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SumrioSumrio..........................................................................................................1 1 OBJETIVO...................................................................................................2 2 INTRODUO.............................................................................................3 3 - TRANSPORTE DO PRODUTO ......................................................................5 4 - CARACTERISTICAS DE RISCO DO PRODUTO...............................................6 4.2.4 INFORMAES SOBRE TRANSPORTE.................................................17 5 - IDENTIFICAO DO CAMINHO TRANSPORTANDO FORMOL.....................19 6 DOCUMENTAES EXIGIDAS PARA TRANSPORTE DE FORMOL.................21 7 RESPONSABILIDADE...................................................................................22 8. LISTA DE VERIFICAO (Modelo conforme NBR 15481:2008)....................23

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1 OBJETIVO O transporte de produtos perigosos um caso particular do transporte de mercadorias numa cadeia de fornecimento Produto perigoso toda e qualquer substncia que dadas s suas caractersticas fsicas e qumicas possa oferecer quando em transporte risco a segurana pblica, sade de pessoas e meio ambiente. Alm das pssimas condies de certas estradas, roubos de cargas e imprevistos com o caminho, a falta de conhecimento do risco que representa transportar produtos perigosos outro fator muito importante que pode causar um grande risco principalmente ao ser humano e ambiental. Isso porque so poucos os profissionais que trafegam pelas rodovias e sabem identificar o perigo de uma carga pelo painel laranja obrigatrio dos quase 3.100 produtos considerados perigosos. Esse trabalho tem como principal objetivo mostrar como minimizar o mximo possvel os riscos ao transportar produtos perigosos. Atravs de informaes primordiais envolvendo procedimentos, documentaes, normas legais e outras variedades de informaes relacionados ao assunto em questo. Como base, iremos criar uma situao envolvendo um acidente de um caminho tanque transportando Formaldedo e mostrar toda a cadeia de riscos, precaues e obrigatoriedades de cada um dos envolvidos neste tipo de ocorrncia. Para isso iremos criar uma empresa especializada em distribuio de produtos qumicos e uma empresa focada em Logstica para transportar o Formaldedo.

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2 INTRODUO Produto perigoso toda substncia ou artigo, natural ou fabricado pelo homem, que em funo de suas caractersticas fsico-qumicas ou toxicolgicas representa perigo a sade humana, ao patrimnio, pblico ou privado, e ao meio ambiente. Para fins de transporte terrestre, um produto considerado perigoso se enquadrado em uma das nove classes de risco estabelecidas na Resoluo No 420, de 12/2/2004, da Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A classificao adotada para os produtos considerados perigosos feita com base no tipo de risco que cada produto apresenta e conforme as Recomendaes para o Transporte de Produtos Perigosos das Naes Unidas e compe-se das seguintes classes:

1 Explosivo 2.1 Gases Inflamveis

2.2 Gases no-Inflamveis 2.3 Gases Toxco

3 Lquidos inflamvei 4.1 Slidos inflamveis

4.2 Substncias sujeitas a combusto espontnea 4.3 Substancias que em contato com gua emitem gases inflamveis

5.1 Oxidantes

5.2 Peroxidos Orgnicos 6.2 Substncias Infectantes

6.1 Sustncias Txicas

7 Material Radioativo3

8 Corrosivos ou Sustncias corrosivas 9 Substncia Perigosas diversas ou materias que podem causar Diversos perigos (WIKIPDIA).

Todos os materiais perigosos podem ser transportados desde que sejam atendidas as exigencias de cada pais ou localidades. Esse assunto muito abrangente, pois existem milhare de produtos que so classificados como produto perigoso e cada um tem sua particularidade, neste caso iremos focar em um produto especifico para melhor entermos esse assunto. Trata se de um produto muito conhecido no ramo qumico chamado Formaldeido, tambm conhecido como Formol, Aldedo Metlico, xido de Metileno e seu nome oficial IUPAC Metanal sua formula molecular H2CO, devido ao seu baixo custo e alto grau de pureza, o formaldedo tornou-se um dos mais importantes produtos qumicos industriais e de pesquisa no mundo. O formaldedo tem sido fabricado principalmente a partir do metano, desde o incio do sculo, um composto lquido claro com vrias aplicaes, sendo usado normalmente como preservativo, desinfetante e anticptico. usado para embalsamar peas de cadveres, mas til tambm na confeco de seda artificial, celulose, tintas e corantes, solues de uria, tioureia, resinas melamnicas, vidros, espelhos, explosivos, tambm pode ser utilizado para dar firmeza aos tecidos, na confeco de germicidas, fungicidas agrcolas, na confeco de borracha sinttica e na coagulao da borracha natural. empregado no endurecimento de gelatinas, albuminas e casenas, e na fabricao de drogas e pesticidas (INCA instituto nacional do cncer). Comercialmente, o Formaldedo vendido sob forma de solues aquosas contendo cerca de 37% a 50% em peso de Formol. O tipo mais comum a soluo a 37% Inibido, que contm suficiente Metanol para evitar a precipitao do polmero nas condies ordinrias de transporte e armazenagem (ROYAL PLAS).

