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 Cam pina Grande, ISSN 2179-4391 , R EAL IZE Edi t ora, 2010 ANÁLISE DE PARÂMETROS OPERACIONAIS PARA O TRATAMENTO DE LIXIVIADO PROVENIENTE DE ATERRO SANITÁRIO *  Francisco Danilo Morais da Silva 1* , Mayara Danuta Gomes Silva 1 , Erick de Souza Brito 1 , Carlos Antônio Pereira de Lima 1 , Fernando Fernandes Vieira 1  1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Centro de Ciências e Tecnologia, Laboratório de Pesquisa em Ciências Ambientais, Departamento de Química. Campina Grande - PB. *[email protected] RESUMO    Os Processos O xi dat iv os Avançados (POAs) , e m pre g ando os métodos Fenton e Foto-Fen ton, represe n tam um a alternativa de pré-trata m ento e/ou pós-tratamento, aum enta n do a biodegradabilidade do Lixiviado, minimizando o tamanho das lagoas, ou aumentando a vazão de L ixiviado tratado, pois apresentam elevadas eciências na re moção de poluentes org ânicos, co m custo relativamente baixo e facili dade operacional. Os POA ´s são mét odos de tratamento que envolvem a geração de radicais hidroxila (•OH), altamente reativos, que degrada poluentes orgânicos. Os processos Fenton e Foto-Fenton correspondem a uma mistur a de pe róxid o de hi drogênio (H 2 O 2 ) e sais de ferro (Fe +2 ). Já o Foto-Fenton utiliza ainda radi ação ultra vi oleta (U V) . O bser v ou-se que e xi ste uma depen dência direta e n tre a redução da DQO e a concentração do catalisador. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a aplicabilidade dos POAs, empregando os processos Fenton e Foto-Fenton, no tratamento do lixiviado  prov enie n te dos resídu os só lido s d i spostos n o aterro sanitário da ci dade de João Pessoa    PB, an alisando o comp orta m ento de alguns parâmetros operac ionais. Palavras-chave     fenton; foto-fenton; lixiviado; processos oxidativos avançados.  *  Bolsa de Iniciação Científica PIBIC/CNPq pelo Departamento de Engenhari a Sanitária e Ambiental , Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

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ANÁLISE DE PARÂMETROS OPERACIONAIS PARA O TRATAMENTO DELIXIVIADO PROVENIENTE DE ATERRO SANITÁRIO*

Francisco Danilo Morais da Silva1*, Mayara Danuta Gomes Silva1, Erick de Souza Brito1,Carlos Antônio Pereira de Lima1, Fernando Fernandes Vieira1

1Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Centro de Ciências e Tecnologia, Laboratório dePesquisa em Ciências Ambientais, Departamento de Química. Campina Grande - PB.

*[email protected]

RESUMO – Os Processos Oxidativos Avançados (POA‟s), empregando os métodos Fenton eFoto-Fenton, representam uma alternativa de pré-tratamento e/ou pós-tratamento, aumentandoa biodegradabilidade do Lixiviado, minimizando o tamanho das lagoas, ou aumentando avazão de Lixiviado tratado, pois apresentam elevadas eciências na remoção de poluentes

orgânicos, com custo relativamente baixo e facilidade operacional. Os POA´s são métodos detratamento que envolvem a geração de radicais hidroxila (•OH), altamente reativos, degrada poluentes orgânicos. Os processos Fenton e Foto-Fenton correspondem a umamistura de peróxido de hidrogênio (H2O2) e sais de ferro (Fe+2). Já o Foto-Fenton utiliza aindaradiação ultravioleta (UV). Observou-se que existe uma dependência direta entre a redução daDQO e a concentração do catalisador. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a aplicabilidadedos POA‟s, empregando os processos Fenton e Foto-Fenton, no tratamento do lixiviado

proveniente dos resíduos sólidos dispostos no aterro sanitário da cidade de João Pessoa – PB,analisando o comportamento de alguns parâmetros operacionais.

Palavras-chave – fenton; foto-fenton; lixiviado; processos oxidativos avançados.

* Bolsa de Iniciação Científica PIBIC/CNPq pelo Departamento de Engenhari a Sanitária e Ambiental ,

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

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INTRODUÇÃO

Como resultado da degradação dos resíduos sólidos e da água de chuva é gerado umlíquido de coloração escura, com odor desagradável, altamente tóxico, com elevado poder decontaminação que pode se infiltrar no solo, contaminando-o e podendo até mesmo contaminaras águas subterrâneas e superficiais. Esse líquido, chamado líquido percolado, lixiviado ouchorume, pode ter um potencial de contaminação até 200 vezes superior ao esgoto doméstico.

Neste contexto, segundo Neyens & Baeyens (2003), os POA´s são métodos detratamento que envolvem a geração de radicais hidroxila (•OH), altamente reativos, degrada muitos poluentes orgânicos. Os métodos Fenton e Foto-Fenton correspondem a umamistura de peróxido de hidrogênio (H2O2) e sais de ferro (Fe+2). Já o Foto-Fenton utiliza aindaradiação ultravioleta (UV). O H2O2 é um oxidante eciente, seguro e de custo acessível, sendoutilizado há décadas em aplicações ambientais em todo o mundo.

Logo, apresentam-se como uma alternativa de pré-tratamento e/ou pós-tratamento,uma vez que, estes tipos de tratamento são empregados, no sentido de minimizar o tamanhodas lagoas ou aumentar a vazão de lixiviado tratado, pois apresentam elevadas eciências naremoção de poluentes orgânicos, com custo relativamente baixo e facilidade operacional.

O objetivo dessa pesquisa foiavaliar a aplicabilidade dos POA‟s, empregando os processos Fenton e Foto-Fenton, no tratamento do lixiviado proveniente dos resíduos sólidosdispostos no aterro sanitário da cidade de João Pessoa – PB, analisando o comportamento de

alguns parâmetros operacionais, tais como: tempo, pH, concentração de H2O2, concentraçãode Fe+2 e da radiação Ultravioleta (UV), para tentar minimizar o impacto causado por essetipo de efluente.

METODOLOGIA

Tanto para a avaliação do processo Fenton quanto para o processo Foto-Fenton, foiusado um reator do tipo tanque, de tal forma que possamos evitar a incidência de qualquer

tipo de radiação do meio ambiente sobre o lixiviado a ser tratado e os ensaios foram feitos atemperatura ambiente. Os valores dos parâmetros operacionais tempo, pH, concentração de

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Ferro (+2) e de Peróxido de Hidrogênio e no caso do processo Foto-Fenton a incidência deradiação ultravioleta, foram definidos por um planejamento experimental do tipo fatorial emduplicata. O acompanhamento do processo de tratamento foi feito mediante a retirada dealíquotas em intervalos de tempos regulares de 30 minutos, sendo analisado o pH econdutividade elétrica, ao final de 3 horas as amostras foram analisadas através da DemandaQuímica de Oxigênio (DQO).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se que o processo Fenton, como demonstrado no gráfico 1, teve umabaixamento da eficiência da reação para pHs superiores a 5 o que deve-se à transição dosíons Fe2+ hidratados para espécies coloidais férricas – Fe (OH)3. Estas espécies decompõemcataliticamente o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água, impedindo a formação dosradicais hidroxilas. Dessa forma, concluiu-se que a precipitação do ferro na forma dehidróxido diminui a quantidade de catalisador disponível para a produção dos radicais

hidroxilas.

Gráfico 1: Condições experimentais do processo de degradação do lixiviado tendo comocaracterísticas concentração de peróxido de hidrogênio e de Fe2+ igual a 0,2%, em pH 3,7 e 9.

No processo Foto-Fenton, os radicais hidroxilas são formados pelas reações deoxidação e redução de íons Ferrosos (Fe+2) na presença de peróxido de hidrogênio e radiação

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UV. Na primeira etapa, os íons ferrosos são oxidados pelo peróxido de hidrogênio (H2O2) -Reação de Fenton, gerando radicais hidroxilas. Na segunda etapa, os íons férricos (Fe3+) sãoreduzidos fotoquimicamente para o estado de oxidação inicial (Fe2+), que reage novamentecom H2O2 gerando mais radicais hidroxilas. Assim, notou-se que degradação foi satisfatório para a incidência de radiação de três lâmpadas Ultravioleta, uma vez que, com o aumento daradiação UV, aumenta a concentração de radicais hidroxilas, sendo os valores da DQO baixosem comparação com as concentrações tendo uma incidência de radiação de uma lâmpada UVe com os resultados do processo Fenton.

Observou-se que existe uma dependência direta entre a redução da DQO e a carga decatalisador, ou seja, quanto maior a quantidade de catalisador, maior será a probabilidade dageração de radicais hidroxilas e por consequência maior será a redução de DQO.

CONCLUSÃO

O método Foto-Fenton demonstrou-se mais eficientes para o tratamento do lixiviadodo que o método Fenton, uma vez que, a radiação ultravioleta pela redução fotocatalítica tornamaior a produção de radicais hidroxilas. Percebeu-se que a quantidade de H2O2 é o fatorlimitante, pois quanto maior forem às quantidades de H2O2, mais rápida é a degradação.

Enfim, os processos empregados para o tratamento do efluente proveniente do aterrosanitário de João Pessoa – PB obtiveram desempenhos satisfatórios em comparação comdados da literatura. Assim, tornam-se alternativas simples e de grande eficiência para a

degradação e consequente tratamento do lixiviado de aterros sanitários, em que, poderão serassociados a processos biológicos tradicionais de tratamento, o que aumentarásignificativamente a capacidade de mineralização permitindo reduções da ordem de 90% noteor de carbono total. Além disso, devido a sua natureza homogênea e elevada eficiência,mesmo quando assistido por radiação visível, o sistema Foto-Fenton representa umaalternativa bastante promissora para a implementação de sistemas de tratamento em grandeescala.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HIGARASHI, M. M., MOREIRA, J.C., OLIVEIRA, A. S., FERREIRA, L.F.V.A Utilizaçãode Processos Oxidativos Avançados na Descontaminação do Meio Ambiente apud CASTRO, J.P., FARIA, P. (2001). Oxidação Química com Reagente Fenton. Projeto deInvestigação. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Departamento deEngenharia Química. Porto, 2000.

NEYENS, E., BAEYENS, J.A Review of Classic Fenton’s Peroxidation as an Advanced

Oxidation Technique. Journal of Hazardous Materials, B98, p.33-50, 2003.

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APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE EVA (ETILENO VINIL ACETATO) EMFORMULAÇÕES DE BORRACHA

Daniel Baracuy da Cunha Campos, Danielly Vieira de Lucena, Giovani Tavares de Sousa(Universidade Federal de Campina Grande)

RESUMO – As indústrias de calçados têm grande relevância no mercado mundial. Sabendo-se de todo o desperdício de resíduos de EVA (etileno vinil acetato) dentro da indústriacalçadista durante a fabricação de calçados em geral, foi desenvolvido este trabalho em parceria com uma empresa do ramo cujo nome não pode ser divulgado por pedido de sigilo, oobjetivo deste trabalho é aproveitar os resíduos de EVA adquiridos durante o processo defabricação, incorporando-os em formulação de borracha de solados vulcanizados, a fim deganho nas propriedades mecânicas e redução dos custos. Para isto, são utilizadas formulações

da própria fábrica e outras com resíduos em vários percentuais, a partir das análiseslaboratoriais de resistência a abrasão, tensão de ruptura, comparamos os resultados com aformulação usada no processo. Os resultados indicaram que as formulações com o resíduoapresentaram características superiores ao da formulação usada no processo fabril. Acomposição formulada com o resíduo de EVA no teor de 10% foi a que apresentou melhoresresultados quando comparada com a formulação original.

Palavras-chave – EVA, formulação, análises laboratoriais

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INTRODUÇÃO

A data de origem da borracha se perde na antiguidade. Formas fossilizadas de borracha com alguns milhões de anos foram descobertas[2].

Somente no século XVIII dois naturalistas franceses, Charles de La Condamine e C.F.Fresneau identificaram algumas espécies de árvores que produziam o látex possibilitando queuma academia francesa demonstrasse algumas propriedades da borracha[1].

Em 1770, Joseph Priestly, químico inglês, observou a habilidade da borracha deapagar marcas de lápis e denominou-se “rubber”, significa matéria elástica[6].

Em 1770, Joseph Priestly, químico inglês, observou a habilidade da borracha deapagar marcas de lápis e denominou-se “rubber”, significa matéria elástica[5].

Um importante avanço foi conseguido por Thomas Hancook em 1820 descobrindoque ao passar à borracha através de cilindros munidos de pinos em câmara cilíndrica a borracha se transformava em uma massa plástica, pegajosa, porém moldável que permitiu

incorporar uma considerável quantidade de pó. Esse processo foi denominado“mastication”[5].

Em 1839, Charles Goodyear descobriu por acaso, o que hoje conhecemos comovulcanização propriamente dita. Goodyear concluiu que ao aquecer borracha e enxofre,transformava-se em um material elástico não mais pegajoso (grudento) a quente e nemquebradiço a frio[3].

Em 1868, usou-se pela primeira vez cintas de borracha nas rodas de velocípedes e em1888 Dunlop construiu os pneumáticos para automóvel[5].

Desde então a borracha tem sido um material de importância extraordinária na vidacotidiana[3].

METODOLOGIA

Foram pesados 1,200 Kg de borracha onde se foi dividido essa quantidade em 4 partesiguais de 0,300Kg para cada formulação, sendo essa borracha proveniente da mistura final,

ou seja, a mesma já estando com todos os seus componentes necessários, logo em seguidaforam pesados os resíduos de EVA para os teores de 3, 5 e 10%.

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A mistura dos compostos foi realizada em um misturador aberto (moinho) com vapor, por um tempo aproximadamente de 10 min, ou seja, até ocorrer à total homogeneização damistura. Em seguida foi feito uma primeira curva reométrica para cada formulação, para queassim se fosse feito uma segunda mistura, sou seja, adicionando teores de acelerantes paracorrigir devidos problemas de aceleração causados pela adição do resíduo de EVA.

As tabelas 1 e 2 apresentam os teores de borracha, de resíduo de EVA e de acelerantes para cada formulação.Sabe-se que a amostra A se trata de uma formulação composta apenas por borracha,a amostra B é composta por borracha mais 3% de EVA, a amostra C é composta por borracha mais 5% de EVA e a amostra D é composta por borracha mais 10% de EVA.

Tabela 1: Formulações dos solados

Tabela 2: Formulações dos solados após correção (adição) com acelerantes.

Composto Borracha EVA TMTD

A 300g - 2,6g

B 300g 9g 2,6g

C 300g 15g 2,7g

D 300g 30g 2,8g

Composto Borracha EVA TMTD

A 300g - 1,12g

B 300g 9g 1,12g

C 300g 15g 1,12g

D 300g 30g 1,14g

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Após a adição do resíduo de EVA nos devidos teores de 3, 5 e 10%, foi realizado avulcanização em prensa dos compostos acelerados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para cada composição foram analisadas 3 amostras (corpos-de-prova).As figuras 1 apresenta os resultados obtidos no ensaio de abrasão para os compostos.

O fator da lixa utilizado para este teste foi de 220.

Figura 1: Perda por abrasão dos compostos.

Para o ensaio de resistência à abrasão, ou perda por abrasão, foi verificado que o compostocom um teor de 10% de EVA apresentou um maior valor de abrasividade, sendo que o limitemáximo de abrasividade para solados vulcanizados é de 180mm3, logo todas as amostrasestão dentro da faixa de especificação, entretanto quanto menor o valor melhor será suaresistência ao desgaste, logo o composto menos abrasivo é o composto atual, ou seja, semEVA na formulação. Os compostos para solados necessitam de boa resistência a abrasão, emsua fórmula procura-se colocar produtos que auxiliem na sua durabilidade e resistência. Para aabrasão dois são os produtos que auxiliam na propriedade de resistência à abrasão: O polibutadieno e a sílica.

Os resultados obtidos no ensaio de tração dos compostos vulcanizados sãoapresentados na figura 2.

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Figura 2: Tensão de ruptura máxima dos compostos reticulados.

CONCLUSÃO

A necessidade de se obter as mesmas propriedades com o composto atual foi atendida.A exigência de se obter diminuição no custo da formulação foi atendida;Os elastômeros possuem propriedades diferentes, que influenciam nas propriedades

finais dos compostos. Podem-se aliar vários elastômeros com quantidades diversificadas atéque se obtenham propriedades desejadas ou que se mantenham as propriedades antesconhecidas;

O composto com o teor de 10% de resíduo foi o que apresentou os resultados maissatisfatórios;

Com a introdução de EVA nas formulações, houve um atraso na curva reométrica doscompostos, precisando adicionar uma maior quantidade de acelerante nas formulações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1 ]MÉLO, T.J.A.; SOUSA, A. R., Apostila de Tecnologia de borrachas, 2004.

[2] Apostila do treinamento físico-mecânico e químico em artigos esportivos emateriais afins, 2009.

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[3] ROCHA, E. C. da (in memoriam) & LOVISON, M. H. L. & PIEROZAN, N. J. ,Tecnologia de transformação dos elastômeros, 2° edição revisada e ampliada, SENAI, SãoLeopoldo, 2003.

[4] LOVISON, V.M.H.; BRITO, K.J.S.; & PACHECO, G.S.; Metrologia e EnsaiosBásicos na Industria de Borracha. São Leopoldo:Centro Tecnológico de Polímeros SENAI,2003.

[5] Apostila de conceitos fundamentais de polímeros, CAMPOS, A.F, maio 1990.[6] F.Rodrigues, Principles of polymer systema, Mc Graw – Hill Book, 1980.

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AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ENTEROPARASITAS EM ALFACE (Lactuca

sativa ) ORGÂNICA TIPO CRESPA COMERCIALIZADAS EM CAMPINA GRANDE-PB

Tereziana Silva da Costa (UEPB), Rayani Cardoso Leão (UEPB); Eliane Rolim Florentino(UEPB)

RESUMO – Este trabalho teve como objetivo investigar a contaminação por enteroparasitasem alfaces orgânicas ( Lactuca sativa) comercializadas em feiras livres do município deCampina Grande, Estado da Paraíba. A análise foi realizada em microscópio óptico a partir dosedimento obtido por método semelhante ao método de Hoffmann. Foram analisadas seisamostras de alfaces, em todas foi identificada a presença de Entamoeba sspe Áscarislumbricóides. Além disso, foram realizadas análises após lavagem das amostras em água

corrente; esta prática higiênico-sanitária mostrou-se eficiente na eliminação dosenteroparasitas. A presença desses parasitas reflete as más condições sanitárias das prát icas decultivo, de armazenagem e manipulação.

Palavras-chave – Contaminação, parasitos, higiene.

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INTRODUÇÃO

Atualmente, a comercialização de vegetais orgânicos tem atraído a preferência da população devido ao seu cultivo ser isento de fertilizantes químicos, sendo a adubação feitacom matéria orgânica; em contrapartida a essa vantagem, temos, em alguns casos, adubaçãocom compostagem animal, o que pode aumentar significativamente as chances decontaminação por enteroparasitas (Freitaset all ., 2004). A contaminação por adubo orgânico,

de origem animal ou vegetal, pode ser devido à má compostagem, ou ainda, devido a estercode animais doentes.

A análise parasitológica de hortaliças é de grande importância para a Saúde Pública, pois, fornece dados do seu estado higiênico e permite o controle das condições em que foramcultivadas, armazenadas e preparadas (Parteli e Gonçalves, 2005).

