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As novas religiões em Portugal 

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de fontes de 

informação sociológicas da licenciatura em sociologia sob 

orientação de Professor Paulo Peixoto 

Imagem da capa disponivel em : 

http://static.infoescola.com/wp‐

content/uploads/2009/08/small_luz.jpg 

    

  

Índice 1. Introdução .................................................................................. 1 2. Desenvolvimento .......................................................................... 2 2.1. Estado das Artes ............................................................... 2 2.1.1. Definição da religião ............................................... 2 2.1.2. As religiões mais antigas em Portugal .................... 3 2.1.2.1. Catolicismo ................................................... 3 2.1.2.2. O Judaísmo .................................................. 5

2.1.2.3. O Islamismo ................................................. 6

3. As novas religiões em Portugal .................................................... 8

3.1. A igreja evangélica (cigano) de Filadélfia de Portugal ....... 8

3.2. Religião Ortodoxa .............................................................. 9

4. Descrição detalhada da pesquisa ................................................ 11

5. Avaliação de uma página da Internet ........................................... 12

6. Ficha da Leitura ............................................................................ 13

7. Conclusão .................................................................................. 16

8. Referências Bibliográficas ............................................................ 17

Anexo I

Página de Internet avaliada

Anexo II

Texto de suporte de ficha de leitura

As novas religiões em Portugal

1. Introdução 

       Este  trabalho  é  realizado  no  âmbito  da  disciplina  de  Fontes  de informação sociológica. Tendo em conta que, nesta cadeira, o docente dá a  escolher  aos  estudantes,  seguir  a  avaliação  continua  ou  ir  ao  exame,  decidi  a  seguir  avaliação  contínua.  O  tema  que    escolhi  para  o  meu trabalho é “As Novas Religiões em Portugal.” 

      Como  sabido, que qualquer  trabalho que  se  relaciona  com a  religião sempre exige um esforço enorme, porque, a religião está sempre presente em toda a história, cultura, no tempo e no espaço, em toda a sociedade, desde sociedades mais primitivas até às sociedades mais modernas. 

     Em  Portugal,  a  Religião  não  tem  sido,  o  objecto  de  uma  reflexão sociológica  muito  mais  aprofundada  na  sociedade  portuguesa.  Esta realidade  nota‐se  na  ausência  de  estudos  teóricos  e  empíricos  sobre religião e da maneira como ser tratado enquanto fenómeno macro social. A religião, como os outros factos sociais, sempre está em mutação no seu processo ou evolução, desde o início até à actualidade. Com o surgimento da  secularização, muitos  cientistas  sociais,  como os  sociólogos  clássicos, defendiam a decadência da religião, más os sociólogos actuais, através dos estudos  empíricos mostram  que  a  religião  não  está  a  desaparecer, mas sim a passar por uma  grande transformação; por exemplo, cada indivíduo pode criar a sua própria maneira de buscar e viver o religioso num sistema de Self‐service 

       No  início  deste  trabalho  na  parte  do  desenvolvimento  destaco  a definição  do  conceito  de  religião  segundo  alguns  autores.De  seguida abordo as  religiões mais antigas em Portugal. Depois  foco‐me nas novas religiões em portugal. 

 

      

As novas religiões em Portugal

 

2.Desenvolvimento 

2.1.Estado das artes 

     2.1.1. Definição da religião 

     Na sociologia, como na filosofia, a definição do conceito de religião que pode  ser aceite universalmente é muito difícil.  Isto porque, as  tradições  geralmente  concideradas  como  religiões  são muitos  diferentes.  Se    se definisse religião em termos de crença ou veneração de Deus ou Deuses promove‐se  uma  exclusão  da  versão  ateia  do  budismo  coma  não religiosas. 

