Trabalho de mamiferos

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Page 1: Trabalho de mamiferos

AEDA- Autarquia Educacional do Araripe

FAFOPA- Faculdade de Formação de Professores de Araripina

DISCIPLINA- Zoologia dos Vertebrados

PROFESSORA- Alda Maria

IV Período de Ciências Biológicas

MAMÍFEROS

Antonio Pereira de Araújo Silva

Andressa Larissa da Silva Souza

Ariany Erika Pereira

Damiana Daniela Vieira Fabrício

Estefane Vanessa Silva Peixoto

Francisca Jaqueline Rodrigues Matos e Silva

Isabel Osmaiane da Silva

Jucimaria Sabino da Silva

Maria Helena Damasceno Coelho

Roseane Ferreira Alves

Thamyllys da Silva Leite

Serrolândia, 07 de Dezembro de 2011.

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AEDA- AUTARQUIA EDUCACIONAL DO ARARIPE

FAFOPA- FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARARIPINA

MAMÍFEROS

Serrolândia, Dezembro de 2011

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SUMÁRIO

Introdução............................................................................................................................ 04

I. Características Gerais Dos Mamíferos........................................................................... 05

II. As Ordens dos Mamíferos: Classe Monotrêmata.......................................................06

Metatérios ou Marsupiais....................................................................................................16

Eutérios..................................................................................................................................16

Ordem dos Desdentados.......................................................................................................17

Quirópteros.......................................................................................................................... 17

Carnívoros............................................................................................................................ 18

Roedores................................................................................................................................18

Perissodáctilos...................................................................................................................... 19

Artiodátilos........................................................................................................................... 21

Insetívoros............................................................................................................................ 22

Cetáceos................................................................................................................................ 22

SIRÊNIOS............................................................................................................................ 24

Lagomorfos........................................................................................................................... 27

Proboscídeo.......................................................................................................................... 29

Primatas................................................................................................................................ 32

III. SISTEMAS: Sistema Respiratório.............................................................................. 36

Sistema Circulatório............................................................................................................ 37

Sistema Excretor.................................................................................................................. 38

Sistema Digestório............................................................................................................... 39

Sistema Endócrino............................................................................................................... 48

IV. Reprodução.................................................................................................................... 53

Mamíferos ameaçados......................................................................................................... 56

Curiosidades sobre os mamíferos....................................................................................... 60

V- Conclusão........................................................................................................................ 61

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VI- Referências Bibliográficas............................................................................................ 62

INTRODUÇÃO

Ao estudarmos a zoologia dos vertebrados pudemos descobrir um mundo voltado para a vida animal, entre as diversas classes, se apresenta como uma das maiores a dos mamíferos com inúmeras características adaptativas que lhes permite ampla distribuição geográfica. Existe cerca de 5.416 distribuídas, em 1.200 gêneros 152familias e até 46 ordens. Além disso, essa classe se apresenta entre os mais variados hábitats aquáticos, aéreos, e principalmente terrestres.

As principais ordens apresentadas no devido trabalho são as que seguem: Monotremados, Marsupiais, Quirópteros, Carnívoros, Xernartos, Roedores, Perissodáctilos, Insetívoros, Artiodátilos, Proboscídeo, Sirênios, Cetáceos, Lagomorfos e primatas. E a principal característica dessa ordem e a presença de glândulas mamárias, desenvolvidas nas fêmeas, que produzem leite para alimentar os filhotes.

É a parte de fisiologia que estão apresentados são os sistemas: Circulatório, Respiratório, Excretor, Digestório, Nervoso e Reprodutor.

Entre as espécies mamíferas destacamos o menor mamífero conhecido como morcego que pesa 1,5 gramas e a maior a baleia azul que chega a pesar 130 toneladas e 30 metros de comprimento.

Convém lembrar que a espécie humana está inclusiva nessa classe e possui uma das maiores capacidade de raciocínio e inteligência de todo o reino animal.

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MAMÍFEROS

Os mamíferos são os vertebrados mais evoluídos, com inúmeras características adaptativas que lhes permite ampla distribuição geográfica. Seus representantes são numerosos e diversificados, ocupando os mais diversos ambientes principalmente terrestres. O menor mamífero conhecido é um morcego que pesa apenas 1,5g, e maior é a baleia azul, que atinge 130 t e mais de 30m de comprimento.

As principais características dessa classe são: *Presença de glândulas mamárias, desenvolvidas nas fêmeas, que produzem o leite para alimentar os filhotes. *Corpo total ou parcialmente recoberto por pêlos.

Dentes diferenciados em incisivos caninos, pré-molares e molares; Presença de uma membrana muscular que separa o tórax do abdome, o diafragma.

Cérebro e sentido bem desenvolvidos, o que lhes confere grande agilidade para captura de presas e fuga.

Os mamíferos são homeotérmicos, isto é a temperatura corporal permanece constante graças a energia liberada na respiração celular.

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Os mamíferos possuem dois tipos de glândulas na pele que são exclusivas do grupo e de origem epidérmica são as glândulas sudoríparas e sebáceas. As glândulas sudoríparas produzem o suor e o liberam para a superfície do corpo, de onde evapora contribuindo para a regulamentação térmica do corpo dos mamíferos.

As glândulas sebáceas produzem uma secreção oleosa que atua como lubrificante dos pelos e da pele.

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ORNITORRINCO

O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente

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Ornitorrinco

Ocorrência: Pleistoceno - Recente

Estado de conservação

Pouco preocupante (IUCN 3.1)

Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Subclasse: Prototheria

Ordem: Monotremata

Família: Ornithorhynchidae

Género: OrnithorhynchusBlumenbach, 1800

Espécie: O. anatinus

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construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. E os machos possuem esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores. Possui uma cauda similar a de um castor.

As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para a Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana e o homem.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E HABITAT

O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia, e Ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na Cordilheira do Monte Lofty.

A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperatura. A espécie é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual do ornitorrinco mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande parte de sua distribuição histórica.

Características

Esqueleto de um ornitorrinco.

O ornitorrinco tem um corpo hidrodinâmico e comprimido dorsoventralmente. Os membros são curtos e robustos, e os pés possuem membrana interdigital. Cada pé tem cinco dígitos com garras. A cauda é semelhante à de um castor. O focinho, que lembra um bico de pato, é alongado e coberto por uma pele glabra, macia, úmida e encouraçada; ele é perfurado sobre toda sua superfície por poros com terminações nervosas sensitivas. As narinas também se abrem no focinho, na sua metade dorsal superior, e estão posicionadas lado a lado. Os olhos e as orelhas estão localizados em um sulco logo após o focinho, esse sulco é fechado por uma pele quando o animal está sob a água.

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A idéia de que o ornitorrinco tinha um bico córneo como o das aves surgiu do exame de espécimes ressecados.

Os órgãos olfatórios não são tão desenvolvidos quanto nas équidnas. E a espécie não tem orelhas externas ou pina.

Tanto o peso quanto o comprimento variam entre os sexos, sendo o macho maior que a fêmea.

Há também uma variação substancial na média de tamanho de uma região a outra, esse padrão não parece estar relacionado a nenhum fator climático, e pode ser devido a outros fatores ambientais como predação e pressão humana.

O corpo e a cauda do ornitorrinco são cobertos por uma densa pelagem que captura uma camada de ar isolante para manter o animal aquecido. A coloração é âmbar profundo ou marrom escuro no dorso, e acinzentado a castanho amarelado no ventre. A cauda é usada como reserva de gordura, uma adaptação também vista em outros animais, como no diabo-da-tasmânia e na raça de ovelha, Karakul. As membranas interdigitais são mais proeminentes nos membros dianteiros e são dobradas quando o animal caminha em terra firme. Ornitorrincos emitem um rosnado baixo quando ameaçados e uma gama de outras vocalizações tem sido reportadas em cativeiro.

O ornitorrinco tem uma média de temperatura corporal de cerca de 32 °C, ao invés dos 37 °C dos placentários típicos. Pesquisas sugerem que essa temperatura foi uma adaptação gradual as condições ambientais hostis, em parte pelo pequeno número de monotremados sobreviventes em vez de uma característica histórica da ordem.

Esporão venenoso do ornitorrinco macho.

O espécime adulto não possui dentes, entretanto, os filhotes possuem dentes calcificados, pequenos, sem esmalte e com numerosas raízes;os três molares com cúspides presentes são pseudo-triangulados. Nos adultos, os dentes são substituídos por uma placa queratinizada tanto na mandíbula como na maxila, que cresce continuamente. O Ornithorhynchus possui algumas características craniais primitivas, entre elas a retenção das cartilagens escleróticas e do osso

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Ficha técnica

Comprimento 30 - 45 cm

Cauda 10 - 15 cm

Peso 0,5 - 2,0 kg

Tamanho de ninhada

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Período de incubação

10 dias

Desmame 3 - 4 meses

Maturidade sexual

2 anos

Longevidade17 anos (em

cativeiro)

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septomaxilar do crânio. No esqueleto pós-craniano, ocorre retenção das vértebras cervicais (rudimentares) e dos ossos coracóide e interclavicular da cintura escapular, condições essas que são similares aos répteis.

O macho tem esporões nos tornozelos, que produzem um coquetel venenoso, composto principalmente por proteínas do tipo defensinas (DLPs), que são únicas do ornitorrinco. Embora poderoso o suficiente para matar pequenos animais, o veneno não é letal para os humanos, mas pode causar uma dor martirizante e levar à incapacidade. Como somente os machos produzem veneno e a produção aumenta durante o período de acasalamento, é teorizado que ele seja usado como arma defensiva para afirmar dominância durante esse período.

HÁBITOS

Ornitorrinco mergulhando no Aquário de Sydney, Austrália.

Ornitorrincos são animais semiaquáticos e primariamente noturnos ou crepusculares. Quando não estão mergulhando em busca de alimento, descansam em buracos feitos nas margens dos rios e lagos, sempre camuflados com vegetação aquática. Há dois tipos de tocas, uma serve como abrigo para ambos os sexos e é construída pelo macho na época de acasalamento; a outra, geralmente mais profunda e elaborada, é construída pela fêmea e serve como ninho para a incubação dos ovos e cuidados pós-natais. As aberturas das tocas ficam acima da água, e se estendem sob as margens de 1 a 7 metros acima do nível da água e até por 18 metros horizontalmente. O território dos machos tem cerca de sete quilômetros, sobrepondo a área de três a quatro fêmeas.

É um excelente mergulhador e gasta boa parte do dia procurando por comida sob a água. Singularmente entre os mamíferos, ele se impulsiona ao nadar alternando remadas com as duas patas dianteiras; embora todas as quatro patas do ornitorrinco tenham membranas, as traseiras (mantidas contra o corpo) não auxiliam na propulsão, mas são usadas para manobrar em combinação com a cauda. Os mergulhos normalmente duram cerca de trinta segundos, mas podem durar até mais, não excedendo o limite aeróbico de quarenta segundos. Dez a vinte segundos são gastos para retornar à superfície.

HÁBITOS ALIMENTARES E DIETA

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Ornitorrinco, se alimentando.

Possui hábitos alimentares carnívoros, se alimentando de anelídeos, larvas de insetos aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujos, lagostins de água doce e pequenos peixes, que ele escava dos leitos dos rios e lagos com seu focinho ou apanha enquanto nada. As presas são guardadas nas bochechas a medida que são apanhadas, e quando um número suficiente é reunido, ou quando é necessário respirar, ele retorna a superfície para comê-las. A mastigação é feita pelas placas córneas que substituem os dentes, e a areia contida junto com o alimento serve de material abrasivo, ajudando no ato de mastigar.

O animal precisa comer 20% do seu peso todos os dias, esse requerimento faz com que ele gaste 12 horas por dia procurando por comida. Em cativeiro, ele chega a comer metade do seu peso em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos.

REPRODUÇÃO

A espécie exibe uma única estação de acasalamento, que ocorre entre junho e outubro, com algumas variações locais. Observações históricas, estudos de marcação e recaptura, e investigações preliminares de genética populacional indicam a possibilidade de membros transitórios e residentes na população e sugerem um sistema de acasalamento polígeno. Ambos os sexos se tornam sexualmente maduros no segundo ano de vida, mas algumas fêmeas só se reproduzem com quatro anos ou mais tarde. Todos os monotremados apresentam baixa taxa reprodutiva - não mais do que uma vez ao ano.

Gravura representando um casal de ornitorrincos.

