Trabalho individual 6 periodo
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Xinguara2015
ERICA GOMES DE OLIVEIRA
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADONOME DO CURSO
A ABORDAGEM ITALIANA DE REGGIO EMILIAO termo protagonismo infantil
Xinguara2015
A ABORDAGEM ITALIANA DE REGGIO EMILIAO termo protagonismo infantil
Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Organização e Didática na Educação Infantil; Arte Educação e Música; Ludicidade e Educação; Prática Pedagógica Interdisciplinar: Infância e suas Linguagens; Seminário Interdisciplinar IV..
Orientador: Prof. Edilaine Vagula, Tatiane Jardim, Marlizete Bonafine Steinle, Rosely Montagnini, Raquel Corrêa Lemos.
ERICA GOMES DE OLIVEIRA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................32 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................3
2.1 QUEM FOI LORIS MALAGUZZI?...................................................................32.2 METODOLOGIA UTILIZADA EM REGIO EMILIA.........................................42.3 O QUE É PROTAGONISMO INFANTIL........................................................62.4 A PROPOSTA DE REGGIO EMILIA.............................................................7
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7
4 REFERENCIAS.........................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
Este presente trabalho te como principal objetivo, conhecer o
trabalho realizado pelos professores em Reggio Emília e o termo “protagonismo
infantil”, associando os conhecimentos e conceitos teóricos apreendidos nas
disciplinas às leituras propostas.
Tentam compreender quais as contribuições da abordagem italiana
Reggio Emília para a reflexão do processo de ensino aprendizagem da Educação
Infantil para o desenvolvimento de seres democráticos, críticos e autônomos. Com
os objetivos de identificar as potencialidades e desafios que tal perspectiva teórica
apresenta para a Educação Infantil no contexto brasileiro, com base na reflexão
sobre a realidade vivenciada em uma escola paulistana particular.
Para isto o trabalho descreve o histórico das creches na Itália. O
desenvolvimento da abordagem pedagógica Reggio Emília, sua concepção
pedagógica, curricular, filosófica, organizacional, pedagogia relacional e sua
adaptabilidade na escola democrática Lumiar. Como esta instituição brasileira forma
indivíduos críticos, autônomos e democráticos.
Nele conheceremos também Lóris Malaguzzi, formado em
Pedagogia, que começou a ensinar nas escolas primárias, e há 06 dias depois da
segunda guerra mundial, juntamente com pais e educadores, criaram através de um
movimento comunitário, escola para crianças pequenas em um vilarejo próximo a
Reggio Emília.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 QUEM FOI LORIS MALAGUZZI?
Lóris Malaguzzi foi o criador da ideia de Reggio Emília, sendo até
hoje seu incentivador primordial. Foi este educador quem constituiu um princípio de
ensino em que não existem as disciplinas formais e que todas as atividades
pedagógicas se desenvolvem por meio de projetos.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, e a cidade em ruínas,
um grupo de cidadãos sentiu a necessidade de reconstruir o tecido social, cultural e
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político da comunidade e materializou a vontade por meio de uma escola para
crianças pequenas em Villa Cella. Construída a partir de um esforço comunitário, do
qual o próprio Malaguzzi fez parte, contou com verba obtida da venda de um tanque
de guerra abandonado, alguns caminhões e cavalos deixados pelos alemães em
retirada.
Impulsionado pelas teorias psicopedagógicas inovadoras da Europa
nos anos 50 e 60, como Jean Piaget, Lev Vygotsky e John Dewey; e também de
pedagogos italianos, como Maria Montessori, irmãs Agazzi, Bruno Ciari, o jovem
Malaguzzi estava certo de que o processo pedagógico deveria ter como centro o
desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral das crianças.
O modelo pedagógico deu tão certo que acabou sendo
municipalizado e hoje engloba 40% das escolas da cidade. A rede Reggio Children é
composta de 13 creches e 21 pré-escolas.
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2.2 METODOLOGIA UTILIZADA EM REGIO EMILIA.