     A  religião  (do  latim:  “relígio” usado na  vulgata, que  significa  “prestar culto a uma divindade “, “ligará novamente“, ou simplesmente  “religar”  ) pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que parte da humanidade concidera como sobrenatural, divino, sagrado e trancedental, bem como conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas  crenças  (wikipedia,  2010). A  religião,  ao  longo da  sua  existênsia, deu  e  continua  a  suscitar maior  trabalho  para  os  cientistas  sociais  que trabalham  nesta  área  de  estudo.  Desde  os  sociólogos  clássicos  até  aos actuais,  a  religião  é  conciderada  muito  importante  para  saber  o desenvolvimento  ou  integração    dos  indivíduos  na  sociedade.  Segundo Manuel da Silva e Costa, 

        “Religião é um sistema de crenças  implicando um conjunto de representações  simbólicas  referentes  a  um  metassocial.  As crenças, os dogmas como representaçães, exprimem‐se em ritos, ceremónias e cultos. as crenças e os ritos orientam as atitudes e os  comportamentos  dos  aderentes,  [..]  clérigos  e  leigos desempenham funções específicas.” (2004: 123) 

     No  pensamento weberiano  só  pode  ser  conciderada  religião  quando existe  comunicação  dos  crentes  para  com  a  divindade  pela  oração  pela adoração  e pelas  súplicas. Na  religião  tem que haver  sacerdotes, o que 

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consiste num grupo de  funcionários     permanentes que  tem  funções de manutenção  da  continuidade  de  culto.  Na  perspectiva  Durkheiniana, enquanto  religião  é  necessário  que    existam  divindades sobrenaturais, sistemas  de  crenças,  rituais  e  uma  forma  institucional  bem  definida. Durkheim definiu religião como um sitema solidário de crenças e práticas relativas  a  coisas  sagradas  […]  crenças  e  práticas  que  unem  numa  só comunidade moral, a que se dá o nome de igreja, todos aqueles que a elas aderem. ( Durkheim apud Giddens,1999:159). 

     Se olharmos para a classificação das práticas de Giddens podemos dizer que    a  religião  desempenha  na  sociedade  e  ao  estado,  três  utilidades. Primeiro confere uma significação e fomenta construção das identidades e de  reprodução  social.  Segunda,  desempenha  uma  função  de  orientação das práticas quotidianas e de lagitimação dos laços e das relaçães sociais. Por  último  a  religião  tem  uma  utilidade  de  dominação  ideológica,  de hegemonia ou de utopia, reforçando os poderes e suas  instituições  junto dos fiéis ou exercendo, ao contrário, uma utilização de crítica social. Numa  perspectiva  funcional  considera‐se  a  religião  como  sendo  qualquer processo social que tente explicar o significado último da vida ou controlo social.  Nesta  perspectiva,  a  religião  e  a  religiosidade  são  fundamentais para  uma melhor  compreensão  dos  fenómenos  de  integração‐alienação presentes em todas as sociedades ( Beyer e Rosa, 2004: 38) 

 

     2.1.2. As religiões mais antigas em Portugal 

            2.1.2.1. Catolicismo 

    A  igreja  católica  é  a  religião  dominante  em  Portugal,  segundo  o censos realizados no ano 2001, 7.353.548 de pessoas ou cerca de 90 %  da população portuguesa  identificaram se como católicos  (wikipedia, 2010). O cristianismo instalou‐se em Portugal com o processo da romanização da Penísula, após II séculos de luta (226‐25.ac), sendo à anterior da conquista romana.  Na  lusitânia  já  exestiam  o  culto  de  Ategénia,  Deusa  da fecundidade  e  o  endovélico,  que  significa muito  bom,  ambos  talvez  de 

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origem  Céltica  (  Oliveira,  1994).  Neste  trabalho,  vou‐me  focar  sobre  a Igreja católica a partir da queda da monarquia em Portugal. 

     Depois  da  instalação  da  1ª  república    (1919‐1926),  o  poder  político entrou  em  conflíto  com  a  Igreja  católica  e  mostrou  ser  óbvio  a  sua intenção de eliminá‐la. Más o resultado foi o  inverso. Pois a Igreja com o seu  esforço,  conseguiu  a  sua  restauração.  Nos  primeiros  anos  da República  laica, entre 1910 e 1919, a relação da Santa   Sé   e Portugal foi agitada. Como refere o Pª Artur Roque de Almeida “esta ofenssiva oficial gerou  uma  atmosfera  de  resistência  pacífica  em  esforço  de  paciente reedificação [..] a Igreja encontrava –se agora numa posição estável.” 

    Nos  anos  60,  a  solidez  da  estrutura  eclesial  entrou  em  crise, acompanhando a crise de valores que atravessou o mundo e a Europa, em particular,  naquela  época.  Em  Portugal,  esta  crise  notou‐se  com constetação estudantil de Lisboa e de Coimbra nos finais desses anos. No regime  de  Salazar  nos  anos  70,  a  Igreja  é  uma  aliada  muito  forte  do estado.  Isto  explica‐se  com  um  bom  relacionamento  entre  o  professor Oliveira Salazar e o Cardeal Patriarca de  Lisboa, Dom Manuel Gonçalves Cerejeira. Nesses anos, a Igreja Católica foi considerada como uma religião tradicional da nação Portuguesa e passou a ter protecção do estado. 