Após o acasalamento, a fêmea constrói um ninho, mais elaborado que a toca de descanso, e o bloqueia parcialmente com material vegetal (que pode ser um ato de prevenção contra enchentes ou predadores, ou um método de regulação de temperatura e umidade). O macho não participa da incubação, nem do cuidado com os filhotes. A fêmea forra o ninho com folhas, junco e outros materiais macios, para fazer uma cama confortável.

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A fêmea do ornitorrinco tem um par de ovários, mas somente o esquerdo é funcional. Ela põe de um a três ovos (geralmente dois) pequenos, de aspecto semelhante ao dos répteis (pegajosos e com uma casca coriácea), com cerca de onze milímetros de diâmetro e ligeiramente mais arredondados que o das aves. Em proporção, os ovos dos monotremados são muito menores, na ovulação, do que os dos répteis ou aves de tamanho corpóreo similar. Os ovos se desenvolvem "no útero" por cerca de 28 dias, e são incubados externamente por cerca de dez a doze dias.

Ao contrário da équidna, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los. O período de incubação é separado em três fases. Na primeira, o embrião não tem órgãos funcionais e depende da gema para sua manutenção. Durante a segunda, há formação dos dígitos, e na última, há a formação dos dentes, que vão ajudar a romper a casca do ovo.

Os filhotes recém eclodidos são vulneráveis, cegos, e pelados, com cerca de 18 milímetros de comprimento, e se alimentam do leite produzido pela mãe. Embora possua glândulas mamárias, o ornitorrinco não possui mamas. O leite escorre através dos poros na pele, depositando-se em sulcos presentes no abdômen da fêmea, permitindo os filhotes lamberem-no. A amamentação ocorre por três a quatro meses. Durante a incubação e a amamentação, a fêmea somente deixa o ninho por curtos períodos de tempo para se alimentar. Quando sai, a fêmea cria inúmeras barreiras com solo e/ou material vegetal para bloquear a passagem do túnel que leva ao ninho, evitando assim o acesso de predadores, como serpentes e o roedor, Hydromys chrysogaster. Depois de cinco semanas, a mãe começa a passar mais tempo fora do ninho, e por volta dos quatro meses, os filhotes já emergem da toca.

CLASSIFICAÇÃO

HISTÓRIA TAXONÔMICA

Ornitorrinco taxidermizado no Museu de História Natural de Londres.

Quando o ornitorrinco foi descoberto pelos europeus em 1798, uma gravura e uma pelagem foram enviadas de volta ao Reino Unido pelo Capitão John Hunter, o segundo governador de Nova Gales do Sul. Os cientistas britânicos primeiramente estavam convencidos que se tratava de uma fraude. O zoólogo George Shaw, que produziu a primeira descrição do animal em 1799, dizia que era impossível não se ter dúvidas quanto à sua verdadeira natureza, e outro zoólogo, Robert Knox, acreditava que ele podia ter sido produzido por algum taxidermista asiático. Pensou-se que alguém tinha costurado um bico de pato sobre o corpo de um animal semelhante a um castor. Shaw até mesmo tomou uma tesoura para verificar se havia pontos na pele seca.

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George Shaw inicialmente o descreveu como Platypus anatinus, independentemente, Johann Friedrich Blumenbach, em 1880, a partir de uma amostra dada a ele por Sir Joseph Banks, descreveu o ornitorrinco, como Ornithorhynchus paradoxus. Como o gênero Platypus já estava sendo usado por um besouro coleóptero, e seguindo as regras da prioridade, o ornitorrinco foi então nomeado de Ornithorhynchus anatinus.

CONSERVAÇÃO

Pintura de John Lewin (1808) retratando um ornitorrinco.

O ornitorrinco é classificado pela IUCN (2008) como pouco preocupante. Exceto pela perda de habitat que ocorreu no estado da Austrália Meridional, ele ocupa a mesma distribuição original, antes da chegada dos europeus. Sua abundância atual e histórica, porém, é pouco conhecida e é provável que tenha diminuído em número, embora ainda considerado como uma espécie comum durante na maior parte da distribuição atual. A espécie foi extensivamente caçada pela sua pele até os primeiros anos de século XX e, embora protegida em toda Austrália em 1905, até cerca de 1950 ainda corria risco de afogamento nas redes de pesca nos rios.

A espécie não parece estar em perigo iminente de extinção graças à medidas de conservação, mas pode ser afetado pela quebra de habitat causada por barragens, irrigação, poluição, redes e armadilhas. Sua abundância é difícil de ser medida e, portanto, o seu futuro "status" de conservação não é facilmente previsível. Vários estudos têm relatado a fragmentação da distribuição dentro de alguns sistemas fluviais, recentemente foi extinto da bacia do rio Avoca. Isso tem sido atribuído às más práticas de gestão, levando à erosão dos bancos dos rios, sedimentação dos corpos d'água e perda da vegetação em áreas adjacentes a cursos de água. Também existem atualmente evidências de efeitos adversos no fluxo dos rios, introdução de espécies exóticas, má qualidade da água e doenças em populações de ornitorrinco, mas esses fatores têm sido pouco estudados.

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Équidna-de-focinho-curto

Équidna-de-focinho-curto

Ocorrência: Pleistoceno - Recente

Estado de conservação

Pouco preocupante (IUCN 3.1)

Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Subclasse: Prototheria

Ordem: Monotremata

Família: Tachyglossidae

Género: TachyglossusIlliger, 1811

Espécie: T. aculeatus

Essa équidna é politípica, com cinco subespécies.Animal de hábitos diurnos e/ou noturnos, está adaptado para escavar formigueiros e o solo a procura de formigas e cupins, devido as potentes garras presentes tanto nos membros dianteiros quanto traseiros. É a menor das espécies de équidnas conhecidas. Diferencia-se do gênero Zaglossus por diversas características físicas, entre elas o tamanhos dos membros, do focinho e quantidade de espinhos; hábitos alimentares e comportamentais. Apresenta o corpo coberto por espinhos, que podem medir até seis centímetros de comprimento. Ovípara, a fêmea bota um único ovo, numa espécie de bolsa que se desenvolve no

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abdômen na época de acasalamento, onde incuba por aproximadamente vinte e sete dias. Os filhotes nascem cegos e pelados, e com um ano já são independentes.

É uma espécie pouco ameaçada de extinção, sendo encontrada em variados ecossistemas. Se adaptou bem a colonização da Austrália, podendo ser encontrada em áreas agrícolas e pastagens. A população é estável, tendo poucos fatores de risco. Representa um dos ícones da Austrália, aparecendo no verso da moeda de cinco centavos do dólar australiano, e como mascote em eventos e competições.

Distribuição geográfica e habitat

A équidna-de-focinho-curto é encontrada na Austrália incluindo diversas ilhas adjacentes, entre elas a Ilha Kangaroo, Tasmânia, Ilha King, Grupo Furneaux; e no sudoeste da ilha de Nova Guiné (Indonésia e Papua-Nova Guiné), como também uma população isolada no vale de Markham (Papua-Nova Guiné).

Habita variados ambientes, podendo ser encontrada tanto em desertos, savanas, florestas e áreas montanhosas. Também ocorre em áreas agrícolas. Em altitude é encontrada do nível do mar até até os 1.675 metros.

Características

Équidna de-focinho-curto - detalhe para o focinho, garras e espinhos.

Como o ornitorrinco, o corpo da équidna é comprimido dorsoventralmente, mas não é tão aerodinâmico.

O dorso é arqueado, e a barriga plana ou côncava. A cabeça é pequena e parece emergir do corpo sem nenhuma indicação de pescoço. A cauda é curta, grossa e glabra na superfície ventral. O focinho longo e fino é cerca de metade do tamanho da cabeça, sendo quase reto ou então curvado ligeiramente para cima. Cada pata possui cinco dígitos, com garras largas, rígidas e retas, adaptadas para escavar. Ambos os sexos apresentam um esporão nos membros traseiros, oco e sem produção de veneno, ao contrário do Ornithorhynchus anatinus.

Os olhos são pequenos e situados próximos a base do focinho, possibilitando um campo de visão mais voltado a frente, que as

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Ficha técnica

Comprimento 35 - 53 cm

Cauda 9 cm

Peso 2,5 - 6,0 kg

Tamanho de ninhada

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Período de incubação

10 dias

Desmame 6 meses

Maturidade sexual

Longevidade50 anos (em

cativeiro)

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laterais. Não tem orelhas externas. Os machos não apresentam escroto, e os testículos são internos. Não possui dentes e a língua é comprida e pegajosa.

O dorso das équidnas é coberto por espinhos grandes, ocos e finos, chegando a medir cerca de seis centímetros de comprimento. Eles são geralmente amarelos, com as extremidades pretas, mas alguns são totalmente amarelados. Abaixo dos espinhos, as équidnas apresentam uma pelagem negra a marron-escura. O ventre apresentam uma pelagem compostas por pêlos grossos. Na subespécie da Tasmânia, os pêlos cobrem quase que completamente os espinhos, que são pequenos.

O crânio do gênero Tachyglossus é caracterizado por um focinho alongado e arredondado e uma caixa craniana abaulada lateralmente. O palato se estende para trás ao nível das orelhas, e o meato acústico externo é direcionado ventralmente. A mandíbula é reduzida e com os processos coronóides e angular pobremente desenvolvidos. Internamente, a mais proeminente característica são os turbinados. Eles se estendem posteriormente no crânio, ficando sob a superfície das cavidades olfatória e cerebral da caixa craniana.

Hábitos

Vive muito, já foi assinalado o caso de um équidna-ouriço que viveu 50 anos em cativeiro. O seu único inimigo é o homem. Os indígenas apreciam muito sua carne. A vocalização do equidna consiste num grunhido surdo que produz quando está inquieto.

Hábitos alimentares e dieta

Come insetos e vermes, mas sobretudo formigas e cupins, que descobre com seu focinho, tão sensível, que serve mais como órgão tátil do que olfativo. Para comer, o equidna procede da mesma maneira que os tamanduás, isto é, serve-se da longa língua pegajosa, retirando-a, junto com alimento, uma certa quantidade de areia, de poeira, de resto de mata e, às vezes, um pouco de ervas, que lhe facilita a trituração.

Reprodução

Na época de reprodução aparece no ventre da fêmea uma dobra de pele em forma de crescente, que forma uma bolsa suficientemente grande. Esta bolsa recebe o ovo à saída da cloaca, o qual, sempre único, fica protegido por uma casca membranosa e mole. Sua incubação dura de 7 a 10 dias, na bolsa. O recém-nascido, inteiramente nu, fica na bolsa até que seu pêlo tenha se formado. A mãe coloca-o em um refúgio seguro, onde vai periodicamente aleitá-lo.

Classificação

Subespécies

Cinco subespécies são reconhecidas, cada qual numa diferente localização geográfica. As subespécies também variam na quantidade, amplitude e largura dos espinhos, e no tamanho das garras escavadoras dos membros posteriores.

Tachyglossus aculeatus aculeatus (Shaw, 1792) - encontrada no sudeste de Nova Gales do Sul e Vicoria;

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Tachyglossus aculeatus acanthion Collett, 1884 - ocorre nas regiões áridas e semi-áridas da Austrália, assim como na região tropical do norte;

Tachyglossus aculeatus setosus (É. Geoffroy St.-Hilaire, 1803) - ocorre na Tasmânia e algumas ilhas do estreito de Bass;

Tachyglossus aculeatus multiaculeatus (Rothschild, 1905) - endêmica da Ilha Kangaroo;

Tachyglossus aculeatus lawesii (Ramsay, 1877) - presente na Nova Guiné, e segundo alguns pesquisadores, na florestas tropicais do noroeste de Queensland.

Conservação

A équidna-de-focinho-curto é classificada pela IUCN (2008) como uma espécie pouco preocupante.

METATÉRIOS OU MARSUPIAIS

Os metatérios são vivíparos, mas desenvolvem placenta muito rudimentar, insuficiente pra nutrir os fetos durante o seu desenvolvimento. Assim os fetos nascem extremamente pequenos e completam seu desenvolvimento dentro de uma bolsa existente na barriga da mãe. Essa bolsa tem o nome de marsúpio e por isso os metatérios são também conhecidos por marsupiais.

Existem atualmente cerca de 250 espécies de marsupiais, a maioria vivendo na Austrália, como o canguru e a coala.

Existem espécies de canguru nas quais os indivíduos adultos podem atingir 2 metros de altura. Um animal desse porte nasce com menos de 1 grama! Assim que nasce, descolaca-se para dentro do marsúpio, onde se abrem as glândulas mamarias da mãe e ali se alimenta do leite, completando seu desenvolvimento.

