Transf de calor
Click here to load reader
-
Upload
deboravilar -
Category
Documents
-
view
25 -
download
0
description
Transcript of Transf de calor
-
-1-
Transmisso de Calor Conveco atural P.J. Oliveira
Departamento Engenharia Electromecnica, UBI,
Agosto 2014
1. Introduo
Na transmisso de calor, conveco natural refere-se transferncia de energia trmica
entre uma superfcie (normalmente slida) e um fluido (gs ou lquido) circundante, em
que o movimento deste resulta unicamente de variaes da sua massa volmica
causadas por variaes de temperatura. Considerando por exemplo uma parede vertical
aquecida, exposta ao ar atmosfrico (sem vento), uma determinada e bem definida
poro de ar, que entre em contacto directo com a parede, ser inicialmente aquecida
por conduo. A temperatura dessa poro de ar torna-se superior temperatura mdia
do ar longe da parede e, por consequncia, a sua massa volmica diminui relativamente
do ar atmosfrico (recorde-se que, para um gs perfeito, / ( )p RT = ). Dessa forma, ficando mais leve, esse pequeno volume de ar ter tendncia a subir (fora de impulso
igual a ( )atm ar quente gV ) gerando-se assim um movimento do ar, ou seja uma corrente de conveco natural ascendente. Por continuidade (conservao da massa) o ar
longe da parede ir descer, fechando o circuito.
Nmeros adimensionais relevantes:
Nmero de Grashof: 3
2
g TLGr
= ou 2 3
2
g TLGr
=
Nmero de Rayleigh: 3g TL
Ra GrPr
= = ou 2 3
/ p
g TLRa
k c
=
Nmero de Prandtl /
/
p
p
cPr
k c k
= = =
O que se pretende obter o coeficiente de transferncia de calor, que aparece tambm
como um nmero adimensional (a varivel dependente):
Nmero de Nusselt: hL
uk
=
As diversas grandezas dimensionais contidas nestes parmetros so:
Q FT T T = [K]: diferena de temperaturas caracterstica (quente menos fria);
L [m]: dimenso caracterstica (por exemplo, comprimento duma placa ao longo
do movimento);
g [m/s2]: acelerao da gravidade (valor tpico na Terra: 9.8 m/s
2);
[1/K]: coeficiente de expanso trmica a presso constante do fluido; / = [m2/s]: viscosidade cinemtica do fluido; / ( )pk c = [m
2/s]: difusividade trmica do fluido;
O coeficiente de expanso trmica definido como o aumento relativo de volume que
resulta de um aumento de temperatura unitrio (mantendo-se a presso constante):
-
-2-
1
p
V
V T
=
Como /m V = e a massa m conserva-se, tem-se
1
pT
=
Na anlise de conveco natural, esta expresso usualmente aproximada como
0
0 0
1
T T
permitindo calcular variaes de em torno de um valor de referncia 0
( )0 0 0T T = ( )( )0 01 T T = Verifica-se desta expresso que, quando a temperatura aumenta, a massa volmica
diminui; se 0T T= , ento 0 = (os valores de referncia, que podem ser considerados como aqueles existentes longe da superfcie que est a aquecer, ou arrefecer, o fluido).
Os valores de para os lquidos so dados nas tabelas, e para os gases (como o ar) fcil demonstrar, a partir da lei dos gases perfeitos, que 1/T = (T em kelvin).
Uma pequena poro de fluido, com volume V , ligeiramente aquecido relativamente ao
fluido circundante (cujas propriedades sero indicadas com ndice ), est submetida a uma fora ascencional (para cima) igual impulso menos o peso (P). A impulso vem
do princpio de Arquimedes (que alis se obtm directamente das equaes da mecnica
dos fluidos), que diz: um corpo submergido num lquido fica sujeito a uma fora
ascendente igual ao peso do volume de lquido deslocado. Desta forma, a fora de
impulso net aplicada poro de fluido V dada por:
( )impulso net Arquimedes deslocadoF F P P P gV mg gV = = = = A impulso (referindo-se, a partir de agora, ao seu valor net) a fora motriz dos
movimentos de conveco natural no seio dum fluido. Quando a poro de fluido est
quente, tem-se < e a fora para cima; quando est frio, a fora de impulso empurra o fluido para baixo. Com a aproximao anterior, podemos escrever:
( )impulso netF g T T V =
em que se assume direco positiva para cima.
