Transdutores piezoelétricos

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7 Transdutores Piezoelétricos Outro tipo bastante utilizado de transdutor passivo é o transdutor piezoelétrico, que produz um sinal elétrico de saída quando excitado mecanicamente. Além disto estes transdutores são recíprocos o que significa que se for aplicada ao transdutor uma certa tensão elétrica eles são capazes de produzir uma vibração mecânica. Devido a esta característica tais transdutores são muito utiliz ados na área biomédica como por exemplo em: a) microfones específi cos para trans dução de sons cardíacos; b) acelerômetros para medição de tremores; c) sensores ultra-sônicos para medição de fluxo sanguíneo; d) sensores ultra-sônicos para imageamento; e) dispositivos ultra-sônicos para cirurgia. A piezoeletricidade é um fenômeno associado a geração de cargas elétricas na superfície de um ma ter ial quando a ele é apli cada uma cer ta tensão me cân ica capaz de de formá-l o; ou a correspondente mudança da forma do material quando uma certa tensão elétrica é aplicada em algumas de suas superfícies. A piezoeletricidade é então uma maneira de converter-se energia mecânica em energia elétrica, ou vice-versa. Os primeiros materiais piezoelétricos estudados foram o quartzo, a turmalina e os sais de Rochelle. Antigamente todos os cristais eram considerados materiais piezoelétricos, mas a partir de

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7 Transdutores Piezoelétricos

Outro tipo bastante utilizado de transdutor passivo é o transdutor piezoelétrico, que produz

um sinal elétrico de saída quando excitado mecanicamente. Além disto estes transdutores são

recíprocos o que significa que se for aplicada ao transdutor uma certa tensão elétrica eles são

capazes de produzir uma vibração mecânica. Devido a esta característica tais transdutores são muito

utilizados na área biomédica como por exemplo em: a) microfones específicos para transdução de

sons cardíacos; b) acelerômetros para medição de tremores; c) sensores ultra-sônicos para medição

de fluxo sanguíneo; d) sensores ultra-sônicos para imageamento; e) dispositivos ultra-sônicos para

cirurgia.

A piezoeletricidade é um fenômeno associado a geração de cargas elétricas na superfície de

um material quando a ele é aplicada uma certa tensão mecânica capaz de deformá-lo; ou a

correspondente mudança da forma do material quando uma certa tensão elétrica é aplicada em

algumas de suas superfícies. A piezoeletricidade é então uma maneira de converter-se energia

mecânica em energia elétrica, ou vice-versa.

Os primeiros materiais piezoelétricos estudados foram o quartzo, a turmalina e os sais de

Rochelle. Antigamente todos os cristais eram considerados materiais piezoelétricos, mas a partir de

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1940 certas cerâmicas (titanite de bário e titanite de zircônio, especialmente) têm sido

especialmente fabricadas como os materiais piezoelétricos mais usuais.

7.1 Análise fenomenológica

Considere o modelo abaixo como uma longa e fina barra de material piezoelétrico.

Fo,vo Fl,vl

x=0 x=l

η (x,t)

camada condutor 

+v(t)

 _ 

W

          h

Consideremos que na face esquerda da barra seja aplicada uma força  F 0 (aplicada a partir de

algum meio externo) e que a tal força está associada uma velocidade local V 0. Na face direita uma

força  F 2 será transmitida ao ei externo, com uma correspondente velocidade local vl. Consideremos

ainda que as perturbações só se propagam na direção  x, fazendo com que o material da barra se

desloque pontualmente de uma pequena distância .

Suponha agora que por meio das finas camadas de material condutor uma tensão v(t) seja

aplicada à barra. Tal diferença de potencial resulta num campo elétrico uniforme com a distância. A

densidade de corrente por sua vez é uma função da distância e do tempo, uma vez que o campo

elétrico irá interagir com o deslocamento mecânico, sendo a corrente externa i(t) a integral de tal

densidade de corrente.

