Trabalho de Fisica e Sociedade - Paloma

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Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Exatas Departamento de Física Aluna: Paloma Magre Pereira Montenegro - 20901250 Física e Sociedade

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Amazônia, Física, Ensino e religião

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Universidade Federal do Amazonas

Instituto de Ciências Exatas

Departamento de Física

Aluna: Paloma Magre Pereira Montenegro - 20901250

Física e Sociedade

Manaus, Am

2015

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I Unidade- I exercício

1) Quais são as importâncias da astronomia e dos pensamentos Platônico e Aristotélico para a construção das ciências no mundo ocidental?

A construção lógica de hipóteses, noções, conceitos, estruturas, teorias e de sistemas de pensamento, assentada na independência entre sujeito e a realidade, e entre a realidade e o espírito (principio materialista) ou em menor vigor intelectual, em outras abordagens filosóficas desvendadoras dos processos primordiais da existência humana, corrobora para a cristalização de uma concepção ocidental da natureza, e a dinâmica da relação do capital com o trabalho.Para Platão, a filosofia era uma forma de concepção racionalista, utilizando a ideia como principio e o agente motor de todo o conhecimento e de toda verdade. Platão construiu uma obra que destaca a importância da justiça e do Estado na vida do cidadão, e também inventou os pressupostos de uma concepção idealista, na qual a dinâmica do universo pode ser explicada em termos de formas e simetrias geométricas.O modo com que o mundo se organizava, e o modo pelo qual era possível ao homem entender esta organização. Aí estão a ontologia e a epistemologia. Nesse mundo grego o pensamento do homem e o pensamento do próprio mundo se confundiam. Isto porque o sentido que o mundo apresentava e o pensamento humano que procurava apreendê-lo eram filhos da mesma mãe, a Ideia. A Ideia que estava no homem era a mesma que estava no cosmo. E assim o único modo de se entender a Ideia que rege o mundo é pensando. Pensando inteiramente e escavando na memória transcendental (e coletiva), à procura da ideia essencial como dizia Platão, ou pensando um modo de entender a ideia que está contida e dirige as coisas, como dizia Aristóteles. Tanto em um ou em outro caso a ideia não se separa das coisas. Ideias e coisas formam o mundo e o homem, e assim, o pensamento grego clássico consistia em encontrar um método capaz de entender a relação entre esses dois construtores.

É essa a cosmologia que orientou grande parte dos pensadores da antiguidade e também de toda a Idade Média. E neste mundo de ideias e coisas misturadas, o entendimento se fazia através da compreensão da ideia que dá sentido ou dirige as coisas. Daí os métodos da antiguidade e da Idade Média serem praticamente todos voltados à elaboração das ideias para a compreensão das coisas, ou seja, os métodos da argumentação.Sócrates mostrara no conceito o verdadeiro objetivo da ciência, Platão aprofunda-lhe a teoria e procura determinar a relação entre conceito e a realidade fazendo deste problema o ponto de partida da sua filosofia. A ciência é objetiva: ao conhecimento certo deve corresponder a realidade. Ora, de um lado, os nossos conceitos são universais, necessários, imutáveis e eternos (Sócrates), do outro, tudo no mundo é individual, contingente e transitório. Deve, logo existir, além do fenomenal, um outro mundo de realidades.

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Para Aristóteles, deve-se decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espirito é o assombro do mistério. O seu problema fundamental é o problema do ser, não o problema da vida. O objetivo ´da solução do problema, são as essências imutáveis e a razão última das coisas, isto é, o universo e o necessário, as formas e suas relações. Entretanto, as formas são imanentes na experiencia, nos indivíduos, de que constituem a essência. Na concepção Aristotélica, a cultura da natureza pode ser compreendida no contexto da formação, educação, produção e de praxis. A ciência Platónica e Aristotélica são, portanto, ambas objetivas, realistas: Tudo que se pode aprender precede a sensação e é independente dela.

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II Unidade – II Exercício

4) Qual a importância da física para a política de ciências e tecnologia para o desenvolvimento sustentável da amazônia e do Brasil?

“Os grandes projetos científicos em curso na Amazônia confirmam a sua importância na estabilidade ecológica do Planeta. Sua condição de maior biblioteca viva do planeta e suas estabilidades termodinâmicas, químicas e física dos processos atmosféricos do planeta, com impacto direto nas mudanças climáticas mundiais, reafirmam sua importância para o ciclo da vida no planeta”.