A conveco natural importante em fenmenos da natureza (causa o movimento dos
mares, as correntes ocenicas, os movimentos da atmosfera, quando vistos em grande
escala, etc.), da vida (arrefecimento de um corpo vivo por exemplo, o corpo humano
mesmo na ausncia de vento), e de engenharia (efeito de chamin fumos quentes a
sarem verticalmente para a atmosfera; arrefecimento de componentes electrnicas em
computadores, televises, rdios, etc; arrefecimento em condensadores por exemplo,
atrs de frigorficos). S existe conveco natural se houver gravidade (se 0g = a impulso nula).
As velocidades que ocorrem em escoamentos de conveco natural so pequenas, muito
inferiores s velocidades usuais em escoamentos de conveco forada (quando existe
um ventilador ou uma bomba a mover o fluido). De facto, no possvel atribuir
partida um valor tpico para a escala da velocidade num escoamento de conveco
-
-3-
natural. Por isso usa-se uma escala difusiva, relacionada com a viscosidade: se uma
dimenso tpica for L [m], um tempo difusivo (relacionado com difuso da quantidade
de movimento por efeitos viscosos) 2 /dift L = [s], logo uma escala de velocidade, de
e Vt= , ser /difu L= [m/s]. Desta forma, o nmero de Grashof, essencial nos problemas de conveco natural (em lugar do nmero de Reynolds da conveco
forada), pode ser interpretado fisicamente como:
Nmero de Grashof: 3 3
22
( / ) dif
Fora Impulso g TV g TL g TLGr
u LForas ViscosasLA
LL
= = = =
Quanto maior for o nmero de Grashof, maior o efeito das foras de impulso que
geram a conveco natural, relativamente s foras de viscosidade que tendem a opor-se
ao movimento.
2. Escoamentos exteriores (camada limite)
Placa plana (geral): ( )nu C GrPr=
( 14
n = laminar, 910Ra < ; 13
n = turbulento, 910Ra > )
Conveco natural sobre placa isotrmica vertical:
Fluido Regime usselt Gama Ra Gama Pr
Gs ou
lquido
Estagnado 1u = 410< -
Laminar 1/ 40.59u Ra= 4 910 10 -
Turbulento 1/30.10u Ra= 9 1310 10 -
Geral
( )
2
1/6
8/ 279/16
0.3870.825
1 0.492 /
Rau
Pr
= ++
1 1310 10
-
Laminar, mais
precisa
( )
1/ 4
4 / 99 /16
0.6700.68
1 0.492 /
Rau
Pr
= ++
1 9
10 10 -
(dimenso caracterstica L H= altura da placa; propriedades a 0.5( )f s
T T T
= + )
Conveco natural sobre placa isotrmica inclinada:
Frmula idntica anterior, com cosg g , ngulo com a vertical ( 60 ), e 910Ra .
Conveco natural sobre placa isotrmica horizontal:
Configurao Regime usselt Gama Ra Gama Pr
Placa horizontal aquecida
virada para cima (ou
arrefecida, para baixo)
Estagnado 1u = 410< -
Laminar 1/ 40.54u Ra= 4 710 10 -
Turbulento 1/30.15u Ra= 7 1110 10 -
Placa horizontal aquecida
virada para baixo (ou
arrefecida, para cima)
Laminar 1/ 40.27u Ra= 5 1110 10 -
(dimenso caracterstica /L A P= , A -rea, P -permetro; propriedades a 0.5( )f s
T T T
= + )
L
Tsqc
u
T%
Placa quente
.
