Trabalho Final ONG Da Rute

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CEAPC UFRGS 2012 – DISCIPLINA GESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO Trabalho Final ONG da Rute, muito mais do que uma ONG Aluno: Edson Junior Lima de Oliveira

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CEAPC UFRGS 2012 – DISCIPLINA GESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO

Trabalho Final

ONG da Rute, muito mais do que uma ONG

Aluno: Edson Junior Lima de Oliveira

Porto Alegre, 16 de abril de 2013

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O presente trabalho não vem a analisar instituição propriamente, mas um trabalho, por vezes muito mais efetivo, eficaz e com melhor retorno do que muitas instituições e assemelhados. Trata-se de um trabalho voluntário, árduo, mas com abrangência social, importância ímpar e resultados avassaladores. Quando a dignidade da pessoa humana está destroçada e nem se sabe quem ou o que se é, vivendo uma angústia e o desespero de não saber-se como SOBREVIVER nos dias vindouros (sabido por experiência própria em três momentos da vida deste que aqui redige, eis que surge uma luz de esperança). Naqueles tempos não conhecia este trabalho, mas muita gente foi ajudada a recuperar sua integridade, inclusive uma amiga desempregada, há pouco tempo atrás.

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IdentificaçãoNome e sigla da organização/experiência: ONG da Rute

Data da fundação: setembro de 2008

Representado por Rute Vera Maria Favero, Professora lotada na Secretaria de Educação a Distância da UFRGS – SEAD

Endereços e dados de contato:

http://ongdarute.com/

http://ongdarute.blogspot.com.br/

http://ongdarutecv.blogspot.com.br/

https://twitter.com/ongdarute

http://www.youtube.com/watch?v=1aaV11GctiU

http://www.youtube.com/watch?v=fVbvB2UDNyo

https://twitter.com/realwbonner/status/5033854559

Com base numa entrevista e confirmado pelos textos dos sites supra mencionados, ou seja, ao verificar-se os sites o textos destes batia ponto a ponto com o teor da conversa com a entrevistada, com maior riqueza de detalhes (até porque ela pôde escrever no Blog e Site), tem-se a evolução histórica dessa ação louvável, que infelizmente não conta com ajuda de governo nenhum...

1. Motivações e histórico de criação

Decidi escrever um pouco, contar como comecei a fazer meu trabalho voluntário, que é o de disponibilizar vagas de emprego, desde set/2008, num blog (antes eu tinha um mailing), além de divulgar currículos e dicas de entrevista, de como montar um currículo, etc, noutro blog.

Decidi fazer isso porque hoje, mais uma vez, recebi um email de uma pessoa reclamando pelo fato de seu currículo estar postado no blog de currículos, que é o http://ongdarutecv.blogspot.com/

Outras vezes eu já me senti desconfortável, incomodada mesmo, com esse tipo de reação. Hoje também... mas hoje foi mais “punk”, pois a pessoa escreveu o seguinte:

“Boa tarde, devido a sérios problemas que estou tendo por causa que vocês estão disponibilizando meu endereço e telefone particulares em sites de

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busca, acabei de denunciar o Blog Ong da Rute por abuso.” Pô! Denunciada por abuso!! Foi demais!

Em função disso resolvi escrever como e o porquê de eu ter começado a fazer este trabalho voluntário.

Está fazendo mais de 14 anos que eu comecei a fazer isso. Lembrei que isso significa que meu filho tinha 15 anos e minha filha tinha apenas 10 anos.

Digamos que isso não fez eu me sentir muito confortável e, talvez tenha sido a primeira vez que vi com clareza o quanto distante deles fui ficando em prol deste trabalho. E eles eram tão pequeninos, tão jovens ainda...

Lembro deles reclamarem muito disso, da minha ausência, dos finais de semana e feriados em que eu ficava enclausurada aqui enviando emails com vagas, emails com currículos, ... das manhãs que eles acordavam e descobriam que eu não havia dormido ainda... e nem dormia, pois tinha que trabalhar. Eu sempre dizia a eles que não conseguia deixar de fazer aquilo, uma vez que eu havia recebido as vagas, por email... e sabia que havia muitas pessoas precisando de um emprego... Como eu poderia deixar de possibilitar a elas a chance de conseguir um emprego?

