Trabalho Responsabilidade Social Corporativa

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1 SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA – SOCIESC TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Ricardo Okamoto

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Trabalho sobre responsabilidade Social Ricardo OKamoto

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA SOCIESCTECNOLOGIA EM GESTO DA QUALIDADE

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVARicardo Okamoto

Curitiba2015RESUMO

O objetivo deste trabalho mostrar o peso que a Responsabilidade Social tem tido nas empresas e o papel fundamental da Comunicao no desenvolvimento das aes sociais juntamente com a comunidade e colaboradores. Iniciativa a qual tende a influenciar com uma certa intensidade a cada dia nas decises dos consumidores impactando diretamente em resultados e valores dos empreendimentos. A importncia de se conhecer as prticas de Responsabilidade Social nas Organizaes extremamente relevante para que se possa identificar sua identidade e a sua funo real na sociedade, alm de investigar se os investimentos em responsabilidade social feito por estas organizaes provocam alguma mudana na vida das pessoas e no local onde vivem. Portanto, vale-se a exemplificao de algumas empresas, lderes em seus mercados de atuao, que colocam cotidianamente em prtica toda a teoria apresentada nas linhas desta monografia. Assim, ao disponibilizar recursos financeiros, a empresa se convence de que conquistar, devido a sua preocupao social e ambiental, vantagens competitivas no mercado. Atualmente administrar e organizar so desafios em um ambiente de mudana rpida de mltiplas exigncias e a comunicao torna-se uma ferramenta necessria para o desenvolvimento e incorporao do conceito e do sentido de responsabilidade social empresarial. Isto ocorre na medida em que o relacionamento entre sociedade e organizao possibilite a prtica de aes que ponderem a atuao destas organizaes e gerem um equilbrio social, de maneira que os interesses coletivos sejam valorizados e atendidos.

SUMRIO

INTRODUO4REVISO DE LITERATURA5DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL52.2. RESPONSABILIDADE SOCIAL5INICIATIVAS DE EMPRESAS SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL92.3. AS ORGANIZAES E A COMUNIDADE11A IMPORTNCIA DA COMUNICAO NO RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE ..............................................................................................12A COMUNICAO NO PROJETO NUTRIR 14 VOLUNTARIADO15LEI DO VOLUNTARIADO.......................................................................16 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA NESTL173.1. FUNDAO NESTLE DO BRASIL....................................................................173.2. CRIAO DO VALOR COMPARTILHADO.......................................................173.2.1. GUA..............................................................................................................183.2.2. DESENVOLVIMENTO RURAL.......................................................................183.2.3. NUTRIO.....................................................................................................18PROPOSIO21MTODO21RESULTADOS21DISCUSSO23CONCLUSO24REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..261. INTRODUOO interesse em conhecer as atividades de Responsabilidade Social e principalmente as conseqncias que impactam os envolvidos, vem aumentando a cada dia. A prtica dessa ao, alm de estar cada vez mais presente nas organizaes, utilizada na gesto estratgica da empresa devido a grande competitividade no mercado atual.Em uma organizao, a Responsabilidade Social Corporativa necessita utilizar os recursos empresariais, tanto humanos, quanto financeiros e tecnolgicos, para ampliar sua atuao social, fazendo parte das principais decises da empresa. Desta forma, os comportamentos sociais e a mobilizao para a prtica da Responsabilidade Social Corporativa se tornam mais fceis, potencializando as aes a serem desenvolvidas.O profissional de Comunicao tem o seu papel como agente de mudanas dentro das instituies em que atuam. necessrio ser ponte entre os interesses das empresas e as necessidades da sociedade, para que ambos cresam de forma satisfatria.A proposta da monografia colaborar para o entendimento da prtica da Responsabilidade Social aplicada nas empresas destacando o case da Nestl. O contedo aborda os Conceitos de Responsabilidade Social, Responsabilidade Empresarial e Corporativa e Sustentabilidade, conceitos que auxiliam na compreenso do papel e do interesse das empresas em relao as aes de Responsabilidade Social.Em seguida, destaca-se alguns exemplos prticos e o desempenho social de algumas empresas, com objetivo de no s compreender a Responsabilidade Social como um diferencial competitivo na busca de uma boa imagem Institucional, mas tambm o resultado que a prtica traz tanto para empresas e colaboradores envolvidos quanto a comunidade envolvida.Este trabalho tambm mostra que a relao da comunicao com a prtica da Responsabilidade Social nas empresas vai muito alm perante a mudana de hbito e de percepo do consumidor ao adquirir um produto ou servio de uma corporao.

2. REVISO DE LITERATURA2.1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTVELA idia de sustentabilidade abrange as dimenses ecolgica e ambiental, demogrfica, cultural, social, poltica, e institucional. preciso ressaltar a sustentabilidade do abastecimento, ou seja, sem o fornecimento de gua, alimentos e energia, no possvel sustentar pessoas, cidades, sociedades ou civilizaes.Nas ultimas dcadas, o mundo est passando por uma crise de evoluo, onde os sinais mais visveis so climticos juntamente com a extino de espcies. Por conta disso, hoje se vem iniciativas prticas na vida pessoal, empresarial organizacional e social. No campo empresarial, as prticas de sustentabilidade enfatizam a produo com o menor gasto e desperdcio de energia e de recursos naturaisAtualmente, a busca pela identificao das aes sociais com a cultura da empresa traz novas prticas na Responsabilidade Social como o desenvolvimento Sustentvel, que traz a idia de bem estar social relacionado ao cenrio ambiental e social do mundo e no mais atrelado ao desenvolvimento econmico.

