Tracando o Perfil Do Consumidor Que Busca Artigos Usados Eou Antigos Nos Brechos de Belo Horizonte

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Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. Curso de Especialização “Lato Sensu” em Marketing e Comunicação TRAÇANDO O PERFIL DO CONSUMIDOR QUE BUSCA ARTIGOS USADOS E/OU ANTIGOS NOS BRECHÓS DE BELO HORIZONTE 1 Wânia Marillac da Silva 2 Luiz Antônio de Carvalho Godinho 3 Belo Horizonte, 04 de abril de 2009. RESUMO Este artigo tem a pretensão de contribuir para o estudo do comportamento do consumidor no mercado de modas, mais especificamente, o consumidor de peças usadas ou antigas comercializadas em brechós na cidade de Belo Horizonte. Possibilitando assim ao profissional de marketing ou mesmo ao empreendedor, traçar estratégias de marketing para atrair o público- alvo, criando estímulos e gerenciando a demanda de produtos. Palavras-chave: consumidor, comportamento, marketing, varejo, moda ABSTRACT 1 Título do Artigo Científico 2 Graduada no Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais e aluna do Curso de Especialização “Lato Sensu” em Marketing e Comunicação do Centro Universitário UNI-BH 3 Professor e orientador de Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Especialização em Marketing e Comunicação do Centro Universitário UNI-BH

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Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BHPró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão.Curso de Especialização “Lato Sensu” em Marketing e Comunicação

TRAÇANDO O PERFIL DO CONSUMIDOR QUE BUSCA ARTIGOS USADOS E/OU ANTIGOS NOS BRECHÓS DE BELO HORIZONTE1

Wânia Marillac da Silva2

Luiz Antônio de Carvalho Godinho3

Belo Horizonte, 04 de abril de 2009.

RESUMO

Este artigo tem a pretensão de contribuir para o estudo do comportamento do consumidor

no mercado de modas, mais especificamente, o consumidor de peças usadas ou antigas

comercializadas em brechós na cidade de Belo Horizonte. Possibilitando assim ao

profissional de marketing ou mesmo ao empreendedor, traçar estratégias de marketing para

atrair o público-alvo, criando estímulos e gerenciando a demanda de produtos.

Palavras-chave: consumidor, comportamento, marketing, varejo, moda

ABSTRACT

This article has the claim of there contributes to the study of the behavior of the consumer in

the market of fashions, more specifically, the consumer of worn-out or ancient pieces

marketed in brechos in the city of Belo Horizonte. Making possible so to a marketing

professional or even to an entrepreneur, to draw strategies of marketing to attract the target-

public, creating stimuli and managing the demand of products.

Key-words: consumer, behavior, marketing , retail , mode

1 Título do Artigo Científico2 Graduada no Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais e aluna do Curso de Especialização “Lato Sensu” em Marketing e Comunicação do Centro Universitário UNI-BH3 Professor e orientador de Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Especialização em Marketing e Comunicação do Centro Universitário UNI-BH

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1 INTRODUÇÃO

Para suprir as necessidades e desejos de milhões de consumidores, as

indústrias investem na inovação e produção de bens de forma desgovernada; sendo

poucas que se preocupam com os resíduos gerados pelos processos de fabricação,

assim como com o descarte pós-uso destes produtos.

Vindo em direção contrária a estas novidades, os brechós passam a ser uma

nova opção de compra para o consumidor, e estão se espalhando pelas grandes

cidades. Surge daí uma necessidade de saber quem é, o que leva este consumidor

a buscar produtos já utilizados por outras pessoas, identificar seus hábitos de

consumo e o que ele espera satisfazer com este novo comportamento de compra.

Conhecendo o perfil deste consumidor, será possível aos profissionais de marketing

ou empreendedores traçar estratégias para conseguir um melhor posicionamento no

mercado, aumentar a competitividade, conquistar e manter este público interessado

neste tipo de produto oferecido pelos brechós.

As hipóteses a serem investigadas, evidenciadas e confirmadas ou não por

este estudo, são:

. As pessoas estão cansadas das novidades, do excesso de marcas e também de

tentar acompanhar os diversos lançamentos e tendências do mundo da moda;

. Estão vendo brechós como uma maneira de economizar e enfrentar a crise

financeira, que vem preocupando a todos e avançando cada vez mais em vários

segmentos importantes do país.