Um email que eu enviasse, um post que eu fizesse no blog... era a chance de poder fazer a diferença para uma pessoa, UMA  que fosse.

Como comecei:

Meu filho, aos 15 anos foi trabalhar (era necessário). Ficou pouco mais de 1 ano e teve de sair, pois, devido ao excesso de pó, desenvolveu uma alergia... a famosa rinite.

E aí começou a saga de procurar um estágio ou emprego. Realmente foi muito difícil.

Paralelo a isso, os meus orientandos do curso técnico, na área de Informática, precisavam de estágio para poder concluir o curso e, mais uma vez a dificuldade de conseguirem um estágio, principalmente, de conseguirem um BOM estágio, onde realmente pudessem aplicar o que haviam aprendido e aprender mais.

Vendo tudo isso, eu comecei a ajudá-los... falava com amigos que trabalhavam em empresas e os questionava se não precisavam de bons estagiários... (modéstia à parte, os meus orientandos eram nota DEZ). Assim eles conseguiam seus estágios e, como trabalhavam bem, as pessoas passaram a me conhecer como “a professora que tinha ótimos alunos”, então, quando alguém comentava que procurava bons estagiários na área de Informática, meus amigos me indicavam... depois passei a ser indicada por gente que eu não conhecia e nem nunca conheci.  

Uma vez que meus orientandos estavam empregados, comecei a indicar outros alunos, mas pedia o currículo para eles... e meu banco de currículos foi crescendo, crescendo...

Por vezes a procura por estagiários era maior que a quantidade de currículos, outras era o inverso...

Como eu trabalho (trabalhava) numa instituição de ensino onde existem cursos das mais variadas áreas e eu ministrava aula em quase todos, passei a

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receber solicitação de estagiários para outras áreas... Eu tinha os emails de todos meus alunos, então encaminhava as vagas a eles, que me enviavam seus currículos... depois os currículos de irmãos, primos, amigos, pai, mãe, sogro... sogro?

Quando eu recebi o currículo de uma aluna, pedindo para eu encaminhar o currículo do sogro dela, levei um susto: como assim? O que eu tenho em minhas mãos?

Realmente fui me questionando sobre tudo isso que eu fazia e, dei-me conta que eu já não fazia outra coisa a não ser trabalhar e ... enviar emails com vagas e emails com currículos para mais de 5000 (cinco mil) emails. Com a internet lenta, imaginem a quantidade de horas que isso levava!

Eu recebia as vagas e, como vinham muito bagunçadas, ou com erros de português, eu as corrigia, formatava para que ficassem mais claras e as enviava.

Ah! No inicio eu abria cada email e fazia observações, devolvendo-os aos seus donos, caso eu percebesse (na minha visão) que não estavam bem elaborados... depois não consegui mais tempo para fazer isso.

Um dia meu cunhado me deu a idéia de criar um blog. Relutei por muito tempo.

Em 2008, após passar por duas cirurgias em 3 meses, sendo uma do coração... devido a stress (imaginem a reação de meus filhos, ao saberem disso... sendo que, após a cirurgia, o bendito coraçãozinho quase foi a zero... cansou — Pô, eu já levei choque im my heart! ...Não, eu não vi a “luzinha”, nem nada...).  Em função de tudo, eu precisei tirar licença saúde.

Ao chegar do hospital e ver todas aquelas vagas na minha conta de email, senti-me muito mal...

Sabia que poderia haver famílias desestruturadas porque o pai, ou a mãe, ou mesmo um filho estava desempregado... e eu com tudo isso aqui... Já havia recebido emails de pessoas que dizem estar há meses desempregadas, em depressão, sem vontade de sair de casa... E eu tenho dois filhos que também passaram por dificuldades quanto a isso, no decorrer dos anos...

Então, escondida deles, quando eles iam trabalhar, eu decidi criar o blog http://ongdarute.blogspot.com/.

Pensei: agora terei mais tempo para mim. Ledo engano!

Se passei a ter algum tempo a mais... ora, que é isso?? Fui atrás de mais vagas, assinei fóruns, escrevi para empresas... Mais uma vez, passava noites em claro, postando...

