Trabalho de Geografia

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Trabalho de Geografia Noticia “População mais do que duplicou nas zonas suburbanas qualificadas de Lisboa e Porto” “Entre 2001 e 2011, as duas áreas metropolitanas perderam metade dos residentes nas zonas suburbanas não qualificadas. Imigração marcou mais a área de Lisboa do que a do Porto. A população a residir em zonas suburbanas qualificadas das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto mais do que duplicou em dez anos, entre 2001 e 2011. Pelo contrário, diminuiu para metade o número de pessoas a viverem nas áreas suburbanas não qualificadas, como mostram os dados da tipologia socioeconómica das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (2011), uma publicação divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) com base nos dados dos últimos censos. O alargamento dessa suburbanização qualificada abrangeu sobretudo os concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras e Odivelas na área metropolitana de Lisboa (AML), e os concelhos do Porto, Matosinhos, Maia e Vila Nova de Gaia na área metropolitana do Porto (AMP). O que aproxima as duas áreas são também as características da população residente nos centros urbanos tradicionais, ou seja, os "territórios mais envelhecidos tanto em termos de população como do edificado", explica o INE. É nessas zonas que há mais pessoas a viverem sozinhas, com idades acima dos 65 anos e viúvas, assim como mais alojamentos arrendados. "Por oposição, registam uma menor incidência de núcleos familiares de casais com filhos, de população ativa, que trabalha/estuda noutro município e cujo principal meio de transporte casa-trabalho/escola é o automóvel", refere o INE. Lisboa, Sintra, Setúbal e Cascais são os municípios da AML onde mais se concentra essa classe económica, que prevalece em maior proporção do que na região homóloga do Porto. Imigração marca a área de Lisboa Há duas características que distinguem as áreas metropolitanas. Lisboa tem um território mais heterogéneo do que o do Porto e mais marcado pelos chamados "espaços de imigração", onde reside 12% da população total da AML. São zonas com uma maior proporção de população com nacionalidade estrangeira, mais diversificação religiosa, mais alojamentos sobrelotados e onde a idade média dos edifícios e a proporção de alojamentos arrendados são superiores, segundo as características enumeradas pelo Instituto Nacional de Estatística. "O incremento e a diversificação dos fluxos imigratórios a que Portugal assistiu em finais do século XX e no decorrer da primeira década do presente século marcaram de forma mais nítida a área metropolitana de Lisboa do que a do Porto", aponta o INE. Já a área metropolitana do Porto é caracterizada sobretudo pelos chamados "espaços autocentrados de menor densidade" - territórios com menos população a trabalhar ou estudar noutro município e menor intensidade de urbanização, não só por terem menos densidade populacional, mas também por terem menos edifícios com mais de sete alojamentos. Mariana Barros Nº 21 11º F