. As pessoas têm procurado os produtos vintage como forma de diferenciação ou

estilo, e querem se destacar através de um visual criativo e menos padronizado;

. Buscam nos brechós artigos de marcas famosas e conhecidas, com preços mais

acessíveis, sem se importar se são ou não de coleções passadas.

Este artigo procura responder as questões já mencionadas, além de

possibilitar um conhecimento maior da bibliografia relacionada ao tema.

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2 MARKETING

2.1 Conceitos

Embora muito se fale em marketing, poucas pessoas sabem realmente o que

significa, ou o entendem de maneira limitada. Confundem marketing com vendas ou

propaganda, ou seja, tem uma idéia equivocada sobre seu verdadeiro conceito.

A venda está voltada para as necessidades do vendedor; o marketing, para as necessidades do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor de converter seu produto em dinheiro; o marketing, com a idéia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo um conjunto de coisas associado a sua criação, entrega e consumo final.(LEVITT, 1960 conforme KOTLER, 2006, p.14)

Aqui estão reunidos conceitos retirados de algumas fontes para que se possa ter

uma idéia de como cada autor percebe o marketing, e como este é aplicado dentro

das empresas.

Marketing é função única da empresa moderna, e que tem por objetivo conquistar e preservar clientes. (DRUCKER, 1954)

Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos. (RICHERS, 1986)

Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício. (KOTLER e ARMSTRONG, 1999)

Marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. (KOTLER e KELLER, 2006) 

 Ao verificar o que diz a literatura sobre o assunto é possível perceber que os

autores também não possuem um único conceito e sim vários, sendo que a maioria

tem um ponto em comum, a preocupação permanente em encontrar soluções para o

atendimento às necessidades e satisfação dos clientes. Sendo este, o diferencial

entre empresas que realmente praticam o marketing e aquelas que acreditam estar

praticando, mas na verdade voltam seus esforços apenas para vender seus

produtos, pouco se preocupando se aquilo que estão oferecendo corresponde ou

não às expectativas de seus clientes.

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2.2 Marketing no Varejo

2.2.1 Conceitos

De acordo com Richter (2005, apud GARCIA; LAS CASAS) “Varejo é o

processo de compra de produtos em quantidade relativamente grande dos

produtores atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em quantidades

menores ao consumidor final.” Outra definição usada por muitos autores é que o

varejo consiste na atividade comercial responsável por providenciar mercadorias e

serviços desejados pelos consumidores.

No entanto a definição mais utilizada é a fornecida pela American Marketing

Association, na qual o varejo é definido como uma unidade de negócios que compra

mercadorias de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

a consumidores finais e, eventualmente, outros consumidores.

Para Kotler, Keller (2006, p.500,501) “O varejo inclui todas as atividades

relativas à venda de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final, para uso

pessoal e não comercial. Um varejista ou uma loja de varejo é qualquer

empreendimento comercial cujo faturamento provenha principalmente da venda de

pequenos lotes no varejo. Qualquer organização que venda para os consumidores

finais – seja ela um fabricante, atacadista ou varejista – está fazendo varejo. Não

importa como os produtos ou serviços são vendidos (pessoalmente, pelo correio, por

telefone, por máquinas de vendas ou pela internet) ou onde eles são vendidos (em

uma loja, na rua, na casa do consumidor).

2.2.2 Tendências

O varejo moderno tende a ser de melhor qualidade e de maior presteza.

Dentre as principais características pode ser destacado o fato de que a atividade

varejista não deve se restringir às suas instalações físicas, o uso da internet como

ferramenta é fundamental, além de outras que não podem ser desprezadas como

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serviço domiciliar (na casa do cliente) e por telefone; a emoção deve estar

destacada como uma forma de atrair e reter clientes, a criatividade tem de ser

colocada em prática para despertar sentimentos nos clientes para que ele possa

perceber valor em cada produto oferecido; o ponto de encontro com o consumidor,

seja ele físico ou não, deve ser atraente e de fácil acesso. (COBRA, 2007)

2.2.3 Estratégias

As estratégias para o varejo são inúmeras e vão do emocional ao racional

com uma velocidade arrasadora. O papel do varejista é aguçar o prazer advindo da

posse de um bem ou serviço. Entre as sugestões para o varejo de moda, destacam-

se, entre outras, as seguintes estratégias:

