (documentos da qualidade) e que todo resultado de

processo de trabalho sejam registrados em documentos (registros). Portanto, trabalhar com

SGQ é trabalhar com Gestão de Informação. Para que um SGQ funcione a contento, deve-se

considerar o planejamento, a implantação, a auditoria e manutenção de um sistema de

gerenciamento de informação. Segundo Carpinetti (2007, p.44) “o controle de documento é

importante, pois é preciso garantir que os documentos em circulação sejam mantidos em

condições de serem recuperados para consulta, na medida da necessidade”. O objetivo é

tornar tais informações disponíveis e inteligíveis, tão logo que solicitadas e disseminadas a

pessoas e sistemas autorizados.

Os resultados que se pode obter com a implantação de um sistema de gestão da

qualidade são:

� Aumento de satisfação do cliente.

� Trabalhar no interior da empresa mais eficiente.

� Aumento de produtividade.

� Maior lucros.

� Redução dos custos.

� Melhor qualidade nos produtos acabados.

A qualidade de um produto é, portanto, uma conseqüência da forma como a

sociedade está organizada.

2.4 Sistema de Gestão Ambiental ( SGA )

A questão ambiental é uma realidade que chegou definitivamente às empresas.

Deixou de ser um assunto de ambientalistas para se converter em SGA (Sistema de Gestão

Ambiental), e não se trata de um tardio despertar de consciência ecológica dos empresários e

gerentes, mas uma estratégia de negócio.

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[...] a organização deve estabelecer e manter um procedimento para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços que possam por ela ser controlados e sobre os quais se presume que ela tenha influência, a fim de determinar aqueles que tenham ou possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente (HARRINGTON 2001, p. 49).

Com isso, a empresa ecológica estará se antecipando às auditorias ambientais

públicas além de promover a redução de custos e riscos com a melhoria de processos e a

racionalização de consumo de matérias-primas, diminuição do consumo de energia e água e

redução de riscos de multas e responsabilização por danos ambientais. A solução para esse

caso é investir em programas de conscientização e sensibilização dos funcionários para as

políticas da empresa, especialmente a ambiental, já que consciência ambiental não se dá por

portaria ou de cima para baixo, mas de dentro para fora. Logo, a preocupação com o meio

ambiente pode se transformar rapidamente em boas oportunidades para melhorar a

competitividade das organizações. Segundo Reis (1996, p. 55), “ os objetivos deverão ser

específicos e as metas, sempre que possível, deverão ser mensuráveis e, quando apropriado,

considerar medidas preventivas”. É essa mudança de mentalidade e uma nova visão

estratégica da relação entre o setor produtivo e o meio ambiente que estão levando muitas

empresas a adotar políticas e programas estruturados com o objetivo de reduzir os impactos

ambientais e contribuir para o desenvolvimento sustentável.

Neste sentido não basta implantar uma boa Política Ambiental ou obter a ISO

14001; é preciso antes estimular e sensibilizar os funcionários, prestadores de serviços e

fornecedores a desejarem ecologizar o trabalho, não por que a direção da empresa quer ou

determinou, mas por que a adoção de princípios ambientais pode ser uma oportunidade para

que os trabalhadores possam dar uma contribuição concreta, em seu próprio ambiente de

trabalho. Mais que uma exigência da direção, portanto, é uma oportunidade da qual

trabalhadores poderão se orgulhar junto a sua família e à comunidade, ao se revelarem

resultados positivos do trabalho ambiental desenvolvido na empresa.

[...] a criação e o uso de um programa é um elemento essencial para a implantação bem-sucedida de um Sistema de Gestão Ambiental. O programa deverá descrever de que forma as metas da organização serão alcançadas, incluindo o cronograma e o pessoal responsável pela implantação da sua política ambiental. O programa deverá ser subdividido para abordar elementos específicos das operações da organização, devendo incluir uma revisão ambiental para as novas atividades (REIS 1996, p.55).

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Num mercado globalizado, competitivo e de constante mudança, e onde os

consumidores estão cada vez mais exigentes, a empresa que se utiliza da prática de gestão

ambiental pode atingir a sua grande vantagem competitiva, pois a gestão ambiental

auxilia as organizações a aprofundar os temas ambientais e integrar o cuidado ambiental de

forma sistemática das suas operações. O desempenho ambiental de uma organização vem

tendo importância cada vez maior para as partes interessadas, internas e externas. Alcançar

um desempenho ambiental consistente requer comprometimento organizacional e uma

abordagem sistemática ao aprimoramento contínuo (AMBIENTE BRASIL, 2006).

É preciso refletir sobre as interações chaves entre meio ambiente, inovação e

economia. Revoluções impulsionadas fundamentalmente pelo desenvolvimento de novos

produtos, novos processos de produção ou transporte, novos mercados e novas formas de

organização industrial que a empresa capitalista cria, num processo de mutação que

incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, constantemente

destruindo a velha, incessantemente criando uma nova.

Risco ou inovação? Esse constitui um dilema essencial que recobre o debate em

torno de meio ambiente e avanço tecnológico. será problematizado o espaço de confluência

desses dois elementos, aparentemente contraditórios. A instabilidade, o risco e a

contingência são temas recorrentes no pensamento social contemporâneo. Os teóricos do

risco apontam que o mundo atual precisa se preparar para lidar com as inconstâncias e

instabilidades recorrentes oriundas da prática científica e tecnológica, e que somente

mediante a vigilância e precaução constante é possível gerenciar os riscos da modernidade.

Toda prática inovativa, assentada em resultados incertos e instáveis, representa

potencialmente um risco para as instituições e relações sociais (PALADINI, 2004).