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3 - TRANSPORTE DO PRODUTO Para se transportar produtos classificados como perigoso necessrio estar preparado e estruturado para atender as normas legais de cada Estado ou Pas. O Formol esta classificado como produto perigoso e ele pode ser transportado desde embalagens fracionadas at caminhes tanques para isso preciso atender regras legais que so controladas pela ANTT(Agencia Nacional de Transportes Terrestres). So regras burocrticas e quando no cumprida ocasiona em multas milionrias para a transportadora e tambm para o responsvel pelo produto, essas normas se compe de documentaes, certificados, FISPQ e outras informaes de segurana obrigatrias conforme risco classificao e risco do produto (verificar item 4 do trabalho) Esse trabalho a situao um carregamento de caminho tanque 13.000 ton e pra esse carregamento estaremos seguindo as normas legais cabveis no intudo de no correr nenhum tipo de risco de acidente. Segundo informaes da ANTT, o transporte rodovirio de produtos perigosos por vias pblicas disciplinado pelo Decreto no 96.044, de 18 de Maio de 1988, e o transporte ferrovirio de produtos perigosos, pelo Decreto 98.973, de 21 de fevereiro de 1990 (alterados pelo Decreto 4.097 de 23 de Janeiro 1990). Esses Decretos so complementados pelas Instrues aprovadas pela Resoluo ANTT no 420, de 12 de Fevereiro de 2004, e suas alteraes (Resolues ANTT n 701/04, n 1.644/06, n 2.657/08 e n 2.975/08), sem prejuzo do dispostos em legislao e disciplina peculiares a5

cada produto. A Portaria MT 349/02 aprova as Instrues para a Fiscalizao do Transporte Rodovirio de Produtos Perigosos no mbito Nacional. O DecretoLei 2.063, de 06 de outubro de 1983, dispe sobre multas a serem aplicadas por infraes regulamentao para o transporte rodovirio de cargas ou produtos perigosos. A Resoluo ANTT n 420/04, dentre outras exigncias requeridas para a realizao dessa atividade, dispe sobre: Classificao (do Captulo 2.0 at o 2.9); Relao de Produtos Perigosos (Captulo 3.2); Provises Especiais Aplicveis a Certos Artigos ou Substncias (Captulo 3.3); Produtos Perigosos em Quantidade Limitada (Captulo 3.4), Disposies Relativas a Embalagens e Tanques e Exigncias para Fabricao (Partes 4 e 6); Marcao e Rotulagem (Captulo 5.2); Identificao das Unidades de Transporte e de Carga (Captulo 5.3); Documentao (Captulo 5.4); Prescries Relativas s Operaes de Transporte (Parte 7).

4 - CARACTERISTICAS DE RISCO DO PRODUTO Todo produto qumico tem uma caracterstica, uns so mais agressivos outros nem tanto, porm, todo produto substncia qumica independentemente de ser ou no classificado como produto perigoso tem que ter informaes de suas caractersticas referentes ao risco ou dano que o mesmo possa oferecer. Essas informaes so encontradas em documentos que podem ser arquivadas em formato eletrnico ou de papel em lugares de fcil visibilidade, so eles fichas tcnicas, FISPQ, merck ndex, hand book, fichas de emergncias, rtulos e cdigo NFPA (Diamante de Rommel) de suma importncia ler as informaes desses produtos antes de manusear, transportar, estocar e at mesmo em caso de acidente com o mesmo, pois nestes documentos esto as informaes necessrias para lhe dar com o produto em caso de acidentes. A FISPQ (Ficha de Informaes de Segurana de Produto Qumico) um documento normalizado pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) conforme norma,6

ABNT-NBR 14725. Este documento, denominado Ficha com Dados de Segurana segundo Decreto n 2.657 de 03/07/1998 (promulga a Conveno n 170 da Organizao Internacional do Trabalho-OIT), deve ser recebido pelos empregadores que utilizem produtos qumicos, tornando-se um documento obrigatrio para a comercializao destes produtos. Este documento um instrumento de comunicao dos perigos relacionados aos produtos qumicos, o documento no leva em conta todas as situaes que possam ocorrer em um ambiente de trabalho, constituindo apenas parte da informao necessria para a elaborao de um programa de sade, segurana e meio ambiente. Segue abaixo a FISPQ do produto Formol onde nos mostra as caractersticas e riscos do produto.

4.1 - FISPQ (FICHA DE INFORMAES Nome do Produto: Formaldedo Fornecedor: Qumico Louco LTDA

DE

SEGURANA

DE

PRODUTO QUMICO )

Vila Alzebio, So Paulo SP CEP 42810-000 Fone: 11 5555 - 4444 E-mail: [email protected] Telefone de emergncia: 11 5555 - 4444 4.1.2. IDENTIFICAO DE PERIGOS Perigos mais importantes: O produto pode ser txico ao homem e ao meio ambiente se no utilizado conforme as recomendaes. Efeitos do Produto: Efeitos adversos sade humana: O produto pode ser absorvido pelas vias oral, drmica e inalatria, apresentando elevado potencial de irritabilidade local. Apresenta ainda, em exposies crnicas potencial de carcinogenicidade (HSDB, 2006). Efeitos Ambientais: O produto rapidamente biodegradado e no se bioacumula na cadeia alimentar (HSDB, 2006). Perigos especficos: No h outros perigos relacionados ao produto. Principais Sintomas: Contatos prolongados dos vapores com a pele podem desenvolver dermatites de contato, devido ao uso de soluo de formaldedo ou mesmo de produtos7

contendo formaldedo na composio. A inalao de altas concentraes de vapores de formol pode causar: laringite, bronquite e broncopneumonia. Hiperemia da mucosa nasal e da conjuntiva, lacrimejamento e coriza abundante. Dificuldade de respirar podendo em alguns casos apresentar crise de asma. A ingesto da soluo de formaldedo causa severa irritao do trato gastrintestinal, vmitos e nuseas, acidose metablica e hematria. A exposio prolongada pode ocasionar depresso, malformaes fetais e cegueira. Ainda podem ser observados efeitos mutagnicos por sua ao sobre grupos de aminas do cido nuclico (HSDB, 2006).