Este estudo teve como objetivo verificar a presença de enteroparasitas em alfaces além

de determinar se a lavagem das folhas em água corrente é eficaz para a eliminação desses parasitas.

METODOLOGIA

Foram analisadas 6 amostras de alface oriundas de feiras livres de Campina Grande – PB. As amostras coletadas foram acondicionadas nos sacos plásticos fornecidos pelosvendedores e encaminhadas para o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Alimentos (NUPEA)da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde foram realizadas as análises parasitológicas.

A metodologia empregada foi enxaguadura seguida de centrifugação, semelhante aométodo de Hoffmann, baseada em PARTELI e GONÇALVES, 2005.

As amostras foram selecionadas descartando-se as folhas deterioradas, pesadas 25gramas, acondicionadas em sacos plásticos apropriados com 100 mL de água destilada. Ossacos plásticos foram agitados manualmente durante dois minutos e, logo em seguida, olíquido foi distribuído em dois tubos de centrifugação, centrifugado a 3.000 rpm por 5

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minutos. A partir do sedimento de cada tubo foram preparadas 3 lâminas, as quais foramexaminadas em microscópio óptico com aumentos de 10x e 40x.

Os parasitas pesquisados foram as diversas espécies de helmintos e cisto de Entamoeba ssp, protozoário bastante encontrado em estudos realizados com hortaliças. Aidentificação foi realizada com o auxílio de Atlas Parasitológico (Parasite Images).

Parte das amostras foi lavada em água corrente e submetida ao mesmo procedimento para posterior análise.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas amostras analisadas foram encontrados ovos de Áscaris lumbricóides e cisto de Entamoeba ssp (Tabela 1). Em 33,3% das amostras os ovos de Áscaris lumbricóides estavamférteis.

Tabela 1 – Presença de ovos de parasitas em amostras de alfaceA1 A2 A3 A4 A5 A6

Áscari s lumbr icóides + + + + + +

Enterobi us vermi cul ares - - - - - -

Trichiuris - - - - - -

F ascíol a hepáti ca - - - - - -

Taenia - - - - - -

Hymenolepis - - - - - -

Schi stosoma mansoni - - - - - -

Entamoeba ssp + + + + + +

(+) – Presença (-) – Ausência

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A presença de Entamoeba ssp é um fator preocupante com relação à saúde pública,uma vez que, uma de suas espécies, a Entamoeba hystolítica, é patogênica e responsável porgrande parte das parasitoses intestinais. Outras pesquisas parasitológicas realizadas em alfacesencontraram a Entamoeba hystolítica,Montanheret all., 2007 encontrou esse parasita em 2%das amostras analisadas.

Segundo Coelhoet all., 2001, a frequente presença de Áscaris lumbricóides em

hortaliças deve-se à morfologia de sua casca que promove uma maior aderência às folhas.Esta aderência deve ser ainda maior em alface do tipo crespa.

Freitaset all., 2004 realizou avaliação parasitológica em alfaces provenientes de feiraslivres e supermercados comercializados em Campo Morão, estado do Paraná. Dois dos principais parasitas encontrados foram Áscaris sspe Entamoeba ssp.

Nas análises realizadas com as folhas que foram lavadas em água corrente não foi

encontrado nenhum ovo de parasita. Devido ao seu tamanho, a lavagem em água corrente ésuficiente para retirá-los.

CONCLUSÃO

Este trabalho identificou a presença de enteroparasitas em hortaliças. Isso mostra anecessidade de maior orientação aos produtores e manipuladores, além de investimentos naárea agrícola com relação, principalmente, à água usada para irrigação que entra em contatodiretamente com as folhas.

É de grande importância a correta higienização dos alimentos que serão consumidosinnatura. Para a eliminação de parasitas a lavagem em água corrente é suficiente, mas paraeliminação de microrganismos é necessário associar essa lavagem a outro tratamento comágua clorada.

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Campina Grande, ISSN 2179-4391, R EALIZE Edi tora, 2010

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Campina Grande, ISSN, REALIZE Editora, 2010

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLOGICA DO LEITE INFORMALCOMERCIALIZADO EM CAMPINA GRANDE – PB

Sheila Mirelle Silva Maciel (UEPB), Rayani Cardoso Leão (UEPB), Eliane Rolim Florentino(UEPB)

RESUMO – Sendo considerado como alimento completo, o leite é um alimentoindispensável para os mamíferos nos primeiros dias de vida. (LIMA, 2008). O valornutricional do leite o torna um alimento extremamente perecível e susceptível acontaminações, principalmente o leitein natura, visto que este muitas vezes pode veicularmicrorganismos patogênicos ao homem, tornando assim, imprescindível seu tratamentotérmico. Este fato é preocupante, pois a cada dia cresce o consumo de leite informal, o que

representa um risco potencial para a saúde da população consumidora. O objetivo do trabalhofoi avaliar a qualidade microbiológica do leite informal comercializado na cidade de CampinaGrande – PB. As amostras foram coletadas em diferentes pontos da cidade com 3 repetiçõescada, e foram encaminhadas imediatamente ao laboratório do Núcleo de Pesquisa e Extensãoem Alimentos (NUPEA) do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual daParaíba, onde se realizaram as determinações microbiológicas de número mais provável(NMP) de coliformes a 35°C e a 44,5ºC, Pesquisa de E.coli e Contagem de bactériasheterótrofas mesófilas. Conforme Brasil (2002) observou-se que todas as amostrasapresentaram um elevado número de coliformes a 45°C, bactérias heterótrofas mesófilas eainda presença de E. coli.

Palavras-chave – Leitein natura; tratamento térmico; E. coli.

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INTRODUÇÃO

O leite é um dos produtos naturais mais valiosos e, desde milênios, considerado umdos constituintes fundamentais da alimentação humana (BASTOS, 2006). É um alimento que possui um amplo mercado de consumidores, sendo necessário em todas as faixas etárias, principalmente na infância. O leite produzido sem os devidos preceitos de higiene torna-se produto de qualidade inferior, mesmo que lhe dispensem posteriormente os maiores cuidados

e melhores tratamentos.

Dessa forma, é importante que os setores de distribuição (supermercados, padarias,etc), de transporte, de indústria, assim como o setor “campo” tenham o devido cuidadomanipular tal alimento. A fim de se conservar as características sensoriais e nutricionais doleite, este deve possuir cuidados higiênicos em função de sua qualidade, para poder garantirassim, a segurança ao consumidor.

O beneficiamento do leite envolve uma série de operações que visam preservar as suasqualidades físicas, químicas, sensoriais e bacteriológicas. Logo, algumas práticas têm que serobservadas, levando em consideração o animal, o material de coleta, que entra em contatodiretamente com o leite, o ambiente geral e o ordenhador. (BEHMER, 1977).

Alicerçado nessas operações de avaliação do leite, fez-se analises para o leite informalque é comercializado em diversos pontos da cidade de Campina Grande – PB. Segundocritérios microbiológicos, pôde-se verificar a qualidade, a higiene e os possíveis problemas

que tal produto possa trazer ao consumidor.

Como objetivo desse trabalho, realizou-se analises microbiológicas com base nalegislação brasileira, de acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade deLeite Cru refrigerado, através da Instrução Normativa nº 51/2002 do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). E dessa forma, a qualidade do leite informalfoi avaliada e os esses resultados obtidos comparados com o estabelecido nos padrões legaisnormatizados.

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METODOLOGIA

Coleta das amostras:

Foram coletadas amostras em dois diferentes pontos de venda (padarias e ambulantes)da cidade de Campina Grande - PB as analises foram feitas em triplicata. As amostras após

coletadas foram devidamente nomeadas e encaminhadas ao Laboratório do Núcleo dePesquisa e Extensão em Alimentos (NUPEA) do Centro de Ciências e Tecnologia daUniversidade Estadual da Paraíba, onde se procederam as determinações microbiológicas.

Análises Microbiológicas:

Os parâmetros avaliados foram: determinação do Número Mais Provável (NMP) de

coliformes a 35ºC e a 44,5°C; Contagem de bactérias heterótrofas mesófilas e E.coli seguindoas recomendações do Laboratório Nacional de Referência Animal (LANARA), do Ministérioda Agricultura e Abastecimento (BRASIL, 2002).

Preparo da Diluição para as Análises Microbiológicas:

Em uma câmara asséptica, as amostras foram previamente identificadas ehomogeneizadas, retirando-se 1 ml da amostra e transferindo-se para um tubo de ensaioestéril, contendo 9 ml de líquido de diluição, obtendo-se a diluição 10-1 , a partir da qualforam efetuadas as demais diluições decimais.

Número Mais Provável de Coliformes totais a 35°C e Termotolerantes a 45°C:

Através da técnica de Tubos Múltiplos, utilizou-se o Caldo Lactosado Verde BiliBrilhante 2% (CLVBB), e posterior incubação a 35°C durante 24 horas. Para a determinação

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de termotolerantes alíquotas dos tubos positivos de CLVBB foram transferidas através da alçade platina para tubos contendo Caldo EC, incubados à 45°C por 24 horas.

A presença de microrganismos, em ambos os casos foi evidenciada pela formação degás nos tubos de Duhran, e/ou turbidez do líquido. O cálculo do número mais provável foirealizado com o auxílio da tabela de Hoskins.

E.coli

Nos tubos positivos de CLVBB, com o auxilio da alça de platina realizou-se estrias nasuperfície de placas de petri devidamente esterilizadas e preenchidas com meio de culturaEMB e incubadas a temperatura de 35° por 24 horas. A presença de E.coli se dá por núcleosescuros com coloração verde fluorescente.

Mesófilas

Em placas ésteres foi adicionada a diluição analisada e preenchida com o meio Agar Nutriente, homogeneizado, e incubado a temperatura de 35°por 48 horas. A analise foirealizada em triplicata. Com o auxilio de um contador de colônia, contaram-se as colônias eaplicou a media para determinar as unidades de colônias presentes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O leite, por e tratar de um alimento altamente perecível devido o seu elevado teor deágua e por conter muitos nutrientes, é um meio ideal para o desenvolvimento demicroorganismos tais como: bactérias, leveduras e fungos, sendo assim, um produto favorávela alterações significativas através dessa contaminação.

As amostras foram denominadas de “1” e “2”, e obteve-se uma média dos resultados:

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Analises e média dos resultados, respectivamente, para “1”:

CLVBB (NMP): > 1100 g/ mlCaldo E.C (NMP): 764,4 g/ mlPesquisa E.coli:PresençaContagem de bactérias heterótrofas mesófilas: 1,6 x 107 UFC/ ml

Analises e média dos resultados, respectivamente, para “2”:

CLVBB (NMP): > 1100 g/ mlCaldo E.C (NMP): 13,7 g/ mlPesquisa E.coli:PresençaContagem de bactérias heterótrofas mesófilas: 3,1 x 107 UFC/ ml

Com base nesses resultados, o elevado número de coliformes a 35°C se deve ao leiteser in-natura e não ter passado por nenhum processo de pasteurização. Os microorganismosnão são necessariamente patogênicos, visto que o próprio ambiente é cercado de bactérias.

A presença de E.coli significa que houve uma contaminação na amostra, seja atravésdo ordenhador, do material utilizado na ordenha do leite, ou ainda do próprio ar ou ambienteem que se manipulou o alimento. Todavia, a E. Coli,é exterminada a temperatura de 60 °C,logo, é muito importante fazer uma pasteurização desse tipo de produto antes de consumi-lo.

CONCLUSÃO

Considerando-se os padrões legais normatizados, verificou-se que todas as amostrasde leite informal apresentaram um elevado número de coliformes a 35°C e a 45°C, assimcomo para bactérias heterótrofas mesófilas e ainda constou-se a presença de E. coli, a qual é

um microrganismo patogênico, uma vez que é um indicador fecal e que pode ocasionar problemas à saúde do consumidor. Dessa forma, com esse estudo, comprova-se a importância

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de orientar o consumidor a fazer uma pasteurização desse tipo de produto antes de qualqueruso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, K.P.L; GOMES, D.M; MENDES, T. Análise microbiológica de leite pasteurizado

comercializado no município de muriaé-mg e região, Revista Científica da FAMINAS -Muriaé, p. 26, 2006.

BEHMER, M.L.A.Como aproveitar bem o Leite no Sitio ou Chácara. Ed.Livraria Nobel,São Paulo, 1977.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Departamento de Inspeção deProdutos de Origem Animal. Instrução Normativa nº 51, de 20/09/2002 de setembro de 2002.Aprova e oficializa o Regulamentos Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do LeiteCru Refrigerado.Diário Oficial da União, Brasília, 20 de setembro de 2002.

LIMA, S. C. G.Processamento de leite e derivados. 2008 Disponível em: http://www.eafc-.gov.br/professores/mat_didatico/Suely/Leite_e_Derivados.pdf. Acesso em 10 de nov. de2010.

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AVALIAÇÃO SENSORIAL DE BARRAS DE CEREAIS COM ALEGAÇÃO DEALIMENTO FUNCIONAL

Rayane Maria Silva de Souza¹, Mayara de Sousa Moura¹ e Vanusia Cavalcanti França Pires²;

(¹ Alunas - Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, ² Prof. Dra. da Universidade Estadual

da Paraíba - UEPB)

RESUMO – O consumo de barras de cereais iniciou-se nos anos 90, com a tendência de

consumo de alimentos naturais. Alimentos como aveia capaz de controlar o diabetes, e alinhaça capaz de reduzir o câncer de cólon; são ricos em fibras e vêm recebendo grandeaplicação em produtos com alegação funcional. Todos os alimentos funcionais são vistoscomo promotores de saúde e podem estar relacionados à redução de riscos a certas doenças.As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes deconstituintes normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitaminaE, C, betacaroteno) presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais. Neste trabalhoas barras de cereais foram avaliadas por meio de análises sensoriais; quanto ao sabor, texturae intenção de consumo, onde a barra com maior e melhor aceitação foi a de ameixa semflocos de arroz com 90% para o sexo feminino e 100% para o masculino; tendo como base oconjunto dos resultados obtidos para tal.

Palavras-chave – Barra de cereais; Alimento funcional; Análise sensorial

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INTRODUÇÃO

Os alimentos funcionais constituem hoje prioridade de pesquisa em todo mundo com afinalidade de elucidar as propriedades e os efeitos que estes produtos podem apresentar na promoção da saúde. Para Campos e Cândido (2005), os alimentos funcionais são todos osalimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação cotidiana, podem trazer benefíciosfisiológicos específicos, graças à presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis.

A demanda por alimentos nutritivos e seguros está crescendo mundialmente, e aingestão de alimentos balanceados é a maneira correta de evitar ou mesmo corrigir problemasde saúde, como: obesidade, diabetes, desnutrição, cardiopatias, entre outros que têm origem,em grande parte, nos erros alimentares. As barras de cereais atendem a esta tendência e sãoelaboradas a partir da extrusão da massa de cereais de sabor adocicado e agradável, fonte devitaminas, sais minerais, fibras, proteínas e carboidratos complexos (IZZO; NINESS; 2001).

A associação entre barra de cereais e alimentos saudáveis é uma tendência jádocumentada no setor de alimentos, o que beneficia o mercado destes produtos (BOUSTANI;MITCHELL, 1990). Esta crescente preocupação por uma alimentação saudável que, além dealimentar promova a saúde, coloca alguns alimentos e ingredientes na lista de preferência deum número cada vez maior de consumidores brasileiros, como a fibra de trigo, a aveia, alinhaça, entre outros.

A análise sensorial é um campo muito importante na indústria de alimentos, pois

contribui direta ou indiretamente para inúmeras atividades, como desenvolvimento de novos produtos, controle de qualidade, reformulação e redução de custos de produtos, relações entrecondições de processo, ingredientes, aspectos analíticos e sensoriais. No teste sensorial émuito importante a padronização das amostras. Muitas vezes o atributo que se pretendeavaliar é influenciado por outros fatores, como a quantidade de amostra e a cor do produto(PAL et al., 1985).

Objetivou-se com o estudo aplicar análise sensorial em barras de cereais, avaliando-asquanto ao sabor, textura e intenção de compra.

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METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2009. As barras de cereais foramdesenvolvidas no Laboratório de Alimentos do Departamento de Química da UniversidadeEstadual da Paraíba, a partir de produtos adquiridos no comércio local da cidade de CampinaGrande – PB.

Foram analisadas 2 tipos de barras de cereais: 1) Ameixa com flocos de arroz e 2)Ameixa sem flocos de arroz. Realizou-se a análise sensorial em local centralizado no NUPEA – PB. Os testes foram realizados com 40 provadores não treinados; que foram escolhidosentre estudantes, funcionários e professores do CCT – UEPB, de ambos os sexos, cuja faixaetária se mantinha entre 17 e 42 anos.

Foram aplicados questionários de avaliação de sabor, textura e aceitação dos produtos.Para os testes sensoriais as amostras, à temperatura ambiente (27°C), foram apresentadas aos

provadores em copos plásticos brancos com capacidade para 20 ml, codificadas com 3 dígitose dispostas aleatoriamente sob uma bandeja. Os provadores foram orientados, entre cada provada, a proceder à ingestão de água mineral disponibilizada em copo plástico de 150 ml decapacidade.

Para avaliar a amostra utilizou-se escala hedônica estruturada de nove pontos,variando de comeria em toda oportunidade que tivesse (nota 1) a comeria somente se fosseforçado (nota 9) (MEILGAARD; CIVILLE; CARR, 1987).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As barras cereais elaboradas apresentaram boa aparência, aspecto homogêneo,coloração marrom escuro e aroma de cereais típico dos produtos adcionados, além de brilhointenso.

Quanto à identificação do sabor em cada tipo de barra desenvolvida, o resultado obtidonão ficou muito claro. A avaliação sensorial realizada para tal aspecto mostrou respostas

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diversas, com apenas 10% de identificação dos sabores corretos. Para a aceitação do gostodesses produtos, foi possível avaliá-los em aceitáveis ou não aceitáveis e dividi-los comrelação a cada tipo de barra de cereal; quanto ao sexo das pessoas que participaram daavaliação.

A barra de cereal de ameixa foi aprovada quanto ao sabor apresentado. E que paraambos os sexos, o tipo de barra de maior aceitação foi a de ameixa sem flocos de arroz com90% para o sexo masculino e 100% para o feminino.

A avaliação sensorial do atributo textura, para os dois sabores: ameixa e gergelim;obtiveram resultados excelentes para a textura macia para ambos os sexos; confirmando queas formulações desenvolvidas podem alcançar a aceitação do consumidor, visto que esterequisito é um fator levado em consideração durante a aquisição de barras de cereais. Atextura crocante, em alguns momentos foi sentida; ora pela presença dos flocos de arroz, ora pela percepção de alguns provadores quanto à presença de sementes adicionadas de formaíntegra à formulação em questão. A textura tida como dura, apresentou-se com resultados deforma insignificante.

Por fim, na avaliação do teste sensorial de intenção de consumo utilizando-se umaescala hedônica estrutura de 9 pontos (1= comeria em toda oportunidade que tivesse; 9 =comeria somente se fosse forçado) dividimos em três grupos iguais para melhor representaçãodos dados obtidos. Os pontos 1, 2 e 3 foram considerados de melhor aceitação; os 4, 5 e 6 osde média aceitação e os pontos 7, 8 e 9 considerados como a pior aceitação.

As barras de cereais com sabor de ameixa, todos os tipos apresentados tiveram a

melhor aceitação; visto que a maioria das notas obtidas encontrava-se entre as escalas 1, 2 e 3.Isto em ambos os sexos avaliados.

