Trabalho Final - Enfermagem de Saúde Comunitária I

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Escola Superior de Saúde da Guarda Instituto Politécnico da Guarda Enfermagem,1º Ano,2ºSemestre RESIDÚOS SÓLIDOS, TRIAGEM/SEPARAÇÃO, RECOLHA E TRATAMENTO Ana Beatriz Pina Bárbara Santos Castro Oliveira Olga Fonseca Renata Ferreira Rita Carrilho Martins Sofia Pinheiro Leitão Guarda 2015

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Trabalho final

Transcript of Trabalho Final - Enfermagem de Saúde Comunitária I

  • Escola Superior de Sade da Guarda

    Instituto Politcnico da Guarda

    Enfermagem,1 Ano,2Semestre

    RESIDOS SLIDOS, TRIAGEM/SEPARAO, RECOLHA E TRATAMENTO

    Ana Beatriz Pina

    Brbara Santos Castro Oliveira

    Olga Fonseca

    Renata Ferreira

    Rita Carrilho Martins

    Sofia Pinheiro Leito

    Guarda

    2015

  • 1

    Escola Superior de Sade da Guarda

    Instituto Politcnico da Guarda

    Enfermagem, 1 Ano, 1Semestre

    RESIDOS SLIDOS, TRIAGEM/SEPARAO, RECOLHA E TRATAMENTO

    Trabalho realizado no mbito da unidade curricular de Enfermagem de sade

    comunitria I

    Orientador da Unidade Curricular: Ezequiel Carrondo

    Trabalho realizado por: Ana Beatriz Pina, Brbara Santos Castro Oliveira, Olga Fonseca ,

    Renata Ferreira, Rita Carrilho Martins, Sofia Pinheiro Leito

    Guarda

    2015

  • 2

    NDICE DE FIGURAS:

    Figura 1- Resduos slidos ao ar livre....6

    Figura 2- Resduos slidos urbanos: Caractersticas gerais....7

    Figura 3- Lixeiras....8

    Figura 4- Tratamento de resduos slidos urbanos.....8

    Figura 5- Contentor de resduos hospitalares..9

    Figura 6- Tipos de resduos hospitalares.9

    INDICE DE QUADROS:

    Quadro 1- Classificao dos resduos hospitalares..10

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    NDICE

    INTRODUO ........................................................................................................................ 4

    1 - RESIDOS SLIDOS ........................................................................................................ 5

    1.1 - DEFINIO DE RESIDUOS SOLIDOS: ........................................................................ 5

    1.2 - CLASSIFICAO DE RESIDOS SLIDOS ................................................................ 5

    2 - RESIDOS SLIDOS URBANOS ................................................................................... 6

    3 - RESIDOS SLIDOS HOSPITALARES ....................................................................... 8

    3.1 - DEFINIO ...................................................................................................................... 8

    3.2 - TIPOS DE RESIDOS HOSPITALARES ....................................................................... 8

    4 - RECOLHA SELETIVA DE RESDUOS ....................................................................... 10

    4.1 - TRATAMENTO...10

    4.1.1 - Compostagem .............................................................................................................. 11

    4.1.2 - Incenerao .................................................................................................................. 11

    4.1.3 - Deposio em aterro .................................................................................................... 12

    4.2 - SEPARAO ................................................................................................................ ..12

    4.2.1 - Papel e carto ............................................................................................................... 12

    4.2.2 - Plstico e metal ............................................................................................................ 13

    4.2.3 - Vidro ............................................................................................................................. 13

    4.3 - TRIAGEM ........................................................................................................................ 13

    4.3.1 - Triagem manual .......................................................................................................... 14

    4.3.2 - Triagem automtica .................................................................................................... 14

    5 - PAPEL DO ENFERMEIRO NA SADE AMBIENTAL ............................................. 14

    5.1 - DEFINIO DE SADE AMBIENTAL ....................................................................... 15

    CONCLUSO ......................................................................................................................... 18

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 19

  • 4

    INTRODUO

    Este trabalho com o tema Resduos slidos, triagem/separao, recolha e tratamento

    foi realizado no mbito da unidade curricular de Enfermagem de Sade Comunitria I por

    alunos do 1 ano do 2 semestre do Curso de Enfermagem da Escola Superior de Sade da

    Guarda, no decorrer do ano letivo 2014/2015.

