Trabalho Escrito

Crescimento da População Humana e Sustentabilidade

Biologia 12º Ano

BIOLOGIA 12º ANO

Índice

Introdução pág.1

Evolução da População Humana pág.2

o Regime Demográfico Primitivo pag.

o Revolução Demográfica pág.

o Explosão Demográfica pág.

Actualidade Demográfica

o Países Desenvolvidos pág.

o Países em Desenvolvimento pág.

o IDH pág.

Portugal e China – duas realidades distintas pág.

Consequências no futuro do crescimento populacional pág.

Rumo ao desenvolvimento Sustentável pág.

o Metas do desenvolvimento Sustentável

Conclusão pág.

Bibliografia pág.

Crescimento da População e Sustentabilidade

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Introdução


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Evolução da População Humana

Ao longo da história da humanidade, a população mundial tem vindo a

aumentar, ainda que nem sempre tenha aumentado ao mesmo ritmo. Como

podemos observar na figura 1, podem considerar-se três fases distintas no

crescimento da população mundial:

É notável o aumento da população ocorrido no século XX. No entanto,

até lá, também podemos afirmar que o ritmo de crescimento da população a

nível mundial nem sempre foi igual, como iremos aprofundar seguidamente.


Fig.1 - Evolução da População Mundial

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o Regime Demográfico Primitivo

Até meados do século XVIII, antes da Revolução Industrial, a população

Mundial cresceu muito lentamente. Nessa altura, as taxas de natalidade eram

muito elevadas e constantes, devido a factores como:

Ausência do controlo de nascimento (métodos contraceptivos);

Necessidade da ajuda dos filhos nas actividades agrícolas, já que estes

constituíam uma mão-de-obra não remunerada;

O trabalho infantil era permitido, não existindo escolaridade obrigatória;

Papel da mulher era sobretudo de mãe e de dona de casa.

As taxas de mortalidade eram igualmente muito elevadas, mas

irregulares, devido:

À deficiente alimentação;

À falta de higiene;

À ausência de métodos eficazes de cura e prevenção (medicina);

Aos períodos de guerra, pestes, epidemias e de crises na agricultura.


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Deste equilíbrio entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade

resultou um crescimento natural praticamente nulo.

A esperança média de vida era, normalmente, inferior a 30 anos, para

todas as regiões do Mundo.


Fig.2 – Taxa de Crescimento Natural no Regime Demográfico Primitivo. Este período

caracteriza-se pelo baixo crescimento demográfico. Para este facto contribuíram as elevadas

taxas de mortalidade, que anulavam quase por completa as taxas de natalidade.

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o Revolução Demográfica

Após a Revolução Industrial, e até ao final da Segunda Guerra Mundial

(1945), registou-se um grande aumento da população.

De facto, os progressos na Medicina e nos hábitos de higiene, bem

como a melhoria das condições de vida, deram origem a:

- uma diminuição significativa das taxas de mortalidade;

- um aumento da esperança média de vida.

Por outro lado, os valores da taxa de natalidade não sofreram grandes

alterações, o que implicou um importante aumento do crescimento natural.

Após este período, começaram a surgir diferenças entre os ritmos

demográficos das regiões industrializadas e os ritmos das regiões não

industrializadas.


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o Explosão Demográfica

Após a Segunda Guerra Mundial, verificou-se um crescimento acelerado

da população Mundial.

Os países desenvolvidos e as organizações por eles formados

auxiliaram os países em desenvolvimento, nomeadamente nas áreas de saúde,

agricultura e educação (ajuda internacional). Esse auxilio provocou uma

descida significativa nas taxas de mortalidade, que, associada à manutenção

de elevadas taxas de natalidade, deu origem a um crescimento demográfico

explosivo.

Nos países desenvolvidos, o crescimento natural começou a baixar

devido à contínua diminuição dos valores da taxa de natalidade, em

consequência da alteração de mentalidade relativamente às condições das

crianças, ao papel das mulheres (emancipação das mulheres) na sociedade e

ao próprio significado da qualidade de vida individual e das famílias.


