TRABALHO DE PORTUGUES Acordo ortográfico.pdf

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  • Colgio Tcnico Humanus

    Francisco Raimundo da Silva

    Trabalho: Novo Acordo Ortogrfico

    Apresentado para Professora Mailza Gomes Turma F

    Curso Tcnico em Edificaes, Colgio Tcnico Humanus.

  • Introduo O Novo Acordo Ortogrfico visa simplificar as regras ortogrficas da Lngua Portuguesa e aumentar o prestgio social da lngua no cenrio internacional. Sua implementao no Brasil segue os seguintes parmetros: 2009 vigncia ainda no obrigatria, 2010 a 2012 adaptao completa dos livros didticos s novas regras; e a partir de 2013 vigncia obrigatria em todo o territrio nacional. Cabe lembrar que esse Novo Acordo Ortogrfico j se encontrava assinado desde 1990 por oito pases que falam a lngua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas s agora que teve sua implementao. equvoco afirmar que este acordo visa uniformizar a lngua, j que uma lngua no existe apenas em funo de sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia apenas um aspecto superficial da escrita da lngua, e que as diferenas entre o Portugus falado nos diversos pases lusfonos subsistiro em questes referentes pronncia, vocabulrio e gramtica. Uma lngua muda em funo de seus falantes e do tempo, no por meio de Leis ou Acordos.

    A queixa de muitos estudantes e usurios da lngua escrita que, depois de internalizada uma regra, difcil desaprend-la. Ento, cabe aqui uma dica: quando se tiver uma dvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fcil acesso) ou, na melhor das hipteses, use um sinnimo para referir-se a tal palavra.

    Mostraremos nessa srie de artigos o Novo Acordo de uma maneira descomplicada, apontando como que fica estabelecido de hoje em diante a Ortografia Oficial do Portugus falado no Brasil.

    Como sabido, na lngua portuguesa tm coexistido duas formas de escrita diferentes: uma usada no Brasil1 e outra nos restantes pases2 . No sendo profundamente divergentes, as duas regras ortogrficas apresentam algumas diferenas importantes que, segundo foi considerado, tm prejudicado a unidade essencial da lngua portuguesa e o seu prestgio internacional3 .

    Em 1990, representantes de todos os pases que tm o portugus como lngua oficial reuniram-se em Lisboa e assinaram um tratado internacional para unificar a escrita do idioma: o Acordo Ortogrfico de 1990. Apesar de inicialmente se ter dado 1994 como a data para a sua efetivao, sucessivos atrasos foram adiando at aos dias de hoje a verdadeira implementao das novas normas.

    Algumas advertncias

    O Acordo Ortogrfico de 1990, tal como todas as regras ortogrficas, define exclusivamente a forma como as palavras so escritas. Nada mais. Assim:

    A pronncia das palavras no alterada: At agora, no Brasil tem-se escrito idia, pingim e enjo; com o Acordo Ortogrfico passa a escrever-se ideia, pinguim e enjoo, mas isso em nada altera a pronncia brasileira de tais palavras. O Acordo Ortogrfico no muda a forma como as palavras so pronunciadas.

    As regras de sintaxe no so alteradas: Os brasileiros vo continuar a preferir usar o gerndio (estou lendo este artigo) e os portugueses o infinitivo (estou a ler este artigo); o mesmo se passa com a colocao pronominal, onde brasileiros e portugueses mantero os seus hbitos. Nada disto alterado pelo Acordo Ortogrfico que tem a ver somente com a maneira de escrever as palavras.

    Os significados das palavras no so alterados, nem sero eliminadas ou criadas novas palavras: A palavra registrar no hoje usada em Portugal, preferindo-se registar, que pouco usada no Brasil. Os brasileiros designam por nibus, o que para os portugueses autocarro. Todas estas formas fazem parte da lngua portuguesa e em nada so mudadas pelo Acordo Ortogrfico. O Acordo

  • no elimina palavras, nem interfere no uso ou significado de palavras, mas apenas na maneira como elas se escrevem.