     Com  a queda do Estado Novo, em 25 de Abril de 1974,  gerou‐se uma distinção entre os católicos conservadores e os progressistas, sendo assim, não  se  notou  uma  crise  no  clero.  Actualmente  segundo  a  minha observação,  a  vocação  sacerdotal  está  em  declínio,  pois  nota‐se  nas celebrações  das missas,  onde  há menos  padres  jovens.  Isto  deve‐se  a  varias razões uma delas é o celibato.  Esta razão coincide com a opinião do antropólogo Donizete Rodrigues, quando ele afirma que “A exigência do selibato  é  um  inpedimento,  sobretudo  quando  se  está  inserido  numa sociedade bastante erotizada …” (Rodrigues, 2008). 

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Em  relação  à  vocação  das mulheres    podemos  visualizar    as  estatística facultadas pela conferência do  instituto dos religiosos de portugal (CIRP), segundo o qual, em 1992 o total de religiosas era de 7.995, […] e cifrando se em 6.105 em 2006  (Freitas, 2008). No pasado “As mulheres  iam para convento  como  alternativa  à  pobreza  ou  a  um  casamento  forçado  […] agora,  o  cenário  é  completamente  diferente  por  varios motivos    […]  as mulheres  terem  entrado  em  força  no  mercado  de  trabalho  […]  hojé existem formas de a mulher pode viver a religiosidade sem ter de abdicar de constituir  família, podendo participar nas missas como  leitura, cantar no coro da igreja ou dar catequese ( Vilaça, 2008) 

          2.1.2.2. O Judaísmo 

     Em Portugal, a prova da existência judaica só ocorre a partir do século VI dc. com a descoberta das inscrições funerárias na frequesia de Lagos da beira. O que  se  trata neste  trabalho  é  a  vida dos  judeus  em Portugal  a partir  da  Segunda  guerra mundial,  com  a  vaga  de  refugiados  vindos  de Alemanha.  No  início,  os  refugiados  Judeus    foram  bem  recibidos.  Isto deve‐se  à  comissão  portuguesa  de  assistência  aos  judeus  refugiados (COMASSIS). Mas no ano de 1940 e meados de 1941, o  estado português começou a ter receio da influência dos judeus e tentou travar essa entrada dos  refugiados  judeus  em  Portugal.  Perante  esta  situação    Moisés Amzalek, o então presidente da comunidade  israelita de Lisboa, que era vice‐reitor da universidade técnica de Lisboa e tinha estudado  junto com Salazar em Coimbra, aproveitando a confiança que Salazar tinha nele, foi pedir  a  Salazar  para manter  aberta  a  entrada  dos  judeus  em  Portugal (Mucznic, 1999) 

      A  revolução  de  25  de  Abril  de  1974,      que  levou  a  uma mudança profunda  na  sociedade  portuguesa,  traz  também  uma  significado muito especial aos  judeus em Portugal, porque, a partir dese acontecimento, a classe  política  portuguesa  começou  a  olhar  para  os  seus  judeus  de maneira diferente, como refere o Esther Mucznic, 

      “A  visão  nacionalista  estreita,  sucede  a  conciência  da  importância  das heranças  Àrabe  e  Judaíca  .  Abrem‐se  os  arquivos,  surge  à  luz  do  dia  a 

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riqueza do contributo  Judaico, desde os promórdios da nacionalidade até ao  decreto  da  expulsão,  no  sec.XV.  Mas,  também,  os  horrores  das conversões  forçadas,  a  longa  noite  da  Inquisição,  a  discriminação  dos cristãos novos.” (Mucznic, 1999). 

No ano de 1989 o doutor Mário Soares, então Presidente da República, manifestou o pedido de perdão simbólico pelas persegições que os judeus sofreram em Portugal. Em 1996, no parlemento nacional,  foi votada por unanimidade    a  revogação  simbólico  do  decreto.  Estes  actos mostram claramente uma mudança no relacionamento mútuo. 

