Trabalho de Empreendedorismo 03.11.2014 (3)

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Empreendedorismo

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    1. Empreendedorismo

    1.1 Conceito

    Empreendedorismo o estudo voltado para o desenvolvimento de competncias e

    habilidades relacionadas criao de um projeto (tcnico, cientfico, empresarial). Tem

    origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar. essencial para a

    gerao de riquezas dentro de pas, promovendo o crescimento econmico e melhorando as

    condies de vida da populao. tambm um fator importantssimo na gerao de empregos

    e renda. O empreendedorismo acima de tudo, uma atitude mental que engloba a motivao e

    a capacidade de um indivduo, isolado ou integrado numa organizao, para identificar uma

    oportunidade e para concretizar com o objetivo de produzir um determinado valor ou

    resultado econmico.

    Segundo Barboza (2005) empreendedorismo o envolvimento de pessoas e

    processos que, em conjunto, levam transformao de idias em oportunidades, e a perfeita

    implementao destas oportunidades leva criao de negcios de sucesso; e os

    empreendedores so pessoas diferenciadas, que possuem motivao singular, apaixonadas

    pelo que fazem no se contentam em ser mais um na multido, querem ser reconhecidas e

    admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. O empreendedor uma

    espcie de investigador que revela e percebe as oportunidades, as quais tm como resultados o

    surgimento de negcios lucrativos e que assume riscos calculados.

    De acordo com Villena (2013) o empreendedor um suporte da engrenagem-

    organizao. O empreendedor apresenta caractersticas que definem seu comportamento e

    salientam como diferencial; peculiaridades que podem ser facilidades em desenvolver

    negcios criar investimentos sempre almejando o futuro. Em qualquer definio de

    empreendedorismo encontram-se pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao

    empreendedor: Iniciativa para criar um novo negcio e paixo pelo que faz. Utiliza os

    recursos disponveis de forma criativa transformando o ambiente social e econmico onde

    vive. Aceita assumir riscos calculados e a possibilidade de fracassar (BARBOZA, 2005).

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    O empreendedorismo se caracteriza como uma forma de

    fazer a inovao acontecer, onde as pessoas so as responsveis pela

    transformao de ideias em novos negcios [...]. As organizaes

    empreendedoras devem estimular e incentivar as iniciativas

    empreendedoras das pessoas, contagiando o ambiente organizacional,

    valorizando o comportamento empreendedor, e possibilitando s

    pessoas um ambiente de realizaes na busca de oportunidades, onde

    o risco pode ser considerado como fator de mudana (COSTA,

    2005).

    1.2 Empreendedorismo e Contabilidade

    No basta ter boas idias, fora de vontade e determinao. Alm de tempo e

    dinheiro, o empreendedor precisa de preparo, suporte e planejamento. Para que o negcio se

    fortalea e se torne saudvel, o trabalho do contabilista fundamental.

    A contabilidade fonte de informao indispensvel para que o empreendimento

    cresa seguro. Afinal, os registros contbeis iro fornecer informaes sobre custos, giro de

    capital e dos encargos e tributos.

    O reconhecimento do mercado implica tambm em preparo dos contabilistas no

    atendimento de seus clientes. O contato pessoal e a confiana, acrescidos de uma viso

    estratgica do negcio, so apontados pelos empresrios como requisitos para a relao de

    parceria.

    O servio contbil o mais procurado entre os empreendedores, conforme pesquisa

    do Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), alm de ser

    considerado o segundo mais importante, atrs apenas dos conhecedores do mercado.

    Porm, quase metades das empresas fecham suas portas em at dois anos, segundo

    dados do SEBRAE. A principal razo a falta de capital de giro, seguida da falta de clientes e

    de problemas financeiros.

    O profissional da contabilidade pode exercer um papel de extrema importncia

    quanto organizao da empresa, estruturao contbil e ao planejamento fiscal financeiro,

    alm de ser capaz de medir o retorno do capital investido.

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    O contabilista participa do desenvolvimento da empresa desde sua constituio,

    acompanham o registro na Junta Comercial ou no cartrio civil e providenciam a

    regularizao em vrios rgos, como Receita Federal, INSS, e Prefeitura.

    A falta de informaes especficas pode fazer diferena quando o negcio j estiver

    no mercado. Determinados profissionais liberais que atuam como prestadores de servios no

    podem optar pelo Simples, por exemplo. E as cooperativas tm legislao especfica, exigindo

    adequao contbil e fiscal prpria.

    A primeira preocupao checar a viabilidade da empresa no mercado, j que

    muitas iniciativas empreendedoras se devem ao desemprego. Apesar da maioria dos

    empreendedores terem conscincia do peso dos tributos no oramento, os custos com aluguel

    e funcionrios podem passar despercebidos e no serem embutidos no preo final.