4.1.3. COMPOSIO E INFORMAES SOBRE OS INGREDIENTES Natureza Qumica: Este produto qumico uma substncia pura. Ingredientes ativos Formaldedo gua No CAS 50-00-0 7732-18-5 Concentrao 32 - 55% q.s.p. Frmula Molecular HCHO H2O

Sinnimos: Formalina; Formol; Aldedo Frmico; Metanal; Oxometano; Oximetileno (CHEMFINDER, 2006) Ingredientes ou impurezas que contribuam para o perigo: O produto apresenta em sua composio metanol (No CAS 67-56-1) em concentrao que varia de 1 a 3%. Identificao dos riscos: (GHS, 2003)

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4.1.4. MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS (HSDB, 2006) Medidas de Primeiros Socorros: Levar o acidentado para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas. Lavar as partes do corpo atingidas com gua em abundncia e sabo. Se o acidentado estiver inconsciente e no respirar mais, praticar respirao artificial ou oxigenao. Encaminhar ao servio mdico mais prximo levando esta ficha (HSDB, 2006). Inalao: Remover a pessoa para local arejado. Se no estiver respirando, faa respirao artificial. Se respirar com dificuldade, consultar um mdico imediatamente (HSDB, 2006). Contato com a pele: Lavar imediatamente a rea afetada com gua em abundncia e sabo. Remover as roupas contaminadas. Ocorrendo efeitos/sintomas, consultar um mdico. Lavar as roupas contaminadas antes de reutiliz-las (HSDB, 2006). Contato com os olhos: Lav-los imediatamente com gua em abundncia. Consultar um mdico (HSDB, 2006). Ingesto: No provoque o vmito. Procurar um mdico imediatamente. possvel que o vmito ocorra espontaneamente no devendo ser evitado; neste caso, deite o paciente de lado para evitar que aspire resduos. ATENO: Nunca d algo por via oral para uma pessoa inconsciente (HSDB, 2006).9

Quais aes devem ser evitadas: No aplicar respirao boca a boca caso o paciente tenha ingerido o produto. Utilizar um equipamento intermedirio de reanimao manual (Ambu) para realizar o procedimento (HSDB, 2006). Proteo para os prestadores de primeiros socorros: Evitar contato cutneo e inalatrio com o produto durante o processo (HSDB, 2006). Notas para o mdico: No h antdoto especfico. Em caso de ingestes a lavagem gstrica poder ser realizada desde que com especial ateno visando garantir o impedimento de aspirao pulmonar (cnula orotraqueal com cuff inflado). Entretanto uma vez que o produto corrosivo para a mucosa gstrica cuidados adicionais devero ser tomados no momento da passagem da Sonda Nasogstrica. A utilizao de carvo ativado nestes casos controversa. Sua eficcia na adsoro do formaldedo no est estabelecida e sua utilizao poder atrapalhar uma posterior endoscopia. A utilizao de Etanol endovenoso dever ser realizada quando os nveis de metanol sanguneo forem elevados. A hemodilise uma boa opo teraputica nos casos graves com acidose metablica severa. Combater o choque com hidratao e drogas se necessrio. O tratamento dever compreender, sobretudo medidas de suporte como correo de distrbios hidroeletrolticos e metablicos, alm de assistncia respiratria. Monitoramento das funes heptico e renal dever ser mantido (HSDB, 2006). 4.1.5. MEDIDAS DE PREVENO E COMBATE A INCNDIO Meios de extino apropriados: Espuma, CO2, p qumico e gua em ltimo caso (HSDB, 2006). Perigos especficos: Deve-se atentar para produo de H2 se fortemente aquecido, de CO e CO2. Para a formao de vapores de formol: combustveis. CUIDADO: gera mistura explosiva com o ar (HSDB, 2006). Procedimentos Especiais: Utilizar EPI conforme descrito item 8 para evitar o contato direto com o produto. Avental de tyvek ou nitrlico, luvas de PVC e botas de PVC so recomendados. Mscara autnoma deve ser utilizada para evitar a exposio a gases, vapores e fumos provenientes da combusto do produto (HSDB, 2006). 4.1.6. MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU

VAZAMENTO10

Precaues pessoais: Utilizar macaco impermevel, culos protetores, botas e luvas de PVC. A proteo respiratria dever ser realizada dependendo das concentraes presentes no ambiente ou da extenso do derramamento/vazamento, para tanto, dever se optar por mscaras faciais inteiras com filtro substituvel para vapores orgnicos ou ainda, respiradores de aduo de ar (ex.: mscaras autnomas). Respiradores com purificao de ar no so efetivos em um ambiente deficiente de oxignio (WHO, 1991; HSDB, 2006). Remoo de fontes de ignio: Interromper a energia eltrica e desligar fontes geradoras de fascas. Retirar do local todo material que possa causar princpio de incndio (ex.: leo diesel) (WHO, 1991; HSDB, 2006). Controle de poeira: No aplicvel por tratar-se de lquido. Preveno da inalao e do contato com a pele, mucosas e olhos: Utilizar roupas e acessrios conforme descrito acima, no Item Precaues Pessoal (WHO, 1991; HSDB, 2006). Precaues para o meio ambiente: Evitar a contaminao dos cursos dgua vedando a entrada de galerias de guas pluviais (boca de lobo). Evitar que resduos do produto derramado atinjam colees de gua construindo diques com terra, areia ou outro material absorvente, como p de cimento, adicione bisulfeto de sdio. No caso de contaminao de gua se a concentrao foi igual ou superior a 10ppm, adicionar carvo ativado, com a finalidade adsorver o produto (WHO, 1991; HSDB, 2006). Mtodos para limpeza: Conter e recolher o derramamento com materiais absorventes no combustveis (ex: areia, terra, vermiculita, terra de diatomcea). Colocar os resduos em um recipiente para posterior tratamento de acordo com as regulamentaes locais. Limpar preferivelmente com um detergente, sabo neutro ou lcool. Adicione bisulfeto de sdio (WHO, 1991; HSDB, 2006). Mtodos para recuperao: Diluir o produto com grande volume de gua. A gua residual no dever ser drenada para a rede de efluentes inorgnicos. Pode-se usar tambm material absorvente, como p de cimento (WHO, 1991; HSDB, 2006). Mtodos para neutralizao: possvel neutralizar o formaldedo somente quando existir a certeza de que a concentrao menor que 2%. Para isso utiliza-se hipoclorito de sdio com cautela uma vez que este procedimento acarreta uma reao exotrmica muito intensa. Nas situaes em que a concentrao exceder 2% tratar conforme descrito acima no Item Mtodos para limpeza (WHO, 1991; HSDB, 2006).