    Os objetivos que pretendemos alcanar com a realizao deste trabalho so:

    Perceber o que so resduos slidos e quais as suas classificaes, mais precisamente

    os resduos slidos urbanos e hospitalares;

    Adquirir e aprofundar conhecimentos acerca da triagem/separao, recolha e

    tratamento dos resduos slidos;

    Perceber o papel do enfermeiro na sade ambiental;

    Adquirir e desenvolver competncias para a realizao e apresentao de trabalhos de

    grupo.

    Este trabalho constitudo por cinco partes. Na primeira parte realizamos uma pequena

    abordagem aos resduos slidos e aos seus 5 grupos. Seguidamente falmos mais

    pormenorizadamente dos resduos slidos urbanos. A terceira parte do nosso trabalho aborda

    os resduos slidos hospitalares, especificando os seus 4 grupos. Na quarta parte explicamos a

    triagem/separao, recolha e tratamento de resduos slidos e por fim falmos do papel do

    enfermeiro na sade ambiental

  • 5

    1 - RESIDOS SLIDOS

    1.1 - DEFINIO DE RESIDUOS SOLIDOS

    Os resduos slidos so todos os restos slidos ou semisslidos das atividades humanas ou

    no-humanas, que embora possam no apresentar utilidade para a atividade fim de onde

    foram gerados, podem ser uteis para outras atividades. Os resduos slidos so aqueles que

    so genericamente designados de lixo, ou seja matrias considerados sem utilidade, gerados

    pela atividade humana e que devem ser descartados ou eliminados.

    Fig1- Resduos slido ao ar livre

    1.2 - CLASSIFICAO DE RESIDOS SLIDOS

    A classificao segundo a origem dos resduos slidos contempla cinco grandes

    grupos:

    -Resduos slidos urbanos

    -Resduos hospitalares

    -Resduos industriais

    -Resduos slidos mineiros

    -Resduos slidos agrcolas e florestais

    -Resduos slidos na pecuria

  • 6

    Destes cinco grandes grupos os resduos slidos que vo ser abordados neste trabalho

    so: Os resduos slidos urbanos e os resduos slidos hospitalares. Vamos aprofundar estes

    dois tipos de resduos pois so os mais importantes para o contexto hospitalar e populacional.

    2 - RESIDOS SLIDOS URBANOS

    Os resduos slidos urbanos, tambm chamados de lixos domsticos, incluem embalagens

    de produtos alimentares ou de outros produtos, papel, pilhas, plsticos, roupa, latas, tinteiros,

    leos, carto, restos de comida entre outros. A maioria das definies de resduos slidos

    urbanos no inclui resduos industriais, agrcolas, mdicos, radioativos ou lodo de esgoto. A

    recolha de lixo realizada pelo municpio dentro de determinada rea.

    A sociedade contempornea produz resduos slidos urbanos em grande quantidade e

    o seu destino tem sido um problema. Estima-se que cada pessoa produza, em mdia, 1,3 kg de

    resduo slido por dia. Desta forma, uma pequena cidade de apenas 10.000 habitantes

    produziria cerca de 10 toneladas de lixo diariamente.

    At ao final do sculo passado, as lixeiras a cu aberto eram, no nosso pas, o destino

    preferencial deste lixo. Esta situao causava vrios problemas ambientais como:

    Poluio do ar por maus cheiros e queima do lixo;

    Fig 2-Residuos slidos urbanos:

    Caractersticas gerais

  • 7

    Poluio da gua e dos solos por arrastamento de metais e outras substncias

    perigosas e pelas guas da chuva para os lenis subterrneos;

    Proliferao de moscas, mosquitos, ratos e outros animais que encontram

    alimento seguro nos locais onde o lixo acumulado e que so transmissores de

    doenas.