A física se torna importante pois, a região é rica em conteúdo de análise física e climática. Para o Brasil e a Amazônia a ciência constam com a importante prioridade de avaliações políticas de CTI da Amazônia como:

Promoção da inovação tecnológica nas empresas e cadeias produtivas; Pesquisa, inovação e desenvolvimento em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável; Interiorização das estruturas de CTI, integrada aos modelos regionais de desenvolvimento, e; Expansão, consolidação e novas formas de financiamento dos sistemas estaduais de CTI.

Ciência e tecnologia são mais importantes do que nunca, se o Brasil pretende elevar o padrão de vida da população, consolidar uma economia moderna e participar com plenitude em um mundo cada vez mais globalizado. A economia precisa se modernizar e se ajustar a um ambiente internacionalmente competitivo. A educação precisa ser ampliada e aprimorada em todos os níveis. À medida que a economia crescer e novas tecnologias forem introduzidas, novos desafios irão emergir na produção e no uso de energia, no controle do meio ambiente, na saúde pública e na administração de grandes conglomerados urbanos. Mudanças também vão ocorrer na composição da força de trabalho. Uma forte capacitação nacional será necessária para que o país possa participar, em condições de igualdade, das negociações internacionais que podem ter consequências econômicas e sociais importantes para o Brasil.

A globalização requer um profundo reexame do antigo dilema que opunha a autossuficiência científica e tecnológica à internacionalização. Estes dois aspectos não podem ser vistos como contraditórios, mas complementares. O Brasil tem muito a ganhar com o aumento de sua capacidade de participar plenamente, como um parceiro respeitado e competente, da comunidade científica e tecnológica internacional. Para alcançar tais objetivos, as seguintes políticas devem ser implementadas: a. O sistema de concessão de bolsas no exterior da CAPES e CNPq precisa ser revisto. Bolsas devem ser concedidas apenas para estudantes que apresentem alto desempenho acadêmico, que estejam indo para instituições de primeira-linha e que ofereçam a clara perspectiva de retorno para trabalho produtivo no Brasil. As bolsas de doutorado devem ser complementadas por bolsas "sandwich", para que os estudantes façam estágios de pesquisa no exterior, e por outras modalidades de apoio de curto prazo para períodos de

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treinamento em laboratórios e empresas. A existência no país de programas de doutorado de bom nível em uma dada área do conhecimento não elimina a necessidade de se manter um fluxo permanente de estudantes nas melhores universidades estrangeiras.

A maior parte da pesquisa no Brasil se dá nas universidades. Existem cerca de 1,5 milhões de estudantes matriculados em cursos de graduação, 30 mil em programas de mestrado e 10 mil de doutorado. Cerca de um terço dos cursos de graduação e a maioria dos de pós-graduação são oferecidos por universidades públicas e gratuitas. O restante - cerca de um milhão de estudantes - frequentam instituições privadas que, salvo algumas exceções, não oferecem pós-graduação, nem desenvolvem pesquisa.

A maior parte da pesquisa no Brasil se dá nas universidades. Existem cerca de 1,5 milhões de estudantes matriculados em cursos de graduação, 30 mil em programas de mestrado e 10 mil de doutorado. Cerca de um terço dos cursos de graduação e a maioria dos de pós-graduação são oferecidos por universidades públicas e gratuitas. O restante - cerca de um milhão de estudantes - frequentam instituições privadas que, salvo algumas exceções, não oferecem pós-graduação, nem desenvolvem pesquisa.

Ressalta-se que no texto que é importante criar estruturas científicas e tecnológicas dirigidas ao fortalecimento das políticas publicas e do desenvolvimento económico dos municípios da amazônia. Esta ação pode-se concretizar por meio de centros universitários estaduais em polos de desenvolvimento, e/ou, de centros de vocação tecnológica, de uso coletivo, acessíveis as comunidades, no limite 01 por município, contendo espaços para biblioteca, filmotecas, laboratórios de ciências para experimento didáticos, oficinas vocacionadas, exposições científicas e artísticas, núcleos de inovação tecnológica e espaços para incubadores em de pequenas e médias empresas, atividades culturais e ações de inovação e empreendedorismo, articuladas com os setores e arranjos produtivos municipais e regionais. Estes centros funcionarão em redes, integrando e incorporação CTI às políticas públicas municipais. Prioriza as regiões em fronteiras e crias fundos estaduais e federais com este objeto. A Amazônia põe várias questões ao mundo, ênfase para a construção de uma nova concepção estética de mundo; seu desenvolvimento sustentável em condição de maior biblioteca-viva do planeta:

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5) Qual a importância da educação, e das ciências e tecnologias para o desenvolvimento económico e humano da Amazônia?