Nesse cenário, as questões ambientais passam a torna-se objeto de iniciativas de

normalização e certificação no âmbito nacional e internacional. Dentre essas normas,

destacam-se as que fornecem diretrizes para que as empresas adotem procedimentos que

fomentem e controlem a adoção de práticas menos degradantes ao meio ambiente. Algumas

destas normas são certificáveis, possibilitando à empresa demonstrar a terceiros –

organismos financiadores, acionistas, companhias de seguro e clientes (pessoa física e

jurídica) – o atendimento a suas diretrizes. A organização deve estabelecer e manter

objetivos e metas ambientais documentados para cada nível e função pertinentes da

organização. Ao estabelecer e analisar seus objetivos, a organização deve considerar os

requisitos legais e outros requisitos; os aspectos ambientais significativos; as opções

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tecnológicas; os requisitos comerciais, operacionais e financeiros; e as opiniões das partes

interessadas.

2.5 SGI - Sistema de Gestão Integrado

O Sistema de Gestão Integrada (SGI) engloba os requisitos estabelecidos através de

normas internacionais de gestão, podem ser considerados os requisitos. Focados na qualidade

do produto ou serviço oferecido (NBR ISO 9001), na proteção do meio ambiente (NBR ISO

14001), na saúde do trabalho e segurança dos colaboradores da organização (OHSAS 18001),

agregando também os requisitos referentes à responsabilidade social (SA 8000). De acordo

com Cerqueira (2006, p.25), “essas exigências ou requisitos obrigam as organizações a

repensarem sua forma de atuação para assegurarem um desenvolvimento sustentável para seus

negócios”. A aplicação destas normas na empresa gera vários benefícios, como a satisfação

do cliente em relação ao serviço prestado, reconhecimento do mercado sobre as condições de

trabalho na empresa e a competência de seus colaboradores, além de garantir a

sustentabilidade, com um foco abrangente na preservação ambiental.

O desenvolvimento da tecnologia da informação trouxe oportunidades para as

empresas se reestruturarem, além de tornar possível a crescente integração de sistemas

estruturados para atender aos processos de negócio e suportar o fluxo de informação

associado. Para Cerqueira (2006, p.27), “ a sustentabilidade do negócio requer foco constante

nas necessidades e expectativas dos clientes, visando não só atender a elas, mas superá-las”.

Neste cenário, as filosofias de gestão capazes de buscar informações provenientes das mais

diversas áreas da empresa, como financeira, controladoria, produção, materiais, vendas etc, e

tratá-las como única, não redundante, consistente e segura, tornaram-se possíveis. Sendo

assim, os mundos empresarial e acadêmico assistem hoje à grande difusão dos Sistemas

Integrados de Gestão, que têm como objetivo integrar toda a gestão da empresa com a

obtenção de informações em tempo real, agilizando assim o processo de tomada de decisão.

Estatísticas e pesquisas recentes mostram um grande crescimento do número de

implantações destes sistemas. A implantação de um Sistema Integrado de Gestão é um

projeto caro e demorado, sendo função da complexidade dos processos e operações da

empresa, do seu porte e do escopo de implantação. Aumentam a cada ano as cifras alcançadas

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pela venda e implantação dos mesmos, que podem ser atualmente encontrados em

praticamente todas as grandes empresas mundiais. Para Cerqueira (2006, p.25), “essas

exigências ou requisitos obrigam as organizações a representarem sua forma de atuação para

assegurarem um desenvolvimento sustentável para seus negócios” . No Brasil a onda do SGI

começou em 1996. Nos últimos anos ele vem recebendo grande atenção do mercado

empresarial brasileiro, se destacando como ferramenta essencial para o suporte das operações

das empresas e principalmente para o seu gerenciamento. O que se espera de um Sistema de

Gestão Integrado é que, na medida em que o mesmo amadureça, os números de ações

corretivas tenham uma tendência de queda, enquanto que o número de ações preventivas terá

uma tendência de crescimento.

A sucessão de ações corretivas e preventivas possibilita para a organização a

identificação de tendências que podem encaminhar ao rastreamento de problemas, aspectos e

perigos em desenvolvimento de processos ou em produtos. O conceito de qualidade desta

forma se amplia, pois o cliente não leva somente em conta as características do produto ou

serviço, mesmo que esse já contemple um valor agregado. Ele também busca uma maior

coerência ambiental e uma garantia que não está comprando de empresas que não respeitam

os seus funcionários e o meio ambiente. Segundo Cerqueira (2006, p.25), “essas exigências

ou requisitos obrigam as organizações a repensarem sua forma de atuação para assegurarem

um desenvolvimento sustentável para seus negócios”. Tanto publicações acadêmicas quanto

publicações dirigidas ao público empresarial apresentam um grande número de trabalhos

sobre o assunto. Atualmente, após os vários anos dedicados à Qualidade Total e à

Reengenharia, o mundo empresarial apresenta uma nova e forte tendência: a utilização dos

Sistemas Integrados de Gestão.

2.6 Auditoria

A auditoria deve ser compreendida como um conjunto de ações de assessoramento e

consultoria. A verificação de procedimentos e a validação dos controles internos utilizados

pela organização permitem ao profissional auditor emitir uma opinião de aconselhamento à

direção ou ao staff da entidade em estudo, garantindo precisão e segurança na tomada de

decisão. De acordo com Mills (1994, p. 03) “ auditoria é um processo de avaliação humana

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para determinar o grau de cumprimento de padrões estabelecidos, critérios, normas e que

resulta num parecer”. Muitas vezes o trabalho é executado com a finalidade de atender a

interesses de acionistas, investidores, financiadores e do próprio Estado, ou para cumprir

normas legais que regulam o mercado acionário.

2.6.1 As Formas de Auditoria

As formas mais conhecidas de auditoria definem-se quanto à extensão, à

profundidade e à tempestividade. Segundo Magalhães (2001, p. 25);

• Extensão: segundo o juízo do auditor quanto à confiança que tenha nos

controles internos e no sistema contábil, essa forma de auditoria pode ser:

• Geral: quando abrange todas as unidades operacionais.

• Parcial: quando abrange especificamente determinadas unidades operacionais.

• Por amostragem: a partir da análise do controle interno e recorrendo-se a um

modelo matemático, identificam-se áreas de risco e centram-se os exames

sobre estas áreas.

