TRABALHO DE MARKETING ESTRATÉGICO

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TRABALHO DE MARKETING ESTRATÉGICO A campanha “Inesperado”, criada pela Ogilvy & Mather e que tem como protagonista o apresentador Fausto Silva, teve peso decisivo nas cerca de quatro mil unidades vendidas desde o último domingo (20) da JAC Motors (Jianghuai Automobile Company). O apresentador global participou da cerimônia de entrega das chaves aos 200 primeiros compradores da marca, sendo que as cenas foram exibidas no seu programa. No ar desde o último domingo (20), a campanha “Inesperado” criada pela Ogilvy & Mather e que tem como protagonista o apresentador Fausto Silva, o Faustão, teve peso decisivo nas cerca de quatro mil unidades vendidas desde o último domingo (20) da JAC Motors (Jianghuai Automobile Company). “É um sucesso, um case. A empresa entra no mercado para disputar uma boa fatia porque é um produto que tem a cara do consumidor brasileiro”, resumiu o executivo Sergio Amado presidente da O&M. Ele acrescenta: “Ser a agência da JAC Motors no Brasil e estar junto com a marca desde o começo é um privilégio”. Estatal chinesa com cerca de 25% do seu capital negociado em bolsa, a JAC quer competir em um mercado que cresce a níveis invejáveis e que já ostenta o 4º lugar do ranking global do segmento, à frente da Alemanha, resultado das 3,3 milhões de unidades comercializadas no ano passado. O apetite da marca chinesa é materializado nos R$ 380 milhões de investimentos para formação da rede de 35 concessionárias próprias e 11 sob sistema de franquia, adaptação dos quatro modelos (um sedã médio identificado como J5, a minivan J6 e o compacto J3 nas versões hatch e sedã) para as regras automotivas locais, despesas operacionais e marketing. Esta última exige metade do orçamento, dos quais R$ 145 milhões em ações de publicidade, promoções, design e shopper marketing. Faustão destaca no comercial de 30 segundos os principais features dos modelos: design italiano, ar condicionado,

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TRABALHO DE MARKETING ESTRATÉGICO

A campanha “Inesperado”, criada pela Ogilvy & Mather e que tem como protagonista o apresentador Fausto Silva, teve peso decisivo nas cerca de quatro mil unidades vendidas  desde o último domingo (20) da JAC Motors (Jianghuai Automobile Company). O apresentador global participou da cerimônia de entrega das chaves aos 200 primeiros compradores da marca, sendo que as cenas foram exibidas no seu programa.

No ar desde o último domingo (20), a campanha “Inesperado” criada pela Ogilvy & Mather e que tem como protagonista o apresentador Fausto Silva, o Faustão, teve peso decisivo nas cerca de quatro mil unidades vendidas  desde o último domingo (20) da JAC Motors (Jianghuai Automobile Company).  “É um sucesso, um case. A empresa entra no mercado para disputar uma boa fatia porque é um produto que tem a cara do consumidor brasileiro”, resumiu o executivo Sergio Amado presidente da O&M. Ele acrescenta: “Ser a agência da JAC Motors no Brasil e estar junto com a marca desde o começo é um privilégio”.

Estatal chinesa com cerca de 25% do seu capital negociado em bolsa, a JAC quer competir em um mercado que cresce a níveis invejáveis e que já ostenta o 4º lugar do ranking global do segmento, à frente da Alemanha, resultado das 3,3 milhões de unidades comercializadas no ano passado.  O apetite da marca chinesa é materializado nos R$ 380 milhões de investimentos para formação da rede de 35 concessionárias próprias e 11 sob sistema de franquia, adaptação dos quatro modelos (um sedã médio identificado como J5, a minivan J6 e o compacto J3 nas versões hatch e sedã) para as regras automotivas locais, despesas operacionais e marketing. Esta última exige metade do orçamento, dos quais R$ 145 milhões em ações de publicidade, promoções, design e shopper marketing.Faustão destaca no comercial de 30 segundos os principais features dos modelos: design italiano, ar condicionado, direção hidráulica, air bag duplo, freios ABS e motor VVT com 108 cavalos, mas como artigos de linha e não como diferenciais. O apresentador global também participou da cerimônia de entrega das chaves aos 200 primeiros compradores da marca cuja cenas foram exibidas no seu programa. A campanha também explora a garantia de seis anos e assistência 24 horas por um período de dois anos