No século XXI, o Brasil tornou-se uma potência emergente situando-se entre as sete maiores economias do planeta. Fato extraordinário, revelando que o país vem tendo destaque em segmentos importantes da economia, estimulado por políticas públicas fomentadoras de desenvolvimento em todo território nacional, no esforço de corrigir distorções regionais, o que vem acarretando mudanças em diferentes setores da sociedade, com reflexos na geopolítica mundial. Este importante passo econômico amplia a responsabilidade do país, quanto às políticas de produção do conhecimento e da inovação que contribuam para o fortalecimento da base social, de forma que processos produtivos sejam estabelecidos com responsabilidade socio ambiental necessária ao desenvolvimento sustentável e a ciência e tecnologia cada vez mais se entrelaçam, pois os avanços e os conhecimentos tecnológicos contemporâneos, como a alta tecnologia e a biotecnologia moderna baseiam-se nesses conhecimentos oriundos das teorias científicas, as quais também passam a ser o foco, com vistas a aprimorar a tecnologia em curso e permitir seu uso em larga escala e de maneira mais eficiente. Além destes pontos, cabe mencionar que a tecnologia não só tem como base o conhecimento científico e o trabalho tecnológico, mas também avança a partir da prática que procura aperfeiçoar, sobretudo os bens e serviços, com os conhecimentos da moderna engenharia. Também é fato que o conhecimento tecnológico objetiva o processo de inovação com a introdução de uma tecnologia na prática social que lhe permita utilizar esta nova tecnologia de maneira sistêmica para fins econômicos ou sociais. (SANCHEZ E PAULA, 2001).

A educação, em forma ampla, e o ensino de ciências, em especial, são dimensões societárias essenciais ao aper. Outro fato importante é que a ciência e tecnologia cada vez mais se entrelaçam, pois os avanços e os conhecimentos tecnológicos contemporâneos, como a alta tecnologia e a biotecnologia moderna baseiam-se nos conhecimentos oriundos das teorias científicas, as quais também passam a ser o foco, com vistas a aprimorar a tecnologia em curso e permitir seu uso em larga escala e de maneira mais eficiente. Além destes pontos, cabe mencionar que a tecnologia não só tem como base o conhecimento científico e o trabalho tecnológico, mas também avança a partir da prática que procura aperfeiçoar, sobretudo os bens e serviços, com os conhecimentos da moderna engenharia. Também é fato que o conhecimento tecnológico objetiva o processo de inovação com a introdução de uma tecnologia na prática social que lhe permita utilizar esta nova tecnologia de maneira sistêmica para fins econômicos ou sociais.(SANCHEZ E PAULA, 2001).

A inovação, por sua vez, afeiçoamento do homem, das sociedades e da humanidade. Constitui, também, importantes mecanismos para a promoção da economia de mercado. A contínua incorporação de inovações sustentáveis aos sistemas educacionais põe problemas novos à humanidade, em todas as escalas.

A inovação, por sua vez, que pode ser definida como “uma atividade precursora, originalmente enraizada nas competências internas da empresa, para desenvolver e introduzir um novo produto no mercado pela primeira vez” (NELSON e KIM, 2005, p.16), envolve uma série de fatores interdependentes. O primeiro deles diz respeito não

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apenas à introdução de novos produtos, mas à chamada imitação criativa, uma vez que muitos avanços são incrementais. Quando são transformacionais, ocorrem com menos frequência (indústrias como microeletrônica e biotecnologia trabalham como imitadores criativos). Isto também pode ser observado quando são estudadas práticas que passam a ser adaptadas para depois serem implementadas, dentro do conceito de benchmarking. Neste caso, a inovação não é resultado apenas da P&D, mas de demandas sociais e mercadológicas que exigem uma rápida adaptação por parte das empresas. (ROSENBERG, 2006; KIM e NELSON, 2005).Neste sentido, o país já detém massa crítica capaz de dar conta do desafio, em relação ao papel fundamental do sistema educacional, em especial o ensino superior, com destaque à excelência do Sistema Nacional da Pós-Graduação (SNPG). O Sistema de Pós-Graduação Brasileiro (SNPG) é formado por:

1) Curso de mestrado acadêmico com duração média de 24 meses iniciado após o curso de graduação;

2) Mestrado profissional, também com duração média de 24 meses, voltado à formação de recursos humanos inseridos no mercado de trabalho;

3) Doutorado com duração média de 48 meses iniciado geralmente após a conclusão do mestrado.

Um Programa de Pós-Graduação pode conter um ou dois Cursos de Pós-Graduação, ou seja:

1) Mestrado acadêmico e/ou doutorado;2) Apenas mestrado profissional.

