Trabalho Do Cema de Educação Física

15
 Docente: Héliton Gomes Discente : Rodrigo Antunes Rodrigues Sudre Mídia e a violência nos esportes Cuiabá, 25 de abril de 2014

Transcript of Trabalho Do Cema de Educação Física

Docente: Hliton Gomes Discente : Rodrigo Antunes Rodrigues Sudre

Mdia e a violncia nos esportes

Cuiab, 25 de abril de 2014 Docente: Hliton Gomes Discente : Rodrigo Antunes Rodrigues Sudre

Mdia e a violncia nos esportes

Trabalho entregue para obteno de nota para a disciplina de Educao Fsica do Centro Educacional Maria Auxiliadora

Cuiab, 25 de abril de 2014

Violncia nos esportes

Os brasileiros ao nascerem recebem duas denominaes que os acompanharo por toda a vida: um nome e um time para torcer. A predileo por um time de futebol quase que herdada. Aqueles filhos que renegam essa herana so vistos como traidores e causam grandes decepes e frustraes aos seus progenitores. Mas no irei falar das excees e sim da regra.

A paixo clubstica pelo futebol herdada e passa a ser vivida j a partir dos primeiros anos de vida. Ela verificada pelo uso de uniformes dos times, principalmente as camisas. A criana, com sua natural ingenuidade, aprende dentre as primeiras palavras o nome do seu time. E por que ser que na sociedade moderna, urbanizada, o futebol torna-se uma grande paixo? H muitas explicaes e eu abordarei algumas delas.

O principal motivo para um indivduo sentir-se atrado pelo futebol , segundo estudiosos do esporte, o grande prazer que essa atividade proporciona ao seu pblico. As dimenses do campo, o nmero de jogadores, o tamanho do gol e o equilbrio na disputa entre as equipes provocam nos espectadores uma tremenda excitao, porque h um longo perodo de expectativa entre a sada da bola e a chegada da mesma nas zonas de maior probabilidade de gol. Os passes e os dribles provocam no pblico certa tenso, que ser elevada dependendo do equilbrio estabelecido entre as equipes rivais, pois jogos muito fceis no so to excitantes.

E por que o ser humano dos sculos XX e XXI precisa buscar o prazer nos jogos de futebol, seja dos times profissionais ou mesmo em peladas de final de semana? As respostas so dadas pela observao de um processo civilizador vivido pela humanidade, no qual os indivduos foram criando uma espcie de autocontrole da expresso de seus sentimentos em pblico. Isso tem diferentes nveis se compararmos sociedades distintas, mas algo parece semelhante em quase todas elas: a seriedade verificada no mundo do trabalho. O trabalho exigiu das pessoas seriedade, autocontrole e disciplina. Todas essas exigncias so relaxadas nas atividades de lazer, como o caso do espetculo futebolstico.

O futebol uma possibilidade de vivncia controlada de descontroles, ou seja, de expresso de emoes em pblico, e a castrao das emoes no ambiente do trabalho fez com que os indivduos passassem a ter necessidade de busca por atividades mimticas, como o caso do espetculo esportivo.

Mas o que so essas atividades mimticas? So todas as atividades que permitem aos indivduos a vivncia de fortes emoes, sendo que estas no traro, a princpio, riscos para os mesmos. A derrota do time em um jogo, por exemplo, poder ser vivida com fortes emoes de frustrao, tristeza e desespero, a ponto de levar os torcedores do time que perdeu ao choro, ao grito de dio pela perda. No caso de uma vitria, os torcedores chegam a sentir tanta alegria a ponto de soltar gritos de emoo. Sentimentos de poder, de grandeza e de fora so vivenciados e muitos chegam a chorar de felicidade quando a conquista muito desejada e a vitria se concretiza.

A paixo pelo futebol comea a tomar uma dimenso preocupante e a se tornar um problema quando a percepo da identidade individual do torcedor fica frgil e comprometida, a ponto do indivduo no perceber quem ele e quem so seus dolos. O torcedor e a paixo clubstica misturam-se e comeam a acontecer atos transgressores, agresses fortuitas, e at delitos e atos vandlicos.

