Trabalho Rogerio

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PROCESSO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO: Este trabalho foi realizado com o objetivo de analisarmos, passo a passo a construção de 01 pocilga com capacidade para 500 cabeças de suínos (granja e engorda). A população suína no globo terrestre é de aproximadamente 1 bilhão de cabeças, sendo que o rebanho da China perfaz aproximadamente 50% do total (Embrapa - 2002). O Brasil possui um rebanho de suínos 32,8 milhões de cabeças, ocupando a quarta posição com relação à produção de carne, com aproximadamente 2,9 milhões de toneladas em 2003. Os principais estados produtores de suínos no Brasil são Rio Grande do Sul, Santa Catarina a Paraná. Brasil é o país do mundo que as melhores condições para aumentar o plantel de suínos, dentre eles o clima tropical, mão-de-obra de baixo custo, facilidade para manejo e tratamento de dejetos pelas grandes dimensões territoriais e topografia plana, grande produção de grãos (milho e soja), dentre outros. Desta forma a tendência hoje é de se instalar suinoculturas industriais na região Centro-Oeste. O Brasil tem condições de aumentar as exportações de carne suína que foi aproximadamente 500 mil toneladas em 2003, sendo a grande maioria para a Rússia. E aumentar também o consumo interno que é apenas de aproximadamente 14 kg/ano, muito distante de países europeus que chegam a 60 kg/ano. Vale lembrar que a carne suína é a mais consumida no mundo e que os países europeus, bem como os Estados Unidos, têm como tendência reduzir o plantel em virtude de problemas ambientais e altos custos de produção. No decorrer dos anos, os criadores vêm intensificando suas técnicas de manejo, mudando-as gradualmente do sistema de criação extensivo para o sistema intensivo, procurando melhorar o controle sanitário, a eficiência da mão-de-obra e o desempenho dos animais. Com isso eliminaram-se as opções de busca, por parte dos animais, de um ambiente mais

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PROCESSO DE CONCEPO DO PROJETO:

Este trabalho foi realizado com o objetivo de analisarmos, passo a passo a construo de 01 pocilga com capacidade para 500 cabeas de sunos (granja e engorda).

A populao suna no globo terrestre de aproximadamente 1 bilho de cabeas, sendo que o rebanho da China perfaz aproximadamente 50% do total (Embrapa - 2002). O Brasil possui um rebanho de sunos 32,8 milhes de cabeas, ocupando a quarta posio com relao produo de carne, com aproximadamente 2,9 milhes de toneladas em 2003. Os principais estados produtores de sunos no Brasil so Rio Grande do Sul, Santa Catarina aParan.

Brasil o pas do mundo que as melhores condies para aumentar o plantel de sunos, dentre eles o clima tropical, mo-de-obra de baixo custo, facilidade para manejo e tratamento de dejetos pelas grandes dimenses territoriais e topografia plana, grande produo de gros (milho e soja), dentre outros. Desta forma a tendncia hoje de se instalar suinoculturas industriais na regio Centro-Oeste. O Brasil tem condies de aumentar as exportaes de carne suna que foi aproximadamente 500 mil toneladas em 2003, sendo a grande maioria para a Rssia. E aumentar tambm o consumo interno que apenas de aproximadamente 14 kg/ano, muito distante de pases europeus que chegam a 60 kg/ano. Vale lembrar que a carne suna a mais consumida no mundo e que os pases europeus, bem como os Estados Unidos, tm como tendncia reduzir o plantel em virtude de problemas ambientais e altos custos de produo.