Agregar valor a cada transação para que o cliente sinta que está fazendo um

ótimo negócio; inovar sempre; proporcionar quantas conveniências for possível; criar

um ambiente de destaque; investir em informações para obter vantagens

competitivas; procurar determinar o melhor mix de marcas para o público-alvo;

investir na satisfação do consumidor, para que ele se sinta feliz e retorne à loja para

novas compras além de recomendá-la para outras pessoas; investir no

entendimento dos consumidores, procurando saber o que eles desejam, quais são

suas verdadeiras necessidades e pensar sempre que, em todo momento se está

oferecendo não só o produto, mas serviços e que estes não terminam com a venda

do produto, portanto prestar um pós-venda de qualidade e eficaz é a chave para

manter o cliente satisfeito e feliz. (COBRA, 2007)

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3. O MERCADO DE MODA

O segmento de moda é um dos que mais cresce no Brasil e no mundo. A

indústria da moda hoje ocupa o sétimo lugar entre as maiores do mundo, e é

inegável sua importância para o desenvolvimento de um país devido a sua

capacidade de gerar empregos e riquezas.

Segmento

Refere-se a um grupo de consumidores que pode ser efetivamente atendido e atingido por meio do mesmo esforço de marketing.

Segmentar significa agrupar, em grupos homogêneos, consumidores de determinada categoria de produtos que possuam características semelhantes. Isso deve ser realizado à luz de critérios geográficos, demográficos, sócioeconômicos (como renda, classe social, tipo de ocupação, etc.) e psicográficos (com base em estilo de vida e comportamentos diversos). (COBRA,2007, p.89)

E o consumo de artigos de vestuário, calçados e acessórios cresce de maneira

surpreendente a cada ano. A indústria investe em tecnologia para trazer inovações

para o consumidor que está cada vez mais exigente.

Fala-se muito em moda, em estar ou não na moda, mas o que exatamente

seria moda? Não há apenas uma definição ou conceito para moda, segundo Cobra

(2007, p.9) “Na realidade é muito difícil encontrar uma definição definitiva e

inequívoca do conceito de moda, uma vez que não há uma interpretação objetiva e

unânime sobre o tema, principalmente em nível internacional.” Para Wilde (2007,

apud COBRA) moda “é uma forma de feiúra tão intolerável que temos de alterá-la a

cada seis meses”. Para Nystron (1928, apud COBRA,2007) moda “é nada mais

nada menos que o estilo predominante em qualquer momento específico”. Para

Sproles (1979, apud MOWEN, 2003) moda “é um conjunto de comportamentos

temporariamente adotados por um povo devido ao fato de esses comportamentos

serem considerados socialmente apropriados para a época e a situação”. E para

uma das maiores estilistas do mundo da moda, Chanel ([19--] apud COBRA, 2007)

“a moda é o que sai de moda”. Esta é uma definição que tem um sentido maior para

aquele consumidor que procura por artigos de bazares e brechós.

A moda é dinâmica por natureza na medida em que muda constantemente ao longo do tempo. (MOWEN; MINOR, 2003)

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4. O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Compreender os motivos que orientam o comportamento humano sempre foi

um desafio para a maioria dos estudiosos de diferentes áreas.

O estudo do comportamento do consumidor envolve a antropologia, a sociologia, a psicologia, entre outras esferas das ciências comportamentais. Afinal, o ser humano é consumista por sua própria necessidade natural de sobrevivência e de aceitação social nas “tribos” em que vive.(COBRA, 2007, p.79)

Sabe-se que:

O comportamento do consumidor é comportamento aprendido. A experiência provoca mudanças no conhecimento, nas atitudes e também no comportamento de compra. Experiências positivas levam o consumidor a repetir a compra, ao passo que experiências negativas desestimulam compras futuras. No estudo de motivação há dois tipos de abordagem: a cognitiva e a comportamental. A abordagem cognitiva tem como foco os processos mentais e fatores como a repetição e a correta elaboração [...]. A abordagem comportamental leva em conta os condicionamentos aos quais o indivíduo é submetido ao longo da vida. Compreender esses fatores é a chave para entender como as pessoas se comportam em relação a produtos de moda. (COBRA, p.89)

Cientes de que para o sucesso dos negócios é necessário alinhar seus

interesses aos de seus clientes, as empresas procuram conhecer e compreender os

motivos que levam estes a consumir seus produtos. Valorizar os clientes,

procurando atender às suas expectativas em relação aos serviços e produtos

oferecidos, é uma maneira de conseguir um espaço significativo no mercado e

enfrentar a concorrência acirrada. Embora poucas empresas estejam aderindo a

esta prática, com o tempo elas terão que acordar para este fato para conseguir

sobreviverem, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes e cientes de

seus direitos, amparados pelo Código de Defesa do Consumidor.