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Actualidade Demográfica

Segundo as Nações Unidas, desde 1999 o planeta Terra alberga mais

de 6 mil milhões de seres humanos. Em 2008 a Terra contava com 6749,7

milhões de habitantes. Apesar da taxa de crescimento natural da população ter

diminuído ligeiramente nos últimos 30 anos, o acréscimo verificado no total da

população mundial traduziu-se num crescimento explosivo da população

mundial. As Nações Unidas prevêem uma redução do crescimento natural de

78,6 milhões de pessoas por ano, registado no período de 1995-2000, para

cerca de 75,8 milhões por ano no período de 2005-2010 e de 33,7 milhões em

2045-2050.

A redução do ritmo de crescimento anual da população mundial não evitará, no

entanto, que a mesma venha a atingir cerca de 9191,3 milhões em 2050,

segundo projecção média da ONU.


Fig.3 – Datas em que o número de pessoas no planeta alcançou marcas de novos bilhões até

chegar, em 2011, a 7 bilhões, segundo a ONU.

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Os dez estados com maior número de habitantes albergam 59,2% da

população do planeta. Só a China e a Índia representam 37% da população

mundial. No entanto, em termos demográficos, o grande problema diz respeito

aos diferentes ritmos de crescimento da população verificados nos países

desenvolvidos e nos países em desenvolvimento.


Fig.4 – Um planeta superpovoado – densidade populacional em 2006.

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Países Desenvolvidos

Nos países desenvolvidos (como a América do Norte, a Europa, a

Austrália e a Nova Zelândia), existem alguns que já atingiram ou estão prestes

a atingir uma taxa de crescimento natural nulo ou mesmo negativo. A luta

contra a elevada taxa de mortalidade, levada a cabo durante dois séculos, tem

registado grandes sucessos não só pela redução da mortalidade infantil, mas

também pela mortalidade em idade adulta. Em conjunto, esta redução

contribuiu para o aumento considerável da esperança média de vida. Na

actualidade, as taxas de mortalidade registam valores baixos e muito próximos

das taxas de natalidade, e por isso, a taxa de crescimento natural vai ser nula.

A diminuição da fecundidade e o aumento da esperança média de vida, que

estão a ocorrer em simultâneo na maioria dos países europeus, por exemplo,

aceleram o envelhecimento demográfico.


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Nestes países são vários os factores que contribuem para este facto,

tais como:

- Desenvolvimento de métodos contraceptivos cada vez mais eficazes,

que permitem decidir o número de filhos que se quer ter;

- Emancipação da mulher, que lhe deixa menos disponibilidade para

cuidar dos filhos e obrigada a despesas com amas e infantários:

- Há tendência para o aumento da idade média do casamento devido à

maior duração da vida escolar.

Políticas Natalistas


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Os países desenvolvidos confrontam-se actualmente com o problema

demográfico do envelhecimento da população, resultante da diminuição da

natalidade e do aumento da esperança média de vida.

O envelhecimento da população induziu os governos a adoptar medidas

que têm por objectivo contrariar esta tendência. É neste contexto que se

inserem as políticas natalistas, que visam o aumento da natalidade. Estas

políticas têm sido implementadas nos países de elevado desenvolvimento,

sobretudo da Europa do Norte e da Europa Ocidental.

Exemplos de políticas natalistas


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O sucesso das políticas natalistas tem sido dificultado por factores como:

os casamentos tardios, a maternidade tardia, a redução do número de filhos

por casal e o aumento de atribuições

profissionais das mulheres. As políticas ou

iniciativas de cariz natalista têm assumido

formas distintas:

A França tem sido um dos países mais

preocupados com a implementação deste tipo

de medidas, introduzindo legislação que

incentiva à formação de famílias numerosas,

nomeadamente pelo pagamento do ordenado,

mantendo a licença de maternidade, às mães

que têm o seu terceiro filho;

A Alemanha cujas taxas de natalidade

caíram de forma alarmante, reforçou os

incentivos à natalidade, quer económicos quer

legislativos;

A Suécia é considerada “o melhor sítio do

mundo para ter filhos”. Neste país, um dos

progenitores durante o ano da licença de parto,

pode ficar em casa com 80% do vencimento.

