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Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T13 Braskem (BRKM3 BZ) 8 de novembro de 2013 1 Operadora: Bom dia e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Braskem para discussão dos resultados referentes ao 3T13. Estão presentes hoje conosco os senhores Carlos Fadigas, Diretor-Presidente, Mario Augusto da Silva, Vice-Presidente de Finanças e RI, e Roberta Varella, responsável pela área de RI. Informamos que esse evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia, e, em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. Esse evento também está sendo transmitido, simultaneamente, pela Internet, via webcast, podendo ser acessado no endereço www.braskem.com.br/ri, onde se encontra disponível a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos senhores. O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento. Lembramos que os participantes do webcast poderão registrar antecipadamente, no website, perguntas a serem respondidas durante a sessão de perguntas e respostas. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Braskem, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da Braskem, e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora, gostaríamos de passar a palavra à Roberta Varella, responsável pela área de RI da Braskem, que iniciará a apresentação. Por favor, Roberta, pode prosseguir. Roberta Varella: Bom dia senhoras e senhores, gostaria de agradecer a todos pela participação em mais uma teleconferência da Braskem. Hoje discutiremos os resultados do 3T13 e dos 9M13. Inicialmente, lembramos que, em atendimento à lei 11.638/07, os resultados aqui demonstrados refletem a adoção de regras contábeis internacionais, IFRS. Vale ainda ressaltar que a partir do 2T12 a Companhia passou a reconhecer em suas demonstrações contábeis os investimentos em empresas controladas em conjunto mensurados pelo método de equivalência patrimonial e não mais consolidados proporcionalmente. Adicionalmente, a Braskem mantém ativos em processo de venda e, por consequência, os seus resultados estão contabilizados como “resultado com operações descontinuadas”. As informações aqui apresentadas foram revisadas por auditores externos independentes.

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Operadora: Bom dia e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Braskem para discussão dos resultados referentes ao 3T13. Estão presentes hoje conosco os senhores Carlos Fadigas, Diretor-Presidente, Mario Augusto da Silva, Vice-Presidente de Finanças e RI, e Roberta Varella, responsável pela área de RI. Informamos que esse evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia, e, em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. Esse evento também está sendo transmitido, simultaneamente, pela Internet, via webcast, podendo ser acessado no endereço www.braskem.com.br/ri, onde se encontra disponível a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos senhores. O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento. Lembramos que os participantes do webcast poderão registrar antecipadamente, no website, perguntas a serem respondidas durante a sessão de perguntas e respostas. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Braskem, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da Braskem, e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora, gostaríamos de passar a palavra à Roberta Varella, responsável pela área de RI da Braskem, que iniciará a apresentação. Por favor, Roberta, pode prosseguir. Roberta Varella: Bom dia senhoras e senhores, gostaria de agradecer a todos pela participação em mais uma teleconferência da Braskem. Hoje discutiremos os resultados do 3T13 e dos 9M13. Inicialmente, lembramos que, em atendimento à lei 11.638/07, os resultados aqui demonstrados refletem a adoção de regras contábeis internacionais, IFRS. Vale ainda ressaltar que a partir do 2T12 a Companhia passou a reconhecer em suas demonstrações contábeis os investimentos em empresas controladas em conjunto mensurados pelo método de equivalência patrimonial e não mais consolidados proporcionalmente. Adicionalmente, a Braskem mantém ativos em processo de venda e, por consequência, os seus resultados estão contabilizados como “resultado com operações descontinuadas”. As informações aqui apresentadas foram revisadas por auditores externos independentes.

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Vamos então para o slide seguinte, por onde iniciaremos nossos comentários. No slide de número 3, falaremos dos principais destaques do 3T13. A taxa média de utilização dos crackers foi de 92%, 2 p.p. inferior à apresentada no trimestre anterior. A queda foi influenciada pela interrupção no fornecimento de energia elétrica, que atingiu o nordeste brasileiro no fim de agosto, e ocasionou uma parada não programada nas plantas da Braskem nesta região. O mercado brasileiro de resinas termoplásticas foi de 1,3 milhão de toneladas, 8% inferior ao 2T, quando a demanda havia apresentado forte crescimento. Na comparação com o mesmo período de 2012, a queda foi de 3%. Nesse cenário, as vendas da Braskem totalizaram 898 mil toneladas, uma redução de 6% em relação ao 2T, o que levou à recuperação de 2 p.p. de seu market share. O EBITDA atingiu cerca de R$1,6 bilhão, positivamente influenciado pela melhoria da margem de contribuição e o impacto positivo da depreciação do real. Destaca-se ainda o impacto favorável da medida que desonera a alíquota de PIS e COFINS para a compra de matérias-primas; um dos pleitos da indústria química e que foi aprovada pelo governo em setembro. Em resposta a essa medida, que busca resgatar parte da competitividade do setor e atrair novos investimentos, a Braskem, em parceria com a indústria de transformação plástica, desenvolveu o plano de incentivo à competitividade da cadeia do plástico, o PIC. Entre as iniciativas do plano destacam-se o incentivo à exportação de produtos transformados, o apoio à inovação, e o fortalecimento das vantagens no uso do plástico. Em linha com sua estratégia de agregar valor às correntes já existentes, a Companhia anunciou a assinatura de um memorando de entendimento com a Styrolution para a avaliação de uma joint venture no brasil. O objetivo é analisar a viabilidade econômica para instalação de uma planta de 100 mil toneladas para a produção de especialidades estirênicas e copolímeros de acrilonitrila butadieno estireno e estirenoacrilonitrila. A Braskem anunciou ainda que investirá cerca de R$50 milhões para ampliar e converter uma de suas linhas de produção de polietileno na Bahia, para a produção de um polietileno base metaloceno, que tem tecnologia mais moderna e busca atender a indústria de transformação de filmes plásticos. No que tange a estratégia de diversificação de matéria-prima, a construção do novo complexo petroquímico no México segue avançando e o progresso físico do empreendimento atingiu 48,4%. Em linha com seu compromisso com a higidez financeira, a alavancagem da Braskem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA foi de 2,73x quando mensurada em dólares, uma queda de 9% na comparação com o 2T. Destacam-se o crescimento do EBITDA dos últimos doze meses e a redução da dívida líquida em dólares. Passando para o slide de número 4, neste slide observamos o desempenho do mercado brasileiro de resinas termoplásticas e das vendas da Companhia. No 3T13, o consumo aparente de resinas termoplásticas foi de 1,3 milhão de toneladas, uma redução de 8% em relação ao trimestre anterior, explicada pela menor produção industrial e pelo movimento de reestocagem observado ao longo do 2T. As vendas da Braskem acompanharam a menor demanda e apresentaram uma redução de apenas 5%, o que levou à recuperação de 2 p.p. em seu market share,