     Actualmente,  os  judeus  integram‐se  muito  bem  na  sociedade potuguesa,  onde  têm  direitos  que  estão  explícitos  na  constituição portuguesa  da  liberdade  religiosa.  Sendo  assim,  o  judaismo  português também não  foge da crise que ocorre em todos os países e em todas as comunidades religiosas. No judaismo português esta crise nota‐se em dois aspectos.  Em  primeiro  lugar,  sobre  o  crecimento  dos  seus  membros, mesmo que o número dos  judeus tenha sido duplicado relativamente há 20  anos,  no  entanto,  a maioria  deles  por  razões  do mercado  europeu, encontram‐se em Portugal temporariamente. Em segundo  lugar, verifica‐se uma crise espiritual, que leva, a importância da religião tenha mudado bastante na vida das pessoas. Grande parte deles deixaram de realizar as suas  actividades  religiosas  diárias, mantendo‐se  apenas  a  participar  no shabat e nas  festas do  calendário  judaico. Reduziu‐se  também a prática Casherut  (alimentação  segundo  as  regras  judaicas).  Segundo  Esther Mucznic “No judaismo português e particularmente no judaismo lisboeta, faz‐se  sentir duramente a  falta de uma verdadeira  liderança espiritual e religiosa, e de uma educação judaica regular.” (Mucznic, 1999). 

         2.1.2.3. O Islamismo 

     Os  muçulmanos  só  chegaram  à  Península  Ibérica  em  711,  com  a invasão que  foi comandado por Tarik e que durou cerca de 800 anos, e que  influenciou muito a vida das populações da península. Muitos deles chegaram  a  converter‐se  em  muçulmanos.  Em  Portugal  toda  zona  do 

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Algarve e do baixo   Alentejo, ainda hoje mostra  claramente os vestígios deixados pelos muçulmanos. 

    Na década de 50 e  inicio de 60, chegaram de Moçambique e da Guine Bissau entre 5 e 15 muçulmanos. Este pequeno grupo era constituido por estudantes  universitárias  que      posteriormente  serviu  como  base  para reentrada dos muçulmanos em portugal, na sua maioria os muçulmanos de  origem  Indiana  que  tinham  sido  comerciantes  bem  estabelicidos  ou tinham  pertencido  a    sectores  laborais  favorecidos  em  Moçambique (Tiesler,2007).  Este  acontecimento  deveu‐se  muito  dà  guerra  civil  que ocorreu  no  país.  Na  comparação  entre  os  muçulmanos  que  chegaram antes e os  recém‐chegados, podemos constatar que estes últimos vivem em pobreza económica. A comunidade islâmica em Portugal, oriundas dos países dos ex‐colónias portuguesas, adaptou‐se  se bem e facilmente, por duas razões : 

1. Têm menos problemas com a língua portuguesa 2. Já se encontram em Portugal alguns  irmãos de  fé, que chegaram 

primeiro a Portugal, por via educativa ou diplomática. 

     Segundo a investigadora Nina Tiesler (2007), a presença muçulmana no país  divide‐se  em  três  etapas.  A  primeira  diz  respeito  aos  estudantes vindos  de Moçambique. A  segunda  ocorre  com  a  chegada  de  inúmeros muçulmanos  sunitas,  ismaelitas e um  ramo  xiita do  islão. Estes  também chegaram de Moçambique. Alguns tempos depois chegaram muçulmanos da Guine Bissau. Até aqui, fala‐se em imigrantes muçulmanos de caracter lusófono.  Na  terceira  etapa  ou  última mudou‐se  o  perfil  lusófona  para universal (mais diversificada), isto porque deram  entrada em Portugal os muçulmanos dos outros países que não fazem parte da lusófonia. A partir do início dos anos noventa, como, por exemplo, a entrada dos imigrantes Bangladeses.   

     Em  Portugal,  os  imigrantes muçulmanos  encontram‐se  em  vantagen perante  os  seus  irmãos  de  fé  que  estão    epalhados  em  outros  países 

europeus  actualmente.  Como  refere Raúl Braga Pires,  "Portugal  é  uma 

arca  de  Noé,  as  pessoas  estão  integradas,  as  comunidades  estão 

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integradas e acho que a política de integração é uma política correcta. Não vejo que haja problemas de  integração do muçulmano e do estrangeiro em Portugal.”  ( sapo.pt, 2008) 

Segundo a minha opinião, os países da Europa  ainda não adaptaram uma política  governativa  corecta  para  com  os  imigrantes  muçulmanos  que estão  integrados na sociedade desses países, como por exemplo,revela a proibição do uso da burka em França, e os ataques a  locais de culto dos muçulmanos (Mesquitas) . 

