Trabalho Proteção Contra Incêndio Final - Prof. Rildo

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ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO EST2010SP9 SISTEMA INTELIGENTE DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO - ATUALIDADE - Alex Andrade Hercy Cláudio Barbosa Soares Tatiane Silva Cardoso Muglia Vladimir Queiroz

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ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

EST2010SP9

SISTEMA INTELIGENTE DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO - ATUALIDADE -

Alex Andrade HercyCláudio Barbosa Soares

Tatiane Silva Cardoso Muglia Vladimir Queiroz

BELO HORIZONTE, MGJULHO/2010

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Alex Andrade HercyCláudio Barbosa Soares

Tatiane Silva Cardoso MugliaVladimir Queiroz

SISTEMA INTELIGENTE DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO - ATUALIDADE -

Trabalho apresentado na disciplina de Proteção Contra Incêndio e Explosões do curso de Engenharia de Segurança do

Trabalho da Fundação Mineira de Educação e Cultura.

Professor: Rildo Marcelo Alves

BELO HORIZONTE, MG

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JULHO/ 2010

ÍNDICE

1 – Introdução...............................................................................................................................................3

2 – Problema.................................................................................................................................................4

3 – Objetivo...................................................................................................................................................5

4 - Justificativa..............................................................................................................................................5

5 – Revisão Bibliográfica...............................................................................................................................55.1 O Fogo................................................................................................................................................55.2 Classificação do Incêndio...................................................................................................................65.3 Medidas de Segurança Contra Incêndio............................................................................................75.4 Sistemas Inteligentes de Prevenção e Combate a Incêndios............................................................8

6 – Desenvolvimento.....................................................................................................................................96.1 Sistemas de Detecção de Incêndios..................................................................................................9

6.1.1 Detectores de Gás....................................................................................................................106.1.2 Sistema Modular de Detecção de Incêndio..............................................................................126.1.3 Detector de Fumaça e Temperatura........................................................................................12

6.2 Sistemas de Combate a Incêndio....................................................................................................146.2.1 Inergen......................................................................................................................................146.2.2 Sprinklers..................................................................................................................................156.2.3 Misting......................................................................................................................................16

7 – Conclusão.............................................................................................................................................17

8 – Bibliografia............................................................................................................................................18

Figuras

Figura 1 - Triângulo do fogo..........................................................................................................................5

Figura 2: Tetraedro do fogo..........................................................................................................................6

Figura 3: Portátil ist - jl 268.........................................................................................................................10

Figura 4: IST – TC100N..............................................................................................................................10

Figura 5: Detector de Gás Gd Wireless......................................................................................................11

Figura 6: Sistema Modular de Detecção de Incêndio.................................................................................12

Figura 7: MTD 533......................................................................................................................................13

Figura 8: Instalação com cilindros de Inergen............................................................................................15

Figura 9: Sprinkler.......................................................................................................................................16

Figura 10: Misting........................................................................................................................................17

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1 – Introdução

O fogo está presente na Terra desde o início de sua formação, passando a coexistir

com o homem depois do seu aparecimento. Os primeiros contatos, que os habitantes

tiveram com o fogo, foram por meio de manifestações naturais como os raios que

provocavam e ainda provocam grandes incêndios florestais.

Com a evolução, o homem passou a utilizar o fogo como parte integrante da vida para

sua iluminação, aquecimento, cozimento da comida, etc. Nesse período, o homem

dominava, plenamente, as técnicas de obtenção do fogo tendo-o, porém, como um

fenômeno sobrenatural (Apostila do CONCURSO/2008 – Prevenção e Combate a

Incêndio, doc. Eletrônico, 2008).

O fogo é uma manifestação de combustão rápida com emissão de luz e calor.

Ele é constituído por três entidades distintas, formando o chamado "Triângulo do

Fogo". Já o incêndio pode ser definido como uma ocorrência de fogo não controlado,

que pode ser extremamente perigoso para os seres vivos e as estruturas.

