Trabalho de Equações Diferenciais Parciais

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016 ÍNDICE Introdução................................................... 2 1 Equações Diferenciais do Tipo Hiperbólico.................3 1.1 Métodos de Resolução das EDP...........................3 1.1.1 Método da Integração Básica Directa.................4 1.1.2 Método de Mudança de Variáveis......................5 1.1.3 Separação de Variáveis..............................8 2 Série de Fourier.........................................10 2.1 Funções Pares e Ímpares...............................11 2.1.1 Propriedades das Funções Pares e Ímpares...........12 2.2 Série de Fourier de Cossenos e de Senos...............12 2.3 Equação de Uma Oscilação de Uma Corda.................13 2.3.1 Solução da Equação da Onda pelo Método de Fourier. .13 Conclusão................................................... 17 Referências Bibliográficas..................................18 Integrantes do Grupo........................................19

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

ÍNDICEIntrodução....................................................................................................................2

1 Equações Diferenciais do Tipo Hiperbólico...........................................................3

1.1 Métodos de Resolução das EDP....................................................................3

1.1.1 Método da Integração Básica Directa......................................................4

1.1.2 Método de Mudança de Variáveis............................................................5

1.1.3 Separação de Variáveis...........................................................................8

2 Série de Fourier...................................................................................................10

2.1 Funções Pares e Ímpares.............................................................................11

2.1.1 Propriedades das Funções Pares e Ímpares.........................................12

2.2 Série de Fourier de Cossenos e de Senos...................................................12

2.3 Equação de Uma Oscilação de Uma Corda.................................................13

2.3.1 Solução da Equação da Onda pelo Método de Fourier.........................13

Conclusão..................................................................................................................17

Referências Bibliográficas.........................................................................................18

Integrantes do Grupo.................................................................................................19

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INTRODUÇÃOA Matemática na sua abrangência, oferece conexões preponderantes a diversos

campos científicos. Salientando a aparição das Equações Diferenciais Parciais como

sustento de diversos problemas físicos como: Problema de mecânica de fluidos, de

sólidos-dinâmica, de elasticidade, de transferência de calor, da teoria

electromagnética, mecânica quântica, e outros.

Nas EDP de Ordem Superior aparecem as EDP Lineares Homogéneas e não

Homogéneas. No que tange as EDP de 2ª ordem eis a classificação: Hiperbólico,

Elíptico e Parabólico.

No entanto a nossa abordagem cingir-se-á, nas Equações Diferenciais Parciais de

tipo Hiperbólico, abarcando assim a demonstração e resolução da mesma, a

equação de oscilação de uma corda, condições com valores de contorno do

problema e solução da equação da corda pelos métodos de Fourier.

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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO

Dada uma EDP na forma, A ∂2U

∂ x2 +B ∂2U∂ x∂ y

+C ∂2U∂ y2 +D ∂U

∂ x+E ∂U

∂ y+FU=G

onde

todos os coeficientes A, B, C, D, E e F são funções que dependem das variáveis

x e y em que pelo menos um dos coeficientes A, B, C é não nulo; é do Tipo

Hiperbólico se, ∆=B2−4 AC>0.

EXEMPLOS.

1. Diga se as seguintes equações diferenciais são do tipo Hiperbólico

a) ∂2U∂ x2 =∂2 U

∂ y2

b) ∂2U∂ x2 + ∂2U

∂ y2 =0

Solução:

a) ∂2U∂ x2 =∂2 U

∂ y2 =¿ ∂2U∂ x2 −∂2 U

∂ y2 =0=¿ A=1 , B=0˄C=−1

B2−4 AC=02−4∗1∗(−1 )=4>0 ,é uma equação diferencial hiperbólica.

b) ∂2U∂ x2 + ∂2U

∂ y2 =0=¿ A=1 ,B=0˄C=1

B2−4 AC=02−4∗1∗1=−4<0 ,não é uma equação diferencial hiperbólica.

EXERCÍCIOS.