Um aluno, o Lucas, soube que eu fazia isso, então se ofereceu para me ajudar. Aceitei, e foi a melhor coisa que eu podia ter feito, pois aprendi a aceitar que outras pessoas podem ajudar a fazer isso. Tem épocas que tem apenas uma pessoa ajudando, na maioria das vezes ficam uns 3 ou 4, mas poucos permanecem por muito tempo, uma vez que todos tem suas vidas.... Atualmente têm 4 pessoas ajudando na postagem das vagas. Já teve gente ajudando, de outros estados, que eu nunca conheci!

Hoje, o Lucas, o pioneiro, é quem me ajuda com os currículos. Cada um que eu recebo, envio para ele dar o nome correto, verificar se têm dados pessoais,

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retirá-los, quando possível. Depois ele me encaminha de volta para que eu possa “upá-los” para o servidor e colocar os respectivos links nos nomes que ele já postou lá no blog. Uma grande parceria!

Então, apesar de todas as dificuldades (não dá para escrever tudo, né?!), eu não consegui desistir. Muitas vezes chorei de cansaço, ou por algumas incompreensões. Então pensava em parar, mas, o engraçado que meus próprios filhos eram quem me incentivavam a continuar... que me lembravam dos emails que eu recebia (postarei alguns deles em breve) de gente que implorava por emprego, de gente que agradecia por tudo isso que eu fazia. E eu continuava, continuava...

Em 2009, por indicação e insistência de uma aluna, a Tatiana, o meu blog concorreu ao Prêmio TopBlog e conseguiu o 1º lugar na categoria Variedades Profissional.

Em 2010, concorreu novamente e conseguiu o 2º lugar.

As pessoas me perguntam o por quê eu faço isso, uma vez que não recebo nada, nem financeiramente e nem de qualquer outra forma...

Realmente, nem eu e nem as pessoas que ajudam a postar, no blog, as vagas que eu envio a elas, recebemos qualquer coisa.

Mas, saber que, com este trabalho, é possível levar esperança a muitas pessoas; saber que é possível fazer a diferença para elas... é o suficiente para pensar:

- “Vai lá, Rutinha! Continua! Não desista nunca!!”

É isso!

Em outro post vou contar mais coisas sobre isso... Afinal, são 14 anos de história!

2. Área de atuação

Trabalho e renda, com reflexos em educação, meio ambiente, política, cultura, esporte, lazer, comunicação, outros mais...

3. Abrangência territorial de atuação

O Brasil todo e o mundo, se possível. Com base na publicação do Blog em 08 de abril do corrente (http://ongdarute.blogspot.com.br/2013/04/novas-regras-para-postagem-de-vagas-de.html), tem-se quadro demonstrativo a seguir:

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Acessos do blog por estadoAC   0 (0%)

AL   3 (0%)

AP   0 (0%)

AM   4 (0%)

BA   26 (1%)

CE   17 (1%) 

DF   19 (1%) 

ES   16 (1%) 

GO   4 (0%)

MA   3 (0%)

MT   11 (0%)

MS   3 (0%)

MG   81 (5%) 

PA   1 (0%)

PB   4 (0%)

PR   58 (3%) 

PE   31 (1%) 

PI   1 (0%)

RJ   86 (5%) 

RN   12 (0%)

RS   834 (53%) 

RO   1 (0%)

RR   3 (0%)

SC   43 (2%) 

SP   289 (18%) 

SE   8 (0%)

TO   1 (0%)

4. Redes de que faz parte com outras organizações e/ou movimentos sociais:

Brasil Vagas (http://brasilvagas.com/)

ONG ALERTA (http://ong-alerta.blogspot.com)

Oba Gastronomia (http://www.obagastronomia.com.br/)

Seu Sucesso (http://bartirabarbosa.blogspot.com/)

!! Idéias & Revoluções!! (http://blogdopadinho.blogspot.com/)

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Anita Raquel Especialista em Informática na Educação à Distância (http://especialistaiead.blogspot.com/)

CACOS e INSETOS (http://cacoseinsetos.blogspot.com/)

Pegadas e Passos (http://pegadasepassos.blogspot.com/)

http://www.amputadosvencedores.com.br/exibe_conteudo.asp? id=868&local=20

Outras entidades:

CGE - Central Gaúcha de Estágios

(http://www.cge-rs.com.br/vagas_con.php):

 Clique na imagem e veja os estágios que estão sendo oferecidos!