No Brasil, os marsupiais pelo gambá, cuíca e catitas.

EUTÉRIOS

Eutérios são mamíferos cujas fêmeas possuem placenta bem desenvolvida, capaz de nutrir o feto, que já nasce formado.

Esse é o maior grupo de mamíferos, com mais de 90% do total de espécies. Distribui-se por diversas ordens, das quais serão dadas alguns exemplos. Como regra geral, os nomes das ordens

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são criados com base em alguma característica dos seus representantes, como veremos nos exemplos a seguir.

ORDEM DOS DESDENTADOS OU XENARTROS

O tamanduá pertence á ordem dos desdentados (desprovidos de dentes), possui uma língua muito comprida e a utiliza para captura de seus alimentos, geralmente formigas e cupins: ele introduz a língua no formigueiro, ou no cupinzeiro, e a retira com os insetos aderidos a ela.

O tatu também pertence á ordem dos desdentados, pois, embora possua dentes, estes são incompletamente formados.

Exemplos: Tamanduá-bandeira, tatu-bola, tatu canastra, tamanduá-mirim, preguiça.

QUIRÓPTEROS

São os morcegos, com os braços modificados em asas (quiro=mão+ptero=asa). Eles têm olhos reduzidos e excepcional capacidade auditiva, pois captam ultra-sons que eles próprios emitem e que lhes permitem calcular com precisão a localização dos obstáculos á frente, desviando-se deles.

São animais de hábito noturno. Alguns se alimentam de frutos e néctar de algumas flores que só se abrem á noite. Outros comem pequenos lagartos, ratos e rãs. As espécies que se alimentam de sangue (hematófagas), chamadas de vampiros, atacam o gado e outros animais, inclusive o ser humano, transmitindo a raiva (hidrofobia), uma grave virose que, sem vacinação, é mortal.

CARNÍVOROS

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É também um grande grupo. O nome refere-se ao aos dentes pré-molares e molares, com arestas cortantes, chamados de dentes carniceiros. Os caninos são grandes, importantes na captura das presas. Os carnívoros terrestres têm os dedos separados e os de hábitos aquáticos têm membranas entre os dedos, uma adaptação á natação, como as morsas, as forcas, os elefantes e os leões-marinhos. Os terrestres são os canídeos, (cão, lobo, lobo-guará, coiote, raposa) os felídeos (leão, tigre, onça, jaguatirica), os ursídeos (urso) e os hienídeos (hiena).

ORDEM ROEDORES

A mais numerosa ordem de mamíferos com placenta

Ecologicamente são muito diversos. Algumas espécies passam a vida inteira no dossel florestal , outras raramente deixam o chão

Hábitos e Habitat

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Possuem modo de vida (1) arborícola (2) rupícola ( (3) semiaquático (4) garelícola ou semi-fossorial (5) terrícola

No entanto, todos compartilham uma característica: uma dentição altamente especializada para roer.

Roedores são importantes em muitos ecossistemas porque se reproduzem rapidamente, servindo de alimento para predadores, são dispersores de sementes e vetores de doenças. Humanos usam roedores para testes laboratoriais, na alimentação e para obtenção de sua pele.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

A capivara costuma viver em regiões às margens de rios e lagos. Utilizam a água como refúgio dos predadores, pois conseguem ficar submersas por alguns minutos, esta espécie animal possui uma grande agilidade para nadar, entre os roedores, a capivara é o maior animal, uma fêmea costuma gerar, em cada gestação, de 2 a 8 filhotes.

Alimenta-se de capim, ervas e outros tipos de vegetação encontrados nas beiras de rios e lagos, podemos encontrar capivaras em diversas regiões da América do Sul e Central. Possui dentes incisivos que podem chegar a 7 cm

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:

Peso: um animal adulto pesa em média 80 kgComprimento: 1,20 metros em médiaTempo de vida: de 15 a 20 anos em médiaCor: marrom

ORDEM PERISSODÁCTILOS

Constituem uma ordem de mamíferos terrestres ungulados com um número ímpar de dedos nas patas

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Rinoceronte Cavalo

Zebra

Os perissodátilos têm um estômago simples, ao contrário dos artiodátilos, que o têm dividido em várias câmaras, e o seu ceco é grande e com divertículos, onde se dá uma parte da digestão bacteriana da celulose. Os perissodátilos são uma ordem de mamíferos de médio a grande porte, herbívoros e de estômago simples; têm número ímpar de dedos em cada pata, revestidos de cascos córneos com eixo de simetria no dedo médio. São animais muito bem adaptados para a corrida, em parte devido ao fato de todo o peso do corpo repousar sobre o dedo médio de cada pata Esses animais podem correr velozmente e assim escapar de seus predadores.

POSSUEM SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO

Os perissodátilos têm um estômago simples, ao contrário dos artiodátilos, que o têm dividido em várias câmaras, e o seu ceco é grande e com divertículos, onde se dá uma parte da digestão bacteriana da celulose.

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ORDEM ARTIODÁTILOS

Constituem uma ordem de animais mamíferos ungulados com um número par de dedos nas patas. É um grupo muito variado, com cerca de 220 espécies

A principal característica dos artiodáctilos é serem paraxónicos, ou seja, o plano de simetria do pé passa entre o terceiro e quarto dedos. Em todas as espécies o número de dedos se encontra reduzido, em relação ao número básico de cinco, característico dos mamíferos: o primeiro dedo perdeu-se neste grupo e o segundo e quinto são pequenos ou vestigiais. O terceiro e o quarto dedos encontram-se bem desenvolvidos, são protegidos por cascos e é sobre eles que todos os artiodátilos se apoiam.

Todos os gêneros de artiodáctilos existentes ou já extintos pertencem a três subordens: suiformes (famílias dos suídeos, taiaçuídeos e hipopotamídeos); tilópodes (camelídeos); e ruminantes (tragulídeos, cervídeos, girafídeos, antilocaprídeos e bovídeos).

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ORDEM INSETÍVORA

Animal que se alimenta de insetos. Os insetívoros são mamíferos pequenos, entre os quais encontram-se o ouriço e a toupeira, esta última grande cavadora.

CETÁCEOS

À ordem dos cetáceos é o grupo de mamíferos marinhos que inclui as baleias, golfinhos e botos. Existem 86 espécies de cetáceos, e estes são divididos em duas subordens: MISTICETOS (baleias, 14 espécies) e ODONTOCETOS (baleias dentadas, 72 espécies). As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias:

O corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe.

Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo.

A cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais DE cima e para baixo.

Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis

Cetáceos variam em tamanho de apenas poucos metros a mais de 100 m. Seu corpo é coberto por uma camada de gordura que a ajuda a baleia a

submergir, a manter a temperatura do corpo e a armazenar energia.

Olhos são fixados no lado em vez de na frente da cabeça. This means that only cetaceans with pointed 'beaks' (such as dolphins) have good binocular vision forward and downward.

Têm boa visão binocular para frente e para baixo. Tear glands secrete greasy tears, which protect the eyes from the salt in the water.

Glândulas lacrimais secretam lágrimas gorduroso, que protegem os olhos contra o sal na água. The lens is almost spherical, which is most efficient at focusing the minimal light that reaches deep water.

ALIMENTAÇÃO: CARNÍVOROS

Barbatanas e as baleias dentadas têm diferenças alimentares distintos;

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Misticetos têm barbatanas de placas feitas de queratina (a mesma substância que as unhas humanas), que pendem do maxilar superior. These plates filter small animals (such as and fish) from the seawater. Estas placas de filtro de pequenos animais (peixes e crustáceos ou de plâncton da água do mar) de água do mar. Cetaceans included in this group include the Blue, Humpback, Bowhead and Minke whales.

Odontocetos As baleias com dentes, como o cachalote, beluga, golfinhos e botos, usam OS DENTE para a captura de peixe, lula e outras espécies marinhas. They do not chew but swallow prey whole. Eles não mastigam, mas engolem a presa inteira. When they catch large prey, such as when the ( Orcinus orca ) catches a , they bite off and swallow one chunk at a time. Quando capturar presas grandes, como quando a orca eles morder e engolir um pedaço de cada vez.

HABITAT E DISTRIBUIÇÃO:

Cetáceos são encontrados em todo o mundo, de tropical para as águas árticas. Algumas espécies, como o roaz pode ser encontrado em zonas costeiras (sudeste dos EUA).

Ecolocalização

Detalhes da anatomia – Legenda: Verde: Ossos do crânio, Azul: Espermacete ou Melão, Branco:

Espiráculo

Os odontocetos possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo. O sistema de ecolocalização não foi ainda comprovado nos misticetos.

O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta frequência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de cliques ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.

MISTICETOS BALEIAS COM BARBATANAS

Elas compreendem as maiores espécies de animais. Normalmente as fêmeas são maiores do que os machos. ORCA

CARACTERISTICA

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Cerdas bucais (cerca de 400), que são estruturas filtradoras localizadas na parte superior da boca

Possuem crânio simétrico. A cauda da baleia é o seu principal modo de locomoção. As nadadeiras das baleias são membros locomotores atrofiados de seus

ancestrais, que viviam em terra e eram quadrúpedes As baleias emitem dois sons conhecidos, sendo que um deles é usado como

sonar e o outro como meio de comunicação com os companheiros de sua espécie.

Normalmente estes animais vivem 30 anos,

OS ODONTOCETOS- GOLFINHOS - BOTO,

As baleias com dentes e alimentam de peixes e lulas. sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce. São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades.

BOTO parecido com um golfinho. Os botos são dos poucos únicos mamíferos dessa ordem vivendo exclusivamente em ambientes de água doce.

Podem viver de 25 a 30 anos dão à luz um filhote de cada vez. São animais sociáveis, tanto entre eles, como com

outros animais e humanos Possuem crânio assimétrico e orifício respiratório Possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização

de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo.

Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas (Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas).

ODONTOCETOS

Boto habita somente a água doce, ao contrário de seus primos golfinhos. Cientistas, pesquisadores e zoólogos consideram o boto como o antecedente mais primitivo da família dos golfinhos. As espécies de boto são o cinza, o Burmeister e o vermelho mais conhecido como boto cor-de-rosa.

A reprodução dos botos se dá normalmente entre os meses de outubro e novembro e o tempo da gestação é quase similar a dos humanos, dura 8 meses e meio. A alimentação de um boto é pouco variada, eles comem caranguejos, peixes, tartarugas marinhas e terrestres pequenas, crustáceos e moluscos.

OS SIRÊNIOS, OU SIRENÍDEOS (LATIM CIENTÍFICO SIRENIA)

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É uma ordem de mamíferos marinhos herbívoros, são representados pelo dungongo e os manatins, (peixe-boi ou vaca-marinha). Algumas espécies atingem 5m, pesando mais de uma tonelada. Vivem permanentemente dentro de água, encontrando-se perfeitamente adaptados às exigências deste meio. O seu corpo gordo, ar pachorrento e focinho carnudo, Sua forma assemelha-se à dos cetáceos No entanto, enquanto os cetáceos têm os ossos leves e esponjosos, os sirênios apresentam o esqueleto denso e sólido.

ADAPTAÇÕES PARA O MEIO AQUÁTICO

Os membros anteriores estão transformados em nadadeiras; Os membros posteriores estão reduzidos a um pelvis

vestigial; A cauda é alargada e achatada horizontalmente, formando

um "remo".

CARACTERISTICAS FISÍCAS

Os lábios são grandes e móveis, cobertos de cerdas rijas. As narinas estão localizadas na parte superior do

focinho. Os ouvidos não têm "pinae". Os olhos não têm pálpebras, mas podem fechar-se por

um mecanismo que funciona como um esfíncter. Os ossos são mais densos e solido que o da maioria dos mamíferos (um

fenômeno chamado paquiosteose), tornando-os mais pesados, o que facilita a sua posição na água.

Os pêlos que rodeiam a boca destes animais têm uma função táctil, assumindo um papel importante na orientação do animal, particularmente nas águas turvas onde se encontram freqüentemente.

ALIMENTAÇÃO

Os sirênios são herbívoros, alimentando-se de uma grande variedade de algas marinhas e plantas aquáticas, submersas e flutuantes, como os jacintos de água.

REPRODUÇÃO

Reproduzem-se lentamente, dando à luz uma cria aproximadamente de 3 em 3 anos, fator que os torna muito vulneráveis às ameaças ambientais.

