Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

106
SOCIEDADE EDUCATIVA E CULTURAL AMÉLIA LTDA – SECAL SOLANGE F. B. SUCHORONCZEK TIAGO GADONSKI A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA A ANÁLISE DE CUSTOS DE PRODUÇÃO: Um Estudo de Caso Desenvolvido em uma Empresa Metal-Mecânica de Ponta Grossa - PR

description

Trabalho de conclusão de curso referente ao levantamento de custos de uma industria

Transcript of Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

Page 1: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

SOCIEDADE EDUCATIVA E CULTURAL AMÉLIA LTDA – SECAL

SOLANGE F. B. SUCHORONCZEKTIAGO GADONSKI

A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA

A ANÁLISE DE CUSTOS DE PRODUÇÃO:

Um Estudo de Caso Desenvolvido em uma Empresa

Metal-Mecânica de Ponta Grossa - PR

PONTA GROSSA2013

Page 2: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

SOLANGE F. B. SUCHORONCZEKTIAGO GADONSKI

A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA

A ANÁLISE DE CUSTOS DE PRODUÇÃO:

Um Estudo de Caso Desenvolvido em uma Empresa

Metal-Mecânica de Ponta grossa - PR

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Sociedade Educativa e Cultural Amélia Limitada - SECAL.

Orientador (a): Me. Jocimar D. Prado

PONTA GROSSA

2013

Page 3: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

SOLANGE F. B. SUCHORONCZEKTIAGO GADONSKI

A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA

A ANÁLISE DE CUSTOS DE PRODUÇÃO:

Um Estudo de Caso Desenvolvido em uma Empresa

Metal-Mecânica de Ponta Grossa - PR

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Sociedade Educativa e Cultural Amélia Limitada - SECAL.

Banca Examinadora:

________________________

Prof. Me. Jocimar D. Prado

Instituição: Secal

________________________

Prof. Silvana Martinazzo

Instituição: Secal

________________________

Prof. Patricia Tozetto

Instituição: Secal

Ponta Grossa, 25 de Outubro de 2013.

Page 4: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por sempre iluminar nossos caminhos

com as escolhas certas.

Aos professores, por todo o auxílio que nos deram no momento em que precisamos,

em especial ao nosso orientador, prof. Me. Jocimar D. Prado, que foi de extrema

importância para a conclusão deste trabalho.

Aos nossos familiares, pelo amor, carinho e compreensão.

Page 5: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

“Não foi de um salto que os grandes homens

chegaram à culminância do êxito, mas sim

trabalhando e velando enquanto os outros

dormiam”.

James Allen

Page 6: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

SUCHORONCZEK, Solange Faustin Broniski; GADONSKI, Tiago. A contabilidade como ferramenta de apoio para a análise de custos de produção: Um estudo de caso desenvolvido em uma empresa metal-mecânica de Ponta Grossa – PR. 77. p. 2013. Trabalho de conclusão do curso em bacharel em Ciências Contábeis da Sociedade Educativa e Cultural Amélia Limitada – SECAL.

RESUMO

Com o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de produção, em muitas indústrias os custos indiretos vêm aumentando continuamente, tanto em valores absolutos quanto em termos relativos, comparativamente aos custos diretos. O cenário atual competitivo onde as empresas estão inseridas exige dos gestores um maior cuidado em relação à importância das questões relativas aos custos. Essa preocupação decorre principalmente nas empresas industriais, onde a busca por um custo reduzido faz toda a diferença para a formação do preço de venda. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é analisar e determinar o custo de fabricação de uma estante de aço em uma empresa metal- mecânica situada na cidade de Ponta Grossa (Pr.). A pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva e como técnica de pesquisa foi utilizada o estudo de caso. Para atingir o objetivo proposto foram levantados todos os custos diretos e indiretos envolvidos no processo produtivo, através de um mapeamento destes, abrangendo todas as etapas do processo produtivo. Como principal contribuição ao final do trabalho, pôde-se notar a importância da Contabilidade de custos como ferramenta de auxílio na tomada de decisão, pois através do custo apurado, é possível determinar o preço de venda, sabendo-se exatamente a margem de lucratividade que deverá ser aplicada.

Palavras chave: Custos, Processo Produtivo, Competição.

Page 7: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

SUCHORONCZEK, Solange Faustin Broniski; GADONSKI, Tiago. Accounting as a support tool for the analysis of production costs: A case study conducted in a company-metal mechanics Ponta Grossa - PR. 77. p. In 2013. Work completion of the course Bachelor of Science in Accounting Society Educational and Cultural Amelia Limited - SECAL.

ABSTRACT

With the advancement of technology and the increasing complexity of production systems, in many industries the indirect costs are increasing steadily, both in absolute and in relative terms compared to direct costs. The current competitive scenario where companies operate, requires greater care managers regarding the importance of issues relating to costs. This concern arises mainly in industrial enterprises, where the search for a reduced cost makes all the difference to the training of the sales price. Accordingly, the aim of this work is to analyze and determine the cost of manufacturing a steel shelf in a metalworking company located in the city of Ponta Grossa (PR). The research is classified as exploratory and descriptive and as a research technique used was the case study. To reach that goal were raised all direct and indirect costs involved in the production process, through a mapping of these, covering all stages of the production process. As the main contribution to the end of the work, it was noted the importance of cost accounting as a tool to aid in decision making, as determined by the cost, it is possible to determine the selling price, knowing exactly what the profitability margin should be applied.

Keywords: Costs, Production Process, Competition.

Page 8: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Contabilidade financeira, de custos e gerencial.......................................20

Figura 2 - Os subsistemas do sistema de informações contábeis............................22

Figura 3 - Custo fixo..................................................................................................26

Figura 4 - Custo fixo unitário.....................................................................................26

Figura 5 - Custos variáveis.......................................................................................27

Figura 6 - Custo variável unitário..............................................................................27

Figura 7 - Custo semifixo..........................................................................................28

Figura 8 - Custo semivariável...................................................................................29

Figura 9 - Custeio por absorção sem departamentalização.....................................31

Figura 10 - Custeio variável......................................................................................33

Figura 11 - Custeio ABC...........................................................................................34

Figura 12 - Custeio RKW..........................................................................................35

Figura 13 - Etapas da produção................................................................................45

Figura 14 - Prateleiras em bruto sendo transportadas pela Monovia Aérea.............46

Figura 15 - Colunas penduradas na Monovia Aérea................................................47

Figura 16 - Prateleiras saindo molhadas da cabine..................................................48

Figura 17 – Prateleiras secas, prontas para receber a pintura.................................48

Figura 18 - Prateleiras com pintura molhada saindo da cabine de pintura...............49

Figura 19 - Prateleiras com pintura seca saindo da estufa.......................................50

Figura 20 – prateleiras sendo retiradas da Monovia aérea.......................................50

Figura 21 - Colunas retiradas da Monovia................................................................51

Figura 22 - Prateleiras sendo embaladas na máquina seladora...............................51

Figura 23 – Prateleiras embaladas, seguindo para expedição.................................52

Page 9: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Matéria-prima (chapa de aço) consumida em quilo...............................52

Quadro 2 – Matéria-prima consumida em valores....................................................54

Quadro 3 – Mão de obra direta e indireta.................................................................55

Quadro 4 – Energia consumida no mês....................................................................56

Quadro 5 – Água consumida no mês........................................................................57

Quadro 6 – Tinta consumida durante 01 mês..........................................................58

Quadro 7 – Parafusos, porcas e sapatas consumidos no mês de julho/2013..........59

Quadro 8 – Soda Cáustica utilizada no mês.............................................................61

Quadro 9 – Depreciação das máquinas....................................................................62

Quadro 10 – EPIS utilizados no mês........................................................................63

Quadro 11 – Mapeamento global sintetizado...........................................................65

Page 10: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Matéria-prima Consumida por Quilo no Setor de Estantes....................53

Gráfico 2 – Matéria-prima Consumida em Valor.......................................................54

Gráfico 3 – Mão de Obra Direta e Indireta................................................................56

Gráfico 4 – Energia Elétrica Utilizada no Setor de Estantes.....................................57

Gráfico 5 – Água Consumida no Setor de Estantes.................................................58

Gráfico 6 – Tinta Consumida no Setor de Estantes..................................................59

Gráfico 7 – Kit de Parafusos, Porcas e Sapatas Utilizados na Montagem...............60

Gráfico 8 – Soda Cáustica Utilizada no Processo Produtivo....................................61

Gráfico 9 – Depreciação das Máquinas do Setor de Estantes.................................62

Gráfico 10 – Epi’s Utilizados pela Mão de Obra Direta.............................................64

Gráfico 11 – Custo unitário de cada estante.............................................................66

Page 11: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................12

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA................................................................................13

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA...............................................................................13

1.3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................. ..........14

1.4 METODOLOGIA.......................................................................................................... ..15

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO...............................................................................15

2 EMBASAMENTO TEÓRICO..................................................................................16

2.1 CONTABILIDADE................................................................................................16

2.2 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS..................................................................................17

2.3 A CONTABILIDADE DE CUSTOS, A CONTABILIDADE FINANCEIRA E A ......CONTABILIDADE GERENCIAL..........................................................................18

2.3.1 Da Contabilidade Financeira à de Custos....................................................19

2.3.2 Da Contabilidade de Custos à Contabilidade Gerencial.............................19

2.3.3 Os Sistemas de Informações.........................................................................21

2.4 TERMINOLOGIAS APLICADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS................23

2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS..............................................................................25

2.5.1 Com relação aos Produtos, eles podem ser Diretos ou Indiretos.............25

2.5.2 Com relação ao volume de produção, eles podem ser Fixos, Semifixos, .........Variáveis ou Semivariáveis...................................................................................25

2.5.3 Outras definições importantes sobre Custos..............................................29

2.6 MÉTODOS DE CUSTEIO....................................................................................30

2.6.1 Outros métodos de custeio...........................................................................36

2.6.2 Métodos de custeio para controle de estoque.............................................37

2.7 DEPARTAMENTO...............................................................................................38

2.8 MÉTODOS DE RATEIO......................................................................................40

3 METODOLOGIA.....................................................................................................41

3.1 TIPOS DE PESQUISAS......................................................................................41

Page 12: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

3.1.1 Classificação das Pesquisas.........................................................................41

3.2 LOCAL DE PESQUISA ...............................................................................................43

3.3 COLETA DE DADOS...........................................................................................43

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE OS DADOS.....................................45

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................67

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................68

ANEXOS....................................................................................................................70

ANEXO A – Desbobinadeira......................................................................................71

ANEXO B - Guilhotina...............................................................................................72

ANEXO C – Estamparia e Dobra...............................................................................73

ANEXO D – Pintura...................................................................................................74

ANEXO E – Embalagem............................................................................................75

ANEXO F – Expedição..............................................................................................76

Page 13: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

12

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata das questões relativas aos custos, que na

atualidade são de extrema importância na questão econômica das indústrias, pois o

ambiente competitivo em que elas se encontram, tem levado os administradores a

buscarem sempre a redução dos custos, facilitando dessa maneira a gestão do

negócio. Quando a questão é reduzir custos, é de fundamental importância saber

exatamente tudo o que envolve o processo produtivo.