Diversos segmentos da sociedade e setores corporativos questionam o grau de interferência das universidades e dos departamentos académicos na formulação e execução dos programas de formação de professores de ciências. A pressão social e o grau de intervenção do mercado neste processo poderão resultar em novas alternativas para o poder público, para melhor e para pior.Outro ponto relacionado a estrutura de programas educacionais é o desenvolvimento regional amazônico que encontra dificuldades quando comparado ao das outras regiões brasileiras devido ao seu baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e à sua baixa produtividade em CT, que têm origem no número escasso de cursos de Pós-Graduação de nível de doutorados implantados. Essa situação é ainda agravada pela ausência de políticas eficientes para a fixação de doutores e as deficiências em todos os níveis de ensino. A Amazônia Legal abriga metade das espécies conhecidas de plantas tropicais, uma variedade de peixes maior que a do Oceano Atlântico e a maior bacia hidrográfica do mundo, com aproximadamente 80 mil km de rios navegáveis. Diante do valor intrínseco e das inúmeras potencialidades de uso dos recursos naturais da região, são necessárias ações que efetivem a sua preservação e garantam o seu uso sustentável, aí conciliando as dimensões ambientais, sociais e econômicas aos processos de desenvolvimento. Para que isto ocorra é preciso uma maior compreensão sobre os recursos naturais da Amazônia, sendo condição fundamental a busca de avanços do conhecimento e da produção científica e tecnológica regionais, além de um estímulo à inovação. As estratégias que podem mudar essa realidade requerem grandes investimentos em CT (respeitando pelo menos o percentual financeiro gerado na região), a fixação de RH (criação de bolsas e salários diferenciados para atrair pesquisadores e evitar a evasão) e a ampliação da infraestrutura de CT.

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Cada vez mais, a busca pelo desenvolvimento econômico e social tem ensinado que este caminho tem como pontos fundamentais a ciência, a tecnologia e a inovação. Esta é uma relação complexa, onde muito mais do que fazer ciência para depois se alcançar patamares tecnológicos, é necessário compreender que o processo de inovação e construção da competitividade de um país depende de uma série de fenômenos multifatoriais, tais como: financiamento, condições macroeconômicas, além do desenvolvimento científico e tecnológico. Faz-se necessária uma visão de futuro por parte dos governos, o qual direcione seus investimentos para a formação de capital humano e criação de ambiente favorável para a ampliação dos investimentos do setor privado na pesquisa e desenvolvimento e absorção de inovações com retorno. Outro ponto importante diz respeito à construção de mercados de capitais e sistema financeiro com credibilidade nacional e internacional, taxas de juros competitivas e com mecanismos par a expansão do crédito, com um sistema tributário livre de distorções, não inibidor do investimento e das exportações, com rigorosa obtenção de equilíbrio fiscal.

É pelo desenvolvimento bem estruturado que a educação pode alavancar a economia de cada região do Brasil. Na amazônia a enfase socioeconómica da região por exemplo, a industria metalúrgica e mineral do Estado do Pará, o Pólo Industrial de Manaus (PIM), o agrobuniss no Estado do Mato Grosso, e os Arranjos Produtivos vocacionado nos demais estados constituintes das principais grupos económicos em curso na Amazônia Brasileira, precisa de trabalhadores qualificados para cada serviço, por tanto, a educação em cursos médios, técnicos e superior, devem estabelecer uma estratégia para suprir a demanda do quadro de qualificação, porque o desenvolvimento da região não depende de um pólo industrial, mas de todo produto necessário para que um pólo continue adiante. O processo de aprendizagem tecnológica deve ser considerado como um processo real e importante, consciente e intencional, sendo primordial para o desenvolvimento industrial. Este processo vem acompanhado de toda uma gama de incertezas, uma vez que as empresas não possuem um conhecimento total sobre as tecnologias empregadas, além de possuírem diferentes níveis de aprendizado tecnológico e, muitas vezes as empresas não são capazes de avaliar de que maneira poderão desenvolver as aptidões necessárias. (LALL, 2005).