2.2. RESPONSABILIDADE SOCIALCada vez mais ganha-se importncia e atualidade o papel de agente social das empresas no processo de desenvolvimento. Mais importante que o surgimento o aumento de conscientizao a tica e a responsabilidade social. Trata-se do respeito pelo individuo, pelo ambiente natural e principalmente pela continuao da vida no mundo.A sustentabilidade empresarial deve se basear em trs aspectos bsicos: o ambiental, o econmico e o social. A primeira varivel diz respeito ao uso racional dos recursos naturais e maximizao dos impactos ambientais positivos no ciclo de vida dos produtos, desde a extrao da matria-prima at a sua disposio final. Mais ainda, a empresa tem de preocupar-se tambm com os impactos ambientais positivos e negativos de sua atividade produtiva.O aspecto econmico trata da sustentabilidade dos negcios das empresas, que devem buscar o lucro e a remunerao do capital. J o terceiro ponto leva em considerao as polticas de responsabilidade social.Esse trip o que deve orientar os gestores das empresas, promovendo a interao com o meio ambiente, garantindo o acesso de todos aos recursos naturais; com o mercado, preservando a competitividade e continuidade da empresa com seus colaboradores, respeitando desta forma a responsabilidade social.Foi a partir da revoluo industrial, que se viu a necessidade de o Estado mediar as relaes entre empresa e sociedade, tendo em vista o descontrole social e o acmulo de capitais proporcionado pela nova onda de produo. No entanto, a base do conceito de Responsabilidade Social Empresarial est associado a valores requeridos pela sociedade ps-industrial.A Responsabilidade Social surgiu no pas na dcada de 1970 e tomou fora na dcada de 1990, com o surgimento de diversas organizaes no- governamentais e com o desenvolvimento do Terceiro Setor. Nesta poca, o poder de regular as organizaes passa para as mos do mercado, que j tem grupos de presso responsveis pela regulao das atividades empresariais e que tem seus princpios baseados no mais no capitalismo, mas em qualidade de vida, valorizao do ser humano e do meio ambiente. Com isso, o termo Responsabilidade Social vem sendo cada vez mais exercido e controlado.Pode-se, portanto, observar com uma certa freqncia que, nos ltimos anos, as empresas brasileiras vm passando por um processo de reavaliao de suas relaes entre o bem-estar social dos trabalhadores e a condio do meio ambiente em que atuam. Esta preocupao mostra um novo conceito e uma nova reestruturao, a qual esto trabalhando para fazer a sua parte para modificar o cenrio de injustias demonstrando ser uma empresa cidad que assume uma parcela de Responsabilidade Social.A Responsabilidade Social Corporativa est relacionada gesto de empresas complexas, nas quais as questes ambientais e sociais so mais importantes para assegurar o sucesso dos negcios. Considerada tambm um compromisso da empresa com a sociedade na busca da melhoria de qualidade de vida dos colaboradores e da comunidade.O conceito de Responsabilidade Social Empresarial traz, ainda, a questo da relao da empresa com seus diversos pblicos de interesse,conforme expresso na definio do Instituto Ethos:Responsabilidade social empresarial a forma de gesto que se define pela relao tica e transparente da empresa com todos os pblicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatveis com o desenvolvimento sustentvel da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as geraes futuras, respeitando a diversidade e promovendo a reduo das desigualdades sociais (2010, on-line).Pode-se dizer ento que, espera-se cada vez mais que as organizaes sejam capazes de reconhecer seus impactos ambientais, econmicos e sociais e, a partir desse pano de fundo, construam relacionamentos de valor com os seus diferentes pblicos de interesse, os chamados stakeholders pblico interno, fornecedores, clientes, acionistas, comunidade, governo e sociedade, entre outrosA Responsabilidade Social Empresarial geralmente envolve a busca de novas oportunidades como uma maneira de responder s demandas ambientais, sociais e econmicas do mercado. Dentro do conceito de Responsabilidade Social Empresarial que vem sendo incorporado pelas empresas, o pblico alvo deixa de ser apenas o consumidor e passa a abranger um nmero muito maior de pessoas e empresas influenciadas pelas atuaes da organizao.Essa Responsabilidade Social faz parte do desenvolvimento sustentvel, o qual composto pelas dimenses econmica, ambiental e empresarial, contribuindo assim para a melhoria de qualidade de vida da sociedade. Uma apresentao deste conceito a definio apresentada por Barbosa & Rabaa:A responsabilidade Social nasce de um compromisso da organizao com a sociedade, em que sua participao vai mais alem do que gerar empregos, impostos e lucros. O equilbrio da empresa dentro do Ecossistema social depende basicamente de uma atuao responsvel e tica em todas as frentes, em harmonia com o equilbrio ecolgico, com o crescimento econmico e com o desenvolvimento social. (2001)O termo "responsabilidade social" ocupa hoje grande espao no contexto das organizaes e j foi objeto de estudos de muitos autores em dcadas passadas. Burt Scanlan em 1979, falava que responsabilidade social, Pode ser definida como uma obrigao da parte da empresa para com a sociedade. Tais obrigaes podem ser muito complexas e esto em debate contnuo atualmente. As obrigaes podem ser servio comunitrio e governamental, doaes - educacionais e filantrpicas ou controle ambiental. (apud KUNSCH, 2002, p. 135)Na mesma poca, Richard Eels afirmava que: a sujeio de responsabilidade social por parte da empresa poder faz-la incorrer em risco de entrar em eclipse, sofrendo conseqncias imprevisveis se no acompanhar e atender as inquietudes e as exigncias da sociedade livre. H, por isso, nas ltimas dcadas, uma crescente tomada de conscincia das empresas, que procuram se direcionar para rbitas socialmente orientadas, como participao poltica, apoio educacional, relaes com a comunidade, etc. (apud KUNSCH, 2002, p. 135) interessante reparar que h muito tempo, j se defendia que as organizaes deveriam parar de pensar somente em lucro e assumir responsabilidades com a sociedade. A Responsabilidade Social Corporativa est sendo vista, como um compromisso da empresa com relao sociedade e a humanidade em geral, uma forma de prestao de contas do seu desempenho, forma de ajudar a minimizar o quadro de problemas sociais no meio em que atua. Independente do tipo de atividade necessrio que todas as organizaes implantem aes sociais, e motivem seus colaboradores a trabalhar e prol do mesmo. Sethi classifica as empresas em trs categorias: organizao defensiva e reativa em que os lucros esto no limite da lei; organizao socialmente responsvel, em que h antecipao de questes e relao com diversos pblicos da empresa atravs de programas especficos; e finalmente a organizao proativa e responsiva, em que a responsabilidade social empresarial faz parte do planejamento estratgico, as empresas so geis nas respostas s mudanas e esto alertas s polticas pblicas. (apud BORGER, 2001, p. 45)Nem preciso ser um bom observador para verificar que as empresas socialmente responsveis, que pensam no somente no lucro, mas, acima de tudo, no ser humano, so mais valorizadas e reconhecidas, com a preferncia dos seus clientes. Essas aes esto se transformando numa poderosa vantagem competitiva no desenvolvimento dos negcios das organizaes, j que os consumidores valorizam a preocupao das empresas em tornar a sociedade mais equilibrada, com menos injustias e desigualdades.A Cidadania Corporativa trata das relaes entre empresas e indivduos, no que diz respeito a seus direitos e deveres, cuida da reputao, da reduo de riscos e do desenvolvimento de competncias da organizao. Na verdade, no s apoiando o desenvolvimento da comunidade e preservando o meio ambiente que uma empresa cumprir seu papel de socialmente responsvel, necessrio tambm se preocupar com a responsabilidade social interna, investindo no bem estar de seus funcionrios e dependentes, desenvolvendo um ambiente de trabalho saudvel, gerando uma comunicao transparente, garantindo assim, a satisfao de seus colaboradores e consumidores.As empresas que querem atuar com responsabilidade social, alm de promover as boas condies internas, tm que se preocupar, ainda, com as seguintes reas de meio ambiente; segurana e qualidade dos seus produtos e servios; entre outras. Kunsch (2003) lembra que a responsabilidade social das organizaes est sendo e ser cada vez com mais nfase, questionada.No futuro, mais prximo do que podemos imaginar as organizaes no sero medidas apenas pelas suas performances em vendas, lucros e produtividade, mas sim pelas suas contribuies sociedade, pelo compromisso que tm com o bem comum. O destaque para a ao social da empresa est na sua contribuio para a qualidade de vida nas comunidades e naes em que atua, polticas e prticas ambientais, polticas e prticas de relaes com os funcionrios, defesa de valores e princpios ticos. (KUNSCH, 2003, p. 168)O mais interessante nisso tudo, que as aes que dizem respeito Responsabilidade Social das empresas, esto sendo cobradas por grupos sociais ou pela prpria comunidade, obrigando as empresas a definirem objetivos de carter social, uma vez que tais objetivos demonstraro sociedade seus compromissos para com os colaboradores e com o meio ambiente em que esto inseridas.Uma pesquisa realizada nos EUA (2010, on-line) demonstra que "76% dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos com algum tipo de ao social, desde que eles tenham preo e qualidade competitivos". Uma forte constatao de que o consumidor / cliente comea a desenvolver uma conscincia social e cobrar mais das empresas, fazendo com que elas criem uma nova postura que a de tornar-se uma empresa-cidad.