A violncia nos dias de jogos de futebol transformou-se em uma questo de segurana pblica em diversos pases e, no Brasil, j fez 64 vtimas fatais, apenas nos jogos da elite do futebol brasileiro. Nos anos de 1980, a violncia no futebol parecia um problema localizado apenas na Inglaterra, onde recebeu o nome de hooliganismo. Hoje, no entanto, um problema quase planetrio.

Para pensar em preveno dessa violncia, necessrio buscar suas razes, suas causas diretas e indiretas. Quarenta e seis pases europeus adotaram polticas nacionais de preveno elaboradas a partir de um acordo firmado no Conselho da Europa. A gota d'gua foi a tragdia do estdio Heysel, na Blgica, em 1985, que deixou 39 mortos na final da Copa dos Campees. Os primeiros participantes do Convnio Europeu sobre a violncia e mau comportamento em eventos esportivos, proposto aps a tragdia de Heysel, foram Inglaterra, Itlia e Espanha, entre outros. Hoje, estes so os pases com maior sucesso na promoo de espetculos de futebol.

O Conselho da Europa, com sede em Estrasburgo (Frana), hoje cobre praticamente todo o continente europeu, com seus 47 pases membros, incluindo os 27 que formam a Unio Europeia. Fundado em 5 de Maio de 1949 por 10 pases, o rgo tem como propsitos a defesa dos direitos humanos, o desenvolvimento democrtico e a estabilidade poltico-social na Europa. O Conselho da Europa tem personalidade jurdica reconhecida pelo direito internacional e serve cerca de 800 milhes de pessoas.

A Espanha e vrios pases da Europa assinaram em 19 de agosto de 1985, na cidade de Estrasburgo (Frana), o Convnio do Conselho Europeu, Convnio Europeu sobre a Violncia de Espectadores e de Maus Comportamentos em Eventos Esportivos e em nos Jogos de Futebol.

Na Espanha, trabalhos acadmicos e de inteligncia policial subsidiaram a elaborao da Lei de Esporte espanhola, de 1990, que dedicou um captulo especificamente ao tema. Essa legislao tornou gil o julgamento dos delitos e imputou aos clubes as penas em casos de violncia de seus torcedores, assim como aos indivduos envolvidos em atos de violncia e/ou de vandalismo no estdio e em suas imediaes. A lei j passou por duas revises: a primeira verso entrou em vigor em 2007 e a ltima foi aprovada em maro deste ano e entrar em funcionamento a partir de 01 de julho de 2010.

No Senado brasileiro tramita, desde o primeiro semestre de 2009, um projeto de lei, originrio do poder Executivo, que modifica e amplia os direitos e deveres dos torcedores e dos organizadores do evento esportivo. Um dos principais acrscimos a responsabilizao criminal e civil tipificada para ocorrncias de atos ilcitos em relao com espetculos esportivos.

Estudos realizados na Europa concluram que a falta de infra estrutura dos estdios diretamente responsvel pelos atos de vandalismo e de outras formas de violncia no interior dos mesmos. Por isso, muitas recomendaes do Tratado Europeu dizem respeito modernizao dos estdios. Segundo as autoridades europeias, ambientes confortveis e seguros inibem a violncia.

O Tratado Europeu um tratado sobre a preveno da violncia em espetculos esportivos e do mau comportamento de espectadores, com ateno especial ao futebol, assinado pelos pases membros do Conselho da Europa a partir de 1985.

No Brasil, as frustraes geradas com o mau funcionamento dos servios e da infra estrutura dos estdios contribuem para manifestaes violentas. O confronto de torcedores no Estdio do Pacaembu em 1995, na final da Copa So Paulo de Juniores, parecia ter sido a gota d'gua. Porm, outras tragdias se sucedem ano a ano. O episdio de 1995 chocou a sociedade pela crueldade dos jovens agressores armados com entulhos encontrados no prprio estdio, o que inadmissvel em todos os aspectos.