Um cenário alternativo e desejado, que contemple um “novo modelo de desenvolvimento” para a Amazônia, requer uma interação sistêmica entre atores e instituições e o alcance de uma combinação harmônica entre objetivos de crescimento, inovação, competitividade, equidade e sustentabilidade. Tecnologias e inovações promissoras, que tomam por base o uso de substâncias e materiais obtidos no bioma amazônico, podem abrir novas perspetivas de ocupação produtiva e reforçar trajetórias de inclusão social e conservação ambiental. Embora ainda não haja um conceito universalmente aceito de desenvolvimento sustentável, a um princípio que a maioria dos autores entendeu necessários para sua efetivação e parece ocupar um caminho do meio nas discussões entre as diferentes abordagens político-teóricas acerca da questão do desenvolvimento humano e proteção ambiental.Com tudo, a educação e o ensino de ciências se põe como um instrumento imprescindível à construção de substrato material e simbólico necessário à ampliação do

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alcance heurístico das ciências visando à solução dos problemas complexos da sociedade e da economia.

6) Qual é a relevância do ensino e de difusão das ciências na Amazônia? E, como a ciência se articula com sustentabilidade na Amazônia?

A ciência, na maioria das vezes, é vista pelas pessoas como fonte de novas descobertas para a sociedade. O mundo da ciência pode ser envolto de palavras e símbolos que não fazem parte do dia-a-dia de grande parte dos cidadãos. Pensar estratégias que despertem o sentimento de curiosidade para a ciência com o propósito de torná-la parte do cotidiano das pessoas leigas, é uma tarefa complexa, porque carece da disponibilidade dos produtores de conhecimento em revelar as novas descobertas e o interesse da Mídias em divulgá-las. Em nossa compreensão, para realizar um ensino de ciências que focalize a sustentabilidade em interação com a sociedade a perspectiva Ciência, Tecnologia e Sociedade CTS, é necessário apresentar as articulações possíveis. Destacamos, para fins deste trabalho, dois grandes eixos, quais sejam: a educação científica e a interdisciplinar. Para isso, elencamos e analisamos quatro pontos em comum, que julgamos interessantes para ambos os eixos, são eles: 1) Cidadania;2) Tomada de decisão;3) Contextualização (que também se reporta às preocupações com os interesses e potencialidades locais); 4) Compreensão das implicações das construções científica e tecnológica no âmbito da sociedade. A importância da educação, da produção e difusão de ciência e tecnologia nos estados da Amazônia é tão óbvia quanto o reconhecimento da importância estratégica da região para o país. Entidades governamentais e a sociedade civil têm papel fundamental na formulação e implementação de políticas para superação das deficiências, melhor aproveitamento e ampliação da atual capacidade de prospeção, produção de conhecimento e sua aplicação para o desenvolvimento regional sustentável. Através dos séculos, tem sido rica a pesquisa sobre a floresta, mas sempre atrelada a olhares e interesses externos, jamais tratando a região com respeito diante das demandas de sua população. As ciências naturais dominaram. Elas foram o deleite dos naturalistas, muitas vezes enviados pela realeza europeia, demonstrando seus interesses econômicos.

A ciência na Amazônia era uma cultura de inventário, em que se pesquisava espécie por espécie para classificação taxonômica. Inventários da flora, da fauna e de grupos indígenas foram sendo realizados, com crescente detalhamento à medida que a ciência avançava nos grandes centros europeus e, depois, americanos. A condição de maior e mais diverso é seu banco genético do planeta e a existência de mais de 250 povos indígenas e com isso a educação reafirma sua importância na região, pela tecnologia, ciência e politica em sua integração regional e nacional e também sua incorporação aos processos produtivos em grande escala. Seu lugar no mundo também esta relacionado com o colapso dos modelos de desenvolvimento, baseado numa matriz industrial poluente, que se desdobra na necessidade de se implantar um contrato natural mundial, contrato ancorado em novos paradigmas civilizatórios tendo um eixo central o pensamento ecológico, quanto processo de construção de novos processos de inclusão

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social e de novas estruturas tecnológicas sustentáveis. Também, podemos destacar que o esse empreendimento exige uma construção de uma nova matriz industrial estruturada a partir de mecanismos de desenvolvimento limpos, novas formas de ocupacionalidade e relações entre capital e trabalho, com impactos diretos nos sistemas da educação, ciências e tecnologia na região Amazónica. A biodiversidade torna-se a menina dos olhos da ciência por codificar a vida, abrindo novas fronteiras para a biologia. Por sua vez, a ciência e a tecnologia criam chances para o aproveitamento da biodiversidade em novos patamares.

A pretensão do Brasil se firma como principal potência ambiental do século 21 e da Amazônia se credencia como principal centro de desenvolvimento sustentável do planeta poe novos desafios e compromissos institucionais ao poder publico com a política nacional de ciências e tecnologia e com a formação científica dos brasileiros, em todos os segmentos da ciência. A inserção do brasil neste processo só tem expressão e força politica, a partir de a integração regional e nacional da amazônia articulada ao seu desenvolvimento socioeconómico. A sustentabilidade na Amazônia é demanda de conhecimento na interface das ciências climatológicas, ecológicas, e não só sociais, políticas e econômicas, bem como relacioná-las com políticas locais, regionais e internacionais com interação entre ser humano e ambiente na região amazônica.