 

3. As  novas religiões em Portugal 

  3.1. A igreja evangélica (cigano) de Filadefia de Portugal. 

     Esta  igreja é uma das que resulta da segmentação do protestantismo, propriamente pentecostantismo. Esta nova  religião  chega a Espanha em 1963 através de um grupo de ciganos espanhóis convertidos em França. Depois  de  alguns  anos,  esta  igreja  foi  legalmente  reconhecida  pelo governo  de  Espanha.  Isto  aconteceu  em  1969,  (Biedema  apud Rodrigues,2004: 138) 

  Na década de 60,  ínicio de 70,  foram enviados  sete  irmãos de Espanha para Portugal pelo movimento evangélico cigano espanhol. Entretanto  já existiam na região da beira interior pastores da assembleia de Deus que já se  interessavam  em  evangelizar  os  ciganos,  como  o  pastor  Baltazar. Através  de  uma  união  de  esforços  entre  eles  surgiu  a  igreja  evangélica (cigano) de Filadélfia de Portugal. 

  Tudo  começou  no  Tortosendo  e  especialmente  em  Caria.  Por  vários motivos, entre eles a presença dos pastores espanhóis, do pastor Baltazar e  do  testemunho  de  um  dos  filhos  do  chefe  da  comunidade  cigana  de Caria,  que,  em  1966,  em  Madrid  tinha  contactado  com  o  movimento cigano evangélico espanhol. Em 1976, ordenou o primeiro pastor cigano português, o pastor Quim. A partir daí começou a realizar‐se os cultos e os baptismos (Rodrigues,2004) 

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  Os rituais religiosos nos primeiros tempos eram realizados no casarão do chefe  da  comunidade  cigana.  Em  1990,  com  o  crescimento  dos  fiéis passaram  a  alugar  um  local maior.  Hoje,  já  há  um  edifício  próprio  da igreja.  Em  Portugal  o  número  de  fiéis  desta  igreja  foi  contado  em Setembro de 1999 com dados fornecidos pelo pastor José Pinto Sousa, o então  secretário  da  igreja.  “sem  contar  os  simpatizantes,  obtivemos  o número aproximado de 3.360  fiéis, para uma população estimada entre 30 mil e 50 mil  ciganos  residentes em Portugal”  (Bastos & Bastos, apud Rodrigues e Santos, 2004: 140). 

  Actualmente  em  Portugal,  os  ciganos  têm  sido  alvo  de  racismo  […] adesão  a  uma  instituição  religiosa  cristã  pode[…]  Restabelecer  uma imagem mais positiva na sociedade, (Rodrigues e Santos  , 2004). No seio da comunidade cigana a converção traz transformação na vida quotidiana deles, sendo assim não significa que eles renunciaram a sua etnicidade.  

  A  igreja  evangélica  (cigana)  de  Filadélfia  de  Portugal,  como  qualquer Igreja  tem  a  sua  própria  estrutura  básica  da  igreja,  a  formaçõa  dos pastores e fundamentos teológicos básicos (o baptismo, crismas, o tempo e o culto). 

 

  

  3.2.  Religião  Ortodoxa. 

 

  Esta religião surgiu em Portugal na década de 70 pelo monge Agostinho (D. Gabriel), que converteu ao cristianismo ortodoxo em Paris, em 1976. No seu regresso a Portugal, este monge realizou celebrações em Lisboa na igreja de Caselas, segundo Vilaça, “do ponto de vista económico, aquele ramo português da igreja ortodoxa pertencia à metrópole ibérica da igreja ortodoxa da Polónia.” No ano de 1978 construiu o primeiro mosterio em Sintra  e  posteriormente  ergeu  o  templo  em  Benfica.  Naquela  altura aderiram à igreja ortodoxa alguns aristocratas portugueses e estrangeiros a morar em Portugal. 