EXISTEM DUAS FAMÍLIAS DE SIRÊNIOS, QUE SE DISTINGUEM FACILMENTE, ENTRE OUTRAS RAZÕES, POR APRESENTAREM FORMATOS DIFERENTES DE CAUDA:

Peixe-boi ou Manati

Vivem em rios e estuários, raramente penetrando no mar alto. São excelentes nadadores, capazes de mergulharem e ficarem submersos durante mais de 15 minutos. Os machos adultos viajam bastante e reúnem-se por

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Page 26: Trabalho de mamiferos

vezes em grupos numerosos, em volta das fêmeas prontas a acasalar. Encontram-se nas águas temperadas do Oceano Atlântico e nas zonas costeiras da América e África.

CARACTERÍSTICAS

Chega a medir até 4,5 metros. De hábitos solitários, raramente são vistos em grupo fora da época de

acasalamento. Alimenta-se de algas, aguapés, mangue, capins aquáticos entre outras plantas.

Pode comer até 16 kg de plantas por dia e consegue armazenar até 50 litros de gordura como fonte energética para a época da seca, quando as gramíneas de que se alimenta diminuem de disponibilidade.

As nadadeiras apresentam resquícios de unhas, ajudam o animal a escavar e arrancar a vegetação aquática enraizada no fundo.

Tempo de vida Cerca de 50 anos.

REPRODUÇÃO

Possuem baixa taxa reprodutiva, a fêmea tem geralmente um filhote a cada três anos, sendo um ano de gestação e dois anos de amamentação.

O DUGONGO (DUGONG DUGON) OU VACA-MARINHA

É o menor membro da ordem Sirenia. Que se extinguiu no final do século XVIII espécie habitou em tempos todas as regiões tropicais dos Oceanos Índico e Pacífico, mas hoje em dia a sua distribuição é mais limitada. Podem atingir 3,5 metros de comprimento e 400 kg de peso.

CARACTERÍSTICAS

O seu corpo era maciço, com cabeça pequena e pescoço indiferenciado.

Os olhos eram pequenos, assim como as narinas, e não tinha orelhas.

Os adultos não tinham dentes. A cauda era em forma de leque e os membros dianteiros modificados como

barbatanas tinham a forma de gancho. Por causa de seu peso e estrutura corporal, o dugongo-de-steller era um animal bastante lento.

São muito sociáveis

REPRODUÇÃO

Pouco se sabe a respeito dos hábitos de vida ou reprodução, mas supõe-se que formasse casais monogâmicos e que o período de gestação fosse longo. Relatos contemporâneos indicam que as fêmeas davam à luz apenas uma cria, na altura do Outono.

CAUSA DA EXTINÇÃO

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Page 27: Trabalho de mamiferos

A extinção do dugongo-de-steller está claramente associada à chegada ao mar de Bering de pescadores e colonos ocidentais. O animal foi de imediato identificado como:

Fonte de alimento e caçado pela sua carne, que é descrita como tendo textura e sabor semelhantes ao bife de vaca.

A gordura era aproveitada para cozinhar ou para as lâmpadas a óleo, e o leite das fêmeas era consumido diretamente ou transformado em manteiga.

O couro era usado para fabricação de vestuário. No entanto, a caça excessiva não foi o único motivo de extinção. Juntamente com os dugongos, os pescadores danificaram também as populações de lontras marinhas que se alimentavam, entre outras coisas, de ouriços do mar.

LAGOMORFOS

Os lagomorfos (Lagomorpha) constituem uma ordem de pequenos mamíferos herbívoros, que inclui os coelhos, lebres e ocotonídeos, na qual se incluem duas

famílias: Leporidae(coelhos e lebres) e Ochotonidae (pikas).

Embora os lagomorfos se assemelhem a roedores, há diferenças que justificam a sua inclusão numa ordem à parte.

Tal como os roedores, os lagomorfos têm dentes que crescem continuamente, necessitando, portanto de atividade constante para evitar que fiquem grandes demais.

Quatro (em vez de dois) dentes incisivos na maxila

LEPORIDAE - COELHOS E LEBRES

Coelhos, assim como as lebres são animais da Família Leporidae. Assim, possuem semelhanças e também diferenças significativas.

DIFERENÇAS ENTRE COELHOS E LEBRES

COELHOS:

O coelho é um animal de comportamento dócil, manso e carinhoso.

Os coelhos recebem máxima atenção dos pais;Os filhotes de coelhos nascem nus, de olhos fechados, as patas

traseiras menoresOs ninhos são feitos em tocas na terra;As orelhas e pernas dos coelhos, assim como todo o seu corpo,

são sempre menores do que os das lebres.LEBRE:

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Page 28: Trabalho de mamiferos

Lebres são maiores e também mais ágeis, graças aos seus longos membros posteriores que permitem com que corram, nadem e subam em árvores com bastante destreza.

As lebres nascem desprovidas de qualquer atenção parental;

Os filhotes de lebres nascem cobertos de pêlos e com olhos abertos, as patas posteriores muito desenvolvidas;

Os ninhos são feitos na superfície do solo, Outra diferença está na muda da pelagem, a qual em coelhos não ocorre e em lebres suas pelagens se tornam branca no inverno, após sofrerem a troca.

HÁBITOS ALIMENTARES E/OU DIETA

Dois coelhos comendo folhas de coentro.

A maior parte dos coelhos come e mostra-se ativa do anoitecer ao amanhecer, e passa o dia descansando e dormindo. O coelho come muitas espécies de plantas. Na primavera e no verão, seu alimento são folhas verdes incluindo trevos, capins e outras ervas. No inverno, come galhinhos, cascas e frutos de arbustos e árvores. Os coelhos às vezes causam prejuízo à lavoura porque mordiscam os brotos tenros de feijão, alface, ervilha e outras plantas. Também danificam árvores frutíferas porque roem sua casca. É importante ressaltar que os coelhos têm a cenoura como a base de sua alimentação. Não devem, em hipótese alguma, comer alface, pois esse vegetal pode causar diarréia.

A dieta da lebre é muito similar à do coelho alimenta-se, principalmente, de ervas que encontra no seu território e, se encontrar cereais, também não os dispensa.

REPRODUÇÃO

A gestação da coelha dura cerca de 30 dias. Geralmente nascem quatro a cinco láparos (filhotes de coelho) por vez.

Os filhotes não enxergam nem ouvem, e não têm pêlo.

A mãe os mantém no ninho que cava no solo. Ela pode não ficar no ninho, mas permanece sempre perto. Forra o ninho e cobre os filhotes com capim e com pêlos, que arranca do próprio peito com os dentes.

A cobertura esconde os coelhos recém-nascidos e ajuda a mantê-los aquecidos. Quando os láparos têm cerca de dez dias, já podem ver e ouvir, e possuem pêlos macios.

As lebres procriam, em média, duas vezes por ano, e a sua prole raramente ultrapassa as duas crias por ninhada.

OCHOTONIDAE (PIKAS)

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Page 29: Trabalho de mamiferos

A Pika, também conhecida por lebre assobiadora, é facilmente distinguida, pertence à mesma família do coelho, inserindo-se no gênero Ochotona, onde estão enquadradas cerca de 30 distintas subespécies

CARACTERÍSTICAS

As suas orelhas e membros são mais curtos do que as orelhas e membros do coelho. Sua cor é uma mistura de vermelho, castanho-claro, cinza e laranja-claro. É, por isso, uma boa camuflagem para o animal.

Seu assobio, quase hipersônico, pode significar que tudo está bem ou, também, "fique longe de minha comida".

HABITAT

A Lebre-assobiadora vive em colônias e abriga-se nas cavidades e fendas das rochas.

ALIMENTAÇÃO

Alimenta-se pela manhã, cortando o talo das ervas duras (seu alimento preferido) e rasteiras com seus dentes incisivos, longos e afiados.

À tarde, ela enrola-se na toca, protegendo-se com sua pele formada por pêlos de pontas ásperas.

Tem a pele mais quente e mais grossa que a dos coelhos.

REPRODUÇÃO

Sua ninhada é de 4 à 5 filhotes.

PROBOSCIDEA (DO GREGO PROBOSKIS - TROMBA)

É uma ordem que contém apenas uma família vivente, a Elephantidae, à qual pertence os elefantes, com apenas 2 espécies atuais, OS ELEFANTES AFRICANOS E O ELEFANTE-ASIÁTICO que vive na Índia e no sudoeste da Ásia.

O elefante é um mamífero que pode viver de 100 a 120 anos. Tem o casco semelhante a unha e a tromba é a característica mais notável da anatomia do elefante (que é transformação do lábio superior e do nariz num órgão alongado, muscular e carente de ossos). Usa-a para alimentar-se de ervas e folhas ou para sugar água quando bebe. As presas do elefante, que estão profundamente encaixadas no crânio do animal, são, na realidade, dois incisivos superiores muito alongados.

Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina.

DIFERENÇAS ENTRE O ELEFANTE AFRICANO E O ASIÁTICO

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Page 30: Trabalho de mamiferos

Elefante Africano Características

É o maior dos mamíferos terrestres dos tempos modernos. Tanto os machos assim como as fêmeas possuem no

maxilar superior dois dentes incisivos (presas) prolongados. Com eles, os elefantes se defendem e procuram alimentos e sais minerais.

Os machos são maiores que as fêmeas e possuem também os incisivos mais potentes.

A pele é quase nua e a pequena cauda termina numa mecha.O elefante africano tem longas presas (feitas de marfim), tanto o macho quanto a

fêmea,

Família - Elephantidae:

Nome Científico - Loxodonta africana;

Peso - de 4 a 6 toneladas;

Altura - 5 a 7 metros;

Alimentação - (Herbívoro) capim, folhas secas, cascas de árvores e raízes;

Tempo de Gestação - 22 meses;

Habitat - Florestas tropicais e Savanas;

Elefante asiático

Família - Primelephas;

Nome Científico - Elephas maximus;

Peso - de 3 a 5 toneladas;

Altura - 2,40 a 3 metros;

Alimentação - Folhagens, ervas, bolbos, frutos;

Tempo de Gestação - 22 meses. Nasce uma cria, por vezes, ajudada por outras fêmeas;

Habitat – Florestas.

Características

São utilizados como animais de carga há séculos.

Muito agressivos na época de acasalamento, devido aos altos níveis de hormônios masculinos.

são menores que os africanos30

Page 31: Trabalho de mamiferos

tem orelhas menores e apresentam duas protuberâncias abobadadas em cima dos olhos.

Em geral as "presas" são menores na espécie asiática só o macho as têm presas.

A principal diferença visual entre ambas as espécies é o tamanho das orelhas, já que o elefante africano (também maior em tamanho) possui orelhas bem maiores do que o asiático. Essa diferença do tamanho das orelhas se deve ao fato do elefante africano viver em um ambiente mais quente, onde, ao abanar as orelhas, provoca uma diminuição de temperatura do seu corpo.

Um elefante possui um cérebro de 6 kg, e estudiosos observaram que os elefantes (na Índia onde executam tarefas úteis ao homem), se comportavam como se "soubessem" o que deviam fazer. Esses animais conheciam cerca de 24 comandos para o trabalho, mas, com um mínimo de ordens, puxavam e empurravam toras de madeira, colocando-as num caminhão

CURIOSIDADE: Quando seus molares caem impossibilita sua alimentação e, assim, eles acabam morrendo. Isso sem falar da caça indiscriminada, feita ao longo de décadas, que tem reduzido bastante a população de elefantes, levando-os a correr risco de extinção.

PERIGO DE EXTINÇÃO

Atualmente todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN). Os elefantes encontram-se ameaçados pela caça ilegal e perda de seu habitat. O marfim de seus dentes é usado em jóias, teclas para piano, hanko (selos personalizados para assinatura de documentos oficiais, exigida no Japão) e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da localidade.

MAMUTE

GÊNERO MAMMUTHUS

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Page 32: Trabalho de mamiferos

Os mamutes eram animais mamíferos pré-históricos que não existem mais em função de sua extinção que ocorreu há, aproximadamente, 4000 anos. Faziam parte da mesma família dos elefantes, porém eram maiores (podiam atingir até 5 metros de altura) e possuíam grandes presas de marfim. Os mamutes habitaram regiões de clima frio e temperado do planeta. Foram encontrados vários fósseis deste animal em países da Europa, norte da Ásia (principalmente Sibéria) e América do Norte, comprovando a vida desta espécie nestes locais. Serviam de alimentação para os homens que viveram no período Neolítico (Idade da Pedra Polida).

O corpo dos mamutes era coberto por uma espessa camada de pêlos de cor cinza escuro.

Viviam em manadas e se alimentavam, principalmente, de grandes quantidades de folhas, raízes, frutas e vegetais.