CONCLUSÃO

Quanto ao sabor o tipo de barra de cereal que mais se destacou foi a de ameixasem flocos de arroz para os dois sexos avaliados. Para a avaliação quanto à textura, as barrasformuladas, obtiveram resultados excepcionais afirmando que a textura macia de todos os

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tipos em questão obteve grande aceitação. Por fim, na avaliação quanto à intenção deconsumo, as barras obtiveram índices satisfatórios de aceitação.

Os resultados obtidos evidenciaram a viabilidade de se obter barras de cereaismediante formulação simples como alternativa para uma alimentação mais saudável eequilibrada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AVALIAÇÃO SENSORIAL UTILIZANDO SUPERFÍCIE DE RESPOSTA DE BOLOSENRIQUECIDOS COM SORO DE QUEIJO DE COAGULAÇÃO ENZIMÁTICA

Valdete Campos Silva (UEPB), Vanessa Silva Fernandes (UEPB), Isanna Menezes Florêncio(UEPB)

RESUMO – O soro de queijo é um subproduto gerado em grande quantidade na fabricaçãode queijos, apresenta uma alta capacidade poluente, mas também um alto valor nutricional; por este motivo sua utilização na indústria alimentícia vem sendo estudada cada vez mais, principalmente na elaboração de produtos de panificação. O presente trabalho substituiu parcialmente o leite por soro de queijo na elaboração de bolos, utilizando o planejamentofatorial 22 + 3 pontos centrais, tendo como variáveis de entrada a concentração do soro dequeijo e do açúcar. Foi analisada a influência desta substituição nas características sensoriaisdo produto. Os resultados foram avaliados utilizando o programa Statística 5.0 e a Análise de

Variância. A concentração do soro de queijo não apresentou influência significativa naaceitação global.

Palavras-chave – lactossoro; valor nutricional; aceitação global.

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INTRODUÇÃO

O soro de queijo, subproduto da indústria de laticínios é obtido pela coagulação doleite. Apresenta aspecto verde-amarelado de sabor ligeiramente ácido ou doce, dependendo dotipo de coagulação a que o leite foi submetido (Bem-Hassan e Ghaly, 1994) e seu volumerepresenta em torno de 85 a 95% do leite, retendo 55% dos seus nutrientes.

No Brasil, a produção de soro é constituída quase que exclusivamente de soro doce, provindo da fabricação de queijos de coagulação enzimática, que são os mais consumidos no país (prato e suas variedades lanche, cobocó, gouda e estepe, seguidos pela produção deminas frescal e padronizado). Já o soro ácido, de consumo mais reduzido e de fabricação dacaseína, praticamente inexistente no país, pouco contribui para o cômputo geral (Viotto,1993).

A utilização do soro na indústria alimentícia vem sendo estudada por diversos autores,

e cada vez mais se tem utilizado essa matéria-prima na elaboração de novos produtos obtendomelhor aroma, sabor, textura e nutrientes, ou simplesmente como substituto da água ou comoingrediente de funcionalidade reológica ou nutricional. Esses novos produtos passaram, então,a fazer parte da dieta da população, incluindo os idosos e principalmente as crianças.(Chiappiniet al ., 1995).

Este trabalho tem como objetivo substituir parcialmente o leite na fabricação de bolos por soro de queijo de coagulação enzimática e verificar a aceitação sensorial da população

com relação às formulações.

METODOLOGIA

A matéria-prima utilizada neste trabalho foi o soro de queijo obtido por coagulaçãoenzimática produzido por queijeira artesanal localizada na cidade de Serra Branca - PB.

Depois de coletado, o soro foi acondicionado em recipientes plásticos, refrigerado etransportado para o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Alimentos (NUPEA) do Departamentode Química da Universidade Estadual da Paraíba, onde logo após sua chegada foi verificado o

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pH do mesmo para certificar que seria soro doce. Os demais ingredientes foram adquiridos nocomércio de Campina Grande-PB.

Para a elaboração das 7 formulações foi utilizado o planejamento fatorial 22 + 3 pontoscentrais, para avaliar as variáveis de entrada (soro de queijo (S) e concentração de açúcar (A))sobre a resposta (Aceitação global), mostrado na Tabela 1, sendo 4 formulações distintas e 3no ponto central.

Tabela 1: Condições dos ensaios do planejamento fatorial 2 + 3 pontos centrais

Ingredientes (g) Formulações1 2 3 4 5 6 7

Manteiga 100 100 100 100 100 100 100Ovos 100 100 100 100 100 100 100Farinha de trigo com fermento 280 280 280 280 280 280 280Açúcar (A) 300 300 200 200 250 250 250Leite 30 90 30 90 60 60 60Soro de queijo (S) 90 30 90 30 60 60 60

Os bolos foram produzidos no NUPEA. Primeiramente foram selecionados e pesadostodos os ingredientes de acordo as formulações da Tabela 1. Os ingredientes forammisturados com o auxilio de uma batedeira, a massa foi colocada em formas untadas e polvilhadas com farinha de trigo, levada ao forno pré-aquecido e assada a 180°C por 40/45

minutos.

A análise sensorial foi realizada com 45 provadores não treinados, os quais receberamas amostras em pratos plásticos codificados com três dígitos e um copo com água atemperatura ambiente. A ficha resposta continha uma escala hedônica de 9 pontos (comescores variando de: 9 gostei muitíssimo até 1 desgostei muitíssimo) para a avaliação deaceitação global.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O pH do soro apresentou-se com valor de 6,68.

As formulações foram analisadas utilizando o programa Statistica 5.0, sendo obtido oresultado apresentado na Tabela 2 e a Análise de variância evidenciada na Tabela 3.

Tabela 2: Respostas do planejamento experimentalFormulações Aceitação

globalDesvio padrão

1 7,82 0,532 8,02 0,89

3 7,55 1,034 6,95 0,745 7,31 1,456 7,55 1,087 7,55 1,12

Tabela 3: ANOVA (Análise de variância)

Somaquadrática

Grau deliberdade

Médiaquadrática

Teste F

Regressão 0,6356 3 0,2119 9,99Resíduo 0,0636 3 0,0212Falta de ajuste 0,0219 1Erro puro 0,0417 2Total 0,6992 6

R

90,8% -

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FTabelado, 0 ,95.3.3 9,28

O F calculado foi 9,99 e o F tabelado0,95.3.3 (Rodrigues e Iemma, 2005) foi 9,28observando-se que o modelo é estatisticamente significativo para 95% de confiança pois arazão entre F calculado e F tabelado foi 1,08; segundo Barros Netoet al . (1996) para que omodelo tenha validade estatística, de acordo com o Teste F, o valor da razão F calculado emrelação a F tabelado deve ser acima de 1,0. O modelo codificado está apresentado na Equação1, com os coeficientes estatisticamente significativos em negrito. Observa-se que o modeloapresenta os coeficientes com seus erros padrão.

Aceitação global =7,5414 ± 0,0551 – 0,1000 ± 0,0728 S- 0,3000 ± 0,0728 A – 0,2000 ±0,0728 AS

Eq.1O gráfico de Pareto está evidenciado na Figura 1, para a qual apenas a concentração de

açúcar apresentou-se estatisticamente significativa para o nível de 95% de confiança.

-1,37268

-2,74536

-4,52985

p=,05

Efeito es timado (V alor A bsoluto)

Soro de queijo

Soro de queijo X Aç úcar

Açúc ar

Figura 1: Gráfico de Pareto

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A superfície de resposta está apresentada na Figura 2. Analisando-se a superfície deresposta tem-se que, quando diminui a concentração de açúcar e para qualquer concentraçãode soro de queijo, evidencia a maior aceitação global.

Zavareze et al. (2010) realizou avaliação sensorial de bolos com soro de queijo innatura, concentrado e desidratado, e sem soro de queijo; os de maior preferência foram os bolos com soro de queijo concentrado e desidratado, porém nenhum dos três apresentou

diferença significativa quando comparada com o bolo sem soro de queijo.

Imamura E Madrona (2008) por sua vez, utilizaram soro de queijo na fabricação de pães de queijo, suas formulações substituíram 0%, 50% e 100% o leite por soro de queijo,todas tiveram uma boa aceitação sensorial, não havendo diferença significativa entre elas.

8,2

87,87,67,47,276,8

Figura 2: Superfície de resposta

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RODRIGUES, M. I.; IEMMA, A. F..Planejamento de experimentos e otimização deprocessos: Uma estratégia seqüencial de planejamentos. 1 ed. Editora Casa do Pão.Campinas; SP. 326 p. 2005.

VIOTTO, W. H. Ultrafiltração de soro de queijo minas frescal.Efeito de pré-tratamento dosoro no desempenho da membrana e na composição e solubilidade do concentradoprotéico de soro. Tese (Tecnologia de Alimentos). Campinas: UNICAMP, 1993, 212p.

ZAVAREZE, E. R.; MORAES, K. S.; SALAS-MELLADO, M. L. M. Qualidade tecnológicae sensorial de bolos elaborados com soro de leite.Ciência e Tecnologia de Alimentos,Campinas, v. 30, n. 1, p. 100-105, jan/mar 2010.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA CASCA DO MARACUJÁ-AMARELO(Passi fl ora edul i s f. fl avi carpa Degener)

Silvia Patrícia Farias Cavalcanti (UEPB); Kylmara de Morais Antão (UEPB); Isanna MenezesFlorêncio (UEPB)

RESUMO – O maracujá é originário da América Latina, porém existem aproximadamente150 espécies nativas do Brasil. O maracujá-amarelo ( Passiflora edulis f. flavicarpaDegener)é o mais importante, este apresenta resistência à moléstia. A casca do maracujá é rica em pectina, vitamina B3, ferro, cálcio e fósforo. O objetivo deste trabalho foi fazer acaracterização físico-química da casca do maracujá-amarelo e fazer um estudo para posteriorformulação de geléias enriquecidas com essa casca. As análises físico-químicas mostraramque os nutrientes existentes na casca do maracujá são próximos aos existentes na polpa,

segundo a literatura. Dessa forma pode-se dizer que a casca do maracujá também pode serconsumida e pode-se formular produtos acrescentando essa casca, como por exemplo, doces,geléias, entre outros.

Palavras-chave – Casca do maracujá; Passiflora edulis f. flavicarpaDegener; característicasfísico-químicas.

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INTRODUÇÃO

O termo maracujá é utilizado para o fruto de várias espécies do gênero Passiflora, dafamília Passifloraceae, ordem Passiflorales, originário da América Latina. Dentro dessegênero, existem cerca de 300 a 500 espécies, distribuídas em regiões tropicais e subtropicaisno mundo. Dessas espécies existentes, aproximadamente 150 são nativas do Brasil, porém omais importante é o maracujá-amarelo ( Passiflora edulis f. flavicarpaDegener), que também

é conhecido por vários outros nomes, entre eles, maracujá azedo, maracujá-peroba, maracujámirim e maracujá do norte (VENTURINI FILHO, 2010). O maracujá amarelo apresentaresistência a moléstia. (CÓRDOVA et al, 2005).

A polpa do maracujá contém vitaminas do tipo A e C, sais minerais e fibras(VENTURINI FILHO, 2010), no entanto, a sua casca que representa 52% da composiçãomássica da fruta também apresenta propriedades funcionais. A casca do maracujá, emespecial a parte branca, é bastante rica em pectina, vitamina B3, ferro, cálcio e fósforo. Com

isso já se pode ver os benefícios que a casca do maracujá pode trazer ao ser humano, uma vezque o ferro previne anemia, o cálcio fortalece os ossos, o fósforo é importante na formaçãocelular e a pectina ajuda a diminuir a taxa de glicose e colesterol no sangue (CÓRDOVA etal., 2005).

Este trabalho teve por objetivo fazer a caracterização físico-química da casca domaracujá-amarelo ( Passiflora edulis f. flavicarpaDegener), adquirido em Campina Grande,Paraíba, e fazer um estudo para posteriormente formular geléias enriquecidas com essa casca.

METODOLOGIA

Todos os experimentos foram realizados no NUPEA (Núcleo de Pesquisa e Extensãoem Alimentos) do Departamento de Química, no Centro de Ciências e Tecnologia daUniversidade Estadual da Paraíba, situada em Campina Grande, Paraíba.

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As amostras de maracujá-amarelo ( Passiflora edulis f. flavicarpaDegener) foramadquiridas em feiras livres, na cidade de Campina Grande, Paraíba, no mês de outubro de2010.

As análises realizadas foram: Cinzas, Umidade, Lipídios, Proteínas e os Carboidratosforam calculados por diferença (100% - o percentual de cinzas, lipídios e proteínas), seguindoa metodologia do Instituto Adolfo Lutz (2008).

As amostras foram higienizadas, uma quantidade foi descascada, para separar a parteamarela da parte branca, a fim de analisar separadamente. A outra quantidade não foidescascada, analisando assim a casca como um todo. Bateu-se no liquidificador cada uma das partes (parte amarela, parte branca e a casca toda) e iniciou as análises com as cascas in-natura.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das análises realizadas estão expostos na Tabela 1:

Tabela 1: Características físico-químicas da casca do maracujá-amarelo in-natura e do suco.

¹ Valores obtidos no presente trabalho (média de três determinações);² OLIVEIRA et al. (2002);

³ VENTURINI FILHO (2010); (-) ausências de dados

Parâmetros ParteAmarela ¹

ParteBranca ¹

CascaToda ¹

CascaToda ²

Suco doMaracujá ³

Cinzas (%) 0,71 0,60 1,31 0,92 -Umidade (%) 80,60 87,93 84,96 89,08 83 a 85Lipídios (%) 0,16 0,17 0,10 0,70 0,1 a 0,3Proteínas (%) 0,69 0,45 0,32 1,07 0,3 a 0,7Carboidratos (%) 17,84 10,85 13,31 8,23 13 a 22

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Na Tabela 1, observa-se que o teor de cinzas da casca toda, mostrou-se superior a 0,92%, obtido por OLIVEIRA et al. (2002) e para as partes separadas, a este valor. Já a umidadeencontrada na casca toda e nas partes separadas, mostrou-se inferior a 89,08 %, obtido porOLIVEIRA et al. (2002).

O percentual de lipídios da casca toda e das partes separadas, mostrou-se inferior a0,70 %, obtido por OLIVEIRA et al. (2002), porém, mostrou-se coerente com os obtidos porVENTURINI FILHO (2010), para o suco. Da mesma forma, o percentual de proteínas,mostrou-se inferior a 1,07 %, obtido por OLIVEIRA et al. (2002) e coerente com os obtidos por VENTURINI FILHO (2010), para o suco.

Para os teores de carboidratos, pode ser observado que a casca amarela apresentouuma quantidade superior (17,84 %), comparado com a parte branca e a casca toda (10,85 % e

13,31 %, respectivamente), mas estando dentro do limite para os sucos como evidenciando por VENTURINI FILHO (2010) (13 a 22 %). Ressaltando com isso que a casca do maracujátorna-se um produto interessante para a introdução em alimentos e formulações alimentícias.

CONCLUSÃO

As análises realizadas, deixam claro que a casca do maracujá pode ser utilizado para

fins alimentícios, uma vez que apresentam um teor nutritivo equivalente a polpa. O próximo passo para enriquecer esse trabalho, será a produção de geléia utilizando a casca do maracujá, já que o mesmo possui um geleificante natural, que é a pectina e apresentam um valornutritivo considerável.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Ministério da saúde. Agencia Nacional deVigilância Sanitária. Métodos Físico-Químicos para Analise de Alimentos. Brasília, 5º ed.,1018p. 2008.

CÓRDOVA,K. R. V.; GAMA,T. M. M. T B.; WINTER,C. M. G.; KASKANTZIS NETO,G.;

FREITAS, R. J. S. de. Características físico-químicas da casca do maracujá amarelo(Passiflora edulis Flavicarpa Degener) obtido por secagem. B.CEPPA, Curitiba, v. 23, n.2, pág.220-230.2005. Disponível em:http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/alimentos/article/viewFile/4491/3497. Acesso em: 11nov.2010.

OLIVEIRA, L. F.; NASCIMENTO, M. R. F.; BORGES, S. V.; RIBEIRO, P. C. do N.;

RUBACK, V. R.Aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo (Passifloraedulis F. Flavicarpa) para produção de doce em calda. Ciênc. Tecnol.Aliment. vol.22 no.3 Campinas Set./Dez. 2002. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010120612002000300011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt . Acesso em: 11 nov. 2010.

VENTURINI FILHO, W. G.Bebidas não alcoólicas: Ciência e tecnologia. Editora Blucher.São Paulo. v.2. 2010.

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CARACTERIZAÇÃO DA FARINHA OBTIDA A PARTIR DO RESÍDUO DOEXTRATO DO ABACAXI (Ananas comosus L. )

Vanessa Silva Fernandes (UEPB), Tereziana Silva da Costa (UEPB), Isanna MenezesFlorêncio (UEPB)

RESUMO – Com o crescimento das indústrias alimentícias e consequentemente a grande produção de resíduos que causam danos ao meio ambiente, faz-se necessário estudos dessessubprodutos que possam ser posteriormente aproveitados. Utilizando abacaxis verdes emaduros lavados e processados em centrífuga, com exceção da coroa, foi obtido um resíduosólido, o qual foi secado em estufa e triturado. As farinhas provenientes deste processo foramcaracterizadas determinando-se acidez, pH e teores de proteínas, lipídeos, cinzas, umidade ecarboidratos. Os resultados obtidos foram semelhantes a resultados realizados em estudos

anteriores. As farinhas, tanto obtida do abacaxi verde como maduro, apresentaram umconsiderável valor nutritivo, porém houve redução nos teores de proteínas e lipídeos após oamadurecimento. As duas farinhas não apresentaram diferença significativa com relação aosvalores de pH e acidez.

Palavras-chave – Composição, valor nutritivo, aproveitamento.

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INTRODUÇÃO

O abacaxi ou ananás, nomes pelos quais são conhecidos tanto a planta co mo o fruto, pertencente à família Bromeliaceae. Sua produção em 2002 foi de 14 milhões de toneladas,sendo Tailândia, Filipinas, Brasil e Índia os quatro maiores produtores mundiais. Com essa produção o abacaxi fica em nono lugar entre todas as frutas produzidas no mundo e em quartolugar entre as frutas tropicais. O Brasil contribui com cerca de 11% para a produção mundial e

4,3% para a produção brasileira de frutas. Os principais estados produtores são Pará e Paraíba,seguidos por Minas Gerais, Bahia e São Paulo (Venturini, 2009).

Na Região Nordeste vem se desenvolvendo um importante setor da agropecuária, afruticultura. Nos últimos anos, vem-se observando, de uma maneira geral, um processo de profissionalização, caracterizado pela exploração de áreas mais extensas, pela utilização dairrigação e pelo incremento de novas tecnologias, visando a elevadas e qualitativas produçõesde frutos. Em resposta a esse avanço, o número de agroindústrias instaladas por toda a região

tem aumentado significativamente, gerando um incremento na produção de resíduosagroindustriais não utilizáveis na alimentação humana (Junioret all ., 2006).

Este trabalho teve como objetivo a produção de farinhas de abacaxis verdes e maduros para o estudo de sua composição centesimal, assim como sua avaliação físico-química.Visando com isto o aproveitamento deste resíduo para futuras formulações alimentícias.

METODOLOGIA

A farinha do bagaço do abacaxi foi obtida no NUPEA (Núcleo de Pesquisa e Extensãoem Alimentos) do Departamento de Química do Centro de Ciências e Tecnologia daUniversidade Estadual da Paraíba.