No decorrer dos anos, os criadores vm intensificando suas tcnicas de manejo, mudando-as gradualmente do sistema de criao extensivo para o sistema intensivo, procurando melhorar o controle sanitrio, a eficincia da mo-de-obra e o desempenho dos animais. Com isso eliminaram-se as opes de busca, por parte dos animais, de um ambiente mais propcio ao seu bem-estar. Nesse sentido, as instalaes apresentam um papel fundamental no desempenho dos animais.As atividades pecurias competitivas devem ser altamente tecnificadas e exigem animais geneticamente melhorados; nutrio e manejo adequados; e instalaes planejadas e equipadas de forma a propiciar condies ambientais adequadas. Quando se trata de instalaes para animais, as dificuldades econmicas e crises comuns tornaram obrigatria a racionalizao do empreendimento para atingir um nvel satisfatrio de rentabilidade, forando a boa combinao de fatores genticos do rebanho, alimentao e manejo, que por sua vez contriburam para a melhoria produtiva. Dentre os fatores que contriburam para aumento da produtividade, destacam-se o manejo intimamente ligado s instalaes bem planejadas e executadas, que reduzem os custos de produo, devido a maior eficincia de mo-de-obra, conforto, salubridade e produtividade dos animais, bem como maior satisfao do pecuarista.As instalaes devem atuar no sentido de:- amenizar as adversidades climticas inerentes ao meio ambiente, oferecendo maior conforto aos animais e ao operador, em todas as fases da explorao;- otimizar a mo-de-obra, tornando os trabalhos agrcolas menos rduos, com economia de tempo a espao;- aumentar a renda da propriedade agrcola por meio da maior produo de homens e animais, bem como permitir a estocagem de alimentos abundantes na estao das guas.

Matria primaPara a construo das cercas e coberturas das baias, pode-se utilizar material encontrado na prpria comunidade ou propriedade: madeira, palha, cavaco e outros; para a construo do piso da instalao, necessria a utilizao de cimento na construo, visando facilitar o manejo e a higiene, fatores importantes para o sucesso da criao, com alguns detalhes de construo como a lmina d`gua, a inclinao do piso e o escoamento de gua. A lmina d`gua uma piscina construda ao longo do piso das instalaes de crescimento e engorda, no lado mais baixo da inclinao, e tem como objetivo melhorar a higiene das instalaes devido gua estimular a defecao dos animais, facilitando, consequentemente o manejo, alm de ocorrer menor desperdcio de rao devido a rao que cai na gua ser aproveitada.

ComedourosExistem vrios tipos de comedouros comerciais, podendo ser utilizados os comedouros automticos ou confeccionados de alvenaria no prprio piso da instalao ao longo da largura da baia, ou at de madeira. Para facilitar o manejo higinico, recomenda-se o comedouro de alvenaria ou os automticos.- Se os comedouros forem construdos de alvenaria, devem ter uma largura de 25cm e o comprimento ao longo da largura da baia (+- 3m). Em cima do comedouro, deve-se colocar uma grade de ferro para evitar a entrada dos sunos. PROCESSO DE ELABORAO DO PROJETO;

As construes compreendem o conjunto de prdios que o criador deve possuir para racionalizar sua criao. Devem atender a determinadas condies bsicas quanto higiene, orientao, funcionalidade e custo. Construes suntuosas, onerosas, exageradas e complicadas, alm de serem anti-econmicas, revelam mau preparo de quem as projetou. Devem portanto merecer cuidado especial do criador, porque de sua eficincia ir depender, em grande parte, o sucesso da empresa. No sentido de aumentar a eficincia dos sistemas de criao de animais e prevenir ou controlar doenas, a tendncia atual de se adotar o confinamento total, o que tem determinado uma modificao dos prdios a dos equipamentos, especialmente nas grandes empresas.As construes devero obedecer as seguintes condies bsicas: - serem higinicas: terem gua disponvel e destino adequado dos resduos; - serem bem orientadas no terreno; - serem simples e funcionais; - serem durveis e seguras: utilizao de materiais e tcnicas construtivas adequadas; - serem racionais: rapidez a eficincia no uso de materiais e mo-de-obra; - permitirem controle das variveis climticas; - permitirem expanso; e- serem de baixo custo.Os componentes necessrios para implantao de uma atividade criatria so apresentados a seguir:A. setor de produo: galpes para os animais e silos para rao. B. setor de preparo de alimentos: armazns ou silos, fbricas de rao, paiol, etc. C. setor administrativo: escritrio, almoxarifado, controle (porto de entrada). D. setor sanitrio: fossa, crematrio (animais mortos), pedilvio para desinfeco dos ps na entrada, rodolvio para desinfeco dos pneus dos veculos, lana-chamas.E. setor residencial: casa sede, casas de empregados. F. setor de apoio: galpo-oficina.G. setor externo: posto de vendas, abatedouros, cooperativas.