Quando não são causados por ações naturais, os incêndios são decorrentes da falha

humana, material ou ambas; predominando segundo dados estatísticos a falha dos

seres humanos, como descrito a seguir:

Brincadeiras de Crianças;

Exaustores, Chaminé, Fogueira;

Balões;

Fogos de Artifícios;

Displicência ao cozinhar;

Descuido com fósforos:

Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis;

Aparelhos Eletrodomésticos;

Pontas de Cigarros;

Vazamento de Gás Liqüefeito de Petróleo (G.L.P.);

Ignição ou Explosão de Produtos Químicos;

Instalações Elétricas Inadequadas;

Trabalhos de Soldagens;

Ação Criminosa;

O incêndio pode ser propagado rapidamente por meio da transmissão do calor

liberado, para outra parte do combustível ainda não incendiado, ou para outro corpo

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combustível distante, também não incendiado. Este processo poderá ocorrer sob três

formas: Condução, Convecção e Irradiação (Apostila do CONCURSO/2008 –

Prevenção e Combate a Incêndio, doc. Eletrônico, 2008).

Praticamente em todos os lugares existe uma situação onde somente será preciso a

elevação da temperatura para se ter um incêndio, já que o oxigênio está presente em

toda atmosfera da Terra e é vital à vida humana, e o combustível também está

presente em diversos ambientes do cotidiano do ser humano. Em vista disso, este

trabalho tem por objeto de estudo apresentar os diversos sistemas inteligentes de

prevenção e combate a incêndios decorrentes de ações naturais ou falhas humanas e

materiais.

2 – Problema

Os principais danos causados pelos incêndios ocorrem sobre a propriedade e a vida.

Em vista disso, a instalação de um sistema de proteção remete à não ocorrência do

dano e o combate ao incêndio logo no seu início, minimizando os prejuízos e as

perdas, inclusive humanas.

Áreas específicas dos empreendimentos exigem proteção excepcional. Quer possua

objetos de valor significativo, ou equipamento e máquinas vitais para o funcionamento

normal da organização, além de locais com grande circulação de pessoas.

Dentre os danos mais relevantes causados pelos incêndios têm-se:

Morte e lesão de seres vivos;

Perda de dados e registros importantes (podendo no caso de uma empresa,

resultar na perda de contratos e clientes importantes, ou atrasos no serviço);

Prejuízos patrimoniais e financeiros.

Face aos problemas supracitados, o presente trabalho apresenta algumas soluções

através dos resultados de uma pesquisa sobre sistemas modernos de proteção e

combate a incêndios.

3 – Objetivo

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O presente trabalho tem como objetivo apresentar alguns dos principais sistemas

inteligentes de prevenção e combate a incêndio existentes atualmente, de forma a

identificar suas aplicações, modo de funcionamento e principalmente sua importância

na prevenção e combate aos incêndios que possam existir em diversos locais.

4 - Justificativa

O presente trabalho justifica-se devido à importância do conhecimento e da aplicação

dos sistemas inteligentes de prevenção e combate a incêndio nos ambientes. Sem a

necessidade da ação humana, os sistemas inteligentes monitoram constantemente as

condições do ambiente e detectam automaticamente mudanças que indiquem a

existência de focos de incêndio. Os equipamentos, considerados inteligentes têm a

função de monitorar, prevenir e combater os incêndios garantindo uma maior

segurança e proteção aos seres vivos e bens materiais.

5 – Revisão Bibliográfica

5.1 O Fogo

O fogo consiste em uma manifestação de combustão rápida cuja resultante consiste

na emissão de luz e calor (ONO, 2004). Para existir, o fogo depende da presença de

três entidades distintas, que compõem o chamado "Triângulo do Fogo" (Figura 1) são

eles o combustível (material que queima), o comburente (entidade que permite a

queima) e o calor. Sem estas entidades, não pode haver fogo.

Figura 1 - Triângulo do fogo Fonte: www.areaseg.com.

Logo, o fogo é o resultado de um processo exotérmico de oxidação onde um composto

orgânico em contato com uma substância comburente, como o oxigênio do ar, ao

atingir a energia de ativação, também conhecida como temperatura de ignição, entra

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em combustão. Esta energia de ativação necessária para inflamar o combustível pode

ser fornecida por meio de uma faísca ou de uma chama, que após o inicio da

combustão é mantida, pelos combustíveis, que geram mais calor, liberando mais

gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os responsáveis pela

liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia (NILTON, 1996).