Foram obtidas duas farinhas, uma a partir de abacaxis verdes e outra de abacaxismaduros. Os abacaxis foram lavados e processados em uma centrífuga doméstica, comexceção da coroa. O resíduo resultante foi distribuído em bandejas forradas com papel

manteiga, às mesmas foram colocadas em estufa de circulação de ar a 60ºC por 48 horas. O

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resíduo seco foi triturado em liquidificador industrial por dois minutos, obtendo-se assim afarinha.

Foram realizadas análises para determinação de pH, acidez, umidade, proteínas,lipídeos e cinzas de acordo com Brasil (2008) e os carboidratos foram obtidos por diferença.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A composição centesimal das farinhas é mostrada na Tabela 1 e os resultados dasanálises físico químicas na Tabela 2.

Tabela 1: Composição centesimal das farinhas

Farinha do abacaxi verde Farinha do abacaxi maduro

Média Desvio padrão Média Desvio padrão

Umidade (%) 15,200 0,724 16,200 0,707Cinzas (%) 3,322 0,004 9,918 0,017

Proteínas (%) 4,440 0,195 3,869 0,283

Lipídeos (%) 0,280 0,071 0,082 0,004

Carboidratos (%) 76,758 - 69,931 -

Tabela 2: Resultados físico-químicos

Farinha do abacaxi verde Farinha do abacaxi maduro

Média Desvio padrão Média Desvio padrão

pH 3,700 0,026 3,647 0,064

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Acidez (%) 4,781 0,203 5,192 0,206

Na composição centesimal de todos os componentes, com exceção de proteínas elipídeos, tiveram um aumento significativo em seus teores, após o amadurecimento do fruto;visto que cinzas obteve um aumento de 298,56 %, já para lipídios e proteínas houve umadiminuição de 29,28 % e 12,86 %, respectivamente, provavelmente ao desenvolvimento dosconstituintes do fruto e seu desenvolvimento do material de reserva. Sendo observado porLousada Júnior et al. (2006), ao trabalhar com caracterização físico-química de subprodutosobtidos do processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentaçãoanimal, um valor de cinzas de 6,78 %, sendo ainda inferior ao visto neste trabalho.

Os teores de umidade observados na Tabela 1 (15,2 % e 16,2 %, abacaxi verde emaduro, respectivamente) estão próximo aos valores relatados por Lousada Júnior et al.

(2006), que foram de 15,33 % para o abacaxi, 14,93 % para a acerola, 13,67 % para a goiaba,16,67 % para o maracujá e 15,44 % para melão.

Os valores de pH observados neste trabalho (média de 3,7) para o abacaxi seassemelham aos valores relatados por Venturini Filho (2010) ao comparar a fruta verde e amadura de duas diferentes cultivares, Smooth e Pérola, que foi em média de 3,4 para a frutaverde e 4.1 para a fruta madura.

CONCLUSÃO

Os resíduos industriais além de criar potenciais problemas ambientais representam perdas de matérias-primas e energia. Por este motivo é de grande importância à realização deestudos que visem o reaproveitamento destes resíduos, principalmente os de indústriasalimentícias que são gerados em grandes quantidades e apresentam valor nutritivo, muitasvezes bastante significativos.

Neste trabalho, ambas as farinhas obtidas apresentaram um considerável valornutritivo. Com exceção de proteínas e lipídeos, os quais apresentaram redução, os valores de

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todos os outros componentes tiveram um aumento significativo na farinha obtida a partir doabacaxi maduro. Em relação aos valores de pH e acidez não houve diferença significativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Ministério da saúde. Agencia Nacional de

Vigilância Sanitária. Métodos Físico-Químicos para Analise de Alimentos. Brasília, 5º ed.,1018p. 2008.

JUNIOR, J. E. L.; COSTA, J. M. C.; NEIVA, J. N. M.; RODRIGUEZ, N. M. Caracterizaçãofísico-química de subprodutos obtidos do processamento de frutas tropicais visando seuaproveitamento na alimentação animal.Revista Ciência Agronômica.Fortaleza, v.37, n.1, p.70-76, 2006.

VENTURINI FILHO, W. G.Bebidas não alcoólicas: Ciência e Tecnologia. 1ª edição. SãoPaulo: Editora Blucher, 2010, 385p.

PELIZER, L. H.; PONTIERI, M. H.; MORAES, I. O. Utilização de resíduos agro-industriaisem processos biotecnológicos como perspectiva de redução do impacto ambiental.J.Technol. Manag. Innov.v.2. p. 118-127. 2007.

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ESTERILIZAÇÃO DO PP (POLI PROPILENO) POR ÓXIDO DE ETILENO

Romulo de Medeiros Caribé, Daniel Baracuy da Cunha Campos, Giovani Tavares de Sousa(Universidade Federal de Campina Grande)

RESUMO – O aumento da logenvidade populacional desencadeou uma crescente corrida na

descoberta de novos materiais para recompor ou melhorar a homeostase de modo que não promovesse reações orgânicas imunológicas, esse novo grupo de materiais é conhecido como biomateriais, essa nova classe de materiais apresentam uma interação direta ou indireta comos mais diferenciados tecidos do corpo, devido a essa característica própria eles devemapresentar um potencial de transmissão microbiana nula, para isso devem passar por processos de esterilização compatível com cada tipo de material, seja polimérico, cerâmico oumetálico. O presente estudo observou a esterilização por oxido de etileno do PP em três

diferentes ciclos de esterilização, utilizados na fabricação de biomateriais pela IndústriaMedical Brasil localizada em Recife-PE. Para este fim o material foi caracterizado de acordocom a técnica de caracterização por infravermelho.Palavras-chave: biomateriais, esterilização, PP.

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INTRODUÇÃO

O aumento da expectativa de vida na raça humana tem trazido novos desafios àsciências em todas as áreas, o maior deles talvez seja a capacidade de convivência com alimitação que o desgaste físico traz, em decorrência da falência ou perda de órgãos e tecidos.Segundo documento oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) éimportante destacar o considerável aumento da população idosa, na Europa em 2010, a

população com idade superior a 60 anos deverá ser maior de que a com menos de 20 anos;enquanto o número de indivíduos com mais de 50 anos, entre 1990 e 2020, deverá duplicar(ELLINGSEN, 2003; FOOK, 2005; BRASIL, 2008).

Diante disso a crescente utilização dos artigos médicos hospitalares que atenda àsnecessidades da evolução na ciência médica, na terapia invasiva, na monitoração tambéminvasiva, ou nos procedimentos cirúrgicos, induziu a um acelerado incremento em diversidadee quantidade, incorporando as mesmas características de funcionamento, de resistência e de

segurança, dentre esta última a de esterilidade, (SANDERS, 2009).Esses materiais utilizados para recompor partes de um tecido ou órgão que regule sua

funcionabilidade sem promover efeitos na homeostase são conhecidos como biomateriais(APARECIDAet al , 2008; FOOK, 2005).

Os Biomateriais devem ser isentos de qualquer tipo de contaminante, a esterilização é aúnica forma que elimina por completo a vida microbiológica seja de natureza simples oucomplexa ( DALLAN, 2005; CETOLAet al ., 2008).

METODOLOGIAO PP (polipropileno), foi submetido a níveis de exposição ao óxido de etileno, em

outro momento foram traçadas condições específicas nesse polímero no que se diz respeito aquantidade de ciclos para cada grupo. O grupo 1 referência (não sofreu esterilização), o grupo1 (passou por um ciclo de esterilização), o grupo 2 ( por 2 ciclos de esterilização) e o grupo 3( por 3 ciclos de esterilização) , em seguida as amostras de cada grupo foram avaliadasutilizando o seguinte teste de caracterização: infravermelho.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

0,12

PP CICLO 1

3105-3623 (cm -1 )

2900(cm -1 )

1597 (cm -1 )

1461 (cm -1 )

1373 (cm -1 )

979(cm -1 )808 (cm -1 )

N° de ondas (cm -1 )

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

PP CICLO 2

3085-3729 (cm -1 )

2914 (cm -1 )

1594 (cm -1 )

1450 (cm -1 )

1379(cm -1 )

1152(cm -1 )

973(cm -1 )

841 (cm -1 )

N° de ondas (cm -1 )500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

-0,02

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

0,12

0,14

P P CICLO 3

3085-3688 (cm -1 )

2920 (cm -1 )

1652 (cm -1 )

1455 (cm -1 )

1373(cm -1 )

1152(cm -1 )

973(cm -1 )855 (cm -1 )

N° de ondas (cm -1 )

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,035

0,040

1597 (cm -1 )

1167(cm -1 )

3105-3561 (cm -1 )

2908 (cm -1 )

1594 (cm -1 )

1452 (cm -1 )

1382 (cm -1 )

1167(cm -1 )

970 (cm -1 )

844 (cm -1 )

PP REFERÊNCIA

N° de ondas (cm -1 )

Figura 1: Infravermelho do PP, referência, ciclo 1, 2 e 3, respectivamento

Os espectros na figura 1 obtidos pela caracterização do FTIR também sãocaracterísticos de um espectro de um hidrocarboneto alifático (PP) observados pelos picos eas bandas características em comum. Observamos presentes as bandas relativas às absorçõesdos estiramentos dos grupos metila em 2843 cm-1, 2918 cm-1 e às deformações simétricas do

grupo metileno (CH2) em 722 cm-1

e 1462 cm-1

. Na figura 1 as bandas observadas próximas á 1598 cm-1 e em 3000 cm-1 nos 3

ciclos possivelmente seja atribuída a uma mistura composta por esterilizante(oxido de etileno)e microrganismos. Esses picos estão presentes de forma tênue. Destaca-se, entretanto, a presença de umidade nas quatro condições, com relevância maior para o ciclo 2, isso provavelmente pode ser devido a estrutura do polipropileno em apresentar um grupo metila amais na cadeia.

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CONCLUSÕES

Após os 3 ciclos consecutivos de esterilização podemos observar que nãoocorreu mudanças significativas nas propriedades físico químicas do material polimérico em estudo submetido a esterilização nas condições da proposta;

Na figura 1 as bandas observadas próximas á 1598 cm-1 e em 3000 cm-1 nos 3ciclos possivelmente seja atribuída a uma mistura composta poresterilizante(oxido de etileno) e microrganismos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

APARECIDA, P.G.S.et al . Utilização do óxido de Etileno Para Esterilização de MaterialMédico-Hospitalar. APCD News Araraquara. Vol. 10 n.150, 2008.

BRASIL. Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. IBGE: Rio de Janeiro, 2008;CETOLA, D.T,et al . Variables affecting simulated use determination of residual ethyleneoxide in medical decives. J.AOAC Int., 2008.DALLAN, P.R.M. Síntese e caracterização de membranas de quitosana para aplicação naregeneração da Pele. 2005. 194p. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas,

Faculdade de Engenharia Química. Campinas, 2005.ELLINGSEN, J. E.; LYNGSTADAASS, S. P. Bio- implant interface. Editora: CRC. p 478.2003.FOOK, M. V. L., Desenvolvimento de Técnicas de deposição de Hidroxiapatita pelo método biomimetico na superfície Polietileno de ultra alto peso molecular para aplicação como biomaterial. 2005. Tese de doutorado. Programa de Pós Graduação em Química, UNESP,Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química. Araraquara, 2005.SANDERS, S. N. Esterilização de termossensíveis. Disponível em:http://www.cenat.com.br/conteudo_informes.html. Acesso em dezembro de 2009.

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ESTUDO DA COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DE BISCOITOS TIPO “COOKIE”

ENRIQUECIDO COM LINHAÇA (L i num U si tati ssi mum ), SOJA [Gl ycine Max (L.)Merrill] E SORO DE QUEIJO

Kylmara de Morais Antão (Universidade Estadual da Paraíba), Isanna Menezes Florêncio(Universidade Federal de Campina Grande), Silvia Patrícia Farias Cavalcanti (Universidade

Estadual da Paraíba).

RESUMO – A proteína da soja é uma alternativa natural e saudável de se obter proteína não-animal em sua dieta, é uma proteína completa, de alta qualidade e digestibilidade, possui umteor de gordura muito baixo, assim como de colesterol e lactose. O soro de queijo é umsubproduto da fabricação do queijo, possui alta quantidade de substâncias orgânicas,representadas principalmente pela lactose (aproximadamente 70% dos sólidos totais) e pelas

proteínas (aproximadamente 20% dos sólidos totais), além de ser muito descartado contendoum alto valor de demanda biológica. A semente de linhaça é um poderoso alimentodesintoxicante e funcional, além de conter os azeites essenciais Omega 3, 6, 9 e um grandeconteúdo de nutrientes. O objetivo do presente trabalho foi a formulação e a composiçãocentesimal do biscoito do tipo “cookie”, utilizando para o enriquecimento protéico Lin( Linum usitatissimum), Soja [Glycine max(L.) Merrill] e Soro de Queijo.

Palavras-chave – Alimento Funcional, Proteína e Biscoito

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INTRODUÇÃO

A soja é considerada a mãe dos alimentos funcionais, pois fornece nutrientes aoorganismo e traz benefícios para saúde. É rica em proteínas e vitaminas do complexo B, A, Ce E, possui isoflavonas e ácidos graxos e, segundo pesquisas na área médica, tem ação na prevenção de doenças crônico-degenerativas. Também é uma excelente fonte de mineraiscomo ferro, potássio, fósforo, cálcio e vitaminas do complexo B (EMBRAPA, 2003).

O soro de queijo é um subproduto da fabricação do queijo, resultante da separação dacaseína e da gordura (RÉVILLION Jean P., BRANDELLI Adriano, AYUB Marco A.Z.,2000). É um líquido verde-amarelado e sabor ligeiramente ácido (pH=4,6) ou doce (pH=6),dependendo da coagulação que a ele foi submetido. Há grande disponibilidade do soro dequeijo in natura, é oferecido gratuitamente ou a baixo preço (em torno de 0,01 por litro,colocado na indústria). As proteínas do soro apresentam excelentes propriedades funcionais(característica de aparência, textura e sabor) e nutricionais (composição de aminoácidos)

)(LIZIEIRE & CAMPOS, 2000).

A linhaça é a maior fonte de ligninas que é um importante agente natural na reposiçãodo estrógeno,é uma semente de cor marrom escura, rica em ácidos graxos ω-3 e ω-6,minerais, vitaminas e fibras. Seu óleo é um dos alimentos mais rico em Ômega 3 da natureza(cerca de 57%) e de Ômega 6. A alta taxa de Ômega 3 faz da linhaça um alimento de cárater preventivo à saúde, sendo um importante agente antioxidante e renovador celular (COLPO etal. 2010).

O presente trabalho teve como objetivo principal estudar a formulação e a composiçãocentesimal de biscoito tipo “cookie” enriquecido de proteína de soja, linhaça e soro de queijo.

METODOLOGIA

Elaboração dos Cookies:os cookies foram elaborados a partir de uma formulação que utilizaa farinha de trigo como base para a determinação das porcentagens dos demais ingredientes

adicionados à massa, de acordo com a Tabela 1.

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Tabela 1 – Formulação dos cookies enriquecidos

Ingredientes Quantidade

Farinha de trigo (g) 100Fibra de trigo grossa (g) 25

Aveia em flocos (g) 75Soja (g) De acordo com o planejamentoLinhaça (g) De acordo com o planejamentoSoro de queijo (mL) De acordo com o planejamentoAçúcar (g) 150Fermento biológico (g) 2,6Ovos 2

Óleo (g) 20

Inicialmente, os ingredientes foram pesados e medidos. Após essa etapa, osingredientes secos foram misturados em um recipiente e em seguida acrescentados, aos poucos, os ingredientes líquidos. Pequenas quantidades da massa obtida foram colocadas emformas forradas com papel manteiga e assados em forno pré-aquecido a 180°C, poraproximadamente 30 minutos. Depois de assados, os cookies foram desenfornados e

acondicionados em recipientes de vidro lacrados até a realização das análises.Planejamento fatorial para a elaboração dos cookies:foi realizado um planejamentofatorial para a elaboração dos cookie. Com o objetivo de avaliar as variáveis de entrada(linhaça, soja e soro de queijo) sobre a variável resposta (% proteína).

Na Tabela 2 estão expostos os níveis reais e codificados das variáveis independentesde entrada para o planejamento fatorial 23 + 3 pontos centrais, observando pela Tabela 3 quetotaliza 11 experimentos, sendo 8 experimentos distintos e 3 experimentos no ponto central.

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Tabela 2 - Valores reais e codificados das variáveis de entrada

Variáveis Nível -1 Nível 0 Nível +1Linhaça (g) 10 20 30Soja (g) 25 50 75Soro de queijo (mL) 10 15 20

Tabela 3 - Matriz do planejamento fatorial 23 + 3 ponto central.

Experimentos Linhaça (g) Soja (g) Soro de queijo (mL)

1 - (10 g) - (25 g) - (10 mL)

2 + (30 g) - (25 g) - (10 mL)

3 - (10 g) + (75 g) - (10 mL)

4 + (30 g) + (75 g) - (10 mL)5 - (10 g) - (25 g) + (20 mL)

6 + (30 g) - (25 g) + (20 mL)7 - (10 g) + (75 g) + (20 mL)8 + (30 g) + (75 g) + (20 mL)9 0 (20 g) 0 (50 g) 0 (15 mL)

10 0 (20 g) 0 (50 g) 0 (15 mL)

11 0 (20 g) 0 (50 g) 0 (15 mL)

Análises físicas e físico-químicas:uma pequena quantidade de cookies foi triturada para arealização das análises físico-químicas, onde o pH, a proteína, os lipídios e as cinzas foramdeterminados de acordo com a metodologia recomendada pelo Instituto Adolfo Lutz (1985), aacidez aquo-solúvel foi determinada por titulação com solução de hidróxido de sódio 0,1 N(QUAGLIA, 1991) e a umidade por secagem por infravermelho em balança.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A composição centesimal dos cookies está estabelecida na Tabela 4.

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Tabela 4 – Composição centesimal de biscoitos tipo “cookies”enriquecido com Linhaça( Linum usitatissimum), Soja [Glycine max(L.) Merrill] e Soro de Queijo, com exceção da proteína

ExperimentosLipídios(%)

Cinzas(%)

Carboidrato(%)

pH Acidez(%)

Umidade(%)

1 10,02±0,247 1,36±0,050 71,69 6,03±0,107 1±0 5,05±0,3542 7,89±1,118 1,66±0,027 69,02 6,12±0,140 0,87±0,115 6,15±0,212

3 7,87±0,433 1,42±0,039 70,99 6,09±0,093 0,80±1,360 5,75±0,354

4 8,09±0,845 1,30±0,274 67,70 6,07±0,127 0,90±0,173 8,65±0,9195 7,57±0,457 1,27±0,016 72,03 6,35±0,055 0,93±0,115 6,45±0,2126 7,13±0,612 1,71±0,001 69,23 6,38±0,021 0,83±0,058 6,5±0,2837 7,85±0,413 1,48±0,185 70,92 6,28±0,025 0,80±0,1 5,28±0,212

8 7,88±0,623 1,11±0,024 73,45 6,10±0,021 0,60±0 5,25±0,7789 7,71±3,303 1,68±0,080 68,76 6,19±0,095 0,93±0,115 5,15±0,354

10 9,26±0,408 1,20±0,071 69,98 6,11±0,006 0,80±1,360 5,55±0,354

11 6,70±3,027 1,11±0,497 70,08 6,23±0,02 0,83±0,058 6,9±0,707

Foram avaliadas as variáveis de entrada (linhaça, soja e soro de queijo), comomostram os dados da Tabela 5, seguindo-se o planejamento fatorial 23 + 3 pontos centrais e

estabelecendo como variável resposta a % de proteínas.