2.2.1. INICIATIVAS DE EMPRESAS SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIALSeguem agora alguns cases de empresas do Vale do Paraba que desenvolvem algum tipo de ao em Responsabilidade Social e que merecem destaque:A indstria automobilstica como, por exemplo, General Motor do Brasil que se instalou no municpio de So Jos dos Campos tem como principal caracterstica o brao social da empresa, aes em educao como o projeto social educacional da fbrica de cabides. O Instituto General Motors, tem o objetivo de desenvolver conceitos de empreendedorismo junto a adolescentes na faixa de 14 a 17 anos, que estudam em escolas pblicas das regies onde a montadora est presente.A metodologia utilizada foi desenvolvida em parceria com a ONG norte- americana Junior Achievement e com 23 anos de atuao, esse projeto social do instituto atendeu 6 mil adolescentes, inclusive na fbrica da GM em Rosrio, na Argentina.As atividades ocorrem nas dependncias das fbricas e capacitam os adolescentes na organizao de uma mini-empresa produtora de cabides. Os prprios estudantes escolhem as ocupaes profissionais que consideram interessantes nas reas de Produo, Vendas e Marketing, Relaes Pblicas, Recursos Humanos e Finanas.A Johnson & Johnson, desde que veio para o Brasil em 1933, e, posteriormente, para So Jos dos Campos em 1954, voltou seus olhos para a responsabilidade social, para atuar junto comunidade, contribuindo para o desenvolvimento social da regio.Em 1976, foi criada a Escola de Enfermagem Robert Wood Johnson, com o objetivo de suprir a carncia de profissionais para trabalhar na rea da sade. Os principais objetivos da Fundao so preparar profissionais de enfermagem, estimular trabalhos de pesquisa e ensino promover a divulgao de conhecimentos tcnicos e cientficos na rea de sade.A regio no dispunha de escolas que formassem estes profissionais, o que prejudicava a assistncia oferecida nas instituies de sade locais. A Fundao desempenha ainda atividades de coordenao e realizao de cursos relacionados sade para empresas e instituies de sade. Atua tambm junto a administrao municipal, associaes mdicas e clubes de servios participando de campanhas de sade pblica. Ao longo dos 25 anos de atividade, j formou mais de 680 alunos, entre auxiliares e tcnicos em enfermagem.O projeto Rio Vivo uma iniciativa do Grupo Bandeirantes de Comunicao Vale do Paraba pela preservao do Rio Paraba do Sul. O projeto Rio Vivo foi criado com a funo de informar e alertar a populao sobre a grave situao ambiental em que se encontra um dos maiores smbolos regionais. Alm de mostrar o problema, a Bandeirantes vem com este projeto, cobrar e promover solues concretas para a melhoria das atuais condies do Rio Paraba do Sul, conscientizando todos os segmentos da sociedade sobre a necessidade de proteger a bacia hidrogrfica do rio.