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que foi de 68% no trimestre. Na comparação com o 3T12, quando a economia reagiu aos estímulos do governo, a demanda brasileira por resinas foi 3% inferior. Nos primeiro 9M do ano, o consumo brasileiro de resinas termoplásticas cresceu 9%, positivamente influenciado pelo bom desempenho de determinados setores, como agrícola, automotivo e de infraestrutura. Já as vendas da Braskem registraram alta de 7%, impactadas por paradas programadas de polipropileno e PVC. Passando para o próximo slide. No slide de número 5 apresentamos os fatores que influenciaram o EBITDA no 3T13 na comparação com o trimestre anterior. O EBITDA consolidado da Companhia foi de R$1,650 bilhão, um crescimento de 57%. A alta é explicada, principalmente, pela melhoria da margem de contribuição, que foi beneficiada no trimestre pela venda de resinas e petroquímicos básicos produzidos com uma base de matéria-prima a custo mais baixo, o preço da nafta média móvel, referência para o fornecimento doméstico, teve queda de 5% entre os períodos; pela manutenção do patamar de spreads de resinas e petroquímicos básicos no mercado internacional; e pelo impacto positivo da desoneração da alíquota de PIS e COFINS para a compra de matérias-primas. Destaca-se ainda o efeito positivo da apreciação do dólar em R$274 milhões; sendo cerca de R$1 bilhão positivo na receita e de R$750 milhões negativos no custo. Passando para o slide de número 6, neste slide apresentamos os fatores que influenciaram o EBITDA nos primeiros 9M13. O EBITDA consolidado da Companhia atingiu R$ 3,6 bilhões, um crescimento de 42% em relação ao mesmo período de 2012. A melhora da margem de contribuição, positivamente influenciada pela recuperação dos spreads de resinas e petroquímicos básicos no mercado internacional, que apresentaram alta de 23% e 13%, respectivamente; o impacto positivo da nafta média móvel, que beneficiou o resultado do 3T do ano; o maior volume de vendas para o mercado interno; e a desoneração na compra de matérias-primas foram os principais responsáveis por este desempenho. Contribuiu ainda a apreciação do dólar médio, que gerou um efeito positivo de R$664 milhões, sendo R$2,8 bilhões positivo na receita e R$2,1 bilhões negativo no custo. Passando para o próximo slide, o slide 7 ilustra o endividamento da Braskem. Pelo fato do investimento do projeto México, feito pela subsidiária Braskem-Idesa, ser financiado pela modalidade de project finance; onde a dívida deve ser repaga com a geração de caixa do próprio projeto, a análise do endividamento da Braskem, aqui apresentada, não considera o mesmo. Dessa forma, em 30 de setembro de 2013, a Companhia apresentou dívida bruta de US$8,1 bilhões, uma queda de 5% em relação à registrada em 30 de junho de 2013, explicada, principalmente, pelo reembolso dos recursos antecipados via bridge loan pela Braskem ao projeto México, no montante de US$649 milhões. Este valor foi repago à Companhia após o saque da primeira parcela do project finance, feito pela subsidiária Braskem-Idesa, no valor de cerca de US$1,5 bilhão. Quando medida em reais, a dívida foi 4% inferior. A dívida bruta atrelada ao dólar foi de 69%. O saldo de caixa e aplicações ficou praticamente em linha com o 2T, totalizando US$1,6 bilhão. A Companhia, em linha com sua estratégia de liquidez e higidez financeira, possui ainda três linhas de crédito rotativo, duas que totalizam US$600 milhões e uma no valor de R$450 milhões, que não apresentam cláusulas restritivas de saque em momentos adversos de mercado; e que ainda não foram utilizadas.

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Por consequência, a dívida líquida da Braskem totalizou US$6,6 bilhões ou R$14,6 bilhões, uma queda de 6% e 5%, respectivamente. A dívida líquida atrelada ao dólar foi de 73%. O crescimento de 12% do EBITDA nos últimos doze meses, que totalizou US$2,4 bilhões, associado à redução da dívida líquida, asseguraram a queda de 9% da alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/EBITDA, que passou de 3,01x para 2,73x quando medida em dólares. Em reais, a alavancagem foi de 2,87x, uma redução de 12%. Em 30 de setembro de 2013, o prazo médio do endividamento era de 15 anos e se considerarmos apenas a parcela da dívida em dólares, o prazo médio fica em torno de 21 anos. Apenas 3% do total da dívida têm vencimento no ano de 2013, e o elevado patamar de liquidez da Companhia garante que seu saldo de disponibilidades cubra os vencimentos dos próximos 23 meses. Se considerarmos as linhas de crédito rotativo, a cobertura é de 33 meses. Em linha com sua estratégia de alongamento da dívida e comprometimento com a manutenção da liquidez, em 25 de outubro, a Braskem repactuou para até 2021 cerca de R$1 bilhão de operações de notas de crédito de exportação, que tinham vencimento em 2014 e 2105. Passando para slide de número 8, neste slide apresentamos o CAPEX dos primeiros 9M13. A Braskem, mantendo seu compromisso com a realização de investimentos com retorno acima de seu custo de capital, realizou investimentos operacionais que totalizaram R$1,7 bilhão. Do total, 42% ou R$716 milhões foram direcionados ao projeto México. O desvio em relação ao inicialmente planejado para o projeto em 2013 é explicado, principalmente, pela antecipação do desembolso com a chegada e montagem dos grandes equipamentos no site; pelo avanço na construção do projeto; e pelo atraso do governo mexicano no processo de ressarcimento dos valores do imposto sobre valor agregado, o IVA, pagos em decorrência do investimento realizado. Este valor foi ainda influenciado pelo efeito do câmbio na tradução dos valores investidos em dólares para reais, que é a moeda funcional da Companhia. A Companhia realizou ainda investimentos no valor de R$836 milhões em manutenção, visando manter seus ativos com altos níveis de eficiência e confiabilidade. Para 2013, o investimento inicialmente estimado de R$2,2 bilhões, deverá atingir um patamar de cerca de R$2,5 bilhões, influenciado pelos motivos já descritos. Passando para o próximo slide, no slide de número 9 falaremos do cenário global e da indústria petroquímica. Os spreads internacionais permaneceram em patamares elevados no 3T, influenciados pelo melhor desempenho da demanda chinesa e pelos sinais positivos das economias da Zona do Euro e norte-americana. O preço médio da nafta, influenciado pela dinâmica dos preços de petróleo, apresentou alta de 9% em relação ao 2T13. Os preços de resinas e petroquímicos

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básicos acompanharam este movimento e tiveram crescimento de 4% e 3%, respectivamente. No curto prazo, espera-se que o nível de spreads no mercado internacional se mantenha em patamar similar ao dos últimos trimestres. Para o médio e longo prazos, a expectativa é de uma recuperação gradual nos spreads, refletindo uma melhora na demanda global. Incerteza em relação à entrada de alguns projetos também é fator de risco positivo para a recuperação da rentabilidade da indústria petroquímica mundial. Espera-se que os novos projetos base gás, anunciados nos EUA, entrem em operação a partir de 2017, o que deve voltar a pressionar os spreads mundiais. Todavia, é importante ressaltar que não é esperado que esse adicional de capacidade altere a dinâmica de precificação do mercado petroquímico global, que ainda terá a nafta como sua principal matéria-prima. Passando para o último slide. Neste último slide apresentamos as perspectivas e principais concentrações da administração. No cenário econômico, as incertezas permanecem, com sinais de menor crescimento nos países emergentes e de recuperação dos mercados desenvolvidos. As questões geopolíticas na região do Golfo Árabe também geram volatilidade, e acabam afetando a dinâmica do preço do petróleo e da nafta. Essa dinâmica também afeta o comportamento da moeda norte-americana, que reverteu a tendência de alta vista nos últimos meses e deverá apresentar uma taxa média inferior no 4T quando comparada ao 3T do ano. A aprovação da medida que desonera a alíquota de PIS e COFINS para a compra de matérias-primas já começou a trazer impactos positivos. Todavia, a indústria continua sofrendo com questões relacionadas à competitividade de matéria-prima, infraestrutura, produtividade e câmbio, o que reforça a necessidade de uma política industrial mais ampla e que siga fortalecendo a cadeia petroquímica e de plásticos brasileira. A continuidade do programa Reintegra, que encerra no final de 2013, seria outra medida importante para ajudar na melhoria de competitividade da indústria nacional e reduzir o déficit comercial dos produtos manufaturados. No que tange a indústria química, o déficit já atingiu R$32 bilhões. Nesse contexto, a Braskem tem investido em projetos que buscam diversificar sua matriz de matéria-prima e melhorar sua competitividade na curva de custos global, através da construção do projeto petroquímico integrado no México, para produção de polietileno, e do avanço nos estudos de engenharia para implementação do novo complexo petroquímico no Rio de Janeiro. A Companhia permanece focada ainda na parceria com seus clientes, com consequente retomada de ampliação de seu market share; nos investimentos na área de inovação, desenvolvendo novas aplicações e apoiando o crescimento da indústria de transformação plástica; na constante busca de sua eficiencia operacional, através da elevação da sua taxa de operação; sem descuidar da manutenção de sua higidez financeira e disciplina de custos. Encerramos aqui a nossa apresentação e passamos para a sessão de perguntas e respostas.