    Recomenda-se que todo empreendedor procure orientao profissional antes de

    formar a empresa, para conhecer os encargos e obrigaes legais, contbeis e fiscais a que

    estar sujeito suas atividades.

    A contabilidade deve ser vista como ferramenta de gesto, para que possa projetar

    os resultados da empresa a partir de metas. Muitos empresrios desprezam dados e avaliaes,

    e perdem uma excelente oportunidade de contar com a experincia, formao e competncia

    do contabilista.

    A contabilidade e o empreendedorismo juntamente com o empreendedor podem

    em mutua colaborao surpreender o mercado, com suas ideias e coragem principalmente.

    por meio da contabilidade que se encontram todas as informaes necessrias

    para as tomadas de decises dentro de uma empresa ou organizao, o contador alm de

    estruturar e auxiliar na anlise das operaes, tambm acompanha todo o desenvolvimento

    das empresas desde sua constituio na Junta Comercial (JUCESP), Receita Federal, Estado,

    Prefeitura, at a execuo da escriturao contbil, fiscal, trabalhista e gerao de obrigaes

    legais e acessrias ao fisco (CORREIA, 2012).

    Segundo estudo do SEBRAE SP das empresas paulistas, 29% fecham em seu

    primeiro ano de atividade e 56% no completam cinco anos de vida. Dentre alguns motivos

    da mortalidade pr-matura das empresas (22% das empresas) est a alta carga tributria

    (CORREIA, 2012).

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    A contabilidade e o empreendedorismo devem ser aliados na constituio e gesto

    da empresa, pois necessrio antes de constitu-la conhecer todos os encargos e obrigaes

    que esto sujeitas, as informaes quanto a esses custos sero fornecidas pelo contador.

    A pesquisa sobre empreendedorismo do SEBRAE Nacional (2012, citado por

    Rodrigues, 2013) mostrou a quantidade de brasileiros que desejam ter seu prprio negcio

    de 43,5% da populao economicamente ativa. O Brasil ocupa o quarto lugar quanto ao

    nmero de empreendedores, sendo 37 milhes de pessoas que j possuem um negcio. Em

    2012, 30,2% da populao economicamente ativa (entre 18 e 64 anos) estavam envolvidos na

    criao e/ou administrao de um negcio. Entre 2002 e 2012 esse ndice aumentou de 44%,

    elevando para 20,9% epara 30,2%.

    Como dissemos a contabilidade on-line, atualmente a tecnologia a grande aliada

    contabilidade. A contabilidade uma cincia que est passando por muitas transformaes,

    principalmente por trazer informao no s por meio de demonstraes, mas tambm, por

    meio da gesto, comunicao com seu cliente, a internet indispensvel, e por sua vez o

    empreendimento no pode ser estabelecido apenas na forma fsica, mas virtual tambm.

    Conforme Andrade (2012). As empresas esto cada vez mais virtuais, o mundo est mais

    virtual do que nunca, a contabilidade e o empreendedorismo em parceria um diferencial para

    que o inesperado no ocorra.

    O contabilista no deixa de ser um empreendedor quando se sabe que ele quem

    participa no desenvolvimento da empresa no todo, principalmente o planejamento fiscal e

    financeiro, pois o retorno do dinheiro investido, ou seja, do capital, a viabilidade da empresa

    no mercado, a atualizao das informaes, metas, objetivos a alcanar, a previso

    considerando as ameaas do mercado, funo do contabilista.

    No inicio do tpico pensamos e indagamos o que a contabilidade e o

    empreendedorismo tm a ver um com o outro, e sabemos agora que o profissional da

    contabilidade o elo fundamental e importante no crescimento e na solidificao de um

    empreendimento, ele que detm o conhecimento que o empreendedor necessita para

    construo de seu prprio negocio, portanto o contador no fizer uma analise detalhada sobre

    todos esses pontos com certeza o dinheiroou o capital empregado pode ser um grande

    fracasso, de extrema importncia saber como dissemos todo e qualquer detalhe para a

    abertura da empresa.

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    2. Viso atual da contabilidade como ferramenta de gesto

    O mercado de trabalho sofreu diversas mudanas durante os ltimos 20 anos,

    devido a diversos fatores nacionais e internacionais, de classe econmica, poltica e social.