• Profundidade Integral : inicia-se nos primeiros contatos de uma negociação,

estendendo-se até as informações finais (pedido, compra, pagamento,

contabilização, demonstrações contábeis. Compreende o exame minucioso dos

documentos (origem, autenticidade, exatificação); dos registros (contábeis,

extracontábeis, formais/informais e de controle); do sistema de controle interno

(quanto à eficiência e à aderência); e das informações finais geradas pelo

sistema.

• Por revisão analítica: esta é uma das metodologias para a qual emprega-se o

conceito de Auditoria Prenunciativa, segundo o qual auditar é administrar o

risco. Opera-se com trilhas de auditoria mais curtas, para obter razoável certeza

quanto à fidedignidade das informações.

• Tempestividade Permanente: pode ser constante ou sazonal, porém em todos

os exercícios sociais. Esse processo oferece vantagens à empresa auditada e aos

auditores, especialmente quanto à redução de custos e de tempo de trabalho.

Como as áreas de risco são detectadas no primeiro planejamento, o

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acompanhamento pelos auditores definirá aquelas já eliminadas e as novas que

possam ter surgido. Assim, o auditor pode focar seu trabalho e diminuir as

visitas, pela facilidade de detecção de problemas.

• Eventual: sem caráter habitual ou periodicidade definida, exige completo

processo de ambientação dos auditores e de planejamento todas as vezes em

que vai ser feita.

2.6.2 Auditoria Interna e Externa

Existem diferenças entre o trabalho do Auditor Externo, profissional contratado pela

organização para a realização do trabalho de forma independente, sem vínculo empregatício, e

o do Auditor Interno, funcionário integrante dos quadros da empresa. Enquanto este pretende

testar a eficiência dos controles internos e dos sistemas utilizados, o Auditor Externo é um

consultor que pode auxiliar na melhor adequação dos registros contábeis da empresa,

inclusive com a emissão do parecer, se necessário. Segundo Mills (1994, p.42) “o Auditor

Interno preocupa-se com o desenvolvimento do empreendimento da entidade e o Auditor

Externo, com a confiabilidade dos registros”. Embora operando em diferentes graus de

profundidade/extensão‚ a auditoria interna e a auditoria externa têm interesses comuns, daí a

conexão existente no trabalho de ambas.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Nesta seção são apresentados os resultados da pesquisa de campo. Inicialmente

apresenta-se a caracterização da empresa e posteriormente serão apresentados os resultados de

acordo os objetivos propostos.

3.1 Caracterizações da Empresa

Neste capítulo é apresentado o histórico da empresa Kreateva Industrial LTDA,

junto com sua estrutura organizacional, visão e missão, principais concorrentes, seu mercado,

principais fornecedores e seu processo produtivo.

3.1.1 Histórico

A Kreateva foi fundada em 13 de março de 2000 e tem sua sede no Distrito

Industrial de Timbó. Há seis anos a empresa vem investido em pesquisa e desenvolvimento

de folhas, placas e derivados de EVA. O nome KREATEVA nasceu da união das palavras

Criatividade e EVA, fazendo menção às inúmeras criações que podem ser feitas com o

produto. O “C” foi substituído pelo “K” visto que um dos sócios já possui uma empresa de

EVA na Argentina com o nome Kreker.

A empresa está instalada em 25000m², sendo 18.000 m2 de área construída e possui

equipamentos de última geração especializados na produção do EVA. Hoje a Kreateva está

presente no mercado nacional em todos os estados, possui, aproximadamente 5.000 clientes

no Brasil e vários clientes em países como a Venezuela, Equador, Bolívia, Colômbia,

Uruguai, Paraguai, Portugal e Espanha. Contando com uma equipe altamente especializada de

colaboradores diretos e indiretos. Investindo na pesquisa e desenvolvimento de placas e

laminas de E.V.A. buscou atingir o máximo de qualidade com respeito ao meio ambiente. A

Kreateva alcançou a liderança de mercado nos produtos desenvolvidos para o setor escolar e

de artesanato em 2004, aumentando: produtividade, vendas e participação de mercado.

Com apenas seis anos no mercado, a Kreateva já é a empresa mais conhecida do

segmento entre empresários e profissionais do setor papeleiro/escolar. A Kreateva, desde a

sua fundação já havia uma preocupação ambiental, e devido a esta preocupação optou em

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produzir um EVA diferenciado das demais concorrentes, ou seja, toda a matéria prima é

atóxica e não causa danos ao ser humano e nem ao meio ambiente. Quanto aos resíduos

( tiras) produzidos pelo produtos manufaturados, estes são transformados em pó e retornam

a formulação e os possíveis resíduos que não é possível transformar em pó criamos produtos

onde eles são utilizados.

A Kreateva iniciou em Agosto de 2009 a implementação do NM IS0 /IEC GUIA

28, que é um procedimento de controle de qualidade reconhecido no Mercosul e em Outubro

de 2009, teve a avaliação dos auditores do Instituto ICEPEX de São Paulo e foram

aprovados com menção honrosa por estarem apto 100% nos procedimentos auditados.

Agora estão passando processo de habilitação a ISO 9001, porque com a aprovação do

NM ISO / IEC GUIA 28 já tem meio caminho percorrido e a previsão é de em janeiro de

2010 estarem habilitados a ISO 9001.

3.1.2 Estrutura Organizacional

A figura 1, demonstra o Organograma que apresenta a hierarquia e áreas da

estrutura organizacional da empresa Kreateva

Figura1: Organograma Kreateva Fonte: Kreateva 2008

CONSELHO ACIONISTAS

DIR. ADM./IND DIR. MKT DIR. CML

Área Administrativa Área Industrial

Compras

Faturamento

Contabilidade

Recursos Humanos

Financeiro: CP / CR

Coord. Prod. Desenv.

Fábrica

Supervisor Téc. Prod.

Encarregado

Auxiliar Encarregado

Materiais

PCP

Almoxarifado

Auxiliares de Produção Recepção

Designer II

Designer I

Aux. Designer

Representantes

Vendas

Tele-vendas

Loja

Ass. Jurídica Ass. Contábil

Expedição

Contr. Qualidade

Terceirizações Serv. Internos: Vigilância/Limpeza

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Conforme se pode observar na figura 1, a empresa Kreateva possui uma grande

distribuição de cargos em sua estrutura organizacional.