    Todos estes impactos ambientais decorrentes

    das diferentes formas de disposio de resduos slidos

    urbanos oferecem elevados riscos sade humana, pois

    a sua disposio no solo ou em aterros constitui uma

    importante fonte de exposio a vrias substncias

    txicas.

    Tem-se verificado que reas prximas a aterros apresentam nveis elevados de

    compostos orgnicos e metais pesados, e que as populaes residentes nas proximidades

    desses locais apresentam nveis elevados desses compostos no sangue.

    Assim, estes depsitos de resduos slidos constituem potenciais fontes de exposio

    para as populaes, existindo risco de diversos tipos de cancros, anomalias congnitas, baixo

    peso dos recm-nascidos, abortos e mortes neonatais em populaes vizinhas a esses locais.

    Existem ainda riscos acrescidos para a sade dos profissionais mais diretamente

    envolvidos no manuseamento dos resduos, que na sua maioria, no conta com medidas

    mnimas de preveno e segurana ocupacional.

    Como forma de acabar com as lixeiras criaram-se aterros sanitrios onde se depositam

    os lixos em segurana e estaes de tratamento onde os resduos slidos urbanos so

    separados e incinerados ou utilizados para compostagem.

    Fig3-Lixeiras

    Fig4- Tratamento de resduos

    slidos urbanos

  • 8

    3 - RESIDOS SLIDOS HOSPITALARES

    3.1 - DEFINIO

    Os resduos hospitalares resultam de atividades mdicas de preveno, diagnstico,

    tratamento, reabilitao e investigao que se desenvolvem em agrupamentos de prestao de

    cuidados de sade. Estas atividades esto relacionadas com seres humanos ou animais, em

    farmcias, em atividades mdico-legais, de ensino e em outras que envolvam procedimentos

    invasivos, como por exemplo a acupunctura, piercings e tatuagens (Decreto-Lei n 178/2006,

    de 5 de Setembro).

    3.2 - TIPOS DE RESIDOS HOSPITALARES

    Grupo I resduos semelhantes aos urbanos (sem exigncias especiais no seu

    tratamento)

    Grupo II - resduos hospitalares que no so perigosos. No esto sujeitos a

    tratamentos especficos, podendo ser comparados aos urbanos.

    Grupo III - resduos hospitalares de risco biolgico resduos contaminados ou que se

    suspeita estarem contaminado, que necessitam de incinerao ou de outro pr-tratamento

    eficiente, permitindo posteriormente a eliminao como resduo urbano.

    Grupo IV - resduos hospitalares especficos resduos de vrios tipos de incinerao

    obrigatria.

    Fig5- Contentores de resduos hospitalares

    Fig6 Tipos de resduos hospitalares

  • 9

    Quadro 1- Classificao dos resduos hospitalares

    Classificao dos resduos hospitalares

    Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV

    - Resduos vindos de

    servios de apoio

    (oficinas, jardins,

    armazns e outros);

    - Embalagens e

    invlucros comuns

    (papel, carto, mangas

    mistas e outros de

    natureza idntica);

    - Resduos

    procedentes da

    hotelaria resultantes

    da confeo e restos

    de alimentos

    fornecidos a doentes

    no includos no

    Grupo III.

    - Material ortopdico:

    talas, gessos e ligaduras

    gessadas no

    contaminados e sem

    vestgios de sangue;

    - Fraldas e resguardos

    descartveis que no

    esto contaminados e

    sem vestgios de

    sangue;

    - Material de proteo

    individual usado nos

    servios gerais e de

    apoio, com exceo do

    utilizado na recolha de

    resduos;

    - Embalagens vazias de

    medicamentos ou de

    outro tipo de produtos

    de uso clnico/comum,

    com exceo dos

    includos nos Grupos

    III e IV;

    - Frascos de soros que

    no estejam

    contaminados, com

    exceo dos do Grupo

    IV.