Tabela 5 – Condições dos ensaios do planejamento experimental tendo como variávelresposta a porcentagem de proteína

Exp. Linhaça(L)

Soja(S)

Soro de queijo(Q)

P*(%)

P*(%)

P*(%)

1 - (10 g) - (25 g) - (10 mL) 11,64 12,38 11,602 + (30 g) - (25 g) - (10 mL) 14,91 15,90 15,093 - (10 g) + (75 g) - (10 mL) 14,22 13,26 14,46

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4 + (30 g) + (75 g) - (10 mL) 13,40 14,51 15,855 - (10 g) - (25 g) + (20 mL) 12,30 12,65 13,106 + (30 g) - (25 g) + (20 mL) 14,52 15,76 16,027 - (10 g) + (75 g) + (20 mL) 14,64 14,43 14,538 + (30 g) + (75 g) + (20 mL) 13,09 11,77 12,089 (20 g) (50 g) (15 mL) 16,89 16,86 16,3810 (20 g) (50 g) (15 mL) 16,72 12,64 12,6811 (20 g) (50 g) (15 mL) 15,65 14,10 15,88

Tabela 6 – ANOVA (Análise de variância)SomaQuadrática

Grau deliberdade

Médiaquadrática

Teste F

Regressão 37,3416 6 6,2236 3,54Resíduo 45,6910 26 1,7570Falta de ajuste 16,2416 2Erro puro 29,4494 24Total 83,0326 32R (%) 44,97 -F tabelado0,95.6.26 2,47

Os resultados foram analisados utilizando-se o programa Statistica 5,0. O F calculado

foi 3,57 e o F tabelado0,95.6.26 (RODRIGUES & IEMMA, 2005) foi 2,47 observando-se que omodelo é estatisticamente significativo para 95% de confiança pois a razão entre F calculadoe F tabelado foi 1,43; segundo BARROS NETOet al . (1996) para que o modelo tenhavalidade estatística, de acordo com o Teste F, o valor da razão F calculado em relação a Ftabelado deve ser acima de 1,0. O modelo codificado está apresentado na Equação 1, com oscoeficientes estatisticamente significativos em negrito.

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Proteína (%) = 14,21000+ 0,52875 S – 0,022708 L – 0,05625 Q – 1,01542 SL – 0,39625SQ – 0,29042 LQEq. 1

A Figura 1 apresenta o gráfico de Pareto com nível de 95% de confiança para aestimativa dos efeitos. E a Figura 2 apresenta a superfície de resposta para a % de proteína,fixando o valor da quantidade de soro de queijo no nível máximo.

Figura 1 – Gráfico do Pareto Figura 2 - Superfície de resposta para % de proteína

A média do valor de proteína encontrada para o experimento 1 (11,87 %), estão bemabaixo dos valores relatados por KRÜGER et al. (2003) que foi de 17,59 % ao trabalharemcom biscoitos tipo “cookie” enriquecidos com caseína obtida por coagulação enzimática, já amédia encontrada no experimento 9 (16,70%), encontra-se bem próximo do valor relatado por

eles. A média do valor de proteína encontrada para o experimento 3 (13,98%), estão bem próximos dos valores relatados por JAEKEL et al. (S/N) que foi de 13,6% ao trabalharemcom caracterização físico-química e avaliação sensorial de biscoito tipo “cookies” com grãosde soja, já a média encontrada no experimento 7 (15,53%), encontra-se bem acima do valorrelatado por eles. Todas as médias dos valores de proteína encontrados para os experimentosrealizados encontram-se bem acima dos valores relatados por BORGES et al. (2006) que foide 10,54% ao trabalharem com a farinha de semente de jaca in natura.

-,100087

-,207874

-1,07324

-1,46435

1,954013

-3,75251

p=,05

Efeito esti mado (valor absoluto)

Soja (S)

Soro de queijo (Q)

S X Q

L X Q

Linhaça (L)

L X S

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CONCLUSÃO

A adição da proteína da soja, de semente de linhaça e soro de queijo permitiu aelaboração de um alimento funcional. Em do elevado valor nutricional, os biscoitos tipocookies enriquecidos são indicados na alimentação de esportistas e também para crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ESTUDO ELETROQUÍMICO PARA DETECTAR A CORROSÃO EM CONCRETOARMADO EM DIFERENTES RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO

Helton Gomes Alves – Graduando de Engenharia Química([email protected])(UFCG), Kátya Dias Neri – Aluna de Doutorado

([email protected])(UFCG), Eudésio Oliveira Vilar – Prof. Dr.([email protected])(UFCG)

RESUMO – A corrosão do aço em concreto é a causa mais comum de degradação. Naturalmente o aço é protegido pela alta alcalinidade da estrutura. No entanto, esse estado passivo pode ser rompido pela ação de íons agressivos. No presente trabalho, estudamos ocomportamento de estruturas de concreto com diferentes relações água/cimento com a presença de sais e ácidos. Simulamos o meio ambiente industrial com soluções constituída

apenas de cloretos (NaCl) 1M e outras duas acrescidas de 0,4% e 2% de H2SO4 respectivamente. Utilizamos à técnica de polarização linear para detectar a corrosão.Certificamos que a relação (a/c) e o tipo de solução agressiva foram fatores determinantes para a corrosão do aço, onde o concreto de maior relação a/c (0,6) despassivou em 100 dias,enquanto o concreto (0,3) de menor relação em 275 dias, ambos atacadas por NaCl 1M + 2%de H2SO4.

Palavras-chave – corrosão em concreto armado; técnica de polarização Linear (PL);

despassivação; concreto.

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INTRODUÇÃO

A corrosão da armadura é um dos problemas mais críticos, podendo comprometerseveramente a segurança e a capacidade de serviço das estruturas. Os principais fatores que provocam a corrosão são o meio ambiente o qual a estrutura está inserida. Dentre os principais agentes iniciadores do processo corrosivo estão o CO2 e os íons cloretos.

Este trabalho tem como objetivo determinar o potencial de corrosão (Ecorr.),densidade de corrente de corrosão (Icorr.) e Rp das armaduras submetidas ao ataque docloreto e ácido sulfúrico e comparar o potencial de despassivação do aço das diversasmatrizes estudadas em relação a composição água/cimento.

METODOLOGIA

Os ensaios eletroquímicos foram realizados no laboratório de EngenhariaEletroquímica (Leeq/UAEQ/UFCG) e as moldagens dos corpos de prova foram realizadas noInstituto Federal da Paraíba - IFPB.

Os CP´S foram moldados de forma geométrica prismática de 8x8x8cm. Utilizamos ocimento CP V – (cimento Portland de alta resistência inicial), agregados miúdos (areia e brita). Três tipos de concreto foram estudados em relação (a/c) 0,3; 0,4 e 0,6. Para cadarelação a/c foram moldados seis CP`S, nos quais duas barras de aço tipo CA-50 de 6,3mm de

diâmetro foram adicionadas ao corpo de prova, para aplicação da técnica de resistência de polarização e obtenção de Icorr e Ecorr. Para simular o meio agressivo industrial e acelerar adespassivação foram utilizados três tipos de soluções: 1M NaCl, 1M NaCl + 0,4% H2SO4 e1M NaCl+ 2% H2SO4.

Na prática as determinações de Icorr, Ecorr e Rp foram realizados no potenciostatomodelo VMP3 da PAR (Princeton Applied Research – USA). O valor do potencial permiteavaliar se o aço da armadura se encontra num estado de corrosão ativa. De acordo comAndrade e González (1981) os potenciais de corrosão assumem valores mais negativos que -

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350mV e faixa de limite da corrente de corrosão (0,1 – 0,2µA/cm²). Utilizamos cobre/sulfatode cobre (Sat.) como eletrodo de referência; o contra eletrodo foi utilizado um chapa de açoinox e o aço da armadura como eletrodo de trabalho; o potencial de corrosão a ser medido.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As Figuras abaixo mostram os resultados obtidos no monitoramento eletroquímico daarmadura até atingir sua despassivação, para as diferentes relações água/cimento. Aoatingirem potenciais com valores mais negativos que -350mV e a densidade de corrente de

corrosão passar da faixa limite de 0,1 – 0,2µA/ 2cm indicam a despassivação da armadura.

CONCLUSÃO

De acordo com o monitoramento eletroquímico, através da técnica de polarizaçãolinear a despassivação do aço assume valores mais negativos que (-350mV); as densidadesdas correntes de corrosão permaneceram na faixa limite (0,1 – 0,2µA/cm²).

Concluímos que quanto maior a relação água/cimento mais poroso é o concreto, isto émais permeável, facilitando a entrada de agentes agressivos ocorrendo a despassivação emmenor tempo. Onde a maior relação água/cimento 0,6 e a solução mais agressora 1M NaCl e2% H2SO4 obteve a menor idade de despassivação.

Figura 01-Variação entre potencial de corrosão com o

tempo de exposição das armaduras para cada tipo de

concreto (a/c).

Figura 02 – Variação da densidade de corrente de

corrosão com o tempo de exposição das armaduras

para cada tipo de concreto (a/c).

100 150 200 250 300

-600

-500

-400

-300

-200

-100

P o t ê n c i a l

d e

C o r r o s ã o

( m V )

Tempo de Exposição (dias)

a/c=0,3 a/c=0,4 a/c=0,6

Solução Agressora de NaCl 1M + 2% H2SO

4

100 150 200 250 3000,0

0,1

0,2

0,3

Tempo de Exposição (dias)

a/c=0,3 a/c=0,4 a/c=0,6

Solução Agressora de NaCl + 2% H2SO

4

C o r r e n

t e d e

C o r r o s ã o

( µ A / c m ² )

Corpo de prova

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Wolynec, Stephan; Técnicas Eletroquímicas em Corrosão; São Paulo; Editora daUniversidade de São Paulo,2003.

P. Kumar Mehta; Paulo J.M. Monteiro; Concreto: estrutura, propriedades e materiais; SãoPaulo; Pini, 1994.

Zhen-Tian Chang, Brian Cherry, Marton Marosszeky; Polarisation behaviour of steel barsamples in concrete in seawater. Part 1: Experimental measurement of polarization curves ofsteel in concrete; Corrosion Science 50, 357-364, 2008.

P.G de Viedma, M. Castellote , C. Andrade; Comparison between several methods for

determining the depassivation threshold value for corrosion onset; J. Phys, IV France 136, 79-88, 2006.

J.A Gonzalez, A. Molina, M.L. Escudero, C Andrade, Erros in the electrochemical evaluationof very smaal corrosion rates – I: polarization resistance method applied to corrosion of steelin concrete, Corrosion Science 25 (10), 917-930,1985.

VIEDMA, P. G. de; CASTELLOTE, M.; ANDRADE, C.Comparison between several

methods for determining the depassivation threshold value for corrosion onset. J. Phys,IV France 136, 79-88, 2006.

ANDRADE, C.Manual para diagnóstico de obras deterioradas por corrosão dearmaduras . Tradução e adaptação de Antonio Carmona e Paulo Helene. São Paulo: Pini,1992.

TAVARES, M, L. Estudo do processo de corrosão por íons de cloreto no concreto

armado utilizando armaduras comuns e galvanizadas. Porto Alegre, 2006. 132p.Dissertação (Mestrado). Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.

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INFLUÊNCIA DO TEMPO DE CRISTALIZAÇÃO NA SÍNTESE DE PENEIRAMOLECULAR SILICOALUMINOFOSFÁTICA

Thaise Gomes Pereira1; Maria Isabel do Bú Araújo1; Kleberson Ricardo de Oliveira Pereira1

(1 Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Ciências e Tecnologia/Departamentode Engenharia Química/Laboratório de Catálise, Adsorção e Biocombustíveis)

RESUMO – Em virtude da demanda por tecnologias cada vez mais flexíveis, que permitam processar petróleo de diversas procedências e cargas cada vez mais pesadas, a indústria dorefino voltou-se para os processos de hidrocraqueamento catalítico (HCC) que fornecemcombustíveis básicos e leves atendendo as exigências da sociedade atual. Com isso, existe ointeresse pelo desenvolvimento de catalisadores que possam operar, com eficiência, emcondições severas (alta temperatura e pressão), que são exigidas para catalisadores de HCC.

Dentre os catalisadores para HCC, os silicoaluminofosfatos (SAPO‟s) têm considerável potencial de uso como catalisadores ácidos industriais, pois têm sido eficazes na isomerizaçãode n-alcanos, na produção do p-xileno, na oligomerização e na isomerização de olefinas, naconversão do metanol em olefinas leves e na alquilação dos compostos aromáticos. Porém, nasíntese destes catalisadores, são utilizados longos tempos de reação. Com isso, este trabalhotem como objetivo diminuir o tempo de preparação destes catalisadores, obtendo materiaiscom características idênticas aos convencionalmente preparados.

Palavras-chave – síntese, catalisadores, silicoaluminofosfato, caracterização.

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INTRODUÇÃO

Os processos de hidrorrefino (HDR) figuram entre os mais importantes da indústria derefino do petróleo. Eles podem ser definidos como um conjunto de processos nos quaisfrações de petróleo são tratadas com hidrogênio, na presença de um catalisador adequado.Quando o objetivo do processo é a melhoria da qualidade de produtos, através da remoção decomponentes indesejáveis (compostos sulfurados, nitrogenados, oxigenados, metálicos,

hidrocarbonetos aromáticos e olefinas), ele é denominado de hidrotratamento (HDT). Quandoo objetivo é a conversão de frações hidrocarbônicas pesadas, como gasóleos e resíduos do petróleo, em frações de menor peso molecular e maior valor agregado, como o óleo diesel e anafta, o processo é denominado de hidroconversão ou hidrocraqueamento (HCC) (SILVAetal ., 1998).

Os catalisadores, utilizados em processo de hidrocraqueamento (HCC), são bifuncionais, ou seja, apresentam dois tipos de sítios ativos. A maioria dos catalisadores para

hidrocraqueamento possui três componentes facilmente distinguíveis: componente ativo, promotor e suporte. A função de craquear é devido ao suporte, em que o craqueamentoacontece nos sítios ácidos e a principal função deste é manter uma alta área superficial para ocomponente ativo e gerar acidez. A função hidrogenante surge a partir do componente ativo e promotor sulfetados. São também responsáveis pelas reações principais, saturam aromáticos,olefinas formadas no craqueamento e protegem o catalisador de envenenamento de coque(ALSOBAAIet. al., 2007).

Silicoaluminofosfatos (estrutura cristalina apresentada na Figura 1 e difratograma deraios-X padrão apresentado na Figura 2) têm considerável potencial como catalisadores ácidosindustriais, pois têm sido eficazes na isomerização de n-alcanos, na produção do p-xileno, naoligomerização e na isomerização de olefinas, na conversão do metanol em olefinas leves e naalquilação dos compostos aromáticos. Entretanto, devido à baixa cristalinidade e à formaçãode grandes ilhas de silício, resultante da concentração elevada da sílica no gel, o teor da sílicanos SAPO‟s deve ser limitado. Por outro lado, a incorporação insuficiente e não específica da

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Campina Grande, ISSN 2179-4391, R EALIZE Edi tora, 2010

Diante o exposto, este trabalho tem como objetivo desenvolver catalisadores do tipoSAPO-5, através de diferentes tempos de reação (24, 20 e 18 horas) e obter materiais comcaracterísticas cristalinas idênticas aos convencionalmente preparados.

METODOLOGIA

A metodologia adotada na síntese do SAPO-5 foi baseada nos estudos realizados porUrbina (1997), e foram sintetizados com base na seguinte composição química molar:0,7SiO2: Al2O3: P2O5: 0,072CTMABr: 4,40 HEXANOL: 40 H2O.

Inicialmente misturou-se pseudobohemita e água deionizada por agitação mecânica,até homogeneização. Em seguida adicionou-se ácido fosfórico (85%) e continuou-se aagitação por duas horas. Após esse período, adicionou-se trietilamina (direcionador daestrutura) e deixou-se sob agitação por mais duas horas. Após esse tempo preparou-se uma

solução contendo tetraetilortossilicato (98%), hexanol-1 e brometo hexadeciltrimetilamônio,esta foi adicionada a solução inicial, novamente manteve-se sob agitação por mais duas horas.Ao término, dividiu-se o gel formado em autoclaves, que foi acondicionado em estufa a170ºC por 24, 20 e 18 horas (tempo de cristalização).

O material (retirado da autoclave) foi centrifugado, inicialmente com álcool e emseguida com água deionizada para eliminação dos reagentes não convertidos durante a reação(utilizou-se em cada centrifugação aproximadamente 25mL). O material foi seco em estufa a100ºC por 20 horas. Após seco, a amostra passou pelo processo de calcinação para se obter aforma ácida e eliminar o direcionador e foi realizado em 2 etapas:

Etapa 1: taxa de aquecimento de 10ºC/min, partindo-se da temperatura ambiente até450ºC, sob fluxo de nitrogênio com vazão de 100mL/min, e permaneceu nesta por uma hora.

Etapa 2: após a primeira etapa de aquecimento, substituiu-se o gás por ar sintético emesma vazão e aumentou-se a temperatura, com mesma taxa de aquecimento, até atingir550ºC, permanecendo nesta por oito horas.

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Caracterização

Difração de Raios-X (DRX): A análise de difração de raios-X da amostra foi realizada,utilizando-se um difratômetro da Shimadzu modelo XRD 600, com fonte de radiação CuKOs dados foram coletados na faixa de ângulo 2Θ de 2 a 40 graus com velocidade goniômetro de 2°/min.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas Figuras 3, 4 e 5 são apresentados os difratogramas das amostras obtidas comtempo de cristalização de 24, 20 e 18 horas, respectivamente.

10 20 30 40

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

I n t e n s i d a d e

2

24horas

1 1 0

2 0 0

2 1 0 0

0 2

2 1 1

1 1 2

2 2 0

3 1 1

4 0 0

2 2 0

4 1 0

2 1 3

Figura 3 – Difratograma de Raios-X da amostra obtida com 24 horas de cristalização.

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10 20 30 40-200

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

I n t e n s

i d a

d e

2

20 horas

1 1 0

2 0 0

2 1 0

0 0 2

2 1 1

1 1 2

2 2 0

3 1 1

4 0 0

2 2 0

4 1

0

2 1 3

Figura 4 – Difratograma de Raios-X da amostra obtida com 20 horas de cristalização.

10 20 30 400

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

I n t e n s

i d a

d e

2

18 horas

2 0 0

1 1 0

2 1 0

0 0 2

2 1 1

1 1 2

2 2 0

3 1 1

4 0 0

2 2 0

4 1 0

2 1 3

Figura 5 – Difratograma de Raios-X da amostra obtida com 18 horas de cristalização.

A partir dos difratogramas apresentados nas Figuras 3, 4 e 5, observa-se que ossuportes apresentaram os picos característicos da estrutura AFI, estando de acordo com o

padrão (apresentado na Figura 2) e todas as amostras apresentaram mesmo comportamento.

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Há apenas uma pequena distinção entre os picos (110) e (200) em relação à estruturaAFI, pois, estes picos, apresentaram comportamento inerente àquele tido como padrão, sendoeste fato, também relatado por Kumaret al. (2005), que provavelmente ocorreu devido acalcinação do material.

CONCLUSÃO

A partir dos difratogramas das amostras, verificou-se que os suportes apresentaramconcordância com as fases cristalinas encontradas na literatura.

