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Tradução de: Recalibration Cycles and Goals At. Rockwell International Corporation in Anaheim, Rolf B .F. Schumacher AGRADECIMENTOS Agradeço à Marlene Schumacher por ter concedido autorização para tradução deste trabalho

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Tradução de: 

Recalibration Cycles and Goals At. Rockwell International Corporation in Anaheim,  

Rolf B .F. Schumacher 

 

 

AGRADECIMENTOS 

Agradeço à Marlene Schumacher por ter concedido autorização para tradução deste trabalho 

 

 

 

Ciclos de calibração e Metas na Rockwell International Corporation em Anaheim

Rolf B. F. Schumacher

 

Texto integral, traduzido por M.Cristina R.D.Zernik 2

QUANDO OS INSTRUMENTOS DEVEM SER RECALIBRADOS 

Para que os  instrumentos de medição façam medições confiáveis devem ser calibrados e, como é de conhecimento  geral,  a  calibração deve  ser  feita de  tempos em  tempos. O  sistema da qualidade da Rockwell  International  Corporation  em  Anaheim,  bem  como  a maioria  dos  sistemas  da  qualidade industrial, possui um sistema de “recall” para  ter  tais  instrumentos  recolhidos ao  laboratório com o intuito de realizar sua calibração, embora a maioria das calibrações atualmente não seja executada no laboratório, mas no local de uso. 

Na Rockwell, verifica‐se se  instrumentos de medição e ensaios ainda estão dentro da  tolerância nas calibrações periódicas. As tolerâncias dos  instrumentos são definidas por seus usuários num trabalho de  engenharia  e  desenvolvimento  e  pelas  funções  de  engenharia  experimental  da  qualidade  para produção. Muitas organizações simplesmente usam as especificações dos fabricantes, mas na Rockwell em Anaheim, concluiu‐se que seria mais econômico calibrar os instrumentos somente nas faixas e com a exatidão necessária para o uso pretendido. A partir disso,  foram desenvolvidas especificações de calibração  e  ajuste  “CSS”  para  todos  os  instrumentos  e,  frequentemente,  existem  diferentes especificações  para  um  determinado  instrumento;  a  especificação  utilizada  para  calibração  é identificada em uma etiqueta afixada no equipamento. Se um  instrumento estiver  inexato, ou  seja, fora da tolerância, o mesmo é colocado novamente dentro da faixa especificada, em geral, por meio de ajuste. 

Se  um  instrumento  está  dentro  da  tolerância,  nenhum  ajuste  se  faz  necessário,  mas  vários metrologistas adotam a prática de executar um pequeno ajuste para  fazer  com que a  indicação do instrumento seja a mais próxima possível do valor desejado. Estas práticas são proibidas na Rockwell em Anaheim  (OM  F&E‐3.1, B.1). Muitos  instrumentos  flutuam  continuamente dentro de uma  faixa estreita e um ajuste em um  lado da faixa de  flutuação pode causar uma saída da faixa de tolerância logo  após  a  calibração.  Este  precedente  não  inclui  circunstâncias  em  que  o  comportamento  do instrumento  é  bem  conhecido.  Mas,  como  o  comportamento  dos  instrumentos  normalmente  é imprevisível, especialmente para os que dependem de processamento de sinal elétrico, a prática de ajustar um  instrumento que está dentro da  tolerância para perto da  faixa central é, na maioria das vezes,  uma  perda  de  tempo  e,  principalmente,  o  que  impossibilita  determinar  a  confiabilidade  ao longo do tempo, ou seja, sua capacidade de permanecer dentro da tolerância e sem necessidade de ser ajustado. 

A FILOSOFIA DA CALIBRAÇÃO PERIÓDICA 

As calibrações periódicas normalmente seguem uma programação rígida. Uma vez que não se sabe se o instrumento está dentro ou fora da tolerância procura‐se fazer a calibração antes que o mesmo saia da faixa de tolerância sem não fazê‐la muito além do necessário. 