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Mtodos para disposio: Realizar a disposio do produto conforme as leis locais e federais de meio ambiente para descarte de substncias txicas. Pode-se incinerar ou usar tratamento biolgico (WHO, 1991; HSDB, 2006). Preveno de perigos secundrios: Evitar que o produto contamine riachos, lagos, fontes de gua, poos, esgotos pluviais e efluentes (WHO, 1991; HSDB, 2006). 4.1.7 MANUSEIO E ARMAZENAMENTO Manuseio: Medidas tcnicas: Adotar medidas de proteo coletiva. Quando aplicvel utilizar ventilao exaustora apropriada, visando garantir uma ventilao adequada ao local de trabalho. Manter pessoas, principalmente crianas e animais domsticos longe do local de trabalho. No entrar em contato direto com o produto. Evitar derrames ou contaminao durante o manuseio. Preveno da exposio do trabalhador: Utilizar EPI conforme descrito no Item 8. No comer, beber ou fumar durante o manuseio do produto. No utilizar equipamentos de proteo individual e de aplicao danificados ou defeituosos. No desentupir bicos, orifcios, tubulaes e vlvulas com a boca. No manipular e/ou carregar embalagens danificadas. Precaues para manuseio seguro: Utilizar EPI conforme descrito no Item 8. Orientaes para manuseio seguro: Utilizar EPI conforme descrito no Item 8. Manusear o produto com exausto local apropriada ou em rea bem ventilada; se em ambientes abertos, manuse-lo a favor do vento. No caso de sintomas de intoxicao, interromper imediatamente o trabalho e proceder conforme descrito no Item 4 desta ficha. Armazenamento Medidas tcnicas apropriadas: Instalar dique de conteno. Instalar pra-raios. Manter o produto e as eventuais sobras em suas embalagens originais adequadamente fechadas. Condies de armazenamento Adequadas: O local deve ser ventilado, coberto e ter piso impermevel provido de conteno. A temperatura ideal para conservao do produto evitando possveis alteraes qumicas corresponde a faixa de 25-35oC.Tranque o local, evitando o acesso de pessoas no autorizadas, principalmente crianas. Deve haver sempre embalagens adequadas disponveis para envolver embalagens rompidas ou para o recolhimento de produtos vazados. A evitar: Fontes de calor, fascas ou chamas.12

Sinalizao de risco: Usar placas de segurana informando os riscos do produto. Produtos e materiais incompatveis: No armazenar junto com cloretos, cidos, lcalis, agentes oxidantes, isocianatos e anidridos. Materiais seguros para embalagens Recomendadas: Tanques de ao inox. 4.1.8. CONTROLE DE EXPOSIO E PROTEO INDIVIDUAL Medidas de controle de engenharia: Adotar medidas de proteo coletiva. Quando aplicvel utilizar ventilao exaustora apropriada, visando garantir uma ventilao adequada ao local de trabalho. Manter pessoas, principalmente crianas e animais domsticos longe do local de trabalho. No entrar em contato direto com o produto. Evitar derrames ou contaminao durante o manuseio. Parmetros de controle especficos: Limites de exposio ocupacional: Nome comum Formaldedo Formaldedo Limite de Exp. Tipo 0,3ppm/m3 TLV C1 1,6ppm ou LT2 Efeito Irritao, Cncer --Referncias ACGIH, 2005 NR 15,

2,3mg/m3 MT, 1995 1 TLV-C Descrio relacionada ao limite de exposio da substncia qumica no ambiente, a qual no deve ser ultrapassada em nenhum momento do dia, nem por um instante(ACGIH, 2005). 2 LT Limite de exposio adotado pela Legislao Brasileira, no qual acredita-se que todos os trabalhadores possam estar expostos continuamente sem apresentar efeitos adversos (NR 15, 1995). 1 Indicadores biolgicos: Nome comum Limite Biolgico Tipo Notas Referncias Formaldedo No estabelecido BEI* --ACGIH, 2005 * BEI ndice Biolgico de Exposio, relacionado a dosagem da substncia, produto de biotransformao ou efeito precoce decorrente da exposio a determinado agente qumico (ACGIH, 2005). Limiar de odor: 0,5 a 0,1ppm (HSDB, 2006). Equipamentos de proteo individual:

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Proteo respiratria: Utilizar a) mscaras faciais inteiras com filtros substituveis para vapores orgnicos ou prprios para formaldedo; b) mscaras de oxignio para situaes em que as concentraes excedem os limitem de exposio Proteo para as mos: Utilizar luvas de PVC e creme protetor. Proteo para os olhos: Utilizar culos de segurana para produtos qumicos tipo visor qumico (SILVA, 2002). Proteo para a pele e corpo: Utilizar creme protetor e conjunto (macaco) em tyvek, nitrlica ou trevira e botas de PVC (SILVA, 2002). Precaues especiais: Estar atento manuteno do sistema de ventilao / exausto. Manter os EPIs devidamente limpos e em condies adequadas de uso, guardados fora do local de trabalho e realizando periodicamente inspees e possveis manutenes e/ou substituies de equipamentos danificados. Medidas de higiene: Tomar banho e trocar de roupa aps o uso do produto. Lavar as roupas contaminadas separadamente, evitando contato com outros utenslios de uso pessoal. 4.1.9. PROPRIEDADES FSICO-QUMICAS Estado fsico: Lquido Cor: Incolor Odor: Forte, irritante e caracterstico pH: 2,0 4,0 (Soluo 32-55 %p/p) Temperaturas especficas ou faixas de temperatura nas quais ocorrem mudanas de estado fsico: Ponto de fuso: -92oC Ponto de ebulio: 96 111oC Temperatura de auto-ignio: 300oC Ponto de fulgor: 63 - 85oC Limite de explosividade: Superior 7 %v/v Inferior 73 %v/v Presso de vapor: 17,2mmHg a 20oC Densidade de vapor: 1,03 Densidade: 1,100 a 1,150 a 20oC Solubilidade: Soluo solvel em gua14

4.2.0. ESTABILIDADE E REATIVIDADE Instabilidade: Produto estvel, porm podem ocorrer polimerizaes em temperaturas acima de 40oC (WHO, 1991). Reaes perigosas: Na presena de oxidantes fortes (WHO, 1991). Condies a evitar: Calor chama fontes de ignio (WHO, 1991). Materiais ou substncias incompatveis: Cloretos, cidos, lcalis, agentes oxidantes, isocianatos e anidridos (WHO, 1991). Produtos perigosos de decomposio: A queima pode produzir gases txicos e irritantes alm de dixido e monxido de carbono (WHO, 1991). 4.2.1. INFORMAES TOXICOLGICAS Toxicidade aguda: DL50 Oral em ratos: 100mg/Kg (HSDB, 2006). DL50 Drmica em coelhos: 270mg/Kg (HSDB, 2006).

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Via digestiva causa irritao no trato gastrintestinal, nuseas, vmitos, diarria. Por efeito, ulcerao e necrose. Uma dose de 100 mL da soluo pode ser fatal (HSDB, 2006). Toxicidade crnica: Mutagenicidade: Apesar dos muitos resultados positivos in vitro, quanto a mutagenicidade, os dados existentes so conflitantes (WHO, 1989; HSDB, 2006). Carcinogenicidade: O formaldedo classificado como Grupo 2A - Provvel agente carcinognico para humanos (IARC, 1995). Pelo GHS, 2003, considerado 1B Possvel agente carcingeno pela via inalatria Teratogenicidade: No existem evidncias convincentes quanto teratogenicidade para seres humanos e animais (HSDB, 2006). Efeitos na reproduo: No existem evidncias convincentes quanto aos efeitos na reproduo para seres humanos e animais (HSDB, 2006). 4.2.2 INFORMAES ECOLGICAS Efeitos Ambientais, comportamentais e impactos do produto: Impacto Ambiental: Persistncia/Degradabilidade: O produto rapidamente biodegradado (HSDB, 2006). Bioacumulao: O produto no se bioacumula (HSDB, 2006). Ecotoxicidade: Toxicidade para peixes: Brachidanio rerio CL50 = 41mg/L/96hs (ECOTOX, 2006; HSDB, 2006). Pimephales promelas CL50 = 24mg/L/96hs(ECOTOX, 2006; HSDB, 2006) . Toxicidade para algas: Phyllospora comosa NOEC < 100 g/L/96hs (ECOTOX, 2006; HSDB, 2006). Toxicidade para aves: Anas platyrhynchos CL50 5.000ppm/8 dias (ECOTOX, 2006; HSDB, 2006).

4.2.3 CONSIDERAES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIO Mtodos de tratamento e disposio:

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Produto: Desativar o produto atravs de incinerao em fornos destinados para este tipo de operao, equipados com cmaras de lavagem de gases efluentes e aprovados por rgo competente (WHO, 1991). Restos de produtos: No recomendada evaporao, ou hidrlise alcalina com restos do produto, os mesmos devem ser tratados conforme descrito acima (WHO, 1991). Embalagem usada: No se aplica. Produto fornecido em tanques de ao inox (Quantidade 30.000 litros).

4.2.4 INFORMAES SOBRE TRANSPORTE Regulamentaes nacionais e internacionais: Terrestre Transporte Classific 8/63c ao Nome 2209 Soluo de Formaldedo classe 8 MT Decreto 96.044 Resolu N 420/04 o ANTT ADN, ADNR Fluviais rte Martimo cao Ems MFAG Nome Transporte Area Classificao Nome Para P 8-07 300 Soluo de Formaldedo ICAO, IATA 8/UN 2209/PG III Soluo de Formaldedo Transporte IMDG, GGVSee Classifi 8/UN 2209/PG III Transporte Transpo IMDG GGVS,GGVE,ADR,RID

Para Produto Classificado como Perigoso para Transporte (Conforme Modal) Resoluo ANTT N420,2004 Nmero ONU Nome Apropriado para Embarque Classe de Risco 2209 Formaldedo 817

Nmero de Risco Grupo de Embalagem

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Fonte: Wikipdia 4.2.5 INFORMAES Cuidado. Perigo Evite contato com a pele e olhos. Causa severa irritao nos olhos e na pele. Evite ingesto e inalao. Pode causar irritao do trato digestivo. Pode causar irritao do trato respiratrio.SOBRE RISCO E SEGURANA :

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4.2.6 OUTRAS INFORMAES "As informaes desta FISPQ representam os dados atuais e refletem com exatido o nosso melhor conhecimento para o manuseio apropriado deste produto em acordo com as legislaes vigentes. Os dados aqui contidos referem-se a um produto especfico e podem no ser vlidos onde este produto estiver sendo usado em combinao com outros produtos qumicos". *Toda FISPQ tem que ser elaborada por um qumico responsvel que possua CRQ (Conselho Regional de Qumica), de acordo com o artigo 25 da Lei no 2800 de 18/06/56, todo o profissional da qumica que exerce ou pretenda exercer atividades na rea de qumica , na jurisdio na qual exera este poder, obrigado a se registrar neste conselho (crq-1.org.br).