Para ensinar e aprender ciências que trabalhe a sustentabilidade além da sala de aula, os espaços não formais são imprescindíveis, pois a aproximação com o ambiente natural possibilita aos estudantes uma compreensão maior sobre os conteúdos de Ciência. Rocha e Fachín-Terán (2010) argumentam que além do ganho cognitivo, esses espaços podem contribuir para a formação de valores e atitudes que em conjunto colocam em prática os conhecimentos adquiridos. Partindo dessa reflexão, a vivência com a natureza remete uma percepção de comportamentos frente aos problemas ambientais, sociais, entre outros, relacionado a seu modo de viver e conviver com o meio.Com isso, esses espaços proporcionam uma complementação com as atividades pedagógicas da escola no Ensino de Ciências, viabilizando um conjunto de informações que pode beneficiar não apenas o conhecimento dos estudantes, mas também para o exercício da cidadania.É nesse contexto que a educação e o ensino de ciências se reorganizam para darem conta de novas demandas e responsabilidades institucionais, publicas e privadas. Um exemplo ilustrativo refere-se aos novos desafios postos ao ensino de ciências pelas questões ambientais emergentes. Destaque as nonas tecnologias associadas aos mecanismos de desenvolvimento limpo e as políticas ambientais associadas as mudanças climáticas, aos processos de gestão associados a educação ambiental e a cultura; aos mecanismos científicos e tecnológicos aplicados aos ciclos biogeoquímicos e aos serviços ambientais; as estratégias e metodologias institucionais aplicadas a conservação e a preservação de paisagens; aos processos de uso do solo, clima e gestão integrada de biomas, e as metodologias de utilização e integração das redes meteorológicas e de recursos hídricos das regiões, dos países e, também, do planeta.Inicialmente, a percepção das relações entre Ciência e Tecnologia (CT) restringia-se ao pensamento de que a combinação de ambas só acrescentaria benefícios à sociedade. Essa convicção deve-se, por um lado, à compreensão da ciência como neutra e objetiva, ou seja, uma instituição autônoma, regida por si própria e sem qualquer relação com o meio social. E, de outro lado, ao entendimento da tecnologia como sinônima de

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supremacia, desenvolvimento e dominação socioeconômica (PINHEIRO; SILVEIRA; BAZZO, 2009; SHOR, 2007).

III Unidade – II exercícios

7) Quais são os principais fundamentos de um programa de educação científica para os povos indígenas da Amazônia?

Em agosto de 2009, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) criou a implantação do curso de licenciatura plena em pedagogia intercultural, para a formação, simultânea, de 2600 professores indígenas em 52 municípios do estado do Amazonas

Este projeto desconstrói e desmitifica as versões académicas elitistas que preconizam a impossibilidade de se construir uma política consistente e abrangente que abarque as contradições e as complexibilidades de um programa de formação em licenciatura plena intercultural, em grande escala, para a educação indígena (Barreto, 2009).

A escola para índios no Brasil começa a se estruturar quando chega ao território nacional a primeira missão jesuítica enviada de Portugal por D. João III. A missão incluía entre seus objetivos o de converter os nativos à fé cristã. A princípio, para ensinar os índios a ler, escrever e contar, bem como lhes inculcar a doutrina cristã, os missionários jesuítas percorriam as aldeias em busca, principalmente, das crianças. Por não disporem de instalações fixas e próprias para o ensino, essas missões foram chamadas de volantes.

A educação escolar, uma das ações de proteção e assistência sob a responsabilidade desses órgãos indigenistas, assume papel fundamental no projeto republicano de integração do índio à sociedade nacional por meio do trabalho. Ela é posta como fundamental para a sobrevivência física dos índios e inclui não só o ensino da leitura e da escrita, mas também de outros conhecimentos como higiene, saneamento, estudos sociais, aritmética, ensinamentos práticos de técnicas agrícolas, marcenaria, mecânica e costura. A finalidade disso é fazer com que os indígenas passem a atuar como produtores de bens de interesse comercial para o mercado regional e como consumidores das tecnologias produzidas pelos não-índios, constituindo também uma reserva alternativa de mão-de-obra barata para abastecer o mercado de trabalho. Esse papel será instrumentalizado pelo discurso de valorização da diversidade linguística dos povos indígenas, com a proposição da utilização das línguas maternas no processo de alfabetização e ao ingresso no ensino superior.