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Paula Kovarsky, Itaú BBA: Bom dia a todos. Parabéns pelos resultados. Vou começar com algumas perguntas. Eu queria entender um pouco melhor a dinâmica do CAPEX. Está claro que houve uma antecipação de gastos relativos ao projeto do México, que tem um ajuste de câmbio, mas eu queria entender como isso afeta os investimentos relativos ao projeto do México no ano que vem, se temos que eventualmente fazer um ajuste para baixo nos números, dado que teve algum tipo de antecipação. Se vocês pudessem falar um pouco nessa ideia de não mais vender a quantiQ, qual é o fato gerador disso, o que mudou. E uma terceira pergunta, nós temos ouvido um pouco de reclamação da terceira geração, dificuldade de repasse dos aumentos de preço que foram feitos pela segunda geração ao longo do ano, em cima de câmbio e até dos spreads. Então, talvez, se vocês pudessem nos dar a sua visão, a perspectiva de como está o mercado do ponto de vista de receptividade desses aumentos, em que medida isso pode eventualmente bater em demanda. Carlos Fadigas: Bom dia, Paula. Três boas perguntas. Deixe-me começar pelo México, sua primeira pergunta, para aproveitar e esclarecer que a alteração em 2013 não representa nenhuma expectativa de estouro do projeto do México. A Braskem tem um histórico bom de entrega de planta dentro do orçamento. Foi assim com PVC Alagoas, foi assim com butadieno, foi assim com PP em Paulínia, e foi assim com a planta de PE verde no passado, e esperamos que seja assim também no projeto do México. O projeto está caminhando, está em linha. O que aconteceu especificamente com o número deste ano foram três fatores. Brevemente: câmbio, que o projeto tem um orçamento em USD, e a tradução disso, com um Real mais alto, e nós passamos para vocês a expectativa em Real, tem um efeito; segundo efeito, a antecipação de compra de alguns equipamentos mais críticos; terceiro efeito, quando você faz um investimento, você paga o equipamento e o imposto, e o Governo devolve o imposto. Curva de aprendizado nossa. Nós achávamos que o imposto voltava mais cedo, e temos US$150 milhões de imposto preso para ser recebido, e isso faz com que esse número fique um pouco mais alto neste ano. Temos metade do projeto para construir ainda, mas pretendemos que o número total fique dentro do orçado. E naturalmente, a previsão do número do ano que vem será menor do que tínhamos anteriormente. Só não lhe passo este número agora porque ele está indo para discussão com acionistas na reunião de Conselho em dezembro, que é quando aprovamos o orçamento para 2014 a 2016. Mas o total será o mesmo. O número total em todos os anos não muda, porque não tem estouro, e nós, em breve, passamos para vocês uma previsão de investimento mais clara para o ano que vem. Paula Kovarsky: Essa questão da recuperação de impostos, Fadigas, tem alguma expectativa de tempo, ou eventual não recuperação total? Tem algum risco aí?

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Carlos Fadigas: Não, não tem risco. Essa é uma dinâmica de liberação. Tem toda a parte burocrática: confirmação de que o pagamento foi feito, confirmação de que o pagamento foi vinculado a um investimento, confirmação de que o investimento está acontecendo. É como se fosse um ICMS, lá chama-se IVA, e é o IVA sobre o investimento, que temos o direito de recebê-lo de volta. Como todo país que faz gestão sobre fluxo de caixa, a Secretaria de Finanças, o Ministério da Fazenda local está fazendo isso. Achamos que receberemos no 1S14. E agora tem mais, nós vamos continuar investindo, vamos continuar gerando crédito. Então, tem um fluxo na Secretaria, e entenda, Secretaria como Ministério lá, do pedido de reembolso e liberação de reembolso. É só uma questão de dinheiro no tempo, uma questão de atraso de alguns meses, um trimestre. Não tem risco associado a isso. O projeto continua sendo um projeto de alto perfil do México, conhecido, com o Governo Estadual, Governo Federal, PEMEX como parceira; vale lembrar que esse é um projeto que o México tentou colocar de pé por mais de dez anos, e a Braskem está colocando de pé, finalmente. Com relação a desinvestimento, nós não temos interesse em vender a quantiQ. Colocamos a quantiQ à venda no passado, deixamos isso claro para vocês; o investimento estrangeiro perdeu um pouco de apetite para investimento naquele momento e não temos interesse de nos desfazer do ativo a qualquer preço. Por conta disso, a quantiQ não está mais a venda. É um excelente ativo, tem uma equipe ótima. Cresceu o faturamento, cresceu EBITDA nos últimos anos, e é isso que pretendemos fazer com a Companhia. Tendo dito isso, especificamente em relação à quantiQ, outros ativos fora do core podem sim ser desinvestidos para sustentar o programa de investimento da Braskem. Vendemos a central de tratamento de afluente e a unidade de tratamento de água na Bahia no ano passado, e esses são ativos que estamos olhando nos outros polos para eventualmente fazer o desinvestimento também. A Braskem não precisa tratar todo afluente, toda a água que consome. De repente, ela pode se concentrar no seu core, colocar seu caixa e seu investimento no core. A lógica geral de sustentar o core vendendo ativos periféricos continua, e a venda da quantiQ não continua. Com relação à terceira geração, vou ser sincero, eu não esperava nada muito diferente do que a terceira geração expressando sua preocupação de repasse de preço. Todo setor influenciado por câmbio na sua base de custo, e com receitas na outra ponta, em uma dinâmica um pouco mais em Reais, e estou me referindo á terceira geração, tem dificuldade. Vale para companhia área, vale para todo mundo. O câmbio subiu, não lembro exatamente de quanto, R$1,80, R$1,90, e veio bater em R$2,40, R$2,45. Em um País que está trabalhando para conter inflação, isso é mais difícil. À medida que a cadeia avança, você vende Petrobras, passa por Braskem, primeira geração em Braskem, segunda geração, transformador, na indústria de alimentos a tolerância a repasse de preço de petróleo e de câmbio vai diminuindo, porque é mais difícil convencer lá na ponta uma grande rede varejista de que a embalagem tem que custar mais caro porque o câmbio mudou. Eles tem mais uma realidade em Reais.

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Exatamente por conta disso a Braskem dosou um pouco o repasse. Foi repassando, e nós sempre dissemos que tem um lag, isso não mudou também, dois, três meses até fazer o repasse completo. E a terceira geração teve de fazer a mesma coisa, teve que absorver um pouco desse repasse. Com o câmbio voltando de cerca de R$2,40 para um patamar de R$2,20, chegou a R$2,18, está um pouco volátil, esse repasse termina de ser feito e, na verdade, cria até alguma folga nessa cadeia toda. Não estou vendo isso ter um impacto em volumes, que foi sua pergunta. Isso teve um impacto de deslocamento de volume do 3T para dentro do 2T, nós discutimos isso um pouco já no fechamento do 2T. Claro que o nosso cliente do setor de transformação antecipou compra. Ele sabe que vamos fazer um repasse gradual e tenta comprar o máximo que pode antes de fazermos o próximo repasse, mas agora, com o câmbio caindo, essa dinâmica muda. Não vi destruição de demanda, 9% no acumulado do 3T, e achamos que fecha em 8%, 7% no acumulado do ano. Então, não tem destruição de demanda. Tem, sim, todo o processo de reajuste, de quem segura mais repasse de preço, quem ajuda a amortecer mais isso antes de chegar ao consumidor final. Mas esse processo agora, com o câmbio descendo, já facilitou, e eu diria até que até já terminou. Paula Kovarsky: OK. Obrigada. Auro Rozenbaum, Bradesco: Bom dia a todos. Eu gostaria de começar perguntando um pouco sobre o cenário dos próximos dois ou três trimestres, com relação a essa volatilidade que tivemos recentemente de câmbio e preço de petróleo. Como o Fadigas acabou de mencionar, o petróleo continua em queda. Como vocês estão vendo esse comportamento, especialmente pelo efeito de preço de nafta de Petrobras que devemos ter neste trimestre? E dentro desse contexto, como vocês estão vendo a atividade para vocês no ano de 2014? Se puderem dar uma pincelada nos principais segmentos, também nos ajudaria a entender a sua visão. E minha segunda questão, se pudessem dar um pouco mais de cor sobre a evolução das discussões de Comperj. Carlos Fadigas: OK, Auro. Deixe-me começar pela mais difícil, que é a primeira, falar de câmbio e falar de petróleo, e aí dar um pouco da perspectiva dos próximos trimestres. Primeiro, com relação a câmbio, talvez eu esteja na contramão da opinião pública, mas eu espero que o câmbio suba, o que é absolutamente fundamental para a indústria brasileira. Pegue a balança de manufaturados no Brasil, manufaturados de uma maneira geral, essa própria balança comercial, para começar no mais genérico; pegue a balança de manufaturados para chegar no específico, e pegue a balança da indústria química para chegar no mais específico ainda, e todos os três apontam para a necessidade de