    - Todos os resduos que

    provm de quartos ou

    enfermarias de doentes

    infeciosos ou suspeitos, de

    unidades de hemodilise, de

    blocos operatrios, de salas de

    tratamento, de salas de

    autpsia e de anatomia

    patolgica, de patologia clnica

    e de laboratrios de

    investigao, exceo dos do

    Grupo IV;

    - Todo o tipo de material

    usado em dilise;

    - Peas anatmicas no

    reconhecveis;

    - Resduos que provem da

    administrao de sangue e

    derivados;

    - Sistemas que se usam na

    administrao de soros e

    medicamentos, exceo dos

    do grupo IV;

    - Sacos coletores de fluidos

    orgnicos e respetivos

    sistemas;

    - Material ortopdico: talas,

    gessos e ligaduras gessadas

    contaminados ou com vestgios

    de sangue; material de prtese

    retirado a doentes;

    - Fraldas e resguardos

    descartveis contaminados ou

    com vestgios de sangue;

    - Material de proteo

    individual utilizado em

    cuidados de sade e servios

    de apoio geral em que houve

    qualquer contacto com

    produtos contaminados (luvas,

    mscaras, aventais e outros).

    - Peas anatmicas

    identificveis, fetos e

    placentas, at

    publicao de

    legislao especfica;

    - Cadveres de

    animais de

    experincia

    laboratorial;

    - Materiais cortantes

    e perfurantes: agulhas,

    cateteres e todo o

    material invasivo;

    Produtos qumicos e

    frmacos rejeitados,

    quando no sujeitos a

    legislao especfica;

    - Citostticos e todo o

    material utilizado na

    sua manipulao e

    administrao.

  • 10

    4 - RECOLHA SELETIVA DE RESDUOS

    A reciclagem tem como objetivo recuperar de forma direta ou indireta alguns

    componentes dos resduos slidos urbanos. A maioria dos resduos produzidos so matria

    orgnica e matria inerte. Muitos destes materiais podem e devem ser reciclados, sobretudo se

    os recursos forem escassos e, em muitas ocasies, no renovveis.

    Cada pessoa produz aproximadamente 450kg de resduos por ano. A maioria dos

    produtos que consumimos so embalados, assim, a produo de embalagens excessivamente

    alta, o que provoca um gasto enorme de matrias-primas e de energia e aumenta a produo

    de resduos.

    A recolha seletiva permite recuperar parte dos recursos para eliminao se forem

    txicos (pilhas/frigorficos), ou para reciclagem (vidro, papel).

    O aumento de resduos uma consequncia do nosso estilo de vida, por isso, devemos

    desenvolver valores e atitudes na sociedade, que integrem o respeito ao meio ambiente.

    Como profissionais de sade, devemos assumir o compromisso da educao

    ambiental, assim como o compromisso pessoal de um tratamento de excelncia com os

    resduos que se geram em mbito sanitrio.

    4.1 TRATAMENTO

    O tratamento depende da contaminao dos resduos. Os resduos gerais e sanitrios

    no contaminados devem tratar-se por mtodos convencionais para os resduos urbanos, ou

    seja, por descargas controladas e incinerao.

    Os resduos sanitrios contaminados derivados da atividade clinica devem tratar-se por

    incinerao. No caso de serem txicos ou infeciosos deve utilizar-se a autoclave, a desinfeo

    clinica e a radiao com micro-ondas.

    Existem resduos sanitrios, como restos anatmicos e de tipo qumico, que para o seu

    tratamento possuem legislao especfica.

    Geralmente, o tratamento dos resduos contaminados consiste em triturao e

    esterilizao, (como se tratam os resduos slidos urbanos). Os resduos qumicos so

  • 11

    neutralizados com substncias adequadas, os de tipo radioativo so depositados em

    contentores especiais.

    4.1.1 - Compostagem

    O composto um hmus especial que se obtm por transformao biolgica controlada da

    matria orgnica contida nos resduos slidos. O composto, que um regenerador orgnico,

    utilizado para melhorar as condies do solo e a nutrio das plantas, reserva caties e fornece

    nitrognio.