1-Diga se as seguintes equações diferenciais são do tipo Hiperbólico

a¿3 ∂2U∂ x2 =∂ U

∂ y

b)∂U∂ x

=∂U∂ y

c) x2 ∂2 U∂ x2 + ∂2 U

∂ y2 =0

1.1 MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DAS EDP

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Há vários métodos que podem aplicar-se para encontrar as soluções particulares de

uma equação diferencial.

1.1.1 MÉTODO DA INTEGRAÇÃO BÁSICA DIRECTANo método de integração básica directa procede-se como nas EDO´s (Equações

Diferencias Ordinárias) exactas, quando integramos em ordem a uma das variáveis,

consideramos as outras como constantes, ou seja, considerando uma função

arbitrária nas outras variáveis como uma constante.

EXEMPLOS.

1. Sabendo que U é uma função de x e de y, determinar as soluções gerais das

equações diferenciais parciais seguintes:

a) U (x , y)x=0b) U (x , y)xy=0

Solução:

a) U (x , y)x=0

∂U∂ x

=0, Integrando ambos os membros em ordem a x, como U é uma função de x e

y, então considera-se como constante uma função em ordem a y.

Logo vem:

U (x , y)=f ( y), que é neste caso a solução geral.

b) U (x , y)xy=0

Integrando primeiro em ordem a x vem U (x , y)=f ( y ) e integrando agora em ordem a

y temos como solução geral

U ( x , y )=∫ f ( y ) dy+h(x).

EXERCÍCIOS

Obter as soluções gerais das equações diferenciais parciais Seguintes:

a. U (x , y)xx=3b. U (x , y)x=cosyc. U ( x , y ) xy=8 x y3

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1.1.2 MÉTODO DE MUDANÇA DE VARIÁVEIS

EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA

Para a EDP A ( x , y ) U xx+B ( x , y ) U xy+C ( x , y ) U yy=0Definimos a equação diferencial

característica associada como:

A ( x , y )(dx)2+B ( x , y ) (dx ) (dy )+C ( x , y ) (dy )2=0 As curvas características associadas são

as soluções da equação diferencial (ordinária) característica.

Exemplo de equações características de uma EDP A equação U xx−U yy=0 definida

emℜ2,tem a equação característica (dx )2−(dy )2=0

A solução desta EDO característica, fornece duas curvas características:

x+ y=c1

x− y=c2

É muito útil realizar mudanças de variáveis para simplificar uma EDP com o objectivo

de obter formas mais simples para resolver esta equação parcial e o mecanismo que

oferece mudança de variáveis para simplificar uma EDP é a equação característica

associada.

Dada uma EDP de segunda ordem (ou equação de Euler)α Zxx+β Z xy+γ Z yy=0

Onde ∝ , β e γ são números reais. Usando as mudanças de variáveis:

u=ax+by ev=cx+dy e aplicando a regra da cadeia poderemos escrever :

∂Z∂ x

=∂Z∂u

∂u∂x

+ ∂ Z∂v

∂v∂x e ∂Z

∂ y=∂Z

∂u∂u∂ y

+ ∂Z∂v

∂v∂ y

E assim temos:∂Z∂ x

=a ∂ Z∂u

+c ∂Z∂v

e ∂Z∂ y

=b ∂Z∂u

+d ∂Z∂v

Neste caso a solução geral é dada porZ(u , v)=f (u)+g(v )De forma análoga temos:

∂2 Z∂ x2 = ∂

∂x(a ∂Z

∂u+c ∂Z

∂v)

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∂2 Z∂ x2 = ∂

∂u (a ∂Z∂u

+c ∂ Z∂ v ) ∂u

∂ x+ ∂

∂v(a ∂Z

∂u+c ∂Z

∂v) ∂v∂ x

Assim: ∂2 Z

∂x2 =a(a ∂2 Z∂u2 +c ∂2 Z

∂u∂v )+c (a ∂2 Z∂u∂ v

+c ∂2 Z∂ v2 )

Ou seja:∂2 Z∂ x2 =a2 ∂2 Z

∂u2 +2ac ∂2 Z∂u∂ v

+c2 ∂2 Z∂ v2

Ou em uma notação mais simples:Zxx=a2 Zuu+2 ac Zuv+c2 Z vv(1)