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ajuste de câmbio, que hoje já está um pouco sustentado pelo diferencial de taxa de juros. Nenhum país desenvolvido no mundo tem uma taxa de juros alta. O Brasil está carregando esse número entre 9% e 10% e isso tem um efeito pesado, difícil, sobre a indústria. Ainda que eu esteja satisfeito com a evolução de R$1,80 para R$2,20 de câmbio, eu espero que a retirada do estímulo econômico nos EUA, na medida em que a economia americana melhore, e vimos vendo confirmações disso, faça com que o câmbio continue se movendo. Lembrando que temos todo ano uma inflação de 6%, 7%. Então, a cada ano deveria ter pelo menos uns US$0,15 para poder compensar. Se colocarmos isso como perspectiva de longo prazo, o câmbio deveria estar mais alto. Isso é só, na verdade, quase uma manifestação de desejo, de um lado, e uma expectativa quando falamos da redução do computative easing. Eu espero que o câmbio suba. E eu vejo menos espaço para o câmbio cair. Essa é uma preocupação do Governo, de absorver esse patamar novo; e com inflação já estabilizando um pouco, espero que no ano que vem o câmbio possa andar em favor da indústria, em movimento favorável para a indústria nacional. Preço de petróleo, mais difícil ainda de prever, e mais para o meio deste ano, se voltarmos uns quatro ou cinco meses, tivemos os eventos da Síria; naquela altura tinha discussão de um ataque iminente dos Estados Unidos à Síria. Isso jogou preço de petróleo para cima, e ele vem voltando um pouco. Então, espero que o fundamento de câmbio nos ajude, e o fundamento de petróleo não ajuda tanto. Devemos lembrar que o que interessa mesmo é o spread. Muitas vezes, o petróleo cai e preço de petroquímico cai junto. Colocando petróleo um pouco de lado, espero que os spreads permaneçam. Eles se recuperaram um pouco em no começo do ano em relação ao ano passado, e para o ano que vem e para os próximos trimestres eu espero, portanto, um spread estável. Não vejo motivo para ele retroceder. Em termos de fundamento, espero que o câmbio nos ajude, e o spread espero que fique estável, e isso poderia nos ajudar nos próximos dois a três trimestres, combinado também com o crescimento do mercado doméstico. Não vejo muito espaço mais para 9%, mas espero que continue andando diferente do que foram os anos de 2011 e 2012, quando o mercado ficou de lado. E aí já entro um pouco na sua próxima pergunta, sobre segmento. O que eu vejo ajudando a parte de segmento, quais segmentos que vejo ajudando a demanda interna. Tem uma parte de linha branca, na medida em que aquele programa, o desdobramento do Minha Casa, Minha Vida, que agora se chama Minha Casa Melhor, que espero que signifique mais venda de linha branca e signifique linha petroquímica melhor, também como desdobramento disso. O setor de agronegócios continua forte. Para construção e infraestrutura, é um ano importante; espero que construção e infraestrutura avancem. Os programas de

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concessão têm avançado, ainda que não na velocidade que todos gostaríamos, mas têm avançado. E o setor automotivo também tende a ajudar. Então, deixar os quatro segmentos que podem continuar ajudando a gerar uma demanda mais sustentável, e um crescimento de mercado doméstico para o Brasil. Saiu na imprensa, e ontem tivemos coletiva de imprensa para divulgar o resultado, o número para o ano que vem, falando de um número mais ou menos em linha com o PIB, de 3%. Sinceramente, espero estar errado. Espero que aconteça o que aconteceu este ano, mas não estou vendo de onde isso viria. Para falar de Comperj, sua terceira pergunta, nós temos um consenso já obtido com a Petrobras de que a referência para os preços do Comperj devem ser as referências que estão balizando todos os outros projetos na região, e não são poucos. A referência do projeto da Braskem no México é a referência do preço de produto norte-americano, que é a referência Mont Belvieu. Ao mesmo tempo, projetos de Exxon, de Dow, de Chevron e Philips, de Formosa, de Oxichemicals, de Sasol, também seguem referência de mercado americano. Isso quer dizer que os preços desses produtos, das matérias-primas desses complexos, subirão e cairão, na medida em que Mont Belvieu avance, suba e desça. No fundo, o que estamos falando é que eles têm que ter a mesma referência para que se mantenham competitivos ao longo do tempo. Este é um ponto importante. O que não chegamos ainda ao detalhe é com relação à matéria-prima precisamente. Vai ser gás, e quando falamos em gás, dentro dele tem metano, propano, butano, frações mais pesadas. Então, exatamente quanto de cada fração, e exatamente qual o preço – que vai estar atrelado ao americano, sim, mas quanto do americano, com desconto, com prêmio, com percentual, todo esse ajuste fino, agora estamos trabalhando. E na medida em que fazemos isso, também trabalhamos na configuração do complexo, em qual é o tamanho de cada planta, qual é o tamanho da central de matéria-prima. Nós estamos tentando dimensionar isso, inclusive, para bater, de um lado com a disponibilidade de matéria-prima da Petrobras, e do outro lado com a demanda de resina do mercado nacional. Esse é exatamente o momento atual do complexo. Espero que tenhamos uma definição mais clara com relação a escopo, com relação à matéria-prima na virada deste ano, idealmente até o fim do ano, e o ano termina daqui a seis semanas, ou nos primeiros meses do ano que vem. Tendo dito isso, continuo absolutamente convencido e seguro de que o projeto é só uma questão de tempo, só uma questão de ajuste para podermos fazer um FEL3 absolutamente preciso em cima da configuração certa, para que possamos começar a construção do Comperj. Auro Rozenbaum: Fadigas, tem algum detalhe específico, de algum andamento a respeito do custo de construção? Porque temos visto custos altos de construção de plantas petroquímicas ou refinarias aqui no Brasil. Imagino que isso também seja pertinente.

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Carlos Fadigas: Auro, é um fator. Eu gostaria de separar duas coisas: uma coisa é estouro de custo, que você tem uma previsão e realiza bem acima; e uma coisa diferente é custo intrínseco de construir qualquer coisa no Brasil. Então, deixe-me separar. Começando pela segunda: fazer CAPEX no Brasil, fazer construção no Brasil tem custo mais alto do que fazer a mesma coisa na Ásia ou nos Estados Unidos; eu não saberia dizer em relação à Europa. Isso tem a ver com produtividade de mão-de-obra, tem a ver com custo de logística, até com taxa de juros, porque, no final do dia, para você carregar esse investimento também tem custo em moeda local, infraestrutura, tem uma série de fatores. Faz parte, sim, de toda essa equação quando fazemos um projeto, que dá uma boa taxa de retorno, levando em conta que vai custar um pouco mais caro fazer aqui do que custaria se fosse construído nos Estados Unidos ou no México. Então, de fato, eu concordo com você nisso, é um fator. O segundo fator importante de isolar é que, uma vez determinado o custo, nós não temos nenhuma pretensão de deixar que ele escorregue. Na pergunta anterior que a Paula fez, sobre México, comentei brevemente sobre o histórico de desempenho de Braskem em CAPEX, que uma vez que chegamos ao custo, dentro de um processo detalhado e criterioso de fazer engenharia, FEL1, FEL2 e FEL3, temos conseguido, felizmente, com muito empenho das equipes, cumprir o orçamento de custo. É isso que pretendemos. Exatamente por isso Auro, que demoramos um pouco para ter essa previsão. Já recebi perguntas de “mas por que demora tanto?”, “por que vocês não passaram o número ainda?”, e isso tem a ver exatamente com o cuidado de fazer um detalhamento de FEL3, que é a terceira etapa da engenharia, quando, ao final dela, temos uma visão bem mais clara de quanto vai custar o complexo. Esses são os dois lados da resposta que eu queria passar para a sua pergunta. Auro Rozenbaum: Obrigado. Caio Carvalhal, JPMorgan: Bom dia, senhores. Não era minha pergunta original, mas vou aproveitar o gancho da discussão do Comperj e fazer um follow-up. Eu tinha a impressão de que estava menos confirmado do que eu entendi agora. Minha pergunta é a seguinte: existe uma confirmação de que será pego esse polímero para o Comperj, ou é justamente essa a indefinição da matéria-prima que você havia comentado? Seguindo na questão do Comperj ainda, se não me engano, originalmente o schedule era que a fase 1 ficaria pronta em 2014 e a fase 2 em 2018. Esta era uma ideia, não firme, mas uma ideia original da Petrobras. Vimos que hoje, na melhor das hipóteses, a fase 1 fica pronta em meados de 2016. A fase 2 está sofrendo também teoricamente o mesmo atraso de dois anos? Ela vai acompanhar os atrasos da fase 1 ou não, as fases podem caminhar separadamente? Esta é minha primeira pergunta.