    Estas mudanas, nem sempre so acompanhadas pelas corporaes e pelas pessoas. Segundo

    Wind (2002 p.1), as corporaes possuem muitas dificuldades em mudar. No entanto, neste

    mercado mutvel do inicio do sculo XXI, as empresase as pessoas que no se adaptarem

    esto fadadas ao fracasso e a tarefa de administrar uma empresa de maneira sustentvel e

    lucrativa torna-se extremamente complexa. Neste oceano de mudanas, muitos fatores

    internos e externos influenciam nas decises cotidianas e, normalmente no existe uma regra

    bsica, uma maneira ideal, em que se possa adotar e garantir o sucesso da empresa.

    Nota-se que o profissional de contabilidade tambm est sujeito s mudanas

    freqentes de mercado e tambm necessita se adaptar para alcanar sustentabilidade e

    lucratividade. Segundo Meno (2005 p.1)

    As mudanas ocorridas no cenrio econmico mundial provocaram grande impacto

    no desempenho do profissional de contabilidade, principalmente daquele que exerce como

    proprietrio, scio ou titular de uma empresa de servios contbeis.

    2.1 Contabilidade e o profissional contador

    De acordo com Santos (2006, p.30), por definio, a Contabilidade um sistema de

    informaes para a tomada de deciso e de acordo com Costa (2006, p.2), O sistema de

    contabilidade um importante sistema de informao s organizaes; prov informao com

    trs principais objetivos:

    Relatrios internos para os gestores, para planejar e controlar operaes

    de rotina.

    Relatrios internos para os gestores, para uso em decises no rotineiras

    e na formulao dos principais planos e polticas.

    Relatrios para os acionistas, governo e outros interessados externos.

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    Considerando ambas as definies, pode-se dizer que a contabilidade um meio de

    se adquirir informaes teis para o correto gerenciamento da empresa, atravs de decises

    assertivas, e para se estudar o desempenho da empresa como um todo. Adicionalmente, o

    contador uma pessoa chave que possui uma viso geral da empresa, com entendimento

    amplo do desempenho operacional, financeiro e econmico da mesma. Com isso, a

    contabilidade e o contador so essenciais no planejamento da estratgia da empresa, pois

    podem contribuir significativamente com informaes claras e precisas que demonstram a real

    situao da empresa.

    3. O profissional contbil do passado

    Os historiadores remetem a cerca de 8.000 a. C. os primeiros sinais, ainda que primitivos, de

    registros contbeis. Atravs de instrumentos rudimentares, como fichas de barro ou pedras, o

    homem primitivo utilizava vultos empricos da contabilidade para registrar e, at mesmo,

    controlar o seu patrimnio. A contabilidade passou a evoluir de acordo com o prprio

    desenvolvimento social, cultural e econmico. No perodo do Renascimento Cultural,

    momento em que a Europa borbulhava cultural e cientificamente, surge figura do Frei Luca

    Bartolomeo de Pacioli, um dos mais brilhantes estudiosos da poca e que, apesar de no ter se

    tornado to popular quanto seu contemporneo Leonardo da Vinci, consagrou-se como uma

    das maiores mentes de seu tempo e tornou-se conhecido como pai da contabilidade. Ttulo

    este lhe concedido pela sua publicao do Tratactus de computis et Scripturis em sua obra

    Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalit, primeiro registro conhecido

    do mtodo das partidas dobradas. A obra de Luca Pacioli marcou o primeiro passo da

    contabilidade rumo produo cientfica. No entanto, somente no sculo XIX que

    acontabilidade se consolidou de fato como cincia, conquista esta que podemos agradecer a

    nomes como Francisco Villa, da Escola Lombarda, Guisepe Cerboni, da Escola Toscana, e

    Fbio Besta, da Escola Veneziana. Por no ser este o objetivo, este trabalho no ir se

    aprofundar em suas obras e nem julgar os mritos de cada uma das escolas, destaca-se, no

    entanto, que este perodo foi de fundamental importncia para o desenvolvimento das teorias

    contbeis.

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    3.1 O profissional contbil do presente

    Chegando histria recente, percebem-se mais do que nunca a importncia da

    contabilidade e das informaes geradas pela mesma. Nos ltimos sculos houve uma

    evoluo magnfica das tcnicas contbeis: o surgimento da Auditoria, o desenvolvimento da

    contabilidade de custos e o aumento da importncia da contabilidade como ferramenta

    gerencial so algumas das inovaes surgidas nestes tempos, como regra, trazidas pela

    propagao da Escola Americana. Podemos esclarecer ainda que a contabilidade no como

    muitos leigos podem pensar uma cincia exata e sim uma cincia social. A caracterstica que

    cria confuso em relao a esta questo o fato de que, assim como a matemtica e a

    estatstica, ela se utiliza de maneira acentuada de instrumentos quantitativos. Porm, seu

