Trabalho Desenvolvcurricular e Diferenciac_a_o Pedagogica Final Com GRELHA NOVA (1)

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Trabalho sobre o desenvolvimento curricular

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Curso de Especializao em Educao Especial: Domnio Cognitivo-Motor 9 Edio Turma B (Distal)UC: Desenvolvimento Curricular e Diferenciao Pedaggica

Criao de Recursos para Categorias da CIF

Docente: Professora Joana Salvado

Carla Maria da Cunha Cordeiro 8842

Dina Paula Coelho Guerreiro 8835

Maria de Ftima Marques Palmeiro - 8829

Maria Isabel e Silva Lopes da Rocha Freitas da Silva 8836

Aveiro, Setembro de 2013

O fracasso da escola decorre, principalmente, da indiferena diferena Bourdieu, 1996ndice

Introduo41.Caracterizao da aluna62.Recursos para as categorias da CIF: d160 Concentrar a ateno e d166 Ler73.Recursos para a categoria da CIF: d166 Ler18 3.1. Cartes-fotografia..18 3.2. Cartes-palavra......22

Consideraes Finais25Bibliografia27

Introduo

Existem vrios jogos e atividades que estimulam a aprendizagem dos alunos, desenvolvem a observao, melhoram o grau de ateno e concentrao dos alunos e, assim, garantem maior rendimento nas disciplinas curriculares, o que se comprova pela experincia pedaggica. Neste mbito, o computador estimula as competncias visuais e auditivas dos alunos, constituindo um forte aliado no tratamento dos distrbios de aprendizagem. Atravs de jogos de discriminao visual, as crianas podem ser estimuladas a ler e escrever, promovendo uma maior e melhor aprendizagem. Existem tambm jogos de memria, palavras-cruzadas, quebra-cabeas e sequncias de imagens (frutas, objetos e animais) para desenvolver a ateno, a memria e a leitura. Existem, assim, variados os tipos de recursos disposio dos professores. No entanto, existem tambm variados recursos e materiais que podem ser realizados em casa, so os materiais ditos caseiros que tambm so muito vlidos, preciosos e inovadores e que se adequam s especificidades de cada aluno.Para a professora e pesquisadora Maria do Cu Roldo (1999, p. 52), diferenciar significa definir percursos e opes curriculares diferentes para situaes diversas, que possam potenciar, para cada situao, a consecuo das aprendizagens pretendidas.De acordo com esta autora, [as] escolas diferenciam os seus projectos () para que em todas elas se alcancem melhor as aprendizagens socialmente necessrias () diferenciam-se os mtodos pedaggicos e as actividades para corresponder s diferentes vias de acesso e pontos de partida dos alunos () para que todos eles cheguem a um nvel mais elevado de aprendizagem (pp. 52-53). Neste sentido, os recursos diferenciados, a par dos mtodos, actividades e estratgias constituem mais-valias para a aquisio de conhecimentos dos alunos e, consequentemente, o desenvolvimento das aprendizagens ao nvel dos contedos, das relaes interpessoais e do desenvolvimento pessoal e afectivo. Isto porque os recursos so mais do que simples auxiliares no processo ensino-aprendizagem, so facilitadores do relacionamento entre professor e aluno e entre este e os colegas. Para alm disso, os recursos constituem um meio de explorao que poder criar pontes entre a vida escolar e a vida pessoal, familiar e social do aluno, nomeadamente os recursos que mimetizam tarefas do quotidiano, como os jogos com bonecos mimetizando a rotina diria, ou os jogos com dinheiro de brincar, onde os alunos podem brincar/aprendendo a utilizar o dinheiro. Os recursos tm a vantagem de poderem ser inventados e adaptados, tendo em conta um determinado caso ou especificidade de um aluno. Devemos assim, aprender a trabalhar com a heterogeneidade porque da nos vem toda a riqueza de uma cultura humana (...) (Niza, 2004, p. 68). A individualizao e personalizao do ensino vai permitir uma escola centrada no indivduo, com vista a uma avaliao mais rica das capacidades e das tendncias individuais (Gardner, 1997). Howard Gardner prope assim a escola do futuro ideal onde existam especialistas de avaliao para compreender completamente as capacidades e os interesses dos alunos, examinando as capacidades espaciais, pessoais e outras dos alunos, sem se confinar () s inteligncias lingustica e lgico-matemtica (p. 2). Para colocar em prtica a sua Teoria das Mltiplas Inteligncias, este autor preconiza a importncia de, na escola, se cultivar os valores sociais, abordar de vrias formas um conceito, um assunto ou uma disciplina e personalizar o ensino. Assim, os docentes devem ter em conta as diferenas de cada ser humano. Neste sentido, os contedos importantes [devem ser] apresentados de forma a possibilitar a cada aluno o mximo de oportunidades para os dominar e demonstrar aos outros (e a si prprios) o que aprenderam e compreenderam (p. 5).O professor tem, neste contexto, um papel muito importante enquanto mediador do processo de ensino-aprendizagem, individualizando o ensino e respeitando as caractersticas e singularidades de cada aluno, nomeadamente dos alunos com necessidades educativas especiais. O presente documento pretende ser um contributo para a promoo da aprendizagem por um destes alunos (hipottico). Partindo da sua caracterizao (captulo 1) de acordo com o perfil de funcionalidade da Classificao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Sade [CIF] (2004), crimos um recurso, com a respectiva grelha de avaliao, para as categorias d160 concentrar a ateno - e d166 ler (captulo 2). Como complemento, descrevemos outros exemplos de recursos para a categoria d166 ler, bem como da sua aplicao e avaliao (captulo 3).