O futebol no s futebol. Este esporte , em muitos pases, a expresso de seu povo.Torcer, ter admirao por um time, reunir-se com amigos e estranhos a beira de um campo... tudo isso muito sadio e prazeroso! Agora, perder a linha que separa o eu e o clube, cometer atos insanos e causar pnico populao so patologias de uma sociedade que ainda busca caminhos para a paz, a tolerncia e a harmonia

CONDUTA DISCRIMINATRIA

A cada nova edio de conduta discriminatria (CD) nos estdios de futebol, mais pessoas (chocadas) indagam umas s outras e s autoridades se tais fatos no deixaro de ocorrer. A CD envolve agresso, sofrimento mental e pode adquirir grande magnitude. Apesar disso, repetem-se atos de intolerncia, dio irracional ou averso a outras pessoas, por razes tnicas, religiosas, culturais, sexuais e tantas outras.

Trata-se de uma atitude preconceituosa, pois consequente a uma ideia formada sem contestao, fundamento srio ou reflexo que a justifique. Ela comea pela influncia da famlia, cresce nas escolas, clubes e ruas, fortalece-se nas instituies, estdios e partidos; finalmente, estrutura-se nas cidades e pases. Algumas constataes agravam ainda mais o problema: todos discriminam, no havendo perodo da Histria isento de CD e, o que pior, ela parece imperturbvel.

Freud buscou outros fatores para melhor compreender o padro cultural preconceituoso e sua inalterabilidade. Encontrou-os na prpria personalidade humana. De incio, entendeu que o narcisismo imporia um isolamento pessoal ou grupal dos outros por no tolerar diferenas. Depois, percebendo a agressividade intrnseca ao homem, Freud afirmou: O homem o lobo do homem, na medida em que o prximo algum que o tenta a satisfazer toda sua agressividade. Bastam os seguintes exemplos: as invases dos hunos, dos mongis, dos cruzados e o holocausto perpetrado na ltima guerra mundial.

O fenmeno apocalptico como ideologia profunda da personalidade completaria a equao causal da CD. O apocalipse uma viso do mundo e de seu final. Um julgamento. Uma crena de que os inimigos de um povo seriam erradicados pelos anjos bons do cu, restando na terra apenas os justos. Assim, o esquema apocalptico contm ideias patolgicas de destruio selvagem dos outros e de renascimento messinico de um s grupo, o que inevitavelmente evoca a CD, na proporo cabvel para cada evento estudado.

No parece haver frmula mgica para erradicar a CD como parte do comportamento humano. Encar-la como produto do preconceito associado a um distrbio mental seria, alm do enquadramento penal, outra forma de inibi-la. Do contrrio, seguiremos assistindo a sua prtica em estdios e guerras, assim como a sua negao. Todo dia se v algum autodenominar-se isento de discriminaes ou critic-las fortemente, porm, ao exort-las, apontar alguma particularidade discriminativa do outro, ao invs de simplesmente no faz-lo.

RACISMO FUTEBOL CLUBE

O Esportivo de Bento Gonalves ser julgado nesta quinta-feira pelo Tribunal de Justia Desportiva, por sua responsabilidade no caso de racismo que envolveu o rbitro Mrcio Chagas. inquestionvel que o racismo merece todas as condenaes e que precisa ser desestimulado tanto pela legislao quanto pela construo de uma cultura de convivncia e diversidade. E o futebol, por ser um esporte de grande visibilidade, por reunir torcedores e atletas de variadas origens tnicas, se constitui em espao adequado para o exerccio da conscientizao e da tolerncia.

Hoje o Esportivo que est no banco dos rus, tanto pelas ofensas dirigidas ao rbitro por alguns de seus torcedores quanto pela depredao do veculo do profissional que estava estacionado nas dependncias do clube. Espera-se que os auditores do TJD apliquem uma punio adequada s infraes cometidas, sem transformar o clube da serra gacha em smbolo de execrao. No h condenao mais exemplar do que uma pena justa. Racismo se combate com justia, e no com justiamento.