2.3. AS ORGANIZAES E A COMUNIDADEGanha a empresa, ganham os funcionrios e naturalmente, ganha a comunidade com o desenvolvimento do trabalho de Responsabilidade Social x Voluntariado Empresarial x Comunicao. A disseminao de conhecimentos e tcnicas aponta para o principal caminho pelo qual os Programas de Voluntariado Empresarial podem ter uma funo transformadora da realidade: fortalecer pessoas, ajudar a formar cidado para que eles prprios mudem a realidade de suas comunidades.Neste caso, o papel da organizao, principalmente da comunicao, obter a eficincia do projeto, ou seja, mobilizar colaboradores, estimulando a participar de aes voluntarias e ao mesmo tempo, de conseguir que a comunidade apie e principalmente que se envolva. Para isso acontecer necessrio a organizao realizar projetos socialmente relevantes e divulg- los, o qual modifica alguma coisa na comunidade ajudando a transformar a realidade.O papel da Comunicao de uma organizao deve ser intenso, envolvente e principalmente transparente perante a comunidade, desenvolvendo, juntamente com os voluntrios da empresa, um leque mais amplo de aes: Alm do gerenciamento das aes do programa com a Comunidade onde atua: Realizao de palestras sobre meio ambiente; organizao de Coleta Seletiva; aes ecolgicas; Mutires para construir casas, reformar escola; Entre outros.Desta forma, a empresa pode fornecer espao adequado para que os voluntrios se renam, guardem materiais para a realizao de atividades, armazenem produtos de coletas, e ainda permitir a realizao de Campanhas Internas, mobilizando os colegas de trabalho por uma causa.O apoio da empresa sempre decisivo para o desenvolvimento da solidariedade, fazendo com que mais pessoas se incorporem as aes em beneficio da comunidade.Em meados dos anos 90, surge grande quantidade de organizaes no-governamentais, buscando a melhora da qualidade de vida da sociedade, e ainda cobrando transparncia das organizaes. Ernesto Lima Gonalves (2010, 0n-line), menciona o Balano Social como um novo instrumento de gesto empresarial em 1979. Com o fim do regime militar, o Brasil passa a atuar ativamente na promoo de polticas de cunho social. A iniciativa pioneira na elaborao de indicadores para formatar o balano social foi lanada pelo Ibase Instituto Brasileiro de Anlises Sociais e Econmicas. O Balano Social tem o instrumento de demonstrao da responsabilidade pblica e cidad das empresas. O principal objetivo da ferramenta dar acesso a indicadores do relacionamento da empresa com seus funcionrios e com a comunidade, bem como informaes sobre sua atuao na preservao ecolgica.O Balano Social deve ser transparente nas informaes financeiras, econmicas e sociais. Kroetz, ao comentar sobre o Balano Social como instrumento de qualidade, diz: Sua contribuio para a qualidade dos negcios essencial, pois ser ele uma demonstrao que ir divulgar os investimentos e as influencias da entidade para com o ambiente externo, e ser, ainda, um importante instrumento gerencial, a medida que apresentar diversos indicadores e parmetros, capazes de interferir no desenvolvimento do planejamento organizacional, em todos os seus nveis. (apud STEVENS, 2000, p. 82)A empresa torna-se socialmente responsvel medida que concretiza a vontade de participao e mudana. O registro dessa mudana corresponde ao Balano Social. Esse fato vem beneficiando a sociedade como um todo, pois comeou a pensar na comunidade e nos seus interesses mais gerais, atingindo aspectos sociais como benefcios a qualidade de vida das pessoas incluindo a preocupao com o meio ambiente alem de outras questes que ultrapassam as causas econmico-financeiras.

2.4. A IMPORTNCIA DA COMUNICAO NO RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE importante ressaltar que no somente a rea de Recursos Humanos e educao que so responsveis pelo processo de Responsabilidade Social. Uma terceira rea apresenta um destaque como motivador nessa ao: a Comunicao, a qual tem atuado com facilitador dos programas ao realizar intermdio entre entidades, comunidades e voluntrios da empresa.A Comunicao em uma gesto social de fundamental importncia para o sucesso. Alm de disseminar os valores, a comunicao fortalece e torna claro a toda comunidade.A preocupao com a imagem da empresa pelo resgate da cidadania na busca de uma sustentabilidade tem feito que essa rea incentive os investimentos em aes junto a todos os seus pblicos de interesse. O processo de melhoria da imagem pode se dar atravs de vrios instrumentos. Um desses instrumentos a divulgao da informao a respeito da organizao, de sua filosofia, poltica e recursos, assim como as aes que tem praticado.A participao da Comunicao fundamental, pois as atuaes so voltadas para o esclarecimento detalhado a comunidade, dos conceitos sobre responsabilidades, direitos e obrigaes.A Comunicao tem a responsabilidade por meio de tcnicas e instrumentos para fazer com que colaboradores assimilem os valores da empresa e se envolva com objetivos e metas . muito importante disponibilizar espao nos mecanismos de comunicao da empresa, como os murais, jornais internos, boletins eletrnicos em prol da divulgao de uma Ao Social.A Responsabilidade Social nas empresas gera mudanas constantes nas organizaes o que exige uma atuao cada vez maior das reas de comunicao. Se a empresa deseja ser percebida como socialmente responsvel, as metas da rea de comunicao devero perseguir esse objetivo: O planejamento estratgico de Relaes Pblicas deve ser orientado pelas informaes estocadas e obtidas com o planejamento estratgico geral da organizao. Neste sentido, os programas de ao propostos devem ser coerentes com a definio da misso, dos valores, dos negcios, dos objetivos e das metas estabelecidas por ela, que, numa sinergia, ho de convergir para uma comunicao excelente e simtrica. (KUNSCH 1997 P. 35) por meio da comunicao que a comunidade sabe e entende de uma maneira clara e objetiva os valores sociais da empresa e a partir da deixa ser envolvida nos projetos propostos ao publico envolvido permitindo reduzir problemas que aflijam verdadeiramente a comunidade, com resultados em melhorias na qualidade de vida e na construo de uma sociedade mais saudvel e justa. Cabe a comunicao no somente divulgar mas tambm conscientizar a importncia da solidariedade em cada pessoa, afim de multiplicar esse valor entre amigos, e parentes.