A proposta de se obter material com tempo de cristalização inferior aos atualmenteempregados foi efetuado com sucesso.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao PIVIC/CNPq/UFCG pelo apoio a iniciação científica; ao

Laboratório de Caracterizações da Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais, daUniversidade Federal de Campina Grande, pela caracterização das amostras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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METODOLOGIA DE TROCA IÔNICA PARA OBTENÇÃO DE ZEÓLITA HUSY

Taline Sonaly Sales dos Santos1; Carlos Edísio Torres Leite1; Kleberson Ricardo de OliveiraPereira1

(1 Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Ciências e Tecnologia/Departamento

de Engenharia Química/Laboratório de Catálise, Adsorção e Biocombustíveis)

RESUMO – Devido ao aumento nos teores de hidrocarbonetos de cadeia longa e deimpurezas tais como N e S, tem-se intensificado as pesquisas sobre novos catalisadores quesejam direcionados a processos de Hidroconversão, como o Hidrocraqueamento Catalítico(HCC). Buscam-se catalisadores eficientes e que sejam também resistentes a compostos

nitrogenados remanescentes na carga. Os catalisadores nestes processos são bifuncionais, ouseja, apresentam dois tipos de sítios ativos. O suporte ácido tem a função de craquear àmolécula, enquanto que, os metais tem a função de hidrogenar/desidrogenar a mesma. Afunção ácida pode ser provida por uma zeólita, geralmente um protônico tipo Y. O objetivodeste trabalho é obter zeólita ultraestável Y, utilizando para tanto um pré-tratamento.Inicialmente, partiu-se da zeólita NaY, onde foi realizado um pré-tratamento com soluções de NaCl e NaOH, e em seguida, a troca iônica foi realizada a partir de uma solução de(NH4)2SO4. Após a calcinação da amostra obteve-se o suporte HUSY. A metodologia adotadaneste trabalho foi eficiente no sentido de se obter materiais cristalinos.

Palavras-chave – Troca iônica, Pré-tratamento, Zeólita Y.

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INTRODUÇÃO

As zeólitas são complexos aluminosilicatos cristalinos, naturais ou sintéticas comestrutura polimérica microcristalina. Possuem uma vasta aplicação devido as suascaracterísticas específicas, sendo utilizadas principalmente como catalisadores e em particularcomo componente ativo dos catalisadores de craqueamento (FCC) e hidrocraqueamentocatalítico (HCC) de petróleo. No entanto, dado que as zeólitas naturais se mostravam

insuficientes para satisfazer os investigadores e industriais, em 1948 começaram a surgir as primeiras zeólitas obtidas por síntese, nomeadamente a mordenita e as zeólitas A, X e Y(GIANNETTO, 1990).

Entre as centenas de zeólitas conhecidas, as com estrutura Faujasita (FAU), incluindoas zeólitas Y (Si/Al > 1,5), são de grande interesse, devido a sua importância para os processos industriais (ZHUet al., 2008).

A zeólita Y é um membro altamente versátil da família das Faujasitas, tendo umgrande papel na indústria petroquímica, devido as suas características de associar atividade,seletividade e estabilidade. Possui estrutura que consiste em um arranjo tridimensional detetraedros de SiO4 e AlO4, formando um octaedro truncado (GIANNETTO, 1990). Aestrutura da zeólita Y pode ser observada na Figura 1.

Figura 1: Estrutura das zeólitas Faujasitas (adaptado de ALEIXO, 2004).

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Estas possuem uma estrutura composta por três cavidades distintas: uma pequena, eem muitos casos inacessível, denominada de prisma hexagonal; e duas outras maioresdenominadas de cavidade sodalita (ou beta) e supercavidade (ou cavidade alfa, com diâmetrode 13 Ǻ) que são atingidas após a difusão através da uma larga abertura de 7,4 Å(GIANNETTO, 1990).

Diversos processos de tratamento podem ser realizados nas zeólitas com o objetivo de

se melhorar suas propriedades físicas e químicas, alguns destes são a troca iônica, adesaluminação, realuminação e tratamentos hidrotérmicos. Busca-se principalmente oaumento da estabilidade térmica, pois os catalisadores, usados na indústria, com base emzeólitas devem suportar altas temperaturas e pressões. A instabilidade da estrutura zeolítica sedeve ao alumínio presente na rede, por isso estes sólidos são altamente sensíveis a estestratamentos (BARBOSA, 1998).

A troca iônica nas zeólitas ocorre pela substituição direta dos cátions de compensação,

como o sódio, que neutraliza a carga negativa que aparece associada aos íons de alumíniotetracoordenados da estrutura zeolítica, por cátions da solução. Essa troca iônica é necessária para obter-se a zeólita na forma ácida, por isso, utiliza-se o método indireto que implica na permuta da zeólita com determinados íons (por exemplo, NH4

+), o qual por aquecimento sedecompõe originando a zeólita na forma ácida (ALEIXO, 2004).

A zeólita HUSY tem como principais propriedades: acidez e estabilidade térmica,características estas que promovem o aumento da atividade catalítica. Estas propriedades sãode grande relevância no estudo de preparação de catalisadores bifuncionais (JORDÃO, 2001).

Diante o exposto, este estudo teve como objetivo a modificação da zeólita Y atravésdo método da troca iônica indireta para a obtenção da sua forma protônica ultraestável,HUSY.

METODOLOGIA

Este estudo foi realizado em duas etapas, inicialmente realizou-se um pré-tratamentona amostra de partida e em seguida a troca iônica, descritas a seguir:

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Pré-tratamento

Inicialmente, partiu-se da zeólita na forma sódica (NaY) onde foi realizado um pré-tratamento, para que os possíveis sítios de defeitos de sódio presentes na rede cristalina

fossem removidos da estrutura. Esta metodologia de pré-tratamento foi proposta por Pastore(1991) citada por Barbosa (1998). Primeiramente, preparou-se duas soluções de 0,01 mol de NaOH e 0,01 mol de NaCl. Em seguida, foram misturadas 10 g de zeólita NaY com 125 mlde cada solução preparada. Colocou-se este material para agitar por 24 horas a temperaturaambiente. Ao término da agitação o material foi filtrado e lavado com água deionizada até aeliminação dos cloretos, o que foi comprovado com a aplicação de nitrato de prata na águafiltrada.

Após isso, a amostra foi seca em estufa a 120 °C por 30 minutos e em seguida, amesma foi colocada em dessecador contendo solução de NH4Cl (0,1 M), para que fossemantida a umidade relativa da amostra, até ser utilizada. Nomeou-se esta amostra de NaY(PT).

Troca iônica

A metodologia de troca iônica foi baseada em estudo realizado por Barbosa (1998).

Deu-se início utilizando-se 9 g da zeólita NaY(PT), que foi adicionada a solução de(NH4)2SO4 a 16% p/p de modo que a percentagem de sólidos na suspensão final fosse 15% p/p. Manteve-se essa suspensão sob agitação a 70 °C por 30 minutos. Em seguida, filtrou-se omaterial e colocou-se o mesmo para secar em estufa a 120 °C por 30 minutos.

Após este período, o material foi acondicionado em cadinhos de porcelana para quefosse realizada uma calcinação, que foi previamente aquecida a 150 °C. A temperatura foigradualmente elevada, a uma taxa de 20 °C/min, até 600 °C, permanecendo nesta por 2 horas.

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Obtendo-se assim a zeólita Y ultraestável na sua forma protônica (HUSY). As amostras NaY, NaY(PT) e HUSY foram analisadas pelas seguintes técnicas:

Difração de Raios-X: as amostras sob a forma de pó foram compactadas por lâminade vidro e acondicionadas em porta amostra específico para análise em difratômetro deraios-X. O equipamento utilizado foi um difratômetro Riagku Multiflex, com radiaçãoK do Cu, tensão de 40KV e corrente 40mA.

Análise textural por adsorção física de N2 (BET): foi utilizado equipamento demarca Quantachrome Instruments, modelo Nova 3200e. As amostras foramsubmetidas à degasagem a temperatura de 200 °C por 4 horas, utilizando-se onitrogênio como gás inerte.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os difratogramas das amostras NaY, NaY(PT) e HUSY são apresentados na Figura 2.

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Figura 2: Difratogramas das amostras NaY, NaY(PT) e HUSY.

Verifica-se, através dos difratogramas apresentados na Figura 2, que estes apresentamreflexões características da topologia zeolítica referente a estrutura Faujasita, estando deacordo com o padrão apresentado por Treacy e Higgins (2001).

Comparando-se os difratogramas das amostras NaY(PT) e HUSY com o difratogramada zeólita de partida, ou seja, na forma sódica (NaY), pode-se notar que a amostra pré-tratadaapresentou uma pequena redução na intensidade dos picos. Em relação a amostra a amostraHUSY, esta apresentou uma maior intensidade de picos possuindo assim uma maiorcristalinidade em comparação com as amostras NaY e NaY(PT), sendo este fato possivelmente atribuído a calcinação.

Na Tabela 1 são apresentados os resultados obtidos na análise textural por adsorção

física de N2 (BET).

Tabela 1: Resultados de área superficial e volume de microporo.

AmostraÁreasuperficial(m2/g)

Volume demicroporo(cm3/g)

NaY 561,02 0,29

NaY(PT) 334,10 0,20

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HUSY 117,40 0,07

A zeólita NaY apresentou área superficial em concordância com o previsto pelaliteratura, e estando de acordo com Clericuzi (2003) e Barros (2002), os quais trabalharam omesmo tipo de suporte. Pode-se verificar que houve uma perda de área superficial para aamostra HUSY, que pode ser atribuído a presença de íons cloreto remanescentes do processo

de lavagem.

CONCLUSÃO

Observou-se, a partir dos difratogramas, que a amostra pré-tratada apresentou reduçãona cristalinidade e a amostra obtida após o pré-tratamento manteve a cristalinidade. Porém, afase cristalina foi mantida.

Através da análise textural por adsorção física de N2, verificou-se uma redução nas

áreas superficiais das amostras NaY(PT) e HUSY.A metodologia adotada neste trabalho apresentou eficiência no sentido de se obter

materiais cristalinos.

AGRADECIMENTOS

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), ao Programa de

Recursos Humanos (PRH-25) pelo apoio financeiro (bolsa), ao Laboratório de Catálise doDepartamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos (DEQ/UFSCar)e ao Laboratório de Caracterizações da Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais daUniversidade Federal de Campina Grande (UAEMa/UFCG), pela caracterização dasamostras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(Graduação em Engenharia Química). Universidade Federal de Campina Grande – UFCG,Campina Grande.

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PURIFICAÇÃO E ORGANOFILIZAÇÃO DE ARGILA BENTONITA VISANDO AOBTENÇÃO DE NANOCOMPÓSITOS POLIMÉRICOS†

Eduardo de Mello Silva (UFCG);

Orientadora: Laura H. de Carvalho (UFCG)

RESUMO – Esse trabalho teve por objetivo a purificação e organofilização de uma argilaBentonita sódica, natural da região. A purificação da argila foi feita através de métodosquímicos e por ultrasom e a organofilização das argilas purificadas foi realizada por trocacatiônica com um sal quaternário de amônio (Cetremide). O objetivo final é que estas argilas bentonitas sejam utilizadas como nanocargas em nanocompósitos com matrizes poliméricos.As nanocargas naturais e modificadas foram caracterizadas por difração de Raios-X e porespectroscopia na região do infravermelho (FTIR). Os resultados demonstram que os métodos

de purificação adotados foram eficazes, levando a reduções no teor de minerais acessórios ede matéria orgânica contaminante das bentonitas. O procedimento de organofilização tambémfoi efetivo. Isto porque houve aumento na distância interplanar basal d001 característica damontmorilonita e novas bandas no espectro de FTIR, atribuídas a grupos orgânicos (CH2 eCH3) presentes no sal quaternário de amônio utilizado, foram observadas. Estas duasobservações evidenciam que houve intercalação de moléculas do sal nas galerias da argilaapós a organofilização.

Palavras-chave – argila bentonita, purificação e organofilização

[inserir aqui, se for o caso, a identificação das instituições financiadoras ou parceiras do trabalho; retirar os

colchetes; caso não seja o caso, basta deletar o asterisco no título]

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INTRODUÇÃO

Bentonitas são materiais de baixo custo com ampla gama de aplicações em vários países. São rochas sedimentares constituídas de uma grande proporção de argilominerais(esmectitas) tais como montmorilonita (geralmente > 80%), beidelita, saponita, nontronita ehectorita. Bentonitas podem também conter outros argilominerais e minerais não argilosos(Utracki, 2004). As bentonitas contêm também matéria orgânica como impurezas intrínsecas.

A matéria orgânica encontrada nas argilas ocorre na forma de linhito, ceras e derivados doácido húmico.

Dentre os silicatos em camadas a bentonita tem sido a mais empregada na preparaçãode nanocompósitos poliméricos. Isto porque além de ser ambientalmente correta,naturalmente abundante e de baixo custo, este argilomineral pode ser expandido e mesmointercalado/delaminado por moléculas orgânicas sob condições apropriadas. Outro fator dedestaque é que a maior reserva latino-americana e responsável por 96% da produção brasileira

de bentonita encontra-se na região Nordeste, especialmente no estado da Paraíba – Municípiode Boa Vista. Portanto, propor novas utilizações para este argilomineral é importante para anossa região. Para que nanocompósitos de qualidade sejam obtidos, é necessário que asimpurezas presentes na bentonita sejam removidas.

No presente estudo, a purificação feita utilizando dois métodos: a) químico e b)ultrassom. A purificação química por digestão ácida é utilizada com o intuito de dissolver amatéria orgânica presente na argila, para substituir alguns cátions e íons de sódio por íonsH3O+ e para aumentar o diâmetro de seus poros. (Santos, P.S., 1989). A purificação utilizada por ultrassom tem por característica desagregar as partículas de impureza através de vibraçõesmecânicas impostas sobre as argilas diluídas em baixas concentrações.

A organofilização ocorre quando o cátion Na+ presente na argila é substituído pelocátion quaternário de amônio (Cetremide) alterando a distancia interplanar basal. Estasubstituição também faz com que a argila se torne apolar o que lhe dará capacidade de melhordispersar em polímeros que são em grande maioria apolares. (LEITE, I. F, 2006)

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METODOLOGIA

Materiais:As matérias primas utilizadas neste estudo foram: a) uma bentonita sódica codificada

como BN, fornecida pela Bentonit União Nordeste (BUN) - Campina Grande/PB/Brasil, sob a

forma de pó (tamanho médio de partículas 0,074 mm) e b) Sal quaternário de amônio, denome comercial Cetremide, fornecido pela Vetec, cuja estrutura química está mostrada

abaixo:

Métodos:Purificação da Argila

A argila foi purificada por dois métodos distintos:

1°) Método químico - que visa a remoção da matéria orgânica.

Uma dispersão aquosa a 2% da bentonita sódica numa solução tampão (pH=5), foihomogeneizada por agitação durante 1 min. Adicionou-se uma solução de peróxido de

hidrogênio a 30 % ao sistema mantido sob agitação por mais 1 min. Terminada ahomogeneização, deixou-se o sistema em repouso por 24 h na temperatura ambiente.Decorrido esse período, aqueceu-se a dispersão a 500C e esta foi mantida nesta temperatura por 72 h. Terminada a reação, recuperou-se as amostras por centrifugação, lavou-se com águadestilada, filtrou-se, peneirou-se em peneira ABNT #200 mesh (D = 0,074 ìm) e foram secasem estufa a 600C até peso constante.

2°) Purificação por Sonicação – neste método a argila foi sujeita a aplicação de ultrassom.

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Uma suspensão aquosa a 2% de argila sódica foi submetida à ação de ultrassom porum período de 30 minutos. Recuperou-se a fração fina por centrifugação, secou-se em estufa a60ºC até peso constante, desagregou-se e as argilas foram peneirada em peneira ABNT #200mesh.

Organofilização das argilas

Uma dispersão aquosa a 1% em peso de argila em água destilada foi mantida sobagitação e aquecida 80argila, foi adicionado à dispersão e o sistema agitado vigorosamente (~3000 rpm) durante 30minutos. Completado o tempo total de agitação, o aquecimento foi interrompido, o recipientefechado e o sistema deixado em repouso por 24 h na temperatura ambiente. Passado estetempo, centrifugou-se a dispersão, lavou-se com água destilada para remover o excesso de sal,filtrou-se e secou-se em estufa a 60 ºC por um período de 48 horas. As argilas modificadas

foram desagregadas com almofariz e passadas em peneira ABNT Nantes e de serem caracterizadas.

Caracterização das argilas:

As análises de FTIR foram realizadas em um espectrômetro NICOLET AVATAR TM360 com varredura de 4000 a 400 cm-1. Discos prensados de KBr/argila foram usados paracaracterização dos silicatos não modificados e modificados organicamente. As análises de

difração de raios X foram conduzidas a temperatura ambiente em um equipamento ShimadzuXDR-6000 a 40kV e 30mA, operando em comprimento de onda CuK = 1,5418 Å e a umavelocidade de varredura de 2 º/min. As amostras, na forma de pó com granulometria inferior a

45 µm foram examinadas em um intervalo de 2 entre 2 e 12°.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os espectros na região do infravermelho para as argilas que foram purificadas eorganofilizadas pelos dois métodos - ultrassom e o químico. – estão mostrados nas Figuras 1 e2.

Figura 1 – FTIR das argilas natural , purificada com ultrassom e purificada organofílica

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Figura 2 - FTIR das argilas natural , purificada pelo método químico e purificada organofílica

Os resultados das análises de FTIR demonstram que tanto a aplicação de ultrassom quantoa purificação pelo método químico provocaram redução na quantidade de matéria orgânica presente na amostra e que a organofilização foi eficaz. Isto porque os métodos de purificaçãolevaram à uma redução em picos na região em torno de 3012-2910 cm-1, atribuídas à matériaorgânica (Colthup et.al., 1990).

Os resultados das análises de Raios-X das mesmas amostras estão mostrados nas Figuras 3e 4. Os resultados indicam que, tal como esperado, a montmorilonita é o principal

componente da argila sendo investigada e que os com a organofilização, houve deslocamentodos picos característicos da montmorilonita, levando a um aumento das distanciasinterlamelares no plano d001. Isto é tido como evidência que houve a intercalação demoléculas do sal entre as galerias da argila durante a organofilização.

Os resultados também indicam que apesar da estrutura da argila organofílica modificada pelo método químico ser mais aberta (pico mais largo e menos definido) do que a modificada por ultrassom as distâncias interplanares basais das duas argilas purificadas organofilizadas é

bastante similar (aproximadamente 2,21nm contra o 1,30nm da argila natural).

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Figura 3- DR-X das argilas natural, purificada com ultrassom e purificada organofílica.

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4. L. A. Ultracki in Clay-Containing Polymeric Nanocomposites, Rapra, 2004.

5. N. B. Colthup; L. H. Daly; S. E Wiberley in Introduction to infrared and Raman andspectroscopy, 3a. edição. New York: Academic Press, 1990.

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SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE SUPORTE MESOPOROSO

Adalício Uzêda Antunes Júnior 1; Carlos Edísio Torres Leite1; Adriano Sant‟Ana Silva1

(1 Universidade Federal de Campina Grande)

RESUMO – A MCM-41 é uma peneira molecular que apresenta um arranjo hexagonal demesoporos bem definidos com diâmetro variável de 2 a 10 nm, com alta acidez e estabilidadetérmica, e por isso muito utilizada como suporte catalítico em diversos tipos de reação. Odesenvolvimento de novos catalisadores, em condições melhores aos existentes atualmente,são de fundamental importância para o hidrorrefino do petróleo. Dentre os processos dehidrorrefino, o hidrocraqueamento catalítico tem como objetivo craquear e isomerizar asgrandes cadeias carbônicas, transformando-as em produtos mais valorizados. Diante disso, oobjetivo deste trabalho é sintetizar peneira molecular do tipo MCM-41. O suporte foi

sintetizado utilizando-se baixas concentrações de surfactante, à temperatura ambiente, o quetorna a metodologia empregada simples e economicamente interessante. O material obtido foicaracterizado através das seguintes técnicas: Difração de raios-X (DRX), Adsorção física de N2 pelo método de BET e Análise química por EDX.