Mo de obraApesar dos diferentes nveis de tecnologia utilizados na suinocultura paranaense, foram adotados os seguintes coeficientes mdios para a propriedade padro do estado. Principais coeficientes tcnicos mdios levantados: - Nmero de sunos terminados por lote 500 - Mortalidade na terminao no mximo 2,5% - Idade de abate 170 dias - Peso de abate 113 kg - Idade do leito 60 dias - Peso do leito 22 kg - Perodo de engorda 110 dias - Converso alimentar 1 kg de suno:2,64 kg de rao - Construo 1,2 m/suno - Vazio sanitrio 20 dias - Lotes/ ano 2,8 - rea total da construo 600 mCONSTRUES Consideraram-se as benfeitorias e instalaes necessrias para o desenvolvimento da suinocultura. No caso de instalaes de uso exclusivo atribuiu-se uma apropriao de 100% dos custos fixos e variveis provenientes desta benfeitoria atividade. Para a casa do proprietrio utilizou-se a apropriao de 30% dos seus custos, uma vez que o suinocultor desenvolve outras atividades paralelas que absorvem o restante dos custos.1 Instalaes exclusivas para suinocultura Para a explorao da suinocultura faz-se necessria a utilizao de algumas estruturas exclusivas para o desenvolvimento da atividade.Galpo - Fase de Terminao Para fins desta estimativa considerou-se um galpo de 600 m contendo todos os equipamentos e utenslios necessrios para o desenvolvimento da suinocultura. Utilizou-se a proporo de 1,2 m livre/suno. O nmero de animais terminados considerado foi de 500, o que totaliza os 600 m de construo total referido anteriormente. rea construda = 600 m Densidade = 0,83 sunos/m Nmero de sunos por lote de terminao = 500 sunos 500:0,83 = 600mPocilga (Fase de Terminao)R$ 60.000,00

Mo-de-obra Considerou-se como fixa a mo-de-obra do proprietrio, ao qual atribui-se uma remunerao mensal de 2 salrios mnimos nacionais. Alimentao Consideraram-se trs diferentes tipos de rao para engorda dos sunos. O consumo total de rao por animal para abate de 240 kg, perfazendo uma mdia de 2,18 kg para cada suno por dia.

Animais em estoque 500 sunos em estoque para engorda. O peso com que o suno adentra de 22 kg e o peso final, de 113 kg. Desta forma o peso mdio dos animais enquanto permanecem na propriedade de 67,5 kg. Custos variveis Os custos variveis so aqueles que variam de acordo com o nvel de produo da atividade, portanto, que dependem do volume de produo total. Custos variveis do integrado Mo-de-obra Foram considerados o 2 salrios mnimos a fim de remunerar a da mo-de-obra do suinocultor. Com o salrio mnimo em vigor a remunerao de R$ 760,00 por ms, perfazendo R$ 9.880,00 por ano, R$ 3.518,90 por lote de sunos acabado ou R$ 7,04 por animal terminado. R$ 760/ms x 13 meses = R$ 9.880,00/ano R$ 9.880,00 por ano:2,8 lotes/ano = R$ 3.518,90/lote

Rao Foram considerados quatro diferentes tipos de rao para os sunos, a saber, inicial, crescimento, terminao e final. O dispndio total com raes foi estimado em R$ 123,43 por suno ou R$ 1,092 por kg de suno.

Leites O preo do leito de 22 kg considerado de R$ 73,59 por leito. Os gastos com leites foram estimados em R$ 36.795,00 por lote ou R$ 0,651 por kg de suno terminado. Preo do leito = R$ 3,35 kg Peso do leito = 22 kg 18 R$ 3,35 x 22 kg = R$ 73,59/leito R$ 73,59 x 500 = R$ 36.795,00 por lote