Planeta Voluntários:

http://www.planetavoluntarios.com.br/

R & Sel - mais um parceiro:

 

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Novo parceiro - ONG Mundi Brasilis:

 

Víntage:

 

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AtuaçãoO Blog ONG da Rute atua em trabalho voluntário, que é o de disponibilizar

vagas de emprego, num blog (antes havia um lote de mailing), divulgação de currículos e dicas de entrevista, de como montar um currículo, etc.

O único Projeto é a atividade contínua.

O papel da gestora Rute Vera Maria Favero, Professora lotada na Secretaria de Educação a Distância da UFRGS – SEAD é o de atuar com eventual apoio de colaboradores voluntários; um trabalho na maioria das vezes solitário, mas virtualmente colaborativo de proporcionar a chance de tentar organizar o mercado de trabalho, nas situações em que governo e agências não conseguem abranger ou adequar postos de emprego e pessoas que precisam de oportunidades.

A professora, como descrito em sua história, recebe pedidos de ajuda, currículos, ofertas de empregos e a partir daí, organiza e faz a ligação entre ambas as partes. A própria Rute é a “entidade”, se formos reparar. Eventualmente colaboradores ajudam com a demanda e atualmente há uma ou mais pessoas participando da empreitada.

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Avaliação

Em relação à gestão da ação aqui citada, ocorre que trata-se de uma forma de gestão social particular, mas de cunho e resultados sociais, as semelhanças encontram-se nos objetivos e resultados, enquanto que as diferenças estão na não institucionalização, pois é trabalho voluntário, praticado na forma de uma corrente do bem, sem estrutura organizacional tradicional, não é governo não é empresa. A gestão das demandas e necessidades do lado social da comunidade tem seu suprimento através da persecução das matas dessa atividade, ou seja, ajudar as pessoas a encontrar emprego.

A competência aqui percebida é a capacidade de relacionamento interpessoal aliada ao conhecimento em informática e tecnologias de informação de várias formas.

Essa experiência certamente proporciona desenvolvimento em todos os sentidos, a pessoa recolocada no mercado de trabalho vai fazer girar capital e com isso cresce o local o regional e por consequência, o país. Considerando a utilização atual da rede de computadores e os quadros anteriormente plotados a alcance é global, enquanto que as limitações podem ser no sentido de alguém não ter o trabalho desejado perto de onde mora, o que muitas vezes é superado com a mudança da pessoa, a migração em função de trabalho.

Outra consequência percebida é a inclusão social, pois é consabido que o desemprego marginaliza, em muitos casos gera uma reclusão e provoca casos de depressão, ou seja, é um problema de saúde, é uma questão de saúde pública.

O que mais se destaca ao final e ao cabo de tudo é que foram gestos de solidariedade que iniciaram essa rede de benefício.

Consoante texto DILEMAS E PERSPECTIVAS DA CONSTRUÇÃO LOCAL E TERRITORIAL DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO:

É nesse sentido que tem sido construída e difundida a concepção de solidariedade como objetivo civilizatório. Trata-se de um resgate ético da solidariedade, a ser desenvolvida culturalmente e construída socialmente. Tem por fundamento o reconhecimento da reciprocidade como algo irremovível, que faz parte da própria condição humana. Nesse sentido, a solidariedade é atitude, compromisso político e ético com o destino comum que une a vida neste planeta.

É nesse sentido que tem sido difundida uma perspectiva holística da solidariedade planetária com todas as formas de vida, como laço natural que conecta todos os seres, vivos e não-vivos, aos presentes existentes e aos futuros seres que virão. Essa concepção é fruto dos movimentos libertários, humanistas, ambientalistas e de contestação que surgiram nas décadas de 1960 e 1970.

