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COLÉGIO ESTADUAL ILIDIA MARIA PERILLO CAIADO ANALISE DE POEMAS DE AUGUSTO DOS ANJOS ITAPIRAPUÃ-GO 2015

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Analise de Poemas

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COLGIO ESTADUAL ILIDIA MARIA PERILLO CAIADOANALISE DE POEMAS DE AUGUSTO DOS ANJOSITAPIRAPU-GO

2015

DAYANNE RODRIGES DE OLIVEIRA

JEOVAL CORREIRA NETO

JOO VITOR RODRIGUS DOS SANTOS

LETICIA RICARDO BESSA DE OLIVEIRA

MATEUS FURTADO DE SOUZA CAMILO

MNICA TALIELE

WEVERSON FERREIRA SEVERINO

ANALISE DE POEMAS DE AUGUSTO DOS ANJOSTrabalho elaborado para fim de obteno de conhecimento e nota na disciplina de Lngua Portuguesa sob. Orientao da Professora Vnia M de OliveiraITAPIRAPU-GO2015Acostuma-te lama que te espera!O Homem, que, nesta terra miservel, Mora entre feras, sente inevitvel Necessidade de tambm ser fera.

Augusto dos Anjos

BIOGRAFIAAugusto Carvalho Rodrigues dos Anjos foi um poetabrasileiropr-modernista, nascido no ano de 1884, no engenho Pau dArco, na Paraba. Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Crdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, o poeta ingressou no Liceu Paraibano em 1900, poca em que escreveu o seu primeiro soneto: Saudade. No ano de 1903, Augusto dos Anjos ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde se formou, porm retornou Paraba e comeou a lecionar Literatura Brasileira em Joo Pessoa. Em 1910, o poeta casou-se com Ester Fialho. Nesse mesmo ano, foi afastado do seu cargo de professor do Liceu Paraibano e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde comeou a lecionar no Colgio Pedro II.

No decorrer de suavida, Augusto dos Anjos publicou vrios poemas em jornais e peridicos. No ano de 1912, o poeta publicou o seu nico livro, intitulado Eu, que causou espanto nos crticos daquela poca, devido ao uso de uma linguagem cientificista-naturalista e com temas como cadveres ftidos, vermes famintos e podrido da carne. Em 1914, o poeta Augusto dos Anjos foi nomeado diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, na cidade de Leopoldina, Minas Gerais, para onde se mudou. No dia 12 de novembro de 1914, Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos faleceu, ainda bem jovem (30 anos de idade), aps uma enfermidade pulmonar.Principais obras de Augusto dos Anjos Saudade (poema) - 1900 Eu e Outras Poesias (nico livro de poemas) - 1912 Psicologia de um vencido (soneto) Versos ntimos

ANLISE DO POEMA VERSOS NTIMOS DE AUGUSTO DOS ANJOS

Vs?! Ningum assistiu ao formidvel (A)Enterro de tua ltima quimera.(B)Somente a Ingratido - esta pantera (B)Foi tua companheira inseparvel! (A)

Acostuma-te lama que te espera! (B)O Homem, que, nesta terra miservel, (A)Mora, entre feras, sente inevitvel (A)Necessidade de tambm ser fera.(B)

Toma um fsforo. Acende teu cigarro! (C)O beijo, amigo, a vspera do escarro, (C)A mo que afaga a mesma que apedreja.(D)

Se a algum causa inda pena a tua chaga, (E)Apedreja essa mo vil que te afaga,(E)Escarra nessa boca que te beija!(D)

Este poema de Augusto de Anjos foi considerado um dos cem melhores brasileiros do sculo XX.

Do ponto de vista formal, o texto se caracteriza como soneto clssico. Para chegarmos a esta afirmao, basta observar o esquema mtrico - os versos so decasslabos e o esquema rtmico as rimas so regulares (ABBA; BAAB; CCD; EED). Lembre-se o soneto apresenta sempre a estrutura fixa 2 (dois) quartetos e 2 (tercetos).

Na primeira estrofe, o eu-lrico relaciona a vida social do homem vida dos animais selvagens, por meio de imagens (lama, terra miservel e fera) que lembram o estilo naturalista, em seu determinismo cientificista e em seu materialismo. Isto sinaliza que o poeta combina elementos tradicionais, prprios de estilos desenvolvidos at o sculo XX, com elementos que anunciam o Modernismo, iniciado no sculo XX. Trata-se, portanto, de um autor de transio. Vamos analisar como se d esta transio.