O pensamento convencional, expresso inicialmente na norma MIL‐C‐45662 A e ainda refletido na MIL‐STD‐45662,  era  de  que  quanto mais  se  calibrasse  um  instrumento, maiores  as  chances  de  que  ele estivesse  sempre  dentro  da  tolerância.  Um  número  cada  vez maior  de metrologistas  começou  a questionar isso. Estudos recentes sugerem que o manuseio excessivo e os ajustes que frequentemente são feitos nas calibrações contribuem para a instabilidade do instrumento. 

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Apesar disso, é  indiscutível que os  instrumentos de medição devem ser recalibrados periodicamente, mas quando? Com que frequência? 

Foram  feitos  inúmeros  esforços  para  determinar  a  confiabilidade  dos  instrumentos  de  medição utilizando  métodos  estatísticos  para  prever,  a  partir  destes,  quando  seria  de  se  esperar  que  o instrumento saísse de tolerância e recolhê‐lo um pouco antes deste ponto. Nos estudos realizados na Rockwell  em Anaheim  em  inúmeros métodos  usados  pela  indústria, mostraram  que  a maioria  não resultou em vantagem significativa sobre métodos mais arbitrários, de modo que foram descartados após o período de  testes devido ao  custo adicional de  sua  implementação. Com exceção de alguns casos  especiais,  quando  o  comportamento  do  instrumento  é  claramente  previsível  (baseado,  por exemplo, na deriva de cristais em osciladores ou taxa de desgaste em alguns instrumentos mecânicos), não  foi  encontrado qualquer método  até o momento, que pudesse prever  claramente um período aproximado de confiabilidade, durante o qual o instrumento pudesse ser utilizado sem risco de sair da faixa  de  tolerância.  Portanto,  os métodos  utilizados  para  determinar  frequências  de  calibração  são muito arbitrários,  incluindo os poucos  “métodos estatísticos” que  também devem  ser  considerados arbitrários,  uma  vez  que  sua  validade  não  pode  ser  verificada  por  resultados  práticos  ou experimentais. 

A  experiência  tem  mostrado  que  não  se  encontrou  um  modelo  matemático  estatístico  para determinação  da  confiabilidade  dos  instrumentos,  provavelmente  pelo  comportamento  da maioria dos  instrumentos  ser  diferente  antes  e  após  um  reparo  ou  ajuste,  portanto  o  histórico  acaba  não fornecendo diretrizes úteis para uma previsão. 

Muitos  sistemas  de  calibração  estabelecem  intervalos  por  classes  de  instrumentos,  como osciloscópios, voltímetros digitais, medidores de pressão, micrômetros etc., baseado em experiência com  os  mesmos.  Outros  usam  intervalos  recomendados  pelos  fabricantes  ou  por  agências governamentais, marinha, aeronáutica ou exército, específicos para suas aplicações. 

Atualmente,  cada  vez  mais  sistemas  utilizam  uma  metodologia  publicada  em  primeira  mão  pela Rockwell  International  Corporation  em  Anaheim,  Califórnia,  onde  a  calibração  periódica  dos instrumentos  é  vista  como um dispositivo de  filtragem, uma  rede, para  capturar  instrumentos que estão  fora de  tolerância. A malha da  rede é mais  fina ou mais grossa  (ou  seja,  intervalos curtos ou longos) de acordo com o histórico de um instrumento em particular, bem como o risco de utilizar um instrumento  fora  de  tolerância  em  engenharia,  desenvolvimento  ou  produção.  Os  instrumentos geralmente retornam para o mesmo usuário e mesmas condições de utilização de onde vieram, pois ambos  os  fatores  influenciam  indubitavelmente  na  manutenção  do  instrumento  na  condição  de conformidade  por  períodos  longos  ou  curtos.  Se  um  instrumento  de  medição  for  encontrado repetidamente dentro de tolerância quando calibrado sem ajuste, então seu intervalo é estendido ao máximo, mas antes que o risco de ficar fora de tolerância sem que seja identificado fique muito alto. A primeira  condição  de  não  conformidade  normalmente  causará  uma  interrupção  na  expansão  da frequência,  que  somente  será  retomada  em  caso  de  repetidas  condições  dentro  de  tolerância  em intervalos  iguais. Duas condições sucessivas de não conforme  levarão a uma  redução do  intervalo e três destas ocorrências fazem com que seja mandatório um exame minucioso do comportamento do instrumento. 