Esta metodologia educacional orienta, guia e cultiva o desenvolvimento intelectual,
emocional, social e moral das crianças. Esta metodologia é baseada na crença de
que as crianças têm as habilidades em potencial, e curiosidade e interesse na
construção de sua aprendizagem, encaixar-se em interações sociais e negociações
com todos os que o ambiente oferece. O foco está em cada criança, não
isoladamente, mas em conjunto com outras crianças, com a família, com os
professores, com o ambiente da escola, da comunidade e do resto da sociedade.
Acredita-se que o bem estar da criança deve ser garantido para que você possa
aprender. Eles também devem conhecer os direitos da criança não apenas suas
necessidades, envolvimento dos pais é essencial e pode ser feito de várias
maneiras.
Esta metodologia visa criar atmosferas ricas e mudanças de processos e
desenvolvimentos em origem a uma das muitas possibilidades e situações de
aprendizagem que todas as crianças têm a experiência para o adulto começa a
distinguir os diferentes papéis desempenhados no grupo e a relação entre eles. Ele
valoriza a importância do envolvimento dos pais com uma prática explícita,
comunicativo disposto a documentar o que a escola faz para crianças e seu
desenvolvimento é o estágio de participação que proporciona às crianças com
interesse e curiosidade sobre o que acontece ao seu redor.
O objetivo desta metodologia é criar uma escola ativa, inventiva, habitáveis e
transmissíveis, um lugar de pesquisa, de aprendizagem, reconhecimento e reflexão
em que os professores estão bem, as crianças e famílias, para fortalecer as relações
entre todas as disciplinas.
O papel do professor nesta metodologia é a educação continuada, o professor tem
que sentir a necessidade de enriquecer a cada dia mais (qualificação profissional),
dando origem o reflexo de seus pensamentos, causando alterações nas ações.
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Estas escolas não têm currículo ou programa, mas procuram se transformar em algo
mais, que vivem com crianças, trabalhando com a certeza, incerteza. La é a
ignorância que os leva a investigar com base nas ideias, sugestões, dúvidas e
problemas decorrentes das crianças. Para tornar tudo isso possível é criar uma
atmosfera de confiança entre o adulto e a criança. Os projetos são baseados em
experiências, as zonas contíguas, um estúdio de arte ou atelier, que contém uma
variedade de materiais, ferramentas e recursos utilizados por todas as crianças e
professores para explorar, criar e expressar pensamentos, uma sala de música,
outro para apresentar uma área de psicomotricidade e áreas verdes. Nas salas de
aula encontramos muitos objetos pequenos e grandes, inventada por educadores e
pais que não estão no mercado às paredes são usado para fazer exposições
permanentes ou curto de crianças e adultos. As paredes são brancas para dar paz e
sossego, sem muitos estudantes decorações para que eles não estejam distraídos.
Educadores trabalham em equipe e fazem projetos com seus parceiros e famílias, a
equipe mantém uma reunião semanal para discutir e aprofundar o projeto.
1.1 O QUE É PROTAGONISMO INFANTIL.
A palavra protagonismo vem de “protos”, que em latim significa principal, o
primeiro, e de “agonistes”, que quer dizer lutador, competidor. Este termo, muito
utilizado pelo teatro para definir o personagem principal de uma encenação.
Dentro da ideia de protagonismo infantil, a criança é tomada como
elemento central da prática educativa, que participa de todas as fases desta prática,
desde a elaboração, execução até a avaliação das ações propostas. A ideia é que o
protagonismo infantil possa estimular a participação social das crianças, contribuindo
não apenas com o desenvolvimento pessoal, mas com o desenvolvimento das
comunidades em que as crianças estão inseridas. Dessa forma, o protagonismo
infantil contribui para a formação de pessoas mais autônomas e comprometidas
socialmente, com valores de solidariedade e respeito mais incorporados, o que
contribui para uma proposta de transformação social. A possibilidade das crianças
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protagonizarem o seu próprio processo de conhecimento dá a elas um sentido e um
significado maior à sua própria aprendizagem. Bem como, que também é importante
dar espaço para as famílias participarem. Segundo Malaguzzi (1999), as crianças
são potentes, ricas e com cem linguagens, cabendo ao professor fazer um trabalho
mediador, relacionando-se tanto com as crianças quanto com suas famílias. Para
ele:
O papel do educador, desta forma, se constitui numa função chave do
desenvolvimento do protagonismo infantil, à medida que tem a intenção clara de
desenvolver a autonomia das crianças. Nesse sentido, todas as suas ações e
estratégias devem estar direcionadas para uma resposta autônoma e criativa por
parte das crianças, evitando aquelas ações e estratégias que promovam a
dependência ou a acomodação.