Os versos que iniciam a segunda e a terceira estrofes apresentam um tom de conselho ou ordem, que reiterado no desfecho do poema. Este conselho introduzido pelas as formais verbais acostuma-te e toma. Na segunda estrofe, o eu-lrico supe que o leitor se acostumou a lama te espera!, isto mostra uma associao entre o naturalismo e o determinismo, questes da cincia muito presente na literatura no final do sculo XIX. Repare que o conselho ou ordem da terceira estrofe introduz no poema, de forma inesperada, um tom prosaico, de conversa cotidiana. O verso surpreende o leitor de forma irnica e provocativa, fazendo lembrar o Realismo psicolgico de Machado de Assis. Por meio da surpresa, da ironia e da provocao, o eu-lrico procura quebrar a expectativa do leitor, como se o aconselhasse a se preparar para ler a afirmao cruel sobre o ser humano que vem a seguir. Para isso, o eu-lrico utilizou o modo verbal imperativo.

Outro recurso fundamental para fazer o poema cair na graa do pblico em geral o vocabulrio. O vocabulrio escandaliza o leitor acostumado com a poesia parnasiana, incluindo expresses que, do seu ponto de vista, pode ser consideradas no poticas. Observe estes versos, (...) vspera do escarro,/Apedreja essa mo vil (...)/Escarra nessa boca (...) estas expresses no poderiam ser consideradas poticas no contexto do Parnasianismo, pois esse estilo literrio se caracteriza pelo uso de um vocabulrio erudito, com palavras elegantes e amenas.

No poema, o homem, a vida social, a amizade, a solidariedade, afeto (beijo, mo que afaga) transformam-se em ingratido, terra miservel, fera, desafeto (escarro, mo que apedreja). Duas aes que causam transtorno no leitor so apedreja a mo amiga e cuspa na boca que te beija, ou seja, o eu-lrico recomenda apedrejar a mo vil de quem se recebeu um afago, escarrar na boca de quem se recebeu um beijo.

Na estrofe final, numa leitura mais profunda, podemos pensar que o eu-lrico estar nos advertindo, precavendo-nos contra aquilo que parece nos ordenar e aconselhar a fazer. O recurso estilstico utilizado foi a ironia, que permite essa interpretao justamente porque consiste em afirmar o contrrio do que se pensa.

O contedo do poema tem tudo a ver com o ttulo Versos ntimos. Assim como todo o poema apresenta um tom irnico, o ttulo tambm o , por sugerir um texto subjetivo, romntico, sentimental, o que a leitura efetiva do poema desmente, ao mostrar que se trata de um texto agressivo, desolador, que se aproxima do grotesco.

Este poema faz parte da obra Eu, nico livro publicado pelo poeta Augusto dos Anjos. Sendo que esta obra uma das mais lidas e relidas de nossa literatura.

ANLISE DO POEMA A IDIA - AUGUSTO DOS ANJOSDe onde ela vem?! De que matria brutaVem essa luz que sobre as nebulosasCai de incgnitas criptas misteriosasComo as estalactites duma gruta?!

Vem da psicogentica e alta lutaDo feixe de molculas nervosas,Que, em desintegraes maravilhosas,Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encfalo absconso que a constringe,Chega em seguida s cordas do laringe,Tsica, tnue, mnima, raqutica ...