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Estes  intervalos  de  calibração  são  determinados  para  cada  instrumento  individualmente.  Se  o instrumento possuir uma confiabilidade  inata, é mais provável que este método tenda a minimizar a frequência de calibração. O instrumento encontrará o intervalo apropriado sem requerer uma triagem excessiva e sem grandes riscos de utilização em uma condição não conforme por um longo período. 

Este método foi desenvolvido empiricamente e rodou pela primeira vez com  intervalos tradicionais e depois operado na prática. O procedimento detalhado para ajustes de intervalos está documentado no Manual de operações da Rockwell, procedimento F&E‐3.2 e descrito no apêndice. 

CRIITÉRIO PARA AJUSTE DE INTERVALOS DE CALIBRAÇÃO 

O procedimento original para determinar  intervalos de calibração era fundamentado na premissa de que os instrumentos têm um período de confiabilidade inerente aos mesmos. Uma vez determinada a frequência, o  instrumento é simplesmente calibrado antes de sair de tolerância. Com este método, o instrumento estaria sempre conforme especificado. 

Após  alguma  experiência  com  este  conceito,  ficou  claro  que  não  é  estatisticamente  possível determinar um período de confiabilidade característico do instrumento; mesmo que existisse algo do tipo, o que é questionável. A meta original, todos os instrumentos dentro de tolerância durante todo o tempo —  impossível de  atingir —  fez  surgir opções por metas  alternativas. Não  se encontrou uma resposta  definitiva  válida  para  todos  ou  nem mesmo  para  a maioria.  Algumas  agências  de  defesa decretaram  que  a meta  para  intervalos  de  calibração  deve  ser  tal  que  garanta  a  fração mínima  (a figura de 95% foi mencionada) de instrumentos dentro de tolerância quando recalibrados. 

A partir do momento em que há custos envolvidos na calibração periódica  frequente, bem como na não  calibração  a  intervalos  suficientes  (e  como  consequência  o  uso  de  instrumentos  inexatos  na produção),  uma  análise  deve  ser  feita.  Esta  análise  depende  obviamente  do  custo  de  produzir  (e sucatear  ou  expedir)  um  produto  que  não  atende  às  especificações.  Consequentemente,  a porcentagem mínima de instrumentos que devem estar dentro de tolerância é uma função do produto ou processo  e  só pode  ser  significativamente determinada  se  relacionada  a  um  produto  específico (inclusive quando o produto é um  serviço). Qualquer meta arbitrária,  tal como 95%, pode  significar aumento desnecessário dos custos. 

Depois  disso,  há  ainda,  as  dificuldades  para  monitorar  os  índices.  Quando  se  mede  o  índice, frequentemente  pela  fração  de  itens  dentro  de  tolerância  ao  fazer  a  calibração,  surgem  outras situações: se os instrumentos confiáveis são calibrados mais vezes que os não confiáveis, encontrar‐se‐ão mais instrumentos dentro de tolerância e qualquer meta é mais facilmente atingida. Obviamente, o oposto  deve  ser  feito,  ou  seja,  instrumentos  não  confiáveis  devem  ser  calibrados  com  maior frequência do que os confiáveis. 

Porém,  como  calibrar  periodicamente  os  instrumentos  é  caro,  eles  não  deveriam  ser  calibrados enquanto dentro de  tolerância, mas  imediatamente após  saírem desta  condição  (se  fosse possível). Portanto, a meta  ideal seria 0% dentro de tolerância ao calibrar e 100% dentro da tolerância quando em uso. 

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Por experiência, sabe‐se que instrumentos muito confiáveis devem ter sua periodicidade de calibração estendida e, em contrapartida, os menos confiáveis devem ter este intervalo reduzido. Porém, quando isso  é  feito, medindo‐se  a  fração  de  não  conformes,  os  itens  não  confiáveis  (com  intervalos mais curtos), são contados com maior frequência que os muito confiáveis (por terem  intervalos grandes e retornarem poucas vezes para a calibração). Isso faz com que, pela maior contagem dos itens fora de tolerância, o resultado seja viciado, tendendo para a direção dos instrumentos não confiáveis. 

