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Curso: Engenharia Civil
Disciplina: Topografia
Professor: Carlos Roberto Leal Devilla
Nome: Cristiane Viana Bresolin,
Camila Calvet,
Richard Igor dos Santos
Taciano Luiz Siqueira
Tiago Dalenogare Bueno
Turno: Noite Data: 15/05/2014
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA
DE TOPOGRAFIA
Porto Alegre
2014
INTRODUÇÃO
Topografia é a ciência que estuda todos os acidentes geográficos definindo a situação e a localização deles que podem ficar em qualquer área. Tem a importância de determinar analiticamente as medidas de área e perímetro, localização, orientação, variações no relevo, etc e ainda representá-las graficamente em cartas (ou plantas) topográficas1.
OBJETIVO E MÉTODOS
1 Fonte: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Relatorio-De-Aula-Pratica-Topografia-Nivelamento/753475.html
O objetivo do trabalho era fazer um levantamento de um pequeno trecho de área forma de um triângulo na parte externa da faculdade, utilizando três estações (A,B,e C), um ponto de referência P (árvore), o aparelho teodolito, tripé, baliza, estaca, bússola e trena e achar a sua área, distâncias entre as estações e o perímetro. São determinados pontos de apoio ao levantamento, e a partir destes,são levantados os demais pontos que permitem representar a área levantada.
Primeiramente, montamos o teodolito com o tripé na estação A, acertando todos os seus ajustes e focos como: eixo de colimação, eixo secundário e principal, parafusos calantes, nível de bolha tubular, nível de bolha circular e etc, todas as estações estavam com uma baliza vermelha com branca cravada no chão e em sua frente uma ficha com um risco em cima, na qual serviu como referência para a mira do teodolito.
Com a bússola localizamos o norte e assim, encontramos o Azimute da estação A no sentido horário usando a mira do teodolito. Após, zeramos o teodolito na estação C e giramos o aparelho em direção ao ponto de referência P (árvore) que tinha uma baliza para a qual deveríamos colocar na mira do teodolito e anotamos o resultado do vértice, depois miramos para a estaca da estação B e anotamos seu vértice, que é o ângulo formado.
Repetimos essa operação, só que agora na estação B, foi montado o teodolito, zeramos em direção a estação A e miramos até o ponto P, anotamos o ângulo formado e miramos até a estaca da estação C e anotamos também o ângulo. E por último, colocamos o aparelho na estação C, zeramos em direção a estação B, fizemos os ajustes e miramos para o ponto de referência P e anotamos o ângulo formado e o mesmo ocorreu mirando para a estaca da estação A e anotamos o ângulo formado.
Depois, pegamos a trena e medimos as distâncias entre estações e entre estações com o ponto de referência, cuidando sempre para que a trena ficasse no nível correto.
Azimute A: 329°21’27’’
Anotações feitas em campo da poligonal:
Estação A (Ponto Visado B)= 78°41’14” - Distância 4 metros.
Estação B (Ponto Visado C)= 50°17’21” – Distância 5 metros.
Estação C (Ponto Visado A)= 51°20’20” – Distância 5 metros.
Anotações feitas em campo com o ponto de referência:
Estação A (Ponto Visado P)= 48°35’03” - Distância 2,15 metros.
Estação B (Ponto Visado P)= 25°24’01” – Distância 2,25 metros.
Estação C (Ponto Visado P)= 19°16’47” – Distância 3,17 metros.
Aparelho Teodolito (Fonte: http://www.grupoacre.com.pt)
Tripé utilizado para apoiar o teodolito (Fonte:
http://dc403.4shared.com/doc/vDTN7E-S/preview_html_mdc4746b.jpg)
CÁLCULOS
1) PRECISÃO DO APARELHO
Verificamos qual era o erro tolerável da máquina pela fórmula: E = a √ n, onde a é a precisão do aparelho e n é o número de ângulos internos.
a=12” n=3
Ou seja, o erro tolerável era de aproximadamente, 20”. Caso houvesse ultrapassado esse valor, teríamos que ir para o campo e fazer tudo novamente.
2) CORREÇÃO DOS VÉRTICES MEDIDOS
Para corrigir os vértices medidos, utilizamos a seguinte fórmula:
S= (n – 2) x 180° , onde n é o número de ângulos internos
S= (3 -2) x 180° = 180°
Fizemos o somatório de todos os vértices lidos da poligonal:
∑ = 180°18’55”
Fazendo o cálculo do (S - ∑ dos vértices da poligonal) chegamos no resultado de 18’55’’ o qual dividimos por 3 para poder descontar o erro entre todos os ângulos lidos igualmente, ficando conforme mostra abaixo:
Estação A (Ponto Visado B)= 78°34’56” - Distância 4 metros.