    objetivo principal atender pessoas, na medida em que controla o patrimnio das empresas e

    se incumbe de apresentar seus resultados publicamente, atravs de demonstrativos contbeis,

    a fim de auxiliar seus usurios (clientes, fornecedores, investidores, trabalhadores, governo,

    sociedade etc.) a tomar as decises pertinentes, baseadas nas informaes oferecidas. O

    tcnico em contabilidade precisa compreender muito bem que ele no lida somente com

    nmeros, e sim com pessoas. importante que tenha uma viso contbil ampla, enxergando-

    se muito alm dos nmeros apresentados em balanos, j que os clientes esperam que o

    tcnico em contabilidade seja capaz de orient-los sobre o melhor procedimento a tomar em

    situaes conflitantes ou que indique caminhos que melhorem a capacidade produtiva da

    empresa, ou ainda, que ajude a aumentar a lucratividade do negcio e que no se limite

    apenas na orientao quanto aos impostos que precisam ser pagos ou ao preenchimento dos

    formulrios previstos na legislao, exigido por rgos ou reparties pblicas.

    3.2 O profissional contbil do futuro

    J algum tempo ouvimos dizer que a contabilidade a bola da vez das profisses, o

    que ganhou foras com as Leis 11.638/07 e 11.941/09. Na busca da convergncia da

    contabilidade brasileira com as praticadas internacionalmente o CPC (Comit de

    Pronunciamentos Contbeis) emitiu seus pronunciamentos (hoje em numero de 43) de acordo

    com as interpretaes de normas emitidas pelo IASB (International Accouting Standards

    Board), os quais foram regulados pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade). Esses

    pronunciamentos e normas alcanam as grandes empresas S/A reguladas pela CVM

    (Comisso de Valores Mobilirios), aquelas que necessitam prestar contas a um rgo pblico

    e as Ltda. O campo de atuao do profissional de contabilidade, desde tempos remotos, esteve

    diretamente relacionado ao ambiente empresarial. As possibilidades de atuao profissional

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    do tcnico em contabilidade so bastante amplas e compreendem as empresas pblicas e

    privadas de um modo geral, independentemente do setor econmico, as organizaes no

    governamentais e as instituies sem fins lucrativos. O profissional pode atuar ainda em

    empresas contbeis particulares ou como autnomos. So as empresas que realizam os

    negcios que so objetos de registro, controle, anlise, acompanhamento e investigao da

    contabilidade, e para elas que a Cincia Contbil se dispe a fornecer informaes teis e

    que as auxiliem no seu desenvolvimento e crescimento. Dessa forma, se for preciso verificar

    tendncias de atuao dos profissionais de contabilidade no prximo sculo, nada mais

    coerente do que analisar, dentre outros aspectos, qual ser o comportamento das empresas nos

    novos cenrios que se apresentam. O tcnico em contabilidade precisa estar ciente de que

    necessrio manter uma postura proativa e muita perspiccia para compreender a sistemtica

    econmico-financeira, poltica e social, em nvel local, regional ou mesmo internacional. Sem

    essa concepo e conscincia, o desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado. A

    questo tica faz-se presente e assume relevncia na formao profissional, vivemos tempos

    difceis, em que a desconfiana permeia todas as aes governamentais, empresariais e

    profissionais, portanto, o estudante deve reconhecer o valor incontestvel de uma postura

    tica como requisito essencial no desenvolvimento profissional. Outro fator a ser enfatizado

    a necessidade da educao continuada e da atualizao constante em assuntos econmicos,

    sociais e polticos que excedem bastante as questes estritamente tcnicas, a fim de se garantir

    uma efetiva participao no contexto empresarial e mercadolgico que se desenha para os

    prximos anos. Um bom profissional deve conhecer muito bem sua rea de atuao e todas as

    tcnicas que permeiam a profisso, mas a situao atual no comporta mais profissionais

    descontextualizados, que no enxergam as diversas interligaes da sua rea de conhecimento

    com outras. Por essa razo, que se torna inaceitvel apresentar nos cursos tcnicos uma

    viso da contabilidade numa perspectiva estritamente escritural, preciso que o profissional

    entenda a organizao e sua razo de ser, compreendendo seus modelos de gesto, seus

    objetivos e polticas e suas inter-relaes com o ambiente externo. S assim ele ter condies

    de ajudar a empresa a crescer, orientando adequadamente seus dirigentes a tomarem decises

    acertadas. O tcnico em contabilidade no mundo globalizado, precisa estar apto a antecipar

    mudanas e a interpretar e utilizar diferentes ferramentas para tomada de decises, pois as

    empresas, independentemente do porte que tenham, vo precisar cada vez mais acompanhar

    os movimentos do mercado, a fim de garantir um lugar no futuro. Podemos concluir que cabe

    exclusivamente aos contabilistas habilitados a prtica de todas as atividades compreendidas na

    contabilidade, podendo este ainda ser profissional liberal, empregado regido pela CLT,

    servidor pblico, militar, scio de qualquer tipo de sociedade, diretor ou conselheiro de

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    quaisquer entidades. Cabe ao profissional da contabilidade, atravs de suas habilidades

    pessoais, identificar qual o ramo de atuao que deseja atuar. Para tal, o profissional precisa

    possuir habilidades e se especializar naquilo em que pretende trabalhar.