“O JAC é um carro para todos”, sintetizou o executivo, Sérgio Habib, líder da operação brasileira da JAC Motors, que presidiu anteriormente a Citroën.

http://lifefpnews.wordpress.com/2011/03/24/jac-motors-vende-mais-de-mil-carros-em-4-dias/ acessado em 05/04/2011

Com a indústria automobilística brasileira entrando, a partir de 2007, numa fase de crescimento sustentado e buscando novas oportunidades par ampliar a sua participação nesse mercado, Sergio Habib, presidente do Grupo SHC, percebeu a possibilidade de ir buscar na China o parceiro ideal para esse seu novo projeto, e fez parceria com a JAC Motors.

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Fundada em 1964, a JAC Motors é uma das marcas mais inovadoras no desenvolvimento de soluções automotivas. Hoje, seu portfólio inclui automóveis de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, além de maquinário de engenharia e motores. Sua fábrica, na China, produz anualmente 500 mil veículos.

Assim, fruto dessa parceria, equipados com motores "flex", chegam em março ao mercado brasileiro as primeiras 500 unidades dos modelos da marca chinesa JAC, que incluem o J3, nas opções hatch e sedã; o sedãJ5; e o monovolume J6.

A JAC é representada no Brasil pelo Grupo SHC, do empresário Sérgio Habib, e vai inaugurar 47 concessionárias em todo o país de uma só vez em 17 de março. Depois de achar positiva a impressão deixada pelos seus carros no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro passado, a marca chinesa Brilliance também vai desembarcar por aqui, entre abril e maio.

Os primeiros modelos a serem vendidos no mercado brasileiro serão os hatches FRV e FRV Cross (mais comprido, com rodas de liga, pneus de uso misto e borrachas pretas nos pára-lamas e para-choques dianteiro e traseiro), com motor 1.5, de 102cv (FRV) e 104cv (FRV Cross), e câmbio manual de cinco marchas.

E o sedã médio FSV, que tem desenho de Giugiaro, motor 1.5, de 104cv, e transmissão automática de quatro velocidades; e o luxuoso Splendor, com linhas de Pininfarina, motor 1.8, de 134cv de potência e 16,8kgfm de torque.

Todos os modelos saem de fábrica com freios ABS (com EBD) e "airbag" duplo, sendo que o Splendor vem com ar-condicionado, teto solar, rádio CD Player e vidros e retrovisores com comandos elétricos.

Todos os modelos saem de fábrica com freios ABS (com EBD) e "airbag" duplo, sendo que o Splendor vem com ar-condicionado, teto solar, rádio CD Player e vidros e retrovisores com comandos elétricos.

http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/507614/?noticia=CHINESES+DA+JAC+MOTORS+INVADIRAO+O+MERCADO+ESTE+ANO acessado em 05/04/2011

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Prometendo manutenção de baixo custo, com as peças mais baratas do Brasil  e com disponibilidade imediata.

30/03/2011 | Jornal do Carro JAC J3 enfrenta VW Fox: quem vence?

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Deixe de lado as experiências anteriores com carros chineses. O J3, que tem motor 1.4 de 108 cv e está à venda por R$ 37.990, mostra que é bem diferente dos conterrâneos. Tanto que o JAC venceu o duelo com o VW Fox Prime 1.6 (104 cv), a R$ 41.310.O mérito do J3 vai além de sua relação custo/benefício. O modelo chinês tem manutenção mais em conta, porta-malas maior, anda tão bem quanto o rival e, de quebra, tem seis anos de garantia: o dobro da do Fox.

O Volkswagen, hatch mais vendido fora do segmento de entrada (que inclui Gol e Fiat Uno, entre outros), responde com dirigibilidade melhor. Aqui, destaque para os engates precisos do câmbio. Além disso, é superior na ergonomia e no acerto da suspensão. Isso sem falar na tecnologia flexível – o JAC só “bebe” gasolina – e na abrangência da rede de concessionárias: são 615 no País. A marca chinesa tem 50.