-
-4-
Conveco natural sobre cilindro horizontal:
( )
2
1/ 6
8 / 279 /16
0.3870.60
1 0.559 /
Rau
Pr
= ++
5 1210 10Ra
(dimenso caracterstica L D= ; propriedades a f
T )
Conveco natural sobre cilindro vertical:
Mesmas frmulas que placa plana vertical, desde que 1/435 /D H Gr . A dimenso caracterstica a altura do cilindro, L H= .
Conveco natural sobre esfera:
( )
1/4
4/99/16
0.5892
1 0.469 /
Rau
Pr
= ++
1110Ra ; 0.7Pr
(dimenso caracterstica 12
L D= ; propriedades a f
T )
Frmulas aproximadas para ar ( 1atm
p = atm) com:
1/ 4
( / )h C T L= (laminar) ou 1/3( )h C T= (turbulento)
Geometria L C Gr C Gr
laminar turbulento
Placa ou cilindro vertical H 1.42 104-10
9 1.31 10
9-10
13
Cilindro horizontal D 1.32 104-10
9 1.24 10
9-10
12
Placa horizontal, face
aquecida para cima
4A/P 1.32 104-10
7 1.52 10
7-10
10
Placa horizontal, face
aquecida para baixo
4A/P 0.59 105-10
10 - -
Esfera D 1.92 - -
Pequenos componentes,
arames
H 3.53 - -
Placa vertical com
componentes integrados
H 2.44 - -
Nota: para outras presses: 1 / 2
( / )atm
h p p (laminar); 2 / 3
( / )atm
h p p (turbulento).
3. Escoamentos interiores em recintos fechados
Em geral, tem-se:
hu
k
=
kh u
=
em que a separao entre as superfcies aquecidas 1 e 2, e a diferena de temperaturas caracterstica 1 2T T T = . A taxa de transferncia de calor obtm-se de:
( ) 1 21 2( )efk
T TQ hA T T k u A
= =
(W) T1
H
T2
Q.
-
-5-
em que k u pode ser visto como uma condutibilidade trmica efectiva da cavidade. A rea superficial efectiva de troca de calor A depende da geometria. Num recinto
paralelipipdico, ser a rea da seco transversal rectangular entre as superfcies 1 e 2,
dada por altura (H) vezes comprimento (ou profundidade W) do recinto.
Recinto rectangular vertical ( H )
Fluido Regime usselt Gama Ra Gama Pr Gama H/ Gs ou
lquido
Estagnado 1
32 10< -
Gs
Laminar
1/9
1/ 40.197
Hu Ra
=
3 5
2 10 2 10 0.5 2 11 42
Turbulento
1/9
1/30.073
Hu Ra
=
5 7
2 10 2 10 0.5 2 11 42
Lquido Laminar
0.3
1/ 4 0.0120.42
Hu Ra Pr
=
4 7
10 10 41 2 10 10 40
Turbulento 1/30.046u Ra= 6 910 10 1 20 1 40
(dimenso: L = , largura; propriedades a 1 2
0.5( )mT T T= + )
Recinto rectangular inclinado de ( H ) Mesmas frmulas com cosg g no clculo de Ra, desde que
20 .
Recinto rectangular horizontal (H )
Fluido Regime usselt Gama Ra Gama Pr
Gs ou lquido Aquecido em
cima
1 - -
Aquecido em
baixo:
Gs ou lquido Estagnado 1 31.7 10< -
Gs
Sub-laminar 0.40.059u Ra= 3 31.7 10 7 10 0.5 2
Laminar 1/ 40.212u Ra= 3 57 10 3.2 10 0.5 2
Turbulento 1/30.061u Ra= 53.2 10> 0.5 2
Lquido
Sub-laminar 0.60.012u Ra= 3 31.7 10 6 10 1 5000
Laminar 0.20.375u Ra= 3 46 10 3.7 10 1 5000
Transio 0.30.130u Ra= 4 83.7 10 10 1 20
Turbulento 1/30.057u Ra= 810> 1 20
(dimenso: L = , largura; propriedades a 1 2
0.5( )mT T T= + )
Cilindros horizontais concntricos ( l )
Fluido Regime usselt Gama Ra Gama Pr
Gs ou lquido Laminar 0.290.11u Ra= 3 66.3 10 10 1 5000
Gs ou lquido Turbulento 0.200.40u Ra= 6 810 10 1 5000
T2
T1 H
Q.