    4. Principais Servios Prestados pelo Contador

    Segundo SEBRAE-SC (2010, p.2), os principais servios prestados pelos setores /

    escritrios de contabilidade podem ser divididos em:

    CONTBIL - Lucro Real, Lucro Presumido,

    Simples, ME, Balancetes, RazoAnaltico, Dirio, Livro-caixa, Lalur,

    etc.;

    FISCAL - Livros de Entrada, Livros de Sada,

    Livros de Apurao do IPI,Livros de Apurao do ICMS, entre outros;

    TRABALHISTA - Apontamento, Folha de

    Pagamento, GPS, SEFIP, DARFS,FGTS, Folhas de Pagamento,

    Concesso de Frias, etc.;

    OUTROS - Abertura, Transferncia e Baixa de

    Empresas, DIRPF,Consultoria, Assessoria, Certides Negativas, etc.

    Pode-se, ainda, exercer atividade de assessoria e auditoria especfica em

    determinadas reas de mdias e grandes empresas. As atividades relacionadas aos relatrios

    externos (contbil, fiscal, trabalhista) demandam tempo para anlise e requerem profissionais

    especializados. Muitas empresas decidem contratar escritrios de contabilidade que prestem

    este servio, evitando assim gastos fixos maiores na contratao de funcionrios

    especializados.

    4.1 Orientaes bsicas e simplificadas que o profissional contbil pode dar ao

    seu cliente

    Carga Fiscal: Organizar e fazer um plano de contas a pagar esclarecendo sobre as

    porcentagens de cada tributo, pois o governo um scio sulgador, consumindo cerca de

    30% do que a empresa fatura dependendo da sua opo de regime.

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    Obrigaes Trabalhistas: Despesas de salrios, FGTS, INSS, contribuies

    sindicais, IRRF, registro em carteira, pagamento de horas extras que possam ocorrer e outros.

    Pr-Labore e Lucros: Conflitos podem surgir quanto a retirada de pr-labore e

    Lucros a distribuir entre os scios necessrio a clareza nas informaes e o que foi firmado

    em contrato quanto as obrigaes e os direitos de cada scio, h empresas que chegam ao seu

    termino no porque no houve lucro, ou venda e sim por conflitos entre scios.

    Diagnostico Financeiro: de extrema importncia o calculo dos custos, pois na

    venda de servios ou mercadorias o preo do produto final tem que embutir todos os gastos e

    despesas se no o lucro pode tornar-se um prejuzo.

    A importncia do marketing: Como vender e de forma vender esse produto e

    servio tambm gera custos e o marketing vem ajudar para que o nome de sua empresa tanto

    virtual ou utilizando-se de outro tipo de mdia pode ajudar pra que seu empreendimento tenha

    o objetivo alcanado: o sucesso.

    5. O mercado empreendedor no sculo XXI

    O mercado empresarial no incio do sculo XXI caracteriza-se pelo dinamismo e

    inovao. A cada dia, podem-se observar novas situaes econmicas, sociais, novas

    necessidades, nichos, etc.

    O mercado exige cada vez mais que as empresas e os indivduos que fazem parte

    da mesma sejam flexveis, inovadores e possuam uma viso sistmica do negcio. A

    capacidade de se adaptar s diferentes circunstncias essencial para a sobrevivncia do

    negcio.

    Apesar dos pequenos escritrios de contabilidade brasileira possuir uma atuao e

    concorrncia local, pode-se afirmar que a globalizao tambm influenciou nos seus

    respectivos negcios, atravs da disponibilizao do conhecimento e o impacto marcante em

    seus clientes, que ganharam novos concorrentes internacionais. Alm disso, a globalizao

    permitiu ao contador ter acesso a recursos internacionais com menor custo e

    maior praticidade.