Analogamente:∂2 Z

∂x ∂ y= ∂

∂x ( ∂Z∂ y )= ∂

∂ x(b ∂ Z

∂u+d ∂ Z

∂ v)

∂2 Z∂x ∂ y

= ∂∂u (b ∂ Z

∂u+d ∂ Z

∂ v ) ∂u∂ x

+ ∂∂v

(b ∂Z∂u

+d ∂Z∂ v

) ∂v∂x

∂2 Z∂x ∂ y

=ab ∂2 Z∂u2 +ad ∂2 Z

∂u∂v+bc ∂2 Z

∂u∂ v+cd ∂2 Z

∂v2 ¿

∂2 Z∂x ∂ y

=ab ∂2 Z∂u2 +(ad+bc ) ∂2 Z

∂u∂ v+cd ∂2 Z

∂v2 ¿

Ou mais simplesmente:

Z xy=abZuu+(ad+bc)Zuv+cd Zvv (2¿

Do mesmo modo:

∂2 Z∂ y2 =

∂∂ y ( ∂Z

∂ y )= ∂∂ y

(b ∂Z∂u

+d ∂Z∂v

)

∂2 Z∂ y2 =

∂∂u (b ∂Z

∂u+d ∂ Z

∂ v ) ∂u∂ y

+ ∂∂v

(b ∂Z∂u

+d ∂Z∂v

) ∂v∂ y

∂2 Z∂ y2 =b(b ∂2

∂u2 +d ∂2 Z∂u∂v )+d(b ∂2 Z

∂u∂v+d ∂2 Z

∂ v2 )

∂2 Z∂ y2 =b2 ∂2 Z

∂u2 +bd ∂2 Z∂u∂v

+bd ∂2 Z∂u∂v

+d2 ∂2 Z∂v2

Ou seja:∂2 Z∂ y2 =b2 ∂2 Z

∂u2 +2bd ∂2 Z∂u∂v

+d2 ∂2 Z∂ v2

Ou ainda vem:Z yy=b2 Zuu+2bd Zuv+d2 Z vv(3)

EXEMPLO.

Determinar a solução geral para a equação: Zxx−Z yy=0

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Solução:

Zxx−Z yy=0

Determinando primeiro a equação característica ordinária vem:(dx )2−( dy )2=0⇒¿)(dx+dy )=0dx−dy=0⋁ dx+dy=0

Integrando cada uma das equações temosx− y=c1e x+ y=c2, fazendo u=x− y ev=x+ y∂u∂x

=1 , ∂u∂ y

=−1

∂v∂x

=1 , ∂ v∂ y

=1

Fazendo também Z=uv.Então:∂Z∂ x

=∂Z∂u

∂u∂x

+ ∂ Z∂v

∂v∂x =∂Z

∂ u+ ∂ Z

∂ v∂2 Z∂ x2 = ∂

∂x ( ∂Z∂ x )= ∂

∂ x( ∂Z

∂u+ ∂ Z

∂v)