Posto isso, definir uma porcentagem de itens conformes como meta de um sistema de calibração pode ser  contraproducente  senão  sem  sentido. No momento, a maior parte dos  sistemas está utilizando este  índice.  Exemplos  comuns  para  estas metas  variam  entre  80  e  90%. Mas,  normalmente  não interessa quando os  instrumentos estão dentro ou  fora de  tolerância  após  terem  sido utilizados; o interesse é qual a fração de instrumentos dentro de tolerância enquanto estão sendo utilizados. 

Para determinar esta fração, desenvolvemos na Rockwell em Anaheim, um método certamente único.  

Este método considera o tempo total de uso dos instrumentos (Figura 1) 

 

 

FIGURA 1 

Modelo para determinação de fração de do instrumento na condição dentro de tolerância 

 

DETERMINANDO A FRAÇÃO DE TEMPO DENTRO DE TOLERÂNCIA 

Na Rockwell em Anaheim, assume‐se que o instrumento de medição está dentro de tolerância durante todo o tempo entre uma calibração e a seguinte. Entretanto, quando encontrado um instrumento fora de tolerância, o tempo em que permaneceu dentro da tolerância é, em geral, desconhecido, ou seja, imediatamente após calibração ou imediatamente antes da recalibração, ou a qualquer tempo dentro do  intervalo.  Devido  à  média  obtida  ser  de  uma  grande  amostra  de  instrumentos,  uma  boa aproximação  pode  ser  feita  assumindo  que  eles  saíram  de  tolerância  na metade  do  tempo  entre calibrações. 

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Partindo disso, na média,  a  fração de  instrumentos que estavam  fora de  tolerância é  a metade da soma de todos os intervalos após os quais os mesmos foram encontrados fora de tolerância, divididos pela soma de todos os intervalos (A fração de instrumentos dentro de tolerância é, então, um menos a fração  de  fora  de  tolerância).  Deste  modo,  cada  instrumento  é  contado  somente  uma  vez, independentemente  da  extensão  do  seu  intervalo  de  calibração  ou  o  quão  frequentemente  ele  é calibrado, somente o seu tempo em uso (ou entre calibrações) é contado. 

Esta  fração  é  o  percentual  estimado  de  tempo  em  que  todos  os  instrumentos  em  uso  (entre calibrações) estiveram dentro de tolerância. Alternativamente, esta fração pode ser considerada como a estimativa da probabilidade que um dado  instrumento encontrado em uso na fábrica esteja dentro de tolerância. 

PROCEDIMENTO PARA ESTIMATIVA DA FRAÇÃO DENTRO DE TOLERÂNCIA 

Os  intervalos  de  calibração  de  todos  os  instrumentos,  ou  seja,  o  tempo  decorrido  desde  a  última calibração é domado. Uma somatória separada de  todos os  intervalos de  instrumentos encontrados fora de tolerância é dividida por dois, Daí, a soma de todos os intervalos fora de tolerância é dividida por  dois  e  dividida  pela  soma  de  todos  os  intervalos.  O  resultado,  multiplicado  por  100  é  uma estimativa do percentual de instrumentos fora da tolerância enquanto em uso. 

Cem menos este percentual de  instrumentos  fora de tolerância é a porcentagem de  itens dentro de tolerância e este percentual deve permanecer válido após e ser mais exato à medida que tempo passa. Esta fração está, logicamente, em torno de uma média de longo prazo, mas esta é obtida só através de uma média móvel,  digamos  de  4 meses.  (Uma média móvel  de  4 meses  é  a média  de  todos  os percentuais  de  fora  de  tolerância  obtidos  nos  últimos  4 meses,  onde  as  parcelas mais  antigas  são removidas e as mais novas, acrescentadas). 

Se a quantidade de instrumentos que chegam para calibração varia consideravelmente de tempos em tempos, cada percentual deve ser ponderado multiplicando‐o pelo nº de  instrumentos e dividindo a fração resultante pelo nº de todos os “pesos”, ou seja, nº total de instrumentos calibrados durante o período de 4 meses. 

A equação para estimativa da fração dentro de tolerância é então: 

1/2      …   

100 

Onde pk é o número de instrumentos fora de tolerância no intervalo ik e qk é o total de instrumentos 

calibrados no intervalo ik. 