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  Nos  finais  dos  anos  80  ínicio  de  90,  o  Bispo  Gabriel  ficou  doente. Aconteceu a polémica subtituição dele por D. João. Com isso grande parte dos sacerdotes e fiéis afastaram‐se desta igreja, e a igreja perdeu o apoio da  igreja  ortodoxa  da  Polónia.  O  padre  Alexandre  Bonito  que  foi convertido e ordenado em Paris, após rutura com D. Gabriel, voltou a ser ordenado em França, e actualmente é o responsável pela comunidade de Caselas. 

  Até aqui podemos constatar que o aparecimento da  igreja ortodoxa em Portugal ocorreu antes da vaga imigratória de leste, por duas razões : 

              1.  A existência de ortodoxos nos censos de 1980 e1990 

            2. O papel pioneiro de alguns sacerdotes e leigos portugueses                     convertidos à igreja ortodoxa. Podemos  visualizar  a  evolução  da  população  de  religião  ortodoxa,  por regiões, presente na tabela I, onde se constata que em 1981região Lisboa com maior população ortodoxa. Em 2001 a região de Lisboa é aquela que reune mais o número de ortodoxos.                                                                                                

 

                                              Tabela I 

                 Recenseamento Geral da População, 2001. 

 

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4.Descrição detalhada da pesquisa 

Depois  ter sabido de que na cadeira  de fontes de informação sociológica os alunos que optam pela avaliação continua, não podem faltar mais que cinco  vezes  e    fazem  o  trabalho  para  20  valores,    optei  pela  avaliação contínua.  Em  relação  aos  temas  que  professor  colocou  para  os  alunos escolherem,  decidi  escolher  o  tema  “as  novas  religiões  em  Portugal”. Porque  eu  acho  que  este  tema  está muito  bem  delimitado. Ou  seja,  o objecto de estudo é só em Portugal. 

    O  início da minha pesquisa  foi  ir procurar os  livros que me pudessem dar informações para realização do meu trabalho. Assim,  desloquei‐me a biblioteca  da  nossa  faculdade  para  encontrar    aqueles  livros  que  eu precisava,  com    a  indicação  que  o  professor  Paulo  Peixoto me  deu. Na biblioteca pesquisei logo o livro da professora Vilaça e os outros livros que eu  achava  interessantes  para  a  elaboração  do meu  trabalho.  Além  dos livros  que  eu  encontrei  lá  na  biblioteca,  o  meu  trabalho  também  se baseava nalguns  livros que eu tenho. Como o  livro do professor Donizete Rodrigues e do nosso conhecido  Anthony Giddens. 

     Na  parte da pesquisa na internet, como é óbvio optei logo pelo motor de busca google e escrevi, as novas religiões em Portugal, obtive um ruido enorme   com 20.250.000  resultados, a  seugir escrevi   “novas  religiões”+  “portugal” obtive 4.560 resultados. Como continua a ter ruido,   entrei no diretório  do  google  e  repeti  a  pesquisa  com  as  novas  religiões  em Portugal. Obtive cerca de 257 resultado. Como  continuei a ter dificuldade em encontrar as informações pertinetes para  o trabalho  decidi pesquisar os  temas  das  secções  que  estão  no    indice  do  meu  trabalho.  Assim procurei, por exemplo, a  religião católica em Portugal ou  religião  judeus em  Portugal.  Os  sites  que  eu  pesquisei  foram  vários  entre  eles, www.rtp.pt,  www.sapo.pt  ,  www.google.pt  e  os  outros.  Em  suma  eu tenho sorte porque os livros que eu tenho e alguns que requisitei da nossa biblioteca  da  FEUC  foram  muito  pertinentes  na  elaboração  do  meu trabalho. 

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5. Avaliação de uma página da internet 

Nome do sítio : RTP ( radio televisão portuguesa ) 

Tipo de informação : esclarecer e informar 

Público alvo : Público vasto 

Lingua original : portuguesa 

Endereço URL : http://www.rtp.pt 

Data  :  14‐ 03‐ 2008 

    

 O autor do sítio é  empresa estatal portuguesa, em relação ao   endereço URL electrónico é evidente e muito curto, sendo de fácil  memorizações pelo público que acede a este sítio. Além disso, ele é conhecido por todos os portugueses em geral. Neste sítio existem instrumentos de pesquisa onde podemos pesquisar vários temas que nos sirvam para a elaboração do trabalho. As informações contidas no sítio são muito claras e eficazes na sua  qualidade de informação . 