Uma vez que o campo elétrico faz um ângulo reto com o movimento mecânico, tal

configuração é chamada de modo transversal. O modo direto seria aquele onde o campo elétrico

estivesse alinhado com a direção do movimento mecânico.

Suponha um distúrbio mecânico senoidal viajando na barra na direção  x

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 Nos picos do deslocamento a tensão e a deformação são nulas pois não há nem compressão

nem expansão.

Podemos escrever que

S =∂

∂ x

A lei de Hooke estabelece que para um dado material:

T =Y 0⋅S 

onde é o módulo de Young (módulo de elasticidade) e T é a força sobre a área..

O fenômeno de polarização elétrica, por sua vez, pode ser expresso como

 P  E =⋅ E 

onde é o módulo do vetor de polarização, é a susceptibilidade, e  E  é o módulo do campo

elétrico aplicado.

A susceptibilidade do material está relacionada com a constante dielétrica via

=0⋅ K −1

onde, para o vácuo, =0 e  K =1 .

Como grande parte dos materiais piezoelétricos possui uma alta constante dielétrica

 podemos aproximar 

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=0⋅ K 

e  K =8,85⋅10−12

Se o material é piezoelétrico a lei de Hooke e a de polarização devem ser alteradas uma vez

que há uma contribuição na deformação mecânica gerada pelo campo elétrico, assim como uma

contribuição no vetor de polarização gerado pela tensão mecânica. Logo

S =1

Y 0⋅T dp⋅ E 

 P  E =⋅ E dp⋅T 

onde dp é a constante piezoelética.

Ilustremos tal característica pelos seguintes casos

 No primeiro caso caso uma tensão V é aplicada e a barra piezoelétrica é expandida.

+V _ 

∆ l

+++++

- - - - -

Comprimento: lLargura : WAltura : h

Uma vez que a barra não está carregada mecanicamente a tensão T  é nula,

conseqüentemente

dp=S 

 E = l / l 

V /h=

h

V ⋅ l 

onde h é a altura da barra.

 No segundo caso uma força  F  é aplicada fazendo com que a barra se contraia (onde  F  e

l / l  são considerados negativos).

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q

∆ l

+++++

- - - - - F

Comprimento: lLargura : WAltura : h

Se um curto-circuito é feito na barra, o campo elétrico externo é nulo, porém a força  F causa

o movimento de uma carga q, criando uma polarização negativa, como mostrada. Neste caso

 P  E =dp⋅T 

q

W ⋅l =dp⋅ F 

W ⋅h

q

W ⋅l =dp⋅ F 

W ⋅h

q=dp⋅ F ⋅l 

h

 No terceiro caso, tanto uma força  F , como uma tensão V , são aplicados simultaneamente.

+V _ +++++

- - - - -

Comprimento: lLargura : WAltura : h

F

As magnitudes são ajustadas de modo que a força  F  negativa cancele exatamente uma

tensão positiva V , de tal modo que o comprimento da barra permanece o mesmo. Neste caso

1Y 0⋅T =dp⋅ E 

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1

Y 0⋅

W ⋅h=dp⋅

h

 F =dp⋅W ⋅Y 0⋅V 

 No quarto caso, embora uma força  F seja aplicada a transferência de carga não pode ocorrer 

em virtude do circuito aberto.

+V-

∆ l

+++++

- - - - - F

Comprimento: lLargura : WAltura : h

 Neste caso uma tensão a circuito aberto (que irá decair com o tempo) poderia ser medida,

refletido o campo elétrico criado Neste caso

⋅ E =dp⋅T 

⋅V 

h=dp⋅F 

W ⋅h

V =dp⋅ F 

⋅W 

Podemos definir a energia elétrica armazenada no primeiro e terceiro casos como iguais e

dadas com

1

2⋅C ⋅V 

2

onde

C =W ⋅l ⋅

h

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Obs.: Em baixas freqüências os elementos piezoelétricos tem comportamento

eminentemente capacitivo.