Segundo Schier (2006), Contabilidade de custos é uma técnica utilizada para

identificação e mensuração dos custos dos produtos em todo o processo produtivo,

aquisição de mercadorias para revenda e custos para prestação de serviços, além

de uma forma para proporcionar seu controle.

Na terminologia de custos industriais, existe diferença entre: gasto,

investimento, custo direto, custo indireto, custo fixo, custo variável, despesa,

desembolso, perda normal e perda anormal, os quais refletem direta ou

indiretamente no preço final.

De acordo com Schier (2005), gasto são sacrifícios financeiros que a

empresa está disposta a pagar para obter algum produto ou serviço. Investimento

são gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuídos a futuro

período. Custo direto é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado diretamente na

produção de outros bens e serviços. Custo indireto é o valor gasto que não está

atrelado diretamente ao produto. Custo fixo é o custo que permanece constante

dentro de determinada capacidade instalada, não se alterando com as modificações

na quantidade produzida.

Custo variável é o custo que acompanha o crescimento do volume de

produção na mesma proporção. Despesa é todo gasto para se conseguir uma

receita; todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam

despesas. Desembolso é o pagamento resultante de uma aquisição efetuada à vista

ou de uma obrigação assumida anteriormente. Perda normal são os gastos

incorridos nos processos produtivos ou de geração de receitas. Perda anormal são

bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária, por exemplo:

incêndios, inundações e greve.

Page 14: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

13

Uma das classificações importantes na contabilidade de custos é a que

divide os materiais em diretos e indiretos, porque material, é o elemento mais

importante do custo industrial, que se constitui em matéria-prima e matéria

secundária.

A contabilidade de custos exerce duas funções de relevante importância:

auxílio ao controle e à tomada de decisões. No que tange ao controle, a

contabilidade de custos fornece dados para o estabelecimento de padrões. Quanto à

tomada de decisões, contribui de forma efetiva, por meio das informações que

disponibiliza, para a administração do preço de venda, para a opção de realização

ou não de compras, pela produção ou não de produtos.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Determinar o custo de fabricação de um produto da indústria metal-

mecânica.

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

O objetivo do presente trabalho é determinar o custo unitário de fabricação

da estante de aço, onde serão alocados todos os custos diretos e indiretos

envolvidos no processo produtivo.

Os objetivos específicos são:

1- Apresentar um mapeamento dos custos envolvidos no processo de fabricação do

produto.

2- Determinar o custo do produto fabricado.

3- Levantar os custos e ratear aos produtos.

Page 15: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

14

1.3 JUSTIFICATIVA

Segundo Martens (org.) (2009), a contabilidade de custos contribui de forma

efetiva, por meio das informações que disponibiliza, para administrar preço de

venda; optar pela compra ou não; produzir ou não etc.

Tradicionalmente, a contabilidade de custos focou em determinar o custo do estoque e dos bens produzidos. Os custos eram classificados em categorias funcionais, e a determinação dos custos de manufatura consumia muito esforço. Enquanto ainda é importante saber o custo de bens produzidos, o contador de hoje precisa fornecer ainda mais informações. As empresas precisam de informações acuradas de custos para integrar o desenvolvimento do produto, produção, marketing e serviços pós-venda [....]. (HANSEN e MOWEN, 2001, p.28)

Para Hansen e Mowen (2001), a função do contador é primordial para

fornecer informações relacionadas a custos, pois elas são essenciais dentro de uma

organização, tanto para a produção como também para o marketing e pós-venda.

De acordo com Martins (2003), a contabilidade de custos passou a ser

encarada como uma nova missão, a gerencial, isso se deve ao crescimento das

empresas, pois aumentou a distância entre administrador, ativos e pessoas

administradas.

Com essa visão dos conhecimentos mencionados, a contabilidade de custos

servirá de apoio para os administradores elaborarem o preço de venda, baseado no

custo apurado de cada produto.

O presente trabalho poderá servir como um instrumento para os gestores da

empresa na tomada de decisões relacionadas a custos, pois através do custo

apurado, é possível determinar com exatidão o valor a ser vendido, sabendo-se

exatamente a margem que deverá ser aplicada.

Page 16: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

15

1.4 METODOLOGIA

O referido trabalho se classifica como Pesquisa exploratória e descritiva.

Conforme Gil (2002), o maior objetivo da pesquisa exploratória é

proporcionar familiaridade com o problema, torná-lo mais explícito. Na pesquisa

descritiva, o principal objetivo é a descrição das características de determinada

população ou fenômeno. Também se utilizou de um estudo de caso.

De acordo com Gil (2002), a técnica do estudo de caso consiste na análise

profunda e exaustiva de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e

detalhado conhecimento.

A coleta de dados foi efetuada através do levantamento de documentos

dentro da própria empresa escolhida, levando-se em consideração a facilidade de

acesso às informações.

Conforme Lakatos e Marconi (2001), o levantamento de dados implica em

variadas fontes, que podem sugerir hipóteses e orientações para outras fontes de

coleta.

Os dados foram analisados pelo método quantitativo elaborando-se quadros

para uma melhor análise.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O presente trabalho está organizado da seguinte forma:

No capítulo 2 apresenta-se todo o embasamento teórico da pesquisa.

No capítulo 3 define-se a metodologia que direcionou a pesquisa.

No capítulo 4 fazem-se as apresentações e discussões dos dados.

No capítulo 5 têm-se as considerações finais e conclusão do trabalho.

Page 17: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

16

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 CONTABILIDADE

Ao se definir contabilidade, define-se pelo essencial, pois deixaria de existir

se os fenômenos não ocorressem.

De acordo com Sá (1999, p.42) “Contabilidade é a ciência que estuda os

fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e

comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

Segundo Sá (1999), cientificamente o estudo visa conhecer as relações que

existem entre os fenômenos patrimoniais observados, visa conhecer verdades que

sejam válidas para todos os lugares, em qualquer que seja a época, em quaisquer

empresas.

Para Marion (1998), contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de

informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Com o

passar do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e

torná-la obrigatória para a maioria das empresas.

Hansen e Mowen (2001) ao descrever a evolução da contabilidade: as

raízes da contabilidade se estendem profundamente na história do ser humano. As

primeiras ferramentas, criadas de 5.000 a 10.000 anos atrás, incluem pedras com

pontinhos vermelhos e pequenos pacotes de lama ressecada com escrita cuneifone

do lado externo.

Com o desenvolvimento do comércio até o final do século XV, as transações

se tornaram mais complexas e foram exigidos sistemas contábeis mais sofisticados.

A maioria dos procedimentos de contabilidade interna e de custeio do

produto, usados nos séculos XX, foi desenvolvida entre 1880 e 1925. Algum esforço

para melhorar a utilidade gerencial dos sistemas de custos convencionais ocorrem

nas décadas de 1950 e 1960.

Os dois avanços significativos são relacionados à tecnologia da informação.

Um está intimamente ligado à manufatura integrada por computador. O segundo de

maior importância fornece as ferramentas necessárias; a disponibilidade de

computadores pessoais, softwares de planilhas eletrônicas e pacotes gráficos.

De acordo com Iudícibus (2000), o acompanhamento da evolução do

patrimônio líquido das entidades de qualquer natureza constitui-se no fator mais

Page 18: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

17

importante da evolução da disciplina contábil. O grau de desenvolvimento das

teorias contábeis e de suas práticas está diretamente associado ao grau de

desenvolvimento comercial das sociedades ou nações.

No caso brasileiro, uma característica atual do estágio de desenvolvimento

da Contabilidade é paradoxal; a qualidade das normas contábeis à disposição ou

editadas por órgãos governamentais é claramente superior. Nossa legislação

historicamente adianta-se sempre em relação aos homens que irão utilizá-la e isto é

mais sentido no campo contábil.

Segundo Iudícibus (2000), uma vez estabelecidos os objetivos da

Contabilidade e delineados os dois postulados fundamentais, seguem-se,

naturalmente, os princípios e as normas que qualificam e delimitam o campo de

aplicação dos princípios em certas situações.

2.2 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), de acordo com a Resolução

CFC 750/93 (atualizada pela resolução CFC 1.282/10), resolve já no 1º art., o qual

muda a denominação dos princípios, antes chamados de Princípios Fundamentais

de Contabilidade, e agora recebem o nome de “Princípios de Contabilidade”,

considerando que está nomenclatura simplificada deixa claro para o entendimento

dos usuários e profissionais dessa ciência. Com base nos princípios contábeis,

serão apresentados abaixo, os princípios de Entidade, Continuidade, Oportunidade,

Registro pelo valor original, Competência e Prudência.

a) Princípio da Entidade: Este Princípio, diz que, o patrimônio é objeto da

contabilidade, sem a qual não se pode realizar o objetivo da mesma, a escrituração.

Pertence a entidade e em nenhum momento confundir-se-á com o sócio que o

formou.

b) Princípio da Continuidade: pressupõe que, a empresa passa a ter vida

própria onde pretende atingir seu objetivo principal (lucro), através do seu objeto

social (sua atividade econômica).

