Trabalho de Química - Detergentes e Fertilizantes
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Trabalho de Química
Fertilizantes e Detergentes
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Índice
Introdução Fertilizantes
Classificação
Acidez ou alcalinidade
Detergente
Conclusão
Introdução
Obviamente, existem mecanismos naturais para a planta retirar as suas
necessidades, porém muitas vezes são processos lentos frente à demanda produtiva.
Podem ser aplicados através das folhas mediante pulverização manual ou mecanizada,
chamada de adubação foliar, via irrigação ou através do solo. É bom lembrar que antes
de se aplicar qualquer tipo de fertilizante ou correctivo de solo, deve-se antes fazer uma
análise química do solo e em seguida encaminhá-la a um engenheiro agrónomo,
engenheiro florestal, técnico florestal ou técnico agrícola, para que, dessa forma, não
haja desperdícios e compras desnecessárias, ou ainda uso incorrecto dos fertilizantes
podendo acarretar perdas na produtividade com o uso desbalanceado dos nutrientes (o
excesso de um nutriente e a falta de outro pode deixar a planta muito sustentável a
doenças). Os fertilizantes, não obstante o seu mérito na agricultura, podem causar
poluição dos solos e cursos de água.
Fertilizantes
Fertilizantes ou adubos são compostos químicos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência dos vegetais. São aplicados na agricultura com o intuito de melhorar a produção.
As plantas necessitam de diversos elementos químicos:
Macronutrientes: o Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo, enxofre, cálcio,
magnésio e potássio;
Micronutrientes: o Boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco.
Alguns desses elementos estão fartamente disponíveis no meio ambiente de nosso planeta e são diretamente assimiláveis pelas plantas, como carbono, hidrogênio e oxigênio. Outros como nitrogênio, apesar de fartamente disponível na atmosfera, não são diretamente absorvíveis pelas plantas, ou o processo de absorção é muito lento face à demanda produtiva. Aos elementos necessários e que são normalmente adicionados pelos agricultores a suas plantações para suprir essas deficiências e aumentar a produtividade, chamamos adubo.
Classificação
Adubos minerais: São extraídos de minas e transformados em indústrias químicas. São diretamente assimilados pelas plantas ou sofrem apenas pequenas transformações no solo para serem absorvidos. Podem conter apenas um elemento ou mais de um. Os principais elementos fertilizantes são: nitrogênio, fósforo e potássio. Existem também os micronutrientes como bórax, sulfato de zinco dentre outros que podem ser agregados nos fertilizantes.
Adubos nitrogenados
Adubos fosfatados Adubos potássicos Adubos mistos – contém mais de um elemento nutritivo predominante
(nitrogênio, fósforo e potássio) Adubos calcários (ou corretivos).
Adubos orgânicos: São resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que os minerais, visto que necessitam transformações maiores (serem desmontados em compostos inorgânicos) antes de serem utilizados pelos vegetais. Promove o desenvolvimento da flora microbiana e por conseqüência melhoram as condições físicas do solo; assim, a presença de matéria orgânica acelera a atuação dos adubos químicos.
Esterco de curral – para melhor aproveitamento dos fertilizantes contidos nesse adubo, faz-se necessário que o adubo seja curtido, geralmente por
trinta dias sob condições especiais. O nitrogênio (N) não ultrapassa 1% da composição exceto no esterco de galinha, onde pode atingir 1,5% a 2%.
Acidez ou alcalinidade
Os adubos podem provocar acidez ou alcalinidade no solo. A mistura de alguns fertilizantes é conveniente, dependendo do tipo de solo, do seu pH e do que se cultivará.
Ácidos - Nitrato de amônia, uréia, sulfato de amônia, fosfato de amônia, amônia anidra e sangue seco.
Alcalinos – Nitrato de sódio do Chile, calcário dolomítico, nitrato de cal, cianamida, nitrato chileno potássico.
Neutros – nitrocal, superfosfato, cloreto de potássio.
Antes de fertilizar
Deve-se determinar a qualidade do terreno. Um modo simples de determinar a fertilidade de um solo é pela análise de solo que determinará as disponibilidades dos nutrientes para as culturas. De posse dos resultados é possível determinar quais os nutrientes necessários para uma determinada cultura.
Uma forma corriqueira de determinar a fertilidade é estabelecer a Relação Carbono/Nitrogênio no solo, que determinará as disponibilidades de nitrato disponíveis para as culturas, bem como indica o estado de decomposição de matéria orgânica na terra.
Os microrganismos, ao decomporem a matéria orgânica no solo, se nutrem de nitratos. Quando a Relação C/N é maior que 30, as bactérias fazem muito uso do nitrato disponível no solo, empobrecendo-o. Nesse caso deve-se fertilizar agregando nitratos. Entretanto alguns cultivos suportam Relação C/N menores.
DetergenteOs detergentes (ou surfactantes) são substâncias anfifílicas, ou seja,
apresentam em sua estrutura molecular uma parte polar e outra apolar, o que dá a estas moléculas a propriedade de acumularem-se em interfaces de dois líquidos imiscíveis ou na superfície de um líquido.
A palavra detergente, procede do latim detergere, que significa limpar. Em medicina se entende por deterger, limpar uma úlcera ou ferida, e se denomina detersórios as substâncias empregadas para tal finalidade. Isto significa que podem qualificar-se como detergentes substâncias tão dispares como a saliva, o sabão ou a gasolina, dependendo em que superfícies são aplicadas.
Na prática diária se entende como detergente apenas as substâncias como sabões e similares, que emulsificam as gorduras ou matérias orgânicas devido a propriedade de suas moléculas possuirem uma parte hidrófila (que atrai moléculas de água) e uma parte lipófila (que é hidrófoba). Esta propriedade é obtida ao oxidar um ácido graxo de cadeia longa como, por exemplo, palmítico, esteárico ou oleico com uma base alcalina, frequentemente de sódio, potássio ou cálcio. Este processo é denominado saponificação.
O extremo da molécula que contém o ácido graxo é lipófilo, e o que contém o átomo alcalino é hidrófilo.
Conclusão
Os detergentes são compostos por moléculas orgânicas de alto peso molecular,
geralmente sais de ácidos sulfônicos. Cada uma de suas extremidades apresenta carácter
polar diferente. Um lado é apolar, enquanto o outro é polar. Essas extremidades
possuem propriedades coligativas diferentes. Enquanto uma possui afinidade pela água
(polar) a outra possui afinidade com gorduras e outras substâncias não solúveis
(apolares). Essa interação resulta em uma estrutura conhecida como micela (algo como
uma almofada com milhares de alfinetes espetados), que remove a sujeira, auxiliando na
limpeza.
O detergente mais comum é o sal para - Dodecil-benzeno-sulfonato de sódio,
que se origina através da reação de soda com ácido sulfônico (dodecil-alquil-benzil-
sulfônico).
O primeiro detergente (saponáceo) foi fabricado na Alemanha em 1907.
Consistia numa mistura de sabão tradicional com perborato e silicato sódicos. Ficou
conhecido por PERSIL que são as três primeiras letras dos produtos da mistura.