OS MASTODONTES

Eram espécies de elefantes pré-históricos, pertencentes ao género Mammut, anteriormente denominado Mastodon.

Os mastodontes viveram na América do Norte e também na América do Sul durante o Plistocénico e extinguiram-se há cerca de 10 000 anos.

Tinham cerca de 3 metros de altura e pesavam em torno de 7 toneladas.

Eram herbívoros que se alimentavam de vegetação macia como folhas e ramos.

As suas presas de marfim chegavam aos 5 metros de comprimento.

A sua carne foi uma fonte importante de alimento para os primeiros homens que colonizaram a América do Norte.

Os mastodontes distinguem-se dos mamutes pelo formato dos seus dentes, de forma mais cônica e mais adaptados à mastigação de folhas moles.

O DINOTÉRIO (Deinotherium bozasi)

Foi um mamífero herbívoro, parente dos elefantes atuais. Foram contemporâneos do australopiteco. O seu nome quer dizer fera terrível (dheinos, terrível e therium, fera).

Tinham grandes presas curvadas para baixo. Supõe-se que eram usadas para arrancar casca dos troncos de árvores, que junta a folhas, constituíam sua dieta.

Eles parecem ter possuído trombas mais curtas do que o elefante atual. Viveu nos períodos mioceno, plioceno e pleistoceno. Era o segundo maior mamífero terrestre de todos os tempos perdendo só para o

indricotherium que pesava em torno das 15 toneladas. Ele tinha 4 metros de altura na cernelha.

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Page 33: Trabalho de mamiferos

A ORDEM DOS PRIMATAS

PRIMATAS - São mamíferos superiores que se caracterizam por apresentarem membros alongados, e mãos e pés com cinco dedos providos de unha. Nas mãos dos primatas, o dedo polegar fica numa posição oposta aos outros dedos Esta característica permite que eles tenham maior habilidade no manuseio dos objetos. Na ordem dos primatas, temos os vários tipos de macacos (gorila, chimpanzé, orangotango, gibão) e o homem. A ordem dos primatas engloba cerca de 180 espécies que variam, tanto no tamanho, como em seus diferentes modos de vida. Surgiram na era cenozóica, no período terciário. O ser humano é, entre os primatas, o que possui maior capacidade de raciocínio.

Os primatas são classificados como do novo e do velho mundo:

Novo mundo: eles têm como principal característica suas narinas achatadas e separadas. Vivem principalmente nas florestas, sendo ativos durante o dia e dormindo à noite. Sua alimentação é feita em cima das árvores, onde se fartam de folhas e frutos.

Velho mundo: cerca de 70 espécies na África, Ásia e Indonésia. Todos caminham com quatro patas, um exemplo disso é o babuíno.

Existe também a classificação dos primatas como sendo inferiores e superiores:

Inferiores: constituem 21 espécies vivendo a maioria nas florestas de Madagascar. Entre esses macacos há alguns que medem 12 cm e outros que chegam a 90 cm.

Primatas superiores: são principalmente aqueles que têm a face achatada e os olhos voltados para frente (eles não têm cauda). Os orangotangos pesam cerca de 90 kg e os gorilas chegam aos 275 kg.

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Page 34: Trabalho de mamiferos

Os primatas atualmente sofrem com um grande problema: o perigo da extinção, pois segundo um relatório preparado pelo Bristol Zoo Gardens, quase a metade das espécies corre risco de extinção devido à cormercialização ilegal, à caça motivada pela venda da carne e ao devastamento de seus habitats, as florestas tropicais.

A TEORIA DA EVOLUÇÃO (EVOLUCIONISMO)

Sabe-se que a princípio, não existiam seres vivos possuidores de coluna vertebral. Antes do surgimento dos primeiros vertebrados milhões de anos se passaram na história da evolução. Os primeiros a aparecer tinham a forma de peixe, e somente milhões de anos após é que os primeiros anfíbios passaram a existir, e depois vieram os répteis, pássaros e mamíferos.

Para a ocorrência de todo esse processo, ocorreram inúmeras explicações, contudo, a mais conhecida foi desenvolvida por Darwin (teoria evolucionista). Ele se fez notar quando observou que não existem duas plantas ou dois animais exatamente iguais.

Observou-se que partes dessas diferenças são benéficas para a obtenção mais alimento, fato que permite uma melhor formação e um tempo de vida mais prolongado. Essas variações passaram de geração para geração e foram muito úteis para o desenvolvimento dos seres vivos.

Após milhões de anos, a aparência de animais e plantas ficou bem diferente do que era. Aqueles que se desenvolveram melhor foram os que tiveram a chance de se adaptar as inúmeras mudanças que ocorreram em nosso planeta.

EVOLUÇÃO DOS PRIMATAS OS PRIMATAS.

Os fósseis mais antigos de primatas datam de 60 milhões de anos atrás. Acredita-se que nesta época, ou melhor, um pouco antes, os mamíferos placentários iniciaram a ocupação do ambiente arborícola. Sendo que para isso desenvolveram, de acordo com a teoria darwinista, atributos que caracterizam a família dos primatas. São atributos como as mãos que permitem agarrar objetos, a visão binocular que permite calcular distâncias com precisão, capacidade de ver cores (Dentre os mamíferos apenas os primatas), cuidado com a prole e etc. que fazem o sucesso dos primatas e do homem.

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Page 35: Trabalho de mamiferos

O ancestral de todos os primatas foi o plesiadapis. Tinha cerca de 30 cm e ra muito semelhante aos atuais musaranhos, por isso muitos antropólogos não consideram-no como primata. Mas de fato, o Plesiadapis pode ser considerado a “mãe” de todos os primatas.

Dez milhões de anos após o Plesiadapis, com o processo de evolução, apareceu o Adapis que já continha uma semi-mão. O corpo tinha cerca de 30 cm de comprimento e estudos do resto do corpo levam a crer que era bem ágil em correr no solo. Entretanto, com o número bem grande de predadores no solo, o Adapis precisava constantemente subir em árvores.

Plesiadapis e Adapis, os primeiros primatas, compreenderam a subordem dos prossímios (Primatas inferiores) que originaram os lêmures e társios atuais. Os prossímios possuem ainda um corpo com membros curtos e conseqüentemente semi quadrúpede.

A outra subordem é a dos Antropóides (do grego anthropos, homem, e oide, parecido) ou primatas superiores. As principais características deste grupo são o encéfalo desenvolvido e os membros longos.

O antropóide mais antigo foi o Lacypithecus que já não era quadrúpede em solo como seus antecessores (Plesiadapis e Adapis). Tinha uma altura de 50 cm e olhos totalmente na posição frontal.

A partir do Lacypithecus os antropóides se diversificaram, um ramo deu origem aos pequenos primatas que vivem nas Américas, outro ramo aos macacos do velho mundo como os babuínos e o último ramo a aparecer na escala de tempo deu origem a um animal chamado dryopithecus.

O dryopithecus tinha 1 metro de altura e viveu a 20 milhões de anos atrás, provavelmente seja o ancestral de todos os grandes primatas e o gibão. De estudos sobre os fósseis conclui-se que o dryopithecus possuía grandes habilidades nas árvores e conseguia agarrar com firmeza e precisão objetos.

Do dryopithecus vieram dois gêneros: Os pongidae (Orangotango e Gibão) e os Hominidae (Homem, Chimpanzé e Gorila).

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SISTEMA RESPIRATÓRIO

RESPIRAÇÃO:

Os mamíferos possuem respiração exclusivamente pulmonar. O sistema respiratório deles é formado pelos pulmões e pelas vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traquéia e brônquios). Os movimentos de entrada do ar (inspiração) e saída (expiração) são controlados por um músculo que separa o tórax do abdômen: o diafragma.

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FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório fornece oxigênio para sustentar o metabolismo tecidual e remove dióxido de carbono. O consumo de oxigênio e a produção de dióxido de carbono variam com a taxa metabólica, que depende principalmente da atividade física. . As espécies menores têm o consumo de oxigênio por quilo de peso corpóreo mais alto que as espécies maiores.

O consumo máximo de oxigênio no cavalo é três vezes maior que o consumo

máximo de oxigênio em uma vaca de peso corpóreo similar.

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Os cães têm consumo máximo de oxigênio mais alto que os caprinos de mesmo tamanho.

TIPOS DE RESPIRAÇÃOCOSTOABDOMINAL=É o tipo de respiração normal dos animais.

Embora o tipo de respiração seja costo-abdominal observa-se no cão e no Homem um predomínio costal e no Eqüino e no Bovino um predomínio abdominal.

ABDOMINAL =Caracterizada por maior movimentação do abdome e ocorre por dores no tórax e arreio mal colocado

COSTAL OU TORÁCICA =Caracterizada por pronunciada movimentação das costelas e ocorre por respiração dificultada e afecções abdominais dolorosas, gestação e gases.

SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório também chamado de sistema cardiovascular é formado por: coração, vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e vasos linfáticos.

A circulação nos mamíferos é fechada, dupla e completa.

É fechada porque as células do sangue estão sempre dentro de vasos sanguíneos. É dupla porque o sangue passa duas vezes pelo coração. É completa porque o sangue venoso separa-se completamente do arterial.

O CORAÇÃO

É o órgão que bombeia o sangue oxigenado para o corpo e o sangue desoxigenado para os pulmões. É formado por quatro câmaras: átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, átrio direito e ventrículo direito.

O átrio direito é a câmara superior do lado direito do coração. O sangue que retorna ao átrio direito é venoso e passa para o ventrículo direito para ser bombeado pela artéria pulmonar para os pulmões para re-oxigenação e remoção de dióxido de carbono. O átrio esquerdo recebe sangue recém oxigenado dos pulmões bem como da veia pulmonar, que é passado para o ventrículo esquerdo forte para ser bombeado através da aorta para os diferentes órgãos do corpo.

ARTÉRIAS=São os vasos pelos quais o sangue sai do coração.

VEIAS=São os vasos que trazem o sangue para o coração.

CAPILARES=São vasos microscópicos.38

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CIRCULAÇÃO PULMONAR

Inicia-se no tronco da artéria pulmonar, seguindo pelos ramos das artérias pulmonares, arteríolas pulmonares (até aqui o sangue é venoso). A partir daqui o sangue é arterial, segue pelas vênulas pulmonares e veias pulmonares que deságuam no átrio esquerdo do coração.

SISTEMA EXCRETOR

A excreção tem como principal função eliminar substâncias nitrogenadas e regulares a quantidade de água no organismo.

Nos mamíferos podemos considerar como sistema excretor o sistema urinário (onde é produzida a urina) e também a pele (onde é produzido o suor) através das glândulas sudoríparas.

O Sistema urinário dos mamíferos é formado por um par de rins, e pelas vias urinárias (ureteres, bexiga, e uretra) que são muito eficientes na limpeza do organismo.

Os rins recebem o sangue a ser filtrado, que é rico em oxigênio necessário a sobrevivência, através das artérias renais que se transformam em vasos cada vez menores no seu interior (arteríolas).Essa ramificação de vasos entra em contato direto com a unidade excretora do rim,o néfrom.O sangue filtrado sai dos rins pela veia renal,livre de excretas e rico em gás carbônico.De cada rim sai um tubo,os ureteres,que levam o produto da filtração e reabsorção(urina) até a um reservatório,a bexiga urinária que tem por função armazenar a urina.A bexiga é um órgão constituído por musculatura elástica,o que aumenta conforme armazena a urina.A urina sai para o exterior do corpo através da uretra.

.

Através da pele, as substâncias contidas no suor são retiradas do sangue pelas glândulas sudoríparas. Através de canal excretor, chega até a superfície da pele, saindo pelos poros. Eliminando o suor, a atividade das glândulas sudoríparas contribui para manutenção da temperatura do corpo.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Digestão- É o conjunto das transformações, mecânicas e químicas, que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis. É a quebra de macromoléculas em moléculas menores por meio de enzimas digestivas, para que possam ser absorvidas pelas células. 

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TIPOS DE DIGESTÃO

Intracelular (ocorre totalmente dentro das células). Extracelular (ocorre dentro do tubo digestório). Extra e intracelular (começa no tubo digestório e termina no interior da célula). Extracorpórea (ex.: nas aranhas, a digestão ocorre dentro do organismo da própria

presa).

A DIGESTÃO HUMANA 

Extracelular é a digestão denominada para o ser humano, sendo realizadas através da trituração de alimentos, operações vitais e pela salivação. O aparelho digestório humano é anatomicamente dividido em: órgãos do tubo e órgãos anexos. Órgãos do tubo: boca (lábios, dentes e língua), faringe esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, colo reto) e ânus.