∂2 Z∂x2 =

∂∂u ( ∂Z

∂u+ ∂Z

∂v ) ∂u∂ x

+ ∂∂v

( ∂Z∂u

+ ∂ Z∂v

) ∂v∂ x

∂2 Z∂ x2 =∂2 Z

∂u2 + ∂2 Z∂u∂v

+ ∂2 Z∂u∂v

+ ∂2 Z∂ v2

∂2 Z∂x2 =∂2 Z

∂u2 +2 ∂2 Z∂u∂v

+ ∂2 Z∂v2

Ou simplesmente:Zxx=Zuu+2 Zuv+Zvv

Analogamente:∂Z∂ y

=∂Z∂u

∂Z∂ y

+ ∂ Z∂ v

∂ Z∂ y

=−∂ Z∂u

+ ∂Z∂v

∂2 Z∂ y2 =

∂∂ y ( ∂Z

∂ y )= ∂∂ y (−∂Z

∂u+ ∂ Z

∂ v )∂2 Z∂ y2 =

∂∂u (−∂Z

∂u+ ∂Z

∂v ) ∂u∂ y

+ ∂∂v (−∂ Z

∂ u+ ∂Z

∂v ) ∂ v∂ y

∂2 Z∂ y2 =

∂2 Z∂u2 −

∂2 Z∂u∂v

− ∂2Z∂u∂v

+d2 ∂2 Z∂v2

∂2 Z∂ y2 =

∂2 Z∂u2 −2 ∂2 Z

∂u∂v+ ∂2 Z

∂v2

Ou apenas:Z yy=Zuu−2Zuv+Zvv

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Substituindo as derivadas de segunda ordem na equação dada temos:Zxx−Z yy=0Zuu+2Zuv+Zvv−(Zuu−2Zuv+Zvv)=0Zuu+2Zuv+Zvv−Zuu+2Zuv−Z vv=0⇒ 4Zuv=0

Zuv=0, Aplicando o método da integração básica directa temos que:Z(u , v)=f (u)+g(v )que é solução da equação Zuv=0

Com as variáveis originais obtemos a solução:Z ( x , y )=f ( x− y )+g ( x+ y )que é a solução geral.

EXERCÍCIOS.

Usando as transformações indicadas, resolver a seguinte equação:

a) 6 Zxx−5 Zxy−4 Zalignl¿ yy ¿¿=0¿Pelas condições:u=4 x+3 y ;v=x−2 y

1.1.3 SEPARAÇÃO DE VARIÁVEISQuando se busca uma solução particular em forma de um produto de uma função de

x por uma função de y, como:

u(x , y)=X (x )Y ( y )

As vezes é possível converter uma equação em derivadas parciais, linear com duas

variáveis em uma equação ordinária. Para fazê-lo notemos que:

∂u∂x

=X´ y, ∂u∂ y

=Y ´ x

E que ∂2 u

∂x2 =X ´ ´ y, ∂2u∂ y2=Y ´ ´ x

EXEMPLOS.

Determine:

a) ∂2 u∂x2 =4 ∂u

∂ yb) U x−U y=0

Solução:

a) ∂2 u∂x2 =4 ∂u

∂ y X ´ ´ y=4Y ´ x X ´´4 x

=Y ´y

Visto que o membro esquerdo é independente de y e o membro direito também é

independente de x, chegamos a conclusão que ambos os membros são

independentes de x como de y. Por outras palavras cada lado da equação deve ser

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uma constante. Na prática se costuma escrever esta constante de separação como

λ ou−λ

Desta forma distinguimos os três casos seguintes:

CASO I

Seλ ¿0as duas igualdades X ´ ´4 x

=Y ´y

=¿, então temos:

X ´ ´=4 x λ❑˄Y ´= y λ❑⇒ X ´ ´−4 x λ❑=0˄Y ´− y λ❑=0, assim temos as Respectivas equações auxiliares seguintes:

r2−4 λ❑=0˄r−λ❑=0, onde parar=2 e para r= y

Dessa forma temos as soluções seguintes:X=c1cosh 2+c2sinh 2˄Y =c3 ey, assim uma solução particular da EDP dada é:U =XYU=(c1cosh 2+c2sinh 2 ) c3 e yU=A1 e y cosh 2+B1 e y sinh 2 ,onde A1=c1c3˄B1=c2 c3

CASO IISe −¿0 ,as igualdadesX ´ ´4 x

=Y ´y

=−λ❑⇒X ´ ´+4 x λ❑=0˄Y ´+ y λ❑=0 onde para r=±2 i e para y temos que

r= y, assim as soluções respectivas são:X=c4 cosh 2i+c5 senh2 i˄Y =c6 e− y, a solução particular correspondente é:

U=(c4 cosh 2i+c5 sinh2 i ) c6 e− y ,

U=A2 e− y cosh 2i+B2 e− y sinh 2 i ,ondeA2=c4 c6˄B2=c5 c6 ei representa a unidade imaginária.