Page 19: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

18

c) Princípio da Oportunidade: Refere-se que, os registros dos fatos contábeis

no ativo (bens e direitos) e no passivo (obrigações), deverão ser contabilizados no

momento em que ocorrem.

d) Princípio do Registro pelo Valor Original: Art. 7º. Observa-se que no

Princípio do Registro pelo Valor Original, os elementos patrimoniais devem ser

contabilizados pelo valor de aquisição, em moeda corrente do país, ou seja, o valor

que está no documento fiscal. Art. 8º(Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10).

O Princípio da Atualização Monetária foi revogado e os possíveis efeitos

monetários passam a ser tratados dentro do Princípio do Registro pelo Valor

Original.

e) Princípio da Competência: Art. 9º. Que no princípio da competência, o

registro das receitas e despesas, deve ser contabilizado, no momento em que elas

ocorrem independentemente do pagamento ou recebimento.

f) Princípio da Prudência: Art.10º. Demonstra que o Princípio da Prudência,

específica que, deve-se registrar um menor valor para o ativo e o maior valor para o

passivo.

2.3 A CONTABILIDADE DE CUSTOS, A CONTABILIDADE FINANCEIRA E A

CONTABILIDADE GERENCIAL

De acordo com as classificações da contabilidade, abaixo serão definidas a

Contabilidade de Custos, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial

segundo Hansen e Mowen (2001).

A contabilidade de custos tenta satisfazer objetivos de custeio para a

contabilidade financeira e gerencial. Quando a contabilidade de custos é usada para

cumprir com um objetivo da contabilidade financeira, ela mensura e avalia custos de

acordo com os PCGA, quando usada para propósitos internos, a contabilidade de

custos fornece informações de custos sobre produtos, serviços e outros detalhes

que podem ser de interesse para a gerência.

Page 20: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

19

A gestão de custos produz informações para usuários internos,

especificamente, a gestão de custos identifica, coleta, mensura, classifica e relata as

informações que são úteis para os gestores para determinar quanto algo custa.

A contabilidade financeira é dedicada a fornecer informações para usuários

externos, incluindo investidores e bancos. Esses usuários acham as informações

úteis nas tomadas de decisões financeiras.

A contabilidade gerencial se preocupa especificamente com a forma como

informações sobre custos e outras informações financeiras e não financeiras devem

ser usadas para o planejamento, controle e tomada de decisão.

2.3.1 Da Contabilidade Financeira à de Custos

A análise dos custos consistia em fazer uma contagem dos estoques do

período, com as compras feitas no mesmo, assim diminuindo do total as

mercadorias que ainda não tinham sido vendidas.

Segundo Martins (2010, p.19) “até a revolução industrial (século XVIII),

quase só existia a Contabilidade financeira (ou geral), que, desenvolvida na era

mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais”.

Nota-se, que com o surgimento das indústrias, com a revolução industrial,

surge á contabilidade de custos industriais, que no seu início eram utilizados os

mesmos métodos e critérios, das empresas comerciais.

2.3.2 Da Contabilidade de Custos à Contabilidade Gerencial

A Contabilidade de Custos, com o passar das décadas, e com o avanço da

industrialização e da competitividade, passou a exercer duas funções de enorme

importância: auxílio ao controle e na tomada de decisões.

Conforme Martins (2010) a primeira preocupação dos contadores, era de

fazer da Contabilidade de custos uma maneira de resolver problemas dos estoques

e do resultado, não de, a utilizarem como uma ferramenta para a administração.

Desta forma Souza (2008, p.16) diz que “repousam nos ombros dos

administradores e da equipe encarregada de obter, compilar e relatar os custos, a

responsabilidade pelo fracasso ou os méritos pelo sucesso do empreendimento”.

Page 21: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

20

A figura 1 dá uma ideia de como se situam a Contabilidade Financeira, a de

Custo e a Gerencial – além do sistema de orçamento – no contexto de um Sistema

de Informação (SI):

A figura 1 – demonstra que todas as áreas citadas acima, dependem umas

das outras, elas se interligam entre si, as informações passam mais precisas de

departamento para departamento, dentro de um sistema de informação.

A contabilidade é uma parte da administração. Sua função básica é a de assessorar as decisões. Não pode ser encarada simplesmente como um mero conjunto de princípios e de técnicas de registros de operações já estruturadas, como se fosse um receituário médico. O contador, para exercer bem a sua atividade, deve considerar-se e ser considerado como um membro de uma equipe administrativa. Somente assim ele se verá com as mesmas preocupações de quem tomará uma decisão qualquer. Estará consciente das oportunidades, incertezas, riscos, responsabilidades, limitações e outras circunstâncias, que envolvem a tomada de decisão. Somente quando se colocar nesta posição, ser-lhe-á possível buscar, organizar dados e propiciar aos seus pares no corpo diretivo do empreendimento, informações capazes de possibilitar uma decisão pelo melhor curso de ação, face às opções disponíveis. (SOUZA, 2008, p.18)

Segundo Souza (2008), observa-se a importância da Contabilidade dentro

das empresas, independente do ramo, por mais simples que sejam, necessitam de

seus relatórios e informações, podendo ser utilizada como ferramenta de

Page 22: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

21

planejamento, avaliação de desempenho e controle da organização pelos seus

administradores.

O contador deve fazer parte do quadro administrativo para exercer melhor a

sua atividade, pois assim terá uma visão mais aprofundada do que precisa ser feito.

2.3.3 Os Sistemas de Informações

O sistema de informações da gestão de custos e o sistema de informações

da contabilidade financeira fazem parte do sistema total de informações contábeis.

Os relatórios tanto da contabilidade financeira como da gerencial são

frequentemente derivados do mesmo banco de dados.

[...] O sistema contábil deve ser projetado para fornecer tanto os lucros totais quanto os lucros de produtos individuais. Aqui, o ponto-chave é a flexibilidade – o sistema contábil dever ser capaz de fornecer dados diferentes para propósitos diferentes. O contador de custos precisa ser capaz de desenvolver um sistema contábil que pode transpor as necessidades dos usuários internos e externos. (HANSEN e MOWEN, 2001, p.29)

Um sistema de informações contábeis é aquele que consiste de partes

manuais e de computador, inter-relacionadas, usando processos como coletar,

registrar, resumir, analisar e gerenciar dados para fornecer informações aos

usuários.

Cada uma dessas partes inter-relacionadas é um sistema em si, e, portanto

é chamado de um subsistema do sistema de informações contábeis. Alguns

processos também podem ser modelos formais de decisão.

Como qualquer sistema, um sistema de informações contábeis usa

processos para transformar entradas em saídas que satisfazem os objetivos gerais

do sistema.

O sistema de informações de controle operacional é um subsistema de

gestão de custos projetado para fornecer feedback oportuno referente ao

desempenho dos gestores e outras atividades pertinentes ao seu planejamento e

controle de atividades.

Page 23: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

22

As informações sobre o custo de produtos tem um papel nesse processo,

mas, sozinhas, não são suficientes, a qualidade, preços acessíveis e baixos custos

para operar e manter o produto também são importantes para os clientes.

Um segundo objetivo é melhorar os lucros ao fornecer esse valor, pois

produtos bem projetados e de qualidade, podem ser oferecidos somente se estes

também oferecerem um retorno aceitável para o proprietário da empresa.

Desta forma, é apresentada abaixo (figura 2) a qual ilustra os vários

subsistemas do sistema de informações contábeis, já melhor explicitados no texto

acima.

Nota-se com a figura acima que a contabilidade financeira, a contabilidade

de custos, a gestão de custos e o controle operacional estão interligados dentro do

sistema de informações contábeis.

Page 24: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

23

2.4 TERMINOLOGIAS APLICADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS

As terminologias aplicadas na contabilidade de custos são: Gastos,

investimentos, custo, despesas, desembolso e perdas, conforme Padoveze (2009).

• Gastos: São todas ocorrências de pagamentos ou recebimentos de ativos,

custos ou despesas. Ou seja, gastos são sacrifícios financeiros que a

empresa tem que bancar, para obter um produto ou serviço, através do

pagamento no ato (desembolso), ou no futuro. Só passa a existir o gasto a

partir do momento que é contabilizada a dívida ou a saída financeira para a

aquisição de um produto ou serviço.

• Investimentos: São os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que

serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida

útil ou benefícios futuros.

• Custo: É todo gasto utilizado no processo de industrialização do produto,

quando se está relacionado à produção de um bem.

São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa. (PADOVEZE, 2009, p. 314)

Conforme Megliorini (2012), diferente da indústria que fabrica seus produtos,

empresa comercial, apenas comercializa, deste modo se considera custos, os

gastos com a compra de mercadorias para revenda, nas empresas comerciais. Já

sob a ótica de uma empresa prestadora de serviços, o autor diz que serão

chamados custos, os gastos utilizados para a execução dos serviços.

Custos é o montante de recursos utilizados para a obtenção de outros recursos. Os sacrifícios ocorridos referem-se ao dinheiro aplicado em estoques, transformação de materiais, remuneração de pessoas que contribuam para a produção de bens e serviços que serão vendidos. Em contabilidade o sacrifício ocorrido, no momento da aquisição ou utilização é representado pela atual ou futura redução de disponibilidades financeiras.(SOUZA, 2008, p. 33)

Page 25: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

24

Nota- se, que o conceito da palavra custo é muito amplo, em relação a uma

empresa do ramo comercial, chama-se CMV (custo das mercadorias vendidas), já

em uma indústria, é CPV (custo do produto vendido), e, em uma empresa de

prestação de serviços denomina-se, CSP (custo dos serviços prestados).

• Despesas: São bem ou serviços, consumidos diretamente para obtenção de

receita. A despesa não está diretamente ligada ao produto, ou seja, não

estão envolvidas na fabricação do produto. Despesas são os gastos

necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são os gastos

ligados às áreas administrativas e comerciais. O custo dos produtos, quando

vendidos, transforma-se em despesas.

• Desembolso: São os atos financeiros de pagar uma dívida, um serviço ou

um bem ou direito adquirido. É a execução financeira dos gastos e

investimentos da empresa. O desembolso é à saída de dinheiro do caixa ou

do banco, independentemente, de ter ocorrido o gasto, é o momento do

pagamento.