Porm, independentemente do julgamento do Esportivo, importante que os torcedores praticantes dos atos discriminatrios tambm sejam responsabilizados, at para desestimular resistncias como a de outros frequentadores do futebol que insistem em continuar entoando cnticos agressivos e preconceituosos. No possvel que esses indivduos continuem achando normal e aceitvel chamar algum de macaco ou se referir a um grupo de pessoas por macacada. Precisamos evoluir no respeito ao outro, precisamos ser mais inteligentes e civilizados at mesmo nas provocaes futebolsticas. J no h mais lugar no campeonato da humanidade para o Racismo Futebol Clube e para as boalidades de sua torcida.

RBITRO DE FUTEBOL VTIMA DE RACISMO

Esportivo convoca torcida para identificar autores de caso de racismo.Clube tambm registrou ocorrncia por difamao contra o rbitro Mrcio Chagas

O presidente do Esportivo, Luis Delano Lucchese Oselame, divulgou uma carta aberta lamentando o caso de racismo relatado pelo rbitro Mrcio Chagas da Silva em Bento Gonalves, na Serra gacha. O fato teria ocorrido durante a partida entre o Alviazul e o Veranpolis, na quarta-feira.

O mandatrio garantiu que o clube no medir esforos para esclareceu o que ocorreu na Serra. Ele tambm convocou a torcida para ajudar as autoridades a identificar os autores dessas atrocidades e afirmou que no seria justo o Esportivo ser pnico por alguns poucos que se dizem torcedores.

Confira a nota na ntegra:

Este sem dvida um capitulo triste na histria do nosso Alvi-Azul.

Os fatos de racismo relatados pelo rbitro Mrcio Chagas em nosso estdio na ltima quarta-feira me entristecem no apenas como presidente e torcedor do Clube Esportivo, mas tambm como empresrio, bentogonalvense, homem e pai de famlia.

Em momentos como esse devemos ter cautela e no podemos transformar um em todos. A infeliz voz que supostamente gritou palavras de ofensas ao rbitro no a voz da nossa torcida, do nosso clube, da nossa comunidade, principalmente quando falamos de uma cidade acostumada a receber to bem visitantes de todas as partes do Brasil e do mundo.

Desde que comecei a freqentar os corredores desse Clube sonhei v-lo nas pginas e veculos de mdia do pas por suas glrias, e muito me entristece v-lo nessas to sonhadas pginas por uma noticia lamentvel como essa que se quer tem relao direta com a instituio.

Assim como muito me entristece o que alguns oportunistas esto tentando fazer nesse momento, especulando que o Esportivo estaria questionando a idoneidade do rbitro e apoiando condutas criminosas e racistas. O Clube Esportivo, toda sua direo, comisso tcnica, equipe e funcionrios repudiam qualquer forma de racismo repito, repudiamos qualquer forma de racismo!

Peo desculpas se aos olhos dos grandes no soubemos lidar to bem com essa situao como deveramos, mas acreditem, isso para ns foi uma ingrata e inesperada surpresa tanto como para todos vocs.

No mediremos esforos para esclarecer os fatos e convocamos nossa torcida para nos ajudar e ajudar as autoridades em um momento como esse, trazendo informaes que identifiquem os verdadeiros culpados por essas atrocidades. No justo que nosso time e sua torcida, que vem lutando bravamente para se manter entre a elite do futebol gacho, seja penalizado por alguns poucos que se dizem torcedores.

Assim como o rbitro Mrcio Chagas tem seus filhos, eu tambm gostaria de poder ver os meus brincando livremente, com os filhos dele e de qualquer outra pessoa, no importando sua cor, credo ou classe social, em um mundo mais justo e sem racismo.

Cordialmente,Luis Delano Lucchese OselamePresidente do Clube Esportivo Bento Gonalves

CORREIO DO POVO 06/03/2014 14:45

rbitro Mrcio Chagas diz ter sido vtima de racismo em Bento Gonalves.Profissional encontrou duas bananas em cima do seu carro aps jogo entre Esportivo e Veranpolis

Mrcio Chagas encontrou duas bananas em cima do seu carro aps jogo entre Esportivo e VeranpolisCrdito: Mauro Schaefer / CP Memria

O rbitro Mrcio Chagas da Silva disse ter sido vtima de racismo em Bento Gonalves, na Serra gacha, aps a partida entre Esportivo e Veranpolis nessa quarta-feira. Duas bananas foram colocadas em cima do carro dele depois do confronto. Alm disso, o automvel tinha arranhes na lataria e marcas de batida.