5 - IDENTIFICAO DO CAMINHO TRANSPORTANDO FORMOL Identificao de produtos perigosos A identificao de riscos de produtos perigosos para o transporte rodovirio realizada por meio da sinalizao da unidade de transporte, composta por um painel de segurana, de cor alaranjada, e um rtulo de risco, bem como pela rotulagem das embalagens interna e externa. Estas informaes obedecem aos padres tcnicos definidos na legislao do transporte de produtos perigosos. As informaes inseridas no painel de segurana e no rtulo de risco, conforme determina a legislao, abrangem o Nmero de Risco e o Nmero da ONU, no Painel de Segurana, e o Smbolo de Risco e a Classe/Subclasse de Risco no Rtulo de Risco. Cada rtulo de risco deve: ser colocado na mesma superfcie do volume, prximo marcao do nome apropriado para embarque; ser colocado na embalagem de modo que no seja coberto ou obscurecido por qualquer parte; quando so exigidos rtulos de risco principal e subsidirio(s), estes devem ser colocados perto um do outro; ser colocado sobre superfcie de cor contrastante; ter a forma de um quadrado, colocado num ngulo de 45 (forma de losango), com dimenses mnimas de19

100mm por 100mm; ser capaz de suportar intempries, sem que se observe reduo substancial de sua efi ccia. Figura 1 - Identificao de produtos perigosos. Simbologia para carregamento do Formaldeido conforme FISPQ e normas da ANTT.(conforme item 4.2.4 d)

Exemplo no transporte granel

Essa figura meramente ilustrativa para se ter uma idia de como simbolizar o transporte com produto classificado perigoso.

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6 DOCUMENTAES EXIGIDAS PARA TRANSPORTE DE FORMOL Para fins da resoluo n 420, da ANTT, documento fiscal para o transporte de produtos perigosos qualquer documento (declarao de carga, nota fiscal, conhecimento de transporte, manifesto de carga ou outro documento que acompanhe a expedio) que contenha as informaes e declaraes exigidas. Figura 2

Documentao obrigatria para transporte terrestre de produtos perigosos Item Descrio 1 2 3 Fundamento Tcnico/Legal Cdigo de Trnsito Brasileiro - CTB e CRLV Certificado de Registro e Lei N 9.503, de 23/09/97, art.120, art. Licenciamento do Veculo 133. C.N.H categoria correspondente ao Cdigo de Trnsito Brasileiro - CTB e veculo Lei N 9.503, de 23/09/97, art.159, . Treinamento especfico para condutores de Art. 15 do Regulamento do Transporte veculos transportadores de PP - Curso Terrestre de Produtos Perigosos; Mope Resoluo CONTRAN n 168/04. Art. 22, I do Regulamento do Certificado de Capacitao para o transporte Transporte Terrestre de Produtos rodovirio de produtos perigosos a granel, Perigosos; Portaria n 197/04 do expedido pelo INMETRO INMETRO. Art. 22, II do Regulamento do Documento fiscal do produto transportado Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.21

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Ficha de emergncia e envelope para o Art. 22, III, alneas a e b do transporte terrestre de produtos perigosos - Regulamento do Transporte Terrestre Caractersticas, dimenses e preenchimento de Produtos Perigosos; NBR 7503. Art. 5 do Regulamento do Transporte Tacgrafo Terrestre de Produtos Perigosos. Art. 2 do Regulamento do Transporte Simbologia - rtulos de risco e painel de Terrestre de Produtos Perigosos; NBR segurana 7500. Conjunto de equipamentos para Art. 3 do Regulamento do Transporte emergncias no transporte terrestre de Terrestre de Produtos Perigosos , NBRprodutos perigosos e EPIs 9735

Existem outros documentos previstos por outras legislaes, conforme o produto transportado, ou municpio por onde o veculo transitar. H tambm documentos previstos pela Polcia Federal, para produtos utilizados no re. No e produo de substncias entorpecentes e de rgos de Meio Ambiente, para o transporte de resduos. No municpio de So Paulo, para o transporte de alguns produtos, deve-se portar a Autorizao Especial para o Transporte de Produtos Perigoso

7 RESPONSABILIDADE O fabricante deve fornecer ao expedidor: informaes relativas aos cuidados a serem tomados no transporte e manuseio do produto e quanto ao preenchimento da ficha de emergncia; especificaes para o acondicionamento do produto e o conjunto de equipamentos para emergncias. As responsabilidades no momento do embarque dos produtos so do expedidor e do transportador. O expedidor dever exigir do transportador: motorista com curso CCVTPP Curso para Condutores de Veculos de Transporte de Produtos Perigosos; uso de veculo e equipamentos em boas condies operacionais; veculo que contenha equipamentos necessrios para situaes de emergncia (conforme instrues de uso) e EPI; acondicionamento de produto de acordo com as especificaes do fabricante;22

emprego de rtulos de risco e painis de segurana; informar ao motorista sobre as caractersticas dos produtos transportados; entregar ao transportador todas as embalagens devidamente rotuladas e etiquetadas, bem como os rtulos de risco e painis de segurana para uso no veculo; orientar e treinar o pessoal empregado nas atividades de carga (amarrao etc). O transportador dever cumprir todos os procedimentos do Decreto para Transporte, no que se refere carga, documentao, identificao do risco etc.

