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UNIVERSIDADE SANTA CECLIA FACULDADE DE ADMINISTRAO E CIENCIAS CONTBEIS DISCIPLINA DE CMBIO PROF. VTOR LEMELA

MERCADO DE CMBIO5 Semestre C Priscila dos Santos Dias - 144547

Santos, Junho de 2011

OBJETIVO

O presente trabalho tem objetivo de conceituar de forma sucinta as negociaes que envolvem as moedas estrangeiras e os interessados em negociar com essas moedas, bem como o ambiente onde se realizam estas operaes. Observar qual o papel dos agentes envolvidos no Mercado Cambial e verificar a conjuno de fatores que envolvem as operaes no mercado cambial.MERCADO DE CMBIO

O mercado de cmbio aquele que envolve a negociao de moedas estrangeiras e os interessados em negociar com essas moedas. o ambiente onde se realizam as operaes de cmbio, entre os agentes autorizados pelo Banco Central e seus clientes. No Brasil, o mercado de cmbio dividido em dois segmentos, o mercado livre, tambm conhecido como comercial que abrange as operaes de cmbio relativas ao comrcio exterior e de capitais estrangeiros, entre outras e o mercado flutuante, tambm conhecido como turismo, que engloba as operaes no enquadradas no Cmbio Comercial. Os dois so regulamentados e fiscalizados pelo Banco Central. Alm desses dois mercados, existe um segmento chamado mercado paralelo, que no regulamentado. A taxa de cmbio a relao de valor entre duas moedas. Ela indica o preo, em moeda nacional, de uma moeda estrangeira. Atualmente, no Brasil, a taxa de cmbio flutuante, ou seja, uma taxa livre. No mercado de taxa flutuante, no h nenhuma regulamentao oficial que estabelea a taxa, ou seja, ela oscila de acordo com o andamento do mercado. As taxas de cmbio praticadas no mercado brasileiro so publicadas nas pginas econmicas dos principais jornais do Pas, tendo por fonte a transao PTAX 800, do SISBACEN. Tal fonte est disponvel ao pblico em geral. A Estrutura do Mercado Cambial Brasileiro formada da seguinte maneira:y y y

Banco Central do Brasil: rgo executor da poltica cambial brasileira; Banco Autorizado: instituio bancria com quem o cliente fecha o cmbio; Cliente: qualquer pessoa fsica ou jurdica habilitada a comprar ou vend er moeda estrangeira.

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Corretor de Cmbio: intermedirio de quem, facultativamente, o cliente pode se utilizar para realizar as suas operaes de cmbio.BREVE HISTORICO DO CAMBIO NO BRASIL

O Plano Real, que entrou em vigor em julho de 1994, um exemplo da utilizao do cmbio como instrumento de poltica econmica. A Criao da nova moeda, o real, foi colocada atrelada ao valor do dlar e sujeita menor variao cambial. Como a estabilidade da moeda um dos fatores analisados por investidores estrangeiros no momento em que decidem aplicar capital em outro pas, tenta -se com isso garantir o fluxo desses investimentos para o Brasil. Em maro de 1995, o governo adotou o sistema de bandas cambiais, pelo qual o Banco Central fixou um preo mnimo e mximo para a converso do real em dlar. Toda vez que, em funo da oferta e da procura, esses limites eram ultrapassados, o Banco Central intervinha no mercado comprando e vendendo dlares para manter a relao real-dlar dentro da margem fixada. A ttica inversa quando se usa o cmbio como estratgia comercial: em vez de valorizar a moeda, o pas a mantm mais barata para que seus produtos fiquem mais competitivos no mercado internacional. Hoje o BACEN permite ao mercado estabelecer livremente a taxa de cmbio, podendo, no entanto, intervir de forma ocasional e limitada, objetivando conter movimentos desordenados das taxas praticadas.