Portanto, enquanto houver fornecimento contínuo do meio de um combustível, de calor

e de um comburente (oxigênio) o fogo não se apagará. Desta forma pode-se extinguir

o fogo retirando-se o calor, por meio de um resfriamento ou realizando um abafamento

de modo a remover o oxigênio ou ainda, fazendo cessar a oferta de combustível.

Contemporaneamente o triângulo do fogo foi acrescido com mais um elemento: a

reação em cadeia, formando deste modo o tetraedro ou quadrado de fogo (Figura 2).

Figura 2: Tetraedro do fogoFonte: www.users.femanet.com.br/química/matsemana/MOD_2.doc.

5.2 Classificação do Incêndio

Segundo a NBR – 12693 (1993), o fogo é classificado em função do material

combustível, e se divide em quatro classes:

a) Classe A: Caracteriza-se por incêndio em materiais sólidos como:

tecidos, madeira, papel, fibras, etc. Estes materiais possuem a

propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e deixam

resíduos quando queimados;

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b) Classe B: Caracteriza-se por incêndio em líquidos inflamáveis que

queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como

óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;

c) Classe C: Caracteriza-se por incêndio em equipamentos elétricos

energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição,

fios, etc;

d) Classe D: Caracteriza-se por incêndio em metais pirofóricos como

magnésio, zircônio, titânio, entre outros. Estes metais inflamam-se em

contato com o ar ou produzem centelhas e até explosões, quando

pulverizados e atritados.

5.3 Medidas de Segurança Contra Incêndio

Podemos classificar as medidas de segurança contra incêndio como de prevenção ou

de proteção. As medidas de prevenção são aquelas que visam a implantação de

elementos que possuem o objetivo de prevenir ou controlar o risco da ocorrência do

início do incêndio (BERTO, 1991).

Por outro lado, as medidas de proteção contra incêndio são aquelas que devem ser

adotadas para evitar os efeitos nocivos do incêndio que já se desenvolve no edifício,

com o intuito de proteger a vida humana e os bens materiais. Estas medidas são

necessárias ao sistema de segurança contra incêndio, caso as medidas de prevenção

a falhem permitindo o surgimento do incêndio. Elas têm como objetivo principal a

limitação do crescimento do incêndio; extinção inicial do incêndio; precaução contra a

propagação entre edifícios; evacuação segura do edifício; precaução contra o colapso

estrutural; e rapidez, eficiência e segurança das operações de combate e resgate

(BERTO, 1991).

Ainda de acordo com Berto (1991) podemos dividir as medidas de proteção contra

incêndio em dois grupos: proteção passiva e proteção ativa.

A proteção passiva é formada por medidas que devem ser definidas no projeto civil e

arquitetônico do edifício e que independem de uma ação para o seu funcionamento

em caso de incêndio, sendo que o seu uso não impeça a adoção de outras medidas

paralelamente, como por exemplo: a acessibilidade à construção para as equipes de

resgates, a implantação de rotas de fugas, o estudo da estrutura, dos elementos

constitutivos e dos compartimentos a fim de evitar a propagação do incêndio, entre

outras. (LEITE E ASSIS, 2009)

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A proteção ativa, ao contrário da passiva, é composta por equipamentos e instalações

contra incêndio que dependem de uma ação para o seu funcionamento, seja manual

ou automática. O objetivo destas instalações é uma detecção rápida do incêndio, para

que, dessa forma, seja mais seguro o abandono dos ocupantes do edifício e tornando

possível um combate e controle mais eficazes do fogo. Destacam-se como principais

sistemas de proteção ativa:

a) Sistema de detecção e alarme automáticos de incêndio (detectores de fumaça,

temperatura, raios infravermelhos, etc. ligados a alarmes automáticos) - NBR

9441;

b) Sistema de iluminação de emergência – NBR 10898;

c) Sistema de controle / exaustão da fumaça de incêndio.d) Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - NBR 13434

e) Sistema de alarme manual de incêndio (botoeiras) NBR - 9441;

f) Sistemas de extinção automática de incêndio (chuveiros automáticos,

sprinklers e outros sistemas especiais de água ou gases) - NBR 10897;

g) Sistema de hidrantes – NBR 5667;

h) Sistemas de proteção por extintores de incêndio – NBR 12693;

i) Portas corta-fogo para Saída de Emergência - NBR 11742/2003;

j) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (Pára-raios) - NBR 5419.