-
-6-
(dimenso:2 1
L R R= = , espaamento entre cilindros; rea de troca de calor
2 1 2 12 ( ) / ln( / )A l R R R R= ; propriedades a
1 20.5( )
mT T T= + ).
Esferas concntricas ( 2 1R R = )
Fluido Regime usselt Gama Ra Gama Pr
Gs ou lquido Laminar 0.2260.228u Ra= 2 910 10 0.7 4000
(dimenso: 2 1
L R R= = , espaamento entre esferas; rea de troca de calor 1 2
4A R R= ; propriedades
a 1 2
0.5( )mT T T= + )
4. Conveco natural em alhetas Para facilitar o arrefecimento de componentes electrnicos usual aplicar-se sobre o
substrato desses componentes um dispositivo constitudo por um conjunto de alhetas
lamelares fixadas numa base metlica. O arranjo mais comum de alhetas
rectangulares, de altura L, comprimento H e espessura e, espaadas duma distncia S, e
aplicadas numa base de rea L W . O nmero total de alhetas /( ) /n W S e W S= + . A quantidade de calor dissipada por unidade de tempo, pelo conjunto das n alhetas,
( 2 )( )sQ hA T h n LH T T= =
em que sT a temperatura da superfcie e T a temperatura do ar ambiente longe do
mdulo com alhetas. O factor 2 surge porque cada alheta rectangular transfere calor
pelas duas faces. Para aumentar a taxa de calor transferido, aumenta-se o nmero de
alhetas aplicadas numa base de largura especificada W, o que equivale a diminuir o
espaamento entre alhetas S. No entanto, quando o espaamento demasiado pequeno,
o movimento do ar por conveco natural entre alhetas torna-se mais difcil, resultando
em velocidades de ar mais baixas e consequente reduo do coeficiente convectivo h.
Este argumento mostra que dever existir um valor ptimo do espaamento entre
alhetas, que se demonstra ser: 1/ 42.714 /optS L Ra=
com o nmero de Rayleigh baseado na altura (segundo a vertical) das alhetas L. Para
esse espaamento ptimo, o coeficiente convectivo dado por:
1.31 /opt opth k S=
em que k a condutibilidade trmica do ar (propriedades calculadas temperatura
mdia 0.5( )sT T+ ).
Exemplo 1- Calcular o coeficiente de transmisso de calor e o calor transferido de uma
parede com 4 m de altura e 10 m de largura, cuja temperatura 60 C, exposta a ar
atmosfrico (presso = 1 atm) a 10 C.
A temperatura mdia, ou temperatura de filme,
60 1035
2 2
sf
T TT
+ += = = C =308 K.
Para esta temperatura, obtm-se das tabelas as propriedades relevantes do ar: 51.655 10 = m2/s; 0.7268Pr = ; 0.02625k = W/(m K);
31/ 3.247 10T = = 1/K
-
-7-
A dimenso caracterstica a altura da parede, 4L = m, e a diferena de temperaturas caracterstica 50T = C. O nmero de Grashof dado por:
3 311
5 2
9.8 3.247 10 50 43.717 10
(1.655 10 )Gr
= =
e o nmero de Rayleigh 11 113.717 10 0.7268 2.702 10Ra Gr Pr= = = .
