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As novas religiões em Portugal
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de fontes de
informação sociológicas da licenciatura em sociologia sob
orientação de Professor Paulo Peixoto
Imagem da capa disponivel em :
http://static.infoescola.com/wp‐
content/uploads/2009/08/small_luz.jpg
Índice 1. Introdução .................................................................................. 1 2. Desenvolvimento .......................................................................... 2 2.1. Estado das Artes ............................................................... 2 2.1.1. Definição da religião ............................................... 2 2.1.2. As religiões mais antigas em Portugal .................... 3 2.1.2.1. Catolicismo ................................................... 3 2.1.2.2. O Judaísmo .................................................. 5
2.1.2.3. O Islamismo ................................................. 6
3. As novas religiões em Portugal .................................................... 8
3.1. A igreja evangélica (cigano) de Filadélfia de Portugal ....... 8
3.2. Religião Ortodoxa .............................................................. 9
4. Descrição detalhada da pesquisa ................................................ 11
5. Avaliação de uma página da Internet ........................................... 12
6. Ficha da Leitura ............................................................................ 13
7. Conclusão .................................................................................. 16
8. Referências Bibliográficas ............................................................ 17
Anexo I
Página de Internet avaliada
Anexo II
Texto de suporte de ficha de leitura
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1. Introdução
Este trabalho é realizado no âmbito da disciplina de Fontes de informação sociológica. Tendo em conta que, nesta cadeira, o docente dá a escolher aos estudantes, seguir a avaliação continua ou ir ao exame, decidi a seguir avaliação contínua. O tema que escolhi para o meu trabalho é “As Novas Religiões em Portugal.”
Como sabido, que qualquer trabalho que se relaciona com a religião sempre exige um esforço enorme, porque, a religião está sempre presente em toda a história, cultura, no tempo e no espaço, em toda a sociedade, desde sociedades mais primitivas até às sociedades mais modernas.
Em Portugal, a Religião não tem sido, o objecto de uma reflexão sociológica muito mais aprofundada na sociedade portuguesa. Esta realidade nota‐se na ausência de estudos teóricos e empíricos sobre religião e da maneira como ser tratado enquanto fenómeno macro social. A religião, como os outros factos sociais, sempre está em mutação no seu processo ou evolução, desde o início até à actualidade. Com o surgimento da secularização, muitos cientistas sociais, como os sociólogos clássicos, defendiam a decadência da religião, más os sociólogos actuais, através dos estudos empíricos mostram que a religião não está a desaparecer, mas sim a passar por uma grande transformação; por exemplo, cada indivíduo pode criar a sua própria maneira de buscar e viver o religioso num sistema de Self‐service
No início deste trabalho na parte do desenvolvimento destaco a definição do conceito de religião segundo alguns autores.De seguida abordo as religiões mais antigas em Portugal. Depois foco‐me nas novas religiões em portugal.
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2.Desenvolvimento
2.1.Estado das artes
2.1.1. Definição da religião
Na sociologia, como na filosofia, a definição do conceito de religião que pode ser aceite universalmente é muito difícil. Isto porque, as tradições geralmente concideradas como religiões são muitos diferentes. Se se definisse religião em termos de crença ou veneração de Deus ou Deuses promove‐se uma exclusão da versão ateia do budismo coma não religiosas.
A religião (do latim: “relígio” usado na vulgata, que significa “prestar culto a uma divindade “, “ligará novamente“, ou simplesmente “religar” ) pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que parte da humanidade concidera como sobrenatural, divino, sagrado e trancedental, bem como conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças (wikipedia, 2010). A religião, ao longo da sua existênsia, deu e continua a suscitar maior trabalho para os cientistas sociais que trabalham nesta área de estudo. Desde os sociólogos clássicos até aos actuais, a religião é conciderada muito importante para saber o desenvolvimento ou integração dos indivíduos na sociedade. Segundo Manuel da Silva e Costa,
“Religião é um sistema de crenças implicando um conjunto de representações simbólicas referentes a um metassocial. As crenças, os dogmas como representaçães, exprimem‐se em ritos, ceremónias e cultos. as crenças e os ritos orientam as atitudes e os comportamentos dos aderentes, [..] clérigos e leigos desempenham funções específicas.” (2004: 123)
No pensamento weberiano só pode ser conciderada religião quando existe comunicação dos crentes para com a divindade pela oração pela adoração e pelas súplicas. Na religião tem que haver sacerdotes, o que
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consiste num grupo de funcionários permanentes que tem funções de manutenção da continuidade de culto. Na perspectiva Durkheiniana, enquanto religião é necessário que existam divindades sobrenaturais, sistemas de crenças, rituais e uma forma institucional bem definida. Durkheim definiu religião como um sitema solidário de crenças e práticas relativas a coisas sagradas […] crenças e práticas que unem numa só comunidade moral, a que se dá o nome de igreja, todos aqueles que a elas aderem. ( Durkheim apud Giddens,1999:159).