• Perdas: São fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem à

normalidade da empresa. São considerados não operacionais e não fazem

parte dos custos de produção dos produtos.

As perdas estão ligadas a algo, como desperdícios de matéria prima no

processo produtivo. Elas podem ser de natureza normal, porque fazem parte

do processo produtivo, as empresas buscam diminuir o máximo este tipo de

perda, porque acabam influenciando nos seus custos.

Temos também as perdas anormais, que são causadas por fatos não

esperados. Como por exemplo: greve, incêndio e falhas na produção, são

situações involuntárias, mas nenhuma empresa está livre de que isso possa

ocorrer.

Page 26: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

25

2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

2.5.1 Com relação aos Produtos, eles podem ser Diretos ou Indiretos

Custos diretos são aqueles, que podem ser identificados de forma clara,

direta e objetiva, estão ligados diretamente ao produto. Por exemplo: matéria-prima,

mão- de- obra direta. A empresa sabe quanto de matéria-prima será utilizado no

processo produtivo, e ela sabe quanto é o salário do empregado, dessa forma

consegue relacionar de forma direta ao produto.

Custo diretos são os custos que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração. Assim, se o que está sob consideração é uma linha de produtos, então os materiais e a mão de obra envolvidos em sua manufatura seriam ambos custos diretos. (PADOVEZE, 2009, p.330)

Custos indiretos são os chamados “CIFs”, custos que não se consegue

relacionar de forma direta ao produto, eles necessitam de cálculos ou rateios, para

serem alocados aos produtos de forma indireta. Exemplos: depreciação de

equipamentos, aluguel da fabrica, energia elétrica que não pode ser relacionada

diretamente ao produto.

Custos indiretos, são aqueles que para serem considerados nos custos de cada unidade produzida, requerem algum cálculo, proporcionalidade, ou seja; “algum artifício” que permita que tais custos possam ser absorvidos pelos diversos produtos fabricados. (SOUZA, 2008, p.35)

Os custos indiretos são calculados na forma de rateio para compor o custo

do produto.

2.5.2 Com relação ao volume de produção, eles podem ser Fixos, Semifixos,

Variáveis ou Semivariáveis

Custos fixos são aqueles que independem da quantidade produzida, ou o

quanto se vendeu de produtos, ou quanto de serviço foi prestado, o custo fixo será o

mesmo. Entretanto quanto mais for produzido, menor será o seu custo fixo unitário.

Page 27: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

26

Segundo Leone (1998, p.84) “custos fixos, são os custos que não variam

com atividade realizada dentro de uma faixa determinada de volume”.

A figura 3 - representa o comportamento do custo fixo, em qualquer volume

de produção, se a empresa produzir 10 toneladas ou não produzir nada o custo é o

mesmo.

A figura 4 - demonstra que o custo fixo não começa na quantidade zero, mas

na primeira unidade, pois nesse volume de produção, é ela que absorve todo o

custo.

Page 28: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

27

Custos variáveis são aqueles custos, que se alteram em função da variação

da produção, em um determinado momento podem subir ou diminuir, vai depender

do volume do processo produtivo.

Conforme Souza (2008, p.36) “são os custos que variam em proporção

direta às mudanças no volume ou nível de atividade, dentro de um intervalo

relevante”.

A figura 5 - demonstra que, no custo variável, é igual por unidade produzida,

porém quanto mais produzo, maior é o custo variável total. Exemplo, para a empresa

fabricar uma estante de aço, ela gasta X de matéria prima, já para produzir 100

estantes, o custo com matéria prima terá uma variação.

Page 29: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

28

Figura 6 – Custo Variável unitário Custos Custo variável unitário

0 quantidade 10 t

Fonte: Adaptado de Megliorini (2012, p.12)

A figura 6 - demonstra que, o custo variável unitário não começa em zero, mas na primeira unidade, pois, na quantidade zero não ocorrem custos variáveis.

Custos semifixos segundo Iudícibus e Marion (2001, p.63) “são os custos

que tendem a permanecer os mesmos em montante de dinheiro sobre certa

amplitude de atividade, mas que aumentam quando a produção excede certos

limites”.

.

Na figura 7 - observa-se, que uma parte é fixa, já a partir do momento em

que a empresa resolve expandir sua produção para 15 toneladas, desta forma,

Page 30: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

29

tendo que contratar mais funcionários e adquirir novas máquinas etc. Os custos fixos

serão maiores e permanecerão constantes nesse novo estágio.

Custos semivariáveis conforme Iudícibus e Marion (2001, p.63) “são os

custos de manufatura que são um tanto sensíveis às mudanças na produção, mas

que não mudam proporcionalmente aos aumentos e às diminuições no volume”.

A figura 8 - demonstra que, em seu valor, uma parcela é fixa e outra variável,

isto é tem um comportamento de custo fixo até certo momento e depois se

comportam como custo variável.

2.5.3 Outras definições importantes sobre Custos

Segundo Ribeiro (2002), as seguintes expressões técnicas de custos são

classificadas como custo primário, custo de transformação, custos dos produtos em

elaboração, custo de produção, custo dos produtos acabados, custo dos produtos

acabados no período e custo dos produtos vendidos:

• Custo Primário: Compreende os gastos com MP (Matérias-Primas) mais os

gastos com MOD (Mão-de-obra-Direta). Não é o mesmo que custo direto

que é mais amplo.

Page 31: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

30

• Custo de Transformação: São custos necessários à transformação dos

materiais diretos em produtos acabados. Compreende à soma da MOD

(Mão-de-obra-Direta) com os CIFs (Custos Indiretos de Fabricação).

• Custo dos Produtos em Elaboração: Correspondem aos custos apropriados

dos produtos que estão em fase intermediária de produção.

• Custo de Produção: Corresponde ao total dos custos incorridos no período,

mais o estoque inicial de produtos em elaboração. Encontra-se o custo de

produção pela seguinte fórmula: materiais diretos (MD) + mão-de-obra-direta

(MOD) + custos indiretos de fabricação (CIF).

• Custo dos Produtos Acabados: Corresponde ao custo de produção menos o

estoque final de produtos em elaboração.

• Custo dos Produtos Acabados no Período: São os gastos incorridos na

fábrica dentro do período.

• Custo dos Produtos Vendidos: É o valor relacionado aos gastos, aplicados

na fabricação dos produtos que foram vendidos. O custo dos produtos

vendidos (CPV) é determinado pela seguinte fórmula: custo de produção

(CP) + estoque inicial de produtos acabados (EIPA) - estoque final de

produtos acabados (EFPA) + estoque inicial dos produtos em processo

(EIPP) – estoque final de produtos em processo (EFPP) = custo dos

produtos vendidos (CPV).

2.6 MÉTODOS DE CUSTEIO

Custeio significa Apropriação de Custos.

Existe Custeio por Absorção, Custeio Variável, Custeio ABC e Custeio RKW,

Segundo Martins (2003).

O custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de

contabilidade geralmente aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de

Page 32: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

31

produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao

esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.

Para Martins (2003), o custeio por absorção é válido tanto para fins de

Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados como também, na maioria dos

países, para Balanço e Lucro Fiscais. O Imposto de Renda costumeiramente o usa,

no Brasil é utilizado obrigatoriamente com pequenas exceções.

No Custeio por Absorção, a depreciação dos equipamentos e outros

imobilizados amortizáveis utilizados na produção deve ser distribuída aos produtos

elaborados; portanto, vai para o ativo na forma de produtos, e só vira despesa

quando da venda dos bens.

Page 33: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

32

A figura 9 representa um esquema de custeio por absorção sem

departamentalização.

Custeio Variável, devido aos problemas vistos com relação à dificuldade

trazida pela apropriação dos custos Fixos aos produtos e em função da grande

utilidade do conhecimento do Custo Variável e da Margem de Contribuição, nasceu

uma forma alternativa para custeamento.

Page 34: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

33

Para Martins (2003), no Custeio Variável, só são alocados aos produtos os

custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do

período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como

consequência, custos variáveis.

Do ponto de vista decisorial, verifica-se que o Custeio Variável tem

condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa;

também o resultado medido dentro do seu critério parece ser mais informativo à

administração, por abandonar os custos fixos e rata-los contabilmente como se

fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e independentes dos

diversos produtos e unidades.

Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de

Demonstrações de Resultados e de Balanços avaliados à base do Custeio Variável;

por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos

Contadores, pelos Auditores Independentes e tão pouco pelo Fisco.

Mas essa não aceitação do Custeio Variável não impede que a empresa o

utilize para efeito interno, ou mesmo que o formalize completamente na

Contabilidade durante todo o período.

O custeio variável é utilizado dentro das organizações para fins gerenciais,

pois proporcionam relatórios internos que são de suma importância para o controle

interno, auxiliando os administradores e os colaboradores nas tarefas diárias da

empresa.

A figura abaixo esboça um esquema simplificado do custeio variável, onde

nota-se que todos os custos variáveis, os custos fixos, as despesas fixas e as

despesas variáveis são calculados e enviados para uma DRE, onde é apresentado o

resultado líquido.

Page 35: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

34

Conforme Martins (2003), o Custeio Baseado em Atividades, conhecido

como ABC (Actívity-Based Costing), é uma metodologia de custeio que procura

Page 36: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

35

reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos

indiretos.

O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à

mão- de-obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso,

diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A

diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos.

Com o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de

produção, em muitas indústrias os custos indiretos vêm aumentando continuamente,

tanto em valores absolutos quanto em termos relativos, comparativamente aos

custos diretos. Porém a utilidade do Custeio Baseado em Atividades (ABC) não se

limita ao custeio de produtos.

Portanto para Martins (2003), o ABC é considerado uma poderosa

ferramenta a ser utilizada na gestão de custos. O ABC é um instrumento muito útil

da Contabilidade de Custos no sentido de que o Custeio por Absorção apresente

custos por produtos que tenham sentido mais lógico e não sejam distorcidos por

rateios tantas vezes muito arbitrários.

A figura 11 demonstra que no custeio ABC tem direcionadores dos recursos

dentro das atividades para um melhor controle.