CASO III

Seλ ¿0, as igualdadesX ´ ´=0˄Y ´=0 X=c7 x+c8˄ y=c9 u=A3 x+B3

ondeA3=c7 c9 ˄B3=c8c9

PRINCÍPIO DE SUPERPOSIÇÃO

Se u1 ,u2, u3 ,…,uk, são soluções particulares de uma equação diferencial em

derivadas parciais linear e homogénea, então a combinação linear

U=c1u1+c2 u2+c3u3+…+ck uk também é uma solução, em que ck são constantes e

k∈ℵ0

Assim é também solução da equação anterior a expressão: U=A1 ey cosh2+B1 e y sinh 2+ A2 e− y cosh2 i+B2 e− y sinh 2i+ A3 x+B3

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b¿ux−uy=0⇒ ∂u∂x

− ∂u∂ y

=0⇒ X ´ y−Y ´ x=0⇒X ´ y=Y ´ x

⇒ X ´x

=Y ´y

X ´x

=Y ´y

=± λ2 ,então

X ´=± xλ2˄ Y ´=± xλ2

X ´=± λ2=0˄Y ´=± λ2=0pelas equações auxiliares r ± λ2=0 temos quer=± λ2, então vem:

X=c1 e± λ 2 xe Y=c2 e± λ 2 y, assim a solução produtou ( x , y )=XYu(x , y)=c1e

± λ2 x ∙ c2e± λ2 y

u ( x , y )=A e± λ 2 (x + y )=A ek ( x+ y ) , k=± λ2

2 SÉRIE DE FOURIERA série de Fourier de uma função f definida em um intervalo(−p , p ) é

f ( x )=a0

2+∑

n=1

(ancos nπxp

+bn sen nπxp ) ,onde: a0=

1p ∫

−p

p

f (x)dx ,

an=1p ∫

−p

p

f (x)cos nπxp

dx ,bn=1p∫−p

p

f ( x ) sen nπxp

dx; onden=0,1,2,3 …

EXEMPLOS.

Determine as séries de Fourier das seguintes funções no intervalo dado:

a¿ f (x )={0 ,−π<x<01 ,0≤ x<π

; b¿ f ( x )={−1 ,−1<x<0x ,0≤ x<1

; c ¿ f ( x )={−x ,−2≤ x<01 ,0≤ x<2

Solução:

a¿ f (x )={0 ,−π<x<01 ,0≤ x<π

A série de Fourier de função f (x) é dada por:

f ( x )=a0

2+∑

n=1

(ancos nπxp

+bn sen nπxp ),

Determinando os coeficientes temos:

a0=1p∫– p

p

f ( x ) dx , Neste caso p=π a0=1π ∫

– π

π

f ( x )dx=1π∫0

π

dx=¿1¿

an=1p∫– p

p

f ( x ) cos nπxp

dx=1π ∫

– π

π

f ( x )cos nπxπ

dx

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

an=1π∫0

π

cos nπxπ

dx= 1π∫0

π

cosnx dx= 1π∫0

π

cosnx dx=0

bn=1p∫– p

p

f ( x ) sen nπxp

dx= 1π ∫

– π

π

f ( x ) sin nπxπ

dx

bn=1π∫0

π

sen (nx ) dx=−1nπ

[ cosnx ] π0

bn=1nπ

(1−cosnπ )= 1nπ [1−(−1 )n ] Então a série de Fourier para a função dada é:

f ( x )=12+ 1

π ∑n=1

∞ [1− (−1 )n ]n

sen nx

b¿ f ( x )={−1 ,−1<x<0x ,0≤ x<1

a0=1p∫– p

p

f ( x ) dx=∫– 1

1

f ( x ) dx=−∫– 1

0

dx+∫0

1

xdx=−[ x ] 0−1

+ 12

[ x2 ]10

a0=1+ 12=3

2

an=1p∫– p

p

f ( x ) cos nπxp

dx=∫– 1

1

f ( x )cos nπxdx=−∫– 1

0

cosnπxdx+∫0

1

xcosnπxdx , Integrando por

partes a segunda parcela temos:

an=1nπ [ sen (nπx ) ] 0

−1+[ xsennπxnπ +

cosnπx(nπ )2 ]10=

1n2 π2 [ (−1 )n−1 ]

bn=∫−1

1

f (x ) sennπxdx=−∫−1

0

sennπxdx+¿∫1

−1

xsennπxdx ¿

bn=1nπ

[ c osnπx ] 0−1+[ sennπx

(nπ )2−

xcosnπxnπ ]10

bn=−1nπ

, logo a série correspondente é:

f ( x )=34+∑

n=1

∞ 1n2 π2 [ (−1 )n−1 ] cosnπx− 1

nπsennπx

EXERCÍCIOS.