 Nos casos onde ocorreu expansão da barra, podemos dizer que houve trabalho mecânico,

uma vez que uma força  F  foi aplicada e houve um deslocamento l . Consideremos agora umacaracterística do material que será chamada de coeficiente de acoplamento K, definida como

 K = energia líquida de saída

energia de entrada armazenada

Pode ser demonstrado que

 K = dp

 

Y 0

 K =dp⋅ Y 0As principais características de alguns materiais piezoelétricos pode ser vista abaixo. Note

que algumas constantes são negativas, significando neste caso que o material é orientado de acordocom o eixo cristalográfico e que neste caso a aplicação de uma tensão V  positiva causa uma

contração ao invés de uma expansão do comprimento l .

Propriedades Unidades PZT-4A PZT-5A PZT-5H

K(1kHz) - 1400 1600 3400

tan(δ) - 0,05 0,02 0,02

Ec KV/cm 14,4 11,8 5,5

PR μC/cm2 31,0 23,0 12,9

Psat μC/cm2 40,1 27,7 19,5

kef - 0,49 0,50 0,53

kp - 0,54 0,56 0,59

d33(x10-12) m/V 225 350 585

g33(x10-3) Vm/N 8,5 16,6 12,5

k 33 - 0,35 0,53 0,59

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Propriedades Unidades PZT-4A PZT-5A PZT-5H

d31(x10-12) m/V -85 -190 -265

g31(x10-3) Vm/N -7,5 -13,7 -8,5

k 31 - 0,22 0,40 0,36

Densidade g/cm3 7,6 7,7 7,4

K: Constante dielétrica; k: coeficiente de acoplamento; dxx: coeficiente piezoelétrico (na

direção xx); gxx: coeficiente de tensão elétrica piezoelétrica.

Uma vez que o transdutor piezoelétrico é um dispositivo eletromecânico recíproco, torna-se

conveniente analisarmos o seu desempenho do ponto de vista de um circuito elétrico. Em tal

abordagem as características mecânicas devem ser modeladas por seus respectivos análogos

elétricos.

Seja o seguinte modelo para um transdutor piezoelétrico.

onde o transformador é utilizado para acoplar as variáveis mecânicas a variáveis elétricas.

 Neste modo de vibração do modelo considera-se que a velocidade de propagação da onda

mecânica no dispositivo (velocidade de propagação do som) é dada por 

v S = Y 0 Dassim como a sua impedância característica

 Z 0= Y 0⋅ D=S ⋅ D

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Supondo que a vibração mecânica oscila numa freqüência angular  o comprimento físico

do transdutor representa um certo ângulo mecânico associado ao período de oscilação, ou uma certa

fração do comprimento de onda.

2⋅

=2⋅⋅l 

=2⋅⋅l S 

 f  

=

2⋅⋅ f  ⋅l 

S  =

⋅l 

 No modelo as reatâncias  X  L e  X C  são definidas em função de tal ângulo mecânico e são

dadas por 

 X  L=j⋅h⋅W ⋅Y 

0

S ⋅tan2

 X C =j⋅h⋅W ⋅Y 0

⋅1

sen

De modo análogo a relação de espiras de um transformador (N) é dada por 

 N =1

Y 0⋅dp⋅W 

e a capacitância C 0 por 

C 0=

e⋅l ⋅W ⋅Y 0h

onde e=

Y 0−dp2

e se o material não for piezoelétrico (dp=0), tal valor se reduz a expressão de um capacitor 

de placas paralelas

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C 0*=

Y 0⋅l ⋅

h⋅Y 0

C 0

*=

0⋅r −1⋅ A

h

Em aplicações biomédicas, normalmente as ressonâncias mais baixas são as usualmente

utilizadas. Isto é, aquelas onde o comprimento do transdutor corresponde a /2 , ou seja, =  

(também chamada de modo 180º). Então a freqüência de ressonância será

r =r ⋅r 

l =⋅S 

l (ressonância mecânica).