Se olharmos para a classificação das práticas de Giddens podemos dizer que a religião desempenha na sociedade e ao estado, três utilidades. Primeiro confere uma significação e fomenta construção das identidades e de reprodução social. Segunda, desempenha uma função de orientação das práticas quotidianas e de lagitimação dos laços e das relaçães sociais. Por último a religião tem uma utilidade de dominação ideológica, de hegemonia ou de utopia, reforçando os poderes e suas instituições junto dos fiéis ou exercendo, ao contrário, uma utilização de crítica social. Numa perspectiva funcional considera‐se a religião como sendo qualquer processo social que tente explicar o significado último da vida ou controlo social. Nesta perspectiva, a religião e a religiosidade são fundamentais para uma melhor compreensão dos fenómenos de integração‐alienação presentes em todas as sociedades ( Beyer e Rosa, 2004: 38)
2.1.2. As religiões mais antigas em Portugal
2.1.2.1. Catolicismo
A igreja católica é a religião dominante em Portugal, segundo o censos realizados no ano 2001, 7.353.548 de pessoas ou cerca de 90 % da população portuguesa identificaram se como católicos (wikipedia, 2010). O cristianismo instalou‐se em Portugal com o processo da romanização da Penísula, após II séculos de luta (226‐25.ac), sendo à anterior da conquista romana. Na lusitânia já exestiam o culto de Ategénia, Deusa da fecundidade e o endovélico, que significa muito bom, ambos talvez de
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origem Céltica ( Oliveira, 1994). Neste trabalho, vou‐me focar sobre a Igreja católica a partir da queda da monarquia em Portugal.
Depois da instalação da 1ª república (1919‐1926), o poder político entrou em conflíto com a Igreja católica e mostrou ser óbvio a sua intenção de eliminá‐la. Más o resultado foi o inverso. Pois a Igreja com o seu esforço, conseguiu a sua restauração. Nos primeiros anos da República laica, entre 1910 e 1919, a relação da Santa Sé e Portugal foi agitada. Como refere o Pª Artur Roque de Almeida “esta ofenssiva oficial gerou uma atmosfera de resistência pacífica em esforço de paciente reedificação [..] a Igreja encontrava –se agora numa posição estável.”
Nos anos 60, a solidez da estrutura eclesial entrou em crise, acompanhando a crise de valores que atravessou o mundo e a Europa, em particular, naquela época. Em Portugal, esta crise notou‐se com constetação estudantil de Lisboa e de Coimbra nos finais desses anos. No regime de Salazar nos anos 70, a Igreja é uma aliada muito forte do estado. Isto explica‐se com um bom relacionamento entre o professor Oliveira Salazar e o Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Gonçalves Cerejeira. Nesses anos, a Igreja Católica foi considerada como uma religião tradicional da nação Portuguesa e passou a ter protecção do estado.
Com a queda do Estado Novo, em 25 de Abril de 1974, gerou‐se uma distinção entre os católicos conservadores e os progressistas, sendo assim, não se notou uma crise no clero. Actualmente segundo a minha observação, a vocação sacerdotal está em declínio, pois nota‐se nas celebrações das missas, onde há menos padres jovens. Isto deve‐se a varias razões uma delas é o celibato. Esta razão coincide com a opinião do antropólogo Donizete Rodrigues, quando ele afirma que “A exigência do selibato é um inpedimento, sobretudo quando se está inserido numa sociedade bastante erotizada …” (Rodrigues, 2008).