1- Determine a série de Fourier de cada função no intervalo dado:

a¿ f (x )={−1 ,−π<x<01,0≤ x<π

b¿ f ( x )={0 ,−3<x←11 ,−1< x<10 ,1<x<3

2.1 FUNÇÕES PARES E ÍMPARESA função seno e co-seno são funções impar e par respectivamente, ou seja, uma

função é par se f (−x )=f (x ) e é ímpar se − f ( x )=f (−x ).

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Vemos quecos (−x )=cosx e−senx=sen (−x )

2.1.1 PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES PARES E ÍMPARES

a) O produto de duas funções pares é par

b) O produto de duas funções ímpares é par

c) O produto de uma função impar por uma função par é uma função

ímpar

d) A soma ou diferença de duas funções pares é par

e) A soma ou diferença de duas funções ímpares é ímpar

f) Se f é par, ∫−a

a

f (x ) dx=2∫0

a

f ( x ) dx

g) Se é ímpar, ∫−a

a

f (x ) dx=0

2.2 SÉRIE DE FOURIER DE COSSENOS E DE SENOS

I) A série de Fourier de uma função par num intervalo (-p, p) é a série de

Co-senos f ( x )=a0

2+∑

n=1

an cos nπxp

Em que a0=2p∫0

p

f ( x ) dx e an=2p∫0

p

f ( x ) cos nπxp

dx

II) A série de Fourier de uma função ímpar num intervalo (-p, p) é a série de senos:

f (x)=∑n=1

bn sen nπxp

, ondebn=2p∫0

p

f ( x ) sen nπxp

dx

EXEMPLOS.

1. Desenvolver em série de Fourier as seguintes funções:a) f ( x )=x ,−2<x<2b) f ( x )=x2 ,−1<x<1

Solução:a) f ( x )=x ,−2<x<2

Verificando primeiro se a função é par ou ímpar vem:

f (−x)≠ f (x ), mas f (−x )=−f ( x) , logo a função é ímpar, assim podemos desenvolver em série de Fourier de senos.

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

f ( x )=∑n=1

bn sen nπxP

,

bn=2P∫

0

p

f ( x ) sen nπxP

dx

bn=22∫0

2

x sen nπxP

dx

bn=22∫0

2

x sen nπxP

dx=[ 4n2 π2 sen nπx

2− 2

nπx] ❑0

2

bn=4nπ

cosnπ , a série correspondente para este caso é: f ( x )= 4π ∑

n=1

an1n(cosnπ ) sen nπx

2,

b) f ( x )=x2 ,−1<x<1

f (−x )=f ( x )=x2, Conclui-se que a função é par.

Por ser par, o desenvolvimento desta função será mediante a série de Fourier de co-seno.

f ( x )=an

2+∑

n=1

an cos nπxP

a0=2P∫

0

p

f ( x ) dx

a0=2∫0

p

x2 dx=23 [ x3 ]0

2=163

an=2P∫

0

p

f ( x ) cos nπxP

dx

an=2∫0

p

x2 cosnπxdx=[ 2n2 π2 cosnπx+( x2

nπ− 2

n3 π3 )sennπx ]❑01

an=4

n2 π2 cos nπ

f ( x )=83+ 4

π 2∑n=1

∞ 1π2 cos nπ cosnπ

EXERCÍCIOS.

Desenvolver em série de Fourier as seguintes funções:a) f ( x )=x ,−3<x<3b) f ( x )=x+1 ,−1<x<1

c) f ( x )=cos x ,−π2

<x< π2

d) f ( x )=senx ,−π<x<π

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2.3 EQUAÇÃO DE UMA OSCILAÇÃO DE UMA CORDA

2.3.1 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DA ONDA PELO MÉTODO DE FOURIER

A equação ∂2u

∂ t2 =a2 ∂2u∂ x2 ouutt=a2 uxx se chama de oscilação de uma corda (equação

de corda vibrante ), onde a2 é considerado como uma constante positiva, a menos

que se especifique o contrário.