    A transformao da matria orgnica em hmus passa por duas fases fundamentais:

    Biodegradao: que consiste numa simplificao dos constituintes da matria orgnica

    por processos essencialmente biolgicos.

    Humificao: formao de novas molculas complexas, de natureza coloidal, mediante

    snteses biolgicas e qumicas.

    4.1.2 - Incenerao

    Consiste na combusto controlada de resduos, a uma temperatura de 400 a 1600 graus c,

    eliminando parte dos resduos. No um sistema perfeito, pois ainda que reduza o peso e o

    volume dos resduos em 80% e produza energia, por outro lado, emite contaminantes para a

    atmosfera com gases e material inerte e deixa resduos em forma de cinzas e escria.

    Esta tcnica requer uma inverso econmica importante nas infraestruturas e manuteno,

    e em ocasies de transporte destes resduos pode resultar perigo. Um mau funcionamento das

    incineradoras pode causar riscos para a sade da populao, j que emite substncias

    altamente contaminantes para a atmosfera, como o cloro, o cido clordrico, o dixido e o

    trixido de enxofre, pentxido de fsforo, resduos no queimados, produtos de combusto

    incompleta e metais pesados (mercrio, chumbo, crmio, arsnio e berlio).

    Estes riscos provocam uma grande rejeio instalao de incineradoras por parte da

    populao; tambm so rejeitadas pela relao que se estabelece com alguns estudos entre o

  • 12

    meio envolvente s mesmas (incineradoras) e uma maior incidncia de problemas de tosse,

    asma e transtornos neurolgicos entre a populao da zona.

    4.1.3 - Deposio em aterro

    Consiste em depositar os resduos, triturados ou compactados, sobre o terreno, em

    capas de espessura reduzida. Os resduos so recobertos com terra ou outro material (barro).

    Uma das vantagens deste sistema o baixo custo, os inconvenientes prendem-se com a

    localizao e a necessidade de grandes superfcies de terreno, os quais devem estar

    corretamente impermeabilizados, para evitar a contaminao de aquferos, por infiltrao das

    guas lixiviantes. Uma vez depositados os resduos, estes emitem gases, sobretudo metano,

    relacionado com o efeito de estufa.

    Os depsitos devem estar situados a uma distncia correta dos centros urbanos. Este

    um sistema que permite o aproveitamento dos resduos contidos.

    4.2 SEPARAO

    A quantidade de resduos produzidos diariamente pelas sociedades desenvolvidas ou em

    vias de desenvolvimento cada vez maior.

    Atualmente, este um problema que se coloca no s ao nvel da orientao adequado a

    dar aos resduos, como tambm da quantidade e do tipo de recursos que retiramos da natureza

    para produzir bens que acabam por se tornar em desperdcios humanos. Este um universo

    em evoluo no qual o Homem encontra permanentemente novas solues de tratamento e

    novas formas de valorizar os resduos.

    4.2.1 - Papel e carto

    O papel e o carto so recursos naturais obtidos atravs da madeira e da gua e a

    reciclagem destes materiais permite reduzir o consumo de alguns desses recursos naturais. O

    papel e o carto representam cerca de 25% da composio fsica dos resduos que se

    produzem diariamente. Estes resduos devem ser encaminhados para o ecoponto azul.

  • 13

    4.2.2 - Plstico e metal

    O plstico obtido a partir do petrleo, enquanto o metal obtido a partir de metais

    ferrosos e no ferrosos de elevada durabilidade e resistncia. O plstico representa cerca de

    10% dos resduos que se reproduzem diariamente. A reciclagem dos plsticos permite reduzir

    o consumo de alguns desses recursos orgnicos naturais, enquanto que os materiais metlicos

    podem ser reciclados indefinidamente. Estes resduos devem ser colocados no ecoponto

    amarelo.

    4.2.3 - Vidro

    O vidro um recurso inorgnico, obtido atravs do arrefecimento de uma massa em fuso.