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Em relação à vocação das mulheres podemos visualizar as estatística facultadas pela conferência do instituto dos religiosos de portugal (CIRP), segundo o qual, em 1992 o total de religiosas era de 7.995, […] e cifrando se em 6.105 em 2006 (Freitas, 2008). No pasado “As mulheres iam para convento como alternativa à pobreza ou a um casamento forçado […] agora, o cenário é completamente diferente por varios motivos […] as mulheres terem entrado em força no mercado de trabalho […] hojé existem formas de a mulher pode viver a religiosidade sem ter de abdicar de constituir família, podendo participar nas missas como leitura, cantar no coro da igreja ou dar catequese ( Vilaça, 2008)
2.1.2.2. O Judaísmo
Em Portugal, a prova da existência judaica só ocorre a partir do século VI dc. com a descoberta das inscrições funerárias na frequesia de Lagos da beira. O que se trata neste trabalho é a vida dos judeus em Portugal a partir da Segunda guerra mundial, com a vaga de refugiados vindos de Alemanha. No início, os refugiados Judeus foram bem recibidos. Isto deve‐se à comissão portuguesa de assistência aos judeus refugiados (COMASSIS). Mas no ano de 1940 e meados de 1941, o estado português começou a ter receio da influência dos judeus e tentou travar essa entrada dos refugiados judeus em Portugal. Perante esta situação Moisés Amzalek, o então presidente da comunidade israelita de Lisboa, que era vice‐reitor da universidade técnica de Lisboa e tinha estudado junto com Salazar em Coimbra, aproveitando a confiança que Salazar tinha nele, foi pedir a Salazar para manter aberta a entrada dos judeus em Portugal (Mucznic, 1999)
A revolução de 25 de Abril de 1974, que levou a uma mudança profunda na sociedade portuguesa, traz também uma significado muito especial aos judeus em Portugal, porque, a partir dese acontecimento, a classe política portuguesa começou a olhar para os seus judeus de maneira diferente, como refere o Esther Mucznic,
“A visão nacionalista estreita, sucede a conciência da importância das heranças Àrabe e Judaíca . Abrem‐se os arquivos, surge à luz do dia a
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riqueza do contributo Judaico, desde os promórdios da nacionalidade até ao decreto da expulsão, no sec.XV. Mas, também, os horrores das conversões forçadas, a longa noite da Inquisição, a discriminação dos cristãos novos.” (Mucznic, 1999).
No ano de 1989 o doutor Mário Soares, então Presidente da República, manifestou o pedido de perdão simbólico pelas persegições que os judeus sofreram em Portugal. Em 1996, no parlemento nacional, foi votada por unanimidade a revogação simbólico do decreto. Estes actos mostram claramente uma mudança no relacionamento mútuo.
Actualmente, os judeus integram‐se muito bem na sociedade potuguesa, onde têm direitos que estão explícitos na constituição portuguesa da liberdade religiosa. Sendo assim, o judaismo português também não foge da crise que ocorre em todos os países e em todas as comunidades religiosas. No judaismo português esta crise nota‐se em dois aspectos. Em primeiro lugar, sobre o crecimento dos seus membros, mesmo que o número dos judeus tenha sido duplicado relativamente há 20 anos, no entanto, a maioria deles por razões do mercado europeu, encontram‐se em Portugal temporariamente. Em segundo lugar, verifica‐se uma crise espiritual, que leva, a importância da religião tenha mudado bastante na vida das pessoas. Grande parte deles deixaram de realizar as suas actividades religiosas diárias, mantendo‐se apenas a participar no shabat e nas festas do calendário judaico. Reduziu‐se também a prática Casherut (alimentação segundo as regras judaicas). Segundo Esther Mucznic “No judaismo português e particularmente no judaismo lisboeta, faz‐se sentir duramente a falta de uma verdadeira liderança espiritual e religiosa, e de uma educação judaica regular.” (Mucznic, 1999).
2.1.2.3. O Islamismo
Os muçulmanos só chegaram à Península Ibérica em 711, com a invasão que foi comandado por Tarik e que durou cerca de 800 anos, e que influenciou muito a vida das populações da península. Muitos deles chegaram a converter‐se em muçulmanos. Em Portugal toda zona do
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Algarve e do baixo Alentejo, ainda hoje mostra claramente os vestígios deixados pelos muçulmanos.