Assim, dificilmente o proprietário de um Fox terá de ligar em 12 revendas para conseguir o preço de peças de reposição, como ocorreu com a reportagem nesta segunda-feira. Das concessionárias JAC procuradas, em três ninguém atendeu o telefone e em seis o setor de peças não estava funcionando.

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Outro fator importante a ser considerado é que, ao ser equipado com os mesmos itens que vêm de série no J3, o Fox não faz valer os R$ 7.220 de diferença para o rival, que acomoda quatro pessoas tão bem quanto o hatch feito no Paraná.

O JAC também tem como diferencial o porta-malas de 350 litros (90 litros a mais que o do Fox). Não era por menos: o chinês é 14 cm mais comprido. O J3 surpreende no acabamento, ponto em que os carros chineses costumam ser ruins. Traz mais qualidade que um Chevrolet Agile, por exemplo. Mas nesse quesito, o Fox é superior.

04/04/2011 | Época Sérgio Habib: Ele quer que você compre um carro chinês

Após vinte anos como distribuidor e revendedor de carros de marcas tradicionais no Brasil, o empresário Sérgio Habib, 52 anos, decidiu fazer aquela que pode ser considerada a jogada mais ousada de sua carreira empresarial. Há dois anos, ele começou a testar os carros da modesta montadora chinesa JAC Motors e, no último dia 18, lançou a empresa no Brasil com a abertura de 50 concessionárias, sendo 35 próprias, e mais 54 pontos de venda em todo o país. “Esperava vender 3 mil carros por mês. Nas primeiras duas semanas, já vendemos 2,4 mil”, afirma.

07/12/2010 | UOL Carros 'Existe um certo preconceito contra carro chinês', afirma presidente da JAC

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O empresário Sérgio Habib, 52 anos, foi um dos responsáveis pela mudança nos rumos da indústria automotiva no Brasil, no começo dos anos 1990. Depois da abertura das importações, medida que, na prática, quebrou o confortável oligopólio das "quatro grandes" montadoras (Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford), Habib começou a trazer carros da francesa Citroën. A marca se estabeleceu firmemente no Brasil, a ponto de fabricar carros aqui (ao lado da Peugeot, também do grupo PSA), e o empresário virou seu presidente.

Depois de ajudar a estabelecer a imagem da Citroën brasileira como uma marca "premium" -- posicionamento de mercado que tem seus prós e contras, evidentemente --, em 2008 Habib deixou a montadora

Habib trouxe a Citroen para o Brasil há duas décadas e tornou-se o primeiro revendedor da montadora francesa no país. Nove anos depois, foi convidado para ser o primeiro presidente da empresa no Brasil e ocupou o cargo por oito anos, quando resolveu apostar nos carros chineses.

Dono de um estilo informal, ele não possui sala na empresa. Quando quer conversar com algum funcionário, levanta de sua mesa, no meio da firma, e vai até ele. Formado em engenharia eletrônica e com pós-graduação em administração na Harvard Business School, ele se orgulha em dizer que “vende um carro a cada minuto todos os dias”. Atualmente, possui 82 concessionárias: 44 da Citroen, duas da Jaguar e uma da Aston Martin, além das da JAC.

Entusiasmado com os carros chineses, a despeito das várias dúvidas que pairam sobre a qualidade dos veículos da indústria automobilística do país, ele diz que só responde pela JAC. “Eu não falo em nome de carro chinês, ou de produto chinês. Falo da JAC”, diz. Sérgio Habib conversou com Época sobre o mais novo empreendimento.

ÉPOCA – Por que trazer a JAC para o Brasil?Sérgio Habib - Tive a ideia em 2009. No início do ano, fui para a China e visitei todas as montadoras que não têm ligação com construtores ocidentais. Na China tem de tudo: montadoras pequenas, grandes, com qualidade e sem qualidade. Escolhemos trabalhar com a JAC porque ela tem oito fabricas muito modernas, um estúdio de design em Turim e um em

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Tóquio, e usa peças da Bosch, da Delphi. Tudo de fornecedores mundiais que tem fabricas na China.