Palavras-chave – catálise, caracterização, MCM-41.

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INTRODUÇÃO

A flexibilidade do hidrocraqueamento (HCC) como um processo do refino de petróleoresultou em seu crescimento extraordinário durante os últimos 15 anos. A causa dessecrescimento é a capacidade que ele o ferece de processar cargas como gasóleos de vácuo, óleoleve de reciclo, gasóleo pesado de coque, óleo desasfaltado ou suas misturas. Neste processo,destaca-se a alta produtividade de óleo diesel (LIMA e BELATO, 2002).

Nos processos de refino, o hidrocraqueamento catalítico (HCC) é um processo noqual, cadeias hidrocarbônicas de alto peso molecular são craqueadas e isomerizadas,transformando-as em estruturas menores, com alto valor agregado. Este processo ocorre emaltas condições de pressão e temperatura na presença de um catalisador.

O desenvolvimento destes catalisadores, em condições melhores que as atuais são defundamental importância para uma melhor eficiência do HCC no refino de petróleo. Estes

materiais precisam ser estruturas com elevados diâmetro de poro, volume poroso, altíssimacristalinidade e área superficial. A MCM-41 atende a todas estas características e tem sidoestudada cada vez mais a sua atividade catalítica em vários processos reacionais (LIet al .,2010).

A MCM-41 é uma peneira molecular que apresenta um arranjo hexagonal demesoporos bem definidos com diâmetro variável de 2 a 10 nm, com alta acidez e estabilidadetérmica (VARTULIet al ., 1994).

A Figura 1 representa o mecanismo de formação da MCM-41 segundo Luenchingeretal. (2003), onde na etapa (a) é apresentado o direcionador e a mistura de silicatos; a etapa (b) écaracterizada por mesofases de silicato surfactante hexagonais formado por moléculas desurfactante carregadas positivamente e oligômeros de silicato carregado com múltiplas cargasnegativas; na etapa (c) há uma protonação parcial de espécies de silicato com aproximaçãofacilitada e condensação entre aglomerados de direcionador de silicato para a formação de umamelhor mesofase, e por fim na etapa (d) tem-se a remoção de direcionador por calcinação emaior condensação entre espécies de silicato adjacente.

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Figura 1 – Representação esquemática do mecanismo proposto de formação da MCM-41 (LUENCHINGERet al., 2003).

Diante o exposto, este trabalho tem como objetivo gerar conhecimento científico etecnológico, através da síntese do suporte mesoporoso MCM-41 utilizando metodologiasimples e de fácil aplicabilidade.

METODOLOGIA

• Síntese da MCM-41

A metodologia experimental utilizada neste trabalho foi baseada nos estudosrealizados por Gaydhankaret al. (2007). Foram utilizados os seguintes reagentes na síntese:

Brometo de hexadeciltrimetilamônio (CTMABr) (97%, Merck);

Tetraetil ortosilicato (TEOS) (98%, Aldrich);

Solução amoniacal (25%, Merck);

Água deionizada.

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A reação ocorreu à temperatura ambiente e inicialmente 2,04 g de CTMABr, agentedirecionador da estrutura, foram dissolvidos em 114 mL de água deionizada sob agitaçãoconstante. Em seguida, foram adicionados 16,33 g da solução amoniacal a 25%, utilizadacomo agente surfactante. Depois foi adicionado 10,6 mL de TEOS, fonte de sílica responsável pela estrutura do material. A agitação procedeu-se por 4 horas, obtendo-se ao final um gelcom a composição: SiO2:0,12CTABr:2,50NH4OH:150H2O.

Este gel passou por uma filtração a vácuo com água deionizada (utilizou-seaproximadamente 0,5 L de água deionizada para lavagem) até ausência do odor amoniacal.Em seguida, o material obtido foi seco em estufa a 110 °C por 24 horas.

Para a retirada do direcionador e obtenção do suporte, a amostra passou pelo processode calcinação de acordo com as condições apresentadas na Figura 2.

0 100 200 300 400 500 600

0

100

200

300

400

500

600

T e m p e r a t u r a ( º C )

Tempo (min)

Figura 2 – Rampa de calcinação da MCM-41.

• Caracterizações

Difração de Raios-X (DRX): A análise de difração de raios-X da amostra foi realizada,utilizando-se um difratômetro da Shimadzu modelo XRD 600, com fonte de radiação CuK α.

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Os dados foram coletados na faixa de ângulo 2Θ de 2 a 10 graus com velocidade goniômetro de 2°/min.

Adsorção Física de N2 por BET: Foi utilizado um equipamento marca QuantachromeInstruments, modelo Nova 3200e – Surface Área & Pore Size Analizer.

Espectroscopia de raios-X por energia dispersiva (EDX): O equipamento utilizado foio modelo EDX – 720 Energy dispersive X – Ray spectrometer da Shimadzu.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Figura 3 são apresentados os difratogramas de uma amostra padrão de MCM-41 eobtida neste trabalho.

Figura 3 – Difratograma de Raios-X da MCM-41 padrão (HUOet al., 1996) esintetizada.

De acordo com Huoet al. (1996), geralmente, apenas 3 picos de difração, quecorrespondem as reflexões (100), (110) e (200), são suficientes para se dizer que a MCM-41foi obtida. Porém um quarto pico, com baixa intensidade e correspondente a reflexão (210),também pode ser apresentando.

Conforme se observa na Figura 3, o suporte obteve a fase cristalina característica daMCM-41 com o primeiro pico de reflexão (100)em 2θ = 2,80°. Observa-se ainda, no

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difratograma, a presença dos picos referentes as reflexões (110) e (200) confirmando aobtenção da mesofase hexagonal no material, estando de acordo com o padrão apresentado por Huoet al. (1996).

Na Tabela 1 são apresentados os resultados de adsorção de nitrogênio para a amostraMCM-41 sintetizada.

Tabela 1 – Área superficial, volume poroso e diâmetro de poro da MCM-41 sintetizada.

Área superficial 1055 m /g

Volume poroso 0,5591 cm /g

Diâmetro de poro 3,132 nm

Segundo Kresgeet al. (1992), os materiais à base de MCM-41 são conhecidos por possuírem área de superfície alta, em torno de 1000 m2.g-1, alta capacidade de adsorção dehidrocarboneto (0,7 mL/g), elevada estabilidade hidrotérmica e corrente térmica.

Verifica-se, na Tabela 1, que a amostra obtida apresenta área superficial de 1055 m2.g-

1, com isso, obteve-se resultados satisfatórios para área superficial e volume poroso, ediâmetro de poro característico da peneira molecular MCM.

Na Tabela 2 apresentam-se os resultados de composição química da amostra obtida.

Tabela 2 – Composição química da MCM-41.

Substâncias Porcentagem

SiO2 98,173%

Outras substâncias 1,827%

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A análise de EDX comprovou que a estrutura é constituída basicamente de sílica(SiO2), sendo estade 98,173%. O que está apresentado como „outros‟, refere-se a outroselementos que podem ter surgido devido a contaminações presentes na amostra ou derivadados reagentes, e também a elementos que apresentam energia de excitação similar, podendo,inclusive, pertencer a elementos presentes nesta tabela. Estes resultados demonstram que ométodo utilizado na preparação do suporte foi eficiente.

CONCLUSÃO

A partir da análise das caracterizações da MCM-41, pode-se concluir que:

A fase da estrutura foi obtida após a síntese;

A alta área superficial indica tratar-se de material do tipo MCM-41.

Os resultados de análise química comprovaram que a estrutura é composta

basicamente por sílica (SiO2);

O material foi obtido por uma metodologia simples, em que se utilizou uma baixaquantidade de solução amoniacal, tornando o processo reacional economicamente viável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GAYDHANKAR, T. R. V.; SAMUEL, J. H. A. R. K.; KUMAR, R.; JOSHI, P. N. Room

temperature synthesis of Si-MCM-41 using polymeric version of ethyl silicate as a source ofsilica, Materials Research Bulletin, 42, 1473-1484, 2007.

HUO, Q.; MARGOLESE, D.I.; STUCKY, G. D. Surfactant Control of Phases in theSynthesis of Mesoporous Silica-Based Materials. Chemical Material, 8, 1147-1160, 1996.

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KRESGE, C. T.; LEONOWICZ, M. E.; ROTH, W. J.; VARTULI, J. C.; BRECK, J. S.Ordered mesoporous molecular sieves synthesized by a liquid-crystal template mechanism. Nature, 359, 710, 1992.

LI, B.; LI, X.; XU, J.; PANG, X.; GAO, X.; ZHOU, Z. Synthesis and characterization ofcomposite molecular sieves M1-MFI/M2-MCM-41 (M1, M2 = Ni, Co) with high heteroatomcontent and their catalytic properties for hydrocracking of residual oil, 15, 2010,

LIMA, J. R. D.; BELATO, D. A. S. Tecnologia de hidrocraqueamento para cargas pesadas.Revista Petro & Química. 78 – 82, 2002.

LUENCHINGER, M.; FRUNZ, L; PIRNGRUBER, G. D.; PRINS, R. A mechanisticexplantion of the formation of high quality MCM-41 with high hydrothermal stability,Microporous and Mesoporous Materials, 64, 203 - 211, 2003.

VARTULI, J. C.; SCHMITT, K. D.; KRESGE, C. T.; ROTH, W.J.; LEONOWICZ, M. E.;

McCULLEN, S. B.; HELLRING, S. D.; BECK, J. S.; SCHLENKER, J. L.; OLSON, D. H.;SHEPPARD, E. W. Development of a mechanism for M41S materials, Studies in Surface andCatalysis, 84, 53, 1994.

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TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE: FZOE (FERRO ZINCADO OXIDADO ENVERNIZADO)

Engenharia Química – Área Engenharia Eletroquímica

Kátya Dias Neri – Doutoranda do Curso de Pós – Graduação em Engenharia Química([email protected]),(UFCG),

Aline Cadigena Lima Patrício – Mestranda do Curso de Pós – Graduação em Engenharia

Química

([email protected]),(UFCG)

Edilâne Laranjeira – Professora. Dra. Departamento de Química Industrial(www.uepb.pb.gov.br),(UEPB)

RESUMO – Proteger metal, aço ou liga contra a corrosão e, conseqüentemente, aumentar avida útil do material, é o principal objetivo da galvanização. As estruturas metálicas comotubulações, eletrodutos, parafusos, porcas, ferragens de portas e outros, nunca devem serusados sem uma proteção, devem ser pintadas, galvanizadas ou ainda pintada e galvanizadas, principalmente quando estas peças são expostas em ambientes altamente agressivos como ematmosferas marinhas e industriais. A peça galvanizada (zincada) por si só fornece uma proteção ao metal, devido o zinco formar superficialmente uma camada de sacrifício, protegendo assim o aço da corrosão. A pintura (verniz) de uma peça galvanizada aumenta avida útil do produto. O processo FZOE (Ferro Zincado Oxidado Envernizado) nos ofereceessa proteção dupla, aumentando a durabilidade dos produtos. Para obtemos uma ótimaaderência entre a peça zincada e a camada de verniz evitando o descascamento, é preciso quea superfície esteja isenta de sujeiras, ou seja, é necessário um rigoroso pré-tratamento delimpeza na área a ser galvanizada e um total controle e manutenção dos banhos eletrolíticos.

Palavras Chave: Tratamento de Superfícies, banhos Galvanostégicos, Verniz Cataforético.

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INTRODUÇÃO

A galvanoplastia consiste na aplicação mediante deposição eletrolítica derevestimento metálico aderente para modificar as propriedades de superfície de um metalcom a finalidade de melhorar o aspecto, a dureza, a resistência à corrosão ou simplesmente para fins decorativos. ARGENTIÈRE (1996). O processo FZOE (ferro zincado oxidadoenvernizado), consiste na eletrodeposição de zinco (zincada) em uma peça de ferro, emseguida a mesma passa por um passivador de cor negra (oxidação) e por fim recebe umacamada de verniz, cujo processo é descrito na metodologia.

METODOLOGIA

A matéria prima empregada foi o Zamac que é uma liga metálica que tem em sua

estrutura Mg, Al, Cu, Fe, Sn, Cr, Pb, Cd e Ni, sendo fundido a uma temperatura que varia de390°C a 420°C. Depois de fundido, o material é injetado a uma pressão de 145 bar paramoldagem de peças em fôrmas (matrizes), onde em seguida estas serão imediatamenteresfriadas com água à temperatura ambiente por 3 a 6 segundos. Este tempo varia de acordocom a peça produzida.

As operações de limpeza de superfície são partes essenciais dos processos detransformação de metais em todos os segmentos da indústria. As peças metálicas em contato

com as mãos e com a umidade do ar, quando cortadas, são adicionadas em sua superfícieóleos de tratamento para evitar a sua oxidação. Estes, antes do processo de deposiçãometálica, devem ser eliminados no pré-tratamento mecânico (polimento a pó e com chips) eno pré-tratamento químico (desengraxante químico, eletrolítico e decapagem).

Depois de realizada as etapas de pré-tratamento, iniciam-se a fase de zincagem, queconsiste na imersão da peça no banho de zinco ácido à base de cloretos. Este processo operaa uma temperatura na faixa de 23°C a 26ºC, sendo ideal a 24 ºC (para manter essatemperatura são utilizados refrigeradores), com uma amperagem de 2.000 Ampéres, tensão

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de 8 a 9 V, pH entre 5.4 a 5.6. Os ânodos são de zinco quimicamente puro e uma densidadede corrente de 1-3A/dm2. Após zincadas as peças passam por uma oxidação química a frio,obtendo-se um acabamento negro, brilhante ou fosco dependendo das condições dasuperfície. E por fim a peça e envernizada que é uma pintura eletroforética catódica, queconsiste basicamente em mergulhar a peça em um banho de verniz diluído em água, atravésda qual se faz passar uma corrente elétrica contínua. A peça é conectada a um pólo (catodo)sendo o outro pólo o próprio tanque, ou então eletrodos colocados em suas paredes laterais. È provocada à eletroforese, que consiste no fenômeno de migração da partícula de pigmento,envolvida pela respectiva resina e demais componentes da tinta, em direção a peça a ser pintada/protegida quando o sistema é submetido a uma diferença de tensão elétrica; bemcomo a eletro coagulação, que é a aproximação do macro-ion ao pólo contrário a sua carga,onde há uma troca de carga elétrica provocando a adesão da partícula ao substrato, formandoassim um filme retrátil insolúvel em meio aquoso. Finalmente ocorre a eletroosmose, que é aeliminação dos eletrólitos contidos no veículo da tinta aplicada, ou seja, o materialeletrodepositado perde toda a água, tornando-se hidrófobo, VIEIRA (2006).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A metodologia mencionada anteriormente foi realizada em triplicata para que fosseobservado o comportamento do processo FZOE, foi feita uma média aritmética entre osvalores observados e os resultados encontrados estão dispostos nas tabelas abaixo.

Tabela 1 Resultados Analíticos de banho de zinco ácido.

Componentes ConcentraçãoPadrão (g/L)

Concentração Média dosResultados (g/L)

Zinco Metal (Zn) 33 - 35 33.7

Cloretos (Cl-) 130 a 135 129.8

Ácido Bórico (H3BO3) 30 - 32 31.0

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Tabela 2 Resultados Analíticos do banho de Verniz Cataforético

DESCRIÇÃO RESULTADOS ESPECIFICADO

(%) DE SÓLIDOS 9.38 8.00 - 10.0

pH 4.1 3.7 - 4.3

CONDUTIVIDADE( cm s / )

380 400 – 750

(%) TEOR ÁCIDO (MEQ) 43 30 - 50

(%) MEQ CORRIGIDO 30.91 29 - 32

(%) SOLVENTE PM 6.73 2.0 - 7.0

(%) SOLVENTE PC 0.68 0.2 - 1.0

De acordo com os resultados das concentrações dos banhos pôde-se observar que osmesmos se encontram dentro dos padrões especificados. Apenas o teor de cloretos permaneceu uma pouco abaixo dos padrões. Onde este pode ser corrigido com sua adição ao banho eletrolítico, garantindo assim uma melhor aderência da camada de metal depositado.

CONCLUSÃO

Concluímos que para obtermos uma boa eletrodeposição e garantir a durabilidade deuma peça é preciso que as superfícies metálicas estejam quimicamente limpas, livres degraxas, óleos ou qualquer tipo de sujeira, a fim de garantir a perfeita aderência das camadasentre o metal zincado e a pintura. E o controle das concentrações dos banhos é fundamental para manter a qualidade das peças. E que a pintura eletroforética catódica para proteção desuperfície metálica é um processo de proteção superficialmente eficiente, pois este tipo de

proteção garante a vida útil de seus produtos por 10 anos ou mais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARGENTIÈRE, R . Novíssimo receituário industrial: enciclopédia de fórmulas e receitaspara pequenas, médias e grandes indústrias / R. Argentière; rev., atual e complementado por Diamantino F. Trindade. – 5º ed. São Paulo: Ícone, 1996. (Coleção ciência e tecnologiaao alcance de todos).

VIEIRA.Álvaro;Vantagens da pintura eletroforética catódica em relação á convencional e da pintura a pó; Tratamento de superfície n° 136;mar/abr de 2006, pág. 30 a 35.

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TRATAMENTO DE SUPERFICIES METÁLICAS ATRAVÉS DAELETRODEPOSIÇÃO EM SOLUÇÃO DE ZINCO

Pós-Graduação em Engenharia Química – Área Engenharia Eletroquímica

Aline Cadigena Lima Patrício – Mestranda do Curso de Pós – Graduação em EngenhariaQuímica

([email protected]),(UFCG)

Kátya Dias Neri – Doutoranda do Curso de Pós – Graduação em Engenharia Química([email protected]),(UFCG),

Maria Roberta de Oliveira Pinto – Professora. Dra. Departamento de Química Industrial([email protected]),(UEPB)

RESUMO – A galvanoplastia tem como função realizar um tratamento de superfície queconsiste em depositar um metal sobre o outro, através da redução química ou eletrolítica para proteção e melhor condutividade sobre a superfície tratada. É um processo para proteçãocontra corrosão de peças de aço ou de ferro fundido. São várias e muito importantes asfinalidades da aplicação destes revestimentos. Podendo ser divididos em fins decorativos etécnicos ou industriais. Para fins técnicos pode ser mencionado a resistência a corrosão, aresistência ao desgaste mecânico e a resistência a altas temperaturas. No processo degalvanoplastia as reações não são espontâneas sendo necessário fornecer energia para queocorra a deposição (eletrólise).

Palavras-chave – Galvanoplastia, Tratamento de Superfícies, eletrodeposição, Zincagem.