Na década de 50 e inicio de 60, chegaram de Moçambique e da Guine Bissau entre 5 e 15 muçulmanos. Este pequeno grupo era constituido por estudantes universitárias que posteriormente serviu como base para reentrada dos muçulmanos em portugal, na sua maioria os muçulmanos de origem Indiana que tinham sido comerciantes bem estabelicidos ou tinham pertencido a sectores laborais favorecidos em Moçambique (Tiesler,2007). Este acontecimento deveu‐se muito dà guerra civil que ocorreu no país. Na comparação entre os muçulmanos que chegaram antes e os recém‐chegados, podemos constatar que estes últimos vivem em pobreza económica. A comunidade islâmica em Portugal, oriundas dos países dos ex‐colónias portuguesas, adaptou‐se se bem e facilmente, por duas razões :
1. Têm menos problemas com a língua portuguesa 2. Já se encontram em Portugal alguns irmãos de fé, que chegaram
primeiro a Portugal, por via educativa ou diplomática.
Segundo a investigadora Nina Tiesler (2007), a presença muçulmana no país divide‐se em três etapas. A primeira diz respeito aos estudantes vindos de Moçambique. A segunda ocorre com a chegada de inúmeros muçulmanos sunitas, ismaelitas e um ramo xiita do islão. Estes também chegaram de Moçambique. Alguns tempos depois chegaram muçulmanos da Guine Bissau. Até aqui, fala‐se em imigrantes muçulmanos de caracter lusófono. Na terceira etapa ou última mudou‐se o perfil lusófona para universal (mais diversificada), isto porque deram entrada em Portugal os muçulmanos dos outros países que não fazem parte da lusófonia. A partir do início dos anos noventa, como, por exemplo, a entrada dos imigrantes Bangladeses.
Em Portugal, os imigrantes muçulmanos encontram‐se em vantagen perante os seus irmãos de fé que estão epalhados em outros países
europeus actualmente. Como refere Raúl Braga Pires, "Portugal é uma
arca de Noé, as pessoas estão integradas, as comunidades estão
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integradas e acho que a política de integração é uma política correcta. Não vejo que haja problemas de integração do muçulmano e do estrangeiro em Portugal.” ( sapo.pt, 2008)
Segundo a minha opinião, os países da Europa ainda não adaptaram uma política governativa corecta para com os imigrantes muçulmanos que estão integrados na sociedade desses países, como por exemplo,revela a proibição do uso da burka em França, e os ataques a locais de culto dos muçulmanos (Mesquitas) .
3. As novas religiões em Portugal
3.1. A igreja evangélica (cigano) de Filadefia de Portugal.
Esta igreja é uma das que resulta da segmentação do protestantismo, propriamente pentecostantismo. Esta nova religião chega a Espanha em 1963 através de um grupo de ciganos espanhóis convertidos em França. Depois de alguns anos, esta igreja foi legalmente reconhecida pelo governo de Espanha. Isto aconteceu em 1969, (Biedema apud Rodrigues,2004: 138)
Na década de 60, ínicio de 70, foram enviados sete irmãos de Espanha para Portugal pelo movimento evangélico cigano espanhol. Entretanto já existiam na região da beira interior pastores da assembleia de Deus que já se interessavam em evangelizar os ciganos, como o pastor Baltazar. Através de uma união de esforços entre eles surgiu a igreja evangélica (cigano) de Filadélfia de Portugal.
Tudo começou no Tortosendo e especialmente em Caria. Por vários motivos, entre eles a presença dos pastores espanhóis, do pastor Baltazar e do testemunho de um dos filhos do chefe da comunidade cigana de Caria, que, em 1966, em Madrid tinha contactado com o movimento cigano evangélico espanhol. Em 1976, ordenou o primeiro pastor cigano português, o pastor Quim. A partir daí começou a realizar‐se os cultos e os baptismos (Rodrigues,2004)
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Os rituais religiosos nos primeiros tempos eram realizados no casarão do chefe da comunidade cigana. Em 1990, com o crescimento dos fiéis passaram a alugar um local maior. Hoje, já há um edifício próprio da igreja. Em Portugal o número de fiéis desta igreja foi contado em Setembro de 1999 com dados fornecidos pelo pastor José Pinto Sousa, o então secretário da igreja. “sem contar os simpatizantes, obtivemos o número aproximado de 3.360 fiéis, para uma população estimada entre 30 mil e 50 mil ciganos residentes em Portugal” (Bastos & Bastos, apud Rodrigues e Santos, 2004: 140).