Infra estruturaNo Brasil, as concepes construtivas da maioria das instalaes conduzem a problemas de desconforto trmico e diminuio do desempenho dos animais.Pesquisas realizadas analisaram as condies ambientais de vero de diferentes tipos de construes para sunos, incluindo 153 construes, em 23 municpios do Sul do Brasil, e verificaram que: as temperaturas internas foram elevadas, em relao s consideradas timas; a ventilao interna foi deficiente; os criadores no utilizaram adequadamente os dispositivos de modificaes ambientais (janelas, cortinas, etc.); altura do p-direito foi considerada baixa (2,0 a 2,2 m); e as instalaes no possuam lanternim.Por outro lado, pesquisa realizada em Concrdia-SC, em salas de maternidade com dimenses de 8,3 x 4,2m p-direito de 2,5 m, superfcies de abertura de 2,8 x 1,0m presena de forro e cobertura com telha cermica concluram que as caractersticas construtivas em questo no foram suficientes para permitirem o condicionamento ambiental desejado em condies de vero.Uma concepo construtiva que tem sido largamente empregada e que permite que se tenha um melhor controle das condies ambientais e um melhor manejo para cada fase da criao, a diviso das edificaes para abrigar sunos pela fase de vida e pela atividade.Dessa forma, tm-se galpes distintos para creche, crescimento e terminao, reproduo, gestao e maternidade.Creche ou unidade de crescimento inicial: projetada para abrigar os leites aps o desmame at atingirem 25 kg de peso corporal (o que ocorre por volta de 65 dias de idade). A instalao pode possuir gaiolas para 10 leites ou baias para grupos de 20 leites.Unidade de crescimento e terminao: utilizadas para animais com 25 a 60 kg de peso corporal (65 a 110 dias de idade, aproximadamente), criados em baias coletivas do setor de crescimento; e de 60 a aproximadamente 100 kg (peso de abate), tambm em baias coletivas.Em cada uma destas fases, so utilizados prdios separados, a no ser em caso de plantel pequeno (menor ou igual a 36 fmeas criadeiras).Setor de reproduo (pr-cobrio e cobrico): as fmeas j podem ser selecionadas para reproduo logo ao nascimento, caso apresentem peso corporal maior ou igual a 1,4 kg. Depois, podem ser separadas pelas suas tetas em quantidade (nmero > 14 tetas) a em qualidade (ausncia de tetas invertidas). Alm destas, outras caractersticas podem ser usadas para o agrupamento do plantel de fmeas reprodutoras, as quais j apresentam o primeiro cio no 5 ms de vida a esto aptas para reproduo com aproximadamente 7 meses de idade, quando apresentam peso corporal de 100 a 110 kg. Ento, so encaminhadas ao setor de reproduo, onde so cobertas a permanecem at a confirmao da prenhez. Podem serem tambm adquiridas de empresas especializadas.Unidade de gestao confirmada a prenhez, so encaminhadas para a unidade de gestao (baias coletivas ou gaiolas individuais) onde permanecem at uma semana antes do parto, sendo que a gestao dura aproximadamente 114 dias (3 meses, 3 semanas e 3 dias).Maternidade: uma semana antes do parto so levadas para a maternidade (gaiolas individuais com abrigo para proteo dos leites) onde permanecem at terminar a fase de aleitamento. A desmama ocorre, normalmente, quando os leites atingem entre 21 e 28 dias de idade, sendo os leites encaminhados para a creche e as porcas retornam para o setor de reproduo.No caso da maternidade, o controle das condies ambientais mais complexo que nas demais instalaes, j que o projeto deve atender a microambientes especficos para as matrizes e para os leites, alm de proteg-los contra possvel esmagamento. Para evitar o esmagamento, normalmente so projetadas gaiolas, com protees e delimitaes de reas destinadas aos leites, chamadas escamoteadores, que possibilitam poucos movimentos fmea. Para o conforto trmico dos leites, mantm-se um abrigo, vedado e aquecido por meio de lmpadas ou resistncias eltricas, procurando manter no seu interior a temperatura em torno de 30 o C, enquanto que na maternidade no deveria ultrapassar a 25 o C .Alm destes, ainda h a fbrica de rao, silos/armazns, controle da entrada, plataformas de desinfeco, unidades de disposio de dejetos, etc.

A seguir sero dados exemplos de dimensionamentos, indicaes de tcnicas construtivas e de materiais de construo referentes s instalaes para cada fase de produo dos sunos.Considere um rebanho composto por 100 porcas em produo, 15 leitoas de reposio, 5 porcas a serem substitudas e 6 cachaos, totalizando 126 animais no plantel de reproduo.I. Unidade de Pr-cobrio e cobrio (Setor de Reproduo):a) Nmero de baias = n fmeas x n ciclos porca / ano x perodo de use da baian fmeas / baia x n de semanas do ano- n de fmeas = 100 porcas em produo;- n ciclos porca/ano = com um bom manejo possvel se obter uma mdia de 2,3 a 2,5 gestaes por fmea por ano;- perodo de uso da baia = 2 semanas da desmama at a cobrio + 4 semanas da cobrio at a confirmao da prenhez. TOTAL de 6 semanas.- n fmeas/baia = recomenda-se de 4 a 6 fmeas por baia; e- n de semanas do ano = 52.100 x 2,4 x 65 x 52= 6 baias coletivas

b) rea de cada baia = 2,5 m2 /porca; para 6 porcas = 15 m2 .c) Comprimento = (0,5 a 0,6 m de comedouro/porca x 6 porcas) + 0,7 m de porto = 4 md) Largura = 15 m2 /4m = 4 m (contando espao para o comedouro).