2.4.1. A COMUNICAO NO PROJETO NUTRIREsta ao deve acontecer constantemente e de forma transparente a qual traz ganhos para empresa, para a comunidade e para os colaboradores.No Projeto em questo, essa comunicao comea com os voluntrios assinando o Termo de Adeso, um documento simples que deve ser preenchido e assinado por todos colaboradores Nestl que desejarem fazer parte do grupo de voluntrios. O preenchimento e controle desse termo extremamente importante e deve ficar sob os cuidados do coordenador do grupo.Os voluntrios envolvidos devem eleger pelo menos uma pessoa para coordenarogrupo.Emboraogrupotenhaquedividirtarefas e responsabilidadesdasatividades,ocoordenador que ter como responsabilidade: Fazer a comunicao chegar a todos os voluntrios Participar de capacitaes especficas da Nestl, como o Encontro de Voluntrios. Organizar reunies do voluntariado: nessas reunies os voluntrios decidem, organizam e preparam as atividades que sero realizadas nas prximas folias; Motivar os voluntrios; Pesquisar e escolher uma entidade para desenvolver o Projeto.Para isso acontecer o coordenador deve entrar em contato com as entidades do municpio. A partir deste ponto de partida, deve-se garantir que as tarefas da Ecofolia Culinria estejam alinhadas aos propsitos do programa.A comunicao entre a organizao e o coordenador de voluntrios deve ser alinhada e constante (atravs de relatrios, e-mails, telefone, visitas, etc), ou seja, as atividades realizadas nas Ecofolias devem ter uma certa extenso no dia-a-dia das crianas;Os coordenadores so o contato principal da rea de Responsabilidade Social com o grupo local;

A partir da organizao do grupo de voluntrios, implanta-se uma rotina de encontros semanais: as reunies de voluntrio. nas reunies que deve ser elaborado todo o planejamento das aes. Nesses encontros semanais os participantes devem tambm definir como iro trabalhar, a responsabilidade e as tarefas de cada um, de maneira prtica e objetiva. Nas reunies, os participantes comprometem-se uns com os outros, estabelecem cumplicidades para poder garantir a continuidade de um compromisso com as entidades parceiras.

2.4.2. VOLUNTARIADOOs voluntrios so pessoas que querem colocar de forma permanente, em sua agenda, a entrega de tempo, carinho e calor humano aos demais, querem construir uma sociedade repleta de sentidos e valores (2010, On Line).Ainda que inconsciente quem ajuda ajudado, porque recebe em troca uma satisfao poucas vezes obtida em outra atividade profissional.O trabalho voluntario teve incio na primeira organizao no governamental, na unidade da Santa Casa de Misericrdia em Santos em 1543, a qual tinha um trabalho de carter religioso e assistencialista.A prtica do voluntariado tornou- se, pois, uma forte aliada com o intuito de diminuir as desigualdades sociais que tem acompanhado a grande maioria da populao brasileira. E a sociedade brasileira tem participado, pois entendeu a necessidade e a responsabilidade de seu compromisso com o voluntariado, com as organizaes sociais, empregando o seu potencial, ou seja, doando o que sabe fazer de melhor.(COSTA C. Maria Cristina, 2006,p.78/79).Os grupos de voluntrios so a base das aes do Nestl Faz Bem Nutrir junto s comunidades. A atividade conta com a participao dos colaboradores Nestl, seja por meio de doaes em dinheiro, seja com a atuao nas atividades junto as entidades atendidas.Na Unidade de Caapava 73% dos colaboradores ajudam financeiramente e 10 atuam como voluntrios na participao das Ecofolias, um sbado por ms. Cada pessoa voluntria a seu modo e a soma das diferentes maneiras de exercer o voluntariado que torna a proposta de agir em equipe muito rica e dinmica.O primeiro passo identificar as potencialidades de colaborao de cada um, as necessidades da comunidade e principalmente usar da criatividade, ou seja, colocar a imaginao para funcionar.Conceitos de educao alimentar e conscientizao do meio ambiente por meio de brincadeiras e atividades divertidas desenvolvidas pelos voluntrios o objetivo da ao Ecofolia Culinria.2.4.3. Lei do VoluntariadoArt. 1- Considera-se servio voluntrio, para fins desta Lei, a atividade no remunerada, prestada por pessoa fsica a entidade pblica de qualquer natureza, ou a instituio privada de fins no lucrativos, que tenha objetivos cvicos, culturais, educacionais, cientficos, recreativos ou de assistncia social, inclusive mutualidade.Pargrafo nico. O servio voluntrio no gera vnculo empregatcio, nem obrigao de natureza trabalhista, previdenciria ou afim.Art. 2- O servio voluntrio ser exercido mediante a celebrao de Termo de Adeso entre a entidade, pblica e privada, e o prestador do servio voluntrio, dele devendo constar o objeto e as condies de seu exerccio.Art. 3- O prestador do servio voluntrio poder ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar do desempenho das atividades voluntrias.Pargrafo nico. As despesas a serem ressarcidas devero estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o servio voluntrio.Art. 4- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Art. 5- Revogam-se as disposies em contrrio.O voluntariado corporativo um caminho encontrado pelas grandes empresas para valorizar o aspecto humano de seus colaboradores. E ser esse voluntrio colocar a vontade de melhorar o mundo e a dedicao no desenvolvimento de aes sociais, culturais e ambientais de programas definidos pela empresa. As principais caractersticas da ao voluntaria corporativa so: Respeito aos conceitos dos programas; leveza, alegria, compromisso e liberdade (de acordo com o foco eleito pela empresa). A ao voluntria importante e requer respeito especial aos compromissos assumidos com as pessoas e entidades envolvidas. As aes podem parecer uma festa. Mas os voluntrios conscientes sabem que so compromissos srios, importantes e transformadores.Os voluntrios no so educadores. essencial ter essa conscincia e muito cuidado com o que se fala para as crianas, cozinheiras, merendeiras e aos pais. Ao informar o contedo deve-se sempre explicar todas as pessoas assistidas que todas as informaes repassadas so obtidas de profissionais e de livros especializados. Alm disso, qualquer solicitao ou dvida mais complexa (sobre distrbios alimentares, dietas, doenas, etc.) deve ser direcionada a profissional da rea de sade, para isso, o voluntrio deve estar atento para no cair na tentao de dar respostas imediatas e orientaes.