Actualmente em Portugal, os ciganos têm sido alvo de racismo […] adesão a uma instituição religiosa cristã pode[…] Restabelecer uma imagem mais positiva na sociedade, (Rodrigues e Santos , 2004). No seio da comunidade cigana a converção traz transformação na vida quotidiana deles, sendo assim não significa que eles renunciaram a sua etnicidade.
A igreja evangélica (cigana) de Filadélfia de Portugal, como qualquer Igreja tem a sua própria estrutura básica da igreja, a formaçõa dos pastores e fundamentos teológicos básicos (o baptismo, crismas, o tempo e o culto).
3.2. Religião Ortodoxa.
Esta religião surgiu em Portugal na década de 70 pelo monge Agostinho (D. Gabriel), que converteu ao cristianismo ortodoxo em Paris, em 1976. No seu regresso a Portugal, este monge realizou celebrações em Lisboa na igreja de Caselas, segundo Vilaça, “do ponto de vista económico, aquele ramo português da igreja ortodoxa pertencia à metrópole ibérica da igreja ortodoxa da Polónia.” No ano de 1978 construiu o primeiro mosterio em Sintra e posteriormente ergeu o templo em Benfica. Naquela altura aderiram à igreja ortodoxa alguns aristocratas portugueses e estrangeiros a morar em Portugal.
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Nos finais dos anos 80 ínicio de 90, o Bispo Gabriel ficou doente. Aconteceu a polémica subtituição dele por D. João. Com isso grande parte dos sacerdotes e fiéis afastaram‐se desta igreja, e a igreja perdeu o apoio da igreja ortodoxa da Polónia. O padre Alexandre Bonito que foi convertido e ordenado em Paris, após rutura com D. Gabriel, voltou a ser ordenado em França, e actualmente é o responsável pela comunidade de Caselas.
Até aqui podemos constatar que o aparecimento da igreja ortodoxa em Portugal ocorreu antes da vaga imigratória de leste, por duas razões :
1. A existência de ortodoxos nos censos de 1980 e1990
2. O papel pioneiro de alguns sacerdotes e leigos portugueses convertidos à igreja ortodoxa. Podemos visualizar a evolução da população de religião ortodoxa, por regiões, presente na tabela I, onde se constata que em 1981região Lisboa com maior população ortodoxa. Em 2001 a região de Lisboa é aquela que reune mais o número de ortodoxos.
Tabela I
Recenseamento Geral da População, 2001.
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4.Descrição detalhada da pesquisa
Depois ter sabido de que na cadeira de fontes de informação sociológica os alunos que optam pela avaliação continua, não podem faltar mais que cinco vezes e fazem o trabalho para 20 valores, optei pela avaliação contínua. Em relação aos temas que professor colocou para os alunos escolherem, decidi escolher o tema “as novas religiões em Portugal”. Porque eu acho que este tema está muito bem delimitado. Ou seja, o objecto de estudo é só em Portugal.
O início da minha pesquisa foi ir procurar os livros que me pudessem dar informações para realização do meu trabalho. Assim, desloquei‐me a biblioteca da nossa faculdade para encontrar aqueles livros que eu precisava, com a indicação que o professor Paulo Peixoto me deu. Na biblioteca pesquisei logo o livro da professora Vilaça e os outros livros que eu achava interessantes para a elaboração do meu trabalho. Além dos livros que eu encontrei lá na biblioteca, o meu trabalho também se baseava nalguns livros que eu tenho. Como o livro do professor Donizete Rodrigues e do nosso conhecido Anthony Giddens.
Na parte da pesquisa na internet, como é óbvio optei logo pelo motor de busca google e escrevi, as novas religiões em Portugal, obtive um ruido enorme com 20.250.000 resultados, a seugir escrevi “novas religiões”+ “portugal” obtive 4.560 resultados. Como continua a ter ruido, entrei no diretório do google e repeti a pesquisa com as novas religiões em Portugal. Obtive cerca de 257 resultado. Como continuei a ter dificuldade em encontrar as informações pertinetes para o trabalho decidi pesquisar os temas das secções que estão no indice do meu trabalho. Assim procurei, por exemplo, a religião católica em Portugal ou religião judeus em Portugal. Os sites que eu pesquisei foram vários entre eles, www.rtp.pt, www.sapo.pt , www.google.pt e os outros. Em suma eu tenho sorte porque os livros que eu tenho e alguns que requisitei da nossa biblioteca da FEUC foram muito pertinentes na elaboração do meu trabalho.