Estação B (Ponto Visado C)= 50°11’02” - Distância 5 metros.
Estação C (Ponto Visado A)= 51°14’02” - Distância 5 metros.
Cujo somatório tornou-se correto, fechando 180°.
3) CÁLCULO DOS AZIMUTES DAS ESTAÇÕES
Fórmula= Azimute da estação anterior + vértice lido ± 180°
O azimute da estação A nós já temos (329°21’27’’), visto que fizemos a sua leitura em campo, restando então a estação B e C.
Azimute de B= Az.A + 50°11’02’’ ± 180°
Azimute de B= 329°21’27’’+ 50°11’02’’-180°
Azimute de B= 199°32’29’’
Azimute de C= Az.B + 51°14’02” ± 180°
Azimute de B= 199°32’29’’+ 51°14’02”-180°
Azimute de B= 70°46’31’’
4) LOCALIZAÇÃO DO QUADRANTE
De 0 a 90° = 1° Quadrante
De 90° a 180° = 2º Quadrante
De 180° a 270° = 3º Quadrante
De 270 a 360° = 4° Quadrante
Estação A = 4º Quadrante
Estação B= 3º Quadrante
Estação C= 1º Quadrante
5) CÁLCULO DAS PROJEÇÕES
Projeções em X = SENO do azimute x distância
A= SENO 329°21’27’’ x 4 = -2,039
B= SENO 199°32’29’’ x 5 = -1,672
C= SENO 70°46’31’’ x 4 = 3,777
Projeções em Y = COSSENO do azimute x distância
A= COSSENO 329°21’27’’ x 4 = 3,441
B= COSSENO 199°32’29’’ x 5 = -4,712
C= COSSENO 70°46’31’’ x 4 = 1,317
6) Correções das projeções (CX e CY):
CX= -∑∆x/PER
CY= -∑∆y/PER
Onde ∑∆x é o somatório de todas as projeções em x, que é 0,066.
Onde ∑∆y é o somatório de todas as projeções em y, que é 0,046.
E o PER é a soma de todas as distâncias da poligonal, no caso: 4 + 5 + 4 = 13.
CX= -0,066/13 x 4 = -0,0203
CX= -0,066/13 x 5 = -0,0254
CY=-0,046/13 x 4 = -0,0142
CY=-0,046/13 x 5 = -00177
Para corrigir as projeções basta acrescentar o CX a sua respectiva projeção antiga.
- Projeções corretas em X:
A= -2,059 , B= -1,697 e C= 3,757
- Projeções corretas em Y:
A= 3,427 , B= -4,730 e C= 1,302
7) COORDENADAS
As coordenadas são feitas com relação as projeções corrigidas.
Projeções corrigidas
Coordenadas
X Y X Y-2,059 3,427 0 0-1,697 -4,730 -2,059 3,4273,757 1,302 -3,757 -1,302
Iniciando as coordenadas com zero, depois somamos com a primeira linha das projeções corrigidas. Fazemos o mesmo para descobrir a última coordenada, só que utilizando a coordenada anterior obtida mais a 2ª linha das projeções obtidas.
8) ÁREA
Para o cálculo da área, utilizamos as coordenadas, multiplicando valores da esquerda para a direita e da direita para esquerda, subtraindo-os e por último dividindo por 2, conforme a fórmula:
Área=1/2 (∑MULT ESQ para DIR - ∑DIR para ESQ)
∑MULT ESQUERDA para DIREITA:
CordenadasX Y0 0
-2,059 3,427-3,757 -1,302
0 0
0 x 3,427 = 0
-2,059 x -1,302 = 2,68
-3,757 x 0 = 0
∑= 2,68
∑MULT DIREITA para ESQUERDA:
CordenadasX Y0 0
-2,059 3,427-3,757 -1,302
0 0
0 x -2,059 = 0
3,427 x -3,757 = -12,88
-1,302 x 0 = 0
∑= -12,88
Enfim, Área= ½ [2,68 - (-12,88)]
ÁREA= 7,78 m²
9) DISTÂNCIA
Para o cálculo da distância utilizamos as coordenadas de cada ponto, com a seguinte fórmula:
ab= √(xb-xa)² + (yb-ya)²
Distância entre A e B:
Coordenada A (0,0)
Coordenada B (-2,059 , 3,427)
AB= √(-2,059)² + (3,427)²
AB= √15,98
AB=3,99 ≈ 4 metros
Obs.: Ficou igual a medida realizada com a trena no local.