comum prever o espao para os machos prximo das fmeas, pois isto estimula nas fmeas o aparecimento e exteriorizao mais rpida do cio, facilitando detectar e acelerando o processo de cobrio.N' de machos = 1 para cada 20 a 25 fmeas = 4 machos. rea necessria = 6 m2 / macho.Detalhes de uma construo para a fase de reproduo:Caracterstica da instalao: galpo aberto contendo baias para as fmeas reprodutoras em frente ou ao lado das baias para os machos (cachaos).Fundao: direta descontnua (sapatas) sob os pilares e direta contnua rasa (alicerce corrido) sob as alvenarias, ambas em concreto simples 1:3:5 (cimento: areia :brita).Piso: 6 a 8 em de espessura em concreto simples 1:3:5 com revestimento ou no de argamassa 1:3 ou 1:4 (areia mdia a fina). O piso spero danifica o casco do animal e o piso muito liso muito escorregadio.Divisrias: as externas podem ter 1,0m de altura em alvenaria de tijolo cermico furado ou em bloco de concreto, revestimento com argamassa (podendo ser natado). As internas (entre uma baia e outra) podem ser confeccionadas em alvenaria com menor espessura ( tijolo) ou com postes de concreto armado onde so encaixadas placas de concreto pr-fabricadas ou cordoalhas de ao.Pilares: 15 a 20cm (seo quadrada) ou 15 a 20 cm de dimetro em madeira ou concreto armado (1:2:4).

Esquema em planta baixa do prdio de pr-cobrio e cobrio.

P-direito: 3,0 a 4,0m para cobertura com telhas de cimento amianto e 2,5 a 3,5 m para telhas de barro, dependendo da largura.Estrutura do telhado: tesouras ou prticos (madeira, metal, ou concreto armado).Beiral: 1,0 a 1, 5m dependendo do p-direito.Declividade: 2% a partir do corredor central em direo as laterais no sentido da largura e 1% no sentido do comprimento (fosso).Coleta dos Dejetos; fosso dotado de grelha na parte mais baixa da baia.Comedouros: podem ser de concreto simples com os cantos arredondados com o uso de argamassa deixando a superfcie interna lisa (largura de 0,50m e altura na frente de 0,20m).Bebedouro: tipo concha ou chupeta (um por baa).

Esquema em corte do prdio de pr-cobrio e cobrio.

detalhe do comedouro.

II. Unidade de Gestaoa) Nmero de baias = n fmeas x n ciclos porca / ano x perodo de use da baian fmeas / baia x n ' de semanas do ano- perodo de uso da baia => da confirmao da prenhez at uma semana antes do parto = 12 semanas; - n fmeas/baia = recomenda-se utilizar baias coletivas para 4 a 6 fmeas com rea de 2,5 m2 por cabea, ou gaiolas individuais de 2,2 x 0,6 x 1,1 m (comp.xlarg.x alt.).100 x 2,4 x 125 x 52 = 12 baias coletivas

b) rea de cada baia = 2, 5 m2 x 5 porcas = 12, 5 m2 ; c) Comprimento = (comedouro + 0,7 m (porto) = 3,5 m; d) Largura = 12,5/3,5 = 3,50m.A construo pode seguir os mesmos padres adotados para a unidade de reproduo.e) Nmero de Gaiolas Individuais

a) = 100 x2,4 x12 1 x 52 = 56 gaiolas individuais comum agrupar num mesmo prdio as unidades de pr-cobrio, cobrio e gestao, principalmente para pequenos criadores. O galpo deve estar orientado no sentido leste-oeste e pode ter anexos como escritrio, sanitrio e depsito para medicamentos, rao, ferramentas e equipamentos. Especial ateno deve ser dada s fundaes (dimensionamento e execuo) caso tenha presena do fosso de escoamento de dejetos. As demais caractersticas construtivas podem obedecer os mesmos padres mencionados para a unidade de reproduo.

