Trabalho Espectrometria Infravermelho
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CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM QUÍMICA
DOCENTE: Olímpio Silva
DISCENTE: Josilene Leonêz
Daniel Soares
Marília Gabriela
João Maria da Silva
ANALÍSE INSTRUMENTAL
2° ATIVIDADE AVALIATIVA
MACAU
2012
INTRODUÇÃO
A espectroscopia estuda a interação da radiação eletromagnética com a
matéria, sendo um dos seus principais objetivos o estudo dos níveis de energia
de átomos ou moléculas.
Normalmente, as transições eletrônicas são situadas na região do
ultravioleta ou visível, as vibracionais na região do infravermelho e as
rotacionais na região de microondas e, em casos particulares, também na
região do infravermelho longínquo.
OBJETIVO
O intuito do presente trabalho é analisar a espectroscopia de absorção
que usa a região do infravermelho, seu funcionamento e utilização.
JUSTIFICATIVA
A espectroscopia no infravermelho é largamente usada tanto na indústria
quanto na pesquisa científica, pois ela é uma técnica rápida e confiável para
medidas, controle de qualidade e análises dinâmicas. Os instrumentos agora
são pequenos, e podem ser transportados, mesmo para medidas de campo
Daí a importância do estudo da mesma, pois sua utilização atualmente
em analises químicas é largamente utilizada e trazem informações confiáveis e
facilmente traduzidas em gráficos de fácil interpretação, desde que feito com os
conhecimentos necessários na área.
ESTRUTURA DAPESQUISA (DESENVOLVIMENTO),
Em uma molécula, o número de vibrações, a descrição dos modos
vibracionais e sua atividade em cada tipo de espectroscopia vibracional podem
ser previstas a partir da simetria da molécula e da aplicação da teoria de grupo
A condição para que ocorra absorção da radiação infravermelha é que haja
variação do momento de dipolo elétrico da molécula como conseqüência de
seu movimento vibracional ou rotacional (o momento de dipolo é determinado
pela magnitude da diferença de carga e a distância entre dois centros de
carga). Somente nessas circunstâncias, o campo elétrico alternante da
radiação incidente interage com a molécula, originando os espectros. De outra
forma, pode-se dizer que o espectro de absorção no infravermelho tem origem
quando a radiação eletromagnética incidente tem uma componente com
freqüência correspondente a uma transição entre dois níveis vibracionais. A
vibração dos átomos no interior de uma molécula apresenta energia coerente
com a região do espectro eletromagnético correspondente ao infravermelho
(100 a 10000cm-1).
A radiação infravermelha corresponde aproximadamente a parte do
espectro eletromagnético situada entre regiões do visível e das microondas,
sua maior utilização são para compostos orgânicos, que está situada entre
4.000 e 400 cm-1.
Um dos exemplos que a espectrofotometria pode fazer, é a medida
contínua de O2 e CO2 nas vias respiratórias de uma pessoa saudável. O O2 é
detectado pela absorção da radiação ultravioleta no comprimento de onda de
147 nm. O CO2 é detectado pela absorção da radiação infravermelha no
numero de onda de 2,3 X 103 cm-1.
É possível também observarmos uma única molécula de DNA com um
sinalizador molecular. A cadeia de único elo, proveniente do ácido
desoxirribonucléico (DNA) ou do acido ribonucléico (RNA), mostrada na figura
abaixo, pode funcionar como um “sinalizador molecular”. As duas terminações
da molécula encontram-se interligadas por meio de ligações de hidrogênio,
criando uma estrutura em forma de “grampo de cabelo”. Por meio de um
processo químico, uma molécula de um corante fluorescente, F, adicionada a
uma das pontas da cadeia e uma molécula supressora de fluorescência, Q, é
adicionada à outra ponta. Quando a molécula de corante absorve um fóton, a
energia de excitação é transferida de maneira eficiente para a molécula
supressora vizinha, que dissipa essa energia sob a forma de calor, em vez de
luz. Como conseqüência, há pouca fluorescência a partir do sinalizador
molecular. Quando DNA ou RNA complementar é adicionado, ele se liga ao
“grampo de cabelo”, forçando a abertura das pontas da cadeia do sinalizador, o
que afasta a terminação fluorescente da terminação supressora. Agora, o
corante torna-se fluorescente, pois o supressor está muito distante para que
ocorra uma transferência eficiente de energia entre eles. A seqüência
molecular do sinalizador é projetada para se associar a um determinado tipo de
DNA. Quando este DNA complementar é encontrado, ocorre um grande
aumento na fluorescência. O sinalizador “acende”! Os sinalizadores
moleculares estão sendo desenvolvidos para detectar mutações genéticas e
vírus, bem como para analisar sangue e tecidos transplantáveis. A figura
abaixo nos da uma idéia de como funciona o processo.
As aplicações analíticas da espectrofotometria se fundamentam na
proporcionalidade entre a absorvância e a concentração, expressa
analiticamente por meio da Lei de Beer. A absorvância de uma mistura é a
soma das absorbâncias dos componentes individuais presentes na mistura. De
uma maneira simples, podemos determinar a concentração de duas espécies
em uma mistura por cálculos feitos a mão. Para isso, resolvemos um sistema
de duas equações lineares para absorvância em dois comprimentos de onda
diferentes. Este procedimento torna-se mais exato se os dois espectros de
absorção não têm muita superposição.
Outra importante aplicação do infravermelho, mas ainda bem menos
utilizada, é a análise quantitativa de misturas de compostos. Como a
intensidade de uma banda de absorção é proporcional a concentração do
componente que causou esta banda, a quantidade de um composto presente
em uma amostra pode ser determinada através de uma curva de calibração
(intensidade da banda versus concentração) construída a partir de amostras
com concentrações conhecidas do composto em questão.
CONCLUSÃO
Dentre outros processos que a espectrofotometria é utilizada estão,
controle de hemodiálise, titulação espectrofotométrica, o uso em usinas de
açúcar e álcool e até determinação de acido tricloroacético em urina.
Os instrumentos agora são pequenos, e podem ser transportados,
mesmo para medidas de campo. Com a crescente tecnologia em filtragem
computacional e manipulação de resultados, agora as amostras em solução
podem ser medidas com precisão (a água produz uma banda larga de
absorbância na faixa de interesse, o que daria um espectro ilegível sem esse
tratamento computacional). Algumas máquinas até mesmo dirão
automaticamente que substância está sendo analisada a partir de milhares de
espectros de referência armazenados na memória. Com isso, sua aplicação
está presente em nosso cotidiano, na melhoria e qualidade dos de inúmeros
produtos que consumimos.
REFERÊNCIAS.
P. B Amoudse, H. L. Pardue, J. D. Bourland, R. Miller, and L. A. Geddes,
“Breath-by-Breath Determination of O2 and CO2 Based on Nondispersive
Absorption Measurements” , Anal. Chem. 1992, 64, 20.