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INTRODUÇÃO

De acordo com WERLING (2004) pode-se definir galvanoplastia, como a tecnologiaresponsável pela transferência de íons metálicos de uma dada superfície sólida ou meiolíquido denominado eletrólito, para outras superfícies, sejam elas metálicas ou não. Esse processo em si consiste em uma eletrodeposição onde a peça é submetida a um pré-tratamentoe é colocada numa solução (banho) em uma célula eletrolítica, onde o metal funcionando

como cátodo durante a passagem de corrente. A corrente é causada pela aplicação de umadiferença de potencial entre o ânodo (zinco) e o cátodo. Os íons metálicos da soluçãodepositam-se sobre a peça, formando uma camada metálica protetora.

A eletrodeposição está relacionada ao revestimento de superfícies, onde esses processos são utilizados em banhos galvânicos como zincagem, niquelação e cromação. Pode-se citar como exemplo o revestimento de uma peça com zinco, utilizando ânodo de zinco(zincagem):

Ânodo: Zn Zn+ + e-

Cátodo: Zn+ + e- Zn

A propriedade técnica de maior importância dos revestimentos de zinco é a de proteger o ferro e o aço contra a corrosão. Como o zinco é mais anódico que o elemento ferrona série galvânica, é ele quem se corrói originando a proteção catódica, ou seja, o zinco se

sacrifica para proteger o ferro.

Foi escolhido nessa pesquisa o metal zinco devido as suas grandes vantagens, que são:favorável aderência, proteção contra a corrosão, em muitos casos substitui o posteriortratamento com níquel ou cromo, reduzindo assim os custos e o mais atrativo é um processoeconomicamente viável em qualquer seguimento em escala industrial.

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METODOLOGIA

Inicialmente o material metálico passa por um processo de pré-tratamento químicoonde, o mesmo é feito através de desengraxamento e/ou decapagem, com a finalidade de promover uma perfeita deposição nos tratamentos galvânicos posteriores. Essa limpeza visaremover sujidades ou materiais estranhos da superfície das peças, pois pode interferir, tantono processamento quanto na qualidade da proteção desejada. Ainda que estes resíduos sejam

mínimos, são suficientes para impedir uma boa aderência. Essa etapa é de grande importância, pois a remoção da gordura deverá ocorrer completamente, caso contrário será verificado aformação de manchas nas peças comprometendo todo o processo, ou seja, não obtendo uma perfeita deposição.

Metais ferrosos, por exemplo, podem ser limpos com soluções extremamentealcalinas. O metal passará primeiramente por um processo de desengraxamento onde esse se

encontra aquecido a 80°C e ficará mergulhado por um intervalo de 6 minutos, em seguida ometal é lavado com água e logo após é colocado em uma solução chamada decapagem, essaetapa consiste em retirar possíveis corrosões aderidos à superfície do metal base, passada estaetapa o material é submetido a uma solução de desengraxante eletrolítico onde esta tem comofinalidade retirar as sujidades mais profundas das peças, passadas essas etapas o material serásubmetido a uma solução eletrolítica de zinco e hidróxido de sódio, é exatamente nessa etapaonde o material irá sofrer a eletrodeposição, a qual consiste em o material ficar submerso porcerca de 52 minutos e dois parâmetros que precisam ser controlados são o pH e a temperaturadessa solução, garantindo assim um processo com perfeita eletrodeposição.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A metodologia mencionada anteriormente foi realizada em triplicata para que fosseobservado o comportamento do processo, foi feita uma média aritmética entre os valoresobservados e os resultados encontrados estão dispostos na tabela abaixo.

Tabela1: Resultados referentes à solução eletrolítica de zinco.

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Constituintes Parâmetros Pré-estabelecidos Concentrações médiasencontradas

Zinco metal (Zn°) 12 g/L á 17g/L 15,4g/L

Hidróxido de Sódio (NaOH) 125 g/L á 145g/L 144g/L

pH 8 á 11 9.3

Temperatura 23°C á 31°C 29.6°C

De acordo com os resultados discutidos na tabela acima podemos dizer que pôde-seobservar que o depósito dos respectivos sais na superfície metálica ocorreu de formahomogênea, pois os mesmos se encontram dentro dos padrões pré-estabelecidos, o que

ocasiona uma eletrodeposição satisfatória, sem comprometer o desempenho do processo e adurabilidade da proteção contra a corrosão.

CONCLUSÃO

Concluindo, podemos afirmar que uma superfície devidamente limpa para aeletrodeposição pode ser considerada como sendo aquela que permite o escorrimento da águanuma película continua, ou seja, isenta da quebra-de-água e que para a galvanização éfundamental que as superfícies metálicas estejam quimicamente limpas, livres de graxas,óleos, e qualquer tipo de sujeira, a fim de assegurar a perfeita aderência das camadas. Num processo de galvanoplastia observou-se a importância da eliminação de algumasirregularidades, tais como: A eliminação de impurezas e gorduras através de desengraxantes edecapagem. A importância da lavagem das peças com água após cada etapa para não afetar adeposição sobre a peça e principalmente a composição de cada solução é de primordial

importância. O controle de pH, temperatura são indispensáveis para a perfeita eletrodeposição

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ATENUAÇÃO DO METAL PESADO CHUMBO (Pb+2) EM UMA MATRIZ SÓLIDACOM O CIMENTOPORTLAND

Msc. Clarice Oliveira da Rocha (UFCG), Antonio José Ferreira Gadelha (UFCG) e Dr. AndréLuiz Fiquene de Brito (UFCG)

RESUMO – O metal pesado chumbo é altamente tóxico aos seres vivos e ao meio ambiente.

Uma das formas de tratamento para resíduos sólidos perigosos contaminados com esse metalé a tecnologia de Estabilização por Solidificação (E/S), pois, promove a imobilização eretenção dos contaminantes em uma matriz sólida. O objetivo desse trabalho foi avaliarmateriais estabilizados por solidificação por meio dos ensaios de imobilização doscontaminantes, utilizando o cimento Portland como aglomerante. Para que os resíduostenham destino adequado, é necessário que eles sejam classificados de acordo com a NBR10.004. O ensaio de lixiviação é usado para determinar a periculosidade do material

contaminado. Já, o ensaio de solubilização é submetido para definir as suas respectivasclasses (II A - não inertes ou IIB - inertes). O trabalho foi dividido nas seguintes etapas: preparação dos corpos de prova e avaliação dos materiais estabilizados por solidificação. Osresultados dos ensaios mostram que o resíduo sólido sintético foi classificado como classe I(perigoso) e após o tratamento com a E/S passou para classe II A (não perigoso e não-inerte),sugerindo rotas de destinação final desse resíduo sólido. Portanto, essa tecnologia é um procedimento adequado para imobilizar esses metais numa matriz de cimento.

Palavras-chave – Resíduo sólido; Chumbo; Estabilização por Solidificação.

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INTRODUÇÃO

Os resíduos sólidos perigosos, segundo a CEMIG (2008), “É todo produto que psuas propriedades físicas ou químicas representa riscos para a saúde das pessoas, para asegurança pública ou para o Meio Ambiente”.

Segundo a USEPA (2000), a “estabilização por solidificação (E/S)” tem sido uma cinco principais tecnologias de tratamento para o controle de resíduos perigosos. Dentre os principais agentes aglomerantes inorgânicos destacam-se o cimento Portland , que é um pófino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água.Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar materiais estabilizados por solidificação pormeio dos ensaios de imobilização dos contaminantes, utilizando o cimento Portland comoaglomerante.

METODOLOGIA

Os experimentos foram realizados LABGER-UAEQ-CCT-UFCG. A pesquisacompreendeu de atividades assim distribuídas: i) confecção dos corpos de prova, utilizando-secomo aglomerante (o cimento Portland , tipo II F-32) e o Resíduo Sólido Sintético-RSS(contaminado com chumbo) de acordo com a metodologia de Minochaet al. (2003), foiadotado o Protocolo de Avaliação proposto por Brito (2007); e ii) avaliação dos materiaisestabilizados por solidificação, através dos ensaios de Imobilização dos contaminantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O RSS foi classificado conforme procedimentos descritos na norma de lixiviação(ABNT NBR 10.005, 2004). A concentração de chumbo no RSS (47,4 mg.kg-1) apresentou odobro do limite permissível (20,0 mg.kg-1), logo esse resíduo foi classificado como Classe I(perigoso).

Os resultados obtidos mostram que apenas o tratamento C (26,0 mg.kg-1) ficou acimado LMP, sendo, portanto classificado como Classe I (Perigoso). Os materiais A (13,1 mg.kg-

1), B (5,9 mg.kg-1) e D (16,9 mg.kg-1) foram classificados como Classe II (não perigoso) e

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foram submetidos ao ensaio de solubilização, para definir as suas respectivas subclasses (IIAou IIB).

Os resultados do ensaio de solubilização, para os tratamentos A (5,54 mg.kg-1), B(7,06 mg.kg-1) e D (3,40 mg.kg-1), mostraram que podem ser classificados como não inerte(classe IIA), pois estão acima do limite máximo permissível, que para o chumbo é de 0,02mg.kg-1 (ABNT NBR 10.006, 2004).

CONCLUSÃO

Avaliando os critérios de imobilização dos contaminantes dos materiais contaminadoscom o metal chumbo, após o processo de E/S, pode-se verificar que essa tecnologia é um procedimento adequado para imobilizar esses metais numa matriz de cimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 10.005:Procedimentos para obtenção de Extrato Lixiviado de Resíduos Sólidos. CENWin,Versão Digital, 16p, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 10.006 :Procedimentos para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. CENWin,Versão Digital, 3p, 2004.

CEMIG.Manual de gerenciamento de resíduos sólidos. Belo Horizonte: 2008.

BRITO, A. L. F. Protocolo de Avaliação de Materiais Resultantes da Estabilização porSolidificação.Tese de Doutorado em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de SantaCatarina - UFSC, Florianópolis - SC, 2007.MINOCHA, A. K.; JAIN, N.; VERMA C. L.;Effect of inorganic materials on thesolidification of heavy metal sludge. Environmental Science and Technology Division,Central Building Research Institute, India, 2003. p. 1695-1701.

SPENCE, R. D.; SHI, C.Stabilization and solidification of hazardous, radioactive andmixed wastes. Boca Raton, Florida. Ed. CRC Press. 2005. 378p.

UNITED STATE ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (USEPA),Solidification/Stabilization Resource Guide. EPA-542-R-00-010. Office of Solid Waste andEmergency Response (5102G), Washington,D.C.20460, 2000. Disponível em:<httc://www.cement.org/waste/pdfs/EPASSUseinSuperfund.pdf >. Acesso em: 13 jan 2010.

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PRODUTO ALIMENTÍCIO OBTIDO A PARTIR DO AMIDO DA AMÊNDOA DOCAROÇO DA MANGA ESPADA

Vanessa Crhystina Lacerda Santos (UEPB); Eliane Rolim Florentino (UEPB); Mônica TejoCavalcanti (UFCG)

RESUMO – A agroindústria da manga é uma atividade em expansão e produz grandevolume de resíduos. Assim, estudos são necessários para se avaliar a potencialidade de uso

destes resíduos constituídos por cascas e caroços, sendo esses, ricos em antioxidantes para ouso na indústria de alimentos. A fim de avaliar o potencial de aproveitamento de resíduosindustriais e contribuir para a preservação do meio ambiente, o presente trabalho tem comoobjetivo o aproveitamento do amido do caroço de manga para desenvolvimento de produtosalimentícios. Desta forma, elaborou-se um produto alimentício e nele realizou-se uma análisesensorial triangular. Com duas amostras de biscoitos do amido de milho e uma de amido daamêndoa da manga espada, onde foi questionado aos provadores se os mesmos sabiamdiferenciar os dois tipos de biscoitos e se os mesmos consumiriam o produto diferente. O biscoito elaborado com amido de manga foi indicado como o diferente entre as amostras com41,03%, no teste de preferência o mesmo obteve 28,21%. Os resultados mostraram que o produto elaborado com o amido da manga espada pode ser comercializado pelas indústrias jáque ele apresentou uma boa aceitação quando comparado com o amido de milho.

Palavras-chave – Resíduo; Antioxidantes; Biscoito

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Introdução

A espécie Magnifera Indica L., mais popularmente conhecida como “manga” é uma dasfrutas tropicais mais consumidas no mundo (SAÚCO, 1999). Sendo a oitava em volume decomercialização, em função do seu alto consumo nos países Asiáticos e da América Latina(SCANAVACA JUNIOR; FONSECA; PEREIRA, 2007). Essa fruta pertence a família dasAnacardiáceas e é originaria da Ásia Meridional e Arquipélago Indiano, a planta é nativa do

Ceilão e regiões do Himalaia, onde aparecem em florestas.

A manga apresenta uma composição muito diversificada, podendo as quantidades doscomponentes variarem, de acordo com o estado de amadurecimento do fruto, e dependendo davariedade esses valores são bem significativos (FRANCO, 1999). No Brasil esse frutoapresenta uma variação tanto relacionada à composição quanto ao tamanho, formato e peso.

A base desta pesquisa trata-se de reaproveitar as partes descartadas da manga espada

contribuindo assim para a preservação do meio ambiente. O principal material a ser usado para estudo será a amêndoa contida no endocarpo da manga, semente ou “caroço”, devi omesmo apresentar em seu interior uma amêndoa, rica em amido.

Amido este que é muito usado nas indústrias de alimento que buscam manter ou realçaras propriedades dos produtos mesmo após secagem e estocagem. Nesses casos usam amidoscom propriedades diferenciadas, pois modificam formulações e são mais viáveiseconomicamente do que modificar o processo de fabricação. É utilizado na composição de

molhos, pudins, produtos de confeitaria, embutidos cárneos e substituto de gorduras numagrande variedade de produtos (THOMAS; ATWELL, 1999).

Sendo os objetivos desta pesquisa o reaproveitamento dos resíduos provenientes dasindústrias de polpas de frutas, para a produção de uma formulação alimentícia, com aobtenção do amido da amêndoa do caroço da manga espada. Eliminado assim problemas de poluição ambiental e obtendo um novo produto a ser comercializado, mediante aceitação daanalise sensorial triangular.

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Metodologia

Matéri a-Prima

A matéria-prima utilizada no desenvolvimento desse trabalho foram as amêndoascontidas nos caroços de manga ( Mangifera indicaL.) “tipo espada” provenientes de indústriasde polpa de frutas localizadas no município de Campina Grande, estado da Paraíba. Omaterial foi transportado para o Núcleo de Pesquisa em Alimentos (NUPEA) no Centro deCiências e Tecnologia da Universidade Estadual da Paraíba.

Os caroços da manga passaram pela fase de beneficiamento, onde foram separadas decontaminantes e impurezas, lavados em água corrente e seco em estufa com circulação de ar auma temperatura de 40ºC por 8 horas.

O amido de milho comercial foi usado para fins de comparação com o amido obtidodo caroço da manga e foi obtido em supermercado da região.

Obtenção do A mi do

Figura 1 -Amido da Manga Espada

O amido (Figura 1) foi obtido pelo método descrito por ADEBOWALE et al. (2005),onde 1 kg de matéria-prima foi lavado e cortado em pedaços e imerso em 2,5L de solução de

metabissulfito de sódio a 0,5% por 24h para que a ação enzimática fosse inibida. Logo emseguida, a amostra foi triturada em liquidificador industrial (600 W), em velocidade máxima

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por aproximadamente 2 minutos com uma nova solução de metabissulfito de sódio (0,02%) efiltrado em pano de algodão (abert ura da malha próxima a 100 mesh).

A suspensão de amido filtrada foi decantada por um período de 16 horas, emambiente refrigerado a 5°C. Após decantação, a suspensão teve seu sobrenadantedescartado e foram feitas três lavagens do amido. O resíduo obtido foi transferido para bandejas de alumínio e seco em estufa com circulação de ar a 40ºC, por aproximadamente 12

horas. O amido foi estocado em sacos de polietileno e armazenado sob refrigeração (5°C).

El aboração dos Biscoit os

Os biscoitos de amido foram elaborados a partir de uma formulação composta de 200gde amido (de milho ou da manga), 80g de açúcar, 40g de farinha de trigo e 300g de manteiga.Inicialmente, os ingredientes foram pesados. Após essa etapa, os ingredientes secos forammisturados em um recipiente e em seguida foi acrescentada a manteiga. Pequenas quantidades

da massa obtida foram colocadas em formas forradas com papel manteiga e assados em forno pré-aquecido a 180°C, por aproximadamente 20 minutos. Depois de assados, os biscoitosforam desenfornados e acondicionados em recipientes de vidro lacrados até a realização dasanálises.

Análi se Sensorial

Amostras de biscoitos foram distribuídas aos provadores à temperatura ambiente emrecipiente codificado, com 3 dígitos. A avaliação sensorial foi realizada por uma equipe de 39 provadores não-treinados, professores, funcionários e alunos da Universidade Estadual daParaíba (Campina Grande, PB) de ambos os sexos e com idade entre 20 e 40 anos,representativos do público consumidor.

O procedimento foi efetuado em sala com luz branca, equivalente à luz do dia. Foiaplicado o teste triangular e de preferência onde foram apresentadas aos provadores trêsamostras de biscoitos correspondentes às duas formulações com diferentes tipos de amido,

amido de milho e amido de manga, sendo uma amostra igual e duas amostras diferentes, e foi

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o diferente entre as amostras com 41,03%, seguidos de 35,90% e 20,51% para a amostra de biscoito com amido de milho mostrando que o provador conseguiu observar a diferença naformulação.

Tabela 2: Valores obtidos no teste de preferência dos biscoitos elaborados com os amidos demilho e de manga.

Teste de Preferência

Amostra nº de provadores %

Amido de milho 13 33,33

Amido de milho 15 38,46

Amido de manga 11 28,21

No teste de preferência o biscoito elaborado com o amido de milho comercial obteve38,46% da preferência dos provadores, enquanto o formulado de manga apresentou 28,21%.

As análises de aceitação da formulação alimentícia foram feitas por teste triangularonde os provadores tiveram que diferenciar o formulado de milho do de manga espada (ondeeram duas de amido de milho e uma de amido da manga espada), em seguida dar a opiniãocomo consumidores, onde indicariam se comprariam o produto que eles acharam ser“diferente”. Os formulados foram diferenciados pelos provadores, onde foi identificado c41,03% o biscoito da manga espada, o mesmo obteve uma aceitação de 28,21%, não sendo amaior mais com um bom resultado já que as demais tiveram um diferencial de 38,46% e de28,21% em relação ao número de provadores maior que as do amido de manga.

Conclusão

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Conclui-se que o amido de manga espada apresenta um ótimo rendimento de 53,90%,devido apresentar pouca água em sua composição, e que produtos obtidos a partir do mesmosserão bem aceitos.

Podendo ser comprovado com base nos resultados obtidos da analise sensorialtriangular realizada nos formulado de amido de manga e de milho, onde eram duas de amidode milho e uma de amido da manga espada, em seguida dar a opinião como consumidores,

onde indicariam se comprariam o produto que eles acharam ser “diferente”. Os formulforam diferenciados pelos provadores, onde foi identificado como 41,03% o biscoito damanga espada, o mesmo obteve uma aceitação de 28,21%.

Referências Bibliográficas

[ADEBOWALE, K. O., OLU-OWOLABI, B. I., OLAWUMI, E. K., E LAWAL, O. S.Functional properties of native, physically and chemically modified breadfruit (Artocarpus

artilis) starch.Industrial Crops and Products. v. 21, p.343-351. 2005.FRANCO, B.D.G.M. Tabela de composição química de alimentos. 9 ed. São Paulo: Atheneu,1997. 307 p.

SAÚCO, V. G. El cultivo del mango. Gobierno de Canárias, Consejeria de Agricultura,Ganadería Pesca y Alimentacón Madrid: Mundi Prensa 1999 298 p