Quanto ao conteúdo e alcance do sítio, segundo a minha opinião as informações disponíveis são acessíveis ao meu nível de estudo, e oferece informação credível ao meu trabalho, uma vez que informação no sítio foram dadas pelos cientistas sociais com grau de conhecimento muito elevado sobre a matéria que está ser tratada. 

A página tem uma apresentação gráfica muito atractiva e simples, na qual não prejudica os visitantes da página a a que queiram compriender o seu conteúdo. 

Numa avaliação geral, diria que esta página é credível, uma vez que possui linguagem simples e informação adequada, porque o sítio é uma operador de serviço público ou empresa estatal cuja objectivo é servir a população em geral. 

 

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6.Ficha de leitura 

Títtulo da publicação: Em nome de Deus a Religião na sociedade contemporânea 

Autor : Donizete Rodrigues (ORG) 

O local onde se encontra : propriedade do Aluno 

Data da publicação :  2004 

Nº de edição  : 901 

Local de edição : Porto 

Editora : Edição afrontamento 

ISBN :972‐36‐0705‐0 

Data de leitura :  Desembro de 2010 

Capítulo analisado : Globalização e religiosidade: leituras e conjunturas 

Autor  do capítulo : Peter Bayer e Victor Pereire da Rosa 

Página: 33 ‐ 40 

Palavras chaves : Globalização, economia, cultura, política, funcional e substantivista. 

Observações :  Nenhuma a registar 

Notas sobre os autores :   

Peter Beyer Doutorado pela universidade de Toronto, Canadá em 1980, actualmente é professor Associado da University of Ottawa, onde é director do Departamento de Ciências da Religião. É autor de inúmeros artigos e colaborações em obras colectivas. Do conjunto das suas publicações, destacam‐se os seguintes livros: Religion and Globalization (Sage,1994); Religion im Prozess der Globalisierung (verlag, 2001).  

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Victor Pereira da Rosa  doutorado em Antropologia pela McGill University (Montereal, Canadá) em 1980, é  actualmente Professor Catedrático na University of Ottawa. Tem sido professor convidado em universidades nos Estados Unidos, Canadá, Suécia, Brasil, Africa do Sul, Holanda e Portugal. É autor de centenas de artigos e colaborações em livros. Do conjunto das suas publicações, como autor e co‐autor, destacam‐se os seguintes livros: Azorean Emigration, 1994; Esthétique et Culture: Initation à l’anthropologie de l’art, 1997; Native American Women in Literature and Culture, 1997; Pós‐Colonialismo e Identidade, 1998; L’Ordre et le désordre: le politique en anthropologie, 1999; The Portuguese in Canadá: from the sea to the city, 2000; Perspectives Culturelles, 2001; Culture et Psychologie: une approche anthropologie,2002. 

 

 

Resumo :   

O texto aborda  a interpretação do conceito de religião e globalização Baseando‐se  nas  teorias  económicas,  politicas  e  culturais.  Segundo  os sociólogos  e  antropólogos  que  estudam  o  termo  da    globalização,  o conceito  de  religião  faz  referência  às  abordagens  funcionais  e substantivistas. Os autores do texto defendem que a globalização se traduz numa  intensificação  do  pluralismo  religioso  sendo  em  simultâneo  mais unificada. A globalização além de  tornar a  religião   global,  faz com que o local também se afirme crecentemente perante a religiosidade global. 

 

Estrutura : 

    Na parte da  globalização os  autores  fazem  referência  aos  factores que contribuem para a intensificação da globalização e focam‐se nas ideias dos estudiosos da globalização e as suas bases teóricas, que são os seguintes: 

 

1. A teoria baseada na economia por Immanuel Wallerstein, onde se  diz  que  o  sistema  mundo  traz  consigo  uma  economia capitalista mundial  que  se  desenvolve  e  fornece  uma  divisão 

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injusta no mundo em três regiões:   centrais, periféricas e semi periféricas onde as duas últimas  sustentam a primeira. 

 

2. Estudo da globalização na prespectiva  relações  internacionais, cuja grande parte do seu estudo concentra‐se no estado ou nas sociedades  nacionais,  como  defende,  John W. Meyer  (1997),  “conceitos  indespensáveis  como  desenvolvimento  direitos humanos,  cidadania,  igualdade  e  liberdade,  se  bem  que  nem sempre  intrepretada  da  mesma  maneira,  tornaram‐se referências incontornáveis para os estados se compararem uns aos outros” (Meyer apud Beyer e Rosa 2004). 