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Atualmente é alimentada pela perspectiva de uma “globalização solidária” baseada na crescente interdependência entre os povos e nações. Em síntese, o desafio da construção de um desenvolvimento que seja solidário, deve considerar os seguintes aspectos:

• A inclusão de todas as pessoas em seus benefícios, promovendo a verdadeira democratização no acesso e partilha dos bens comuns. Esse é o aspecto ético do desenvolvimento que se baseia na igualdade real (e não apenas formal), no direito à vida com dignidade. Exige a afirmação de compromisso com uma sociedade não excludente.

• O rompimento com a visão utilitarista do meio ambiente, reconhecendo os laços de solidariedade entre as diferentes formas de vida, da percepção do ser humano como parte da natureza. Gera uma nova consciência de reciprocidade como sentimento, crença e valor em todas as ações humanas, no cuidado com a vida e com o planeta.

• Na política, expressa um novo conceito e novas relações de poder baseadas na solidariedade, na orientação ética de servir e defender os interesses da coletividade, respeitando as diversidades e ampliando as formas e mecanismos de participação. Trata-se da construção de novas relações igualitárias de classe, gênero, raça, etnia e geração.

• A solidariedade também é a condição de associação, de articulação de esforços e compromissos voltados para a superação de todas as formas de destruição da vida. Cultivar a solidariedade é congregar e organizar os que são destituídos de direitos, os que são vítimas da exclusão social e econômica, tendo em vista a construção de um novo projeto societário.

Podemos concluir com o professor Paul Singer (2004) que “a grande tarefa do desenvolvimento solidário é oferecer aos excluídos do desenvolvimento em sua forma capitalista, oportunidades de participar da produção social e da gratificação correspondente, em sua forma solidária”.

...

O Programa Brasil Sustentável e Democrático (LEROY, 2002), enfatiza a relação entre qualidade de vida e dignidade humana e propõe que os indicadores sejam formulados com critérios qualitativos tendo por base uma ética da equidade e dos direitos humanos:

• Social: viver em ambiente de paz e segurança, sem ameaças de violência e com garantias à integridade física; contar com serviços de saúde de qualidade; contar com serviços de transporte de qualidade; possibilidade de crescimento no trabalho; contar com uma aposentadoria digna; no campo, o acesso à terra e garantia do trabalho sem constrangimento.

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• Subjetiva: direitos relativos à auto-realização; acesso à informação; acesso a educação pública de qualidade; acesso ao patrimônio cultural da humanidade; acesso ao lazer; liberdade de escolha (profissional, religiosa, sexual); liberdade de relacionamento com pessoas de diferentes opções pessoais, tradições culturais, raças, etnias etc.

...

A seguir, apresentamos alguns exemplos de objetivos e estratégias considerando as dimensões do desenvolvimento sustentável e solidário.

a) Fortalecimento da Base Econômica Local;

...

Inclusão social:

O desenvolvimento local deve reorientar as ações e iniciativas nos objetivos humanos, em especial no combate à pobreza através da oferta de emprego e geração de renda, com a dinamização da economia e ampliação da atividade produtiva. Combinada com as políticas sociais, implica também na melhora de acesso aos serviços sociais de qualidade.

(Roberto Marinho Alves da Silva - Coordenador geral de estudos da Secretaria Nacional de Economia Solidária. Doutorando em Desenvolvimento Sustentável no CDS/UNB).

Os desafios são permanentes, como manter a ação em andamento, porque é difícil tratar das demandas, o tempo é escasso, há necessidade de novos colaboradores e os custos começam a surgir, inclusive para infra-estrutura e pessoal dedicado, pois voluntários eventualmente podem deixar o posto em busca de atividade com retorno financeiro. No próprio blog há pedido de apoio por parte dos ofertantes de emprego no topo da página (http://ongdarute.com/).

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Referências e anexos

Para finalizar mais alguns links sobre esse trabalho social:

http://wp.clicrbs.com.br/profissaoestagiario/2010/03/04/blog-ong-da-rute/

http://ongdarutecv.blogspot.com.br/

http://ongdarute.blogspot.com.br/

http://ongdarute.com/

http://rutevera.blogspot.com.br/2011/04/historia-da-ong-da-rute-como-eu-comeci.html

http://rutevera.blogspot.com.br/2013/04/selecao-de-candidatos-candidate-da.html

http://rutevera.blogspot.com.br/2012/05/um-email-que-recebi-e-eu-fico.html

Quanto às referências:

Texto 1 da disciplina:

FRANÇA FILHO, Genauto C. (NPGA/CIAGS/UFBA). Definindo Gestão Social. Texto apresentado no I Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social (I ENAPEGS) – Juazeiro do Norte-CE, 23-25-05-2007

Bibliografia citada e de referência sobre a temática:

FRANÇA FILHO, G. ; LAVILLE, J. ; MEDEIROS, A. e MAGNEN, J.P. (Orgs.), Ação pública e economia solidária- uma perspectiva internacional, Edufrgs-Edufba, Porto Alegre-Salvador, 2006.