Page 37: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

36

Custeio RKW, com fundamento na ideia do uso de custos para fixar preços

nasceu, no início do século XX, uma forma de alocação de custos e despesas

muitíssimo conhecida no nosso meio brasileiro por RKW (abreviação de

Reichskuratorium für Wirtschaftlichtlceit).

Trata-se de uma técnica disseminada originalmente na Alemanha (por um

órgão que seria semelhante ao nosso antigo CIP — Conselho Interministerial de

Preços), que consiste no rateio não só dos custos de produção como também de

todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos.

A apropriação dos custos indiretos de produção; ou seja, tudo com base na

alocação dos custos e despesas aos diversos departamentos da empresa para

depois ir-se procedendo às várias séries de rateio de forma que, ao final, todos os

custos e despesas estejam recaindo exclusivamente sobre os produtos. Com esse

rateio, chega-se ao custo de produzir e vender.

A figura 12 demonstra um esquema do custeio RKW.

Figura 12 - Custeio RKW

Fonte: Adaptado de Martins (2003, p.158)

Page 38: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

37

2.6.1 Outros métodos de custeio

Segundo Hansen e Mowen (2001), os métodos de custeio de produtos e

serviços podem ser: Custeio por Ordem e Custeio por processo.

Custeio por Ordem: As empresas que operam em indústrias por ordem

produzem uma ampla variedade de produtos ou serviços que geralmente são bem

distintos uns dos outros. Os produtos customizados, ou feitos sob encomenda, se

encaixam nessa categoria, assim como os serviços que variam de cliente para

cliente. Alguns exemplos de processos por ordem são as construtoras, fábrica de

móveis, gráficas e oficinas mecânicas.

A característica-chave do custeio por ordem é que o custo de um serviço é

diferente do custo de outro serviço e deve ser separadamente monitorado.

Para os sistemas de produção por ordem, os custos são acumulados por

ordem de serviço. Essa atribuição de custos é chamada de um sistema de

acumulação (custeio) por ordem. Em uma empresa, quando o serviço é completado,

o custo unitário pode ser obtido pela divisão dos custos totais de manufatura pelo

número de unidades produzidas.

Tanto o sistema manual quanto o automatizado requerem o mesmo tipo de

dado de forma a acumular custos e rastrear o progresso de uma ordem. Um sistema

de custo por ordem deve ser capaz de identificar a quantidade de materiais diretos,

mão-de-obra direta e CIF consumidos para cada ordem. Isso pode ser satisfeito pelo

uso de requisições de materiais para o material direto, cartão ponto para a mão-de-

obra direta e taxas predeterminadas para os CIF.

Custeio por Processo: Um sistema operacional por processo é responsável

por uma ou mais operações que trazem um produto mais próximo ao estágio final,

ou seja, é uma série de operações que são ligadas ao desempenho de um objetivo

específico.

Em cada processo, podem ser necessárias entradas de materiais, mão-de-

obra e CIF, após se completar um processo específico, os produtos parcialmente

completados são transferidos para outro processo.

Um exemplo é o fabricante de um produto de vitaminas e minerais, essa fa-

bricação consiste em três processos: coletar, encapsular e envasilhar, também

tendo quatro atividades ligadas: carregamento, contagem, tapagem e embalagem.

Page 39: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

38

Os fluxos de custo para um sistema de custo por processo são basicamente

similares aos do sistema de custeio por ordem. Existem duas diferenças-chave: O

sistema de custo por ordem acumula os custos de produção por ordem, e o sistema

de custo por processo acumula os custos de produção por processo. Para as

empresas de manufatura, o sistema de custo por ordem usa uma única conta de

produtos em processo. Quando as unidades são acabadas por um processo, os

custos de manufatura são transferidos da conta de um departamento de processo

para a conta do próximo processo, o último processo transfere os custos para os

produtos acabados.

2.6.2 Métodos de custeio para controle de estoque

Ainda Segundo Hansen e Mowen (2001), os métodos de Custeio podem ser:

Método de Custeio da Média Ponderada e Custeio padrão.

Método de Custeio da Média Ponderada: Esse método não rastreia a

produção e os custos do período anterior separadamente da produção e custos do

período corrente, mas ele coleta custos do estoque inicial e a produção equivalente

que o acompanha e os trata como se eles pertencessem ao período corrente. A

produção e os custos de manufatura do período anterior no estoque inicial de

produtos em processo são incorporados à produção e aos custos de manufatura do

período corrente.

O método da média ponderada funde os custos do período anterior com os

custos do período corrente simplesmente com a adição dos custos de manufatura do

estoque inicial dos produtos em processo aos custos de manufatura incorridos

durante o período corrente.

Custeio Padrão: Para determinar o custo padrão de unidade para uma

entrada específica é preciso tomar duas decisões; quanto de entrada deve ser

usado por unidade de produção e quanto deve ser pago pela quantidade de entrada

que será consumida. A decisão sobre a quantidade produz padrões de quantidade, e

a decisão sobre o preço produz padrões de preço.

Os padrões de preços são de responsabilidade conjunta do pessoal de

operações, compras e contabilidade. O departamento de operações determina a

qualidade das entradas requeridas; os departamentos de pessoal e de compras tem

a responsabilidade de adquirir a quantidade e a qualidade de entrada requisitada

Page 40: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

39

com o preço mais baixo. O departamento de contabilidade é responsável pelo

registro dos padrões de preço e em preparar os relatórios que comparam o

desempenho real com o padrão.

Os tipos de padrões são classificados como ideais ou atingíveis:

Padrões ideais são os padrões que exigem máxima competência e somente

podem ser atingidos se tudo funcionar perfeitamente.

Os padrões atingíveis podem ser alcançados sob condições operacionais

eficientes. São permitidas algumas quebras normais, habilidades não tão perfeitas,

eles são exigentes, mas atingíveis. Dos dois tipos, o padrão atingível oferece mais

benefícios, pois, por mais que sejam desafiadores, são atingíveis, e o nível de

desempenho dos indivíduos é mais alto.

O sistema de custo padrão é adotado por melhorar o planejamento, o

controle e a medida do desempenho. Ao desenvolver o preço por unidade e os

padrões de quantidade, uma variação total pode ser decomposta em uma variação

de preço e uma variação de consumo ou eficiência.

2.7 DEPARTAMENTO

Departamento é uma divisão da empresa sobre o qual um gerente ou

supervisor tem autoridade para desempenhar uma atividade específica.

De acordo com Ribeiro (2002, p. 182) “Departamento é a menor unidade

administrativa de uma empresa, para efeito de acumulação dos Custos Indiretos de

Fabricação”.

Pelo sistema de inventário periódico, todos os custos diretos e indiretos de

fabricação são atribuídos de uma só vez e englobadamente para toda a produção do

período, não se conhecendo o custo unitário dos produtos fabricados.

Através do sistema de inventário permanente, os custos diretos e indiretos

de fabricação são atribuídos a cada produto, sendo feitos os controles através de

relatórios.

Pela atribuição dos custos diretos é possível conhecer os valores dos gastos

com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação, os quais incidem

diretamente no custo dos produtos.

Page 41: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

40

No rateio dos custos indiretos, os materiais, a mão-de-obra e os gastos

gerais de fabricação cuja incidência nos produtos seja de identificação difícil, são

rateados por meio de critérios estimados.

As atividades administrativas e de produção de uma empresa industrial

poderão estar divididas em: Administração geral, almoxarifado, manutenção,

recrutamento de pessoal, projetos, corte, usinagem, montagem e acabamento. No

custo departamental os custos indiretos de fabricação são atribuídos aos produtos

por departamentos.

Para Ribeiro (2002), existem dois tipos de departamentos em uma empresa

industrial sendo: Departamentos produtivos e departamentos de serviços:

• Os Departamentos produtivos: Compostos por homens e máquinas, são os

responsáveis pela fabricação dos produtos. Em relação aos produtos, são

nesses departamentos que são gerados os custos diretos e indiretos.

• Os departamentos de serviços: São compostos por homens e máquinas,

geralmente apenas homens, que prestam serviços para toda a empresa,

assim os custos gerados nesses departamentos são considerados diretos

em relação aos departamentos, mas indiretos em relação aos produtos. Para

se ratear esses custos é preciso inicialmente transferi-los entre os

departamentos, aí se procede ao rateio para cada produto.

A contabilidade de Custos considera cada departamento como sendo um

centro de custos para efeito de cálculo dos custos indiretos de fabricação.

Segundo Ribeiro (2002, p. 182) “Centro de Custos é a unidade mínima

utilizada para acumulação dos Custos Indiretos de Fabricação”. É comum a criação

de um centro de custos para acumular os gastos comuns a todos os departamentos

da fábrica, como: Aluguéis, água, energia elétrica, telefones, etc.

A margem de erro é bem menor na atribuição dos Custos indiretos aos

produtos quando se adota o custo departamental.

Page 42: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

41

2.8 MÉTODOS DE RATEIO

O rateio é utilizado para se calcular os custos indiretos de fabricação de um

determinado produto.

De acordo com Crepaldi (1998), rateio pode ser definido como: Alocação de

custos indiretos aos produtos em fabricação. Exemplo: depreciação de máquinas

rateada segundo o tempo de utilização (h/m) por produto.

Os rateios podem ser reduzidos de acordo com algumas práticas:

• Alguns gastos irrelevantes não necessitam ser rateados, pois não precisam

justificar o trabalho envolvido.

• O resultado do exercício é lançado diretamente cujo rateio dos gastos sejam

extremamente arbitrário.

De acordo com Ribeiro (2002), os gastos com aluguel, água, energia elétrica

e depreciação que sejam comuns a todos os departamentos devem ser rateados

com base em critérios definidos por cada empresa.

Os departamentos produtivos terão subcontas para custos diretos e para

custos indiretos. Cada departamento poderá ter uma conta específica para receber

por transferência os custos indiretos de outros departamentos.

É necessária a transferência dos saldos das subcontas que registraram os

custos indiretos de cada departamento para uma conta sintética que englobe os

referidos custos, pois isso facilitará o rateio de cada departamento para os demais.

Para se conhecer o custo dos produtos acabados, basta transferir os saldos

das contas que registraram os materiais, a mão-de-obra e os gastos gerais de

fabricação de cada produto para a conta sintética custo em formação do respectivo

produto.