CONDIÇÕES COM VALORES DE CONTORNO DO PROBLEMA

O problema da corda vibrante com extremidades fixas, consiste em determinar uma

função u(x ; t), para 0≤ x≤ L e t ≥ 0, que satisfaça a equação das ondas, as condições

de fronteira e as condições iniciais. Um problema desse tipo é conhecido como um

problema de valores inicial e de fronteira, ou abreviadamente, um PVIF.

Suponhamos que a corda tenha um comprimento L, e que, quando em sua posição

de repouso, ela ocupe a porção do eixo dos x (no plano x ,u) entre 0 e L. Assim, a

hipótese de extremidades fixas implica que u (0 ; t )=u ( L;t )=0,Para t ≥ 0. Que são

chamadas condições de fronteiras. Sob o ponto de vista matemático não interessa a

natureza do processo que provoca o início das vibrações. O que importa, é o

deslocamento inicial da corda, representado por u (x,0) e o modo como a corda é

abandonada nesta posição, o que é traduzido pela velocidade inicial ut ( x ;0 ). Assim

devem ser dados

u ( x ; t )=f ( x ) , para 0≤ x≤ L

ut ( x ;0 )=g ( x ) , para0≤ x≤ L; que são chamadas de condições iniciais.

EXEMPLOS

1. Resolva a equação da onda sujeita as condições citadas acima:u (0 ; t )=u ( L;t )=0, Para t>0

a¿u ( x ;0 )= f ( x ) , ∂ u∂t | ¿

¿ t=0=g ( x ) ,0< x<L

u (0 ; t )=0 , u ( L;t )=0 , t>0

b¿u ( x ;0 )=14

x (L−x) , ∂u∂ t | ¿

¿ t=0=0

Solução

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

u (0 ; t )=0 , u ( L;t )=0

a¿u ( x ;0 )=f ( x ) , ∂u∂t | ¿

¿ t=0=g ( x ) ,0< x<L

equação daonda é ∂2u∂ t2 =a2 ∂2 u

∂ x2

Separando as variáveis tem-se:∂2u∂ t2 =T ´ ´ x⋀ ∂2u

∂ x2=X ´ ´ t

T ´ ´ x=a2 X ´ ´ t⇒ T ´ ´a2t

= X ´ ´x

=−λ2

T ´ ´=−λ a2t ⋀ X ´ ´=−λ2

T ´ ´+ λ2 a2 t=0⋀ X ´ ´+λ2 x=0Onde as suas equações auxiliares são: r2+λ2a2=0∧r2+λ2=0Resolvendo estas equações auxiliares, tem-se: r=± λai❑r=± λi, T=C1cosλat+C2 senλat e X=C3 cosλx+C4 senλxAtendendo as condições de fronteira, temos X (0 )=0∧X ( L )=0assim vemos queC3=0∧C4 senλ L=¿0

Esta última equação define os valores próprios λ=nπL

,onde n=1 ,2,3 ,…

As funções próprias respectivas são X=C4 sen nλxL , n=1 ,2 ,3 ,…

As soluções da equação da onda que satisfazem as condições na fronteira são un=¿

u ( x , t )=∑n=1

¿¿

Como t=0 na última expressão, obtemos então

u ( x ,0 )=∑n=1

An sen nπL

xque é odesenvolvimento de f ( x ) em forma

da sériede senosde ℱ .

Sendo que An=¿ Bn¿e que An=2L∫0

L

f (x )sen nπL

xdx

E para determinar Bn, apenas derivamos u ( x , t ) em ordem a t e fazemos t=0:∂u∂ t

=∑n=1

(AnnπaL

sen nπL

+BnnπaL

cos nπaL ) sen nπ

Lx

∂u∂ t

¿

Para que a última série seja desenvolvida de g em senos da metade do

intervalo no intervalo, o coeficiente total (BnnπaL )deve estar na forma

BnnπaL

= 2L∫0

L

g(x )sen nπL

xdx

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

Bn=2

nπa∫0L

g (x)sen nπL

xdx

A solução do problema está formada por série, com An e Bn definidos respectivamente.