Tratando-se de uma instalação à qual seria desejável que nunca

fosse necessário recorrer e que felizmente quase sempre fica apenas

aguardando a eventualidade de um terrível evento, existe uma

tendência a se desprezar a possibilidade do sinistro – incêndio, o que,

conseqüentemente ou não, tem por efeito procurar justificar a

economia com a execução de instalações inadequadas e o

desatendimento a existência de ordem arquitetônica e construtiva,

cuja importância é primordial (MARCINTYRE, 1996, p.338).

5.4 Sistemas Inteligentes de Prevenção e Combate a Incêndios

Detectar o incêndio em seu estágio inicial é fundamental para se conseguir evitar sua

propagação de forma a conter ao máximo as perdas. Neste sentido, a ativação dos

sistemas de proteção deve ocorrer o mais breve possível. (EVANGELISTA, 2008)

Sistemas inteligentes de prevenção a incêndios monitoram constantemente as

condições do ambiente e detectam automaticamente mudanças que indiquem a

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existência de focos de incêndio e ativam, sem necessidade da ação humana, os

sistemas de alerta e de combate a incêndios. Basicamente são módulos de controle

(painéis) que integram todo sistema de detectores, alarmes e sistemas de combate, de

forma autônoma e ininterrupta.

Dentre este grupo, se encontram os sistemas de detecção automática de fogo, que

constitui num certo número de detectores, de fumaça ou calor, ligados a um painel

central de monitoração. Segundo EVANGELISTA (2008) detectores de fumaça ou

gases combustíveis são preferíveis aos de calor, devido à quantidade de fumaça

produzida no estágio inicial de um incêndio.

Além dos sistemas de detecção existem também sistemas automáticos de alarme que

visam enviar automaticamente um sinal ao corpo de bombeiros mais próximo a fim de

que a equipe de resgate e combate ao incêndio chegue ao local o mais rápido

possível.

Os sistemas citados nos parágrafos anteriores têm por objetivo a detecção e o alerta

do incêndio. Se junta a eles o sistema de supressão automática de incêndio que

possui funcionamento através de água (sprinklers/misting) ou gás (dióxido de

carbono).

Apesar da grande importância dos sistemas inteligentes de prevenção e combate a

incêndios EVANGELISTA (2008) destaca a importância da existência de um sistema

manual de incêndio para funcionar como apoio no caso de pane ou defeito dos

equipamentos automatizados.

6 – Desenvolvimento

Existem no mercado, diversos modelos de sistemas inteligentes de prevenção e

combate a incêndios. Neste capítulo apresentaremos alguns destes sistemas

subdividindo os mesmos modelos em dois subgrupos: sistemas de detecção de

incêndio (fumaça, gás ou calor) e sistemas de combate a incêndios.

6.1 Sistemas de Detecção de Incêndios

Entre os sistemas de detecção de incêndios destacamos os seguintes.

6.1.1 Detectores de Gás

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Os detectores de gás funcionam como alarmes projetados para detectarem a

concentração de gases combustíveis e/ou tóxicos e fornecerem um sinal sonoro e

visual quando os níveis de concentração destes gases atingirem um valor superior ao

limite estabelecido como normal.

Para se definir o equipamento que será instalado, deve-se avaliar a aplicação e o

ambiente. Recomenda-se que o fornecedor conheça o projeto, indique o produto

adequado e que forneça certificações do equipamento.