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5. Avaliação de uma página da internet
Nome do sítio : RTP ( radio televisão portuguesa )
Tipo de informação : esclarecer e informar
Público alvo : Público vasto
Lingua original : portuguesa
Endereço URL : http://www.rtp.pt
Data : 14‐ 03‐ 2008
O autor do sítio é empresa estatal portuguesa, em relação ao endereço URL electrónico é evidente e muito curto, sendo de fácil memorizações pelo público que acede a este sítio. Além disso, ele é conhecido por todos os portugueses em geral. Neste sítio existem instrumentos de pesquisa onde podemos pesquisar vários temas que nos sirvam para a elaboração do trabalho. As informações contidas no sítio são muito claras e eficazes na sua qualidade de informação .
Quanto ao conteúdo e alcance do sítio, segundo a minha opinião as informações disponíveis são acessíveis ao meu nível de estudo, e oferece informação credível ao meu trabalho, uma vez que informação no sítio foram dadas pelos cientistas sociais com grau de conhecimento muito elevado sobre a matéria que está ser tratada.
A página tem uma apresentação gráfica muito atractiva e simples, na qual não prejudica os visitantes da página a a que queiram compriender o seu conteúdo.
Numa avaliação geral, diria que esta página é credível, uma vez que possui linguagem simples e informação adequada, porque o sítio é uma operador de serviço público ou empresa estatal cuja objectivo é servir a população em geral.
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6.Ficha de leitura
Títtulo da publicação: Em nome de Deus a Religião na sociedade contemporânea
Autor : Donizete Rodrigues (ORG)
O local onde se encontra : propriedade do Aluno
Data da publicação : 2004
Nº de edição : 901
Local de edição : Porto
Editora : Edição afrontamento
ISBN :972‐36‐0705‐0
Data de leitura : Desembro de 2010
Capítulo analisado : Globalização e religiosidade: leituras e conjunturas
Autor do capítulo : Peter Bayer e Victor Pereire da Rosa
Página: 33 ‐ 40
Palavras chaves : Globalização, economia, cultura, política, funcional e substantivista.
Observações : Nenhuma a registar
Notas sobre os autores :
Peter Beyer Doutorado pela universidade de Toronto, Canadá em 1980, actualmente é professor Associado da University of Ottawa, onde é director do Departamento de Ciências da Religião. É autor de inúmeros artigos e colaborações em obras colectivas. Do conjunto das suas publicações, destacam‐se os seguintes livros: Religion and Globalization (Sage,1994); Religion im Prozess der Globalisierung (verlag, 2001).
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Victor Pereira da Rosa doutorado em Antropologia pela McGill University (Montereal, Canadá) em 1980, é actualmente Professor Catedrático na University of Ottawa. Tem sido professor convidado em universidades nos Estados Unidos, Canadá, Suécia, Brasil, Africa do Sul, Holanda e Portugal. É autor de centenas de artigos e colaborações em livros. Do conjunto das suas publicações, como autor e co‐autor, destacam‐se os seguintes livros: Azorean Emigration, 1994; Esthétique et Culture: Initation à l’anthropologie de l’art, 1997; Native American Women in Literature and Culture, 1997; Pós‐Colonialismo e Identidade, 1998; L’Ordre et le désordre: le politique en anthropologie, 1999; The Portuguese in Canadá: from the sea to the city, 2000; Perspectives Culturelles, 2001; Culture et Psychologie: une approche anthropologie,2002.
Resumo :
O texto aborda a interpretação do conceito de religião e globalização Baseando‐se nas teorias económicas, politicas e culturais. Segundo os sociólogos e antropólogos que estudam o termo da globalização, o conceito de religião faz referência às abordagens funcionais e substantivistas. Os autores do texto defendem que a globalização se traduz numa intensificação do pluralismo religioso sendo em simultâneo mais unificada. A globalização além de tornar a religião global, faz com que o local também se afirme crecentemente perante a religiosidade global.
Estrutura :
Na parte da globalização os autores fazem referência aos factores que contribuem para a intensificação da globalização e focam‐se nas ideias dos estudiosos da globalização e as suas bases teóricas, que são os seguintes:
1. A teoria baseada na economia por Immanuel Wallerstein, onde se diz que o sistema mundo traz consigo uma economia capitalista mundial que se desenvolve e fornece uma divisão
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injusta no mundo em três regiões: centrais, periféricas e semi periféricas onde as duas últimas sustentam a primeira.