3. RESPONSABILIDADE SOCIAL DA NESTL3.1. FUNDAO NESTL DO BRASILNo ano de 1980, a Companhia decidiu lanar a Bienal Nestl de Literatura, com a finalidade de revelar novos autores e divulgar obras inditas. O sucesso da iniciativa incentivou a Nestl a criar, em 1987, a Fundao Nestl de Cultura, para coordenar e organizar o projeto, rebatizado com o nome de Prmio Nestl de Literatura, que se tornou importante reconhecimento para escritores consagrados e novos autores. Em 1998, uma nova iniciativa nasceu, o projeto Viagem Nestl pela Literatura, que incentivava alunos de escolas pblicas e particulares a ler e discutir obras literrias.No ano seguinte, foi criado o Programa Nestl Faz Bem NUTRIR, que trabalha a educao alimentar para prevenir desnutrio e obesidade em crianas e adolescentes brasileiros. Com esse conjunto de atuaes, em 2005 a Fundao recebeu do Ministrio Pblico e Ministrio da Justia o certificado de Utilidade Pblica Federal, um marco para a instituio, que passou a se chamar Fundao Nestl Brasil.Em 2008 houve a criao de mais dois programas o Nestl Faz Bem CUIDAR e Nestl Faz Bem SABER.

3.2. CRIAO DE VALOR COMPARTILHADOTem como objetivo conseguir o desenvolvimento sustentvel do negcio aliado ao crescimento sustentvel de cada comunidade onde est presente. A Nestl elegeu trs temas como foco para suas aes de Responsabilidade Social: Nutrio, gua e Desenvolvimento Rural.Esses temas esto intimamente relacionados s operaes da Companhia denominado Criao de Valor Compartilhado - Compartilhar os valores econmicos de seus negcios com os valores sociais.

3.2.1. guaA Nestl reconhece que a administrao responsvel dos recursos hdricos em todo o mundo uma necessidade absoluta. A preservao da quantidade e da qualidade da gua no apenas uma questo ambiental, mas de manuteno saudvel de atividades agrcolas, econmicas, polticas, sociais, culturais e at afetivas. Por isso, a Nestl d muita ateno em seu sistema de gesto ambiental aos processos que monitoram a produo e identificam potenciais riscos ao meio ambiente, em especial, nas atividades que envolvem o uso da gua.

3.2.2. Desenvolvimento RuralQuem consome no imagina o esforo de muita gente para que o alimento chegue mesa, como fruto de uma cadeia de valor que comea no campo, passa pelas solues de logstica e distribuio, at se transformar no produto disponvel nas prateleiras e gndolas dos pontos de venda. O foco da Nestl em desenvolvimento rural coloca luz nessa atividade pouco conhecida, mas que elo forte de uma corrente de valor em que se entrelaam sabor, nutrio e fontes saudveis de energia. A Nestl mantm estreito relacionamento com produtores de caf, cacau e acar, sendo uma das principais compradoras desses produtos no Brasil. No caso de leite, a Nestl a maior captadora de leite fresco do pas, atuando a cerca de 6 mil produtores diretos.