Inicialmente os percentuais de itens conforme foram calibrados no mês em estudo. Posteriormente os percentuais passaram a ser calculados com base em amostras de uma semana por mês (amostras de 23%).  Devido  ao  tamanho  da  amostra,  a  mesma  foi  considerada  significativa  para  representar  a população. 

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MONITORANDO E CONTROLANDO O NIVEL DE “DENTRO DE TOLERÂNCIA” 

A Rockwell em Anaheim mantém  cartas de  controle para monitorar  continuamente a porcentagem total de todos os  instrumentos dentro de tolerância, onde são representadas graficamente amostras mensais  (fig  2)  As  amostras  são  compostas  de  instrumentos  calibrados  em  uma  semana  pré‐determinada do mês e são relatadas através do TEMS (Test Equipment management System), fig. 3. A fig. 4 mostra a tabulação das amostras mensais e os cálculos necessários para a manutenção das cartas de controle. 

Nas cartas de controle  foram  introduzidos 2  limites de alerta 2‐sigma, entre os quais se espera que 95% de  todas as amostras caiam quando o processo  (calibração e ajuste de EIME) não se altera. Se uma amostra cair dentro dos  limites 3‐sigma de ação, é necessário  investigar a causa e  implementar ação corretiva. 

As cartas de controle são reavaliadas sempre que um novo ponto representar uma indicação de causa “especial” ou “específica” apontando para um possível deslocamento do processo. Os critérios para decidir se esta causa existe estão relacionados na tabela 1 

 

 

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Tabela 1 ANÁLISE DE CARTA DE CONTROLE 

EVENTOS QUE REQUEREM INVESTIGAÇÃO (α = 1%) 

 

1  Um ponto fora do limite 3 –sigma 

2  Dois ou três pontos consecutivos caindo todos acima ou abaixo do limite 2 sigma 

3  Quatro de cindo pontos sucessivos caindo acima ou abaixo do limite um sigma 

4  Nenhum de oito pontos consecutivos caindo entre os limites de um sigma 

5  Quinze ou mais pontos sucessivos caindo entre os limites 1 sigma 

6  Oitos pontos de uma linha está de um só lado da média 

7  Oito pontos em uma linha, sendo cada um mais acima que o anterior. 

8  Oito pontos em uma linha, sendo cada um mais abaixo que o anterior 

9  Todos os pontos uniformemente distribuídos  sobre uma  faixa  com poucos ou nenhum ponto fora da faixa. 

10  Vários pontos caindo entre os limites de 2 e 3 sigma e alguns pontos também na faixa de limites 1 sigma 

Quando um dos padrões acima for observado na carta de controle, o processo deve ser investigado e uma ação corretiva deve ser tomada. A causa para estes eventos em geral são 

1 – Um deslocamento do processo, ou 

2 – Dados incorretos, ou 

3 – Seleção inadequada de dados; 

 

QUAL DEVE SER O NÍVEL DE CONFORMIDADE? 

A questão então é, qual deve ser a fração? Para esta questão, não existe um valor que sirva para uso geral, apesar de se encontrar alguns requisitos arbitrários em normas ou literatura. 

Instrumentos  não  conformes  contribuem  para  a  baixa  qualidade  e  produtividade  por  causarem aceitação  de  produtos  ruins  e  rejeição  de  produtos  bons.  Assim  sendo,  a  porcentagem  de instrumentos dentro de tolerância deveria ser bastante alta, de preferência 100%, é claro. A relação entre a fração de conformes e o custo de manutenção e calibração é aproximadamente exponencial, portanto o custo para obter melhorias deste índice, digamos acima de 97% ‐ e virtualmente impossível 

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100% ‐ é crescente, o que faz com que, um índice viável gire em torno de 80 e 97%, dependendo do objetivo das medições. 

Normalmente é possível atingir  frações de  conformes excedendo pelo menos 70%  com um esforço mínimo.  Este  percentual  pode  ser  rapidamente  elevado  com  pequenos  esforços  adicionais  e provavelmente  economizar  muito  mais  em  custos  da  qualidade  do  que  na  manutenção  de instrumentos. 