Órgãos anexos: glândulas salivares (parótida, submaxilar e sublingual), pâncreas e vesícula biliar.

Depois de mastigados e insalivados na boca, os alimentos são engolidos e levados até o estômago. Ao passarem por várias transformações, seguem do estômago para o intestino delgado, onde os nutrientes passam para o sangue, através das paredes deste órgão. Assim, as substâncias nutritivas podem ser distribuídas pelo corpo do animal. Os resíduos dos alimentos seguem para o intestino grosso, que absorve a água e forma as fezes, que são mandadas para fora do corpo pelo ânus.

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DIGESTÃO NA CAVIDADE BUCAL Amilase salivar ou ptialina - Enzima que atua sobre o amido e outros polissacarídeos

(glicogênio, por exemplo), transformando-os em moléculas menores de maltose. A digestão depende de fatores químicos importantes como, por exemplo, o ph.

ALIMENTOS-  O alimento tem como função, a sustentação, a energia, e a renovação orgânica do individuo.

É muito variada. Os roedores (ordem rodentia) são herbívoros e possuem incisivos bem desenvolvidos. Muitos carnívoros (ordem carnívora) comem apenas carne, embora existam alguns que tenham uma alimentação variada, eles possuem caninos bem desenvolvidos. Os insetívoros (ordem insetívora) são mamíferos que comem insetos, principalmente, e tem focinho longo e pontiagudo. Algumas espécies de quirópteros (ordem quiróptera) sugam o sangue do gado e de outros mamíferos. Os cetáceos (ordem cetácea) são carnívoros filtradores de plâncton. Os proboscídeos (ordem proboscídea) são herbívoros e possuem nariz e lábio superior transformados em tromba e possuem incisivos bem desenvolvidos Presas.

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DIFERENCIAR ANIMAIS MONOGÁSTRICOS E ANIMAIS RUMINANTES?

De acordo com as características anatômicas, morfológicas e fisiológicas do sistema digestivo dos animais. Monogástricos são os animais não ruminantes que apresentam um estômago simples (mono=1 gástrico= digestão), com uma capacidade de armazenamento pequena. Existem animais não ruminantes, como os cavalos e coelhos que possuem o ceco funcional, contendo microorganismos capazes de digerir alta porcentagem de fibra (celulose e hemicelulose). As principais espécies de monogástricos são: o homem, aves, suínos, cães, gato, coelho, equino e etc.

Os ruminantes (latim científico: Ruminantia) são uma subordem de mamíferos artiodátilos, que inclui os veados, girafas, bovídeos e por vezes incluídos até mesmo os camelos, caracterizados pela presença de um estômago complexo, tendo quatro "estômagos". Os monotremados possuem cloaca em vez de ânus.

DIGESTÃO:

Ação química (HCI no estômago, bile no intestino delgado);

Atividade enzimática (pepsina gástrica, amilase pancreática, lipase pancreática...)

PROCESSO DIGESTIVO EM NÃO RUMINANTES:

O Sistema digestivo dos monogástricos (não ruminantes) possui um compartimento simples para a digestão gástrica, isto é, um estômago simples. Ex: porco, cavalo, cão, gato e galinha.

A maioria dos monogástricos utiliza alimentos fibrosos de modo pouco eficiente, com exceção do cavalo e do coelho.

PARTES COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO:

BOCA: contém quatro grupos acessórios:

1. Lábios - apreensão;

2. Língua - apreensão mistura e deglutição. Sentido do gosto;

3. Dentes - apreensão e mastigação:

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4. Glândulas salivares - três pares de glândulas que secretam a saliva.

SALIVA:

Água - umedece os alimentos abocanhados;

Mucina - lubrifica os alimentos, facilitando a digestão;

Íons bicarbonato - tampões. Ajudando a regular o PH do estômago.

Enzimas - amilase (alfamilase) (ausente no cavalo, cão, gato); lisozima.

ESÔFAGO: ondas peristálticas.

ESTÔMAGO:

Órgão digestório oco, em forma de pêra. Estoca, por algum tempo, e tritura,

Mediante contrações musculares, o alimento ingerido. Secreta o suco gástrico.

A presença de alimento no estômago induz a produção de suco gástrico. Contém água, ácido clorídrico e pepsinogênio (pepsina cl PH ácido).

A Secreção do ácido clorídrico (0,1 N) possibilita a manutenção do PH estomacal (PH 2,0).

O Material que sofreu a ação do suco gástrico e deixa o estômago é denominado QUIMO

INTESTINO DELGADO:

Tubo digestório dividido em três seções:

Duodeno - sítio ativo de digestão e absorção

Jejuno - sítio ativo de absorção.

Íleo - porção caudal. Sítio ativo de absorção e reabsorção.

Projeções papilares: vilos e microfilos. Aumentam a área de superfície do intestino.

Cada vilo contém uma arteríola, uma vênula e um vaso linfático de drenagem

Chamado lacteal.

INTESTINO GROSSO:

Três seções

Ceco: tamanho variável nas diferentes espécies. Geralmente muito maior em Herbívoros do que em carnívoros e onívoros.

Colo: seção média. Reto: última seção.

FUNÇÕES: Reabsorção de água; Secreção de minerais, como o cálcio.

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Reservatório de componentes não digeridos no intestino delgado; Câmara de fermentação microbiana, com alguma digestão de alimentos fibrosos, síntese

bacteriana e de vitaminas K e algumas do complexo B. Formação e expulsão do bolo fecal.

SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES

A anatomia do trato gastrointestinal (TGI) difere consideravelmente das espécies tipicamente monogástricas.

BOCA Bico córneo para apreender, rapidamente, pequenas partículas de alimentos.

Reduz parcialmente o tamanho do alimento a ser deglutido. Língua e glândulas salivares semelhantes às dos outros animais.

ESÔFAGO

INGLÚVIO (PAPO): A maioria das aves, exceto as espécies insetívoras, possui uma área avolumada no esôfago, denominada inglúvio (papo), que apresenta as seguintes funções:

Compartimento de armazenagem e umedecimento dos alimentos (particularmente importante para os grãos).

Permite ação prolongada da amilase salivar;

Funciona como câmara de fermentação, para algumas espécies,

PROVENTRÍCULO (ESTÔMAGO GLANDULAR): porção posterior ao inglúvio e anterior à moela que apresenta as seguintes funções:

Sítio de produção do suco gástrico (HCI e pepsinogênio)

Meio ácido (PH próximo a 4);

A ingestão o atravessa muito rapidamente (cerca de 14 segundos)

VENTRÍCULO (MOELA OU ESTÔMAGO MUSCULAR): órgão muscular oco, de paredes muito grossas e epitélio cornificado.

Tritura os alimentos, de forma similar à mastigação dos mamíferos, mediante contrações involuntárias. Contrações ocorrem a cada 20 a 30 segundos.

O epitélio é recoberto por uma secreção mucosa espessa.

A moela possui, no seu interior, pedriscos e outras partículas duras que ajudam na trituração do alimento, mas que não são essenciais para a sua função.

Não secretam enzimas.

INTESTINO DELGADO

Mesmas seções dos mamíferos, com mesmas funções.

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Não secreta lactase.

Ph 9, ligeiramente ácido.

A Digestão e a absorção dos nutrientes ocorrem de maneira semelhante à dos mamíferos.

INTESTINO GROSSO

Intestino grosso bem pequeno (5 a 8 cm) que desemboca na cloaca;

Os dois cecos e o intestino grosso são sítios de absorção de água e de digestão de alguma fibra. A fermentação bacteriana se processa em níveis menores que nos mamíferos.

SISTEMA DIGESTÓRIO DOS SUÍNOS

A anatomia do TGI dos suínos é bastante semelhante à dos humanos, sendo considerado um monogástrico típico.

BOCA

Ação principalmente mecânica.

Amilase salivar (alfamilase ou ptialina). Essa enzima age sobre amido e glicogênio dando origem à glicose e à maltose.

Presença da lisozima.

ESTÔMAGO

Capacidade de 6 a 8 litros.

Dividido em cárdia, fundo e piloro. Cárdia e piloro possuem esfíncteres que controlam a passagem dos alimentos pelo estômago.

Presença de dobras no epitélio para aumentar a superfície de contato com o alimento ingerido.

A Concentração de ácido clorídrico é de aproximadamente 0,1 N (PH próximo de 2).

O ácido clorídrico, ativa o pepsinogênio que produz a pepsina, que atua na digestão das proteínas ingeridas.

O ácido clorídrico, ativa também a renina, importante enzima produzida por mamíferos jovens, que promove a coagulação do leite.

INTESTINO DELGADO

Existem quatro secreções que atuam no intestino delgado: Suco Duodenal, Suco Biliar, Suco Pancreático e Suco Intestinal.

SUCO DUODENAL: produzido pelas glândulas de Brünner. É uma secreção alcalina que age como lubrificante e protege a mucosa duodenal contra o HCI.

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SUCO BILIAR: também chamado de bile. Secretado pelos hepatócitos. Os principais componentes são os ácidos biliares e a bilirrubina. Os ácidos biliares provêm (90%) da reabsorção intestinal da bile no ciclo enterocólico. E os 10% restantes são sintetizados pelo hepatócito. Atua na emulsificação (dispersão em meio aquoso) dos lipídios no tubo digestivo, facilitando a ação da enzima lipase pancreático, o transporte e a absorção dos lipídios.

A bilirrubina é produto de degradação da hemoglobina, como outros pigmentos excretados na bile não têm função digestiva.

INTESTINO GROSSO

A maior parte do material alimentar que chega à entrada do colo já teve absorvida a maior parte dos nutrientes solúveis. As dietas normais sempre têm algum material resistente às enzimas secretadas no canal alimentar.

As glândulas presentes no intestino grosso são do tipo mucoso, não produtoras de enzimas. Os processos digestivos, quando ocorrem, são por enzimas arrastadas com os alimentos, por enzimas vegetais e microbianas.

Extensa atividade microbiana ocorre principalmente no ceco. A contribuição dos ácidos graxos voláteis (AGV) produzidos pode chegar a 10 - 12% das necessidades de mantença do porco adulto.

DIGESTÃO DO LEITÃO JOVEM:

Entre o nascimento até cerca de cinco semanas de idade, a concentração e a atividade da maioria das secreções digestivas do leitão são diferentes daquelas do animal adulto. A absorção de imunoglobulinas do colostro. O colostro da porca e da vaca contém um inibidor da tripsina que protege as Imunoglobulinas da proteólise.

O desenvolvimento da atividade da pepsina, no leitão e no bezerro, depende da ingestão de alimento sólido. A digestão das proteínas do leite ocorre por ação da renina e da tripsina. A secreção de renina decresce rapidamente a partir da ingestão de alimentos sólidos, enquanto a da tripsina altera-se muito pouco com a idade.

Ao nascimento, a atividade da alfa-amilase, maltase e sacarase são baixas, enquanto a lactase é muita ativa e decresce com o avanço da idade. Baixa capacidade de digerir gorduras devido à baixa produção de bile. Leitões desmamados precocemente podem reagir desfavoravelmente à proteína dos alimentos. Proteína da soja para leitões possui alta antigenicidade. Sistemas de desmama precoce necessitam de atenção especial na escolha de alimentos substitutos do leite.

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ESQUEMATIZAÇÃO DA DIGESTÃO DOS RUMINANTES.

A digestão dos ruminantes ocorre por um mecanismo particular, diferenciado dos demais animais. Os ruminantes se alimentam basicamente de vegetais (folhagem), portanto são considerados herbívoros (consumidores de primeira ordem). Ao longo do aparelho digestivo, coexistem bactérias e protozoários que processam a digestão química da celulose, o polissacarídeo responsável pela estruturação da parede celulósica das células vegetais, conferindo maior aproveitamento energético aos ruminantes. Os órgãos envolvidos neste processo digestivo realizam a digestão mecânica, proporcionando a fragmentação dos alimentos ingeridos, inicialmente por meio da mastigação efetivada na cavidade bucal, apresentando dentição homodonte (dentes com igual formato e função – maceração). Em seguida o alimento é conduzido até o rúmem (ou pança) por intermédio do esôfago.

Após o processamento do alimento no rúmen, o bolo alimentar formado é transportado até o próximo compartimento denominado por retículo (ou barrete), o qual se comunica com outra cavidade, o omaso, (ou folhoso) e deste em direção ao obamaso (ou coagulador).