gaiolas individuais de gestao

esquema em planta baixa de um prdio com individuais gaiolas de gestao.

baias coletivas para porcas em gestao.

esquema em planta baixa de um prdio com baias coletivas, possveis de se usar para animais em crescimento e porcas em gestao

III. MATERNIDADE Nesta unidade, as porcas permanecem desde uma semana antes do parto at terminar a fase de aleitamento. O local que abriga os leites no deve ter umidade (fezes, urina, gua) e nem calor ou frio em excesso. Os leites devem estar protegidos contra o esmagamento, estar sob uma fonte de calor (eltrica, gs, etc.) a recebendo gua de forma continua. Deve permitir bom escoamento de dejetos. Esta fase pode ser conduzida em baias convencionais (2,5x2,5 m) feitas de alvenaria, piso de concreto, dotadas de escamoteador para abrigar os leites a de proteo contra esmagamento, feita de madeira ou metal (barra ou tubo) a 25 cm do piso e a 25 cm da parede, popularmente conhecida como banca. Entretanto normalmente os criadores preferem as gaiolas de pario, pela proteo proporcionada aos leites.a) Nmero de gaiolas = n fmeas x n leitegadas / ano x perodo de usonfmeas / gaiola x n de semanas do anoperodo de uso - varia de 5 a 6 semanas (1 semana antes do parto + idade de desmama + 1 semana limpeza e desinfeco);a) 100 x 2,4 x 51 x 52 = 24 gaiolas de pario

maternidade utilizando gaiolas e alimentao automtica.

gaiolas de maternidade.

IV. CRECHE OU UNIDADE DE CRESCIMENTO INICIAL Nesta unidade os leites permanecem desde a desmama, com peso corporal de aproximadamente 5 kg, at atingirem peso corporal prximo de 25 kg ( 65 dias de idade). Consta de baias que abrigam na faixa de 20 leites cada (2 leitegadas), as quais tm o piso total ou parcialmente ripado (madeira, concreto ou metal) com fendas de 1 cm de largura. A rea disponvel deve ser de 0,25 a 0,32 m2 por cabea. Podem ser usadas tambm gaiolas elevadas (de metal) que abrigam 1 leitegada cada. Em qualquer dos casos deve haver sempre o comedouro (0,20 m de comprimento para cada 3 animais) e o bebedouro tipo chupeta (1 para cada 10 leites) a altura de 20 a 25 cm a partir do piso. importante locar o bebedouro no lado oposto ao comedouro a em cima do fosso ripado para facilitar o escoamento da gua.a) Nmero de baias = n fmeas x n ciclos porca/ano x n desmamados/leiteg. x perodo uson leites / baia x n de semanas do ano- nmero de leites desmamados = 10 (mdia); - perodo de uso = varia de 7 a 9 semanas (uma semana para limpeza e desinfeco)a) 100 x 2,4 x 10 x 820 x 52 = 20 baiasb) rea da baia = 0,27 m2 /leites x 20 leites = 5,4 m2 c) Comprimento da baia = 0,20m de comedouro/3 leites = = 1,33 m de comedouro/20 leites + 0,7m (porto) = 2,0 m d) Largura da baia = 5,4 m2/2,0 m = 2,7 mAs baias de crescimento inicial podem estar em um galpo semelhante aos descritos anteriormente porm possuindo sistemas de fechamento (janelas ou cortinas) e sistemas de aquecimento. As divisrias entre baias podem ser do tipo ripado de madeira, de alvenaria em cutelo ou gradeado pr-fabricado de concreto. Sempre necessrio que as unidades tenham pontos de gua para lavagens.

creche utilizando gaiolas e alimentao manual.

creche utilizando baias e alimentao automtica.