O mais  importante é não  confiar  somente no ajuste dos  intervalos para obter uma meta de  fração mínima  de  conformes.  Instrumentos  não  confiáveis,  ou  seja,  aqueles  que  são  repetidamente encontrados  fora de  tolerância devem ser avaliados quanto ao motivo de estarem nesta condição e reparados. Quando  isso é  feito, é possível atingir  frações de conformes acima de 90% com diversos métodos  de  ajuste  de  intervalos.  A  experiência  na  Rockwell  em  Anaheim  mostrou  de  a  pronta localização e reparo ou segregação destes instrumentos é consideravelmente mais importante para a manutenção de altos níveis de fração de conformes do que o método de ajuste em si. 

A meta na Rockwell em Anaheim é manter  todos os  instrumentos de medição em uso em 95% ou acima, usando o método de cálculo acima. 

Quando as medições são críticas de modo que a não haver possibilidade de usar um instrumento fora de tolerância, outras precauções além da fração de conformes são mais adequadas do ponto de vista de  custos.  Tais  salvaguardas  consistem  na  aplicação  de  métodos  de  medição  com  padrões  de verificação,  cartas  de  controle  ou  ambos.  Para  atendimento  aos  requisitos  da MIL‐STD‐45662,  foi estabelecido um programa para  instrumentos críticos de  forma a  informar os usuários dos dados de calibração sobre condições de não conformidades significativas em aplicações críticas (AOM O‐4.3). 

CONCLUSÃO 

O  sistema de controle de calibrações na Rockwell em Anaheim examinou criticamente a viabilidade econômica  de métodos  para  estabelecer  intervalos  de  calibração  de  instrumentos,  bem  como  os efeitos da manutenção dos índices para todos os instrumentos a qualquer tempo em uso na produção e  engenharias  da  Rockwell.  A  partir  destas  análises,  o  sistema  foi  desenvolvido  para  atender  os requisitos do Sistema da qualidade da Rockwell e da MIL‐Q‐9858A e MIL‐STD‐45662. Este sistema  já está operando por mais de uma década, durante  a qual  foram  feitas diversas pequenas mudanças como  o  propósito  de melhorar  continuamente  a  qualidade  e  eficácia  dos  serviços  e  produtos  da Rockwell. 

   

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APÊNDICE 

MÉTODO DE AJUSTE DE INTERVALOS DE CALIBRAÇÃO NA ROCKWELL EM ANAHEIM 

A  descrição  a  seguir  é  do método  utilizado  pela  Rockwell,  Anaheim,  para  ajuste  de  intervalos  de calibração de instrumentos de medição. 

A grande maioria dos  instrumentos é sujeita a este método. As exceções a este são alguns padrões e instrumentos  com  características  de  deriva  conhecidas  ou  os  que,  por  outras  características  ou utilização, fazem com que a aplicação deste seja inadequada. 

Este método  foi  inteiramente desenvolvido por  tentativa e erro. Foram utilizados vários critérios de decisão,  a  partir  do mesmo método,  porém  com  outros  números,  por muitos  anos,  porém  com resultados não muito diversos dos obtidos por este.  

Concluiu‐se que o maior impacto na estimativa da porcentagem de instrumentos dentro de tolerância não vem de números obtidos da tabela de critérios de decisão, mas sim no programa de manutenção que  remove  instrumentos  não  confiáveis  por  reparo  ou  segregação.  Os  asteriscos  (*)  no  campo indicador de ação da tabela de decisão são de suma importância. 

Este programa ajusta os intervalos de calibração de instrumentos individualmente, em incrementos de cinco semanas ou múltiplos. 

   

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PROCEDIMENTO 

Pub: OM 

No. &E‐3.2 

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Date: 6‐30‐85 

ESQUEMA DE AJUSTE DE INTERVALOS 

Intervalos de calibração são determinados por combinação dos códigos de  tolerância para obter um indicador de ação que designará o novo intervalo a ser aplicado. 

A.  CÓDIGO DE TOLERÂNCIA 

Na calibração, o  instrumento recebe um código de tolerância 0, 1, 3 ou 5, de acordo com o seguinte critério. 