 

3. As  abordagens  culturais  no  estudo  da  globalização,  no  qual realçam  vários  factores,  mas  especialmente  os  movimentos sociais.  O  autor  roland  Robertson  realça  que  além  de  surgir uma cultura global no âmbito da globalização que é partilhada pelas  todas  as  sociedades  no mundo,  estão  a  surgir  também culturas, tradições e identidades apoiadas em modelos globais. 

 

    No que diz respeito à religião, o texto lembra‐nos os estudos sociológicos e  antropológicos  sobre  diferentes  perspectivas,  entre  elas  a  funcional  e substantivista  em  relação  à  definição  da  religião.  Para  a  perspectiva funcional  a  religião  é  conciderada    como  sendo  qualquer processo  social que tente explicar o significado  último da vida ou controlo social, enquanto a perspectiva substantivista  insiste na presença da actividade  institucional identificável, que se refere a uma realidade supra‐empírica e trancendental. 

 

 

7. Conclusão 

     Ao longo do meu trabalho, tentei abordar as religiões em Portugal desde as religiões mais antigas e as novas religiões que surgiram depois da implantação da República (1920) 

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   Neste trabalho mostro claramente que  Portugal, ao longo da sua história, era conhecido como um país de emigrantes, desde  a história dos Descobrimentos e colonialização.  A partir do processo da descolonização, até à actualidade, Portugal tornou se num país de imigrantes,  acolhendo muitas pessoas de vários nacionalidades e com diferentes culturas e religiões. 

    Portugal, no contexto europeu e até ao nivel mundial, é conciderado um país onde as diferentes religiões  convivem numa condição harmoniosa e estável. Isto deve‐se à contribuição da religião dominante (Catolicismo). 

 

 

 

8. Referências Bibliográficas. 

 

Os livros : 

• Almeida, Artur Roque  (1994),  “A  igreja na 2ª metade do  século XX,”  in   Miguel  Oliveira,  História  da  Eclesiastica  de  Portugal  , Mem martins : Eropa américa, 276‐283. 

 

• Beyer,  Peter  e    Rosa,  Pereira  Victor  (2004),  “Globalização  e religiosidade: Leituras e conjunturas,”  in Donizete Rodrigues, Em Nome  de Deus A  religião  na  sociedade    contemporâneo.  Porto: Afrontamento,  33‐40. 

 

• Costa, Manuel Da Silva  ( 2004), “religião e  sociedade: a eficácia da  religião  e  a  religião  da  eficácia”  in  Donizete  Rodrigues  Em Nome  de Deus A  religião  na  sociedade    contemporâneo.  Porto: Afrontamento, 121‐134. 

 

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• Giddens,  Anthony  (1999),  Capitalismo  e moderna  teoria  social, Lisboa: Editoral presença. 

 

• Rodrigues, Donizete e Santos, Ana Paula  (2004),   “O movimento pentecostal  cigano:  o  caso  da  Igreja  Evangélica  de  filadélfia  de portugal” in Donizete Rodrigues  Em Nome de Deus A religião na sociedade  contemporâneo. Porto: Afrontamento, 135‐156. 

 

• Vilaça,  Helena  (2009),  Imigração,  Etnicidadee  religião,  Lisboa: Acidi. 

                                                                                              

Internet: 

• Freitas, helena de sousa (2008) “ Números de religiosas em portugal 

deceu  23,5 po cento desde 1992.  Página visitada em 11 novembro 

2010, disponível em 

http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=58790&visual=3&layout=10;&tm=

8& 

• Mucznic,esther (1999) “ os judeus em portugal”. Página visitada em 

21 de novembro 2010, disponível em 

http://www.cilisboa.org/hpt_esther.htm 

• Sapo.pt (2008) “Religiões: Portugal é país exemplar na integração da 

comunidade islâmica”. Página visitada em 29 de novembro 2010, 

disponível em 

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/49e101fa0547d3399d35d6.html  

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• Tiesler, Nina Clara(2007) “ Muculmanos na margem: A nova presença 

islâmica em portugal”. Página visitada em  13 dezembro 2010, 

disponível em http://repositorio‐

iul.iscte.pt/handle/10071/397?mode=full 

• Wikipedia (2010)  Religião. Página visitada em 21 de novembro 2010, 

dinponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o                                                        

 

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ANEXO I 

Página da internet avaliada