O veculo estava dentro do estacionamento destinado arbitragem do estdio Montanha dos Vinhedos. A partida terminou 3 a 2 para a equipe da casa. Chagas da Silva acredita que a prpria torcida do Esportivo cometeu o ato de racismo. Aconteceu mais um fato lamentvel de racismo em Bento. Quando entrei no campo de jogo, j escutei palavras racistas da torcida do Esportivo em relao a minha pessoa, me chamando de macaco, contou o rbitro em entrevista Rdio Guaba.

Mas o pior ocorreu depois do confronto. Ao trmino da partida, fui pegar o carro no estacionamento do clube e me deparei com o veculo cheio de bananas, por cima e no cano de descarga do veculo. Alm disso, tinha arranhes, batidas e partes amassadas, relatou. Era um lugar privativo, fechado com porto, que no deveria ter acesso por mais ningum, a no ser pela arbitragem ou dirigentes do clube. Alguns atletas viram o ocorrido e disseram que comum manifestaes racistas por parte dos torcedores do Esportivo, comentou.

Chagas fotagrafou os danos causados e anexou as imagens smula do duelo. No entanto, ela ainda no foi divulgada pela Federao Gacha de Futebol (FGF). "Encaminhei na smula fotos do meu carro, para que eu possa ser ressarcido por esse clube e para futuras punies."Violncia no campo: as 7 piores brigas de esportes da histria1 Estdio Accra, Gana, maio de 2001No final de uma partida entre Accra Hearts of Oak e Assante Kotoko, os fs do time visitante comearam a atirar garrafas e outros objetos no campo, j que o Assante perdia por 2 a 1. A polcia respondeu atirando bombas de gs lacrimogneo nos torcedores. O pnico tomou conta e o tumulto resultante custou a vida de mais de 120 pessoas. Segundo relatrios da poca, o incidente foi a quarta tragdia fatal relacionada a futebol em solo africano em um ms.2 Estdios Heysel, Blgica, 1985A final da Taa dos Campees Europeus entre Juventus e Liverpool causou tantos danos que, na seqncia, os clubes ingleses de futebol foram proibidos de competir na Europa continental por pelo menos cinco anos.A tragdia comeou quando fanticos torcedores de futebol britnicos tentaram forar seu caminho para a rea do estdio dos torcedores italianos antes do apito inicial. Ambos os lados j haviam assediado um ao outro atirando projteis no campo.Quando os fs britnicos atacaram, os torcedores do Juventus foram encurralados contra um muro de concreto. Alguns tentaram escalar o muro para fugir, enquanto outros foram esmagados. O muro finalmente desmoronou sob a fora dos fs.No final, 39 pessoas morreram, alm de ocorrerem cerca de 600 leses corporais. As equipes ainda entraram em campo, apesar da tragdia, com o Juventus saindo frente do Liverpool com um resultado de 1 a 0.3 Fenway Park, Estados Unidos, 2004Futebol, claro, no o nico esporte que agita paixes dos fs a nveis perigosos. No beisebol, mesmo antes do Red Sox entrar em campo no Fenway para um jogo que acabaria fazendo-os vencer a World Series (srie mundial), os fs de fora do estdio j estavam ficando agressivos.A comemorao aps o jogo se tornou violenta conforme os fs entraram em confronto com a polcia. Uma mulher jovem morreu depois de ser atingida com um projtil disparado por uma arma de pimenta da polcia.4 Katmandu, Nepal, 1988Nem todas as catstrofes esportivas so causadas por fs levando um simples joguinho muito a srio. Quando comeou a cair granizo durante uma partida no estdio nacional de futebol em Nepal, os fs correram para as sadas para evitar serem apedrejados. Dos oito sadas disponveis, a multido de 30.000 s pode acessar uma para escapar, resultando na morte de 93 pessoas por sufocamento ou esmagamento.5 Cidade da Guatemala, 1996A partida de qualificao para a Copa do Mundo entre Guatemala e Costa Rica se tornou mortal depois que milhares de fs que haviam comprado bilhetes falsos tentaram forar a entrada ao estdio. Sem nenhum lugar para ir, e cercadas por fs raivosos que se tornaram violentos, cerca de 80 pessoas foram sufocadas ou esmagadas at a morte no tumulto.

