Homem, Cultura e Sociedade Contemporânea Trabalho e sociedade Operário – Tarsila do Amaral.
Trabalho e Sociedade
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TRABALHO E SOCIEDADE
"Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã, vai dormir à noite e, nesse meio tempo,
faz o que gosta”.
Bob Dylan
--> Pra que existe o trabalho?
O trabalho existe para satisfazer as mais diversas necessidades humanas, das mais simples
(comida, abrigo) às mais complexas (lazer, crença); enfim, necessidades físicas e espirituais.
A História mostra que o trabalho é visto de formas diferentes e valorizado de acordo com a
relação que cada sociedade estabelece com esta atividade.
--> O trabalho nas diferentes sociedades
Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns
longe do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de seus
semelhantes;
Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses
livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes primeiros.
Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras, bem
diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e ritos, ligada ao
parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida do grupo.
-->O trabalho na sociedade capitalista
O capitalismo se constituiu a partir da decadência do Feudalismo na Europa Ocidental. Com ele
o trabalho se transforma em uma mercadoria que pode ser comprada e vendida – a força do
trabalho.
Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao trabalho a
condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina, ao contrário da igreja
cristã do sistema feudal;
Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando demais e recebendo de
menos, os conflitos começam a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores
e capitalistas, cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido
pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no sistema
capitalista;
Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade e não um fator de conflito.
A solidariedade orgânica une os indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende
da outra. Assim, a ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois
faltavam normas e instituições para integrar a sociedade.
--> Transformações no mundo do trabalho
Fordismo - No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas
de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a
produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução das tarefas e
os especialistas em administração. Os trabalhadores eram recompensados ou punidos de
acordo com a sua produtividade na indústria.
Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos processos
de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho (subemprego);
flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a durabilidade dos produtos é
pequena e a mídia estimula a troca.
A jornada de trabalho no capitalismo
“Que é uma jornada de trabalho?” De quanto é o tempo durante o qual o capital pode
consumir a força de trabalho, cujo valor diário ele paga? Por quanto tempo pode ser
prolongada a jornada de trabalho além do tempo de trabalho necessário à reprodução dessa
mesma força de trabalho? A essas perguntas, viu-se que o capital responde: a jornada de
trabalho compreende diariamente as 24 horas completas, depois de descontar as poucas
horas de descanso, sem as quais a força de trabalho fica totalmente impossibilitada de realizar
novamente sua tarefa. Entende-se por si, desde logo, que o trabalhador, durante toda a sua
existência, nada mais é que força de trabalho e que, por isso, todo o seu tempo disponível é
por natureza e por direito tempo de trabalho; portanto, pertencente à autovalorização do
capital. Tempo para educação humana, para o desenvolvimento intelectual, para o
preenchimento de funções sociais, para o convívio social, para o jogo livre das forças vitais
físicas e espirituais, mesmo o tempo livre de domingo – e mesmo no país do sábado
santificado – pura futilidade!
Mas em seu impulso cego, desmedido, em sua voracidade por mais-trabalho, o capital
atropela não apenas os limites máximos morais, mas também os puramente físicos da jornada
de trabalho. Usurpa o tempo para o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção sadia do
corpo. Rouba o tempo para o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção sadia do corpo.
Rouba o tempo necessário para o consumo de ar puro e luz solar. Escamoteia tempo destinado
às refeições para incorporá-lo onde possível ao próprio processo de produção, suprindo o
trabalhador, enquanto mero meio de produção, de alimentos, como a caldeira, de carvão, e a
maquinaria de graxa ou óleo.
[...] Em vez da conservação normal da força de trabalho determinar aqui o limite da jornada de
trabalho é, ao contrário, o maior dispêndio possível diário da força de trabalho que determina,
por mais penoso e doentiamente violento, o limite do tempo de descanso do trabalhador. O
capital não se importa com a duração de vida da força de trabalho. O que interessa a ele, pura
e simplesmente, é um maximum de força de trabalho que em uma jornada de trabalho poderá
ser feito fluir.