FRANÇA FILHO, Genauto C. & LAVILLE, Jean-Louis, Economia Solidária : uma abordagem internacional, Porto Alegre: EDUFRGS, 2004.

FRANÇA FILHO, Genauto C., “Para um olhar epistemológico da administração: problematizando o seu objeto”, In: SANTOS, Reginaldo S., Discussões metodológicas para a reafirmação da administração como campo do conhecimento, Rio de Janeiro: Hiucitec, 2004.

FRANÇA FILHO, Genauto C., “Terceiro setor, economia social, economia solidária e economia popular: traçando fronteiras conceituais”, In: Bahia Análise e Dados. Salvador: SEI/Governo da Bahia, v.12, n.1, Jun/2002.

GUERREIRO RAMOS, A., A nova ciência das organizações – uma reconceituação da riqueza das nações, 2ª edição, Rio de Janeiro: FGV, 1989.

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MAUSS, M., “Essai sur le don. Forme et raison de l’échange dans les sociétés archaïques”, In Sociologie et Anthropologie, Paris: PUF, 1950.

POLANYI, K., A Grande Transformação – as origens da nossa época, Rio de Janeiro: Campus, 1980.

TENÓRIO, F., “Gestão social: uma perspectiva conceitual”, RAP, Rio de Janeiro, Vol.32, n.5, set/out. 1998a.

TENÓRIO, F., Gestão social – metodologia e casos, Rio de Janeiro: FGV, 1998b.

TENÓRIO, F., Tem razão a administração ? Ensaios de teoria organizacional e gestão social, Ijuí: Unijuí, 2002.

RICO, E.M. e RAICHELIS, R. (org), Gestão social – uma questão em debate, São Paulo, Educ, 1999

Texto 4 da disciplina:

SILVA, Roberto Marinho Alves da. Dilemas e perspectivas da construção local e territorial do desenvolvimento sustentável e solidário.

Bibliografia citada e de referência sobre a temática:

ARAÚJO, Tânia Bacelar. Ação Local e Desenvolvimento Sustentável. In: Caderno de Debates da Fundação Konrad Adenauer, n. 11, 1996.

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BAVA, Silvio Caccia. Desenvolvimento local uma alternativa para a crise social? In: Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo, v.10, n. 3, Jul-Set/1996. p. 53-59. (Fundação SEADE).

BERTUCCI, Ademar de Andrade; Silva, Roberto Marinho Alves (orgs.). Vinte Anos de Economia Popular Solidária: trajetória da Cáritas Brasileira dos PACs à EPS. Brasília/DF: Cáritas Brasileira, 2003.

________. Das Alternativas de Sobrevivência à Economia Solidária. Revista Proposta. Ano 30, nº 97, junho/agosto de 2003.

BONFIM, Manoel. A América Latina: males de origem. 3ª ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 1993. (1ª edição de 1905)

BUARQUE, Sérgio Cristovam. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentável. Recife: INCRA-IICA, 1997. (Mimeo.)

BUARQUE, Cristovam. Admirável Mundo Atual. Dicionário pessoal dos horrores e esperanças do mundo globalizado. São Paulo: Geração Editorial, 2001.

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CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. 21ª. Ed. São Paulo: Cultrix, 1999.

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__________. Dilemas da Gestão Participativa do Desenvolvimento Local. Revista Política Hoje, ano 5, n. 8 e 9. Recife: UFPE, 1999.

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__________. A Construção da Gestão Participativa do Desenvolvimento Rural Sustentável: o caso do PRONAF em São Paulo do Potengi/RN. In: VII Seminário de Pesquisa do CCSA, 2001, Natal/RN.

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