    O vidro representa cerca de 10% dos resduos que se produzem diariamente. As embalagens

    de vidro como as garrafas e frascos devem ser colocados no ecoponto verde.

    4.3 TRIAGEM

    A triagem resume-se escolha ou seleo dos resduos, esta realizada atravs de um

    conjunto de operaes.

    A triagem de resduos slidos urbanos passa por separar os materiais, para posteriormente

    serem encaminhados e eliminados de materiais orgnicos e outros em estaes de triagem.

    Quando os camies que contm os resduos chegam, so descarregados e inicia-se a pr-

    triagem para que os resduos de maior volume sejam removidos. Seguidamente os resduos de

    papel/carto e de embalagens de plstico e metal seguem por um tapete transportador at

    cabine de triagem. Na cabine de triagem, os resduos so separados manualmente, pelos

    operadores de triagem, por tipologia de material, caindo em alvolos individuais situados no

    andar inferior cabine.

    Tendo em conta a variedade de materiais, as operaes so habitualmente divididas, ou seja,

    ora se faz a triagem de papel/carto, ora de embalagens de plstico e metal (a triagem de

    metais ferrosos mecnica, fruto da utilizao de um separador magntico).

  • 14

    4.3.1 - Triagem manual

    A triagem manual est indicada para pequenas cidades, onde o volume de produo no

    justifica uma central automatizada.

    A triagem manual tem como principais vantagens:

    Baixo investimento inicial;

    Gerao de muitas vagas de empregos;

    Melhor distribuio dos lucros com a reciclagem;

    No entanto apresenta certas desvantagens como:

    Exige capacitao tcnica de todos os funcionrios;

    Se no houver uma boa administrao, a central pode fechar desperdiando todo o

    investimento;

    4.3.2 - Triagem automtica

    A traigem automrica est essencialmente indicada para grandes cidades onde o volume

    de produo no possibilita o trabalho manual, recorrendo-se por isso a processos com

    mecanismos especializados.

    A triagem automrica tem como principais vantagens:

    Alta qualidade dos produtos separados;

    Produtos mais fceis de vender devido melhor qualidade;

    Processo confivel permitindo exportar volumes dando garantias mnimas de

    quantidades a serem fornecidas;

    Desvantagens:

    Diminui consideravelmente a quantidade de funcionrios necessrios;

    Gerao de riqueza mais concentrada;

    Exige um alto investimento inicial.

  • 15

    5 PAPEL DO ENFERMEIRO NA SADE AMBIENTAL

    5.1 - DEFINIO DE SADE AMBIENTAL

    Sade ambiental aborda todos os fatores fsicos, qumicos e biolgicos externos para uma pessoa e todos os

    fatores relacionados que comportamentos de impacto. Ela engloba a avaliao e controlo dos fatores ambientais

    que potencialmente podem afetar a sade. Est orientada no sentido de prevenir a doena e criando ambientes de

    sade-apoio. Esta definio exclui comportamentos no relacionados com o ambiente, bem como

    comportamentos relacionados com o ambiente social e cultural e gentica. Organizao mundial de sade.

    Os enfermeiros podem desempenhar diversos papis na sade ambiental, juntamente

    com o seu trabalho a tempo inteiro, agregados a papis j presentes e como cidados

    instrudos.

    Os enfermeiros podem desenvolver investigao especializada, escrever artigos, entre

    outros. Outros comearam por inserir as exposies ambientais na recolha do historial do

    doente, refletir sobre os impactos ambientais dos produtos que selecionam para as clnicas,

    hospitais e outras instituies e promover a reciclagem. Todos os tipos e nveis de

    participao so importantes.

    Algumas das maneiras atravs das quais os enfermeiros podem participar,

    profissionalmente e como cidados instrudos:

    Envolvimento comunitrio e participao pblica.

    o Tornar os avisos pblicos eficazes, os fruns pblicos acessveis e ser recetivo a

    novas ideias.

    o Vantagens importantes com que um enfermeiro pode contribuir tornar a troca de

    informao compreensvel e a resoluo de problemas aceitvel para comunidades

    culturalmente distintas.