    Com a globalizao, o mercado empresarial se tornou mais exigente, com

    necessidades e atuaes abrangentes que no podem ser esquecidas pelo profissional

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    contador. Mesmo se uma pequena empresa de contabilidade atuar localmente, isso no

    impede que seu cliente tenha concorrentes globais e precise de informaes gerenciais

    altura. O mercado econmico brasileiro no se encontra mais alienado do resto do mundo,

    pelo contrrio, alteraes nas bolsas de valores, na poltica, guerras, fenmenos naturais, etc.

    de outros pases influenciam diretamente o mercado econmico brasileiro e seus respectivos

    indexadores econmicos.

    Logo, mesmo atuando localmente, o contador deve ser uma pessoa bem informada

    globalmente, reconhecendo ameaas e oportunidades globais, e aprendendo e se iterando de

    acontecimentos globais. Outro fator que transformou e ainda impacta o profissional de

    contabilidade o crescimento do advento da informtica. Com a implantao de

    processadores com maior capacidade de alocao de dados e maior rapidez de

    processamento, o trabalho que dantes demandava semanas, pode ser realizado em apenas

    alguns segundos. A informtica permitiu uma mudana sensvel na atuao do profissional

    contbil. Antes este perdia muito tempo com lanamentos e com isso estava mais sujeito a

    erros inadmissveis nos dias atuais. A cada ano so lanados novos microprocessadores, mais

    rpidos e menores. Associados a estes, a capacidade de alocao de dados e o

    desenvolvimento de novos softwares com interface mais amigveis e com maiores recursos

    de clculo e relatrios so cada vez mais freqentes.

    Ainda segundo SANTOS, Luis (2010, p.4),

    A informatizao da contabilidade propicia ao contador

    atuar em novas funes como gerenciador das informaes, quer nos

    aspectos de planejamento e anlise de desempenho, quanto nos de

    controle. Estar o contador liberado das rotinas burocrticas manuais,

    em que despende muito tempo, para gerar informaes que possam

    subsidiar a alta administrao no processo decisrio.

    Graas ao computador, o contador pode se dedicar mais a atuar como um analista

    de contabilidade e consegue executar um trabalho mais preciso e seguro em um intervalo de

    tempo menor. Com a informtica, o contador pode deixar atividades operacionais que exigiam

    grande parte do seu tempo, para se dedicar leitura pertinente rea contbil e atividades

    analticas e estratgicas, considerando meios para gerar alternativas e solues viveis para as

    empresas analisadas e tambm para o seu prprio negcio. Logicamente, o grau de automao

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    de um escritrio de contabilidade depende do investimento em maquinrio, infra-estrutura e

    pessoal adequadamente treinado. No incio do sculo XXI, observa-se que o mundo inteiro se

    encontra conectado atravs da Internet. A capacidade e a velocidade de transmisso de dados

    crescem a cada dia com custos cada vez mais baixos.

    Na contabilidade, a Internet propicia um amplo e rpido acesso informao,

    desde relatrios contbeis de empresas de capital aberto, s normas, pronunciamentos,

    informao macroeconmicas, informaes logsticas, demogrficas, etc. Tais informaes

    podem ser obtidas por qualquer indivduo, deixando de ser exclusiva e onerosa. Neste

    universo de informaes, fica cada vez mais claro que o profissional precisa saber analisar

    qual informao pertinente a determinado objetivo e como utiliz-la mais rapidamente e

    eficazmente possvel. Este mercado mutvel, dinmico e global tambm influencia os rgos

    governamentais brasileiros. Com o intuito de adaptar a contabilidade brasileira s normas

    internacionais, por meio da Instruo CVM n 457, editada em julho de 2007, em alinhamento

    com o Comunicado n 14.259 do Banco Central do Brasil, de maro de 2006, a CVM

    (Comisso de Valores Mobilirios) determinou que as companhias brasileiras de capital

    aberto passassem a elaborar as demonstraes financeiras consolidadas com base nas

    International Financial Reporting Standards (IFRS) a partir do exerccio de 2010. Segundo

    KPMG (2010, p.1), as principais vantagens da converso so a transparncia e a qualidade das

    informaes contbeis para os acionistas, alm da padronizao e maior facilidade gerencial

    no tratamento de dados. Alm disso, a recente aprovao da Lei 11638/07, Medida

    Provisria 449/08e Deliberao CVM 565/08 demonstram a contribuio do fisco brasileiro

    adaptao das normas contbeis ao mercado globalizado. O governo brasileiro tambm est

    usufruindo dos benefcios da Internet. A possibilidade de conceber um projeto eminentemente

    digital com a eliminao do mundo fiscal em papel surgiu com a Certificao Digital, criada

    pela Medida Provisria 2.200-2, de 17/08/2001. (CFC, 2010, p.1). Dando prosseguimento a

    este projeto eletrnico, foi criado o SPED (Sistema Pblico de Escriturao Digital),

    oficializado em Janeiro de 2007, constitui-se em uma soluo tecnolgica para oficializar os

    arquivos digitais das escrituraes fiscal e contbil dos sistemas adotados pelas empresas

    reconhecendo um formato digital especfico e padronizado; ele ir contribuir para a: 1.