O propósito do marketing é satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores por meio da produção de produtos e serviços. Assim, conhecer as pessoas, suas necessidades, seus desejos e seus hábitos de compra torna-se fundamental para a eficaz administração mercadológica. (SAMARA; MORSCH, 2005a)

O perfil, as características, as motivações e os interesses do consumidor sofrem todo tipo de influências. Desde aspectos sociais, demográficos, culturais, psicológicos e situacionais até importantes estímulos de marketing (produto, preço, praça e promoção) afetam e impulsionam as atitudes e as ações dos indivíduos em suas decisões de consumo. (SAMARA; MORSCH, 2005b)

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5. BRECHÓS SE TORNANDO CADA VEZ MAIS UMA BOA OPÇÃO DE COMPRA

Os brechós são locais em que o tempo de certa forma não passa, é onde as

mudanças da moda não são sentidas, e o que se encontra são diversos objetos que

simbolizam uma época passada, que para muitos tem um significado especial e

único. São estabelecimentos comerciais em que se comercializa produtos antigos e

usados, estes podem ser roupas, objetos, móveis, acessórios, sapatos, brinquedos e

qualquer outro objeto que não pertença ao tempo presente. Os artigos mais antigos

e mais representativos de uma determinada época são chamados de “vintage”.

Vintage é um termo originalmente aplicado a colheitas de vinhos, como o vinho do Porto, em que as condições de produção contribuem para uma qualidade excepcional. A sua origem ou significado vem de vint relativo à safra de uvas e age de idade. Mas o termo vintage é hoje amplamente utilizado para objetos e coisas que, assim como alguns vinhos, adquiriram uma conotação de nobreza com o passar do tempo. Ou seja, são artigos de interesse para colecionadores. Na moda é utilizado para designar recuperação de estilos dos anos 20, 30, 40, 50 e 60. Alguns estilistas atribuem ao retorno das modas setentistas e oitentistas um certo teor Vintage, mas, por serem relativamente recentes, o termo não é amplamente atribuído a estas décadas.( http://saltoagulha.com/_pages/vintage.htm grifo do autor )

Muitos consumidores passaram a aderir à moda vintage para estabelecer seu

próprio estilo e criar um diferencial. Este é um novo consumidor, que pesquisa,

reconhece o valor do produto que busca, exige qualidade e durabilidade (geralmente

encontradas em produtos mais antigos), e é consciente de que adquirindo um

produto usado, estará contribuindo com a preservação da natureza e do ambiente

em que vive, pois estará reduzindo o descarte e o acúmulo de lixo.

O novo conceito que se tem visto nos brechós atualmente é de um local em

que há a preocupação com o layout da loja, limpeza e organização das peças a

serem vendidas é sempre uma surpresa agradável para o cliente que vai em busca

de algum produto; diferente do conceito que se tinha antes de um lugar sujo,

bagunçado e muitas vezes com cheiro de mofo. Assim disse Helena Prates, gerente

do Balaio de Gatos Brechó e Antiquário de Porto Alegre em entrevista para um

artigo do site Planeta Terra, a título de ilustração:

O mercado de artigos usados era preconceituosamente tido como coisa de velho, de morto ou de pobre.

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6. METODOLOGIA

É muito importante que o empreendedor invista em pesquisas para traçar um

perfil mais detalhado do seu público-alvo e assim tentar atender de maneira

satisfatória suas expectativas em relação ao produto ofertado.