Quebra a fora centrpeta que a amarra,Mas, de repente, e quase morta, esbarraNo mulambo da lngua paraltica.O soneto "A Ideia", de Augusto dos Anjos organizado em versos decasslabos, com esquema rmico (esquema de rimas) mostrando rimas interpoladas ou intercaladas (em que o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro) nas duas primeiras estrofes ou quartetos, com padro geral do tipo ABBA ABBA CCD EED; as rimas so tambm externas (quanto posio no verso, no caso de externa - Quando a rima aparece ao final do verso), ricas (Quando a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes) na primeira estrofe e rimas perfeitas quanto sonoridade.O tema do poema "A Ideia" trata da aparente impossibilidade de perfeita comunicao do que se passa no mundo interior, o descompasso entre o que criado no psquico e sua externao e do esforo (segundo o poeta, em vo) para que as qualidades do ser humano a partir de sua materialidade cheguem a se exteriorizar na lngua, fragmento menor dessa tentativa de expressividade do homem.A mtrica rgida, a cadncia musical dos versos e a preocupao filosfica fundiram-se ao singular vocabulrio extrado da rea cientfica para fazer do poema uma criao de grande densidade imagtica e alta carga lrica, perscrutando as possibilidades e impossibilidades do ser, senhor do mundo material e natural e criador de outras dimenses no universo psquico mas, segundo a viso pessimista do excelente poeta, preso, escravizado s suas limitaes de ordem fsica como o rigor das formas restringe as teoricamente ilimitadas fronteiras da criao num poema que busca a superao de tais limites deflagrando a angstia existencial no(s) mundo(s) da(s) ideia(s).ANALISE DA OBRA EU E OUTRAS POESIAS - AUGUSTO DOS ANJOSA obraEu,nico livro de Augusto dos Anjos,foi editada pela primeira vez em 1912.Outras Poesiasacrescentaram-se s edies posteriores. Na primeira edio, a capa branca exibia o ttulo com grandes e vermelhas maisculas impressas no centro. No alto, as letras pretas com o nome do autor e, em baixo, cidade, Rio de Janeiro, e data, 1912. Falecido o poeta em 1914, rris Soares reuniu coletnea original (Eu) a produo recente de Augusto dos Anjos, incluindo mesmo um poema inacabado,A Meretriz. A Imprensa Oficial do Estado da Paraba editou, em 1920,Eu e Outras Poesias, prefaciado pelo organizador. Augusto dos Anjos assombrou a elite letrada do pas com seus versos que no eram parnasianos, nem antecipavam o modernismo. Eram apenas seus. E tamanha era a putrefao que seus versos representavam que, ainda hoje, ele inclassificvel em uma escola, e admirado como um poeta original. Considerado pelo pblico e pela critica, habituados elegncia parnasiana, um livro de mau gosto, malcriado, alguns dos poemas deEuso vistos como os mais estranhos de toda a nossa literatura, por vrios motivos. Dentre eles, ressaltamos o vocabulrio pouco comum, repleto de palavras com forte carga cientificista; a multiplicidade de influncias literrias que recebe, tornando difcil, se no impossvel, sua classificao estilstica e principalmente o desespero radical com que tematiza o fim de todas as iluses romnticas, a fatalidade da morte como apodrecimento inexorvel do corpo, a viso do cosmos em seu processo irreversvel de demolio de valores e sonhos humanos.

"Eu, filho do carbono e do amonaco

Monstro de escurido e rutilnciaSofro, desde a epignese da infnciaA influncia m dos signos do zodaco."

"(...)Toma um fsforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, a vspera do escarro,A mo que afaga a mesma que apedreja.

Se a algum causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mo vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija"

A obra surgida em momento de transio, pouco antes da virada modernista de 1922, bem representativa do esprito sincrtico que prevalecia na poca, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. A mtrica rgida, a cadncia musical, as aliteraes e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrxulo vocabulrio extrado da rea cientfica para fazer doEuum livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma.

Em outras palavras, considerando a produo literria desse poeta, pode-se dizer que traduz sua objetividade pessimista em relao ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulrio tcnico-cientfico-potico.

Transformado em catecismo pelos pessimistas e em bblia dos azarados e malditos, o livroEu de uma instigante popularidade, resistente a todos os modismo, impermevel s retaliaes da crtica e aos vermes do tempo. Foi o poeta mais original de nossa literatura.

As leitura precoces de Darwin, Haeckel, Lamarck e outros, feitas na biblioteca de seu pai, fundamentaram a postura existencial do poeta; a adeso ao Evolucionismo de Darwin e Spencer e a angstia funda, leta, ante a fatalidade que arrasta toda a carne para a decomposio. Fundem-se a viso csmica e o desespero radical, produzindo uma poesia violenta e nova na lngua portuguesa. Temos, portanto, emEu e outras poesias, alm da linguagem cientfica e extravagante, a temtica do vazio da coisas (o nada) e a morte (finitude da vida) em seus estgios mais degradados: a putrefao, a decomposio da matria. Simultaneamente, reflete em seus versos a profunda melancolia, a descrena e o pessimismo frente ao ser e sociedade, elaborando, assim, uma poesia de negao: nega as falsas ideologias, a corrupo, os amores fteis e as paixes transitrias:

"Melancolia! Estende-me a tua asa!s a rvore em que devo reclinar-me...Se algum dia o prazer vier procurar-meDize a este monstro que eu fugi de casa!"

O asco ao prazer expresso de maneira contundente; a relao entre os sexos apenas "a matilha espantada dos instintos" ou "parodiando saraus cnicos, / bilhes de centrossomos apolnicos / na cmara promscua do vitellus." Reduzindo o amor humano cega e torpe luta da clulas, cujo fim seno criar um projeto de cadver, o poeta aspira imortalidade glida, mas luminosa, de outros mundos onde no lateje a vida-instinto, a vida-carne, a vida-corrupo.