ÉPOCA – Como foi o processo de testes?Sérgio - Importamos 25 carros e andamos 2 milhões de quilômetros com eles. Fizemos 242 modificações pra vender o carro no país. Mudamos o painel, a direção hidráulica, colocamos regulagem elétrica nos faróis, borrachas em volta da porta, até o limpador de pára-brisas nós mudamos. Trocamos todo o interior, porque chinês gosta de carro com interior bege, já brasileiro prefere escuro. Pegamos cinco carros com 130 mil quilômetros cada um e entregamos para motoristas de táxi, em São Paulo, com o objetivo de aperfeiçoar. Isso permitiu que déssemos seis anos de garantia no carro.

ÉPOCA – O baixo preço é a principal estratégia de posicionamento nesse início?Sérgio - Nossas peças de reposição são as mais baratas do Brasil, nossos preços de revisão e o seguro também são os mais baratos. O que faz o preço do seguro ser baixo são os valores das peças, e a propensão baixa a roubo, já que ainda existem poucos nas ruas. A reparabilidade do J3 é a segunda melhor do Brasil. Quando você bate com o J3 perde menos peças. Assim, o seguro é o mais barato. A metade do preço dos seguros concorrentes diretos.

ÉPOCA – Quais são as outras estratégias para ganhar o consumidor nesse início?Sérgio - Trabalhamos com os 4Ps mais um, ou seja, 5Ps. Preço, produto, ponto de venda, propaganda e pessoas. Preço competitivo, com seis anos de garantia. O produto já adaptado ao gosto do consumidor. Mais de 100 pontos de venda espalhados pelo país. Lançamos 50 concessionárias em um mesmo dia. Feito único na história das país. E o endosso do Faustão(Fausto Silva, garoto propaganda da marca) traz credibilidade pra gente na propaganda. Tem gente que chega e diz: quero comprar o carro do Faustão. Ele quis andar no carro e tivemos varias reuniões, porque ele não quer ter o nome associado a um projeto que não vai funcionar. E pessoas. Contratamos mais de 1 mil treinadas e bem preparadas. Os cinco elementos juntos vão fazer com que no primeiro mês vendamos 4 mil JACs no Brasil. A Toyota levou 11 anos pra vender 4 mil carros em um mês. Vamos fazer isso no primeiro.

ÉPOCA – Como convencer alguém que tem carro de marcas conhecidas há anos a comprar um JAC?Sérgio - Eu estou recebendo e-mails de gente que diz: sou cliente de outra montadora há 23 anos e comprei um JAC. Temos 6 anos de garantia, peças mais baratas. Temos tudo mais barato. O consumidor brasileiro está aberto e disposto a trocar de marca.

ÉPOCA – Mas o principal nicho de mercado são os novos motoristas.Sérgio - No primeiro ano do governo Lula, o mercado brasileiro era de 1,5 milhão de carros por ano. Em 2011, serão 3,5 milhões novos carros nas ruas. São 2 milhões a mais. Essas pessoas não têm fidelidade nenhuma à marca. Esse cliente é completamente aberto a novos produtos, a uma proposta diferente.

ÉPOCA – Você não acha que o brasileiro vai ter receio de comprar um carro chinês e ser um produto de baixa qualidade?Sérgio - Eu não falo de carro chinês, ou de produto chinês. Falo da JAC e ela tem excelente qualidade. Desing italiano, carros construídos usando peças reconhecidas mundialmente. Tanto é assim que damos 6 anos de garantia. Quanto aos outros chineses, eu não olho o que eles fazem. Não sei se fazem propaganda e não sei se tem produto. As montadoras concorrentes já perguntam às revistas especializadas se é pra comparar com J3. Se for, elas não cedem os carros.

ÉPOCA – Os investimentos em marketing até agora são impressionantes.Sérgio - Vamos investir R$140 milhões esse ano. É necessário, já que a JAC é uma marca desconhecida no Brasil. E já conseguimos instigar a curiosidade do consumidor. O site da GM tem 850 mil visitas por mês, o site da Fiat 900 mil. O nosso teve 1,100 milhão de visitas em 12 dias. Isso mostra a disposição em conhecer do brasileiro. Nas duas primeiras semanas, já vedemos 2,4 mil carros. A minha meta era vender 3 mil por mês. O objetivo era vender 35 mil esse ano. Vamos vender uns 45 mil.