Cobra (2007, p.79) menciona que

[...] as estratégias de marketing devem estar assentadas em estudos do comportamento de compra do consumidor de artigos regidos pelos ditames da moda e, em segundo lugar, porque as estratégias de comunicação devem levar em conta o que o consumidor quer ouvir. E, por fim, porque o processo de venda deve estar focado no consumidor de moda. E a satisfação do consumidor é o propósito de qualquer negócio. Satisfazer o cliente é importante, mas é apenas uma parte do caminho. O objetivo da venda é tornar o cliente um comprador freqüente e, se possível leal à marca. Dessa forma, o importante não é vender, mas proporcionar emoções e satisfações. É a chave do sucesso em negócios da moda que o consumidor seja levado a fantasiar o produto e concretizar a compra.

Em relação aos métodos utilizados, num primeiro momento foram coletados

dados secundários através de fontes como sites da internet, entrevistas veiculadas

na televisão, artigos publicados em revistas da área, entre outros, para obter

informações sobre o mercado e o negócio de brechós.

Num segundo momento realizou-se uma pesquisa conclusiva e quantitativa

para coleta de dados primários, através de um questionário estruturado, aplicado

numa amostra representativa e não-probabilística da população estudada.

A população alvo objeto de amostragem é formada por pessoas que

freqüentam brechós, independente de classe social, estado civil, idade ou qualquer

outro critério, porque foi justamente este um dos propósitos da pesquisa, conhecer o

perfil deste tipo de consumidor.

A pesquisa de campo foi realizada na região metropolitana de Belo Horizonte,

por se tratar de uma cidade conhecida ainda por ter uma sociedade mais

convencional e tradicional, e em que as mulheres são reconhecidas pela sua

elegância e cuidado com a aparência. Belo Horizonte também possui um dos mais

conhecidos centros atacadista de roupas (Barro Preto), freqüentado por pessoas em

busca de produtos para abastecerem suas lojas em diversos pontos do país. Além

de também vender no varejo para um público que está sempre em busca de

novidades.

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Por toda cidade existem lojas de vários tamanhos voltadas para a venda de

roupas e acessórios, onde a presença de brechós ainda não é muito notória. O

bairro Savassi, localizado na região centro-sul, possui alguns dos poucos brechós

existentes e mais conhecidos pelo consumidor de artigos usados, e já estão

estabelecidos no mercado há mais tempo.

Portanto notou-se a possibilidade de estudar um segmento num momento de

crescimento, facilitando assim o acompanhamento de todo o processo.

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7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O questionário foi aplicado para 60 pessoas no período de 01 a 13/06/2009, já

incluída a realização do pré-teste e alterações que se fizeram necessárias. As

perguntas do questionário foram relacionadas às compras efetuadas em brechós;

como conheceu este tipo de estabelecimento comercial, quais produtos adquiriu, a

quem estes foram destinados, avaliação do atendimento e ambiente físico, o que se

está buscando (preços baixos, produtos de griffe, qualidade, durabilidade, produtos

diferenciados), além de outros dados como faixa etária, sexo, estado civil, renda

mensal, profissão, região onde reside em Belo Horizonte, e também a forma como

costuma pagar suas compras (cartão de crédito, cheque, carnê e dinheiro). Dentre

estas pessoas, 74% foram do sexo feminino, 23% do sexo masculino e 3% não

selecionaram nenhuma das opções. Ao serem perguntadas se já compraram em

brechós, 52% disseram que sim e 48% não, dentre estas, 69% afirmaram que

comprariam se tivessem oportunidade e 31% não, alegando não saber a

procedência das roupas e por já terem sido usadas por outra pessoa.

A faixa etária dos respondentes é de 45% de 26 a 35 anos, 26% de 36 a 45

anos, 19% até 25 anos e 10% acima de 45 anos. São 34¨% casados, 23 %

solteiros, 20% separados, outros 20 % não responderam e 3% viúvos.

Sobre a renda individual de cada entrevistado a pesquisa apontou que 68%

recebe de R$501,00 a R$1.500,00, 13% até R$500,00, outros 13% não respondeu

esta questão, 6% recebe de R$1501,00 a R$2.500,00 e nenhum disse ter uma renda

acima de R$2.500,00.

Quanto as profissões dos entrevistados, surgiram as mais diversas, porém a

maior parte delas está ligada as áreas comercial e administrativa. Em relação a

região onde reside, a maior parte dos entrevistados 24% não souberam responder,

dentre os que responderam, 19% (cada) residem nas regiões leste e Barreiro, 10%

(cada) centro-sul e nordeste, 6% (cada) nas regiões oeste, Pampulha e Venda

Nova, nenhum disse residir nas regiões norte e noroeste da cidade. Notou-se

portanto que a divisão da cidade em regionais dificulta as pessoas saberem a qual

pertence o bairro onde residem.