Augusto dos Anjos vale-se muitas vezes de tcnicas expressionistas na montagem de seus textos. O Expressionismo, corrente esttica Modernismo, representou uma reao contra o Impressionismo, contra o gosto pela nuance, contra o refinamento e sutileza na captao do momento.

A imagem intencionalmente deformada e agrupada de maneira desconcertante, atravs da transfigurao da realidade. Em lugar da delicadeza e da suavidade, a imagem deformada, por meio de um desenho violento, que acentua e barbariza a forma, aproximando-se, s vezes, do grotesco e da caricatura.

Da o mau gosto, o apotico" que, em Augusto dos Anjos, so convertidos em poesia. O jargo cientfico e o termo tcnico, tradicionalmente prosaicos, no devem ser abstrados de um contexto que os exige e os justifica. Fazia-se mister uma simbiose de termos que definissem toda a estrutura da vida (vocabulrio fsico, qumico e biolgico) e termos que exprimem o asco e o horror ante a existncia.

Apoiando-se em hiprboles e paradoxos, e na explorao de efeitos sonoros, Augusto dos Anjos funde a inflexo simbolista e a retrica cientfica, criando uma dico singular, que projeta a hipersensibilidade e a viso trgica e mrbida da existncia.

ANALISE DO POEMA PSICOLOGIA DE UM VENCIDO - AUGUSTO DOS ANJOSEu, filho do carbono e do amonaco,Monstro de escurido e rutilncia,Sofro, desde a epignese da infncia,A influncia m dos signos do zodaco.

Profundissimamente hipocondraco,Este ambiente me causa repugnncia ...Sobe-me boca uma nsia anloga nsiaQue se escapa da boca de um cardaco.

J o verme esse operrio das runas Que o sangue podre das carnificinas

Come, e vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para ro-los,E h de deixar-me apenas os cabelos,

Na frialdade inorgnica da terra.

1 estrofe:"Eu, filho do carbono e do amonaco,

Monstro de escurido e rutilncia,Sofro, desde a epignese da infncia,A influncia m dos signos do zodaco."O personagem retratado no poema o prprio eu lrico. No primeiro verso, Augusto dos Anjos faz referncia ao carbono e ao amonaco, sendo os dois compostos da atmosfera primitiva que pode ser representada pelo vulco, que tem em sua composio CO2, NH3 e H20. O carbono tambm abundante no corpo humano, o que demonstra a inteno do autor em dizer que filho da matria simples.

No segundo verso o autor utiliza a palavra monstro no sentido de depreciao a si mesmo, uma caracterstica comum em seus poemas. No terceiro verso h o sofrimento gradual, e no verso seguinte o seu sofrimento toma propores universais.

2 estrofe:"Profundissimamente hipocondraco,

Este ambiente me causa repugnncia...

Sobe-me boca uma nsia anloga nsia

Que se escapa da boca de um cardaco."

Nessa estrofe o autor descreve o ambiente em que ele se encontra, sendo esse um lugar de dor e sofrimento que lhe causa nsia e repugnncia. Mais uma vez usada a fisiologia, uma das marcas registradas de Augusto dos Anjos.3 estrofe:"J o verme esse operrio das runas

Que o sangue podre das carnificinas

Come, e vida em geral declara guerra,"

O verme pode ser considerado outro personagem do poema j que ele representa um certo tipo de inimigo do eu lrico quando ele declara guerra vida, sendo essa sua ao.

4 estrofe:"Anda a espreitar meus olhos para ro-los,E h de deixar-me apenas os cabelos,

Na frialdade inorgnica da terra."

O verme espreita os olhos (permite a viso do mundo) do eu lrico e deixa apenas o cabelo que constitudo de queratina, que resistente ao tempo e que no pode ser decomposta pelos vermes."A frialdade inorgnica" o 'fim' do eu lrico que inicialmente era filho do carbono (representao da vida) e que agora est em um ambiente inorgnico (oposto da vida). A parte inorgnica da terra pode ser considerada como um solo firmado por desgaste das rochas e minerais inorgnicos.

BIBLIOGRAFIAANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. 27 ed. Rio de Janeiro: Bedeschi, 1960.ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. 41 ed. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1997

ANJOS, Augusto dos. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.AUGUSTO dos Anjos. Disponvel em: . Acessado em 26 de fevereiro de 2015.BARBOSA, Virgnia.Augusto dos Anjos.Pesquisa Escolar Online, Fundao Joaquim Nabuco, Recife. Disponvel em: . Acessado em 26 de fevereiro de 2015.