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ÉPOCA – Quais são os principais concorrentes dos carros da JAC no Brasil?Sérgio - O J3 enfrenta o Fox, o Fiesta e o Sandero. O J3 Turin tem como principais concorrentes o Fiesta Sedã e o Siena. Em julho, vamos lançar uma minivan, o J6 (do porte da Chevrolet Zafira) e, no fim do ano, o J5 (do porte do Toyota Corolla).

ÉPOCA – Qual é o investimento inicial?Sérgio - R$ 380 milhões. R$ 210 milhões em rede de venda, R$140 milhões em marketing e R$ 30 milhões em despesas pré-operacionais.

ÉPOCA – Por que a China demorou tanto a se arriscar no mercado brasileiro?Sérgio - Porque o mercado interno deles estava crescendo demais. A indústria automobilística chinesa era de 4 milhões, em 2001, e o ano passado foi de 18 milhões. Uma revolução.

ÉPOCA – Quais são suas principais áreas de atuação?Sérgio - Eu só trabalho com carro. Somos o maior grupo de distribuição de automóveis do país. Vamos vender 100 mil carros novos esse ano, um carro a cada dois minutos todos os dias.

não é mesmo pelo visual que o presidente da JAC Motors Brasil, o empresário Sergio Habib - sim, aquele mesmo que trouxe a Citroën para cá nos anos 90 -, quer atrair compradores.

A aposta da marca é no preço. O valor de R$ 37.900 para o hatch - R$ 39.900 para o sedã J3 Turin - não é uma pechincha comparado com os outros chineses à venda aqui. O Chery Face, por exemplo, sai por R$ 31.900, mas o J3 é bem superior. Os modelos da JAC querem mesmo é brigar com os nacionais Chevrolet Agile, Ford Fiesta, Renault Sandero e Volkswagen Gol e Fox

Daí o pacote de equipamentos caprichado. O único opcional do J3 é a pintura metálica (R$ 990). De série, traz airbag duplo, freios ABS e EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico (vidros, travas e retrovisores), som com leitor de MP3 e entrada USB, rodas de liga leve, sensor de estacionamento e faróis de neblina. Os rivais brasileiros com o mesmo pacote do J3 e motor 1.4 ou 1.6 custam entre R$ 39 mil e R$ 43 mil.

Outra arma deste chinês para fisgar consumidores é a garantia de 6 anos - a maior do mercado - com revisões a cada 5 mil quilômetros, uma exigência da matriz que quer saber como seus carros se comportarão nas condições brasileiras

lasse média ascendente na miraDe olho numa fatia do "coração" do mercado - o segmento de carros compactos de R$ 30 mil a R$ 40 mil, que corresponde a cerca de 2 milhões de unidades por ano -, Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, quer atrair a classe média ascendente (leia-se aí "as pessoas que 10 anos atrás andavam de ônibus").

JAC, uma estatal com sede em HeifeiJAC é a sigla para Jianghuai Automobile Company, empresa estatal de capital misto com sede em Hefei.

Mercado chinês é o maior do mundoEm 2010, a China vendeu 18 milhões de veículos. Hoje, o mercado chinês é maior do que o americano e japoneses juntos e corresponde a 24% do mercado de automóveis do mundo. O Brasil tem uma fatia de 5%.

Na China quase não tem financiamentoEnquanto no Brasil 70% das vendas é a prazo, na China esse percentual é de apenas 10%.

Diário de São Paulo, 24/03/2011

Cinco perguntas para Sérgio Habib

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1. Por que a JAC?Visitei muitos fabricantes na China. Escolhi a JAC por conta da fabrica moderna, do design italiano e da engenharia. A JAC fabrica caminhões há 50 anos, e caminhão tem que ser resistente, não pode quebrar. Fora isso, a marca tem ótimos projetos para o futuro, como um sedã do porte do Honda City e um utilitário esportivo da categoria Captiva, mas bem mais barato.

2. Qual a principal diferença de trabalhar com os chineses em relação aos franceses?A agilidade. Se você pede para um francês mudar um painel, ele vai levar dois anos no projeto. Os chineses resolvem em dois meses. Foi assim com o banco da minivan J6, por exemplo, que eu disse que precisava ter ajuste de altura. Eles desenvolveram em menos de um mês! Outra coisa: os chineses estão sempre prontos a ouvir sugestões e aprender.