A formação de professores indígenas constitui um desafio as ciências da educação, assim como a antropologia, linguística constitui um desafio as ciências da educação, assim como a política de inclusão social de um amplo setor estigmatizado da sociedade brasileira.

Com isso, o programa que foi criado pela universidade, acrescenta que é dever do Estado estabelecer uma política de ensino superior ampla e integrada à educação

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indígena. E existe uma carência de professores indígenas tanto no fundamental como no ensino médio e superior. Analisando toda a questão foi criado abordagens e inovações estruturantes que compõe-se em:

Reafirmar a formação de professores indígenas compromissados com a realidade de ensino na Amazônia. Nos quais estão centrados nos conceitos de ensinos, crenas, ritos e mitos;

Distribuição de material, fortalecendo a interdisciplinaridade, simultaneidade, o conhecimento técnico aplicado as realidades do povo indígena;

Incorporação de diversas inovações estruturantes de conteúdos temáticos específicos, todas situadas na fronteira do “saber” com a ciência da natureza e humanas, esta última natureza x humana tem elementos de “antropologia das técnicas” que entrelaçam elementos metodológicos com seus conhecimentos tradicionais à ciência ocidental;

Construir um modelo mais integrado. A estrutura curricular incorpora conteúdos que possibilitarão usar técnicos dois universos intelectuais diferentes, nos seus fundamentos e nos sentidos civilizatórios;

Inclusão da disciplina” Tópicos de Ciências Contemporâneas” para discentes, em forma temática, tenham acesso as inovações científicas e tecnológicas de grande impacto no mundo contemporâneo;

Integração dos discentes as temáticas transdisciplinares, fortalecendo as suas formações culturais com enfase nas ciências, tecnologia e na sociedade.

Os Estados da Amazônia que possuem os piores indicadores educacionais e científico do Brasil. A crescente presença do estado nacional na região tende a mudar depois desse quadro. É importante implantar esses programas socio educacionais para os povos indígenas, pois fazem parte de uma nação, e também eles contribuem para descobertas de novos fatos da ciência que ajudam no entendimento do universo. Defendendo o reconhecimento da diversidade sociocultural e linguística dos povos indígenas e, consequentemente, a participação desses povos na definição, formulação e execução de políticas e ações no campo indigenista, as iniciativas dessas organizações acabaram por contribuir para mudanças importantes na visão que a sociedade nacional e o Estado brasileiro tinham dos indígenas e de seus direitos. Para valorização da educação escolar indígena e para implantação de políticas públicas neste seguimento educacional, a participação dos etnólogos é fundamental para sistematização de concepções, formulação de projetos e elaboração de legislações. São importantes também, para a formação de professores indígenas, a implantação de escolas e a criação de associações.

O acesso à escola diferenciada e, inclusive, com a mais nova demanda de acesso às universidades sustenta-se em toda uma instituição jurídica com relação ao tratamento epistemológico e pedagógico que deve ser reservado às populações indígenas do país, no sentido de lhe serem respeitadas a diferença e a especificidade, referentes à educação escolar e à formação/capacitação desses povos não só como recurso de fortalecimento de identidades, mas, também, enquanto recursos de construção de autonomia e

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emancipação para o enfrentamento dos problemas que a eles se põe na contemporaneidade. Consequentemente, a escola indígena ganha reconhecimento como um espaço de reflexão e de pesquisa com vistas à implantação da escola diferenciada, baseada na compreensão da realidade pesquisada. Diante dessa realidade, o diferencial da educação escolar indígena está na inserção da comunidade no processo pedagógico da escola, sendo esta participação fundamental na definição dos objetivos, para uma educação específica e diferenciada e, consequentemente sustentável.

8) Qual foi a importância da física moderna para a humanidade?

Acharemos física em tudo. Desde o estudo das águas subterrâneas, análises de dados usando métodos radioativos, até um simples ato de andar de bicicleta. Enfim, são tantas e tão variadas as aplicações da física que seria necessário um grande trabalho para enumera – las. A física é o estudo e a compreensão dos fenômenos da natureza, e essa compreensão, se feita de maneira correta, traz para as pessoas uma nova maneira de ver o mundo e até mesmo a própria física.

“A teoria atómica constitui parte fundamental de uma revolução científica dirigida a reformulação conceitual e empírica das ciências da natureza, ocorrida nas quatro primeiras décadas do seculo 20. Seus fundamentos e suas linguagens representativas se estruturam nos primeiros 30 anos desde mesmo seculo (…) ”.