1. Caracterizao da aluna

A Ana Sofia (nome fictcio) uma menina de 9 anos de idade. filha nica de um jovem casal, nasceu em Junho de 2004 e ao ano de idade os pais aperceberam-se que algo no estava bem, pois a Ana Sofia no reagia da mesma forma que as crianas da sua idade. Decidem ento procurar ajuda. O diagnstico desconcertante: Perturbao do Espectro do Autismo autismo severo associado a um Grave Atraso do Desenvolvimento Global percentagem do desenvolvimento 45%. Como se os seus problemas no fossem suficientes foi-lhe diagnosticada epilepsia em Janeiro 2013, que comeou a manifestar-se com quedas sbitas e ausncias duradouras (3 a 5 min.).A Ana Sofia ingressou no ano letivo de 2009/10, ao Jardim de Infncia. Beneficiou de apoio educativo individualizado por parte de uma docente bem como de apoios em terapia de fala e terapia ocupacional. No ano letivo 2010/2011 a Ana Sofia ingressou no 1 Ano de escolaridade numa Escola Bsica Integrada. Beneficiou de apoio educativo individualizado por parte de uma docente de 1 ciclo colocada para acompanhar a aluna, tanto em contexto sala de aula com o grupo/turma assim como em sala de apoio. No ano letivo anterior a aluna encontrava-se matriculada no 3 ano de escolaridade e continuava a beneficiar de terapia da fala, terapia ocupacional.

1.1. Perfil de FuncionalidadeNas funes da Voz e da Fala, a aluna no apresenta qualquer deficincia no que concerne articulao (b320) mas revela-a na fluncia e no ritmo da fala (b330). A aluna identifica algumas palavras escritas, palavras essas que esto associadas a algo que lhe d prazer, tais como: bola, pedra, avio, Joo, caf, bolo, cavalo e olho. Identifica ainda o seu nome completo. (d131)Na Comunicao, em termos de compreenso verbal (d310), a aluna compreende a maior parte das instrues que lhe so transmitidas, no que concerne a linguagem corporal a aluna utiliza a mmica sempre que solicitada, ela consegue imitar o adulto desde que a mmica solicitada ou proposta seja simples (d315). Na categoria falar (d330), a dificuldade considerada grave, pois a aluna embora tenha um leque bastante alargado de vocabulrio nunca ou raramente o utiliza.

2. Recursos para as categorias da CIF: d160 Concentrar a ateno e d166 Ler

A aluna, devido sua patologia perturbao do espectro do autismo no procura contacto nem visual nem fsico recusando-se inclusive a comunicar com os pares. No entanto, em contexto sala de apoio, revela aptides comunicativas com a utilizao de cartes com smbolos (Boardmaker), lendo palavras e frases a que est afectivamente ligada mas sempre com a simbologia do boardmaker associada. A Ana Sofia demonstra grande prazer no smbolo associado a animais, principalmente a girafa, sendo este o seu animal de predileo. Devido a esse facto, decidimos criar uma histria simples e relativamente pequena a fim de proporcionar a esta criana um momento de prazer utilizando a comunicao aumentativa. A histria, a respectiva tabela de comunicao e a grelha de avaliao da aplicao deste recurso encontram-se nas pginas seguintes.