Países em Desenvolvimento


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Os países em desenvolvimento, na sua grande maioria localizados no

continente africano, apresentam uma estrutura etária muito jovem. Estes

países combinam uma taxa de natalidade elevada com uma esperança de vida

reduzida. Em 2008, o continente africano era o que apresentava o índice

sintético de fecundidade mais elevado do planeta. Na maioria dos países da

Ásia Ocidental, Central e em alguns países mais pobres do Sudeste Asiático, o

índice sintético de fecundidade é ainda elevado. Os países em

desenvolvimento são os “responsáveis” pela explosão demográfica registada a

partir do início da segunda metade do século XX.

Políticas Antinatalistas


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A explosão demográfica que se regista nos países em

desenvolvimento, devido à manutenção de elevadas taxas de natalidade,

resultado de um elevado crescimento natural. Este aumento condiciona o

desenvolvimento, pois não é possível assegurar uma alimentação suficiente

para todos, originando situações de fome e miséria. Assim, os governos de

alguns destes países têm procurado promover políticas antinatalistas, que

tentam reduzir o número médio de nascimentos.

Estas medidas são de diferentes tipos e têm uma aceitação variável

pela população. Entre outras medidas, destacam-se as seguintes:

- Subsídios aos casais com um só filho,

- Integração da mulher no mercado de trabalho;

- Campanha de sensibilização para os casamentos tardios;

- Incentivos à esterilização masculina e feminina;

- Divulgação de processos de planeamento familiar e distribuição

gratuita de meios contraceptivos;

- Legalização/promoção da interrupção voluntária da gravidez.


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Estas políticas aplicam-se de acordo com as características culturais,

sociais e políticas de cada país. São vários os países onde estão a ser

implementadas políticas antinatalistas:

China – o controlo da natalidade neste

país é claramente encorajado pelo Estado, que

promove legislação nesse sentido. A “política do

filho único” visa diminuir a natalidade para, deste

modo, possibilitar o desenvolvimento económico

do país. A China aplica as medidas de forma

muito rigorosa e até repressiva, originando

desequilíbrios entre os dois sexos, devido a

questões culturais (o sexo masculino é ainda

privilegiado).

Índia – neste país, a diminuição da natalidade pretendida pelo

Estado tem assentado, sobretudo, na divulgação do planeamento familiar e

em grandes campanhas de sensibilização para a utilização de métodos

contraceptivos, sendo defendidas as famílias com dois filhos. Também se

regista um número elevado de esterilizações, em especial nas classes

sociais mais baixas.

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)


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O desenvolvimento humano é um conceito amplo e integral, que

abrange todos os aspectos da vida humana e engloba todas as pessoas sem

excepção. Para medir os níveis de desenvolvimento humano, o Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento de um indicador composto, o IDH,

constituído por vários indicadores simples: a esperança média de vida à

nascença; a taxa de escolarização bruta e a taxa de alfabetização de adultos, e

o PIB per capita.


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Ordem IDH País

1 Noruega

2 Suécia

3 Austrália

4 Canadá

5 Holanda

6 Bélgica

7 Islândia

… …

26 Portugal

Ordem IDH País

56 Bulgária

57 Fed. Russa

58 Líbia

59 Malásia

60 Macedónia

61 Panamá

62 Tonga

… …

141 Camarões

Ordem IDH País


Fig.6 – Desenvolvimento Humano Elevado

Fig.7 – Desenvolvimento Humano Médio

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142 Paquistão

… …

170 Etópia

171 Moçambique

172 Guiné-Bissau

173 Burundi

174 Mali

175 Burkina Faso

176 Níger

Consequências do crescimento populacional no futuro


Fig.8 – Desenvolvimento Humano Reduzido

Poluição

Actividades humanas lançam para a atmosfera uma grande diversidade de gases;Os países industrializados do Norte são os principais produtores mundiais, e também os mais poluentes.