Page 43: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

42

3 METODOLOGIA

A metodologia se refere à forma como funciona o conhecimento científico.

De acordo com Andrade (2001 p. 129), “Metodologia é o conjunto de

métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”.

Segundo Parra Filho e Santos (2003), a busca do conhecimento tem sido a

preocupação maior do ser humano. O avanço científico depende de um trabalho

desenvolvido mediante a utilização de métodos que permitam separar sempre o

verdadeiro do falso.

3.1 TIPOS DE PESQUISAS

Os tipos de pesquisas podem ser: Pesquisa Exploratória, Descritiva,

Explicativa, Bibliográfica, Documental, Experimenta, Pesquisa de Campo, Pesquisa

Básica, Pesquisa Aplicada, Quantitativa e Qualitativa. As pesquisas também se

diferem quanto à natureza, quanto à forma de abordagem, quanto aos objetivos e

quanto aos procedimentos técnicos, segundo Gil (2002).

3.1.1 Classificação das Pesquisas

Quanto à natureza:

• Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da

ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.

• Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à

solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

Quanto à forma de abordagem:

• Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa

traduzir em números, opiniões e informações para classificá-los e analisá-los.

Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas.

Page 44: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

43

• Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real

e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a

subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.

Quanto aos Objetivos:

• Pesquisa Exploratória: O maior objetivo é proporcionar familiaridade com o

problema, torná-lo mais explícito. O principal objetivo é o aprimoramento de

ideias.

• Pesquisa Descritiva: O principal objetivo é a descrição das características de

determinada população ou fenômeno.

• Pesquisa Explicativa: Este tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o

conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. É o tipo

mais complexo, pois o risco de cometer erros é muito grande.

Quanto aos procedimentos técnicos:

• Pesquisa Bibliográfica: É desenvolvida com base em material já elaborado,

constituído principalmente de livros e artigos científicos. Esse tipo de pesquisa

procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em

documentos. A pesquisa bibliográfica constitui geralmente o primeiro passo de

qualquer pesquisa científica.

• Pesquisa Documental: Esse tipo de pesquisa vale-se de materiais que não

recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de

acordo com os objetivos da pesquisa.

• Pesquisa Experimental: Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar

as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e

de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Page 45: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

44

• Pesquisa de Campo: A pesquisa de campo apresenta muitas semelhanças com

o levantamento, mas se distinguem em vários aspectos, pode-se dizer que o

levantamento tem maior alcance e o estudo de campo maior profundidade. No

estudo de campo, o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente.

• Estudo de Caso: Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos

objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

O presente trabalho utilizou-se das seguintes técnicas de pesquisa:

Pesquisa aplicada, bibliográfica, documental, explicativa, exploratória e de um

estudo de caso. Foi efetuado através do método quantitativo para coleta e

informações de dados, para se atingir os objetivos traçados.

O primeiro passo para a realização desse trabalho, constituiu em uma

pesquisa bibliográfica previamente apontada pelo professor orientador, onde foram

consultados vários livros sobre contabilidade de custos, manuais de contabilidade e

também através de pesquisas pela internet.

A próxima etapa foi fazer um estudo de campo, levantando-se os dados e

informações necessárias para fazer um mapeamento dos custos, para que assim se

chegasse ao custo unitário do produto fabricado.

3.2 LOCAL DE PESQUISA

A presente pesquisa foi realizada em uma indústria metal-mecânica, cujo

ramo é a produção de móveis de aço, localizada na cidade de Ponta Grossa -

Paraná. Essa indústria foi escolhida levando-se em consideração a facilidade de

acesso às informações.

3.3 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi efetuada através de levantamento de documentos na

própria empresa escolhida.

Conforme Lakatos e Marconi (2001), o levantamento de dados implica em

variadas fontes, que podem sugerir hipóteses e orientações para outras fontes de

coleta. É o primeiro passo de qualquer pesquisa científica, devendo ser documental.

Page 46: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

45

A pesquisa documental está restrita a documentos, pode ser feita no momento em

que o fato ocorre ou depois.

Também foi realizada uma observação sistemática de todo o processo

produtivo, visando coletar o máximo de informações a respeito das etapas de

produção.

Page 47: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

46

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE OS DADOS

O processo de produção das estantes se inicia com o desbobinamento das

chapas de aço em uma máquina chamada desbobinadeira (ANEXO A). Em seguida

as mesmas são cortadas em outra máquina chamada guilhotina (ANEXO B); na

sequência são dobradas e estampadas (estamparia) em uma máquina chamada

perfiladeira (ANEXO C), originando os produtos acabados que são as prateleiras e

as colunas. Cada estante é composta de 06 prateleiras e 04 colunas. Após esses

processos, as prateleiras e as colunas são pintadas e secas (ANEXO D), seguindo

para a máquina de embalagem (ANEXO E), onde são encaminhadas para a

expedição (ANEXO F), conforme demonstra o esquema da figura 13.

Figura 13 - Etapas da produção

Fonte: Elaborado pelos autores

Os estágios de acabamento são três (tratamento, pintura e secagem), eles

são realizados através de um equipamento chamado Monovia aérea, onde as peças

são transportadas em suportes de ferro contendo ganchos pequenos e grandes.

Todos os estágios correspondem a 01 ciclo de produção.

Page 48: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

47

• 1º Estágio – Tratamento: As prateleiras são penduradas em um suporte de aço

contendo 02 ganchos grandes e 12 ganchos pequenos, cada prateleira utiliza 02

ganchos pequenos, com capacidade máxima para 06 prateleiras por ciclo,

conforme demonstra a figura 14.

Figura 14 - Prateleiras em bruto sendo transportadas pela Monovia Aérea.

Fonte: Obtida da observação no local

As colunas também são penduradas em outro suporte com capacidade para

no máximo 20 colunas por ciclo, as peças são colocadas na monovia aérea, que as

direciona para as demais cabines, conforme representa a figura 15.

Page 49: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

48

Figura 15 – Colunas penduradas na Monovia Aérea

Fonte: Obtida da observação no local

Ainda no 1º estágio, as prateleiras e as colunas permanecem na Monovia

Aérea, onde são lavadas com sabão e água quente a 45º, seguindo posteriormente

para uma estufa de secagem a uma temperatura de 180º, conforme representam as

figuras 16 e 17.

Page 50: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

49

Figura 16 – Prateleiras saindo molhadas da cabine.

Fonte: Obtida da observação no local

Figura 17 – Prateleiras secas, prontas para receber a pintura.

Fonte: Obtida da observação no local

Page 51: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

50

• 2º Estágio – Pintura: Nesse estágio, as prateleiras e as colunas continuam sendo

transportadas pelo mesmo equipamento, já estão todas limpas e secas, prontas

para receber a pintura, elas seguem para uma cabine de pintura onde um robô

realiza a pintura automaticamente em todas as peças, sendo retocadas por um

pintor, conforme demonstra a figura 18.

Figura 18 - Prateleiras com pintura molhada saindo da cabine de pintura.

Page 52: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

51

Fonte: Obtida da observação no local

3º Estágio – Secagem: Após o término dos processos de tratamento e pintura, a

monovia continua transportando as prateleiras e as colunas para o estágio final,

a secagem, onde as peças seguem para outra estufa, agora a uma temperatura

de 220º, conforme representa a figura 19.

Figura 19 - Prateleiras com pintura seca saindo da estufa.

Page 53: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

52

Fonte: Obtida da observação no local

Após a conclusão dos 03 estágios, as prateleiras e as colunas estão prontas,

elas são retiradas da Monovia, conforme representam as figuras 20 e 21.

Page 54: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

53

Figura 20 – prateleiras sendo retiradas da Monovia aérea

Fonte: Obtida da observação no local

Page 55: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

54

Figura 21 - Colunas retiradas da Monovia

Fonte: Obtida da observação no local

Após serem retiradas da Monovia, as peças seguem para a embalagem e

expedição, conforme demonstram as figuras 22 e 23.

Figura 22 - Prateleiras sendo embaladas na máquina seladora

Page 56: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

55

Figura 23 – Prateleiras embaladas, seguindo para expedição.

Fonte: Obtida da observação no local

Atualmente são produzidos três modelos de estantes, sendo: XX 3000, XY

4200 E XZ 6000, todos os modelos são compostos de 06 prateleiras e 04 colunas.

A título de demonstrar os custos envolvidos, abaixo são representados

quadros com o mapeamento de todos os custos diretos e indiretos atrelados à

produção.

Fonte: Obtida da observação no local

Page 57: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

56

Quadro 1 – Matéria-prima (chapa de aço) consumida em quiloMATÉRIA- PRIMA CONSUMIDA NO MÊS DE JULHO

MOD ESTANTESQUANTIDADE PRODUZIDA

PESO UNITÁRIO

PESO TOTAL

XX 3000 8.061 UN. 12,02 KG 96.893,22 KG

XZ 4200 3.415 UN. 15,44 KG 52.727,60 KG

XZ 6000 4.420 UN. 23,51 KG 103.914,20 KG

TOTAL 15.896 UN. 253.535,02 KG

Fonte: Elaborado pelos autores O quadro 1 descreve a quantidade de matéria-prima ( chapa de aço)

consumida em quilos durante o mês de julho/13, referente a cada modelo de

estante, perfazendo o total de 253.535,02 quilos.

Page 58: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

57

Gráfico 1 – Matéria-prima Consumida por Quilo no Setor de Estantes

XX 3000 XY 4200 XZ 6000

96.893,22 KG

52.727,60 KG

103.914,20 KG

MATÉRIA-PRIMA POR QUILO

TOTAL 253.532,02 KG

O gráfico 1 demonstra o quanto foi consumido de matéria-prima em quilos,

para fabricar cada modelo de estante, sendo que a XX 3000 consumiu 96.893,22

quilos, já a XY 4200 consumiu 52.727,60 quilos e a XZ 6000 consumiu 103.914,20.