A pesquisa mostrou que 55% dos clientes de brechó ficaram conhecendo o

estabelecimento por indicação de familiares ou amigos, e que 45% foi ao passar

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perto do local, nenhuma outra opção foi marcada como anúncio em jornal, matéria

na internet, panfletos ou outro meio de divulgação. É a propaganda boca-a-boca a

responsável pela sobrevivência deste tipo de estabelecimento comercial, pois são

raros os anúncios de publicidade na mídia existente e parte significativa também dos

clientes chegaram a conhecer o brechó apenas por acaso.

Sobre os produtos que foram comprados nos brechós, todas as opções foram

marcadas, sendo que 32% adquiriram roupas, 28% sapatos, 26% acessórios (cintos,

bijuterias, lenços e chapéus), 7% móveis, e também 7% outros artigos citados por

eles como, brinquedos, quadros e outros objetos de decoração. Estes produtos

comprados foram destinados 75% para uso próprio, 19% para seus familiares, 3%

para amigos e também 3% para outros fins citados por eles como, decoração de

ambientes corporativos. É importante a qualquer lojista, inclusive aos donos de

brechós, manterem um mix de produtos atraente e bem selecionado para conseguir

atrair os clientes.

Outro resultado apontado pela pesquisa é que ao comprar em brechós 33%

das pessoas estão em busca de preços baixos, 32% de produtos diferenciados,

griffe e qualidade 13% cada uma, e 9% se preocupam apenas com a durabilidade,

nesta questão foi dada ao respondente a possibilidade de marcar mais de uma

opção.

Em relação ao atendimento nos brechós de uma maneira geral, nos brechós

que costumam freqüentar, 51% dos consumidores acham bom, 23% regular, 16%

ótimo, 10% ruim e nenhum considerou péssimo. As experiências positivas de

compra como disse Cobra anteriormente, levam o consumidor a repetir a compra, e

também a ser o grande divulgador do produto, marca ou loja. De acordo com as

respostas percebe-se que os consumidores não estão insatisfeitos com o

atendimento, mas também não o percebem como o desejado ou merecido, prova

disto é o baixo índice da avaliação como ótima. É necessário se dar uma atenção

maior a este fator, que é um dos mais reclamados no varejo.

Quanto a apresentação física (ambiente) dos brechós que conhecem, 36%

considera regular, 29% boa, 19% ruim, 10% ótima e 6% péssima. Fato curioso neste

item foi a necessidade dos entrevistados em comentar sua percepção quanto às

experiências vividas nos brechós que frequentam ou já frequentaram, a maior parte

reclamou da falta de organização dos produtos, que costumam ficar amontoados ou

dispostos em araras sem nenhum critério, falta de higiene ou cuidados tanto com o

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aspecto da loja quanto de roupas e sapatos e mistura com produtos eletrônicos de

todos os tipos o que descaracteriza o tipo de negócio. Muitas destas reclamações se

referem a brechós que se encontram em bairros da periferia em que os proprietários

fazem do espaço uma espécie de topa-tudo e bazar, sem se preocupar em atender

bem os clientes, tornar sua experiência agradável, e querem apenas desovar seus

produtos. É certo que outros como o brechó Santíssima, que já tem 12 anos de

tradição na cidade e aplica o marketing para tornar esta experiência positiva para o

cliente. Ainda assim, o novo conceito de brechós citado em matérias encontradas

sobre o assunto, está presente em um número reduzido de brechós de Belo

Horizonte, ao contrário dos encontrados em São Paulo e Rio de Janeiro, onde há a

preocupação em cativar os clientes através de um bom atendimento, layout de loja

atraente, serviços e produtos diferenciados.

Outro fator que foi citado pelos entrevistados, é a distância que a maioria tem

de percorrer para ir aos brechós localizados na Savassi, que eles consideram como

os melhores da cidade, isto impede que se tornem consumidores mais frequentes.

Geralmente só vão ao brechó quando precisam resolver algo perto do

estabelecimento e aí aproveitam para ver se há alguma novidade ou produto com

preço atraente.