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NoticiaPopulao mais do que duplicou nas zonas suburbanas qualificadas de Lisboa e PortoEntre 2001 e 2011, as duas reas metropolitanas perderam metade dos residentes nas zonas suburbanas no qualificadas. Imigrao marcou mais a rea de Lisboa do que a do Porto.A populao a residir em zonas suburbanas qualificadas das reas metropolitanas de Lisboa e do Porto mais do que duplicou em dez anos, entre 2001 e 2011. Pelo contrrio, diminuiu para metade o nmero de pessoas a viverem nas reas suburbanas no qualificadas, como mostram os dados da tipologia socioeconmica das reas metropolitanas de Lisboa e Porto (2011), uma publicao divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE) com base nos dados dos ltimos censos.O alargamento dessa suburbanizao qualificada abrangeu sobretudo os concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras e Odivelas na rea metropolitana de Lisboa (AML), e os concelhos do Porto, Matosinhos, Maia e Vila Nova de Gaia na rea metropolitana do Porto (AMP).O que aproxima as duas reas so tambm as caractersticas da populao residente nos centros urbanos tradicionais, ou seja, os "territrios mais envelhecidos tanto em termos de populao como do edificado", explica o INE. nessas zonas que h mais pessoas a viverem sozinhas, com idades acima dos 65 anos e vivas, assim como mais alojamentos arrendados."Por oposio, registam uma menor incidncia de ncleos familiares de casais com filhos, de populao ativa, que trabalha/estuda noutro municpio e cujo principal meio de transporte casa-trabalho/escola o automvel", refere o INE.Lisboa, Sintra, Setbal e Cascais so os municpios da AML onde mais se concentra essa classe econmica, que prevalece em maior proporo do que na regio homloga do Porto.Imigrao marca a rea de LisboaH duas caractersticas que distinguem as reas metropolitanas. Lisboa tem um territrio mais heterogneo do que o do Porto e mais marcado pelos chamados "espaos de imigrao", onde reside 12% da populao total da AML. So zonas com uma maior proporo de populao com nacionalidade estrangeira, mais diversificao religiosa, mais alojamentos sobrelotados e onde a idade mdia dos edifcios e a proporo de alojamentos arrendados so superiores, segundo as caractersticas enumeradas pelo Instituto Nacional de Estatstica."O incremento e a diversificao dos fluxos imigratrios a que Portugal assistiu em finais do sculo XX e no decorrer da primeira dcada do presente sculo marcaram de forma mais ntida a rea metropolitana de Lisboa do que a do Porto", aponta o INE.J a rea metropolitana do Porto caracterizada sobretudo pelos chamados "espaos autocentrados de menor densidade" - territrios com menos populao a trabalhar ou estudar noutro municpio e menor intensidade de urbanizao, no s por terem menos densidade populacional, mas tambm por terem menos edifcios com mais de sete alojamentos. "Simultaneamente, regista-se uma menor incidncia de populao pertencente a grupos socioeconmicos mais qualificados e com mais escolaridade".Esta publicao estatstica tem por base os 18 municpios da AML e os 17 municpios da AMP, onde em 2011 residiam 43% da populao total do pas (2,8 milhes na rea de Lisboa e 1,76 milhes na rea do Porto). Entre 2001 e 2011, a populao residente na AML aumentou 6% e a na AMP aumentou 1,7%.Fonte: Expresso24 de julho de 2014Neste artigo referido que cada vez mais as populaes se tm deslocado para as cidades. Na verdade, desde o incio do sculo XX que possvel observar este fenmeno uma vez que a percentagem de populao a viver nas cidades aumentou de 13% (no inicio do sculo) para 75% (na Europa). Portugal no foge a essas tendncias, sendo que possvel observar uma deslocao da populao do interior para o litoral, xodo rural junto dos grandes centros urbanos, Lisboa e Porto (onde se concentra 43% da populao portuguesa). Esta deslocao da populao, essencialmente jovem, na procura de melhores condies de vida e mais oportunidades de emprego.Segundo o INE os residentes das reas suburbanas qualificadas de Lisboa e Porto duplicou em dez anos, assim como os de alguns concelhos perifricos. Por outro lado o interior portugus est cada vez mais envelhecido, consequncia deste xodo rural. O facto de o interior estar bastante envelhecido traz muitas consequncias negativas ao pas tanto econmicas como sociais e demogrficas.Uma das consequncias o despovoamento dos centros urbanos tradicionais, sendo que a maioria dos habitantes so mais idosos, onde muitos vivem sozinhos, bem como as edificaes so mais antigas.As zonas suburbanas so essencialmente compostas por habitaes novas, de valores inferiores aos dos centros urbanos e atrativos para a populao mais jovem.Estas tendem a ter todos os meios/servios necessrios para a vida das populaes, de modo a que no tenham necessidade de deslocao para outros municpios, em busca de empregos/escolas.Em relao imigrao, neste momento grande parte (12%) da populao lisboeta imigrante. Isto faz de Lisboa um grande centro cultural, religioso e bastante diversificado, que em parte difere do Porto.