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A segunda pergunta, também nessa parte mais de estratégia de expansão, em relação à história da planta de PVC da Solvay, a Braskem confirmou que estava acompanhando o processo, sem muita confirmação, mas estava acompanhando o processo de venda. Recentemente, tivemos a confirmação quase oficial de que Mexichem está fora da compra, eles não estão mais participando. Então, queria que vocês pudessem dar um update de como está o posicionamento da Braskem. Continuam olhando? Muda alguma coisa a saída da Mexichem? Se puderem nos um pouco. Eu sei que nem tudo pode ser falado, mas dentro do que puderem compartilhar, eu agradeceria. São essas as minhas duas perguntas. Obrigado. Carlos Fadigas: Está ótimo, Caio. Vou responder suas duas perguntas, que na verdade são três. Seu primeiro ponto, com relação ao Comperj, sim, será gás para o Comperj. A Petrobras segue a exploração do pré-sal, tem uma curva de produção futura, tanto de petróleo quando de gás associado, e é exatamente esse gás que vai chegar ao litoral do Rio de Janeiro, vai chegar ao continente, na altura do Rio de Janeiro, através de uma rota que está sendo licitada. E quando falamos de „rota‟, estou falando de pipeline para trazer esse gás; exatamente esse gás que será usado no Comperj. Então, terá gás, sim. Tem uma discussão interna da Petrobras, eles nos atualizam, mas é uma discussão da qual não participamos, que é entre pessoal de exploração de produção, E&P, que dá a curva de quanto eles preveem que será produzido. É exatamente essa produção de gás, e a riqueza desse gás, que simplificamos um pouco como „gás natural‟, mas existe gás natural mais rico, com frações mais pesadas, e existe o gás mais seco, que é o gás com fração mais leve, um gás que tem muito mais metano, que tem um carbono só. Ou seja, terá gás. Qual a riqueza do gás e exatamente quando ele estará disponível, tem um ajuste fino para ser feito, e é em cima disso que estamos desenhando exatamente o projeto, muito menos em função de restrição de gás. O gás existe. Estamos vendo, de um lado, o que queremos produzir, o que o mercado está demandando, qual a taxa de crescimento do mercado, e, de outro lado, que frações vamos usar, e a que precificação. Sua segunda pergunta, ainda ligada ao Comperj, fase 1 e fase 2. Me permita aqui aproveitar para fazer um esclarecimento: já pensamos em mudar o nome do nosso projeto, mas não tivemos criatividade suficiente para achar um nome diferente para o Comperj Petroquímico. No interior do Estado do Rio de Janeiro, especificamente no Município de Itaboraí, no mesmo terreno tem duas coisas completamente diferentes acontecendo: um projeto de refinaria da Petrobras, que tem duas fases, e que a Petrobras está fazendo sozinha, por conta própria, dentro do core business dela, com zero de envolvimento de Braskem, que não tem refinaria, e que tem duas fases. Eles chamam de primeiro trem de refino e segundo trem de refino, e são elas que estão aí, que você falou, uma disponível em 2014 e outra em 2018. Isso não tem nada a ver com nosso projeto petroquímico, portanto eu não saberia atualizar muito se vai atrasar ou não. Mas queria aproveitar sua pergunta para esclarecer. Fase 1 ou fase 2 de Comperj, trem 1 ou trem 2 de Comperj têm a ver com a construção dos dois trens de refino no Rio de Janeiro, e só a Petrobras pode responder por este assunto.

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Lá também, neste mesmo terreno, neste mesmo município, tem outro projeto, o Comperj Petroquímico, cujo nome precisamos mudar evidentemente, para evitar confusão, que está a cargo da Braskem, e é ele que vimos discutindo. Caio Carvalhal: E esse Petroquímico caminha totalmente independente da evolução das refinarias trem 1 ou trem 2? Ele tem o seu timing totalmente separado? É isso que você está falando? É um esclarecimento importante, eu agradeço, e acho é até uma notícia positiva, pelo que estou entendendo. Carlos Fadigas: É verdade. É um esclarecimento necessário, e você me ajudou, inclusive, a refinar a resposta. Não só é um projeto diferente como, sim, ele caminha de forma independente do trem de refino 1 e 2, porque ele não depende de matéria-prima vinda do trem de refino 1 e 2. Está aí porque Comperj petroquímico segue um cronograma próprio, que está muito mais vinculado a gás, que não virá dessas refinarias, em princípio virá de exploração externa. Então, dá para tratarmos, sim, Comperj petroquímico e as duas refinarias como coisas completamente diferentes. Portanto, atrasos eventuais na parte de refinaria não batem no nosso negócio. Caio Carvalhal: E se você me permite também aprofundar um pouco neste ponto, a fase 1 do Comperj prevê uma produção de mais ou menos 30.000 barris diários de nafta petroquímica. Esse Comperj Petroquímico, o projeto de vocês será puro gás, ou ele terá alguma capacidade, alguma flexibilidade para aproveitar também essa nafta será produzida do lado da planta? Carlos Fadigas: Caio, hoje, a Petrobras não consegue atender toda a nossa demanda de nafta. Para centrais que já existem hoje, a Braskem consome mais ou menos 10 milhões de toneladas de nafta, e a Petrobras só consegue nos atender em 7 milhões de toneladas de nafta anuais. Então, o setor petroquímico hoje já é obrigado a importar 3 milhões de toneladas de nafta para rodar o parque atual. Portanto, essa produção, que é uma parcela pequena do output, de tudo que será produzido nessa refinaria, me parece que tem uma produção muito mais substancial em diesel, ajuda a cobrir déficit atual. Aliás, nós adoraríamos que novas produções de nafta fossem colocadas para atender o déficit que já existe. A Braskem, como vocês sabem, investe na frente dos clientes para poder atender a demanda deles, e o Comperj também é isso, e seria muito positivo se tivéssemos também a Petrobras trabalhando para fechar o déficit de produção de nafta. Exatamente por conta disso que o Comperj petroquímico, que será feito do lado, não vai consumir nafta, exatamente para não somar ao gap, ao déficit que já existe hoje de demanda de nafta no Brasil.

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Então, é muito bem vinda a produção adicional de nafta, mas o Comperj petroquímico não vai consumir nafta, exatamente para não agravar essa situação. Caio Carvalhal: Perfeito. Carlos Fadigas: Vou passar agora para sua terceira pergunta. Esclarecemos vários pontos do Comperj, agradeço as perguntas que você fez. Com relação à Solvay, ela está com o processo de venda dos seus ativos, isso é informação pública, eles informaram isso. A Braskem também já informou publicamente que está participando desse processo, respondeu a um questionamento da CVM deixando claro que está participando disso, e continuamos engajados no processo. Soubemos também pela imprensa que a Mexichem deixou claro que eles não estão mais nesse processo de eventual compra desses ativos, e isso não muda em absoluto nossa posição. Só relembrando, estamos falando de uma instalação industrial em São Paulo, abastecida de matéria-prima inclusive por nós, e de uma instalação industrial na Argentina, em Baia Blanca, que é um mercado também muito importante para a Braskem. A Braskem exporta muito para a Argentina, tem uma presença de longa data na Argentina, então essa operação nos interessa. A saída da Mexichem não muda o cenário, e eu reforço aqui o compromisso de Braskem com o mercado petroquímico brasileiro. Enquanto temos a Solvay saindo do mercado, a Braskem reafirma seu compromisso de investimento no Brasil. Caio Carvalhal: OK. Perfeito. Muito obrigado. Vicente Falanga, Bank of America: Bom dia. Eu tenho duas perguntas. Primeiro, sobre essa reforma tributária no México, isso afeta de alguma forma o projeto Etileno 21, principalmente no quesito imposto de renda? Qual é a taxa que poderíamos esperar para este projeto depois dessas reformas? A segunda pergunta, saiu na mídia algumas vezes que a União Europeia está pensando em retirar o Brasil do regime especial de cotas de importação para alguns produtos, inclusive produtos plásticos. Primeiro, eu queria saber se isso confere, e segundo, se isso afeta de alguma forma o seu cliente local, se isso pode trazer algum impacto indireto para vocês. Obrigado. Carlos Fadigas: Com relação à reforma no México, junto com a reforma energética, que tende a dar um pouco mais de autonomia para a PEMEX, trazer um pouco mais de capital privado