A Kreateva é um empresa de porte médio, administrada por 02 profissionais

contratados pelos acionista (cotistas) que não participam da administração e com 90

colaboradores diretos e 30 indiretos (terceirizados) e 42 Representantes Comerciais no Brasil

e 02 no Exterior, sendo um na America do Sul e outro na Europa.

A empresa não possui filiais, apenas um ponto de venda junto as instalações da

fábrica, onde atende seus consumidores e atacadistas.

3.1.3 Visão e Missão da Empresa

Missão: busca contínua da excelência na fabricação de produtos em EVA de alta

qualidade com respeito ao meio ambiente e como resultante a satisfação e encantamento de

nossos clientes.

Visão : Ser uma empresa reconhecida pela qualidade de seus produtos em EVA

passando confiança para seus clientes, que estão sempre em primeiro lugar.

3.1.4 Produtos

Conhecido entre industriais, revendedores e artistas como EVA, o Etil Vinil Acetato

é uma borracha não-tóxica produzida através da mistura do gás etileno com o acetato de vinila

(monômeros), com adição de peróxidos orgânicos que iniciam o processo de polimerização.

As matérias primas para a produção do EVA Kreateva são de qualidade superior, isto é, a

formulação é diferente das demais. Para cada placa do produto KREATEVA são usados 23%

de polímero de EVA, enquanto a concorrência utiliza em média 13%, substituindo o restante

por plástico ou pvc reciclado.

Com a utilização do Polímero de EVA puro a placa ganha maior expansão,

garantindo um toque avelulado. Outro diferencial do EVA Kreateva é a coloração com

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corantes orgânicos, que lhe garantem cores vibrantes sem tornar o produto tóxico. E

atualmente com acrécimo de aromatizantes o que proporciona um cheiro agradável.

Há muito tempo o EVA vem sendo utilizado pela indústria de calçados, porém sua

facilidade de manuseio e praticidade abriu as portas para que alguns artesões e professores

passassem a utilizá-los nos trabalhos escolares, decorativos e até mesmo artesanais. No caso

artesanal, o EVA é utilizado por sua facilidade de manuseio, limpeza e durabilidade, sendo

base principalmente para peças serigraficamente decoradas destinadas ao turismo ou brinde

promocional.

A Kreateva produz placas, lâminas de EVA, utilitários e brinquedos. A diversidade

do produto é apresentada em várias linhas, disponíveis em espessuras que variam entre 2 e 30

milímetros, nos formatos cartolina ( 45x60cm ) e ( 40x50cm ), no formato A4 (

21,9x29,3cm) e A3 ( 2,90x2,15cm).

Responsável por 85% das vendas de Eva Kreateva, o produto mais procurado é a

folha no formato cartolina (45X60cm), porém novos formatos já estão sendo testados com o

público.

Com grande diversidade de cores e estampas, a Kreateva possui vários produtos

subdivididos por linhas:

� Linha Cores: 25 opções de cores lisas e radiantes, ideais para cortar, colar e

pintar.

� Linha Brilho: 12 cores lisas com aplicação de glitter.

� Linha Listrado: folhas de Eva com listras sortidas em diversas tonalidades.

Disponíveis 12 opções.

� Linha Mista: também em 12 opções, esta linha se caracteriza por mistura de cores,

formando uma textura única e divertida.

� Linha Patinado: em cinco tonalidades diferentes, esta linha caracteriza-se por uma

coloração suave, mesclada, que proporciona diversas combinações.

� Linha estampado: Ideal para colorir, esta linha é dividida por temas. Com

desenhos divertidos, o EVA estampado é muito utilizado em salas de aulas,

artesanato e outros. Esta linha possui pacotes em A4, A3, estampa colorida e

temas sortidos.

� Avental: Aventais de EVA com viés em TNT, várias cores nos tamanhos Infantil,

Médio e Grande.

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� Tatames: A Kreateva possui tatames em Eva em diversos temas. Com espessura

de 10mm e cores diversas, os tatames são bonitos e práticos, podendo ser usados

também como tapete.

� Linha Cristal: um linha ideal para decoração. São seis modelos diferentes de

almofadas. Coloridas e originais, as almofadas são revestidas em plástico e

recheadas com EVA colorido.

3.1.5 Mercado, Fornecedores e Concorrentes

Hoje a Kreateva tem atuação de 90% no mercado Papeleiro. Tem como clientes os

maiores clientes atacadista e papelarias deste ramo no Brasil, de norte ao sul, estamos

exportando para toda a Venezuela, Colombia, Equador, Bolivia, Uruguai, Paraguai na

America do Sul na Europa estamos presente na Espanha e Portugal.

São dois os principais concorrentes no mercado de EVA no Brasil. Raber e Ibel

Suas localizações são: Raber – Benedito Novo/SC e Ibel – Fortaleza/CE

Os principais fornecedores são as indústrias petroquímicas, devido o EVA ser um

derivado do petróleo. A matéria-prima principal o EVA é de origem do pólo petroquímico de

Camaçari/BA e o Master Bach (corante) responsável pelo cor.

3.2 Resultado da Pesquisa

Esta Seção mostra o resultado da pesquisa de campo. Onde foi feito um diagnóstico

relacionando aos requisitos das questões da qualidade e meio ambiente tendo com base as

normas ISO 9001:2008 (qualidade) e ISO 14001:2004 (ambiental) na prática das atividades

da empresa Kreateva Industrial Ltda.

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3.2.1 Requisitos aplicáveis e situação da empresa ISO 9001.

Abaixo mostra-se os requisitos aplicáveis a empresa Kreateva. Estes foram

respondidos através de uma entrevista com aplicação de um questionário sobre as normas ISO

9001:2008 (qualidade) e ISO 14001:2004 (ambiental). A entrevista foi aplicada ao

coordenador responsável na área da qualidade e o gerente de produção. O objetivo dessa

entrevista foi a avaliação das atividades da empresa sobre a aplicação dos requisitos das

normas. Os resultados obtidos com a aplicação do questionário foram tabulados e

desenvolvidos nos quadros abaixo. O quadro 1 apresenta os resultados relacionados a norma

ISO 9001:2008 (qualidade).