    Avaliao de riscos individuais e populacionais.

    o Por em uso competncias de avaliao da enfermagem para detetar vias de

    exposio reais ou possveis e resultados para os clientes da comunidade e de

    cuidados agudos e crnicos.

  • 16

    Comunicao dos riscos.

    o Por em uso competncias de avaliao da enfermagem para detetar vias de

    exposio reais ou possveis e resultados para os clientes da comunidade e de

    cuidados agudos e crnicos.

    Investigaes epidemiolgicas.

    o Tm de ter competncias para responder de forma cientificamente correta e

    sensvel s preocupaes da comunidade com o cancro, as malformaes

    congnitas e os nados-mortos, que os cidados temem terem causas ambientais.

    Desenvolvimento de polticas.

    o Propor, informar, e monitorizar a ao de agenciais, comunidades e das

    perspetivas das organizaes.

    Entre outros.

    A assimilao dos conceitos de sade ambiental na prtica diria de enfermagem d

    uma nova vida aos valores tradicionais de sade pblica de preveno, construo de

    comunidades e justia social.

    medida que os enfermeiros aprendem mais sobre o ambiente, as oportunidades de

    integrao na prtica de enfermagem, os programas educativos, a investigao, a advocacia e

    o desenvolvimento de polticas iro tornar-se evidentes e evoluir. As oportunidades abundam

    para espritos pioneiros da profisso de enfermagem, que se dedicam a criar ambientes mais

    saudveis para os cliente e comunidades.

    Por que os enfermeiros devem saber sobre sade ambiental

    Fatores ambientais tm impacto na sade

    o Exposio das crianas ao chumbo

    o Doenas cardiovasculares/respiratrias e poluio atmosfrica

    o Ondas de calor e pessoas idosas

    o Asma e a qualidade do ar interior

    o Preocupaes sobre a presena do mercrio nos peixes

  • 17

    Os enfermeiros so muito bons no ensino sobre sade.

    o Esta capacidade apoia o trabalho na proteo de indivduos, famlias e

    comunidades de riscos ambientais.

    Os enfermeiros so o maior grupo de profissionais a trabalhar na rea da sade.

    o Com trabalho pode-se ser uma fora influente para fazer melhorias no ambiente.

    Importante a reter

    Os enfermeiros devem ser profissionais informados e advogados dos cidados no seio

    da comunidade, no que diz respeito a questes de sade ambiental.

    As atividades de preveno so, entre outras, a educao, a reduo/eliminao das

    exposies, a minimizao dos resduos e o planeamento da utilizao dos solos.

    A prtica de sade ambiental envolve vrias disciplinas, e os enfermeiros so

    membros importantes da equipa de sade ambiental.

  • 18

    CONCLUSO

    Aps a realizao deste trabalho conseguimos realizar todos os objetivos abordados na

    introduo. Com a realizao deste trabalho adquirimos os conhecimentos necessrios acerca

    do tema Resduos slidos, triagem/separao, recolha e tratamento e acreditamos que este

    nos ser muito til tanto para o nosso percurso como alunos, pois desenvolvemos

    competncias para a realizao de trabalhos de grupo, como futuros profissionais de sade.

    Atravs da consulta de diversas obras sugeridas pelo docente da unidade curricular,

    pensamos ter elaborado um trabalho com eficincia e de acordo com o que nos foi pedido. Foi

    tambm retirada informao de diversas fontes da Internet, com o intuito de poder tornar mais

    completo a elaborao deste trabalho.

    Pensamos que este tema no apenas importante para ns, futuros profissionais de

    sade, mas para toda a comunidade pois um tema da atualidade que permite que a nossa

    sociedade preserve o ambiente.

    Com a realizao deste trabalho nomeadamente a pesquisa a investigao e a sua

    elaborao, considermos importante para a aquisio de diversos conhecimentos preciosos

    para o nosso futuro.

  • 19

    BIBLIOGRAFIA

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