Entre os detectores de gás encontrados no mercado podemos destacar os seguintes:

DETECTOR DE GÁS IST

Figura 3: Portátil ist - jl 268

O detector portátil IST – JL 268 é projetado com haste flexível e possui sensibilidade

ajustável, 30 níveis de luz / indicação em três cores, botão de “reset” (re-

estabelecimento), alarme de indicação de bateria baixa, auto-teste e aviso de falha de

sensor, “Warm-up” automático, tempo de resposta rápido.

Figura 4: IST – TC100N

O IST-TC100N é um detector de gás projetado para detectar um de uma série de

gases, detectar a concentração desse gás em particular, e fornecer um alarme quando

as concentrações de gases atingem níveis predefinidos.

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O IST-TC100N funcionará stand-alone e com suas próprias saídas de 4 a 20 mA e

contatos de relês, permitem conexão a sistemas analógicos tais como: PLC , Painéis

de Monitaração e Centrais de Alarmes. Adequado para detecção de gás em refinarias,

plantas de produtos químicos, estações de GLP, caldeiras a gás, e pinturas a spray e

etc.

DETECTORES DE GÁS SÉRIE GD

Os detectores de gás GD são um tipo de alarme de gás projetado para detectar a

concentração de gases combustíveis e/ou tóxicos. De montagem simples, fornece

sinal visual e sonoro quando a concentração de gás atinge a faixa pré-ajustada, e

através de contato de relê, proporciona condição para evitar acidentes fatais tais

como: fogo, explosão, “sufocamento”, e outros. Os detectores estão disponíveis para:

Gás de petróleo liquefeito (GLP), Gás natural (Metano), Propano, Hidrogênio,

Monóxido de Carbono (CO) e outros. Podem ser instalados em residências, cozinhas

industriais e locais similares.

Estes detectores fornecem um sinal visual e sonoro avisando para se tomar uma ação

favorável imediata, de forma que possa ativar outro equipamento de combate a

incêndio conectado, ventilar o gás ou fechar o abastecimento para evitar incêndios,

explosões, “sufocamentos” e outros acidentes.

Eles utilizam de um controlador MCU, que descarta falsos alarmes e oferece um

contato de relê que permite sua interligação a um Sistema de Alarme de longa

distância.

Figura 5: Detector de Gás Gd Wireless

6.1.2 Sistema Modular de Detecção de Incêndio

Módulos independentes e integrados entre si, que monitoram permanentemente o

ambiente. Sua arquitetura é descentralizada e redundante, ou seja, mesmo após

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múltiplas falhas no sistema primário ou em outros módulos, o sistema continua em

operação. Um sistema de laços interliga todo o sistema e mesmo isolado do sistema

principal, cada modulo continua a desempenhar suas funções ou pode assumir,

conforme a hierarquia, o controle completo do sistema.

Figura 6: Sistema Modular de Detecção de Incêndio

6.1.3 Detector de Fumaça e Temperatura

Os detectores de fumaça funcionam medindo o número de partículas de fumaça no ar

e nesse caso detectores fotoelétricos são usados. Já os detectores de calor medem a

elevação de temperatura dentro de um intervalo determinado ou ao atingir temperatura

máxima. Esse grupo inclui detectores que medem a taxa de aumento de temperatura e

detectores de temperatura fixa.

MTD 533 (Detector Multisensor de Fumaça e Temperatura)

O MTD 533 é um detector híbrido de incêndio, pois utiliza um sensor de fumaça com

confirmação de temperatura resultando em uma detecção antecipada do

desenvolvimento de focos de incêndio. O sensor de temperatura também tem a função

de detectar o fogo quando o mesmo se desenvolve sem a presença de fumaça e o

fogo se desenvolve rapidamente elevando muito a temperatura.

Os alarmes de fumaça e temperatura são sinalizados e parametrizados

separadamente, exibindo na central dois estágios auto monitorados e, a compensação

de auto derivação que garante uma operação otimizada. Além da saída com controle

programável, o detector possui um sinal de aviso quando a temperatura ambiente se

torna muito elevada (SECURITON, doc. Eletrônico, 2010).