1.2 A PROPOSTA DE REGGIO EMILIA
A metodologia de Reggio Emília evidencia que a diferença da
subjetividade reforça o valor de cada indivíduo e por isso zela por um modelo
educativo que dê conta de todas as particularidades dos estudantes e das suas
famílias.
Em diálogo com a proposta, as escolas da rede são construídas de
modo a favorecer o diálogo e o conhecimento compartilhado das crianças. Para
tanto, os ambientes – que permitem que a escola acesse o exterior e vice e versa –
estimulam a construção de diversas perspectivas e pontos de vista, consentindo às
crianças uma pluralidade de experiências sensoriais. A estética e arquitetura das
escolas são pensadas como elementos de qualidade do conhecimento, a partir de
uma estrutura que permite a conexão das crianças entre si, com a equipe
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(...) é essencial estarmos focalizados sobre as crianças e estarmos centrados nelas, mas não achamos que isso seja suficiente. Também consideramos que os professores e as famílias são centrais para a educação das crianças. Portanto, preferimos colocar todos os três componentes no centro de nosso interesse. (MALAGUZZI, 1999, p. 75)
pedagógica e com a área externa. As salas que acolhem os projetos das crianças
não são arrumadas para o dia seguinte. A ideia é que as crianças possam revisitar
suas criações e mesmo dar continuidade às suas pesquisas, sendo este um fio
condutor da aprendizagem.
3 CONCLUSÃOApós as leituras sobre as práticas de Reggio Emília, foi possível perceber que a
abordagem é extremamente rica para se pensar a prática pedagógica para a
Educação Infantil, pois permite às crianças experimentarem, levantarem hipóteses e
desenvolverem autonomia, mostrando como o professor deve planejar e
desenvolver as diferentes ações.
Ao longo das leituras o que mais nos chamou atenção foi a capacidade criadora dos
trabalhos desenvolvidos e as interações que o adulto tem com as crianças, criando
um elo afetivo, no qual os interesses e envolvimentos são recíprocos. Nesta
abordagem tanto as crianças como os professores estão envolvidos com o
progresso do trabalho, com as ideias a serem exploradas.
A pesquisa contribuiu imensamente para a formação acadêmica, profissional e
pessoal. Conhecer outra abordagem pedagógica para a Educação Infantil permitiu
refletirmos sobre o potencial da infância e o respeito quanto aos seus direitos, pois
nos trouxe a visão de criança como protagonista e construtora de sua
aprendizagem. A forma com que visam estimular e alcançar o aprendizado reforça a
ideia de compromissos para além da experiência no interior da escola e, nesse
sentido, o grupo ultrapassa experiências de cada particularidade.
4 REFERÊNCIAS
EDWARDS, C. Parceiro, promotor de crescimento e guia – os papéis dos professores de Reggio em Ação. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed, 1999.
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FARIA A. L. G. Impressões sobre as creches no norte da Itália: Bambino sidiventa. In: ROSEMBERG, F.; CAMPOS, M. M. (orgs.) Creches e pré-escolas no Hemisfério
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Norte. São Paulo: Cortez: Fundação Carlos Chagas, 1994.
FILIPPINI, T. O papel do pedagogo. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L. FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed, 1999.
GANDINI, L. Espaços educacionais e de envolvimento pessoal. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed, 1999.
_______. Reggio Emília: experimentando a vida na creche. Entrevista com Cristina Bondavalli. In: GANDINI, L.; EDWARDS, C. (orgs.). Bambini: a abordagem italiana à educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002.
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