O PAPEL DO BANCO CENTRAL

Por lei, compete ao Banco Central o monoplio sobre toda moeda estrangeira transacionada no mercado de cmbio. Na prtica, o Banco Central autoriza bancos e outras instituies a operar nesse mercado e estabelece as regras a serem observadas por todos. Alm disso, compete ao B ACEN fiscalizar esse mercado, podendo punir dirigentes e instituies, mediante multas, suspenses e outras sanes previstas em lei. O Banco Central monitora o mercado de cmbio diariamente, por amostragem, atravs da seleo de operaes a partir de todo o universo de instituies e negcios do dia. O BACEN atua tambm diretamente no controle cambial do comrcio exterior, cobrando o ingresso da moeda estrangeira para os respectivos embarques de exportao e a comprovao da internao da mercadoria relativa aos pagament os efetuados a ttulo de importao.

OPERAES PODEM SER REALIZADAS NO MERCADO DE CMBIO

Como regra geral, quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser realizados no mercado de cmbio. Grande parte dessas operaes no necessita de autorizao prvia do Banco Central para sua realizao, pois j est descrita e especificada nos regulamentos e normas vigentes. Basta procurar uma instituio autorizada a operar em cmbio. As operaes no regulamentadas dependem de manifestao prvia do Banco Central. No mercado livre podem ser realizadas as operaes:y y

Decorrentes de comrcio exterior, ou seja, de exportao e de importao; Relacionadas s atividades dos governos, nas esferas federal, estadual e municipal; Relativas aos investimentos estrangeiros no Pas e aos emprstimos a residentes sujeitos a registro no Banco Central; e Referentes aos pagamentos e recebimentos de servios. E no mercado flutuante ou "turismo", alm das operaes relativas compra e

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venda de moeda estrangeira para o turismo internacional, podem ser realizadas diversas transferncias no relacionadas ao turismo, tais como, contribuies a entidades associativas, doaes, heranas, aposentadorias e penses, manuteno de residentes e tratamento de sade. As operaes de mercado primrio implica m na entrada ou sada efetiva de moeda estrangeira do Pas. Esse o caso das operaes realizadas com exportadores, importadores, viajantes, etc. J no mercado secundrio, tambm denominado mercado interbancrio, a moeda estrangeira negociada entre as instituies integrantes do sistema financeiro e simplesmente migra do ativo de uma instituio autorizada a operar no mercado de cmbio para o de outra, igualmente autorizada. no mercado primrio que a empresa obtm recursos para seus investimentos, que os bancos obtm recursos para financiar as empresas, etc. Deve-se ter em mente que apenas nas operaes em mercado primrio que ocorre o fluxo de recursos dos fornecedores de fundos para aqueles que deles necessitam, tanto para investimentos como para consumo. ainda no mercado primrio onde ocorre a colocao

de aes ou outros valores mobilirios, provenientes de novas emisses. As empresas recorrem ao mercado primrio para complementar os recursos que necessitam, visando financiamento de seus projetos ou seu emprego em outras atividades produtivas. O Mercado de Cmbio Primrio est relacionado s Reservas Internacionais, essas que apresentam divisas oriundas do comrcio int ernacional. O objetivo dessa operao de cmbio manter estabilidade nas reservas do pas, visto que com altas reservas os investidores encontraro mais tranqilidade em realizarem suas aplicaes e investimentos; os agentes financeiros internacionais pod em realizar emprstimos para as empresas uma vez que apresentado as reservas como garantia de cumprimento das dvidas. Em caso de crise, ainda haver dlares a serem comprados e os investidores encontram moedas estrangeiras com facilidade para serem troc adas por reais. Porm, quando o pas possui reservas internacionais baixas o Estado bem como as empresas nacionais perdem a credibilidade no mercado externo, visto que se houver uma crise o pas no conseguir realizar seus intentos caso os investidores qu eiram retirar seus investimentos, pois no haver moeda estrangeira na reserva o suficiente para trocar pelos reais desses investidores. Ressalta -se que um dos fatores em que os agentes econmicos internacionais mais tm em considerao para determinar ond e iro realizar os seus investimentos est relacionado com as reservas em moeda estrangeira que o pas possui. O mercado interbancrio de cmbio, tambm conhecido como mercado de cmbio secundrio aquele no qual os bancos praticam entre si operaes de c ompra e venda de moedas estrangeiras. Tais operaes tm trs objetivos: hedge, arbitragem, e especulao. No primeiro caso (objetivo hedge), os bancos procuram eliminar ou limitar o risco cambial advindo de outras operaes realizadas. Por exemplo, o banco pode ter comprado um ttulo com correo cambial, mas pode no querer correr o risco de uma eventual apreciao cambial, recorrendo assim ao mercado secundrio para eliminar ou mitigar tal risco. Os mercados de derivativos so os mais usados para tal fim , embora o interbancrio tambm seja eventualmente utilizado. No segundo caso (objetivo arbitragem), os bancos praticam operaes de arbitragem visando lucrar com a diferena de preos ou taxas de juros. Diversas operaes dessa natureza envolvem cmbio. A mais comum consiste em lucrar com a diferena entre a taxa de cmbio vigente no mercado secundrio e a taxa de cmbio oferecida ao cliente no mercado primrio. Nesse caso, os bancos vendem ou compram cmbio de seus clientes, e procuram nivelar rapidamente suas posies cambiais no interbancrio.