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Figura 7: MTD 533Fonte: http://www.securiton-americas.com/cms/front_content.php?idcat=265

MSD 533 (Detector de Fumaça Multi-sensor)

No MSD 533 (Detector de Fumaça Multi-sensor) os elementos - emissor e receptor de

luz são dispostos em ângulos específicos na câmara de amostragem prevenindo que

os raios de luz emitidos pelo emissor atinjam o receptor diretamente (SECURITON,

doc. Eletrônico, 2010).

Primeiro a luz dispersa pela fumaça (efeito Tyndall) atinge o elemento receptor e é

convertida em sinal eletrônico. Se o sinal alcança o valor de alarme, um alarme e

enviado automaticamente para a unidade de controle. Um estágio avançado de alerta

monitora constantemente o detector para contaminação e comunica a sua condição à

unidade de controle (central). Esta característica de auto-monitoramento garante que o

detector funcione de maneira ótima (SECURITON, doc. Eletrônico, 2010).

A sensibilidade do detector se adapta à temperatura ambiente preponderante na área

e automaticamente regula a sensibilidade da fumaça (SECURITON, doc. Eletrônico,

2010).

UTD 533 (Detector Universal de Temperatura)

O UTD 533 (Detector Universal de Temperatura) detecta fogos com e sem emissão de

fumaça. Segundo o fabricante, é o detector ideal para locais onde há a possibilidade

de rápida evolução de fogo e o desenvolvimento de altas temperaturas ou, locais

aonde devido às condições do ambiente, detectores de fumaça não podem ser

empregados (SECURITON, doc. Eletrônico, 2010).

O funcionamento de um sensor de temperatura tipo NTC se dá por meio do

monitoramento da temperatura ambiente e da razão de crescimento da temperatura.

Caso a temperatura fixa ajustada ou a razão de crescimento da temperatura forem

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excedidos, o detector envia um sinal de alarme para a central de controle. A faixa

específica de detecção pode ser definida via central de controle (SECURITON, doc.

Eletrônico, 2010).

6.2 Sistemas de Combate a Incêndio

6.2.1 Inergen

Trata-se de um gás inerte, não corrosivo, não combustível e não reagente com a

maioria das substâncias. É obtido pela mistura de três gases: nitrogênio (52%),

argônio (40%) e dióxido de carbono (8%). Uma vez que estes gases ocorrem

naturalmente na atmosfera, o inergen não contribui para o efeito estufa e também não

representa risco para a camada de ozônio (TECNISIS, doc. eletrônico, 2010).

Este gás extingue o fogo através da redução do nível de oxigênio no ambiente até que

seja insuficiente para sustentar o processo de combustão, mas suficiente para a

manutenção da vida. A atmosfera normal de uma sala contém 21% de oxigênio e

menos de 1% de dióxido de carbono, entretanto se baixarmos a quantidade do

primeiro para valores abaixo de 15%, a maioria dos combustíveis não continuará

queimando (EVANGELISTA, 2008).

O inergen reduz o nível de oxigênio do ambiente para 12,5%, enquanto eleva a

concentração de dióxido de carbono para 4%. O aumento da quantidade de dióxido de

carbono aumenta a taxa respiratória e a capacidade de absorção de oxigênio pelo

organismo humano. Em síntese, o corpo humano é estimulado, pelo dióxido de

carbono, a respirar mais rápido e profundamente, para compensar a redução de

oxigênio na atmosfera. Sendo constituído por gases atmosféricos, não possui os

problemas de toxicidade associados aos agentes alternativos presentes no Halon,

originários de processos químicos; também não libera sub-produtos perigosos como o

ácido fluorídrico (resultante da decomposição térmica pela exposição ao fogo dos

produtos que contêm flúor em sua formulação) (EVANGELISTA, 2008).

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Figura 8: Instalação com cilindros de Inergen Fonte: http://www.incendiostecnisis.com/inergen/conceito.html

6.2.2 Sprinklers

Desde a sua invenção e correta aplicação, os sprinklers (chuveiros automáticos) tem

se mostrado como o melhor equipamento disponível para combate a incêndios, e o

que obteve maior êxito no combate aos incêndios em edificações.