UNIDADES DE CRESCIMENTO E ACABAMENTO Podem ser considerados dois mtodos de conduo destas fases: com mudana de baia, recria em um galpo alojando animais com 25 a 60 kg de peso corporal e terminao em outro galpo para animais de 60 a 100 kg de peso corporal; e a recria e terminao em baia nica (25 a 100 kg de peso corporal.a) Nmero de baias = n fmeas x n ciclos porca/ano x n desmamados/leiteg. x perodo uson leites / baia x n de semanas do anoPerodo de uso: - Com mudana de baia: crescimento = 7 semanas acabamento = 7 semanas- Sem mudana de baia:crescimento + acabamento = 14 semanas Nmero de leites por baia = 20a) 100 x 2,4 x 10 x 720 x 52= 16 baias (crescimento)A rea disponvel por animal nas baias de crescimento, para o sistema de mudana de baia, deve ser de 0,50 m2 , se o piso for totalmente ripado, 0,65 m2 se for parcialmente ripado a 0,75 m2 se for totalmente compacto. Logo, para a opo de fosso de dejetos sob o piso (parcialmente ripado), tem-se:

b) rea da baia = 0,65 m2 /cabea x 20 leites = 13 m2c) Comprimento da baia = 2,0 m de comedouro/baia + 0,70 (porto) + 0,3 (folga) = 3 m. d) Largura da baia = 13 m' /3,0 m = 4,33 mA rea disponvel por animal nas baias de acabamento, para o sistema de mudana de baia, deve ser de 0,85 m2 se for parcialmente ripado a 1,00 m2 se for totalmente compacto. A rea disponvel por animal nas baias de crescimento a acabamento, para o sistema sem mudana de baia, deve ser de 0,70 m2 , se o piso for totalmente ripado, 0,80 m2 se for parcialmente ripado a 1,00 m2 se for totalmente compacto. Logo, o dimensionamento pode ser feito da mesma forma anterior. As divisrias das baias podem ser feitas de madeira ou alvenaria at a altura de 90 cm e o galpo que contm as baias pode ser totalmente aberto e ter cortinas para fechamento para proteo contra chuva. Pode ter tambm sistema de ventilao mecnica (ventiladores ou exaustores) para atenuar o problema da grande formao de gases a calor que normalmente ocorre nestas instalaes, devido ao grande nmero de animais e volume de dejetos. Com aproximadamente cinco meses de idade, 100 a 110 kg de peso vivo, as fmeas j esto aptas para a reproduo, quando ento so selecionadas pelas suas boas caractersticas, como por exemplo, nmero a qualidade de tetas, a seguem para a unidade de reproduo. Nessa mesma idade a peso, os machos tambm so selecionados para reproduo ou so abatidos.Caso exista abatedouro este deve ser azulejado, total ou meia parede, dotado de pia, bancada, canais escoadouros com sadas apropriadas, ganchos, varais, pontos de gua a luz, etc. O piso no deve ser escorregadio.

sistema tradicional de baias de crescimento.

sistema cama utilizado para sunos em crescimento e engorda.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL A atividade de Suinocultura considerada pelos rgos ambientais como sendo uma atividade potencialmente causadora de degradao ambiental, sendo enquadrada como de grande potencial poluidor.TIPOS DE CLASSIFICAO Conforme o Instituto Ambiental do Paran (IAP), os empreendimentos de suinocultura so classificados pelo nmero de animais, porte, sistema de criao e sistema de produo.SISTEMA DE PRODUO Segundo o Istituto Ambiental do Paran IAP, os sistemas de produo de sunos devem seguir uma classificao sistemtica conforme tabela 05 e 06.Tabela 05 - Classificao dos sistemas de produo de sunosSistema - 1 Produo de Leito

Sistema 2 Ciclo Completo

Sistema 3 Terminao

Fonte: IAP Instituto Ambiental do ParanCLASSIFICAO POR PORTE Os sistemas de produo de sunos tambm podem ser divididos conforme a sua capacidade de alojamento, em pequeno, mdio, grande e excepcional como segue descrito na tabela 06.TABELA 06 - Classificao quanto a capacidade de alojamento de sunosPORTE CLASSIFICAO (CAPACIDADE DE ALOJAMENTO)

Sistema 1Sistema - 2Sistema - 3

Pequeno51 a 10021 a 50201 a 500

Medio101 a 30051 a 150501 a 1.500

Grande301 a 500151 a 4001.501 a 4.000

Excepcional> 500> 400> 4.000

REAS ONDE NO PERMITIDA A SUINOCULTURA Locais onde ocorra a propagao de odores para cidades, ncleos populacionais e habitaes, reas urbanas, prximo de pontos de captao de gua para fins de abastecimento pblico, em reas com afloramentos rochosos, formao de cascalho, em locais alagadios e com afloramento de lenol fretico e terrenos excessivamente inclinados.