Quadro 2 – Matéria-prima consumida em valores

MATÉRIA-PRIMA CHAPA DE AÇO

MODELO DE ESTANTES

QUANTIDADE PRODUZIDA

VALOR UNIT. KG CHAPA DE AÇO

VALOR UNITÁRIO POR ESTANTE

VALOR QUANT. PRODUZIDA

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 59: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

58

XX 3000 8.061 UN. R$ 2,73 R$ 32,8146 R$ 264.518,49

XY 4200 3.415 UN. R$ 2,73 R$ 42,1512 R$ 143.946,35

XZ 6000 4.420 UN. R$ 2,73 R$ 64,1823 R$ 283.685,77

TOTAL 15.896 UN. R$ 692.150,61

Fonte: Elaborado pelos autores

O quadro acima demonstra a quantidade de chapa consumida em valores

no mês de julho, referente a cada estante produzida, totalizando o valor de R$

692.150,61.

Gráfico 2 – Matéria-prima Consumida em Valor

O gráfico 2 explica o quanto a indústria gastou em reais de matéria-prima

no mês de julho/13, para serem fabricados os três modelos de estantes de aço,

sendo que do total gasto de R$ 692.150,61; foram para o modelo XX 3000 um

montante de R$ 264.518,49; para o modelo XY 4200 foi de R$ 143.946,35 e para o

modelo XZ 6000 um total de R$ 283.685,77 .

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 60: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

59

Quadro 3 – Mão de obra direta e indiretaMÃO DE OBRA DIRETA NO SETOR

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

SALÁRIOS UNITÁRIOS

SALÁRIOS TOTAIS

GUILHOTINA 6 R$ 890,00 R$ 5.340,00

PERFILADEIRA 3 R$ 890,00 R$ 2.670,00

DOBRADEIRA 1 R$ 890,00 R$ 890,00

PRENSA 1 R$ 890,00 R$ 890,00

PINTURA 7 R$ 890,00 R$ 6.230,00

EMBALADEIRA 5 R$ 890,00 R$ 4.450,00

EXPEDIÇÃO 5 R$ 890,00 R$ 4.450,00

TOTAL 28 R$ 24.920,00

SALÁRIO DOS ENCARREGADOS

ENCARREGADOS 3 R$ 2.200,00 R$ 6.600,00

TOTAL 3 R$ 6.600,00

TOTAL GERAL 31 R$ 31.520,00

Fonte: Elaborado pelos autores O quadro 3 representa o cálculo da mão de obra direta e indireta envolvidos

no processo produtivo. A mão de obra direta foi calculada por setor, mas em relação

aos produtos foi rateada, pois a empresa não controla a produção em horas dos

funcionários.

Gráfico 3 – Mão de Obra Direta e Indireta

Page 61: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

60

Fonte: Elaborado pelos autores

O gráfico 3 esboça o quanto foi gasto com mão de obra no setor de

estantes, sendo que para mão de obra direta foi de R$ 24.920,00 e mão de obra

indireta foi de R$ 6.600,00; somando um total de R$ 31.520,00 em salários.

Quadro 4 – Energia consumida no mês

ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA NO MÊS DE JULHO DE 2013

MODELO ESTANTES

QUANTIDADE EM kWh

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

XX 3000 50.655,75 kwh 0,08 R$ 4.052,46

XY 4200 20.858,25 kwh  0,08 R$ 1.668,66

XZ 6000 27.811,00 kwh  0,08 R$ 2.224,88

TOTAL R$ 7.946,00

Fonte: Elaborado pelos autores O quadro 4 indica a quantidade de energia elétrica consumida no mês em

kwh, sendo calculado a R$ 0,08 kwh, totalizando R$ 7.946,00.

Gráfico 4 – Energia Elétrica Utilizada no Setor de Estantes Fonte: Elaborado pelos autores

MOD MOI

R$ 24,920.00

R$ 6,600.00

SALÁRIOS

TOTAL R$ 31.520,00

Page 62: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

61

O gráfico 4 ilustra, como foi rateado a energia elétrica para os três modelos

de estantes fabricadas no setor no mês de julho/13, o critério de rateio utilizado foi

pela quantidade produzida de cada modelo, sendo 51% para o modelo XX 3000,

21% para o modelo XY 4200 e 28% para o modelo XZ 6000.

Quadro 5 – Água consumida no mês

ÁGUA CONSUMIDA NO MÊS DE JULHO DE 2013

MODELO ESTANTES

QUANTIDADE EM m ³

VALOR

unitárioVALOR TOTAL

XX 3000 35,19 m³ R$ 4,78 m ³ R$ 168,21

XY 4200 14,49 m³ R$ 4,78 m³ R$ 69,26

XZ 6000 19,32 m³ R$ 4,78 m³ R$ 92,35

TOTAL 69 m³ R$ 329,82

Fonte: Elaborado pelos autores O quadro 5 esboça a quantidade em metros cúbicos de água consumida

durante o mês de julho/13.

Gráfico 5 – Água Consumida no Setor de Estantes

R$ 4.052,46 51%

R$ 1.668,66 21%

R$ 2.224,88 28%

XX 3000 XY 4200 XZ 6000

ENERGIA ELÉTRICA

TOTAL R$ 7.946,00

Page 63: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

62

35,19 m³ 14,49 m³ 19, 32 m³XX 3000 XY 4200 XZ 6000

R$168.21

R$69.26

R$92.35

ÁGUA

O gráfico 5 especifica quanto foi gasto de água no setor de estantes, este foi

rateado para cada modelo, sendo para a XX 3000 R$ 168,21; XY 4200 R$ 69,26 e

a XZ 6000 R$ 92,35; em um total gasto de 69 m³.

Quadro 6 – Tinta consumida durante 01 mês

RATEIO DA TINTA CONSUMIDA NO MÊS DE JULHOPERCENTUAL 51% 21% 28% 100%

MOD ESTANTES XX 3000 XZ 4200 XZ 6000

TINTA EM KG 31.756,71 13.076,29 17.435,05 62.268,05 KG

TINTA EM VALOR

R$ 276.283,38 R$ 113.763,72 R$ 151.684,94 R$ 541.732,04

VALOR DA TINTA - R$ 8,70 KG

Fonte: Elaborado pelos autores O quadro 6 representa a quantidade de tinta consumida em um mês por

cada estante, sendo calculado a R$ 8,70 o quilo da tinta, totalizando R$ 541.732,04.

Gráfico 6 – Tinta Consumida no Setor de Estantes

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 64: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

63

31.756,71 KG51%13.076,29 KG

21%

17.435,05 KG28%

XX 3000 XY 4200 XZ 6000

RATEIO DA TINTA

TOTAL 62.268,05 KG

O gráfico 6 ilustra em percentual o rateio feito na tinta nas estantes de aço e

também mostra quantos quilos foram consumidos por cada modelo, sendo XX 3000

31.756,71 KG; XY 4200 13.076,29 KG e o modelo XZ 6000 consumiu 17.435,05 KG.

Quadro 7 – Parafusos, porcas e sapatas consumidos no mês de julho/2013

KIT (PARAFUSOS, PORCAS E SAPATAS) UTILIZADOS NO MÊS DE JULHO

MODELO ESTANTE

QUANT KITVALOR

UNITÁRIOVALOR TOTAL

XX 3000 9.588 R$ 3,74 R$ 35.859,12

XY 4200 3.948 R$ 3,74 R$ 14.765,52

XZ 6000 5.264 R$ 3,74 R$ 19.687,36

TOTAL 18.800 R$ 70.312,00

Fonte: Elaborado pelos autores O quadro 7 demonstra a quantidade em valores de parafusos, porcas e

sapatas consumidos no mês, sendo R$ 35.859,12 para o modelo XX 3000, R$

14.765,52 para o modelo XY 4200 e R$ 19.687,36 para o modelo XZ 6000,

perfazendo o total de R$ 70.312,00.

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 65: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

64

Gráfico 7 – Kit de Parafusos, Porcas e Sapatas Utilizados na Montagem

QUANT 9.588 QUANT 3.948 QUANT 5.264XX 3000 XY 4200 XZ 6000

R$ 35,859.12

R$ 14,765.52

R$ 19,687.36

KIT DE PARAFUSOS, PORCAS E SAPATAS

TOTAL 18.800 KIT

O gráfico 7 explica quantos kit foram utilizados na montagem das estantes

de aço, para o modelo XX 3000 foi 9.588 Kit, a um custo de R$ 35.859,12; o modelo

XY 4200 utilizou 5.264 Kit, com um custo de R$ 14.765,52 e o modelo XZ 6000

utilizou 5.264 Kit, a um custo de R$ 19.687,36, o total de Kit utilizados foram 18.800.

Quadro 8 – Soda Cáustica utilizada no mês

SODA CÁUSTICA UTILIZADA NO MÊS DE JULHO

MODELO ESTANTE

QUANTIDADEVALOR DO

KGVALOR TOTAL

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 66: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

65

XX 3000 204 KG R$ 2,82 R$ 575,28

XY 4200 84 KG R$ 2,82 R$ 236,88

XZ 6000 112 KG R$ 2,82 R$ 315,84

TOTAL 400 KG R$ 1.128,00

Fonte: Elaborado pelos autores

O quadro 8 representa a quantidade em quilos e valores de soda cáustica

utilizada no mês, sendo calculada a R$ 2,82, totalizando R$ 1.128,00.

Gráfico 8 – Soda Cáustica Utilizada no Processo Produtivo

204 KG 84 KG 112 KGXX 3000 XY 4000 XZ 6000

R$0.00

R$100.00

R$200.00

R$300.00

R$400.00

R$500.00

R$600.00

R$700.00

R$575.28

R$236.88

R$315.84

SODA CÁUSTICA

TOTAL 400 KG

O gráfico 8 demonstra a quantidade utilizada em quilos da soda cáustica no

processo de fabricação, sendo para que o mod. XX 3000 utilizou 204 KG, o mod. XY

4200 utilizou 84 KG e o mod. XZ 6000 utilizou 112 KG de um total de 400 KG.