    Todas as letras que se leem numa pronncia culta da lngua so mantidas: Ningum passa a escrever fio, batria, egcio, oo ou adeto. Tudo o que se diz continua a escrever-se, pelo que a grafia continua a ser:fico, bactria, egpcio, opo e adepto. Quando h diferenas de pronncia, por exemplo entre Portugal e o Brasil, admitem-se grafias duplas. Por exemplo, no Brasil o segundo c de cacto pronunciado; em Portugal no . Assim, os brasileiros escrevem cacto e os portugueses cato. O oposto se passa em relao a facto que assim pronunciado em Portugal (pelo que se continua a escrever o c), enquanto no Brasil se diz e escreve fato (e assim continua a ser).

    Uma norma nica para regulamentar a escrita em todos os pases lusfonos: At agora escrever cmico, tnis ou anistia em Portugal era considerado erro ortogrfico. O mesmo se passava no Brasil para cmico, tnise amnistia. Com o Acordo Ortogrfico ambas as formas de escrever cada palavra passam a ser consideradas corretas em toda a Lusofonia, porque elas refletem uma dada pronncia culta da lngua.

    O que se altera para todos os utilizadores da lngua portuguesa

    Incluso das letras k, w e y no alfabeto da lngua portuguesa Usam-se em antropnimos e topnimos originrios de lnguas estrangeiras e seus derivados; em siglas, smbolos e unidades de medida; em palavras correntes de origem estrangeira:

    Exemplos: Kant e kantiano; kg (quilograma); km (quilmetro); Kosovo e kosovar; kwanza; W (watt, tungstnio, oeste); Wagner e wagneriano; Washington e washingtoniano; windsurfe e windsurfista; Yd (jarda); yoga.

    Supresso de acentos Em palavras graves com ditongos tnicos oi na penltima slaba:

    Exemplos: asteroide; boia, heroico; espermatozoide; jiboia; joia; paleozoico. Nota: o acento continuar a ser usado em palavras oxtonas e monosslabas: heri, constri, di.

    Em formas verbais graves terminadas em -eem da 3. pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo:

    Exemplos: creem; deem; descreem; leem; veem. Em palavras graves homgrafas de palavras com vogal tnica aberta ou fechada:

    Exemplos: para (forma do verbo parar); pelo (forma do verbo pelar); pelo (pilosidade); polo (substantivo); pera e pero (substantivos). Nota: o acento circunflexo mantm-se nas formas pde (3. pessoa do singular do pretrito perfeito do indicativo) que se diferencia da correspondente forma do presente do indicativo pode, e na forma verbal pr, para assim a distinguir da proposio por.

  • Supresso do hfen Na maior parte das locues:

    Exemplos: carto de visita; casca de noz; fim de semana; frente a frente; mo de obra; testa de ferro.

    Em compostos em que se perdeu a noo de composio:

    Exemplos: mandachuva; paraquedas. Em compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por r ou s, duplicando-se a consoante:

    Exemplos: antirreligioso; autorrdio; autosservio; antirrugas; contrarregra; contrarrelgio; contrassenso; minissaia; semirreta; ultrassnico.

    Em compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por vogal diferente:

    Exemplos: agroindustrial; antiareo; autoestrada; extraescolar; intrasseo; plurianual; semiautomtico.

    Em compostos com o prefixo co-, mesmo quando o segundo elemento comea por o:

    Exemplos: coadministrao; coautor; codireo; coobrigao; coocorrncia; coorganizador; coprodutor.

    Emprego do hfen Em compostos que designam espcies botnicas ou zoolgicas:

    Exemplos: abbora-menina; andorinha-do-mar; bem-me-quer; cobra-capelo; couve-flor; ervilha-de-cheiro; feijo-verde; formiga-branca.

    Em compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea pela mesma vogal:

    Exemplos: anti-ibrico; contra-almirante; intra-arterial; micro-ondas; semi-interno. Em compostos com prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento comea por vogal, h, m ou n:

    Exemplos: circum-navegao; pan-africano. Em compostos com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando o segundo elemento comea por r:

    Exemplos: hiper-realista; inter-racial; super-resistente.