    Reduzir os custos com o armazenamento de documentos, 2. Minimizar os encargos com o

    cumprimento das obrigaes acessrias e 3. Possibilitar uma maior segurana.

    Segundo Zanluca (2010, p.1) em O perfil do contabilista no sculo XXI,

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    A principal caracterstica desta profisso, no sculo XXI,

    ser o conhecimento aplicado. No menos importante, que o

    contabilista precisa ser um profissional flexvel, autodidata e

    preparado para enfrentar desafios de uma profisso na qual a

    competio e exigncias crescem a cada dia. Sua funo, neste sculo,

    pode ser considerada a de um gestor de informaes. Seu

    conhecimento deve ser amplo, compreendendo as normas

    internacionais de contabilidade, legislao fiscal, comercial e

    correlata. Outras habilidades imprescindveis so: capacidade de se

    expressar de forma clara e sinttica, tima redao, domnio de

    recursos de informtica (planilhas, textos, internet) e conhecimentos

    de estatstica. O contabilista precisa conhecer e utilizar-se de relaes

    humanas, alm de tcnicas de administrao. No pode ficar alheio ao

    mundo que o cerca, e precisar ler continuamente, tornando-se um

    autodidata por excelncia. Precisa ser tico, ter capacidade de inovar e

    criar, desenvolvendo tambm sua capacidade de adaptao - pois

    mudanas fazem parte do cenrio empresarial e corporativo.

    Ou seja, o contabilista deve ser uma pessoa multidisciplinar, um especialista em

    contabilidade, e um generalista no entendimento das diversas reas que afetam a dinmica de

    uma empresa, onde a iterao e o entendimento de outras disciplinas so fatores

    fundamentais para um maior sucesso. Associando o conhecimento interno da empresa, ou

    seja, as informaes provenientes dos relatrios contbeis com suas outras habilidades

    (comunicao, relacionamento, conhecimento global, informtica, etc.) o contador pode

    agregar muito valor no planejamento e desenvolvimento de qualquer empresa. Segundo o

    Conselho Federal de Contabilidade, em Fev.2010, h no Brasil 410.004 profissionais de

    contabilidade (nvel tcnico e superior), dentre estes 112.027 somente no Estado de So

    Paulo. H 73.511 escritrios de contabilidade no Brasil (individuais e sociedades), dentre

    estes 18.291 somente no Estado de So Paulo. Este enorme contingente no est isento s

    mudanas neste mercado e deve se adaptar e se educar continuamente para sobreviver.

    Segundo VEIGA, O grau de complexidade que envolve os aspectos avanados da

    Contabilidade torna o estudante de ensino superior em Cincias Contbeis e o profissional

    desta rea, um elemento chave na gesto das organizaes, o que contribui para a valorizao

    da profisso. A Lei das S/As Lei 11638/071 e 11941/092, as deliberaes e instrues da

    CVM3, as Resolues, Ementas e Normas do CFC4 Conselho Federal de Contabilidade,

    bem como a Legislao de Leis, Decretos, Decretos-Lei, Resolues, Normas Brasileiras de

  • 14

    Contabilidade, Instrues Normativas e Smulas, o CPC5 - Comit de Pronunciamentos

    Tcnicos, o IFRS,as Normas Internacionais de Contabilidade, a Teoria da Contabilidade, os

    aspectos da Contabilidade de Custos, os Tributos sobre as Compras e as Vendas,o

    Planejamento, Oramento Empresarial, questes dos Encargos Sociais e Trabalhistas, as

    provises da Folha de Pagamento, a Anlise das Demonstraes Financeiras, a DVA

    Demonstrao do Valor Adicionado, o Balano Social, os Controles Internos, o Imposto de

    Renda Pessoa Fsica e Jurdica, as retenes de Tributos e Encargos, entre outras atividades

    atinentes a essa Cincia Social,direciona para a Profisso do Presente e do Futuro, e seu

    reconhecimento no Mundo e no Brasil uma realidade que estamos e estaremos

    vivenciando.[...] A valorizao da Contabilidade e da profisso envolve necessariamente o

    discernimento que pudermos explicitar queles que no conhecem ou reconhecem o contexto

    envolvido de tal cincia.