Como Ra superior a 109, trata-se de conveco natural turbulenta numa placa plana
vertical. Usando primeiramente a correlao mais simples, obtm-se: 1/3 11 1/30.10 0.10 (2.702 10 ) 646.5u Ra= = =
pelo que o coeficiente convectivo vem:
hLu
k=
646.5 0.026254.24
4
ukh
L
= = = W/(m2 K)
Repare-se que se trata de um valor baixo e que, para conveco turbulenta, o valor de h
no depende da dimenso L. Nas aplicaes prticas usam-se tipicamente valores da
ordem dos 10 W/(m2 K), o que se justifica porque, ao coeficiente convectivo, se deve
somar um coeficiente radiativo. Para conveco natural simples, a taxa de calor :
( ) 4.24 (4 10) 50 8480sQ hA T T= = = W 8.5 kW. Vamos refazer o clculo usando a correlao mais complexa para o Nusselt,
( )
2
1/6
8/279/16
0.3870.825
1 0.492 /
Rau
Pr
= + +
( )
2
11 1/6
8/279/16
0.387 (2.702 10 )0.825 726.6
1 0.492 / 0.7268
= + = +
Logo
726.6 0.026254.77
4
ukh
L
= = = W/(m2 K) (cerca de 12% superior)
e
( ) 4.77 (4 10) 50 9536sQ hA T T= = = W 9.5 kW. Verifica-se que podem ocorrer variaes da ordem dos 10% nos coeficientes h
calculados atravs de correlaes diferentes, sobretudo quando os valores destes
coeficientes convectivos so pequenos.
Exemplo 2 Calcular a taxa de transferncia de calor num espao vertical repleto de ar,
entre duas placas quadradas de 0.5 m de lado, separadas por 15 mm, estando uma das
placas a 100 C e a outra a 40 C.
As propriedades fsicas do ar so obtidas das tabelas para a temperatura mdia
1 20.5( ) 0.5 (100 40) 70mT T T= + = + = C 343= K: 51.995 10 = m2/s; 0.7177Pr = ; 0.02881k = W/(m K);
31/ 1/ 343 2.915 10T = = = 1/K
O nmero de Grashof para o espao paralelipipdico vertical, baseado na sua espessura
e para uma diferena de temperaturas de 1 2( ) 60T T T = = C,
-
-8-
3 34
5 2
9.8 2.915 10 60 0.0151.454 10
(1.995 10 )Gr
= =
e o nmero de Rayleigh 4 41.454 10 0.7177 1.043 10Ra Gr Pr= = = .
Para ar, esta magnitude de Ra corresponde a conveco natural laminar, com o nmero
de Nusselt dado pela expresso 1/ 4 1/90.197 ( / ) 1.348u Ra H = =
em que / 50 /1.5 33.33H = = a relao altura/espessura da cavidade. Como u pode ser interpretado como uma condutibilidade trmica efectiva a dividir pela
condutibilidade real, temos que a transferncia de calor na cavidade se faz a uma taxa
34.8% superior a que ocorreria por conduo pura. A taxa de calor dada por:
21 2( ) 600.02881 1.348 0.5 38.90.015
T TQ kuA
= = = W.
Verifica-se que a transferncia de calor pequena, e portanto o espao fechado de ar
actua como um isolamento efectivo. Se no houvesse conveco natural nesse espao, o
efeito de isolamento trmico seria ainda maior.
-
-9-
Captulo 6 Conveco natural
Exerccios:
1) Um cano de gua quente (dimetro 6 cm, comprimento 8 m) atravessa
horizontalmente uma sala a 22 C. Se a temperatura da superfcie do cano for 65
C e a emissividade do material 0.8, calcular a taxa de calor perdido por: a)
conveco; b) radiao. Resp: 382 W e 295 W.
2) Uma placa quadrada de 0.8 x 0.8 m a 60 C est emergida em ar ambiente a 20
C. Considerando que uma das faces da placa est isolada, calcular a taxa de
calor transferido pela outra face se a orientao for: a) vertical; b) horizontal
para cima; c) horizontal para baixo. Resp: 101.5 W, 124.5 W, 55.0 W.
3) Um transstor de potncia (180 mW), de forma cilndrica (4 mm dimetro; 4.5
mm comprimento) est montado horizontalmente numa parede, com ar ambiente
a 35 C. A emissividade da superfcie do transstor 0.1 e as paredes da sala
esto a 25 C. Calcular a temperatura superficial do transstor. Resp: 183 C.