Comentrio

Em Portugal, semelhana do que se passa em muitos pases, a populao encontra-se desigualmente distribuda pelo territrio assimetrias regionais. A populao portuguesa mais concentrada no litoral a norte do rio Tejo, na rea Metropolitana do Porto e no Algarve. As regies do interior do pas e do litoral alentejano so as que detm uma menor concentrao demogrfica. Assiste-se, assim tendncia para o agravamento das assimetrias regionais, baseado no aumento da litoralizao e no despovoamento do interior. Para alm da crescente bipolarizao da populao nas duas principais reas metropolitanas Lisboa e Porto que exercem a sua atrao sob as populaes, nas atividades econmicas e culturais.Na origem destas grandes disparidades regionais em termos demogrficos est um conjunto de fatores de ordem natural e humana. Dos fatores naturais, o clima, o relevo e a fertilidade do solo so alguns exemplos condicionantes que influenciam a distribuio da populao atuando de forma atrativa ou repulsiva fixao da populao. A mesma, procura regies de clima com amenidade trmica e maior disponibilidade de gua que favorecem a prtica de atividades agropecurias, ao contrrio do interior que devido aos invernos frios e veres muito quentes condicionam a prtica de agricultura. Em relao ao relevo, a populao procura regies de plancies, devido acessibilidade, melhores condies de prtica agrcola e maior facilidade de construo. Dos fatores humanos, a mobilidade da populao, a fixao de atividades econmicas ligadas aos setores secundrio e tercirio, o dinamismo urbano e a acessibilidade boa rede de transportes - tm atuado de forma atrativa na fixao de populao no litoral do pas.No entanto a desigual distribuio da populao portuguesa tem vrias consequncias tanto no litoral, como no interior, que podem promover o ultrapassar da capacidade de carga humana e condicionar o desenvolvimento sustentvel.Assim, a elevada presso demogrfica no litoral pode trazer problemas, como: Aumento dos nveis da poluio ambiental; Sobre lotao dos equipamentos e infraestruturas; Ausncia de espaos verdes; Aumento do desemprego, pobreza;O despovoamento do interior tambm tem os seus problemas: Aumento da eroso dos solos e desertificao; Escassa oferta de bens e servios; Escassez de mo de obra; O decrscimo da natalidade e do nmero de jovens; Aumento do isolamento e solido dos idosos.Ento, as medidas para atenuar as assimetrias demogrficas em Portugal podero passar pela promoo, crescimento econmico e desenvolvimento das regies do interior, numa perspetiva sustentvel, a partir do planeamento escala nacional, municipal e local. Por exemplo: a criao de servios de apoio populao; a melhoria e aumento da rede de transportes; incentivos fixao de atividades econmicas; valorizao dos recursos endgenos, promovendo a produo de energia renovvel e a atividades de lazer; incentivos fixao da populao jovem e com nveis de formao e qualificao profissional mas elevados.Com a crescente imigrao em Portugal, como dito na notcia, a populao portuguesa tem vindo a aumentar bastante. Esta fixao de imigrantes a Portugal teve o seu maior fluxo nos anos 70, sendo que se relacionou com o processo poltico de mudana aps 1974, na sequncia da descolonizao e da transferncia do poder para os jovens pases independentes. Este fluxo de imigrao para Portugal contribui para o crescimento populacional, para a alterao das estruturas demogrficas e das dinmicas territoriais do pas, onde os imigrantes eram essencialmente, os originrios das ex-colnias portuguesas, com destaque para os cabo-verdianos. Durante a dcada de 80 a imigrao foi sempre crescente mantendo-se os africanos como o grupo dominante mas ainda se veio a verificar imigrantes asiticos e latino-americanos (brasileiros). At 2004 este nmero veio sempre a aumentar e isso deveu-se aos processos de legalizao extraordinria de imigrantes ilegais ocorridos em 1992 e 1996.Aps a dcada de 80, muitos imigrantes chegavam a Portugal, como consequncia de: as modificaes e modernizao da economia do pas levaram sua progressiva abertura e internacionalizao, com reflexos ao nvel da circulao de capitais e de trabalhadores; aps a adeso Comunidade Europeia, Portugal pde dispor de fundos comunitrios avultados, que levaram a um grande dinamismo do setor das obras pblicas, nomeadamente pela construo de inmeras infraestruturas virias e outras; atividades econmicas como a construo civil, a hotelaria e restaurao e o comrcio registaram, tambm, um grande crescimento e atraram um nmero crescente de trabalhadores; tendo muitos pases da Europa Ocidental imposto fortes restries imigrao, Portugal surge como um pas mais permevel entrada de cidados estrangeiros, funcionando, muitas vezes, como a primeira etapa para a livre circulao no espao da EU, definido pelo acordo de Schengen; o progressivo aumento dos nveis de instruo e de qualificao da populao portuguesa, nomeadamente dos mais jovens, tem-se traduzido na rejeio de empregos de maior desgaste fsico e em setores considerados menos qualificados, o que abre oportunidades de emprego e trabalhadores imigrantes; os processos de mudana poltica e econmica nos pases da Europa de Leste originaram graves problemas internos de rendimento e emprego, sendo Portugal visto como um pas com um nvel de vida muito superior e constituindo uma porta de entrada facilitada no contexto do espao da UE.

Mais recentemente, em 2004, houve outro grande fluxo de imigrantes da Europa de Leste, que se deveu essencialmente s autorizaes concedidas a estes imigrantes de autorizaes de permanncia e tambm devido a autorizaes de residncia, fazendo com que o nmero de imigrantes legais aumentasse.

Assim, como dito no artigo, 12% da populao da rea Metropolitana de Lisboa so imigrantes, que escolhem esta cidade devido diversificao religiosa, mais alojamentos sobrelotados e onde a idade mdia dos edifcios e a proporo de alojamentos arrendados so superiores e ao facto de se ter tornado num grande centro cultural, acolhendo vrias culturas.Concluindo, Lisboa e Porto tornaram-se grande centros urbanos, sendo as cidades com maior densidade populacional em Portugal. Como vimos anteriormente esta fixao de populao no litoral portugus deve-se a fatores naturais e humanos, sendo que a procura de melhor qualidade de vida o principal objetivo.No interior a densidade populacional regista valores muito baixos, sendo constitudo predominantemente por populao idosa. O facto de o interior portugus ser muito envelhecido traz muitas consequncias, como por exemplo, o aumento da solido e isolamento dos idosos.Assim, foram criadas vrias solues para atenuar as disparidades regionais em Portugal, de modo a equilibrar o pas demograficamente.Tambm visto anteriormente, a imigrao para Portugal tanto de pases africanos, devido a Guerras Coloniais, como de pases da Europa de Leste em busca de melhores condies de vida bastante benfica no s para a economia portuguesa, como para a demografia.

Mariana BarrosN 2111 F