6 Estdio Luzhniki, Rssia, 1982Nos momentos finais de um jogo entre o FC Spartek e o HFC Haarlem, os fs, que estavam amontoados em uma nica seo do estdio com uma sada nica devido a uma frequncia menor do que a esperada, comearam a deixar o estdio com a vitria de 1 a 0. Quando a equipe marcou um segundo gol, alguns fs tentaram voltar para o jogo, sem espao para tanto.A emoo do gol, a estreiteza da sada e a falta de visibilidade da via do estdio para o exterior criaram uma situao de pnico em que at 340 pessoas morreram (embora o nmero oficial de mortes permanea em 60 e poucas), de acordo com o The Guardian.7 Estdio Nacional, Peru, 1964Um gol em uma partida disputada pela Copa do Mundo entre Peru e Argentina se transformou no motim oficial de futebol mais mortal da histria. Depois de um gol do Peru ser anulado pelos rbitros, os fs ficaram violentos, o que levou a polcia a intervir com gs lacrimogneo para tentar dominar a revolta. No final, 318 pessoas morreram conforme fs tentavam escapar da cena pelas sadas do estdio fechadas.

O Seu Terror - Torcida Independente

No d pra esconderQue eu persigo s voc gambNo d, no d no d no d

Que eu persigo s voc gambNo d, no d no d no d

S seiQue os porco estremesseA jovem desapareceInconscientemente a gente espancaAs mozinhas j no se balanamOs bambus no existem maisForaS sei que a independente ruim de mais

E eSou da independente,O seu terrorSeu Pior Pesadelo - GRCES Torcida Jovem do Santos FCVem que o Bonde da TEJOTA, guerreiro.Seu Terror, Seu Pior Pesadelo.Representa Bate em Qualquer Um.Somos a N1... Vai, Vai, Vai...

Mdia

A televiso atualmente vem sendo considerada por muitos, eprincipalmente pelos jovens, a "Bblia Sagrada"; salvo que a TV dita as regras, as tendncias, os padres de beleza, os dolos a serem adorados e seguidos. E o pior de tudo que a maioria dos jovens a seguem. Mesmo por que se no o fizesse, estariam excludos da sociedade, onde as meninas so magras, loiras,comseios enormes, e os meninos, forte, malhados, "Negro Lindo" como diz a musica do Parangol.Oproblema em torno dessa questo a influncia que a indstria cultural faz atravs de seus atores, cantores, apresentadores, modelos e tantos outros profissionais que atuam em reas relacionadas mdia,impondo padres de beleza cada vez mais inatingveis. O que a mdia apresenta serve de regra para o julgamento do que ou no belo, o que faz com que as pessoas busquem incessantemente adequar-se aos parmetros estabelecidos por esta.A busca constante est promovendo vrias conseqncias graves na sociedade, como a perca da identidade, o uso de txicos e entorpecentes, meninas fazendo varias cirurgias plsticas, enfim, vai desde dietas mirabolantes bulimia, anorexia, entre outras doenas do sculo.As estaes televisivas criam os chamados dolos jovens que na maioria apenas transmitem valores como o aspecto fsico, a riqueza e a fama. Estas pessoas acabam por condicionar a identidade dos jovens, uma vez que na maioria dos casos os que idolatram deixam de ser quem so para se tornarem mais parecidos com os seus dolos. prpria da adolescncia a admirao quase doentia porpessoas conhecidas, pois nesta fase da vida eles precisam de uma "referncia" para se inspirar. Muita gente, e principalmente a malta jovem,procura algo para elevarem suas vidas, seus pensamentos e atitudes, e buscam nas pessoas e nas coisas erradas, depositam suas emoes em algo que passageiro.Outro alvo dos meios de comunicao so as tatuagens que apesar de ser muito identificada com a criminalidade e com o sistema penitencirio,nos ltimos anos vem virando objeto de sofisticao devido forte influncia da mdia e, assim, a arte corporal vem se tornando cada vez mais popular. A tcnica, hoje, reconhecida e respeitada, atrai cada vez mais adeptos Arte.Portanto, notria que a mdia tem o poder de induzir, insinuar e transformar em verdade absoluta tudo o que lhe convm, so cabe a ns filtrar estas informaes para que no sejamos pessoas frvolas, sem personalidade, que se pode manejar vontade. Finalmente fica claro que est se tornando perigoso assistir a certos programasA influncia da mdia em nossas vidas!