4) Uma panela cilndrica com 25 cm dimetro contm gua a ferver (100 C) at
uma altura de 12 cm. Considerando que a superfcie exterior lateral da panela
est a 98 C e tem emissividade 0.95, e que a temperatura ambiente 25 C,
calcular a potncia calorfica perdida pela superfcie lateral por: a) conveco; b)
radiao. Obter ainda a percentagem do calor perdido por conduo pelas
paredes da panela em relao ao calor perdido por evaporao, sabendo que se
evaporam 2 kg de vapor por hora. Resp: 46.6 W, 56.1 W, 8.5 %.
5) Calcular os coeficientes convectivos exterior e interior duma lata de refrigerante
a 3 C quando a temperatura do ar exterior 25 C. Dimenses da lata: 6 cm
dimetro x12.5 cm altura. Lquido com propriedades semelhantes gua. Resp:
5.5 W/m2 C.
6) Um colector solar plano est colocado horizontalmente num telhado. O colector
tem dimenses 1.5 m x 6 m e as temperaturas da sua superfcie e do ar ambiente
so 42 C e 15 C. Calcular o calor perdido por conveco e radiao. Resp:
1297 e 2920 W.
7) Calcular a temperatura superficial de um circuito electrnico impresso (PCB)
que dissipa uma potncia de 8 W. O ar ambiente est a 20 C e o circuito est
implementado numa placa com 15x20 cm, com emissividade 0.8. Considerar
arranjo vertical, horizontal para cima e para baixo. Resp: 46.0 C, 41.6 C, 51.0
C.
8) Uma janela de vidro duplo com dimenses 1.2 (altura) x 2 (largura) m e
espessura entre vidros 2.5 cm, tem temperaturas interiores de cada vidro 18 C e
5 C. A emissividade efectiva entre os vidros 0.82. Calcular a taxa de calor
transferida por: a) conveco natural; b) radiao; c) condutibilidade trmica
efectiva. Resp: 49.2 W, 133.7 W, 0.146 W/m K.
9) Duas esferas com dimetros 15 cm e 25 cm contm ar a 1 atm As temperaturas
da cada casca esfrica so 350 K e 275 K. Obter o calor trnasferido por
conveco. Resp: 22.7 W.
10) Um painel solar com largura x altura igual a 2 x 3 m tem um espao de ar com
espessura 3 cm, estando isolado na superfcie traseira. Considerando que as
temperaturas do vidro e da superfcie absorvedora so 32 C e 80 C, calcular o
calor perdido por conveco quando o ngulo que o painel faz com a horizontal
0, 20 e 90. Resp: 953 W, 938 W, 556 W.
11) Um colector solar artesanal feito com uma mangueira preta, dimetro 1.6 cm a
65 C, e um plstico cilndrico envolvente com dimetro 5 cm. A temperatura do
-
-10-
ar 26 C. Calcular o calor perdido pela gua, por conveco natural e metro de
mangueira, e a temperatura do plstico. Resp: 6.7 W, 35.5 C.
12) Um dissipador de calor de alumnio tem uma superfcie de 7.62 x 9.68 cm e
dispe e 6 alhetas rectangulares, com 1.52 cm de comprimento de 1.45 cm de
espaamento, havendo um espaamento central de 3.17 cm onde um transstor
de potncia colocado. A espessura da base da alheta 0.48 cm. Sabendo que o
transstor dissipa 15 W, quando a temperatura do ar 22 C e a temperatura da
superfcie do dissipador 120 C, calcular o coeficiente convectivo de transmisso
de calor. Resp: 7.13 W/m2 K.
13) Uma superfcie plana vertical tem largura x altura = 15.2 cm x 20 cm, e
arrefecida por ar atmosfrico a 25 C. Para aumentar a taxa de arrefecimento
dispe de alhetas rectangulares verticais com dimenses 0.2 x 3 x 20 cm.
Calcular o espaamento ptimo entre alhetas, a o calor dissipado quando a base
est a 80 C. Resp: 7.4 mm, 51.4 W.