1

Tabela de Comunicao

Grelha de registo de resultados, de acordo com a escala da CIF: Actividade A Girafa Laranjinha

d160- Concentrar a ateno0123489

A aluna concentra-se a ouvir a histria?

Olha para as imagens?

Aponta para as imagens correctas quando lhe perguntamos se a girafa ou outro?

d166 Ler0123489

A aluna, quando questionada sobre as personagens e diferentes fases da histria:

Responde a perguntas de interpretao?

Reconta o texto por palavras suas?

Relembra o texto?

Reconhece as imagens e associa histria?

Sabe ler partes do texto?

Sabe respeitar a pontuao e as pausas?

Sabe pronunciar as palavras e dar a entoao necessria ao texto?

Escala: 0 - NENHUMA dificuldade (nenhuma, ausente, escassa...) 0-4%; 1 - dificuldade LIGEIRA(leve, baixa...) 5-24%; 2 - Dificuldade MODERADA (mdia, regular...) 25-49%; 3 - Dificuldade GRAVE (alta, extrema...) 50-95%; 4 - Dificuldade COMPLETA (total...) 96-100%; 8 No especificada; 9 No aplicvel. (CIF, 2004)3. Recursos para a categoria da CIF: d166 Ler

Para a aprendizagem da leitura, importante que no incio do ensino se escolham as palavras que mais possam interessar a criana. Cada palavra deve ter um significado claro, conhecido pela criana: nomes dos seus familiares e objectos de uso comum que a criana conhece e usa regularmente. A criana j ouviu muitas vezes as palavras que so utilizadas para nomear os objectos. Na preparao do material, cada aluno tem o seu prprio nvel de percepo e os seus prprios interesses. necessrio que o material que lhes apresentado seja o mais adequado para ele. Os materiais tm que ser preparados e elaborados de modo personalizado (Troncoso & Cerro, 2004).As palavras devem estar escritas com letra grande e clara (sem criar confuso entre o u, o m e o n ou o l, o b e o t) a cor do vermelho ajusta-se a esta eta porque ajuda inicialmente a criana na sua percepo e memria visual. As palavras devem estar escritas com correco ortogrfica (por exemplo, os nomes prprios sempre iniciados com letra maiscula. Deve-se utilizar a letra cursiva, enlaada, como a que se usa geralmente nos textos manuscritos, de forma a que a criana interiorize melhor os traos que dever realizar quando tiver maturidade para escrever. A aprendizagem da letra de imprensa e a utilizao da mquina de escrever ou do computador ser feita mais tarde. Os alunos aprendem sozinhos a manusear a letra de imprensa (Troncoso & Cerro, 2004).Na iniciao deve-se usar apenas s um tipo de letra at que o aluno tenha atingido desenvoltura. Na seleco das frases, na construo das frases e na elaborao de textos simples, ter-se-o em conta os conhecimentos do aluno, os seus interesses e os seus gostos para que lhe seja facilitada a compreenso, o uso habitual da leitura e para que crie o gosto de ler. (Troncoso & Cerro, 2004). importante estimular no aluno o gosto pela leitura, a associao de imagens para a leitura no se tornar aborrecida e enfastiante. As ilustraes dos livros para crianas comprovam que imprescindvel despertar interesse na criana, a motivao e gosto por aprender a ler e a conhecer palavras novas.

3.1. Cartes-fotografia

O carto-fotografia um elemento imprescindvel para iniciar o programa da leitura. necessrio dispor de fotografias individuais da criana, pais, irmos, tios, primos ou avs, que lhe sejam prximas e de quem ela goste, pode-se fazer uma ampliao da foto, pedir uma maior criana e mais ntida, pode ser com o tamanho de 3 X 2 cm. Cada fotografia colada numa cartolina branca ou de cor-prola para realar as fotos e coloca-se debaixo o nome da pessoa retratada, com letra grande e clara e contornos grossos e a vermelho. O nome escrito ser aquele que usado habitualmente para denominar essa pessoa (Vd exemplo 1). Plastificam-se os cartes ou metem-se em bolsas de plstico para que no se estraguem e para que se possam manipular melhor. medida que a criana progrida e entenda o porqu da fotografia e do nome escrito, podem preparar-se outros cartes (cartes-imagem) com recortes de revistas, cromos, autocolantes ou desenhos. No necessrio serem sempre fotografias reais, a criana vai comear a conhecer tambm desenhos, pinturas ou ilustraes (Vd exemplo 2).