Portanto, toda a extensão do aparelho digestório desses animais é formada por um conjunto contendo 4 cavidades, assim caracterizada: rúmen, retículo, omaso e abomaso, e funcionamento subdividido em duas etapas. Na primeira etapa o alimento é mastigado e enviado para o rúmen e o retículo. Na segunda, o bolo alimentar regurgitado retorna à boca através de contrações similares às que provocam o vômito, sendo novamente mastigado e posteriormente em direção ao omaso e abomaso.

Exemplos de mamíferos ruminantes: carneiros, bovinos e camelos, boi, cabra, carneiro, veado, girafa.

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O sistema digestivo, que tem como função, triturar, reduzir em pequenas partículas e digerir os alimentos começa na boca (lábios, língua, dentes e glândulas salivares). O esôfago é um tubo cilíndrico que se dilata facilmente e que conduz os alimentos da boca até o rúmen, com o qual se comunica por um orifício chamado cárdia.

Pré-estômagos- estômagos dos ruminantes são amplamente utilizados na culinária, para fazer à famosa “dobradinha” ou “buchada”. Compreendem três compartimentos, rúmen, retículo e omaso, os quais representam os “estômagos falsos”, onde ocorre a digestão microbiana e a ação mecânica sobre os alimentos fibrosos e grosseiros.

O rúmen, pança ou bucho é o maior dos compartimentos, comportando 80% do volume total do estômago, e ocupa quase todo o lado esquerdo da cavidade abdominal. Em bovinos adultos pode conter até 200 litros, enquanto que em ovinos e caprinos sua capacidade é de aproximadamente 20 a 30 litros. O retículo ou barrete é o menor dos pré-estômagos, que atua como um "marca-passo” dos movimentos da ruminação.

Estômago verdadeiro- O Abomaso, conhecido também por coalheira é o único estômago verdadeiro, ou seja, onde ocorre à secreção de suco gástrico, e onde se processa a digestão propriamente dita. De forma alongada, está situado à direita do rúmen e repousa sobre o abdômen, logo atrás do retículo.

O conteúdo do rúmen segue então seu caminho em sentido contrário, em direção à boca, constituindo o processo de ruminação, ou seja, o retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca, onde é submetido a uma nova mastigação e insalivação, agora mais demoradas e completas. A calma e tranqüilidade ambiental são favoráveis a uma ruminação correta, com regurgitações espaçadas de um minuto. A parada da ruminação é um sinal de indisposição alimentar ou de doença. Após bem triturado, o bolo alimentar é novamente deglutido, voltando ao rúmen, que continua em movimento. O alimento passará para o retículo, quando se apresentar com partículas suficientemente pequenas e fluidas podendo, para isto, ocorrer várias ruminações.

Todos os alimentos, durante sua permanência no rúmen, são decompostos pela ação da flora ruminal (bactérias e protozoários). Estes microrganismos se encontram aos milhares por mililitro de líquido, e estão especializados e adaptados a estes alimentos.

O alimento, se adequadamente liquidificado, passa ao omaso onde é “prensado” pelas lâminas existentes na sua mucosa, perdendo assim boa parte do excesso de água passando, a seguir, ao abomaso.

No abomaso ou estômago verdadeiro, o alimento sofre ação química do suco gástrico (de forma semelhante ao que ocorre no estômago humano), secretado pelas glândulas presentes em sua mucosa. O suco gástrico contém: quimosina ou coalho, que provoca a coagulação da caseína do leite, além de pepsina, lípase, ácido clorídrico, etc., todos envolvidos no processo de digestão química.

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O que difere os ruminantes dos demais animais é o fato de serem poligástricos, ou seja, possuem quatro estômagos, chamados rúmen, retículo, omaso e abomaso. O tamanho de cada um varia no decorrer da vida do animal. Na primeira mastigação ocorre a trituração dos alimentos e a insalivação. Em média, o bovino libera de 50 a 60 quilos de saliva por dia. Quando os alimentos fornecidos são fluidos, a salivação torna-se fraca, o conteúdo do rúmen, então, torna-se viscoso e o gás resultante a digestão causa a aparição de espumas, surgindo à indigestão gasosa ou espumosa, característicos da meteorização.

SISTEMA ENDÓCRINOSistema Endócrino é formado pelo conjunto de glândulas que apresentam como atividade

característica a produção de secreções denominadas hormônios.Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos.

O sistema nervoso pode fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo, enquanto que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino em conjunto com o sistema nervoso atua na coordenação e regulação das funções corporais. Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: a hipófise, o hipotálamo, a tiróide, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas (os ovários e os testículos).

Principais glândulas endócrinas. (Masculinas na esquerda, femininas na direita.) Glândula pineal , Glândula pituitária, Glândula tireóide, Timo, Glândula supra-renal, Pâncreas, Ovário e Testículo

O QUE SÃO OS HORMÔNIOS?

Os hormônios são substâncias liberadas na corrente sanguínea por uma glândula ou órgão e que afetam a atividade de células de um outro local. Em sua maioria, os hormônios são proteínas compostas de cadeias de aminoácidos de comprimento variável. Outros são esteróides, substâncias gordurosas derivadas do colesterol. Quantidades muito pequenas de hormônios podem desencadear respostas muito grandes no organismo. Os hormônios ligam-se aos receptores localizados sobre a superfície da célula ou no seu interior.

Em sua maioria, os hormônios são proteínas compostas de cadeias de aminoácidos de comprimento variável. Outros são esteróides, substâncias gordurosas derivadas do colesterol. Quantidades muito pequenas de hormônios podem desencadear respostas muito grandes no organismo. Os hormônios ligam-se aos receptores localizados sobre a superfície da célula ou no seu interior. A ligação de um hormônio a um receptor acelera, reduz ou altera a função celular de uma

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outra maneira. Em última instância, os hormônios controlam a função de órgãos inteiros. Eles controlam o crescimento e o desenvolvimento, a reprodução e as características sexuais. Eles influenciam a maneira como o organismo utiliza e armazena a energia. Além disso, os hormônios controlam o volume de líquido e as concentrações de sal e de açúcar no sangue. Alguns hormônios afetam somente um ou dois órgãos, enquanto outros afetam todo o organismo. Por exemplo, o hormônio estimulante da tireóide é produzido na hipófise e afeta apenas a tireóide. Em contraste, o hormônio tireoidiano é produzido na tireóide, mas afeta células de todo o organismo. A insulina, produzida pelas células das ilhotas pancreáticas, afeta o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras em todo o organismo.

FUNÇÃO:

Os hormônios são secretados por glândulas e, atuam como sendo mensageiros, transmitindo informações aos órgãos alvos, para que estes, executem funções. Devido a esse mecanismo, o sistema hormonal é importante para auxiliar na manutenção da homeostase, onde seu controle fica à responsabilidade do sistema nervoso (hipotálamo), que percebendo alterações externas do ambiente, consegue, via hormonal, modificar o meio interno do organismo, outras funções hormonais são metabolismo, crescimento e desenvolvimento, equilibrio hidroelétrico, reprodução e comportamento.

• O Sistema Endócrino compreende desde o controle central hipotálamo-hipofisário até as glândulas alvo, tais como tireóide, adrenais, e gônadas.

• Envolve ainda outras glândulas como paratireóides, pineal, pâncreas endócrino e timo.

• É importante lembrar que há ainda atividade endócrina em outros locais como nas células cromoargentoafins (APUD), nos rins, fígado, pulmões, átrio cardíaco, etc..

Hipófise ou pituitária- a ponte neuroendócrina

• As relações de contiguidade entre a mucosa nasal (pituíta) e a hipófise permitem, em alguns animais, a ação de odores (feromônios) sobre as gonadotrofinas e comportamento sexual

Hipotálamo - Hipófise

• 3o ventrículo• talo hipofisário• pars tuberalis• pars nervosa• pars distalis• Sistema porta hipofisário

Hormônios hipotalâmicos

• Polipeptídios secretados nos núcleos do hipotálamo: S0=ADH, PV=ocitocina

• Descem pelo trato hipotálamo-hipofisário até a pars nervosa onde são armazenados

• São eles a ocitocina e a vasopressina ou ADH.

• Uma ação da ocitocina é contrair o útero no parto.

Ações da Ocitocina

• Além de contrair a musculatura uterina no momento do parto a ocitocina é o hormônio que contrai os canais galactóforos promovendo a ejeção do leite.

Estrutura da Pars Nervosa

• As células locais (pituicitos) são meras células gliais sem atividade secretora.

• Os hormônios dos núcleos supraoptico e paraventricular descem pela bainha dos axônios do

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feixe hipotálamo-hipofisário.

• Os hormônios se acumulam nos botões terminais, formando os corpos de Hering.

Fatores hipotalamicos de liberação e inibição (polipeptídios)

• STH-RF e GIF= (somatostatina)• ACTH-RF• TH-RF• Gn-RF• PIF• Produzidos no hipotálamo (tuber cinereum) são captados, no talo, pelo sistema porta-

hipofisário

Sistema porta hipofisário

Vascularização hipofisária

• Observe, à sua esquerda, o trajeto do sangue no talo e na pars distalis. A maior parte do sangue que chega à pars distalis já passou pelos capilares do talo hipofisário.

• Observe, à sua direita, que o sangue chega à pars nervosa e dela sai sem ter passado nem pelo talo, nem pela pars distalis.

Células da Pars distalis

• Cromófobas• Cromófilas• acidófilas

• somatotróficas• lactotróficas• adrenocorticotroficas

• basófilas• gonadotróficas• tireotróficas

Microscopia da Pars distalis

• cromófobas• acidófilas• basófilas

• sinusoides (que recebem o sangue do sistema

porta-hipofisário trazendo fatores de liberação\inibição

Hormônio do Crescimento ou STH

• Produzido em células acidófilas da pars distalis• Liberado pelo STH-RF do hipotálamo que vem pelos vasos porta hipofisários• inibido pelo GIF (somatostatina)• Atua sobre as cartilagens de crescimento dos ossos longos• Eleva a glicemia

LTH ou prolactina

• Atua na lactação sobre a função secretora da mama.• Tem ação luteotrófica nos roedores.• Sua ação no ciclo sexual da mulher é controvertida.• O controle hipotalâmico é principalmente inibitório (PIF)

ACTH

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• Estimula apenas a zona faisciculada da cortex pois a glomerulosa é regulada pelo sistema renina-angiotensina.

• É análogo ao MSH (alfa, beta e gama)• Está relacionado com as endorfinas através de seu precursor a pré-opiomelanocortina.• Faz o feed-back com o cortisol

Ação da hipófise sobre a pele

• Se dá por ação do MSH (hormônio estimulante da melanogênese) ou de seu análogo o ACTH.

• Nos anfíbios o MDH ou intermedina (hormônio melanóforo dispersor é produzido pela pars intermédia.

Hormônio Tireotrófico

• Produzido em células basófilas e liberado por ação do TSH-RF• atua sobre as células foliculares da tireoide• Feed-back com a tiroxina• sem ação sobre as células parafoliculares, produtoras de tireocalcitonina.

Gonadotrofinas na fêmea

• FSH = atua sobre o crescimento do folículo ovariano• feedback com estrogênio• LH= atua sobre o corpo amarelo e sobre células intersticiais principalmente do hilo• feedback com progesterona (?) androgênios (?)

Gonadotrofinas no macho

• FSH = atua sobre a espermatogênese• feeedback com estrogênio e com a inibina• LH ou ICSH = atua sobre a produção de testosterona e de ABP• Feedback com a testosterona

SISTEMA ENDÓCRINO

 

Funciona em conjunto com o sistema nervoso, exercendo as funções de coordenação e integração dos sistemas corporais. É responsável por fazer a comunicação entre as células do nosso organismo.

Este sistema é constituído de glândulas endócrinas secretoras de hormônios. A diferença entre uma glândula endócrina e uma exócrina, é que a exócrina mantém uma continuidade, um duto, comunicando-a com o tecido epitelial que a originou, ao passo que a endócrina perde esse duto, e seus produtos de secreção sempre são lançados na corrente sangüínea.

Podemos compará-lo com o sistema nervoso da seguinte forma: A comunicação feita pelo sistema nervoso é semelhante a uma ligação telefônica (os impulsos nervosos), ao passo que a comunicação feita pelo sistema endócrino é semelhante àquela feita por carta, sendo que a carta contendo a mensagem seria o hormônio, transportado pelo sangue. Sendo assim, como a velocidade do impulso nervoso (~100 m/s) é bem mais rápida do que a velocidade com a qual o sangue circula, as mensagens enviadas via sistema nervoso são mais rápidas, mas em contrapartida, as mensagens enviadas pelo sistema endócrino têm efeito mais duradouro.