8. LISTA DE VERIFICAO (MODELO

CONFORME

NBR 15481:2008)

A lista de verificaes deve ficar disposio do expedidor, do contratante, do destinatrio do transportador e das autoridades, durante trs meses, salvo em caso de acidente, hiptese em que ser conservada por um ano. O responsvel pelo preenchimento da lista de verificao deve ter treinamento, tomando com base esta norma(ABNT NBR 15481). No caso da empresa de transporte, deve haver um responsvel para o preenchimento da lista quando da sada do veiculo da sua base. Quando o veculo no se encontrar na base, ou no for agregado a alguma transportadora, o responsvel pelo preenchimento pode ser o motorista. Trata se de um documento muito importante que verifica se o transportador esta inserido ou no dentro das normas legais para transportar produtos perigosos.

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Exemplo

de

Documento

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Esse documento tem que ser respondido a risca e a transportadora tem que estar totalmente apta para atender as exigncia contidas neste documento, com isso minimiza muito o risco de acidentes nas estradas envolvendo produtos perigosos.

9 ESTUDO DE CASO (SIMULAO

DO ACIDENTE )

Um caminho-tanque saiu da pista e tombou na madrugada desta tera-feira (5), em SP. Parte da carga de 13 toneladas de formol vazou no local do acidente. Segundo a Polcia Rodoviria Federal (PRF), no houve feridos e o trnsito flui sem problemas na regio. De acordo com o motorista, um outro veculo teria provocado o acidente. Ele diz que foi fechado por outro motorista e, para evitar a coliso, desviou o caminho para fora da pista. O veculo desceu no desnvel entre a pista e o terreno da margem e tombou. Com a batida, o reservatrio foi danificado e o lquido comeou a vazar.26

De acordo com a PRF, equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil estiveram no local e descartaram o risco de dano significativo ao ambiente. Na manh desta tera-feira uma equipe especializada iniciou a retirada do lquido.

10 DADOS DOS RESPONSAVEIS ENVOLVIDOS NO ACIDENTE Esse acidente poderia ter tido propores bem significantes para o ser humano e meio ambiente, pois envolve transporte de produto classificado como perigoso o FORMOL, e um fato importante que houve vazamento do produto nesta ocorrncia. Estaremos analisando alguns fatos envolvendo os responsveis no caso o fabricante ou distribuidor do produto e o transportador mesmo. Obs: As informaes sobre cadastro dos envolvidos contidas neste trabalho mera fico, as informaes que iremos passar sobre o emitente fornecedor e transportador no so27

reais, foram inventadas pelo grupo.O objetivo do trabalho analisar o procedimento de transporte e fornecimento dentro das normas legais da ANTT.

Empresa responsvel pela distribuio do produto: Quimico Louco LTDA. Endereo: Av. Ausebio, So Paulo SP CEP 02842-000 Fone 11 5555-4444 Transportadora responsvel pela logstica do produto: Fast Log transporte qumico LTDA. 11 ANLISE DO ACIDENTE Em linhas gerais, os acidentes no transporte rodovirio podem ter diferentes causas, singulares ou combinadas, tais como: Problemas tecnolgicos, como unidades de transporte sem manuteno adequada ou muito velhos; Problemas de infra-estrutura, tais como rodovias mal sinalizadas, mal conservadas ou com falhas estruturais de pavimentao; Problemas com procedimentos e regulamentaes, como aplicao inadequada das legislaes e dos procedimentos de gesto; Problemas de falhas humanas, como comportamentos inadequados levando a riscos desnecessrios por diferentes motivos, incluindo a falta de treinamento ou falta de profissionalismo etc.(Abiquim). Baseados em algumas destas causas que podem acarretar em acidentes graves no transporte Rodovirio, iremos buscar informaes atravs do procedimento ANTT, com o intuito de verificar se as empresas envolvidas podem de alguma maneira ter provocado esse acidente de maneira culposa. 10.1 ANALISE DE FISPQ DO PRODUTO. A transportadora nos apresentou o documento FISPQ referente ao produto Formol com as principais caractersticas do produto conforme abaixo:

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*FISPQ completa est em anexo com NF

EPI e Kit de 1 socorros.

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FISPQ completa est em anexo com NF Constatou se que a transportadora tinha todos os EPI e o Kit de 1 Socorros.

Foto ilustrativa

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A transportadora apresentou tambm a Ficha de emergncia e o Lista de verificaes que analisada no momento em que o caminho carregado junto ao fornecedor do Formol estes documentos esto anexados na junto com a Nota Fiscal. Tanto o fornecedor como a transportadora tinham todas as licenas e certificados que atendem as normas legais para distribuio e logstica do formol. O motorista tambm apresentou a Carteira de habilitao e Certificado com o Curso MOPE:

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Ficha de Inspeo do veculo consta que o veculo estava com a manuteno em dia conforme abaixo:

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Segundo o motorista do caminho, um carro fechou o mesmo e com isso ele perdeu o controle do veculo e tombou na valeta, tanto a transportadora como o fornecedor do produto Formol esto aptos a trabalhar com produtos classificados como perigoso, ou seja, esto dentro da norma legal destinada para o segmento de atuao. Por sorte este acidente no proporcionou danos maiores, pois o motorista est bem e o local onde o acidente ocorreu ajudou a minimizar os riscos, houve vazamento de Formol, esse produto segundo as informaes tcnicas pode ser txico para o ser humano e o meio ambiente, neste acidente no existia mananciais, portanto, exclui a chance de contaminao, o isolamento da rea importante, pois, por se tratar de uma estrada movimentada os socorista corre o risco de ser atropelado ou causar outros acidentes, neste tipo de ocorrncia o corpo de bombeiro tem quer ser acionado o mais rpido possvel importante neste caso desligar qualquer fonte de ignio neste caso as baterias do veiculo, em caso de incndio o mesmo deve ser apagado com CO2, Deve-se atentar para produo de H2 se fortemente aquecido, de CO e CO2. Para a formao de vapores de formol: combustveis. CUIDADO: gera mistura explosiva com o ar. O EPI muito importante para este tipo de ocorrncia, na foto acima envolvendo o acidente observa se que os socorristas no esto totalmente equipados para atender a ocorrncia os EPIs indicados para esse tipo de ocorrncia so segundo a FISPQ mesmo so: Proteo respiratria: Utilizar a) mscaras faciais inteiras com filtros substituveis para vapores orgnicos ou prprios para formaldedo; b) mscaras de oxignio para situaes em que as concentraes excedem os limites de exposio Proteo para as mos: Utilizar luvas de PVC e creme protetor. Proteo para os olhos: Utilizar culos de segurana para produtos qumicos tipo visor qumico Proteo para a pele e corpo: Utilizar creme protetor e conjunto (macaco) em tyvek, nitrlica ou trevira e botas de PVC O formaldedo classificado como Grupo 2A - Provvel agente carcinognico para humanos (IARC, 1995). Pelo GHS, 2003, considerado 1B Possvel agente carcingeno pela via inalatria, por isso muito importante evitar contato e inalar esse produto

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12 CONCLUSO Para transportar produtos perigosos com segurana, o condutor e os demais profissionais envolvidos na atividade devem conhecer tudo sobre os assuntos tcnicos e ter conscincia de que preciso utilizar constantemente estes conhecimentos, aplicando-os nas situaes do dia-a-dia. A movimentao de produtos perigosos uma atividade que exige extrema responsabilidade, envolve muitas empresas, entidades e indivduos e s deve ser exercida por pessoal treinado e capacitado. normal no dia a dia ocorrencias onde, o transportador e o fornecedor emitente da NF no atenda as normas legais para trbalhar com produtos perigosos, as normas dos orgo responsaveis pelo trafego de produtos perigosos complexa e requer estrutura e responsabilidade pra quem atua neste tipo de ramos, os custos so altos e por isso muitas empresas acabam dando um jeito de corromper a lei. Muitos acidentes ocorrem por falta de conhecimento, informao e manuteno dos veiculos. A falta de equipamentos, EPI e documentos tambm um assunto srio onde requer uma ateno dobrada e cada vez mais fiscalizao dos orgo responsaveis (ANTT). Neste trabalho simulamos um acidente que poderia ter propores maiores, pois o produta transportado era um produto classificado como corrosivo. Neste caso notamos que realmente foi um acidente onde o transportador e a empresa responsavel pelo produto estavam atendendo as normas legais da ANTT e os procedimento para transporte do mesmo, essa simulao foi feita no intuito de entender como os procedimentos necessarios para se carregar um produto classificado como perigoso. responsabilidade de todos os profissionais do ramo qumico conhecer os procedimentos, normas e o tipode de produto que se trabalha, pois os riscos so reais e um descuido pode causar grandes danos ao ser humano e ao meio ambiente.

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13 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ACGIH AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNAMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS. Threshold Limit Values (TLV) for Chemical Substances Committee. Cincinatti, 2002. BRASIL MINISTRIO DO TRABALHO NORMA REGULAMENTADORA 7 Programa De Controle Mdico De Sade Ocupacional 1978, alterada pela Portaria 24 de 29-12-1994. BRASIL MINISTRIO DO TRABALHO NORMA REGULAMENTADORA 9 Programa de preveno de riscos ambientais, 1978, alterada pela Portaria 25 de 29-121994. BRASIL MINISTRIO DO TRABALHO NORMA REGULAMENTADORA 15 Atividades e operaes insalubres, 1978, ltima alterao dada pela Instruo normativa n 2 de 20-12-1995. CHEMFINDER Chemical Database and Internet searching. Disponvel em http://chemfinder.cambridgesoft.com. Acesso em 10 de fevereiro de 2006. ECOTOX Data Base. Disponvel em http://www.epa.gov/ecotox. Acesso em 10 de fevereiro de 2006. GHS - GLOBALLY HARMONIZED SYSTEM OF CLASSIFICATION AND LABELLING OF CHEMICALS - UNITED NATIONS - New York and Geneva 2003. IARC - INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER Summaries & Evaluations, FORMALDEHYDE, 1995. Disponvel on line em: http://www.inchem.org. Acesso em 10 de fevereiro de 2006. NFPA NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION Disponvel on line em: http://www.ilpi.com/msds/ref/nfpa.html. Acesso em 10 de fevereiro de 2006. HSDB HAZARD SUBSTANCES DATA BASE Formaldehyde. Disponvel on line em: http://toxnet.nlm.nih.gov. Acesso em 10 de fevereiro de 2006. SILVA, M.S. Segurana em laboratrios qumicos. Aula Instituto de Qumica UNESP, 2002. WHO WORLD HEALTH ORGANIZATION IPCS INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY Formaldehyde Environmental Health Criteria No. 89, 1989. Disponvel on line em: http://www.inchem.org Acesso em 10 de fevereiro de 2006. WHO WORLD HEALTH ORGANIZATION IPCS INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY Formaldehyde - Health and Safety36

Guide No. 57, 1991. Disponvel on line em: http://www.inchem.org Acesso em 10 de fevereiro de 2006. ABNT NBR 14725 para FICHA DE INFORMAES DE SEGURANA DE PRODUTOS QUMICOS (FISPQ), 2009. AGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES RESOLUO N 420, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2004.

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