Os entrevistados costumam pagar suas compras com dinheiro (60%), cartão

(26%), cheque (12%) e carnê ou boleto bancário (2%).

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8. CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa é possível traçar um perfil do

cliente de brechós e o que ele busca ao entrar neste tipo de estabelecimento. É um

cliente que gosta de produtos diferenciados, qualidade, durabilidade, marcas

conhecidas e com preços atrativos. Costuma pagar suas compras na maioria das

vezes em dinheiro e utiliza muito o cartão de crédito, gostaria de comprar com mais

frequência os produtos, mas tem dificuldade no acesso a eles devido à localização

das lojas.

Há também uma pequena mas crescente participação de consumidores do

sexo masculino que compram em brechós. E dentre aqueles que nunca compraram

em brechós existe uma grande chance de virem a ser clientes pois vêem com

simpatia este tipo de aquisição. Mas há muito o que se fazer em relação ao uso do

marketing neste tipo de negócio, desde a elaboração de um layout adequado do

ambiente físico até o pós-venda que geralmente não é realizado. Falta aos donos de

brechós orientação no sentido de trabalhar duma maneira mais profissional para que

consiga atrair mais clientes para suas lojas, tornando sua ida uma experiência cheia

de sensações agradáveis, pois o ambiente em si já os remete certamente a tempos

vividos que marcaram suas vidas, portanto isto deve ser aproveitado, usando os

recursos adequados para provocar estes sentimentos. Num brechó não se vende

apenas produtos, mas emoções. Outro ponto que pode ser trabalhado é o diferencial

do brechó, seja com um mix variado de produtos, ou mesmo com de produtos mais

específicos como é o caso dos vintage.

É fundamental contudo, saber ouvir o que os clientes desejam, seja através

de conversas informais, pesquisas de mercado, avaliação da satisfação dos

serviços, ou outro instrumento que possa ajudá-los a aferir o que de fato estão

oferecendo a seus clientes e como podem realmente atendê-los.

Toda estratégia de marketing deve ser utilizada para alavancar as vendas,

uma boa e ampla divulgação também é recomendada, visto que embora a

propaganda boca-a-boca seja eficiente, tem sido a única utilizada neste tipo de

empreendimento.

Os donos de brechós devem se preocupar com o ambiente da loja e quanto

ao aspecto dos produtos que oferecem, dando a devida atenção à higiene,

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organização e conservação desses. Medidas como estas podem diminuir o

preconceito ainda existente em relação a produtos já utilizados por outras pessoas,

e que gera certo desconforto e mesmo rejeição por não se saber sua procedência.

Ser criativo e conhecer um pouco do mundo da moda também é de grande

valia neste tipo de negócio, podendo encontrar novas oportunidades e maneiras de

se comercializar este tipo de produto. Portanto, é recomendável estar sempre

informado e manter uma boa rede de relacionamentos.

Todo e qualquer esforço de marketing que for feito dará um excelente retorno

não só para o empreendimento quanto para o consumidor de produtos de brechós e

fará com que ele continue sendo um cliente leal.

Em relação às hipóteses levantadas no início do artigo confirma-se a busca

por produtos diferenciados, de melhor qualidade e durabilidade. As pessoas querem

encontrar produtos exclusivos ou pelo menos aquele que não se vê produzido em

grande escala. É confirmada também a procura por roupas de griffe, contanto que

tenha um preço baixo, nesta hora não importa se é um produto de outra estação ou

de coleções passadas, o que importa é trazer satisfação para quem está usando.

O brechó torna-se uma ótima opção realmente para quem quer economizar

levando para casa um produto de excelente qualidade por um preço considerado

justo.

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COBRA, Marcos. Marketing e Moda. 1ed. São Paulo: SENAC, 2007.

KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do Consumidor. 2ed. São Paulo: Atlas, 2004.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: Conceitos, exercícios, casos.7 ed. São Paulo:Atlas, 2005

LAS CASAS, Alexandre Luzzi; GARCIA, Maria Tereza. Estratégias de Marketing para Varejo – Inovações e diferenciações estratégicas que fazem a diferença no marketing de varejo. 1ed. São Paulo:Novatec, 2007.

MOWEN, John C.; MINOR, Michael S. Comportamento do Consumidor. 1ed. São Paulo, 2003.