  • O que se altera para os que usam o portugus brasileiro

    Para alm das alteraes indicadas no ponto anterior, os utilizadores da norma brasileira devem ter em ateno as alteraes seguintes:

    Supresso do trema Deixa de estar graficamente indicada a pronncia do u em contexto do tipo -gu- e -qu-.

    Exemplos: aguentar; arguente; linguista; delinquente; frequente; sequncia. Nota: o trema continuar a ser usado em vocbulos de origem estrangeira e seus derivados: Mller e mlleriano.

    Supresso de acentos Em palavras graves (paroxtonas) com ditongos tnicos ei na slaba tnica:

    Exemplos: assembleia; boleia; Coreia; epopeia; europeia; ideia; onomatopeico; plateia; proteico; ureia. Nota: o acento continuar a ser usado em palavras oxtonas: anis; papis; bem como no ditongo aberto u: chapu; vu; cu; ilhu.

    Em palavras graves (paroxtonas) com i e u tnicos, quando precedidas de ditongo:

    Exemplos: baiuca; boiuno; feiura; Bocaiuva; cauila. Em palavras graves (paroxtonas) terminadas em -oo:

    Exemplos: abenoo; enjoo; moo; povoo; voo.

    O que se altera para os que usam o portugus europeu

    Para alm das alteraes indicadas no ponto "O que se altera para todos os utilizadores da lngua portuguesa", acima, os utilizadores de Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique, Portugal, So Tom e Prncipe e Timor-Leste devem ter em ateno as alteraes seguintes:

    Supresso das consoantes mudas Em sequncias consonnticas -cc-:

    Exemplos: abstracionismo; acionamento; colecionador; confecionar; direcional; fracionar; lecionar; selecionar; transacionado. Nota: a consoante mantm-se sempre que articulada: faccioso, friccionar, perfeccionismo.

    Em sequncias consonnticas -c-:

    Exemplos: ao; coleo; contrao; correo; deteo; direo; distrao; ereo; extrao; frao; injeo; objeo; projeo; proteo; reao; seleo. Nota: a consoante mantm-se sempre que articulada: convico, fico, frico, suco.

    Em sequncias consonnticas -ct-:

  • Exemplos: ativar; ator; atual; adjetivo; afeto; arquitetura; coletivo; correto; detetar; dialeto; direto; diretor; eltrico; espetculo; exato; letivo; objetivo; objeto; projeto; refletir; teto. Nota: a consoante mantm-se sempre que articulada: bactria, compacto,convicto, facto, intelectual, invicta, lcteo, nctar, octgono, pacto, pictrico.

    Em sequncias consonnticas -pc-:

    Exemplos: anticoncecional; dececionante; excecional; percecionismo; rececionista. Nota: a consoante mantm-se sempre que articulada: capcioso, egpcio, npcias, opcional.

    Em sequncias consonnticas -p-:

    Exemplos: aceo; adoo; deceo; interceo; receo. Nota: a consoante mantm-se sempre que articulada: corrupo, erupo, interrupo, opo.

    Em sequncias consonnticas -pt-:

    Exemplos: Egito; adotar; batismo; timo; otimismo, perentrio. Nota: a consoante mantm-se sempre que articulada: adepto, apto, eucalipto, inepto, rapto.

    Supresso do hfen No verbo haver acompanhado da preposio de:

    Exemplos: hei de; hs de; h de; heis de; ho de.

    Uso de inicial minscula Nos meses e estaes do ano:

    Exemplos: janeiro; fevereiro; maro; abril; maio; junho; julho; agosto; setembro; outubro; novembro; dezembro; primavera; vero; outono; inverno.

    Nos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais:

    Exemplos: norte; sul; este; oeste; nordeste; noroeste; sudeste; sueste; sudoeste; s-nordeste; nor-noroeste; os-sudeste; su-sueste. Nota: mantm-se inicial maiscula nas abreviaturas dos pontos cardeais e colaterais, bem como na designao de regies com os mesmos nomes: Eu sou do Norte (de Portugal).

    Nas designaes usadas para mencionar algum cujo nome se desconhece:

    Exemplos: fulano; sicrano; beltrano.