HORMÔNIOS

 

Os hormônios são substâncias produzidas por células específicas das glândulas endócrinas,

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capazes de alterar o funcionamento de uma célula (alterando a expressão gênica, por exemplo). São secretados na corrente sanguínea, em resposta a algum estímulo, e nela viajam até alcançar as células destinatárias das mensagens, conhecidas como células alvo. Os hormônios regulam diversas atividades fisiológicas, como o crescimento, reprodução e homeostase (equilíbrio fisiológico).

 

 

De forma geral, vários órgãos podem produzir hormônios e atuar como glândulas endócrinas, como exemplos temos:

• O coração, que produz o peptídio natriurético atrial (PNA).• O estômago, que produz gastrina.• O intestino delgado, que produz secretina e colecistocinina.

A tabela a seguir mostra as principais glândulas endócrinas, seus hormônios e efeitos (Modificada a partir de Amabis & Martho, Biologia dos Organismos, Moderna. 2004):

Sobre as disfunções e enfermidades hormonais, podemos ressaltar:

• Diabetes mellitus: Doença causada devido à inaptidão que as células dos indivíduos afligidos têm de absorver e armazenar a glicose. Pode ser devida à incapacidade das células do pâncreas sintetizarem a insulina (tipo I), ou pode ser devida à falta de receptores para insulina na superfície das células (tipo II). De qualquer forma, a doença é caracterizada por:

• Aumento na concentração de glicose do sangue.• O indivíduo afligido perde bastante água excretando esse excesso de glicose.• Como falta glicose nas células (combustível), elas passam a obter energia a partir da

queima de proteínas e lipídios.• Hipotireoidismo: Condição em que a tireóide produz pouca tiroxina (pode ser devida à

deficiência de iodo), sendo assim, o metabolismo do indivíduo é desacelerado. As freqüências cardíaca e respiratória diminuem, a queima de glicose também (promovendo a obesidade), de forma que, em geral, o indivíduo funciona de forma mais lenta. O hipotireoidismo na infância pode levar a uma condição conhecida como cretinismo, cujos sintomas são deficiência mental e nanismo.

• Hipertireoidismo: É o contrário do hipotireoidismo, a tireóide produz muita tiroxina, sendo assim, o metabolismo do indivíduo é acelerado. Geralmente as pessoas afligidas têm maior propensão a adquirir doenças cardiovasculares. Um sintoma típico do hipertireoidismo é a exoftalmia: Os olhos do indivíduo são grandes e saltados.

• Bócio: Aumento exagerado da glândula tireóide devido às disfunções em seu funcionamento. Pode ser tanto devido ao hipertireoidismo, quanto ao hipotireoidismo. No primeiro caso, acredita-se que a glândula aumente de tamanho, pois as células se dividem mais rapidamente, graças a ação dos próprios hormônios tireoidianos. No segundo caso, a glândula aumenta de tamanho para tentar captar o máximo possível de Iodo, para sintetizar seus hormônios.

• Nanismo: Falta de hormônio do crescimento (somatotrofina) produzido na adeno-hipófise. Durante a infância!

• Gigantismo: Excesso de hormônio do crescimento (somatotrofina) produzido na adeno-

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hipófise. Durante a infância!• Acromegalia: Excesso de hormônio do crescimento (somatotrofina) produzido na

adeno-hipófise, NA FASE ADULTA! Sendo assim, esse excesso não produzirá gigantismo, pois os tecidos adultos em geral não respondem mais à somatotrofina. Todavia, haverá o crecimento exagerado de certas extremidades do corpo, como a mandíbula, mãos e pés.

• Diabetes insípido: Causada devido à falta de hormônio antidiurético. O indivíduo afligido urina em excesso e apresenta fraqueza corporal.

CONTROLE DA PRODUÇÃO E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS:

Geralmente a secreção dos hormônios é controlada por um processo chamado feedback negativo ou retroalimentação negativa. Consiste na inibição da produção de mais hormônio após a resposta biológica ter sido efetuada. Por exemplo, após uma refeição, vemos que a concentração de glicose aumenta para mais do que 1g/L (concentração normal), e a resposta é a secreção de insulina pelo pâncreas. Caso a insulina não parasse mais de ser secretada, a concentração de glicose no sangue baixaria para menos do que 1g/L, causando hipoglicemia no indivíduo, sendo então importante que a secreção deste hormônio cesse:

Todavia é importante notar o seguinte: Alguns hormônios têm sua produção e secreção controlada por feedback positivo, ou seja, a resposta biológica é o sinal para que a glândula secrete ainda mais do mesmo hormônio. Como exemplo, tem se a secreção de ocitocina pela neuro-hipófise.

REPRODUÇÃO

Os mamíferos, assim como os demais vertebrados, são dióicos. Em cada espécie existem machos e fêmeas. Os machos possuem testículos produtores de espermatozóides; as fêmeas possuem ovários que produzem óvulos. A fecundação é interna; durante a cópula, o macho introduz os espermatozóides no corpo da fêmea por meio de um órgão copulador o pênis.

.

O tipo de desenvolvimento varia entre os diversos, grupos de mamíferos, sendo um dos aspectos que diferencia as três subclasses que são elas:

Protérios ou monotremados: São os ovíparos. Seus principais representantes são os ornitorrincos e as equidnas,que põe ovos semelhantes aos dos répteis. A fêmea de ornitorrinco constrói um ninho subterrâneo com entrada submersa, onde botam dois a três ovos, cada um com pouco mais de 1 cm de diâmetro. A fêmea choca os ovos até o nascimento dos filhotes e os alimenta

com leite produzido pelas glândulas mamárias.

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Ornitorrinco

Metatérios ou marsupiais: São vivíparos, mas o filhote nasce incompletamente formado, completando seu desenvolvimento no marsúpio da mãe, uma bolsa situada no abdômen, onde ficam as aberturas das glândulas mamárias. Os mais conhecidos do grupo são os cangurus da Austrália e os gambás da América do sul.

CANGURU

Eutérios ou mamíferos placentários verdadeiros: São vivíparos, e os filhotes já nascem completamente formados, compreendem 95% das espécies de mamíferos. São exemplos: cães, gatos, girafas, elefantes, o ser humano e vários outros. O que caracteriza é o fato de os filhotes completarem o desenvolvimento embrionário no interior do útero materno. Os embriões em desenvolvimento ficam ligados á parede uterina por meio da placenta, um órgão formado por tecido materno e embrionário, por onde o embrião recebe os nutrientes necessários a formação através do cordão umbilical.

Ser humano.

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MAMÍFEROS AMEAÇADOS

Antílope-tibetano (Pantholops hodgsonii), Baleia-azul (Balaenoptera musculus ), Chimpanzé (Pan troglodytes), Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla), Gorila-do-oriente (Gorilla beringei), Guigó (Callicebus coimbrai), Guigó-da-Caatinga (Callicebus barbarabrownae), Leopardo (Panthera pardus), Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus), Macaco-prego-galego (Cebus flavius), Mico-leão-dourado, Muriqui (Brachyteles arachnoides), Onça-pintada (Panthera onca), Orangotango (Pongo pygmaeus e Pongo abelii), Panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca), Peixe-boi (Trichechus manatus), Rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis), Tigre (Panthera tigris), Urso-polar (Ursus maritimus).

Mamíferos marinho.

Uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), membro da ordem Cetacea

Uma foca leopardo (Hydrurga leptonyx), membro da infrafamília dos Pinípedes

Um peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), membro da ordem Sirenia

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Um casal de lontras marinhas (Enhydra lutris), membros da família Mustelidae

Um urso-polar (Ursus maritimus), membro da família Ursidae

Um mamífero marinho é um mamífero que habita primariamente o oceano ou depende do oceano para alimentar-se. Os mamíferos evoluíram originariamente do mar para a terra, porém mais tarde os mamíferos marinhos evoluíram para viver novamente no oceano.

Quando grupos diferentes de mamíferos marinhos originam-se de diferentes ancestrais, este é um caso de convergência evolutiva.

Como os mamíferos desenvolveram-se originariamente na terra, sua espinha dorsal é otimizada para correr, permitindo movimentos verticais, mas pequenos movimentos laterais. Além disso, os mamíferos marinhos nadam tipicamente movendo sua espinha para cima e para baixo. Por contraste, os peixes normalmente nada movendo sua espinha para os lados. Por esta razão, a maioria dos peixes têm uma nadadeira vertical na cauda, enquanto os mamíferos marinhos possuem nadadeira horizontal na cauda.

Algumas das diferenças principais entre os mamíferos marinhos e outros habitantes marinhos são:

Mamíferos marinhos respiram ar, enquanto a maioria dos outros animais marinhos extraem o oxigênio da água.

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Mamíferos marinhos possuem cabelo. Cetáceos possuem pouco ou nenhum cabelo, geralmente algumas poucas cerdas ao redor da cabeça ou boca. Todos os membros da ordem Carnivora têm uma camada de pele ou cabelo, mas são mais espessos e importantes para atermoregulação em lontras marinhas e ursos polares do que em focas ou leões marinhos. As densas camadas de pele contribuem para arrastar-se enquanto nada, tornando os mamíferos lentos, o que causa uma desvantagem na velocidade do nado.

Mamíferos marinhos possuem grossas camadas de gordura, usadas para isolar seus corpos e prevenir a perda de calor. Lontras marinhas e ursos polares são exceção, dependendo mais da pele pala se afastar da hipotermia.

A maioria dos mamíferos marinhos dão à luz um filhote por vez, e não são capazes de parir gêmeos ou ninhadas maiores.

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CURIOSIDADES SOBRE MAMÍFEROS

Não. Na verdade, ele usa a tromba como um grande canudo para sugar até 10 litros de água e depois esguichá-la na boca para matar sua sede. A tromba do elefante é um prolongamento do nariz e do lábio superior do bichão, e é pela tromba que ele respira. Ele também a usa para pegar e carregar sua comida e objetos em geral e para jogar areia ou terra sobre seu corpo ? e tentar escapar das moscas. As trombas também têm sua função romântica: os elefantes as entrelaçam como prova de carinho e afeição.

As orelhas grandes servem para refrescar o elefante. Quando o sangue quente passa pela grande superfície das orelhas, ele recebe a rajada de vento e sofre uma queda de temperatura.

O gambá tem glândulas que produzem um líquido chamado butilmercaptana. Ele só é liberado quando o animal se sente ameaçado. O cheiro forte funciona como defesa do gambá, porque afasta os animais predadores.

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Por que os morcegos dormem de cabeça para baixo?

O elefante bebe água com a tromba?

Por que as orelhas do elefante são tão

grandes?

Por que o gambá tem cheiro ruim?

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Porque assim fica mais fácil alçar vôo. As asas desse mamífero são, na verdade, seus dedos revestidos de pele; são um prolongamento do corpo e das pernas do animal. E o sangue não vai para a cabeça do bichinho pois ele tem um sistema da válvulas que regulam a pressão sangüínea.

Segundo o professor de português Hudinilson Urbano, o termo leitão deriva de leite, "uma vez que se trata de filhotes que estão na fase de ’mama’", justifica. No ano de 1059, em Portugal, foi registrada a forma leitones em Portugal (segundo Dicionário Etmológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado).

O cavalo pisa sobre a extremidade de um único dedo, protegido por um casco, que a uma unha córnea. Na

Antiguidade, os cavalos não eram ferrados e, como os casco se desgastavam depressa, os animais não podiam trabalhar por muito tempo. Por volta do século X, no Ocidente, passaram a colocar as ferraduras, cujos cravos se enterravam na parte morta do casco.

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Por que se põe ferradura nas patas dos

cavalos?

Por que os filhos do porco se chamam

leitão?

Page 61: Trabalho de mamiferos

O olfato desse animal é muito apurado. As narinas dele são muito sensíveis, o que permite apreciar os diversos cheiros. E é dessa forma que os coelhos, principalmente os que vivem em ambiente selvagem, detectam a presença de perigos.

CONCLUSÃO

Efetuada pesquisa, pudemos detectar o quanto é importante relatar sobre os mamíferos, pois se trata de animais com cerebro bem desenvolvido e sentidos bem desenvolvidos, com diversas habilidades que possam suprir com suas necessidades ao meio.

São de suma importância para o equilibrio do ecossistema e das cadeias alimentares, sendo assim, dignos de respeito e preservação das espécies.

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Por que o focinho dos coelhos

está sempre mexendo?

Page 62: Trabalho de mamiferos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 63: Trabalho de mamiferos

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