Uma pesquisa realizada ao longo da década de 80 nos EUA (Solomon apud ABNT,

doc. eletronico) apresentou os seguintes resultados:

8% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 1(um)

sprinkler;

48% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 2(dois)

sprinkler;

89% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por até 15(quinze)

sprinkler.

Adicionalmente, ainda nos apresenta mais duas informações interessantes:

Os danos materiais causados por incêndios em hotéis foram 78% menores nos

hotéis que possuíam um sistema correto de sprinklers;

Não se tem registro de mais do que 2(duas) vítimas fatais em edificações

protegidas por sistemas de sprinklers corretamente projetados e operados.

Sistemas de sprinklers são de fundamental importância no combate a incêndios uma

vez que após o incêndio atingir um determinado estágio de desenvolvimento

(geralmente, depois de apenas dez minutos), o único elemento supressor eficiente

será a água. E nestes casos um sistema adequado de sprinklers é indispensável uma

vez que a substância supressora (água) será aplicada durante um estágio mais

próximo do início do fogo e conseqüentemente antes do incêndio se espalhar

(EVANGELISTA, 2008).

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Os sprinklers aplicam a água diretamente nas chamas e no calor, comportamento que

resfria o processo de combustão e previne a ignição de materiais combustíveis que

estejam próximos ao fogo.

Figura 9: SprinklerFonte: http://www.google.com.br/images

6.2.3 Misting

Versão moderna dos sprinklers tradicionais o misting utiliza água sob pressão para

produzir minúsculas gotas, que, ao entrar em contato com o fogo, criam uma névoa de

vapor d’água que ajuda na rápida extinção do incêndio. Este sistema possui diversas

vantagens, entre as estas podemos citar que o misting não encharca os materiais que

protege, é inofensivo para humanos, fácil de ser reposto e não possui subprodutos

nocivos. Entretanto para que seu funcionamento se dê a contento é necessário um

grande incêndio, além de ser necessário a utilização de um suplemento de água

exclusivo (WOODS, doc. eletrônico, 2002).

O misting pode ser uma alternativa quando um sistema de sprinklers não oferece a

performance desejada, quando é necessário utilizar menos água do que a quantidade

empregada por sprinklers ou quando é preciso substituir um agente gasoso de

supressão de incêndios.

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Figura 10: MistingFonte: http://www.google.com.br/images

7 – Conclusão

A preservação de vidas humanas e ativos materiais é o objetivo de todo projeto de

prevenção e combate a incêndios. Portanto, a adoção de sistemas estáveis, confiáveis

e a prova de falhas são necessárias. Assim, conclui-se que optar pelo uso de sistemas

inteligentes de prevenção e combate a incêndios garante maior segurança e proteção

à vida e outros bens.

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8 – Bibliografia

BERTO, A. F. “Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais a serem considerados no projeto arquitetônico dos edifícios’’. São Paulo, 1991. Dissertação (Mestrado) – FAUUSP.

EVANGELISTA, F. M. “Incêndios em bibliotecas: a perda da memória patrimonial e os prós e contras dos métodos de prevenção e controle”. Porto Alegre, 2008. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

LEITE, Yuri Lima e ASSIS, Edílson Machado de. “Segurança contra incêndio e sua importância em patrimônios histórico-culturais”. 2009.

MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações Hidráulicas: Prediais e Industriais. 3ª edição. Rio de Janeiro, Livros técnicos e científicos editora, 1996.

NILTON, J. Santos. Teoria do fogo, 1996

ONO, R. “Proteção do Patrimônio Histórico- Cultural Contra Incêndio em Edificações de Interesse de Preservação”. Palestra apresentada na Fundação Casa Rui Barbosa, Rio de Janeiro, 2004.

Prevenção e Combate a Incêndio, 2008. Disponível em:< http://www.dgei.cbmerj.rj.gov.br/documentos/CFC_AUX_ENF_CFSD_MOT/Apostila_Prev_Comb_Inc_CFC.pdf>. Acesso em: 29/08/2010.

WOODS, Chris. Halon Replacement Comparison at Dorset Record Office. Disponível em:<http://www.ica.org/groups/sites/default/files/Halon%20replacement.doc>. Acesso em: 28/08/2010.

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