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para investir no setor de petróleo, e petroquímico também, tem uma reforma tributária exatamente para que o estado mexicano seja menos dependente do que aquele da própria PEMEX. Tem se falado de elevação de alguns impostos, em várias dimensões, entre eles imposto de renda de pessoa jurídica. Nós estamos acompanhando o assunto de perto. Chegaram a ser propostos impostos sobre emissão de CO2, sobre distribuição de dividendos, uma série de outros fatores. Até agora, não vimos nenhuma alteração que afete o projeto Etileno 21, nada que afete de forma material. Este processo está em discussão, e a indústria também está participando. Na Braskem, nosso Presidente local é inclusive membro do conselho da Abiquim mexicana, que chama-se ANIQ, está engajado nessas discussões e a indústria também está trabalhando para evitar tributações adicionais. Não tem, neste exato momento, nada material sobre o projeto Etileno 21, e nós não esperamos que tenha. A parte de tributações sobre dividendos pode ser administrada pela abertura de pessoas jurídicas localmente, e aí podemos entrar um pouco mais de detalhe sobre planejamento fiscal. A parte de tributação sobre a emissão de CO2 poderia ter alguma cobrança sobre o projeto, mas quase imaterial. Mesmo essa cobrança, a indústria conseguiu reverter; está em discussão ainda, mas o projeto já foi retirado. E a elevação do imposto de renda sobre pessoa jurídica também não tem um impacto material. Eu vou até prometer que, no próximo trimestre, daqui a 90 anos, à medida que o assunto avance lá, voltaremos com mais informação, mas eu digo que não tem nada que afete materialmente o projeto no México. Não é uma fonte de preocupação a essa altura. É claro que estamos participando da discussão como um agente, como um player, como uma indústria que futuramente terá uma presença relevante. Faz parte do perfil Braskem estar engajada nessas discussões. Estamos engajados na Abiquim, estamos engajados na AMIQ, estamos engajados no índice norte-americano. Eu trarei mais atualizações, mas já adianto que eu não vejo nada material nos afetando. Com relação à Europa, ela está tirando, sim, o Brasil do sistema geral de preferência, que é um sistema de preferência que reduz o imposto de importação de produtos vindos de países de renda per capita menor. O referencial para definir se o país tem preferência ou não na importação é renda. Felizmente, a renda per capita brasileira cresceu nos últimos anos. O Brasil se desenquadrou, e isso eleva o imposto de importação de 2% para aproximadamente 6% de produtos, principalmente produtos do Brasil para lá, entre eles resina petroquímica. Nós estamos acompanhando o assunto, e infelizmente parece que é uma tendência difícil de revertermos. Tem mais a ver com a própria política europeia, portanto o limite de influência política de lobby nosso está um pouco mais limitado. Eu lamento um pouco, porque a zona do Euro não é exatamente um bloco que na relação com o Brasil esteja aberto, por exemplo, para exportações de produtos agrícolas. Não é um diálogo fácil que temos com eles, e isso já vem de longa data, mas continuaremos trabalhando para tentar evitar. Tenho poucas expectativas de que isso afete.

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É bom lembrar que a Europa não é o primeiro destino das exportações brasileiras. O primeiro destino da exportação brasileira de resina da Braskem é o Mercosul, naturalmente com a Argentina sendo o mais relevante entre eles, e a Venezuela também tem alguma relevância. O segundo destino é a América do Sul fora do Mercosul, e aí estamos falando de alguns países andinos, alguns países da Costa do Pacífico; e somente depois disso vem a Europa, e depois a Ásia. Eu ainda não tenho o número para passar do impacto que isso poderia ter nas exportações de Braskem, e nem quanto disso seria transferível para o consumidor europeu por elevação de preço de venda. Mas quanto à sua pergunta, se vai acontecer, sim, vai acontecer, tem a ver com o sistema geral de preferência. Vicente Falanga: Ok, Fadigas. Muito claro. Obrigado. Luiz Carvalho, HSBC: Bom dia. Obrigado pelo call. Eu tenho duas perguntas, a primeira é em relação ao projeto do México. Eu queria entender como vocês veem a taxa de conclusão do projeto, de andamento das obras efetivamente, ao final de 2014. Como mencionaram, vocês fizeram um adiantamento de compra de equipamentos importante, e eu queria entender como é que podemos ver isso ao final do ano que vem, que taxa de conclusão vocês esperam ter. A segunda pergunta, gostaria que vocês dessem uma cor de como estão vendo a questão de estoques agora, depois da recomposição que vimos recentemente. Como estão vendo isso para o 4T, e o que isso pode ter de impacto em termos de volume? Sabemos que o 4T sazonalmente é mais fraco que o 3T, mas queria entender um pouco de como vocês estão com a cabeça para o final do ano agora. Obrigado. Carlos Fadigas: O projeto do México deve partir, relembrando, em meados de 2015. O período mais intenso de construção são os anos de 2013 e 2014. O projeto ao final de setembro estava com 48,4% de conclusão; ainda não tenho o número de outubro, ficará pronto daqui a pouco. E ele avança bastante no ano que vem. A taxa de conclusão deste projeto no final do ano que vem, o que chamamos de EPC – engenharia, procura e construção –, a taxa de avanço do EPC no ano que vem é em torno de 85%. Este número é ajustado, não mensalmente, mas à medida que o projeto vai avançando, vamos fazendo um ajuste fino do calendário. Então, temos um cronograma no tempo e fazemos um ajuste fino em função de avanços ou atrasos tanto na engenharia, quanto na procura, quanto na construção. Isso quer dizer que 85% é um projeto que fica só com 3% de conclusão para ser feito dentro do ano de 2015, quando se termina a construção, e aí quando se faz a parte de comissionamento e partida. Estamos trabalhando, inclusive, para melhorar esse número. Isso faz parte desse ajuste fino que eu estou falando, para tentar chegar a um número um pouco melhor que este ao final de 2014, deixando muito pouco, portanto,

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para o ano de 2015, guardando boa parte do ano de 2015 para o comissionamento e para a partida da unidade. Com relação a números do 4T, é difícil dar um número preciso de volume, então vou evitar entrar exatamente em tonelada, mas para lhe dar alguma referência, tem a sazonalidade, tipicamente é um trimestre menor que o 3T. E mesmo o 3T tendo sido mais fraco, eu acho que o 4T continuará sendo um número menor que o 3T. Se pegarmos o 4T12, que foi um pouco fraco, e se pegar o 3T13, que são as duas comparações típicas, em relação ao ano passado e em relação ao trimestre imediatamente anterior, eu acho que o 4T13 ficará no meio do caminho entre as duas coisas. Um pouco menor do que o 3T, e talvez um pouco melhor do que o 4T12. Essa é a nossa visão. A maior parte dos estoques já foi consumida no 3T, e, além disso, o fato de a nafta estar caindo pouco, o que pode trazer preços petroquímicos um pouco para baixo, mas sem uma variação muito grande, não cria nenhuma tendência forte de reestocagem ou de desestocagem. Se o preço estivesse subindo, o mercado se estocaria naturalmente, e se o preço estivesse caindo, o mercado evitaria comprar. Não tem nenhum movimento muito forte acontecendo, daí porque temos essa previsão intermediária de volume para o 4T13. Luiz Carvalho: Está claro. Só um follow-up rápido: o impacto da redução da tarifa de nafta continua em R$1 bilhão no EBITDA para o ano que vem? Carlos Fadigas: Eu posso falar em termos percentuais, porque o número em Reais vai depender do câmbio e do preço da nafta. O efeito para nafta no ano que vem, o percentual de redução é igual ao que estamos tendo nos últimos meses deste ano. A medida entrou em vigor em maio, ela fica no mesmo patamar no ano inteiro de 2014 e no ano inteiro de 2015, e o estímulo começa a ser retirado a partir de 2016. Então, para o ano que vem o patamar de estímulo é o mesmo, e o número preciso em Reais dependerá um pouco – naturalmente você sabe disso, só para relembrar –de taxa de câmbio e do próprio preço da nafta, dado que o incentivo é percentual em relação ao faturamento das compras, ao volume de compras. Luiz Carvalho: Está claro. Obrigado. Gustavo Gattass, BTG Pactual: Bom dia. Eu tenho três perguntas, gostaria de ver se conseguimos fazer algumas mais rápidas e algumas mais difíceis. Uma bem simples, Fadigas, só para entender: vocês expressaram abertamente agora que a quantiQ realmente não está mais na mesa. Há algum tempo, ela tinha sido retirada do seu consolidado para efeito de divulgação, como se fosse alguma coisa à venda. Eu achava que nada tinha mudado, que neste trimestre. Só queria confirmar com vocês se esse é o caso. Só para saber se eu estou entendendo os números divulgados corretamente.