Os clientes por praticarem negcios com o exterior, comerciais e financeiros ofertam e demandam moedas estrangeiras. Os bancos satisfazem as necessidades dos clientes primrios, visando lucrar com o diferencial entre a taxa de cmbio oferecida ao cliente e quela vigente no mercado no momento da operao. Assim, ao efetivarem a operao de compra ou venda no mercado primrio, os bancos visam obter uma posio oposta no mercado secundrio que garanta o ganho d e arbitragem. No ltimo caso (objetivo especulao), os bancos praticam operaes especulativas antecipando o comportamento futuro da taxa de cmbio. Trata -se das posies direcionais, compradas ou vendidas em taxa de cmbio. O mercado interbancrio de cmbio regulamentado e fiscalizado pelo Conselho Monetrio Nacional e pelo Banco Central do Brasil. Praticam operaes nesse mercado apenas bancos expressamente autorizados. As negociaes entre os bancos podem ser realizadas com ou sem a intervenincia de sociedades corretoras. Depois de negociadas, as operaes devem ser obrigatoriamente, registradas e confirmadas no sistema eletrnico de informaes do Banco Central do Brasil, o Sisbacen. Uma operao de cmbio s est contratada e poder ser liquidada a penas se estiver sido devidamente registrada e confirmada nesse sistema. As liquidaes das operaes contratadas so realizadas mediante os pagamentos de moeda nacional, geralmente por transferncias entre as contas de reservas bancrias mantidas junto ao Banco Central do Brasil, e as entregas de moeda estrangeira, realizadas por transferncias entre contas mantidas junto aos bancos correspondentes no exterior. Em resumo, o ciclo de uma operao do mercado interbancrio de cmbio segue a seqncia lgica de negociao, registro, confirmao, contratao e liquidao. Nesse processo participam diferentes agentes, reguladores, fiscalizadores e econmicos. Como reguladores, encontram-se o Conselho Monetrio Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BACEN), a fiscalizao exercida pelo BACEN e os agentes econmicos so os bancos autorizados, as sociedades corretoras, os bancos correspondentes no exterior, a Clearing de Cmbio BM&F e o prprio BACEN.

CONCLUSO

De uma maneira geral, podemos concluir que o mercado de cmbio visa intermediar as negociaes de moedas estrangeiras no pa s, e o BACEN constitui-se como rgo regulador e fiscalizador do mercado de Cambio. Os fatores que envolvem as operaes de cambio constituem-se de suma importncia para a economia de um pas, pois conferem segurana e rentabilidade nas negociaes. A taxa de cmbio uma varivel importante dentro de uma economia, pois pode influenciar o nvel de produo e de inflao dessa economia, alm do prprio comrcio externo e dos movimentos de capital relacionados a esse pas, e de vrios outros aspectos de sua economia. Dessa forma, entendemos que o cmbio um fator primordial no comrcio internacional e, s vezes, determinante da margem de lucro do negcio.

FONTES BIBLIOGRFICAS

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