Ensinar e aprender a física vai muito além da apresentação de fórmulas e cálculos. É necessário atenção para entender e capturar o que ela quer te passar e cada vez maior o número de pessoas que se dão conta de que as leis objetivas da Natureza excluem milagres e o conhecimento perfeito destas leis aumenta o poder do homem sobre a Natureza.

Nos séculos passados a Humanidade depositou as suas melhores esperanças na crença no sobrenatural, em Deus. A religião contém ideias sobre o caráter limitado das possibilidades do homem, da existência da vontade divina que orienta os homens a um determinado objetivo hipotético. Não há dúvida que o progresso da ciência no domínio do esclarecimento da Natureza tem destruído a pouco a pouco esse sistema filosófico. Os princípios da Teoria Quântica são absolutamente universais, podendo aplicá-los tanto para a descrição do movimento de todas as partículas e a interação delas entre si, como para a análise das suas transmutações. Pois bem, a Física moderna põe em evidência a unidade universal da Natureza. No entanto, são muitos os problemas, incluindo própria essência física da unidade universal do Universo, que não estão ainda definitivamente esclarecidos. Não sabemos por que é que as partículas elementares são tão numerosas, nem por que razão possuem massas e cargas diferentes e uma série de

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outras características específicas. Até hoje, todas estas grandezas foram avaliadas experimentalmente. Contudo, torna-se cada vez mais clara a relação entre diversos tipos de interações. As interações eletromagnéticas a as fracas são abrangidas já dentro dos limites de uma teoria comum. Os físicos conhecem já a estrutura da maior parte das partículas elementares. Torna-se evidente que a Física das partículas elementares está em vésperas de realizar descobertas grandiosas. Rutherford se desdobrou na introdução das orbitas eletrónicas, a semelhança das orbitas do sistema planetário, exigiram revisões estruturantes radicais nos fundamentos da física vigente à época. Deste processo científico surgiram novas linguagens físicas e matemáticas que possibilitaram também compreender as propriedades físicas e químicas das substâncias e da matéria.

No seculo XIX, o desenvolvimento da mecânica clássica tinha atingido uma grande precisão, permitindo o cálculo tão exato dos movimentos dos planetas, que qualquer pequena diferença entre a teoria e as observações precisava ser considerada seriamente. Foi investigando diferenças minúsculas desse tipo que a astronomia do século XIX. Foi também durante esse seculo que foram estudadas as radiações infravermelha e ultravioleta, duas radiações semelhantes à luz, porém invisíveis. Assim, a óptica se ampliou, passando a abranger não apenas aquilo que vemos, mas também certos tipos de "luz invisível". Além dos estudos puramente científicos, o estudo da luz levou a importantes inventos. Primeiramente, a invenção da fotografia, permitindo a fixação de imagens através de meios químicos. As primeiras fotografias exigiam tempos de exposição enormes (alguns minutos), mas depois, com o gradual aperfeiçoamento técnico, foi possível produzir fotos "instantâneas", e por fim fazer sequências de fotografias de objetos em movimento. A eletricidade e o magnetismo, que antes de 1800 eram apenas fenômenos curiosos sem grande importância, também sofreram um importante avanço durante o século XIX. A invenção da pilha elétrica por Alessandro Volta permitiu pela primeira vez a produção de correntes elétricas duradouras e de grande intensidade, abrindo o caminho para estudos completamente novos - como a descoberta da eletrólise. Nas primeiras décadas do século XIX, Oersted e Faraday descobriram a possibilidade de produzir efeitos magnéticos utilizando a eletricidade, e vice-versa, nascendo assim o eletromagnetismo. Houve um intenso estudo experimental dessa nova área, seguido por desenvolvimentos teóricos que culminaram com a teoria eletromagnética de Maxwell. Bohr (1963), desde o mestrado e do doutorado desenvolveu estudos teóricos sobre o comportamento do elétron, os quais não eram explicados quantitativamente, tinham como base dois aspectos: o movimento e organização dos elétrons ao redor do núcleo, além da ocorrência da absorção e liberação de energia para gerar espectros luminosos dos elementos químicos. De acordo com as cartas de Bohr presentes no compêndio de 1963, a repercussão de sua teoria foi muito grande gerando questionamentos vindos de pesquisadores de todas as partes do mundo. Se compararmos a Física do final do século XIX com a de cem ou duzentos anos antes, poderemos considerar que o avanço científico havia sido espantoso. Os maiores sucessos não foram a descoberta de novos fenômenos, mas sim resultados teóricos que revolucionaram a visão sobre os principais fenômenos físicos.

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