3.2.3. NutrioA Nestl, que nasceu da iniciativa de Henri Nestl para combater a desnutrio infantil com a formulao da farinha lctea, entende nutrio como direito e condio para o desenvolvimento saudvel de indivduos e populaes. Por isso, vem contribuindo fortemente para o movimento global, expresso nos Oito Objetivos do Milnio, que prioriza o combate fome e misriaA Criao de Valor Compartilhado est presente em toda a sua cadeia de valor, e est dividida em trs reas: Agricultura e Fornecedores; Produo e Distribuio; e Produtos e Consumidores. Trata-se de um conceito, em que os investimentos de uma empresa devem agregar valor tanto aos seus negcios, como a todos os pblicos com os quais se relaciona: produtores, fornecedores, colaboradores, acionistas, consumidores, comunidades, governo e sociedade.Em Agricultura e Fornecedores esto contemplados produtores e fornecedores, que agregam valor sociedade na medida em que produzem mais alimentos com menos recursos;Produo e Distribuio, inclui colaboradores e o tratamento da Empresa dado ao meio ambiente e resulta em padres mais elevados de produo alimentar.Produtos e Consumidores, contempla consumidores, comunidades, governo e sociedade o que resulta em maior acesso aos alimentos e na melhoria da nutrio e da sade.Os alicerces que fundamentam as aes da Nestle espelham conceitos de justia, honestidade e, sobretudo, preocupao com as pessoas. A empresa mantm um papel expressivo na rea de Responsabilidade Social h mais de 40 anos. na rea da sade que a Nestl desenvolve um dos seus principais programas, o Nutrir, maior iniciativa de uma empresa contra a desnutrio, problema que atinge quase metade da populao brasileira. Pesquisas comprovam que a informao to importante quanto o acesso ao alimento no combate da desnutrio. A filosofia que orienta o programa Nutrir no considera que as razes da desnutrio no Pais se encontram somente na falta de comida. Essa apenas uma face do problema. A desnutrio fruto tambm da falta de vinculo afetivo entre me e filho, da falta de informao das famlias e da incidncia de doenas provocadas sobretudo pela falta de higiene.E para combater tal realidade, necessrio que a populao passe por um processo de reeducao capaz de mudar seu pensamento e seus hbitos alimentares. Por todos esses motivos, o Nutrir surgiu e se desenvolveu como um programa de educao alimentar para prevenir a desnutrio de crianas e adolescentes entre 5 e 14 anos de idade em situao socioeconmica desfavorvel, atingindo indiretamente suas famlias e suas comunidades. Por meio de metodologias ldicas, a Nestl transmite a esse publico, conceitos de sade, higiene e aproveitamento integral dos alimentos para que todos criem hbitos saudveis e obtenham a melhor nutrio a partir dos recursos disponveis.Desse modo, ensinar e preparar diversas receitas principalmente bsicas do dia-a-dia com o aproveitamento total dos alimentos disponveis com valores nutricionais e ainda levando em considerao a higiene necessria, tornam-se imprescindveis na ao. .O programa nasceu em 1999 quando se constatou que grande parte da desnutrio que atinge milhes de brasileiros se deve falta de informao e aos hbitos alimentares inadequados.Por meio de uma metodologia ldica a qual facilita a informao, o Programa beneficiou, desde sua criao, mais de 800 mil crianas em situao econmica desfavorvel e ajudou a melhorar a situao nutricional de milhares de famlias que puderam aprender e a colocar em prtica hbitos saudveis de alimentao.Atualmente o projeto funciona nas comunidades dos seguintes municpios em que a Nestl mantm fbricas, depsitos ou escritrios por meio de parcerias com organizaes no-governamentais: Araatuba, Ituiutaba, Araraquara, Jacarepagu, Araras Marlia, Araras DPA, Montes Claros, Barra Mansa, Recife, Caapava, So Jos Rio Pardo, Caapava Cereais, So Paulo, Camapu, Ribeiro Preto, Cordeirpolis, Tefilo Otoni, Goinia, So Loureno, Ibi.5

4. PROPOSIOAs aes de Responsabilidade Social corporativa e empresarial contribuem em um fator estratgico para a sustentabilidade dos negcios, no sentido de desenvolver novas competncias nas organizaes para atender as demandas do ambiente externo, promover uma postura pr-ativa em relao a esse novo cenrio, introduzir novas abordagens de gesto e disponibilizar conhecimento e informaes que auxilie a incluso de prticas de responsabilidade social nas organizaes.O profissional de Comunicao exerce papel essencial na elaborao e desenvolvimento de aes de Responsabilidade Social em uma empresa. Assim esta pesquisa pretende investigar a importncia do profissional de comunicao na atividade do Projeto Nutrir da empresa Nestl.

5. MTODOA pesquisa se desenvolveu no decorrer do ano de 2010 por meio de estudo bibliogrfico e estudo de caso. A coleta de dados, avaliao e anlise de dados foram feitas por meio de pesquisas enfatizando o Projeto existente na Nestl: Nutrir. Aps juntar as informaes iniciou-se o processo de redao do relatrio da monografia, o qual traz por completo toda a pesquisa realizada do assunto em questo.Com isso, pode-se ento demonstrar a relao da comunicao na importncia da atuao da Responsabilidade Social nas empresas e seus resultados prticos tanto no mercado atual quanto na sociedade.