Somos, todos os dias, bombardeados por diversas mdias que, em comum, tem o objetivo de nos vender alguma coisa. Uma idia, um produto, um sonho, etc. O instrumento publicitrio atinge, na maioria das vezes, seu publico alvo de acordo com o objetivo de seus idealizadores. Mas at que ponto a mdia influencia nossas vidas? A partir de quando a liberdade torna-se libertinagem?Em alguns casos interessante questionarmos a fora da comunicao como influncia das atitudes da massa popular a qual atinge. Por isso, a responsabilidade dos veculos de mdia enorme, afinal uma marca forte pode influenciar uma quantidade significativa de pessoas tanto positiva como negativamente.Um bom exemplo de mdia questionvel refere-se s antigas mdias de cigarro. Na poca em que eram veiculadas, incitavam o jovem a fumar, com a idia de que o cigarro estava ligado aventura, maturidade e sade. Nos comerciais exibidos na TV e/ou em mdia impressa, imagens ligadas a esporte e juventude atraiam, principalmente adolescentes, a experimentarem o cigarro.Aps alguns anos, processos se acumularam contra a indstria do tabaco, vindos principalmente de pessoas que contraram doenas respiratrias, as quais, circunstancialmente eram ligadas ao uso contnuo de cigarro. Em 2000, com a lei 10.167, a propaganda de cigarro foi proibida no Brasil. Segundo Jos Carlos Mattedi, da Agncia Brasil.[1]Pesquisas feitas na poca avaliaram o impacto da ausncia da propaganda de cigarros entre os jovens da poca, segundo os pesquisadores:Pode ter havido outras motivaes que levaram a uma diminuio no consumo ou na sua estabilizao. Mas no tenho dvidas que a proibio da propaganda foi fundamental para os resultados, enfatiza Carlini. Alm dele, trabalharam nas pesquisas: Jos Carlos Galduroz, Arilton Martins Fonseca e Ana Regina Noto.A propaganda de cigarro era bastante insinuante, ligada ao sucesso pessoal e a fatores como status econmico. Isso influenciava, principalmente, a camada jovem, ressalta Carlini.J o primeiro estudo que fizemos em 1987, tambm com estudantes, mas em 27 capitais, mostrava que 22,4% haviam experimentado tabaco, nmero esse que subiu para 32,7% dez anos depois, num aumento de 50%, sublinha, sugerindo que caso a proibio no fosse aprovada, os dados atuais seriam acentuados. O dado de 2005, de 21,7%, menor do que o de quase 20 anos atrs, pontua.O nmero caiu tanto entre os meninos como entre as meninas. Nos primeiros, a queda foi de 36% (1997) para 21,9%. Na outra faixa, de 31,9% para 21,3%. Entre os pr-adolescentes (12 a 14 anos) tambm houve diminuio: de 13,8% para 8%.Ao analisarmos uma pesquisa como essa, temos de forma clara, a idia de quo poder tem a mdia. O Brasil ainda treme ao lembrar-se da ditadura e sua censura. No entanto, cabe ressaltar, que a responsabilidade dos veculos de comunicao refere-se, em parte, a educao de nossas crianas e jovens.Portanto, cada mensagem deve ser analisada do ponto de vista crtico, evitando o desgaste ainda maior da sociedade atual, a qual tem seus filhos criados por terceiros, na medida em que, os pais, tornam-se ausentes ao serem explorados, de forma, cada vez mais intensos pelo sistema econmico atual.