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A segunda pergunta, já há dois trimestres temos visto meio que uma tendência de redução nos seus custos que não são custos de matéria-prima. E eu só queria ouvir de vocês se há algum grande programa, alguma coisa acontecendo que efetivamente vocês estão trabalhando para tentar reduzir esse custo, ou pode haver algum efeito também, seja de desoneração, ou algum outro drive que esteja alimentando. Só para entender se isso é recorrente. E a terceira coisa, olhando um pouco mais para frente, nesse trimestre nós vimos, apesar do resultado bom, uma redução da margem de conveniência de vocês, que para nós pareceu bastante significativa de um trimestre para o outro. Você já mencionou que parte disso é o processo de não repassar tudo rapidamente, mas eu fiquei com a impressão da sua resposta para uma pergunta, acho que da Paula, que talvez não tivesse mais necessidade de aumento de preço. Só queria entender se, com o câmbio onde está agora, vocês já voltaram para uma margem de conveniência, ou ainda tem necessidade de ajustar nos meses para frente? Carlos Fadigas: Gattass, vou começar respondendo a primeira, depois eu passo para o Mario a questão de balanço. Não é a nossa intenção vender a quantiQ. E eu entendo aí, Mario, que sob o ponto de vista de classificações de balanço, isso tem suas consequências, também. Mario: Gattass, com a mudança da intenção de venda, esperamos, até o final do ano, reconsolidar a quantiQ. Ou seja, no balanço de 31 de dezembro de 2013, provavelmente a quantiQ estará reconsolidada linha a linha. Hoje ela consta no nosso balanço, consta no ativo, a única diferença é que não está constando linha a linha no resultado e no balanço, está em uma linha específica de ativo destinado à venda. Mas, para o fechamento do ano, ela deverá ser reconsolidada linha a linha no balanço e no resultado da Braskem. Gustavo Gattass: Perfeito. Se eu puder só fazer uma pergunta, e não sei se vocês podem falar, mas vocês têm alguma mensagem para nós do quanto está o EBITDA da quantiQ, mais ou menos? Só para saber se temos que fazer algum ajuste relevante para o ano. Carlos Fadigas: A desvantagem do porte da Braskem é que, quando você compara o número de petroquímicos básicos, resina, fazer 7 milhões de toneladas de resina, é difícil outras operações da Braskem serem materiais. Do ponto de vista material, acho que a resposta para você é não. Infelizmente, não. Nós adoramos o negócio, é a maior distribuidora de produtos químicos do Brasil quando você tira a BR, que é muito vinculada a combustível, tem toda a cadeia da Petrobras. É o maior negócio de distribuição de químicos no Brasil, tem crescido faturamento, tem crescido EBITDA, mas não é material frente o restante. O número vai voltar, e aí terá todo o disclosure no balanço, de demanda e retorno deste número.

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Deixe-me falar de custos da matéria-prima, que tem mais três perguntas para eu responder. Sim, existe um esforço, existe um programa da Braskem de redução de custo, e esse custo da Braskem que trabalhamos para reduzir não é muito diferente do esforço de qualquer outra petroquímica. Se você pega a inflação de mão-de-obra no Brasil, é 8%. Isso é um fundamento que você conhece. Você pega um câmbio que não anda todo ano, pega a perspectiva longa de histórico, volte dez anos no tempo. Nós estamos aqui em 2013. Volte a 2003. O câmbio era de R$3,00. Isso explica o déficit da balança comercial brasileira de manufaturados. Dez anos de inflação depois, 80% de inflação depois, o câmbio, em vez de sair de R$3,00 para R$5,40, que seria um câmbio de equilíbrio, digamos assim, desse ajuste por diferencial de inflação, o câmbio foi de R$3,00 para R$2,00. Então, algum ajuste tem que acontecer, e é isso que fazemos todo ano. Estamos fazendo exatamente neste momento a discussão de orçamento para o ano que vem, de como os custos fixos de Braskem cabem dentro do orçamento. Isso existe. Eu não sei se o que você está encontrando na sua comparação, na sua planilha de avaliação de desempenho de Braskem, se a redução de outros custos na matéria-prima tem a ver com isso. O que eu posso dizer é que isso dá total transparência na questão de desoneração, exatamente quanto é o número, nós podemos ajudar você a fazer a conta, para separar outros efeitos disso. Só sugiro um pouco de cuidado quando falamos de uma linha de despesas com vendas, porque, primeiro, ela varia com o volume de vendas, ela sobe e desce dependendo de exportação; mas se você pegar as despesas gerais e administrativas, onde estamos trabalhando para fazer exatamente a redução de custo fixo, ela não tem, infelizmente, nada tão material, porque trabalhamos com redução de custo fixo, mas a inflação, do outro lado, consome um pouco da nossa eficiência nessa linha. Se depois você quiser entrar em contato com a equipe de RI para esclarecer sua dúvida mais específica, do número que você encontrou, fique à vontade. Mas eu não tenho, infelizmente, nenhuma grande redução de custos ex-matéria-prima para reportar. Gustavo Gattass: Está ótimo. Carlos Fadigas: Deixe-me falar de margem; e você chama de margem conveniência, permita-me chamar de margem de serviço. Só brevemente relembrando, tem uma equipe grande de assistência técnica, uma equipe grande de inovação e tecnologia, todo um serviço de logística, todo um esforço conjunto, inclusive, em tirar custo da cadeia, todo um programa de incentivo à cadeia. Indo para o cerne da sua pergunta, a minha resposta à primeira pergunta do call de hoje, a pergunta da Paula, eu comentei que não via necessidade de o processo de repasse câmbio ir além do 4T. No 4T este processo se encerra. Vamos ver como o câmbio termina o ano, mas com o câmbio a R$2,20 esse processo se encerra.

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Então, o esforço de subir preços de resina para repassar para o câmbio se encerra no 4T, restabelecendo, portanto, a questão da margem de serviços sobre a qual você perguntava. O movimento de redução da margem de serviços que você viu, ele aconteceu de fato no 3T, não tem motivo para não se recuperar dentro do 4T. Isso é um esforço da nossa equipe comercial, assim como do nosso cliente, de repassar lá na frente para o restante da cadeia. Entramos no 4T ainda fazendo esse ajuste, ele se encerra agora, e a menos que tenhamos o câmbio subindo, o que seria até boa notícia, não teremos esse efeito mais para frente. Esse é o ponto. Respondi todas as suas perguntas, Gustavo? Acho que sim. Gustavo Gattass: Respondeu. Muito obrigado, Fadigas. André Sobreira, Credit Suisse: Bom dia. Eu tenho uma pergunta um pouco mais estratégica, na seguinte linha: acho que, de seis meses para cá, passamos de um modo de "vamos desinvestir o que é business não core", e agora, como o outlook melhorou, Solvay está mais na mesa, tem a JV com a Styrolution, tem investimento de R$50 milhões na Bahia. Obviamente, o outlook melhorou muito, mas eu fiquei impressionado com a velocidade com que a Empresa mudou de um modo de desinvestimento para um modo de investimento. Queria ouvir um pouco do seu lado, Fadigas, se esse pensamento está correto, se essas medidas já estavam sendo pensadas lá atrás. Se há mais movimentos desse tipo para fazer e se isso mostra que você está realmente confiante na geração de caixa da Empresa daqui para frente, está confortável com o spread, está confortável com o câmbio e com a habilidade de repassar. Uma pergunta um pouco mais aberta. Obrigado. Carlos Fadigas: Está ótimo, André. Excelente pergunta, me dá a chance de falar um pouco sobre o nosso posicionamento. Deixe-me só comentar um pouco, porque eu vejo mudança um pouco menos dramática do que você está colocando, mas acho que, de fato, tenho que deixar um pouco mais clara a nossa forma de ver e de interpretar. É verdade, nós estávamos trabalhando em desinvestimento, e aí eu queria começar a moderar e modular um pouco essa mudança. Nós continuamos trabalhando em desinvestimento. A Braskem continua perseguindo oportunidades de vender ativos não estratégicos. Estamos, neste exato momento, trabalhando nos ativos, por exemplo, de tratamento de água, a exemplo do que tivemos com o tratamento de água da Bahia no final do ano passado. O programa de eventualmente desinvestir ativos continua. quantiQ especificamente, é um caso à parte, porque o perfil dos compradores era de fora. O apetite deles mudou e nós não estamos dispostos a desinvestir o ativo sem que percebamos a agregação de valor correta. Além disso, a equipe vem fazendo um bom trabalho, o desempenho