6. RESULTADOSPara o programa Nutrir ser realizado na entidade, necessrio visitar algumas instituies do municpio e analisar as possibilidades de implementar o Programa e principalmente aspectos da alimentao saudvel no seu dia-a- dia. Afinal, a ao voluntria mensal, mas a conquista de hbitos saudveis uma tarefa cotidiana a qual envolver as crianas e seus familiares, dependendo da atuao da organizao. Certamente, o tema precisa compor o cotidiano da entidade, para que a ao voluntria possa potencializar a ao da equipe que compe a instituio.Portanto, as entidades parceiras devem ser parceiras de fato. So os educadores das entidades que realizaro o trabalho continuado e transformador da educao alimentar e ambiental das crianas. A ao dos voluntrios de sensibilizao e confirmao. Por isso, quanto mais afinada a parceria, melhores sero os resultados. Nesse sentido, as etapas e os critrios na escolha do parceiro so elementos que merecem muita ateno do grupo de voluntrios.Para a escolha final da entidade importante levar em considerao alguns critrios essenciais que devero estar devidamente alinhados como:1. Como a organizao pretende tratar o tema no cotidiano?2. Quem a organizao indicar para acompanhar este processo e que far a ligao com o coordenador dos voluntrios?3. A organizao vai montar um grupo fixo para acompanhar as Ecofolias, ou ele ser rotativo?4. Quais pessoas a organizao eleger para participar da Ecofolia, na cozinha e com as crianas?5. A entidade disponibilizar o seu local e voluntrios (funcionrios da prpria organizao) para acompanhar e fazer parte do Projeto um sbado por ms no perodo das 9h s 12h?6. Como ser a comunicao entre a organizao e o coordenador dos voluntrios?O importante finalizar de maneira que ambas as partes possam compreender e visualizar tudo que ir acontecer. Comeo, meio e fim. At este ponto ocorrem encontros entre os voluntrios e a equipe da instituio. um planejamento entre adultos para o melhor atendimento das crianas.Vale lembrar que caso esses itens citados acima sejam acordados com a entidade escolhida e a mesma no cumprir com as responsabilidades determinada anteriormente ao longo do projeto, o Programa Nutrir dever ser devidamente interrompido.No prximo ano, o Programa Nutrir desenvolvido no municpio de Caapava, ter incio em uma nova entidade e o trabalho voluntrio j se inicia alguns meses antes com as visitas as entidades, conforme j citado no contexto e com a realizao do cronograma de atividades para acontecer durante todo o ano, atendendo desta forma, as necessidades e objetivos do Projeto.7. DISCUSSOUm ponto que fator de polemica nesta discusso que envolve aspectos sociais : a motivao para que esta nova viso e pratica resulta de conscincia de Responsabilidade Social propriamente dita? Ou parte de uma estratgia de boa imagem?Neste sentido encontramos vrias crticas em relao ao discurso institucional sobre responsabilidade social, o qual afirma que todas as aes desenvolvidas so mero marketing social. De acordo com Zanetti (2004), os discursos em torno da responsabilidade social, muitas vezes quando comparados com as suas implementaes efetivas, mostram-se vazios, sendo "muito trovo e pouca chuva". Para o autor, infelizmente, algumas empresas e seus departamentos ditos de Marketing, percebendo que podem tirar vantagens promocionais em aliar-se a causas sociais, aprenderam cedo a usar em vo o santo nome da ecologia, da fome, da misria, dos meninos de rua. Segundo Kunsch (2003, p. 138), a responsabilidade social das organizaes est sendo e ser cada vez com mais nfase, questionada. No futuro, mais prximo do que podemos imaginar, as organizaes no sero medidas apenas pelas suas performances em vendas, lucros e produtividade, mas sim pelas suas contribuies sociedade, pelo compromisso que tm com o bem comum. O que nos faz acreditar que quando a empresa tem algum tipo de ao social, h um reflexo positivo no seu conjunto de funcionrios, sua imagem interna tende a ser de boa a tima. Obviamente que essa ao isolada no considerada responsvel por todo o sucesso em questo nas empresas...O destaque para a ao social da empresa engloba tambm a sua contribuio para a qualidade de vida nas comunidades e naes em que atua, polticas e prticas ambientais, polticas e prticas de relaes com os funcionrios, defesa de valores e princpios ticos.Muitas organizaes buscam somente divulgar as aes de Responsabilidade Social que supostamente fazem, porm na prtica diferente. Alm disso, necessrio que todas as organizaes entendam que prticas de responsabilidade social no so somente aes para comunidade diretamente, pois proteger o meio-ambiente e no poluir j prtica muito reconhecida, e que as empresas acabam no dando a devida importncia, pois no gera status. O necessrio no mostrar a todos o que fazemos, e sim tomar iniciativas, sem esperar nada em troca.Quando exaltamos uma empresa que gera emprego, precisamos entender que ela no sobreviveria sem funcionrios. Responsabilidade social acontece da mesma forma. Uma empresa busca divulgar que ela no est poluindo os rios que esto a sua volta, porm importante que todo cidado saiba que isso obrigao, e no um ato a ser divulgado como um trabalho extraordinrio.A pesquisa demonstrou que as hipteses se confirmaram porque como j citado anteriormente por meio de exemplos, a Comunicao se faz presente nos Programas de Responsabilidade Social. por meio das ferramentas provinda da Comunicao que possvel ter acesso a entidades / comunidade, agregar voluntrios nas aes, desenvolver o Programa e trazer um resultado satisfatrio tanto para a sociedade quanto para a empresa no papel de cidad como Corporativa.

8. CONCLUSOA nova exigncia do mundo capitalista nas empresas, pode ser atendida pela Responsabilidade Social, uma vez que a desigualdade social est cada vez mais visvel no momento que e a sociedade precisa se unir as empresas para buscar novos caminhos que promovam a comunidade. Quando esse trabalho realizado de forma transparente e fiel, o compromisso traz resultados positivos tanto para a sociedade quanto para a empresa. Um exemplo em questo o comportamento dos consumidores que esto mais interessados em conhecer a atuao das empresas em relao ao meio ambiente e comunidade, tambm passam a considerar a qualidade de vida e a contribuio das empresas em face desta real necessidade.A Responsabilidade Social provocou desafios e mudanas na Comunicao Organizacional e diante deste contexto, a comunicao no pode ser encarada como uma simples ferramenta, e sim como uma estratgica a qual d sustentao e vitalidade a empresa.Por meio da pesquisa foi possvel avaliar que a prtica da Responsabilidade Social deixa de ser uma tendncia e passa a ser vista com uma realidade cada vez mais presente em grandes empresas. A ao em questo est diretamente ligada a uma imagem ideal no mercado, agrega valor s atividades socialmente responsvel e propicia s empresas uma posio estratgica, alm de contribuir para a construo de uma sociedade estvel e desenvolvimento da comunidade em geral.21

perceptvel que a as aes sociais s so bem realizadas a partir do momento que a tica e a comunicao estejam presente nesse conjunto. O fato que a necessidade de comunicar uma realidade para qualquer empresa ou instituio, por facilitar a adoo do comportamento social atravs das ferramentas estratgicas que ela possui. Para tanto, o profissional de comunicao deve agir de forma eficaz, agregando conhecimentos em prol de um objetivo principal: potencializar o impacto a ser alcanado pelo programa social desenvolvido na empresa. Desta forma pode-se atender aos interesses de todos os envolvidos como os acionistas, colaboradores, clientes e principalmente a comunidade com resultados concretos alm de conquistar e ser percebida pelos consumidores.

9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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