2. Estudo da globalização na prespectiva relações internacionais, cuja grande parte do seu estudo concentra‐se no estado ou nas sociedades nacionais, como defende, John W. Meyer (1997), “conceitos indespensáveis como desenvolvimento direitos humanos, cidadania, igualdade e liberdade, se bem que nem sempre intrepretada da mesma maneira, tornaram‐se referências incontornáveis para os estados se compararem uns aos outros” (Meyer apud Beyer e Rosa 2004).
3. As abordagens culturais no estudo da globalização, no qual realçam vários factores, mas especialmente os movimentos sociais. O autor roland Robertson realça que além de surgir uma cultura global no âmbito da globalização que é partilhada pelas todas as sociedades no mundo, estão a surgir também culturas, tradições e identidades apoiadas em modelos globais.
No que diz respeito à religião, o texto lembra‐nos os estudos sociológicos e antropológicos sobre diferentes perspectivas, entre elas a funcional e substantivista em relação à definição da religião. Para a perspectiva funcional a religião é conciderada como sendo qualquer processo social que tente explicar o significado último da vida ou controlo social, enquanto a perspectiva substantivista insiste na presença da actividade institucional identificável, que se refere a uma realidade supra‐empírica e trancendental.
7. Conclusão
Ao longo do meu trabalho, tentei abordar as religiões em Portugal desde as religiões mais antigas e as novas religiões que surgiram depois da implantação da República (1920)
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Neste trabalho mostro claramente que Portugal, ao longo da sua história, era conhecido como um país de emigrantes, desde a história dos Descobrimentos e colonialização. A partir do processo da descolonização, até à actualidade, Portugal tornou se num país de imigrantes, acolhendo muitas pessoas de vários nacionalidades e com diferentes culturas e religiões.
Portugal, no contexto europeu e até ao nivel mundial, é conciderado um país onde as diferentes religiões convivem numa condição harmoniosa e estável. Isto deve‐se à contribuição da religião dominante (Catolicismo).
8. Referências Bibliográficas.
Os livros :
• Almeida, Artur Roque (1994), “A igreja na 2ª metade do século XX,” in Miguel Oliveira, História da Eclesiastica de Portugal , Mem martins : Eropa américa, 276‐283.
• Beyer, Peter e Rosa, Pereira Victor (2004), “Globalização e religiosidade: Leituras e conjunturas,” in Donizete Rodrigues, Em Nome de Deus A religião na sociedade contemporâneo. Porto: Afrontamento, 33‐40.
• Costa, Manuel Da Silva ( 2004), “religião e sociedade: a eficácia da religião e a religião da eficácia” in Donizete Rodrigues Em Nome de Deus A religião na sociedade contemporâneo. Porto: Afrontamento, 121‐134.
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• Giddens, Anthony (1999), Capitalismo e moderna teoria social, Lisboa: Editoral presença.
• Rodrigues, Donizete e Santos, Ana Paula (2004), “O movimento pentecostal cigano: o caso da Igreja Evangélica de filadélfia de portugal” in Donizete Rodrigues Em Nome de Deus A religião na sociedade contemporâneo. Porto: Afrontamento, 135‐156.
• Vilaça, Helena (2009), Imigração, Etnicidadee religião, Lisboa: Acidi.
Internet:
• Freitas, helena de sousa (2008) “ Números de religiosas em portugal
deceu 23,5 po cento desde 1992. Página visitada em 11 novembro
2010, disponível em
http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=58790&visual=3&layout=10;&tm=
8&
• Mucznic,esther (1999) “ os judeus em portugal”. Página visitada em
21 de novembro 2010, disponível em
http://www.cilisboa.org/hpt_esther.htm
• Sapo.pt (2008) “Religiões: Portugal é país exemplar na integração da
comunidade islâmica”. Página visitada em 29 de novembro 2010,
disponível em
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/49e101fa0547d3399d35d6.html
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• Tiesler, Nina Clara(2007) “ Muculmanos na margem: A nova presença
islâmica em portugal”. Página visitada em 13 dezembro 2010,
disponível em http://repositorio‐
iul.iscte.pt/handle/10071/397?mode=full
• Wikipedia (2010) Religião. Página visitada em 21 de novembro 2010,
dinponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o