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do negócio vem melhorando, e isso também impulsiona o nosso desejo de manter o ativo. Mas a lógica de desinvestimento existia, e continua existindo. O que dizíamos lá atrás também é que a Braskem estava buscando formas de manter seu investimento, e que só conseguiria fazer isso se o ambiente de negócios melhorasse. Nossa mensagem, nosso diálogo com o Governo, sendo bastante transparente, tinha a ver com isso. A Braskem quer continuar investindo, a indústria brasileira precisa disso, a economia brasileira precisa disso, a indústria química brasileira precisa disso, os clientes da Braskem precisam disso. E que nós iríamos tentar sustentar o nível de investimento, mas que, se não fosse possível, iríamos parar. E essa mudança de fundamento está vindo. O Governo fez a parte dele: deu a desoneração material, o que já é importante. Tem sido dito que ela é marginal, e ela não é marginal, ela é importante. Reduziu a tributação sobre a matéria-prima, com impacto positivo na nossa capacidade de gerar resultados. O câmbio também veio a favor, o spread internacional veio a favor, e, nesse sentido, nossos custos têm mantido coerência. O assunto de Solvay já existia. Acho que esse processo ficou público alguns meses atrás, mas ele começou já há bastante tempo. Ele começou no começo do ano, então não tem uma mudança aí, é um ativo importante. Os outros dois que entraram, deixe-me relativizar um pouco. Se você vê os números de EBITDA Braskem, R$1,650 bilhão nesse semestre, e o investimento da Bahia é de R$50 milhões. É um investimento de payback muito rápido, na medida em que migramos para uma resina de alto valor agregado, na medida em que migramos para uma resina com um preço diferenciado. É a conversão de uma linha, vai agregar capacidade, sairemos de 90.000 para 120.000 toneladas, com um payback muito rápido. Então, na perspectiva das coisas, não é material para a alavancagem da Braskem. Seria uns R$650 milhões de EBITDA no trimestre, e um investimento de R$50 milhões. Na JV com Styrolution para ABS, tem também um efeito importante de agregar valor para as correntes do cracker da Bahia, e todo o ABS vêm vindo direta e indiretamente da Braskem. O A é a acrilonitrila, e quem produz acrilonitrila é um cliente nosso, que compra propeno da Braskem, o B é o nosso butadieno e S é o estireno, e quem produz o estireno é um cliente nosso, que para produzir compra benzeno e eteno da Braskem. Então, tem um impacto importante de valorização das correntes, e a Braskem tomou o cuidado de ser minoritária; ela tem 30%, a Styrolution tem 70%. Já adianto que a nossa JV Braskem-Styrolution tem o objetivo de fazer o projeto em project finance. Para boa parte do projeta, a alavancagem é essa, que nós, como minoritários, não consolidaremos. Quando você faz os 30% de equity, em uma parcela pequena de equity nesse projeto, você cai de novo em uma zona menos material. Para fazer um wrap-up da minha resposta para você, se de um lado mudou um pouco o perfil para investir um pouco mais, eu vou advogar que isso é coerente com o que vínhamos dizendo, que a criação de um ambiente de negócios melhor nos permitiria avançar um pouco mais em investimentos.

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Eu tempero isso, amenizo isso um pouco também com o fato de os investimentos estarem sendo feitos de forma cautelosa, em integrações de linha, em JV com a Braskem como minoritária, e no caso da Solvay é um assunto que já estava na mesa. E também amenizo isso um pouco com o fato de que os desinvestimentos, ainda que quantiQ não seja o caso, continuam também sendo estudados. Nós continuamos com a preocupação de manutenção do investment grade, nossa alavancagem caiu de 3x para 2,7x, em grandes números; duas agências de rating reviram o nosso rating, e as duas confirmaram a Braskem como investment grade. Nós vamos continuar tentando achar esse equilíbrio entre manter um programa de crescimento da Companhia, que vá agregando rentabilidade, seja por conversão de linha, seja por agregação de valor comum de matéria-prima, seja pela construção de um complexo petroquímico novo, e, ao mesmo tempo, mantendo a higidez financeira. A Braskem tem, entre caixa e linha de crédito disponível, mais de R$5 bilhões, que cobrem com folga os próximos três anos de vencimento de dívida. Então, o nosso compromisso é esse, de liquidez, controlar a alavancagem, manter o investment grade, sem parar o crescimento e agregação de valor para a Companhia. E eu posso advogar que temos conseguido isso, junto com o ambiente, que tem melhorado e tem favorecido a Companhia. André Sobreira: OK. Obrigado. Carlos Fadigas: Não tendo nenhuma pergunta na fila, gostaria encerrar o call com alguns comentários finais. Queria agradecer a atenção de vocês, e o tempo aqui neste call. Queria dizer que é claro que eu tenho satisfação de ver o EBITDA da Braskem no 3T. Já comentei, e já saiu na imprensa também que tem um efeito que 4T devolvemos um pouco. Vendemos, no 3T, produtos feitos com um câmbio mais baixo, da mesma forma que vamos vender agora no 4T, com um câmbio de R$2,20, produtos feitos com câmbio de R$2,40. Isso devolve um pouco esse efeito. Mas, de maneira geral, tem uma melhora de desempenho. Tem uma redução de alavancagem, tem uma melhora de patamar de EBITDA, e nós continuamos, na medida em que trabalhamos para rentabilizar a operação atual, trabalhando para criar uma base de produção futura mais competitiva. Estamos reduzindo o custo; tem um trabalho enorme sendo feito dentro da Companhia de redução de custo, aumento de taxa de operação das nossas centrais, aumento de market share, criação de ambiente de negócios através de desoneração de matéria-prima. Conseguimos uma elevação temporária do imposto de importação do polietileno, que também ajudou a Braskem no seu esforço de melhoria de rentabilidade, e é positivo vermos isso começando a dar resultado. Enquanto fazemos isso, seguimos construindo no México, seguimos trabalhando para construir o Comperj, seguimos buscando oportunidades nos Estados Unidos que tenham matéria-prima mais barata e mais competitiva. Esse é um compromisso nosso, e vimos trabalhando para entregar isso trimestre após trimestre. Queria deixar um último convite: colocamos em nosso site de RI um vídeo sobre a construção do projeto do México, e queria convidá-los a verem. Tem um minuto e

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meio, vamos aproveitar que hoje é sexta-feira, vale investir o tempo em uma coisa diferente e dar uma olhada no vídeo. Nos dá um orgulho enorme. O site em construção neste exato momento tem mais de 10.000 pessoas trabalhando, mais de 80 guindastes mobilizados para fazer a montagem de todos os equipamentos. Está longe de ser a construção de uma fábrica, é a construção de muito mais do que isso. São quatro unidades industriais, um cracker e três plantas de polietileno, junto com toda a utilidade, subestação de energia, tratamento de água, tratamento de afluente, logística para escoar o produto. É uma vista muito bonita. Quem olha vê o desenvolvimento industrial sendo construído, o que me parece muito interessante. E deixo aqui um desafio para a minha equipe de RI, de criar a oportunidade de levá-los para visitar este projeto no ano que vem. Quem gosta de colocar uma bota, colocar um macacão, terá a oportunidade de ir lá para o meio do barro e ver o projeto sendo construído. Vamos criar essa oportunidade, e quem quiser, será muito bem-vindo. Vamos montar esse programa para 2014, antes que o projeto esteja concluído. Lá adiante, em 2016 levamos quem quiser ver o projeto operando; mas quem quiser pisar um pouco no barro e ver o projeto em construção, eu garanto a vocês que é muito interessante, muito inspirador. Obrigado novamente, e bom final de semana. Até o próximo call. Operadora: Obrigada. A teleconferência de resultados da Braskem está encerrada. Desconectem suas linhas, e tenham uma boa tarde. “Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”