Consumo

de Recursos

Água - energia - mineraisO crescimento económico ilimitado determinou níveis de consumo de recursos insustentaveis.

Produção Alim

entar

Aumenta todos os anos para satisfazer uma população em crescimento;A prática da agricultura intensiva e o aumento das áreas cultivadas têm reflexos negativos no ambiente acelerando o esgotamento dos solo e a deflorestação.

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O crescimento da população mundial aumentou o consumo dos recursos

do planeta (como a água, minerais, combustíveis fosseis, solo, etc.), na medida

em que cada pessoa necessita de satisfazer as suas necessidades básicas.

Quanto maior for o número de habitantes maiores serão as exigências

impostas ao ambiente, não só ao nível da exploração dos seus recursos, mas

também no modo como são absorvidos pela biosfera as grandes quantidades

de resíduos e gases poluentes.

Rumo ao desenvolvimento Sustentável


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O ser humano utiliza mais do que o planeta pode produzir de forma

sustentável, pelo que o impacte ecológico da vida humana sobre os recursos é

cada vez maior. O impacte ecológico, também designado por “pegada

ecológica”, é a área de espaço biologicamente produtivo necessária para

sustentar o actual estilo de vida, tendo em conta os recursos materiais e

energéticos utilizados e os resíduos que lhe estão associados. A pegada

ecológica é um indicador que nos permite avaliar o impacte ambiental médio

das pessoas em diferentes países e áreas.


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O valor médio mundial da pegada ecológica é de 2,3 hectares por

habitante, o que já ultrapassa a capacidade de resposta do planeta.

As consequências da evolução humana são evidentes, nomeadamente,

em termos ambientais e sociais. Caso a população humana mantenha o actual

ritmo de crescimento, poderão ocorrer graves problemas económicos,

ambientais e sociais. Perante esta constatação, surgem a noção de

desenvolvimento sustentável, de forma a garantir a sustentabilidade,

procurando conciliar o desenvolvimento económico com a preservação

ambiental e, ainda, pôr fim à pobreza no Mundo.


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Metas do desenvolvimento sustentável

o Satisfação das necessidades básicas da população – educação,

alimentação, saúde, lazer;

o Solidariedade para com as gerações futuras;

o Participação da população envolvida;

o Preservação dos recursos naturais;

o Elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança

social e respeito por outras culturas.


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A China e Portugal: diferentes realidades, diferentes soluções…

Com cerca de 1300 milhões de habitantes, a China é o país com mais

população no Mundo. O crescimento demográfico que a sua população

apresentava em meados da década de 70 do século XX, e que condicionada o

desenvolvimento económico do país levou o dirigente Deng Xiaoping a

defender uma política de condicionamento dos nascimentos na China,

promulgando a “política do filho único”.


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Portugal, pelo contrário, durante um

período mais longo do que o de outros países

da Europa, manteve uma elevada fecundidade,

devido a factores diversos:

- a sociedade era predominantemente

rural até à década de 60;

- a utilização de métodos contraceptivos

era muito limitada;

- a influência marcante da Igreja Católica

condicionava a contracepção;

- o número de mulheres a trabalhar fora

de casa era relativamente restrito;

- a escolaridade obrigatória era

inicialmente de quatros anos, passando depois

para seis.

Assim, em consequência do agravamento do problema do

envelhecimento, alguns sociólogos defendem que Portugal está a definhar. Os

valores elevados da natalidade, associada aos escassos recursos do País,

fizeram com que apenas recentemente, e após uma alteração desta tendência

de evolução da fecundidade (para valores baixos), Portugal tenha começado,

timidamente, a implementar medidas que visam o incentivo à natalidade.


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Conclusão


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Bibliografia


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