Quadro 9 – Depreciação das máquinas

DEPRECIAÇÃO DO MÊS DE JULHO DE 2013

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 67: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

66

MÁQUINA NÚMERO DE MÁQUINAS

DEPRECIAÇÃO UNITÁRIA

DEPRECIAÇÃO TOTAL

DESBOBINADEIRA 1 R$ 333,00 R$ 333,00

GUILHOTINA 1 R$ 252,00 R$ 252,00

PERFILADEIRA 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

MONOVIA 1 R$ 1.091,00 R$ 1.091,00

EMBALADEIRA 1 R$ 350,00 R$ 350,00

TOTAL 5 R$ 3.026,00

Fonte: Elaborado pelos autores

O quadro 9 demonstra o valor de depreciação mensal de cada máquina no

setor das estantes.

Gráfico 9 – Depreciação das Máquinas do Setor de Estantes

O gráfico 9 demonstra a depreciação das máquinas do setor de estantes de

aço no mês de julho/13, a depreciação da desbobinadeira teve o percentual de 11%,

a guilhotina foi 8%, a perfiladeira foi 33%, a monovia foi 36% e da embaladeira foi

de 12%. O mesmo também demonstra em valores de cada máquina, o método de

depreciação utilizado é o linear, sendo o total de cada valor de depreciação dividida

por 12 meses, sendo: R$ 333,00 para a desbobinadeira, R$ 252,00 para a

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 68: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

67

guilhotina, R$ 1.000,00 para perfiladeira, R$ 1.091,00 para monovia e R$ 350,00

para a embaladeira, totalizando R$ 3.026,00.

Quadro 10 – EPIS utilizados no mês

RATEIO EPIS UTILIZADOS NO MÊS DE JULHO DE 2013

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

BASE DO RATEIO

VALOR TOTAL

GUILHOTINA 6 21% R$ 152,78

PERFILADEIRA 3 11% R$ 80,03

DOBRADEIRA 1 3,50% R$ 25,46

PRENSA 1 3,50% R$ 25,46

PINTURA 7 25% R$ 181,88

EMBALADEIRA 5 18% R$ 130,95

EXPEDIÇÃO 5 18% R$ 130,95

TOTAL 28 100% R$ 727,50

Fonte: Elaborado pelos autores

O quadro 10 esboça em percentual e valores, o rateio feito dos Epi’s

utilizados pela mão de obra direta no mês de julho/13, sendo rateado para os

modelos de estantes, o critério de rateio utilizado foi pela quantidade produzida de

estantes, sendo o valor total de Epi’s R$ 727,50.

Gráfico 10 – Epi’s Utilizados pela Mão de Obra Direta

Page 69: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

68

R$ 371,02 51%

R$ 152,78 21%

R$ 203,70 28%

XX 3000 XY 4200 XZ 6000

O gráfico 10 representa os EPIS – equipamentos de proteção individual de

segurança, sendo rateados do número de funcionários de cada setor pela

quantidade produzida de cada estante, sendo 51% para o modelo XX 3000, 28%

para o modelo XY 4200 e 21% para o modelo XZ 6000.

Quadro 11 – Mapeamento global sintetizado

MAPEAMENTO DOS CUSTOS DAS ESTANTES DE AÇO

QUANTIDADE PRODUZIDA

8061 3415 4420 15896

TOTAL R$ 727,50

Fonte: Elaborado pelos autores

RATEIO EPI’S

Page 70: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

69

CUSTO DIRETO XX 3000 XY 4200 XZ 6000 TOTAL

MATÉRIA-PRIMA R$ 264.518,49 R$ 143.946,35 R$ 283.685,77 R$ 692.150,61

MÃO DE OBRA DIRETA

R$ 12.709,20 R$ 5.233,20 R$ 6.977,60 R$ 24.920,00

TOTAL DE CUSTO DIRETO

R$ 277.227,69 R$ 149.179,55 R$ 290.663,37 R$ 717.070,61

MAPA DE RATEIO DOS CIFS

XX 3000 XY 4200 XZ 6000

CUSTOS INDIRETOS 51% 21% 28% 100%

SALÁRIOS ENCARREGADOS

R$ 3.366,00 R$ 1.386,00 R$ 1.848,00 R$ 6.600,00

ENERGIA ELÉTRICA R$ 4.052,46 R$ 1.668,66 R$ 2.224,88 R$ 7.946,00

ÁGUA R$ 168,21 R$ 69,26 R$ 92,35 R$ 329,82

TINTA R$ 276.283,32 R$ 113.763,72 R$ 151.684,96 R$ 541.732,00

KIT PARAFUSOS PORCAS E SAPATAS

R$ 35.859,12 R$ 14.765,52 R$ 19.687,36 R$ 70.312,00

SODA CÁUSTICA R$ 575,28 R$ 236,88 R$ 315,84 R$ 1.128,00

DEPRECIAÇÃO R$ 1.543,26 R$ 635,46 R$ 847,28 R$ 3.026,00

EPIS R$ 371,02 R$ 152,78 R$ 203,70 R$ 727,50

TOTAL DE CUSTOS INDIRETOS

R$ 322.218,67 R$ 132.678,28 R$ 176.904,37 R$ 631.801,32

MODELOS XX 3000 XY 4200 XZ 6000

CUSTOS DIRETOS R$ 277.227,69 R$ 149.179,55 R$ 290.663,37

CUSTOS INDIRETOS R$ 322.218,67 R$ 132.678,28 R$ 176.904,37

CUSTOS TOTAIS R$ 599.446,36 R$ 281.857,83 R$ 467.567,74

QUANTIDADES PRODUZIDAS 8061 3415 4420

CUSTO UNITÁRIO DE FABRICAÇÃO R$ 74,36 R$ 82,54 R$ 105,78

Fonte: Elaborado pelos autores

O quadro 11 representa todos os custos diretos e indiretos sintetizados,

onde foram calculados a matéria-prima, a mão de obra direta, a mão de obra

indireta, a energia elétrica, a água, a tinta, o kit ( parafusos, porcas e sapatas), a

soda cáustica, a depreciação e os epis, totalizando R$1.348.871,93; chegando ao

custo unitário de fabricação de cada estante produzida, sendo o modelo XX 3000 –

R$ 74,36, modelo XY 4200 – R$ 82,54 e modelo XZ 6000 – R$ 105,78.

Page 71: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

70

44%

R$ 82,54 21%

35%

XX 3000 XY 4200 XZ 6000

CUSTO UNITÁRIO

TOTAL R$ 1.348.871,93

R$ 105,78

R$ 74,36

O gráfico 11 representa o custo unitário de cada estante, sendo R$ 74,36 o

modelo XX 3000, R$ 82,54 o modelo XY 4200 e R$ 105,78 o modelo XZ 6000. Os

percentuais demonstrados no gráfico foram calculados sobre os custos totais que foi

de R$ 1.348.871,93 em relação a cada modelo de estante produzida.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido à evolução econômica e ao aumento da competitividade, as

indústrias passaram a buscar a minimização dos custos, com o intuito de poder

acompanhar este mercado cada vez mais exigente. O maior desafio de ser um bom

concorrente é saber administrar o seu negócio.

Fonte: Elaborado pelos autores

Gráfico 11- Custo Unitário dos Modelos de Estantes

Page 72: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

71

No atual cenário empresarial, de acirrada competição global e crescente

guerra de preços, os empresários são obrigados a adotar novas tecnologias para

aumentar a competitividade e aprimorar o processo produtivo para evitar

desperdícios e reduzir os custos.

O planejamento e controle da produção são atividades extremamente

operacionais. A preocupação com a boa qualidade dos produtos reduz custos de

retrabalho, refugo e devoluções, e gera consumidores satisfeitos.

Atualmente o desafio da produção é atender a demanda, produzindo com o

menor custo possível e obtendo a maior lucratividade. Usualmente são utilizados

como critérios competitivos: custos, qualidade e inovação. Nesse contexto, a maior

preocupação dos contadores de custos é a de aprimorar adequadamente os custos

diretos e indiretos aos produtos e/ou centros de custos. Cada empresa adota um

sistema de produção para realizar as suas operações e produzir seus produtos da

melhor maneira possível e, com isso, garantir sua eficiência e eficácia.

De acordo com a proposta do presente trabalho, pode-se afirmar que os

objetivos foram atingidos, pois o mapeamento efetuado demonstrou o custo de

fabricação de cada estante, bem como todo o processo envolvido na produção e

também os critérios de rateio utilizados na empresa.

Conclui-se com a realização deste trabalho, que alocando devidamente

todos os custos diretos e indiretos, é possível determinar o custo de fabricação de

cada produto produzido, onde esse custo representa o valor mais próximo da

realidade, podendo ser apurado corretamente a sua lucratividade.

A contabilidade de Custos é uma excelente ferramenta de auxílio à tomada

de decisões dentro de uma organização. A identificação do custo do produto

possibilita gerir a sua eficiência. Salientamos que neste trabalho não foi abordado o

preço de venda, somente o custo de fabricação.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Page 73: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

72

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO PARANÁ. Resolução CFC n.º 1282/10. De 28 de maio de 2010. Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC n.º 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 1998.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

HANSEN, Don R; MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 2001.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Dicionário de Termos de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2001.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

LEONE, George Guerra. Custos: um enfoque administrativo. 12. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MARTENS, Élcio (org.). Contabilidade Gerencial. São Paulo: Saraiva, 2009.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

______________. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

______________. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2012.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Futura, 2003.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

SÁ, Antonio Lopes. Teoria da Contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Custos Industriais. Curitiba: Ibpex, 2005. SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Gestão de Custos. Curitiba: Ibpex, 2006.

Page 74: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

73

SOUZA, Luiz Eurico de. Fundamentos de Contabilidade Gerencial. Curitiba: Juruá, 2008

Page 75: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

74

ANEXOS

Page 76: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

75

ANEXO A – Desbobinadeira

F

onte: Obtida da observação no local

Page 77: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

76

ANEXO B - Guilhotina

F

onte: Obtida da observação no local

Page 78: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

77

ANEXO C – Estamparia e Dobra

F

onte: Obtida da observação no local

Page 79: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

78

ANEXO D – Pintura

F

onte: Obtida da observação no local

Page 80: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

79

ANEXO E – Embalagem

F

onte: Obtida da observação no local

Page 81: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

80

ANEXO F – Expedição

F

onte: Obtida da observação no local

Page 82: Trabalho TCC Dia 14 de Novembro de 2013.....

81