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VIVANE, Gladis; BULHÕES, Talita. Vintage: A volta ao passado. Disponível em: <http://saltoagulha.com/_pages/vintage.htm > Acesso em: 10 abr. 2009.

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10. BIBLIOGRAFIA

DIÁRIO ONLINE. Empresa Jornalística Diário do Vale. Quando o usado é um luxo. Disponível em: < http://www.diarioon.com.br/arquivo/4990/lazer/lazer-23212.htm> Acesso em: 09 jun. 2009.

ERNER, Guillaume. Vítimas da Moda? Como a criamos, por que a seguimos . 1ed . Senac:2005.

GONZALEZ, Amelia. Moda também pode desfilar sustentabilidade. Disponível em:<http://oglobo.globo.com/blogs/razaosocial/post.aspt=moda_tambem_pode_desfilar_sustentabilidade&cod_Post=75137&a=297>Acesso em: 03 mai. 2009.

LAGUARDIA, Helenice. Procurando, acha onde comprar tudo de segunda mão. O Tempo, Belo Horizonte, 31 maio, 2009. Economia, p.14.

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada. 4ed. Bookman, 2006.

MARTINI, Elis. O antigo com cara de moderno: a moda dos brechós. Disponível em:<http://planetaterra.terra.com.br/interna/0,,OI3206990-EI11909,00.html> Acesso em: 05 mai. 2009.

MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing – Edição Compacta. 3ed. São Paulo:Atlas, 2001.

OLIVEIRA, Paulo Fernando Dias de. Marketing de Varejo de Moda. Disponível em:<http://www.comunidademoda.com.br/marketing-de-moda-varejo-de-moda.html> Acesso em: 03 mai. 2009.

PORTAL SÃO FRANCISCO. Moda Brechó. Disponível em: < http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/mulher-roupas/moda-brecho.php> Acesso em: 06 abr. 2009.

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TAVARES, Raquel. O estudo da prospecção de tendências de moda e consumo. Disponível em:<http://www.profissaomoda.com.br/?acao=colunistas&subacao=ler&id=87o> Acesso em: 05 mai. 2009.

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ANEXO A

PESQUISA DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MARKETING E COMUNICAÇÃO UNI BH - BRECHÓS

Entrevistador: Data

Q.2 - De que maneira ficou conhecendo o brechó?

indicação (familiares ou amigos) anúncio em jornal passou perto do local matéria na internet panfletos outros (especifique) _____________________ não lembra

Q.8 - De maneira geral como considera a apresentação física (ambiente) dos brechós que conhece?

péssima ruim regular boa ótima NS NR

Q.9 – Costuma pagar suas compras com: (pode marcar mais de uma opção)

cartão de crédito cheque carnê (boleto) dinheiro

Q.12 – Estado civil: solteiro casado separado viúvo

Q.13 – Renda mensal:

até R$500,00 de R$501,00 a R$1.500,00 de R$1.501,00 a R$2.500,00 acima de R$2.500,00

Q.14 – Profissão: ________________________________________________

Q.1 - Você compra ou já comprou em brechós? sim (vá para Q.2) não (vá para Q.4)

Q.3 – Que tipo de produtos você comprou? (vá para Q.5)

roupas sapatos móveis acessórios (cintos, bijuterias, lenços, chapéus) outros (especifique) ________________________________

Q.4 - E você compraria?

sim ( fim da pesquisa) não (por que?)___________________________________ Obrigada por sua participação!

Q.7 – Como avalia de maneira geral o atendimento nos brechós?

péssimo ruim regular bom ótimo NS NR

Q.15 – Região onde reside em BH

Centro-Sul Oeste Barreiro Venda Nova Pampulha Nordeste Norte Leste Noroeste NS

Q.6 – Ao comprar em brechós você está em busca de: (pode marcar mais de uma opção)

preços baixos produtos/peças de griffe (marca) qualidade durabilidade produtos diferenciados

Hora ____:____

Q.11 - Sexo:

feminino masculino

Q.5 - Compra produtos em brechós para: (pode marcar mais de uma opção)

você familiares amigos outros (especifique) _________________________________________

Q.10 – Sua faixa etária:

até 25 anos 26 a 35 anos 36 a 45 anos acima de 45 anos