Exemplo 1:

Susana

Ana

Paula

Rita

Filipe

Irm

Mam

Amiga

Pap

Exemplo 2:

Casa

avio

Bola

Boneca

gato

carro

3.2. Cartes-palavra

Estes cartes preparam-se com dois ou mais cartes de 15 x 5 cm. Escrevem-se neles os nomes utilizados nos cartes fotografia ou nos cartes-imagem, utilizando o mesmo tipo de letra manuscrita de igual tamanho e cor para que a criana faa exerccios de associao de palavras iguais. Comea-se por mostrar criana o primeiro carto que se fez com a sua fotografia e o seu nome. Fazem-se comentrios sobre a fotografia, levando a criana a concentrar-se e a fazer o mesmo:

Susana

- Repara! Quem que est na fotografia?- A Susana.- s tu! Tens uma camisola muito bonita (aponta-se para a fotografia), s riscas, azuis e amarelas!- O que isto?- Os culos.- E isto?- Falta-me o dente da frente, caiu- Aonde que ele caiu?- No parque, na festa de anos, comi uma fatia de bolo- O que que est por trs de ti?- Uma flor.- Que linda, tem muitas cores.- Era dos palhaos.- Eles tambm estavam na festa?- Estavam e faziam rir.- Faziam muitas palhaadas.- Sim, eram engraados.Depois do dilogo, ajuda-se a criana a prestar ateno e concentrar-se na palavra escrita por baixo da sua fotografia.- Olha, aqui est Susana, quem - Sou eu.- o teu nome, eu leio: Susana. Agora l tu.- Susana- Muito bem, leste o teu nome, Susana.

Em seguida, Dirige-se a ateno da aluna s para o carto-palavra que tem o seu nome:- Repara, sabes o que pes aqui? - Susana.- Muito bem. Coloca-se o carto Susana por baixo do nome Susana, So iguais, fica Susana com Susana.

Pede-se aluna para ser ela a colocar o carto por baixo da fotografia (com adesivos autocolantes ou post it por trs).

Na sesso seguinte repete-se a mesma actividade e se o/a aluna/o j tiver compreendido, avana-se, introduzindo uma nova palavra. O segundo carto pode dizer irm, mana, pap ou mam. Com esta actividade os alunos podem ter vrios cartes realizando e diversificando as suas actividades, permitindo captar e desenvolver a sua ateno, interesse e motivao. Estas actividades so ordenadas por grau crescente de dificuldade. Para que o aluno/a possa realizar uma atividade, tem de dominar bem a anterior.

Tipos de Exerccios que se podem realizar:- Associar ou emparelhar os cartes-fotografia com os cartes-palavra;- Associar os cartes-palavra com outros cartes-palavra;- Classificar todos os cartes que so iguais. So necessrios 4 ou 5 cartes de cada palavra;- Seleccionar: pede-se ao aluno/a que seleccione o carto com a palavra que se nomeia;- Nomear: pede-se ao aluno/a que olhe e diga o nome de cada palavra que est escrita em cada um dos cartes que se lhe mostra.

Grelha de registo de resultados, de acordo com a escala da CIF: Actividade com cartes-imagem/palavra

d166 Ler0123489

A aluna:

Relaciona as palavras com as imagens?

Coloca as palavras debaixo da imagem retratada?

Identifica as imagens?

L a palavra sem dificuldade?

Associa diferentes imagens s palavras correspondentes?

Associa vrias palavras a vrias imagens?

Coloca vrios cartes de palavras debaixo das imagens?

Sabe reconhecer e ler vrios cartes-fotografia/imagem?

Sabe reconhecer e ler vrios cartes-palavra?