A produção capitalista, que é essencialmente produção de mais-valia, absorção de mais-
trabalho, produz, portanto, com o prolongamento da jornada de trabalho, não apenas a atrofia
da força de trabalho, a qual é roubada de suas condições normais, morais e físicas, de
desenvolvimento e atividade. Ela produz a exaustão prematura e o aniquilamento da própria
força de trabalho. Ela prolonga o tempo de produção do trabalhador num prazo determinado
mediante o encurtamento de seu tempo de vida.
(Karl Marx. O Capital – Crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1983. v.1, cap.
VIII. P. 211-2).
Postado por Lucas Osório BOCA Silva às 23:06 Nenhum comentário:
Marcadores: Exploração, Mais-valia, Marx, O Capital, Trabalho
FILME: "Tempos Modernos" de Charlie Chaplin
Saudações boquianas!
Pois bem meus queridos druguinhos! Na última aula de Sociologia assistimos ao filme "Tempos
Modernos" de Charlie Chaplin, tentando ilustrar nossa conversa sobre o tema TRABALHO e
SOCIEDADE. Vimos que a questão do trabalho é percebida de maneiras diferentes em cada
contexto histórico e que, na sociedade capitalista, o trabalhador possui apenas sua força de
trabalho que pode ser comprada por um capitalista. Com o avanço do processo de
industrialização surgem algumas correntes que pensam a organização da produção capitalista,
como o fordismo e o taylorismo. Fica evidente no filme a exploração exagerada nas linhas de
montagem.
Charlie Chaplin nos provoca inúmeras gargalhadas mas também nos leva a refletir sobre alguns
problemas que emergem com o advento do modo de produção capitalista, mais precisamente
em meados do século XX.
Título Original: Modern Times / The Masses
Gênero: Comédia
Origem/Ano: EUA/1936
Duração: 88 min
Direção: Charles Chaplin
Sinopse: Nesse filme não há meio termo, Chaplin realmente quis passar uma mensagem social.
Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada
parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a
criminalidade, a escravização. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um
vagabundo por uma menina de rua. Um trabalhador de uma fábrica (Charlie Chaplin) tem um
colapso nervoso por trabalhar de forma quase escrava. É levado para um hospital, e quando
retorna para a “vida normal”, para o barulho da cidade, encontra a fábrica já fechada. Vai em
busca de outro destino, mas acaba se envolvendo numa confusão: ao ver uma jovem (Paulette
Goddard) roubar um pão para comer, decide se entregar em seu lugar. Não dá certo, pois uma
grã-fina tinha visto o que houve e entrega tudo. A prisão para ele parece ser o melhor local
para se viver: tranqüilo, seguro e entre amigos. Mesmo assim, os dois acabam escapando e vão
tentar a vida de outra maneira. A amizade que surge entre os dois é bela, porém não os
alimenta. Ele tem que arrumar um emprego rapidamente.Consegue um emprego numa outra
fábrica, mas logo os operários entram em greve e ele mete-se novamente em perigo. No meio
da confusão, encontra uma bandeira...vermelha), que julga ter caído de um caminhão e chama
pelo dono, enquanto acena com ela. Um grupo de militantes surge atrás dele, e “junta-se” ao
vagabundo. A polícia chega e o toma como líder. Vai preso ao jogar sem querer uma pedra na
cabeça de um policial.
A menina consegue trabalho como dançarina num music Hall e emprega seu amigo como
garçom. Também não dá certo, e os dois seguem, numa estrada, rumo a mais aventuras.
Postado por Lucas Osório BOCA Silva às 21:27 11 comentários:
Marcadores: Capitalismo, Exploração, Fordismo, Trabalho
quarta-feira, 6 de maio de 2009
-> Pra que existe o trabalho?
O trabalho existe para satisfazer as mais diversas necessidades humanas, das mais simples
(comida, abrigo) às mais complexas (lazer, crença); enfim, necessidades físicas e espirituais.
A História mostra que o trabalho é visto de formas diferentes e valorizado de acordo com a
relação que cada sociedade estabelece com esta atividade.
--> O trabalho nas diferentes sociedades
Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns
longe do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de seus
semelhantes;
Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses
livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes primeiros.
Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras, bem
diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e ritos, ligada ao
parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida do grupo.
-->O trabalho na sociedade capitalista
O capitalismo se constituiu a partir da decadência do Feudalismo na Europa Ocidental. Com ele
o trabalho se transforma em uma mercadoria que pode ser comprada e vendida – a força do
trabalho.
Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao trabalho a
condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina, ao contrário da igreja
cristã do sistema feudal;
Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando demais e recebendo de
menos, os conflitos começam a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores
e capitalistas, cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido
pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no sistema
capitalista;
Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade e não um fator de conflito.
A solidariedade orgânica une os indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende
da outra. Assim, a ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois
faltavam normas e instituições para integrar a sociedade.
--> Transformações no mundo do trabalho
Fordismo - No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas
de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a
produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução das tarefas e
os especialistas em administração. Os trabalhadores eram recompensados ou punidos de
acordo com a sua produtividade na indústria.
Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos processos
de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho (subemprego);
flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a durabilidade dos produtos é
pequena e a mídia estimula a troca.
TRABALHO E SOCIEDADE
"Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã, vai dormir à noite e, nesse meio tempo,
faz o que gosta”.
Bob Dylan
--> Pra que existe o trabalho?
O trabalho existe para satisfazer as mais diversas necessidades humanas, das mais simples
(comida, abrigo) às mais complexas (lazer, crença); enfim, necessidades físicas e espirituais.
A História mostra que o trabalho é visto de formas diferentes e valorizado de acordo com a
relação que cada sociedade estabelece com esta atividade.
--> O trabalho nas diferentes sociedades
Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns
longe do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de seus
semelhantes;
Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses
livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes primeiros.
Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras, bem
diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e ritos, ligada ao
parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida do grupo.
-->O trabalho na sociedade capitalista
O capitalismo se constituiu a partir da decadência do Feudalismo na Europa Ocidental. Com ele
o trabalho se transforma em uma mercadoria que pode ser comprada e vendida – a força do
trabalho.
Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao trabalho a
condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina, ao contrário da igreja
cristã do sistema feudal;
Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando demais e recebendo de
menos, os conflitos começam a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores
e capitalistas, cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido
pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no sistema
capitalista;
Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade e não um fator de conflito.
A solidariedade orgânica une os indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende
da outra. Assim, a ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois
faltavam normas e instituições para integrar a sociedade.
--> Transformações no mundo do trabalho
Fordismo - No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas
de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a
produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução das tarefas e
os especialistas em administração. Os trabalhadores eram recompensados ou punidos de
acordo com a sua produtividade na indústria.
Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos processos
de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho (subemprego);
flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a durabilidade dos produtos é
pequena e a mídia estimula a troca.
TRABALHO E SOCIEDADE
"Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã, vai dormir à noite e, nesse meio tempo,
faz o que gosta”.
Bob Dylan
--> Pra que existe o trabalho?
O trabalho existe para satisfazer as mais diversas necessidades humanas, das mais simples
(comida, abrigo) às mais complexas (lazer, crença); enfim, necessidades físicas e espirituais.
A História mostra que o trabalho é visto de formas diferentes e valorizado de acordo com a
relação que cada sociedade estabelece com esta atividade.
--> O trabalho nas diferentes sociedades
Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns
longe do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de seus
semelhantes;
Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses
livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes primeiros.
Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras, bem
diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e ritos, ligada ao
parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida do grupo.
-->O trabalho na sociedade capitalista
O capitalismo se constituiu a partir da decadência do Feudalismo na Europa Ocidental. Com ele
o trabalho se transforma em uma mercadoria que pode ser comprada e vendida – a força do
trabalho.
Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao trabalho a
condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina, ao contrário da igreja
cristã do sistema feudal;
Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando demais e recebendo de
menos, os conflitos começam a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores
e capitalistas, cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido
pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no sistema
capitalista;
Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade e não um fator de conflito.
A solidariedade orgânica une os indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende
da outra. Assim, a ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois
faltavam normas e instituições para integrar a sociedade.
--> Transformações no mundo do trabalho
Fordismo - No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas
de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a
produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução das tarefas e
os especialistas em administração. Os trabalhadores eram recompensados ou punidos de
acordo com a sua produtividade na indústria.
Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos processos
de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho (subemprego);
flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a durabilidade dos produtos é
pequena e a mídia estimula a troca.