E é importante notar que quando a corda se solta partindo de repouso, g ( x )=0, para todo x em 0≤ x≤ L, em consequência, Bn=0.

u (0 ; t )=0 , u ( L;t )=0 , t>0

b¿u ( x ;0 )=14

x (L−x) , ∂u∂ t | ¿

¿ t=0=0

Vimos no exemplo anterior que resolvendo a equação da onda pelo método de separação de variáveis obtém-se:

X=C1 cosλx+C2 senλxeT=C3cosλat+C4 senλat , então atendendo as condições de fronteira e iniciais vem: X (0 )=C1=0 Λ X (L )=C2 senλL=0

Emque as funções próprias correspondentes são :

X=C2 sen nπL

xeT=C3 cos nπL

t +C4 sen nπL

t paran=1 ,2 , 3 ,…

Então, u=∑n=1

(Ancos nπaL

t+Bn sen nπaL

t)sen nπL

x

Impondo u ( x;0 )=14

x ( L−x )=∑n=1

An sen nπL

x

∂u∂ t

=∑n=1

(−AnnπaL

sen nπL

+BnnπaL

cos nπaL )sen nπ

Lx

ut (x ,0)=0=∑n=1

BnnπaL

sen nπaL

⇒Bn=0

u ( x ; t )=∑n=1

(An cos nπaL

t )sen nπL

xn=1,2 ,3 ,…

EXERCÍCIOS PROPOSTOS.

Resolver a equação da onda pelo método de Fourier de modo que satisfaça as

condições citadas:

a) u (0 , t )=u ( L, t )=ut ( x ,0 )=0, u ( x ,0 )=sen πxL

b) u (0 , t )=u (π , t )=ut ( x , 0 )=0, u ( x ,0 )=sen5 x

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

CONCLUSÃOPortanto, é de salientar que uma EDP na forma,

A U xx+B U xy+C U yy+D U x+E U y+FU +G=0 Onde todos os coeficientes A, B, C, D, E e

F são funções que dependem das variáveis x e y em que pelo menos um dos

coeficientes A, B, C é não nulo; é do Tipo Hiperbólico se, ∆=B2−4 AC>0. E para

resolver as EDP do tipo hiperbólico, aplicam-se alguns métodos tais como: método

da integração básica directa, método de mudança de variáveis, separação de

variáveis e o princípio de superposição.

Ainda nesta abordagem, aparece as séries Fourier, a equação de oscilação de uma

corda pelos métodos de Fourier.

Assim incide a imensa preponderância das equações diferenciais do tipo hiperbólico

nos diversos problemas físicos.

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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and Boundary Value Problems, John Wiley and sons ,Inc., (2001), 7th ed,

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BRONSON, Richard, COSTA, Gabriel, Equações Diferenciais,

ColeçãoSchaum, McGraw- Hill do Brasil, (2006), 3ªed, São Paulo.

FARLOW, Stanley J. , Partial Differential Equations for Scientists and

Engineers, Dover Publications Inc., (1993), New York, USA.

FIGUEIREDO, Djairo Guedes, Análise de Fourier e Equações Diferenciais

Parciais, coleção Euclides, IMPA/CNPq, (1986), Rio de Janeiro , Brasil.

Hispanoamericana, S. A, (1983), México.

KAPLAN, wilfred, Cálculo Avançado ,vol 1 e 2, EdgardBlucher Editora e

EDUSP, (1972), São Paulo , Brasil.

KREYSZIG, Erwin., Matemáticas Avanzadas Para Ingenieríavol 2,

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PISKOUNOV, N. Cálculo Diferencial e Integral, Vol I

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SOLDRÉ ,Ulysses, Equações Diferenciais Parciais, 2003.

SPIEGEL, MurrayR. , Equaciones Diferenciales Aplicadas, Prentice-Hall

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EQUAÇÕES DIFERÊNCIAIS PARCIAIS DO TIPO HIPERBÓLICO 2016

INTEGRANTES DO GRUPO Emília Muteca

Evaristo Hakombo Oliveira

Mateus das Neves Bango

Paulo dos Santos Cambinda

Francisco Javela Pereira

Samuel José Domingos Maquengo