NBR ISO 9001:2008

Requisitos Item Aplicáveis Não

Aplicáveis Requisitos Gerais 4.1 X Manual da qualidade 4.2.2 X Controle de documentos 4.2.3 X Controle de registros 4.2.4 X Responsabilidade da direção 5 X Política da Qualidade 5.3 X Objetivos da qualidade 5.4.1 X

Planejamento do sistema de gestão da qualidade 5.4.2 X Responsabilidade, autoridade e comunicação 5.5 X Análise crítica pela direção 5.6 X Entradas para a análise crítica 5.6.2 X Saídas da análise crítica 5.6.3 X Gestão de recursos 6 X Provisão de recursos 6.1 X Recursos humanos 6.2 X Competência, conscientização e treinamento 6.2.2 X Realização do produto 7 X Processos relacionados a clientes 7.2 X Determinação de requisitos relacionados ao produto 7.2.1 X Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto 7.2.2 X Comunicação com o cliente 7.2.3 X Projeto e desenvolvimento 7.3 X Processo de aquisição 7.4.1 X Informações de aquisição 7.4.2 X Verificação do produto adquirido 7.4.3 X Produção e fornecimento de serviço 7.5 X

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Controle de produção e fornecimento de serviço 7.5.1 X Controle de dispositivos de medição e monitoramento 7.6 X Medição, análise e melhoria 8 X Medição e monitoramento 8.2 X Auditoria interna 8.2.2 X Controle de produto não - conforme 8.3 X Melhorias 8.5 X Ação corretiva 8.5.2 X Ação preventiva 8.5.3 X Quadro 1: Requisito da qualidade Fonte: Dados da pesquisa

Conforme se pode observar no quadro 1, todos os requisitos da norma ISO 9001 da

qualidade, são aplicáveis á empresa Kreateva. A empresa Kreateva passa pelo processo de

conclusão de implantação da norma ISO 9001:2008 que representa a qualidade, estão sendo

praticados todos os requisitos e seus aspectos sobre a norma da qualidade com a presença de

um responsável na área da qualidade. A Política da Qualidade Kreateva, é fabricar e

comercializar produtos em EVA, disponibilizando uma estrutura compatível e aceitável que

atenda às necessidade e expectativas de seus clientes, através de análises críticas dos seguintes

objetivos:

� assumir o comprometimento com a melhoria contínua do sistema de gestão da

qualidade;

� satisfazer as necessidades de nossos clientes externos;

� avaliar fornecedores a fim de garantir a qualidade dos produtos e serviços

adquiridos incorporados aos processos da Kreateva;

� promover constantemente o aprimoramento de nossos colaboradores;

� oferecer condições adequadas de trabalho, visando à segurança do produto e

de nossos colaboradores, de acordo com as legislações específicas; e

� comercializar produtos com um padrão de qualidade e competitivo com as

exigências do mercado.

3.2.2 Requisitos aplicáveis e situação da empresa ISO 14001.

O quadro 2, mostra os resultados relacionados aos requisitos da norma ISO

14001:2004 (ambiental), diante das atividades prestadas pela empresa Kreateva. Todos os

procedimentos fabris são executados para que haja uma perda mínima de insumos e matéria

prima. E estas, quando há, são novamente transformadas em matéria prima e usadas para um

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produto com custo inferior. Portanto, hoje há aproveitamento quase total do passivo gerado

pela produção.

NBR ISO 14001:2004 Item Aplicáveis Não

Aplicáveis Requisitos Gerais 4.1 X Política Ambiental 4.2 X Planejamento 4.2 X Aspectos ambientais 4.3.1 X Requisitos legais e outros 4.3.2 X Objetivos, metas e programa(s) 4.3.3 X Implementação e operação 4.4 X Recursos, funções, responsabilidades e autoridades 4.4.1 X Competência, treinamento e conscientização 4.4.2 X Comunicação 4.4.3 X Documentação 4.4.4 X Controle de documentos 4.4.5 X Controle operacional 4.4.6 X Preparação e resposta à emergências 4.4.7 X Verificação 4.5 X Monitoramento e medição 4.5.1 X Avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros 4.5.2 X Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva 4.5.3 X Controle de Registros 4.5.4 X Auditoria interna 4.5.5 X Analise pela Administração 4.6 X Quadro 2: Requisitos ambientais Fonte: Dados da pesquisa

Pode-se verificar, que no quadro 2, que todos os 21 requisitos são aplicáveis as

atividade que a empresa possui. A empresa Kreateva, nos requisitos ambientais, não apresenta

muitas aplicações, pois ainda passa pelo processo de implantação da ISO 9001. Os 21

requisitos foram agrupados em 6 tópicos para a aplicação do check-list e desdobrados em 25

aspectos segundo a metodologia de La Rovere (2001). Os 6 tópicos são Controle gerencial,

Gestão de efluentes Líquidos, Gestão de Resíduos, Gestão das Emissões Atmosféricas, Gestão

de Materiais e Prevenção e Controle de Vazamentos. Seguido pelos 25 aspectos: Política

Ambiental, Desempenho Ambiental, Estrutura e Responsabilidade de Gerenciamento de

pessoal e Treinamento, Relações Publicas, Investimentos, Conformidade Legal, Responsável

pelo Setor Ambiental, Consumidores, Seguro, Consumo de Energia, Materiais de Escritório,

Processo de Produção e Operação, Transporte e Distribuição, Higiene e Saúde, Consumo de

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Água, Esgoto Sanitário e Água Pluviais, Efluentes Industriais, Transportadores e Receptores

de Resíduos, Ruídos, Gestão de Materiais, Veículos e Prevenção e controle de Vazamento.

Para avaliação de cada aspecto haviam diversas questões formuladas. O quadro 3

representa os tópicos, e aspectos e quantidade de questões aplicadas á empresa.