Código de tolerância 

Critério de decisão 

0  Calibração  inicial  de  item  novo  ou  perda  de  histórico  após armazenagem por longo tempo  

Item  foi  calibrado  conforme  requisitos  que  diferem  dos estabelecidos anteriormente 

1  Dentro  de  tolerância  –  todos  os  parâmetros  calibrados  estão dentro de tolerância quando recebido e o código 5 não se aplica 

3  Fora de  tolerância  – pelo menos um parâmetro  calibrado  estava fora de tolerância e o código 5 não se aplica (ver também NOTA 4) 

5  Indeterminado – a condição dentro ou fora de tolerância não pode ser  determinada  antes  do  reparo;  o  reparo  afeta  a  condição  de tolerância 

NOTA(1):   A metrologia deve redefinir Códigos 1 e 3 em procedimento para categorias específicas de instrumentos de medição e ensaios 

NOTA  (2):  Códigos  1  e  3  devem  ser  aplicados  quando  o  reparo  antes  da  calibração  não  afetar  a condição de dentro ou  fora de  tolerância destes  itens, ou  seja,  reparo de  cabos, botões,  lâmpadas indicadoras, etc. 

 

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B.  INDICADORES DE AÇÃO 

Um  indicador  de  ação  é  determinado  a  partir  dos  dois  últimos  códigos  e  de  um  novo  código  de tolerância, resultado da calibração atual, como segue: 

INDICADOR DE AÇÃO 

Dois últimos códigos 

de tolerância 

Novo código de tolerância 

    1  3  5  0 +  0  ‐  ‐  ‐  # 0  1  p  ‐  ‐  # 0  3  ‐  m  ‐  # 0  5  ‐  ‐  ‐  # 1  1  p  ‐  ‐  # 1  3  ‐  m  ‐  # 1  5  ‐    ‐  # 3  1  ‐  d  ‐  # 3  3  ‐  m*  *  # 3  5  ‐  d*  *  # 5  1  p  ‐  ‐  # 5  3  ‐  m*  *  # 5  5  ‐  *  *  # 

‐ :  nenhuma alteração no intervalo 

+:  qualquer código de tolerância 

#:  Assumir intervalo inicial (ver parágrafos A.2 e A.3) 

*  procurar supervisão para ação corretiva antes de estabelecer novo intervalo 

*  A supervisão avalia casos identificados com asterisco (*) na tabela de indicador de ação acima e estabelece diferentes  intervalos se a análise requer tal ação. Quando estabelecido um novo  intervalo pela supervisão, o novo  intervalo e o motivo  para  a  alteração  devem  ser  inseridos  na  requisição  de  calibração/ manutenção. 

Baseada  em,  mas  não  restrita  a,  incidência  de  casos  identificados  com  asterisco  na  tabela  de indicadores, a  supervisão avalia a adequação do  sistema de  calibração e  inicia  recomendações  com relação  ao  ajuste  de  intervalo  de  calibração,  procedimentos,  adequação  ao  uso  dos  instrumentos, incluindo  identificação  e  prevenção  de  uso  de  instrumentos  que  não  funcionam  satisfatoriamente, bem como outros aspectos do sistema para garantir sua eficácia contínua. 

 

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B. AJUSTE DE INTERVALO 

A partir do  indicador de ação e do último  intervalo estabelecido, determina‐se o novo  intervalo de acordo com a tabela a seguir. 

Intervalos (em semanas) 

Último  Indicador de açãointervalo  p m d 

  Novo intervalo5  10 + + 10  15 5 5 15  20 10 10 20  30 10 15 25  35 15 20 30  45 15 25 35  50 20 30 40  60 20 35 50  75 25 45 60  75 30 50 75    100* 40 50 100    150* 50 50 150    200* 50 50 200  200 50 50 

 

NOTA:  para intervalos diferentes dos relacionados em “último intervalo” deve ser utilizado o seguinte maior  ou  o  anterior menor,  o  que  for mais  próximo.  Intervalos  de  55  semanas  devem  ser considerados como de 50 semanas. 

+:  A supervisão da metrologia faz a decisão de descarte 

*:  Obter permissão da supervisão para ampliar o intervalo