Distância entre B e C:
Coordenada B (-2,059 , 3,427)
Coordenadas C (-3,757 , -1,302)
BC= √[(-2,059 – (-3,757 )]² + [3,427 – (-1,302)]²
BC= √2,88 + 22,36
BC= √25,24
BC= 5,02 metros
Obs.: O resultado ficou perto do valor medido com a trena no local, diferença de apenas 0,02 metros.
Distância entre A e C:
Coordenada A (0,0)
Coordenadas C (-3,757 , -1,302)
AC= √(-3,757)² + (-1,302)²
AC= √14,12 + 1,70
AC= √15,82
AC= 3,97 metros
Obs.: O resultado ficou perto do valor medido com a trena no local, com diferença de apenas 0,03 metros.
10) PERÍMETRO
Perímetro é soma das medidas de todos os lados do terreno.
AB + BC + AC = 4 + 5,02 + 3,97 = 12,99 metros
11) CÁLCULOS PARA O PONTO P (ÁRVORE)
Foi feito todos os itens anteriores, só que agora visando um único ponto, que é o P, conforme a tabela abaixo:
Estação Ponto Visado
Ângulos InternosLidos
A P 48°35'03''B P 25°24'01''C P 19°16'47''
Distâncias lidas em campo:
AP= 2,15 metros
BP= 2,25 metros
CP = 3,17 metros
a) Cálculo do Azimute:
Ângulo lido AP + Azimute CA ± 180° =
48°35’03’’ + 70°46’31’’+ 180° = 299°21’34’’
Ângulo lido BP + Azimute AB ± 180° =
25°24’01’’ + 329°21’27’’- 180° = 174°45’28’’
Ângulo lido CP + Azimute BC ± 180° =
19°16’47’’ + 199°32’29’’- 180° = 38°49’16’’
b) Localização do quadrante:
De 0 a 90° = 1° Quadrante
De 90° a 180° = 2º Quadrante
De 180° a 270° = 3º Quadrante
De 270 a 360° = 4° Quadrante
AP= 4º Quadrante
BP= 2º Quadrante
CP= 1º Quadrante
c) Projeções em X e Y
Projeções em X = SENO do azimute x distância
AP= SENO 299°21’34’’ x 2,15 = -1,873
BP= SENO 174°45’28’’ x 2,25 = 0,206
CP= SENO 38°49’16’’ x 3,17 = 1,987
Projeções em Y = COSSENO do azimute x distância
AP= COSSENO 299°21’34’’ x 2,15 = 1,054
BP= COSSENO 174°45’28’’ x 2,25 = -2,241
CP= COSSENO 38°49’16’’ x 3,17 = 2,470
d) Coordenadas
O cálculo realizado foi o mesmo que o do item 7, conforme a tabela abaixo:
CordenadasX Y
-1,873 1,054-1,853 1,186-1,77 1,168
e) Área
A área deverá dar zero, visto que P é um ponto de referência e não uma área. Verificamos:
Área= ½(∑MULT ESQ para DIR - ∑DIR para ESQ)
CordenadasX Y
-1,873 1,054-1,853 1,186-1,77 1,168
-1,873 1,054
∑MULT ESQUERDA para DIREITA:
-1,873 x 1,186 = -2,221
-1,853 x 1,168 = -2,164
-1,77 x 1,054 = -1,866
∑= - 6,251
∑MULT DIREITA para ESQUERDA:
1,054 x -1,853 = -1,953
1,186 x -1,77 = -2,099
1,168 x -1,873 = -2,188
∑= -6,24
Aplicando a fórmula, teremos:
½ [-6,251-(-6,24)] = 0,00
CONCLUSÃO
O teodolito é uma ferramenta muito útil, pois tira as medidas dos ângulos do terreno com precisão e apenas com o azimute e alguns ângulos tirados em campo com o aparelho, podemos descobrir a área, as distâncias entre estações e o perímetro do terreno, poupando de muito trabalho caso houvesse que tirar medida por medida do terreno, o que nem sempre sairia um valor correto ou exato.