Tópicos Aspectos Questões

Total Praticadas Não Praticadas

1. Controle Gerencial

Política Ambiental 7 0 7

Desempenho Ambiental 8 0 8

Estrutura e Responsabilidade 7 4 3

Gerenciamento de pessoas 14 4 10

Relações Públicas 12 0 12

Investimentos 11 0 11

Conformidade Legal 16 0 16 Responsável pelo Setor Ambiental 5 0 5

Consumidores 3 0 3

Seguro 3 0 3

Consumo de Energia 8 5 3

Material de Escritório 5 2 3 Processo de Produção e Operação 7 7 0

Transporte e Distribuição 7 4 3

Higiene e Saúde Ocupacional 10 10 0

Consumo de água 13 13 0

2. Gestão de Efluentes Líquidos

Esgoto Sanitário e Água Pluviais 10 5 5

Efluentes Industriais 31 4 27

3. Gestão de Resíduos Gestão de Resíduos 32 32 0 Transportadores e Receptores Resíduos. 11 11 0

4. Gestão de Emissões Atmosféricas

Gestão das Emissões Atmosféricas 29 0 29

Ruídos 6 0 6

5. Gestão de Materiais Gestão de Materiais 57 57 0 Veículos 14 14 0

6. Prevenção e Controle de Vazamento

Prevenção e Controle de Vazamento 22 22 0

Total: 348 194 154 Quadro 3: Aspectos ambientais Fonte: Dados da pesquisa

Foram aplicadas 348 questões sobre aspectos ambientais, dessas questões 194 são

praticadas pela empresa. Assim, 56% dos aspectos ambientais são praticados pela empresa.

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Destacando-se 8 aspectos que são praticados totalmente, sendo eles: Processo de Produção e

Operação, Higiene e Saúde, Consumo de Água, Gestão de Resíduos, Transporte e Receptores

Resíduos, Gestão de Materiais, Veículos e Prevenção e Controle de Vazamento .

Nas questões não praticadas 154 foram o número de questões com 44% dos

aspectos. 10 desses aspectos são totalmente não-praticados pela empresa sendo eles: Política

Ambiental, Desempenho Ambiental, Relações Públicas, Investimentos, Conformidade Legal,

Responsável pelo Setor Ambiental, Consumidores, Seguro, Gestão das Emissões

Atmosféricas e Ruídos

3.3 Sugestões para Empresa

Pelas análises realizadas com base na observação participante e nos check-list, e as

experiências observadas pelo estagiário no ambiente interno da empresa, esse tem condições

de oferecer algumas sugestões à empresa, visando melhorar os serviços prestados da mesma.

� Realizar cursos, treinamentos aos seus funcionários sobre gestão da

qualidade e ambiental.

� Estimular cada vez mais a melhoria e crescimento de forma

segura e responsável.

� Incentivar a melhoria de desempenho da qualidade e meio ambiente da

empresa.

� Manter procedimentos de segurança com a empresa terceirizada na hora da

manutenção das máquinas para não ter nem um acidente prejudicando os

funcionários da empresa.

� Focalizar as atividades no setor de política ambiental e desempenho ambiental.

� Manter um funcionário responsável pelo setor ambiental.

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4 Considerações Finais

O presente trabalho mostra os resultados feitos pelo diagnóstico relacionando aos

requisitos das questões da qualidade e do meio ambiente tendo com base as normas ISO

9001:2008 (qualidade) e ISO 14001:2004 (ambiental) na prática das atividades da empresa

Kreateva Industrial Ltda.

Sendo assim, fica claro que o objetivo geral do trabalho foi alcançado e que os

objetivos específicos se concretizaram, permitindo identificar os requisitos aplicáveis a

empresas e a descrição da situação atual da empresa frente os requisitos das normas ISO

relacionadas a qualidade e ao meio ambiente, para que possa mais pra frente Implantar um

sistema de Gestão Integrado.

A pergunta formulada com base no problema de pesquisa foi “Quais os requisitos são

aplicáveis e já estão sendo atendidos pela empresa Kreateva para que no futuro possa

implantar um SGI”. Concluindo o trabalho torna-se como resposta, todos os requisitos na área

da qualidade já estão sendo aplicados, quanto ao meio ambiente precisa-se de um responsável

no setor ambiental, para estruturar a política ambiental e o desempenho ambiental da empresa.

A metodologia utilizada foi importante para a conclusão do trabalho, pois ajudou o

acadêmico a entender as normas aplicadas.

A realização desse trabalho foi de importância para o acadêmico, pois revelou uma

grande oportunidade para o mesmo aplicar seus conhecimentos acumulados ao longo da

graduação em administração. Ampliando assim seus horizontes e compreendendo os

mecanismos de um Sistema de Gestão Integrado. Para empresa foi importante para saber

como estão sendo praticadas suas atividades diante dos requisitos da qualidade e do meio

ambiente.

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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

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APÊNDICE I – Requisitos da Qualidade

Lista de verificação - ( NBR ISO 9001/2008)

Requisitos verificados SIM NÃO N.A. observação

4 Sistema de Gestão da Qualidade

4.1 Requisitos gerais

4.1a - identificação dos processos necessários para o sistema de gestão da qualidade

4.1b - determinar a seqüência e interação desses processos

4.1c - determinar critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e o controle desses processos sejam eficazes

4.1d - assegurar a disponibilidade recursos e informações necessárias para apoiar a operação e o monitoramento desses processos

4.1e - monitorar, medir e analisar esses processos

4.1f - implementar ações necessárias para atingir os resultados planejados e a melhoria continua desses processos

4.1 – identificação do controle sobre processos adquiridos externamente que afetem a conformidadde do produto

4.2 Requisitos de documentação

4.2.1 Generalidades

4.2.1a - declarações documentadas da política da qualidade e dos objetivos da qualidade

4.2.1b - manual da qualidade

4.2.1c - procedimentos documentados requeridos por esta Norma

4.2.1d - documentos necessários à organização para assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes de seus processos

4.2.1e - registros requeridos pela ISO 9001:2008

4.2.2 Manual da qualidade

4.2.2a – deve definir o escopo do sistema de gestão da qualidade, incluindo detalhes e justificativas para quaisquer exclusões

4.2.2b – deve incluir ou referência os procedimentos documentados estabelecidos para o sistema de gestão da qualidade

4.2.2c – deve incluir a descrição da interação entre os processos do sistema de gestão da qualidade.