    Logo, o contador que no se informar sobre os elementos de produo, os

    mecanismos financeiros, comerciais, logsticos, tributrios, os acontecimentos locais e

    mundiais, as tendncias e descobertas cientficas e humanas, etc. esto destinados ao

    obsoletismo e, conseqentemente, ao fracasso.

  • 15

    Concluso

    Neste trabalho, foi possvel identificar que o mundo passa por constantes

    mudanas que exigem das empresas uma adaptabilidade constante. Para sobreviver em meio

    a esse ambiente turbulento, repleto de desafios e concorrncia, as empresas de contabilidade

    precisam adotar um planejamento estratgico claro e vencedor. No Brasil, temos um

    ambiente de transio, com o governo realizando diversas melhorias e projetos que visam a

    automao dos servios contbeis, bem como, um controle maior pelo fisco. Aliado a isso,

    nota-se que existe uma grande aplicabilidade gerencial e financeira das ferramentas de

    contabilidade, mas, diante dos desafios dirios.

    Em busca de diferencial competitivo crescente o nmero de empresas que vm

    investindo em meios que ofeream informaes estratgicas a fim de possibilitar aos

    gestores, tomadas de decises mais seguras e de forma pro ativa.

    A contabilidade, por ser alimentada diariamente pelas transaes realizadas na

    empresa, pode ser considerada um sistema de informao indispensvel gesto. Nem

    sempre a contabilidade vista como uma ferramenta gerencial, mas como uma

    obrigatoriedade exigida por lei. Por isso, cabe ao contador demonstrar ao administrador e

    empreendedor que a contabilidade pode se transformar em uma ferramenta gerencial, cuja

    principal finalidade auxiliar os gestores no processo decisrio. A anlise contbil vai

    garantir que o empreendimento cresa seguro.

    Algumas vantagens de uma contabilidade adequada:

    Oferece maior controle financeiro e econmico entidade;

    Facilita acesso s linhas de crdito com bancos e fornecedores;

    Prova aos scios a verdadeira situao patrimonial. Demonstrao do

    Resultado do Exerccio; Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados;

    Demonstrao de Origens e Aplicao de Recursos; Balano Patrimonial

  • 16

    Seu objetivo fornecer informaes econmicas para fornecedores,

    bancos, investidores, funcionrios, sindicatos. Auxilia tambm as entidades na tomada

    de decises, j que ela rene as informaes contbeis da organizao em seu dirio e

    razo, balancete de verificao, alm dos demonstrativos acima citados.

    Com a contabilidade de uma empresa voc tambm consegue extrair

    informaes que nos mostrar nmeros, e atravs deles, podermos analisar como a

    empresa est (uma boa situao financeira ou no). Analisando um balano tem

    condies de tomar conhecimento de praticamente toda a informao contbil e ter um

    parecer das informaes financeiras.

    No s os administradores utilizam os relatrios que a Contabilidade fornece outras

    pessoas, rgos e empresas tambm a utilizam como ferramenta, tais como:

    Os donos da empresa que no participam de sua administrao, com o

    objetivo de saber quanto empresa est conseguindo lucrar.

    Os administradores da empresa, para saber a sua sade financeira e

    como melhor-la.

    Os Bancos e Financeiras, a fim de concederem um emprstimo a uma

    empresa, ela ter condies de pagar.

    Os sindicatos de empregados com o intuito de pedir um percentual de

    aumento maior para os funcionrios.

    O Governo em geral, para verificar a possibilidade de aumentos de

    tributos, ou sua reduo.

    Portanto, a contabilidade um instrumento necessrio para todas as entidades e

    tambm para as pessoas fsicas ajudando no processo de toda de decises de pequenos e

    grandes negcios.

  • 17

    Bibliografia

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    http://marketingcontabilidade.com.br/artigos/marketing-para-empresas-de-

    contabilidade-qual-o-melhor-plano/

    http://www.classecontabil.com.br/artigos/contabilidade-gerencial-agregando-

    valor-ao-servico-contabil-prestado-ao-cliente

    http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/empreendedorismo-uma-

    nova-visao-enfoque-no-perfil-empreendedor/35960/

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    novo-empreendedorismo/

    http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Empreendedorismo-Em-

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    http://www.novonegocio.com.br/ideias-de-negocios/como-montar-um-

    escritorio-de-contabilidade/

    http://www.academia.edu/902632/Estrat%C3%A9gia_competitiva_para_pequena

    s_empresas_de_contabilidade

    CONTABILIDADE. Legislao da Profisso Contbil. Braslia: CFC, 2003

    COSIF Portal da Contabilidade Por Amrico Garcia Parada Filho. So

    Paulo, Ano XIII.

    Contabilidade Empresarial. 10 ed. So Paulo: Atlas, 2003.