3. Foi preciso fazer muitas mudanças para o Brasil?Sim, procuramos deixar o carro a gosto do brasileiro. Foram mais de 200 itens modificados. Trocamos todo o interior, painel, forrações, borrachas... Suspenção e direção ficaram ainda mais firmes, enquanto o motor ganhou potência.

4. Qual a previsão de vendas?Logo de cara queremos emplacar 2.500 a 3 mil J3 por mês (entre hatch e sedã). 1.500 J5 (sedã médio) e mil J6 (minivan média).

5. E qual a estratégia para se diferenciar das demais chinesas?Quem trouxe carro chinês para o Brasil não era do ramos de automóveis. A JAC vai oferecer três anos de garantia e um pós venda sério, com revisões baratas e preço fixo. Nossos carros não ficarão parados por falta de peças de reposição

24/02/2011 | AUTOESPORTE Abra os olhos para este chinêsOs carros foram adaptados para as necessidades locais e sofreram 242 modificações em relação à plataforma original. Algumas dessas mudanças resultaram em maior torque, potência e houve ajuste dos freios e densidade dos bancos

Com a experiência de quem estruturou a operação da Citroën no Brasil, Sérgio Habib preparou cuidadosamente estratégias para trazer a JAC ao Brasil. Além de adequar o veículo às condições locais, tratou de investir na formação de uma rede de revendas dentro de padrões modernos para competir com marcas tradicionais. No budget também estão previstos investimentos importantes em promoção e propaganda, que representam a alma do negócio no setor para alavancar a confiança na marca e o tráfego nas lojas

Design dos carros desenvolvido no JAC

Italy Design Center, em Turim

O centro de excelência em design em Turim é responsável pelo visual moderno e

global dos veículos da marca. Ao mesmo tempo, a montadora mantém um centro

de design de

interiores em Tóquio. O resultado de tanto

investimento é percebido nos carros:

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design externo e interno que agrada os

consumidores mais exigentes.

Motores 2.0 de 136cv e VVT 16V de 108cv:

alta performance e baixo custo

A JAC Motors trouxe para o Brasil veículos com motores de alta

performance e tecnologia européia nas versões 2.0 de 136cv e VVT

16V de 108cv. Presentes nas linhas J3,

J3 Turin e J6, esses motores são mais

resistentes e oferecem melhor

aceleração, robustez e uma

significativa economia

de combustível.

Até o final de 2011 serão comercializados 4 modelos: o J3, o J3 Turin, o J5 e o J6.

Todos eles vêm completos e por um preço que ninguém esperava ver, mas, com

certeza, pode pagar.

A história da JAC Motors, no Brasil, está só começando. Mas já começou

grande e com um compromisso de gente grande: ser sempre mais do

que você esperava.

HISTÓRIA

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Jianghuai Automobile Co., Ltd. – posteriormente chamada de JAC Motors – foi fundada em 1969.

No começo a produção era exclusivamente de caminhões. Mas com o tempo, a fábrica cresceu e

se modernizou. Hoje, possui uma diversificada linha de veículos que atendem aos diversos

segmentos do mercado automobilístico. É aqui que se encontra toda a base de Pesquisa e

Desenvolvimento da linha completa de veículos JAC

Sabe onde mais a JAC Motors está presente?

A JAC Motors foi fundada em 1969. A princípio, dedicava-se à produção de caminhões, mas hoje possui uma linha de veículos que atendem aos diversos segmentos do mercado automobilístico.

Desde que exportou a sua primeira unidade para a Bolívia, em 1990, a JAC se expandiu de uma forma que ninguém esperava. Ao todo, está presente em mais de 100 países da África, América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania e já acumula um crescimento de 80% nas vendas por ano.

A JAC Motors é mesmo muito maior do que todo mundo esperava. É a maior produtora de chassis de ônibus e de veículos comerciais leves na China além de líder em vendas para exportação. E a marca ainda conta com um avançado Centro de Tecnologia, mais o JAC Italy Design Center (Turim, Itália) e o JAC Japan Design Center (Tóquio, Japão), ambos centros criativos que desenvolvem novos projetos automotivos, de espaço interior, estrutura e montagem. Tudo para a JAC Motors crescer ainda mais: mais independente, mais do que você esperava