4.2.3 Controle de documentos

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4.2.3a – procedimento documentado deve definir os controle necessários para aprovar os documentos quanto a sua adequação, antes da emissão

4.2.3b – procedimentos documentados deve definir os controles necesssarios para analisar criticamente e atualizar e reaprovar documentos

4.2.3c – procedimento documentado deve definir os controles necessários para assegurar que alterações e situação da revisão atual dos documentos sejam identificadas

4.2.3d – procedimento documentado de definir os controles necessários para assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam disponíveis nos locais de uso

4.2.3e – procedimentos documentados deve definir os controles necessários para assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis

4.2.3f – procedimento documentado deve definir os controles necessários para assegurar que os documentos de origem externa sejam identificados e que sua distribuição seja controlada

4.2.4 Controle de registros

4.2.4a - registros devem ser mantidos legíveis, prontamente identificáveis e cuperáveis.

4.2.4b - procedimento documentado deve ser estabelecido para definir os controles necessários para dentificação, armazenamento, proteção,recuperação, tempo de retenção e descarte dos registros.

5 Responsabilidade da direção

5.1 comprometimento da direção

5.2 foco no cliente

5.3 Política da Qualidade

5.3a – apropriada ao propósito da organização

5.3b – inclui compromisso com atendimento aos requisitos e com a melhoria continua da eficácia do SGQ

5.3c – proporciona estrutura para estabelecimento e analise critica dos objetos da qualidade

5.3d – comunicada e entendida por toda a organização

5.3e – é analisada criticamente para manutenção de suas adequação

5.4 Planejamento

5.4.1 Objetivos da qualidade

5.41a - estabelecidos nas funções e nos níveis pertinentes da organização

5.4.1b - devem ser mensuráveis e coerentes com apolítica da qualidade

5.4.2 Planejamento do sistema de gestão da qualidade

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5.4.2a - o planejamento do sistema de gestão da qualidade é realizado de forma a satisfazer aos requisitos apresentados no item 4.1, bem como aos objetivos da qualidade

5.4.2b - a integridade do sistema de gestão da qualidade é mantida quando mudanças no sistema de

5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação

5.5.1 Responsabilidade e autoridade

5.5.2 Representante da direção

5.5.3 Comunicação interna

5.6 Análise crítica pela direção

5.6.1 Generalidades

5.6.1a - análise crítica deve incluir a avaliação de oportunidades para melhoria e necessidade de mudanças no sistema de gestão da qualidade, incluindo a política da qualidade e os objetivos da qualidade.

5.6.1b - devem ser mantidos registros das análises críticas (ver 4.2.4).

5.6.2 Entradas para a análise crítica

5.6.2a - informações sobre resultados de auditorias

5.6.2b - informações sobre realimentação de cliente

5.6.2c - informações sobre desempenho de processo e conformidade de produto

5.6.2d - informações sobre situação das ações preventivas e corretivas

5.6.2e - informações sobre acompanhamento das ações oriundas de análises críticas anteriores pela direção

5.6.2f - informações sobre mudanças que possam afetar o sistema de gestão da qualidade

5.6.2g - informações sobre recomendações para melhoria

5.6.3 Saídas da análise crítica

5.6.3a - decisões e ações relacionadas melhoria da eficácia do sistema de gestão da qualidade e de seus processos

5.6.3b - decisões e ações relacionadas a melhoria do produto em relação aos requisitos do cliente

5.6.3c - decisões e ações relacionadas a necessidade de recursos

6 Gestão de recursos

6.1 Provisão de recursos

6.1a - para implementar e manter o sistema de gestão da qualidade e melhorar continuamente sua eficácia

6.1b - para aumentar a satisfação de clientes mediante o atendimento aos seus requisitos

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6.2 Recursos humanos

6.2.1 Generalidades

6.2.2 Competência, conscientização e treinamento

6.2.2a - determinar as competências necessárias para o pessoal que executa trabalhos que afetam a qualidade do produto 6.2.2b - fornecer treinamento ou tomar outras ações para satisfazer essas necessidades de competência

6.2.2c - avaliar a eficácia das ações executadas,

6.2.2d - assegurar que o seu pessoal está consciente quanto à pertinência e importância de suas

atividades e de como elas contribuem para atingir os objetivos da qualidade

6.2.2e - manter registros apropriados de educação, treinamento, habilidade e experiência (ver 4.2.4).

6.3 Infra-estrutura

6.4 Ambiente de trabalho

7 Realização do produto

7.1 Planejamento da realização do produto

7.1a - objetivos da qualidade e requisitos para o produto

7.1b - a necessidade de estabelecer processos e documentos e prover recursos específicos para o Produto

7.1c – atividade de verificação, validação, monitoramento, inspeção e atividades de ensaio requeridos, específicos para o produto, bem como os critérios para a aceitação do produto

7.1d - registros necessários para fornecer evidência de que os processos de realização e o produto

resultante atendem aos requisitos (ver 4.2.4)

7.2 Processos relacionados a clientes

7.2.1 Determinação de requisitos relacionados ao produto

7.2.1a - os requisitos especificados pelo cliente, incluindo os requisitos para entrega e para atividades pós-entrega

7.2.1b - os requisitos não declarados pelo cliente, mas necessários para o uso especificado ou intencional

7.2.1c - requisitos estatutários regulamentares relacionados ao produto

7.2.1d - requisito adicional determinado pela organização

7.2.2 Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto

7.2.2a - analisar criticamente os requisitos relacionados ao produto

7.2.2b - ser mantidos registros dos resultados da análise crítica e das ações resultantes dessa análise (ver 4.2.4)