Escala: 0 - NENHUMA dificuldade (nenhuma, ausente, escassa...) 0-4%; 1 - dificuldade LIGEIRA(leve, baixa...) 5-24%; 2 - Dificuldade MODERADA (mdia, regular...) 25-49%; 3 - Dificuldade GRAVE (alta, extrema...) 50-95%; 4 - Dificuldade COMPLETA (total...) 96-100%; 8 No especificada; 9 No aplicvel. (CIF, 2004)Consideraes Finais

A CIF constitui o quadro de referncia da OMS [Organizao Mundial de Sade] para a sade e a incapacidade (Secretariado Nacional para a Reabilitao e Integrao das Pessoas com Deficincia [SNRIPD], 2005, p. 6). A sua implementao permite a utilizao de uma linguagem padronizada, comum a todos os profissionais envolvidos no diagnstico e na definio das respostas s condies de incapacidade de indivduo. Corresponde a uma lista de verificao cujos parmetros se distribuem em torno dos organizadores: Funes e Estruturas do Corpo, Actividades e Participao, Factores Ambientais. No ensino, a CIF tem aplicao no caso das crianas e jovens com Necessidades Educativas Especiais, sendo o domnio das Actividades e Participao de grande utilidade na definio de estratgias e mtodos para o ensino-aprendizagem. A criao e utilizao de recursos pedaggicos especficos para determinadas categorias deste domnio pode ter um papel fulcral na promoo da aprendizagem e/ou na minimizao das dificuldades destes alunos. Existem variados recursos com jogos de forma a estimular a aprendizagem das crianas, nomeadamente as crianas com necessidades educativas especiais. O jogo das Mimocas, por exemplo, fomenta a motivao para a aprendizagem, estimula a ateno e concentrao das crianas e desenvolve a leitura atravs da discriminao e memorizao visual. Muitos destes jogos podem ser adquiridos (jogos informticos ou jogos fsicos como lotos, jogos de tabuleiro, entre outros. Existem tambm jogos e outros recursos que so disponibilizados na internet.No entanto, tambm pode ser elaborado muito material caseiro de boa qualidade que possui a vantagem de se adaptar a cada aluno e situao em particular. Existem jogos que so elaborados e que depois no se adaptam muito bem a determinada etapa de desenvolvimento da criana mas que se adaptam a outras etapas. Neste campo, nada desperdiado, sempre tudo aproveitado, pois o que se pretende despertar o interesse e a curiosidade dos alunos propiciando assim a aprendizagem. A palavra de ordem diversificar porque os alunos no aprendem todos da mesma forma e a existncia de uma grande variedade e diversidade de recursos permite manter o aluno interessado e motivado na realizao das diferentes actividades. Neste trabalho, propusemo-nos criar recursos para as categorias d160 concentrar a ateno - e d166 Ler. So recursos que promovem atividades que pretendem, para alm de alcanar os objectivos descritos nas categorias, proporcionar momentos de descoberta e de prazer aluna. Porque pensamos que um recurso deve ser uma forma de aprender brincando, aprender divertindo-se, aprender de forma a que os pensamentos se construam com facilidade, com naturalidade para que a criana se desenvolva em harmonia, nas suas aquisies de competncias acadmicas, pessoais, sociais e afectivas.

Bibliografia

CIF Classificao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Sade. (2004). Lisboa: Direco-Geral da Sade.

Gardner, H. As ramificaes educativas da teoria da inteligncias mltiplas. (Traduo de um excerto do artigo Encourager la diversit en personnalisant lducation, in Perspectives, n 103, vol. XXVII, n3. Setembro de 1997, pp. 372-377. UNESCO, Bureau International d ducation).

Niza, S. (2004). A aco de diferenciao pedaggica na gesto do currculo. Escola Moderna. 21, 64-69.

Roldo, M. C. (1999). Gesto Curricular: Fundamentos e prticas. Lisboa: Ministrio da Educao.

Secretariado Nacional para a Reabilitao e Integrao das Pessoas com Deficincia. (2005). Guia do Principiante - Para uma Linguagem Comum de Funcionalidade, Incapacidade e Sade CIF. Lisboa: SNRIPD.

Troncoso, M. V. & Cerro, M. (2004). Sndroma de Down: leitura e escrita, um guia para pais, educadores e professores. Coleco Necessidades Educativas Especiais. Porto: Porto Editora.