Para transdutores duplamente acoplados ao vácuo ou ar, a carga mecânica equivalente é

vista como curto-circuito (velocidade qualquer e força igual a zero). Isto faz com que os dois

indutores do modelo estejam conectados em paralelo. Embora a expressão de XL tenda para infinito

na ressonância, pois

 X  L=h⋅W 

⋅Y 0⋅tan p

2

 podemos avaliá-la nas vizinhanças de tal freqüência, como

= , logo

tan 2=tan2

Como

tan ab=sen ab

cosab=

sen a ⋅cos bsen b⋅cos a

cosa⋅cos b−sen a⋅sen b

então

tan

2

=sen2 ⋅cos2 sen2 ⋅cos2 cos2 ⋅cos2 −sen2 ⋅sen2

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tan 2 =sen2 ⋅cos2 sen2 ⋅sen2

tan2 =−cot 2

Porém tal função ainda poderia ser expandida em séries de Taylor ( 0 ) como

tan 2=tan 2 =−cot 2 =− 2

6...

De modo análogo pode ser demostrado que para =

1

sen=

1

sen=−csc≈−

1

 – 

6...

Em tal condição (transdutor duplamente conectado ao ar), o circuito equivalente pode ser 

reduzido para:

onde

 X C =− j⋅h⋅W 

⋅Y 0⋅−1

6

 X C =j⋅h⋅W S 

⋅Y 0⋅ 1

6

 X  L*

=j⋅h⋅W 

S ⋅Y 0⋅

−2

6 ⋅1

2

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 X  L*=

j⋅h⋅W 

⋅Y 0⋅ 1

12

A reatâncias total vista pelo secundário do transformador é então

 X SEC = X C  X  L=j⋅h⋅W 

⋅Y 0⋅ 1

6−

1

12

 X SEC =j⋅h⋅W 

⋅Y 0⋅4 (comportamento indutivo)

Refletindo-se agora tal reatância para o primário, multiplicando-se por   N 2 .

 X  PRI = X SEC ⋅ N 2

 X  PRI =j⋅h⋅W S 

⋅Y 0⋅

4⋅ 1

Y 0⋅dp⋅W 2

 X  PRI =j⋅h⋅W 

⋅Y 0⋅

4⋅

1

Y 02⋅dp

2⋅W 

2

 X  PRI =j⋅h⋅

4⋅S ⋅Y 0⋅dp2⋅W 

(comportamento indutivos)

Então, do ponto de vista elétrico, um transdutor piezoelétrico pode ser visto como o circuito

ressonante abaixo

onde  X C0=− j

⋅C 0=

− j⋅h

e⋅W ⋅l ⋅Y 0⋅

e, em = r 

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 X C0=− j⋅h

⋅e⋅W ⋅Y 0⋅S 

Embora na freqüência = r  , onde =0 e = , a indutância do modelo devesse se

tornar um curto circuito, e a impedância do circuito ir a zero, devido a perda, tal efeito não ocorre,

sendo tal impedância limitada a um certo valor  R1. Além disso, também devido a fatores ligados a

 perdas construtivas, na freqüência onde há a ressonância do LC resultante ( a ) a impedância do

circuito também não será infinito. Tal freqüência de ressonância pode ser definida com a freqüência

onde o denominador do paralelo fosse nula. Nesta condição teremos

h

⋅e⋅W ⋅Y 0⋅S 

=h⋅

4⋅Y 0⋅W ⋅dp2⋅S 

ou seja

=4⋅dp2

⋅e

e conseqüentemente

a==4⋅dp2

⋅e

a=2⋅S 

l =⋅S 

4⋅dp2

⋅e⋅S 

l (ressonância elétrica)

ou seja

a=r 4⋅dp

2

⋅S ⋅e⋅l 

Devido ao fato do circuito equivalente anterior apresentar uma indutância variável (função

de ) ele é normalmente substituído por um outro que utiliza parâmetros fixos, sendo que o mais

utilizado é:

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onde C 0=2⋅W ⋅l ⋅Y 0

h

 L1=h⋅l 

8⋅Y 0⋅W ⋅dp2⋅S 

2

C 1=8⋅dp2⋅l ⋅W ⋅Y 0

2⋅h

onde r =1

  L1⋅C 1

a

=1

 l 1⋅C 1⋅C 0C 0C 1

O valor de  R1 deve ser obtido experimentalmente, uma vez que a modelagem realizada não

inclui o efeito de perdas internas

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7.2 Transdutor piezoelétrico no modo direto e com carga

O modo transversal anteriormente estudada não é o modo normalmente usado em ultra-som.

Em tais aplicações o transdutor está normalmente carregado e opera no chamado modo direto

Fo,vo Fl,vl

x=0 x=l

+v(t)-

O modelo elétrico para este caso é

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A comparação com o modelo do modo transversal nos mostra que houve o aparecimento demais uma reatância indutivo que depende tanto das propriedades mecânica, como das propriedades

 piezoelétricas do transdutor.

Em tal modelo temos

=⋅l S 

(como no caso anterior)

C 0= A⋅e⋅Y 0

l (diferente do caso anterior, onde agora A é a área da camada condutora

metálica)

 X  L1=j⋅ A⋅

e⋅S ⋅tan2

 X  L2= j⋅ A⋅dp2

⋅Y 0e⋅S ⋅

 X C1=− j⋅ A⋅

e⋅S ⋅sen

 N =l 

 A⋅Y 0⋅dp

Embora tais transdutores operem normalmente na ressonância, para obtenção da máxima

eficiência mecânica em termos de movimento nem sempre tal fato se dá para uma sintonia em meio

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comprimento de onda. Conseqüentemente não podemos utilizar as aproximações para ,

tan /2 e sen−1 , anteriormente demonstrada. Neste casos a solução deve ser obtida por 

tentativa e erro , ou algum método numérico.

Para vários casos práticos de interesse o circuito equivalente anterior pode ser modificado,

combinando-se as indutâncias  L1 em uma única indutância  L1/2 e substituindo-se a carga por um

equivalente resistivo Req.

Se tal modelo é considerado válido, então a série  X C1 X  L1 /2 resulta em:

 X 1= X C1C  L1 /2=

− j⋅ A⋅

e⋅S ⋅

1

sen j⋅ A⋅

2⋅e⋅S ⋅tan2

 X 1=j⋅ A⋅

2⋅e⋅S 

⋅[ tan2 − 2

sen ]

Mas como

sen=

2⋅tan21 tan

2

2

então

 X 1=j⋅ A⋅

2⋅e⋅S 

⋅{tan 2−2⋅[1 tan

22]2⋅tan2 }

Logo

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 X 1=− j⋅ A⋅

2⋅e⋅S 

⋅1

tan2 (reatância capacitiva)

Então o modelo poderia ser redesenhado como:

A reatância total vista pelo secundário do transformador então é

 X SEC = X 1 X  L2=− j⋅ A⋅

2⋅e⋅S ⋅tan2

j⋅ A⋅dp2⋅Y 0e⋅S ⋅

 X SEC =j⋅ A

e⋅

[dp

2⋅Y 0

2⋅tan

2]Como a ressonância ocorre quando  X SEC =0 isto implica em

dp2⋅Y 0

r =

2⋅tan2

r =2⋅tanr 

2 ⋅dp2⋅Y 0

Tal equação não linear só pode ser resolvida por métodos numéricos e fornece a freqüência

de ressonância transdutor através de

r =r ⋅S