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7.2.2c – quando requisitos de produto são alterados, documentos pertinentes são complementados e pessoal pertinente é alertado sobre alterações

7.2.3 Comunicação com o cliente

7.3 Projeto e desenvolvimento

7.3.1 Planejamento do projeto e desenvolvimento

7.3.2 Entradas de projeto e desenvolvimento

7.3.3 Saídas de projeto e desenvolvimento

7.3.4 Análise crítica de projeto e desenvolvimento

7.3.5 Verificação de projeto e desenvolvimento

7.3.6 Validação de projeto e desenvolvimento

7.3.7 Controle de alterações de projeto e desenvolvimento

7.4 Aquisição

7.4.1 Processo de aquisição

7.4.1a - estabelecimento de critérios para seleção, avaliação e reavaliação de fornecedores

7.4.1b - mantidos registros dos resultados das avaliações e de quaisquer ações necessárias, oriundas da avaliação (ver 4.2.4)

7.4.2 Informações de aquisição

7.4.2a - deve incluir requisitos para aprovação de produto, procedimentos, processos e equipamento,

7.4.2b - deve incluir requisitos para qualificação de pessoal

7.4.2c - deve incluir requisitos para sistema de gestão da qualidade.

7.4.2d - assegurar a adequação dos requisitos de aquisição especificados antes da sua comunicação ao fornecedor

7.4.3 Verificação do produto adquirido

7.5 Produção e fornecimento de serviço

7.5.1 Controle de produção e fornecimento de serviço

7.5.1a - a disponibilidade de informações que descrevam as características do produto

7.5.1b - a disponibilidades instruções de trabalho, quando necessário,

7.5.1c - o uso de equipamento adequado

7.5.1d - a disponibilidade e uso de dispositivos para monitoramento e medição,

7.5.1e - a implementação de medição e monitoramento

7.5.1f - a implementação da liberação, entrega e atividades pós-entrega

7.5.2 Validação dos processos de produção e fornecimento de serviço

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7.5.3 Identificação e rastreabilidade

7.5.4 Propriedade do cliente

7.5.5 Preservação do produto

7.6 Controle de dispositivos de medição e monitoramento

7.6.1a - determinar as medições e monitoramentos a serem realizados e os dispositivos

de medição e monitoramento necessários para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados (ver 7.2.1)

7.6.1b – dispositivo de medição calibrado ou verificado a intervalos especificados ou antes do uso, contra padrões de medição rastreáveis

7.6.1c – dispositivo de medição ajustado ou reajustado, quando necessário

7.6.1d - dispositivo de medição identificado para possibilitar que a situação da calibração seja determinada

7.6.1e - dispositivo de medição protegido contra ajustes que possam invalidar o resultado da medição

7.6.1f - dispositivo de medição protegido de dano e deterioração durante o manuseio, manutenção e armazenamento

7.6.1g - avaliar e registrar a validade dos resultados de medições anteriores quando constatar que o dispositivo não está conforme com os requisitos

7.6.1h - tomar ação apropriada do dispositivo e em qualquer produto afetado, decorrentews da avaliação anterior

7.6.1i - registros dos resultados de calibração e verificação devem ser mantidos (ver 4.2.4)

7.6.1j - quando usado na medição e monitoramento de requisitos especificados, deve ser confirmada a

capacidade do software de computador para satisfazer a aplicação pretendida. Isso deve ser feito

antes do uso inicial e reconfirmado se necessário.

8 Medição, análise e melhoria

8.1 Generalidades

8.2 Medição e monitoramento

8.2.1 Satisfação dos clientes

8.2.2 Auditoria interna

8.2.2a – procedimento documentado para definir responsabilidades, requisitos para o planejamento, realização, relato de resultados e manutenção de registros de auditoria

8.2.2b – planejamento de um programa de auditorias

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8.2.2c – ações executadas, sem demora indevida, para eliminar não-conformidades e suas causas

8.2.2d – atividades de acompanhamento para verificação ações executadas e relatar os resultados de verificação (ver 8.5.2)

8.2.3 Medição e monitoramento de processos

8.2.4 Medição e monitoramento de produto

8.3 Controle de produto não-conforme

8.3.1a – procedimento documentado para definir controles e responsabilidades e autoridades relacionadas para lidar com produtos não-conformes

8.3.1b – identificação de produtos não-conformes e controle para evitar uso ou entrega não-intencional

8.3.1c – tratamento dos produtos não-conformes identificados

8.3.1d – mantidos registros sobre a natureza das não-conformidades e quaisquer ações subseqüentes executadas (ver item 4.2.4)

8.3.1e – produto não- conforme corrigido reverificado para demonstrar a conformidade com os requisitos

8.3.1f – tomar ações apropriadas em relação aos efeitos ou potenciais efeitos de uma conformidade quando produto não-conforme for detectado após entrega ou inicio de seu uso

8.4 Análise de dados

8.5 Melhorias

8.5.1 Melhoria contínua

8.5.2 Ação corretiva

8.5.2a – executar ações corretivas para eliminar causas de não-conformidade, para evitar sua repetição

8.5.2b – procedimentos documentados

8.5.3 Ação preventiva

8.5.3a – definir ações para eliminar causas de não-conformidades potenciais, para evitar sua ocorrência

8.5.3b – procedimentos documentados

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DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORARIA

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estagio Kreateva Industrial LTDA declara, para os

devidos fins, que o estagiário Bruno Bernardo Heineberg Bleyer, aluno do Curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas- CECIESA\Gestão da Universidade

do Vale do Itajaí –UNIVALI, de 01/05/09 a 15/09/09, cumpriu a carga horária de estágio

prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e

respeitou nossas normas internas.

_______________,_____de___________ de 2009

_____________________________ Edson Soares Bleyer

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FOLHA ASSINATURA DOS RESPONSAVEIS

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Bruno Bernardo Heineberg Bleyer

Estagiário

Edson Soares Bleyer

Supervisor de campo

Raulino Pedro Gonçalvez

Orientador de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo Estágio em Administração