Transformações de Tensões

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INSTITUTO DE TECNOLOGIA - UFPA F  ACULDADE DE ENG. MECÂNICA Parte 1: Transformações de Tensões Professor: Leonardo Dantas Rodrigues DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SÓLIDOS II

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Apostila básica com conceitos e definições de transformações de tensões

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INSTITUTO DE TECNOLOGIA - UFPAF ACULDADE DE ENG. MECÂNICA 

Parte 1:Transformações de Tensões

Professor: Leonardo Dantas Rodrigues

DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SÓLIDOS II

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TRANSFORMAÇÕES DE TENSÕES 

 Avião submetido a ensaios para determinação de esforços desustentação distribuídos nas asas

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ESTADO DE TENSÕES (TENSOR DE TENSÕES)• O estado de tensões mais geral em um dado ponto deinteresse pode ser representado por seis componentes, que

podem ser dispostos em uma matriz chamada tensor detensões:

Figura 1.1: Estado de tensões nosistema x-y-z, representado em um

cubo elementar

[ ]

Sendo que, por equilíbrio:

, e

 x xy xz 

 yx y yz 

 zx zy z 

 xz zx xy yx yz zy

 

 

 

 

 

Tensões

Normais

Tensões

Cisalhantes

Sinal da tensão de cisalhamento: positiva quando estiver para cimaou para a direita nas faces positivas do cubo elementar (x+, y+  e z+)  e

para baixo e para a esquerda nas faces negativas (x-, y- e z-).

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ESTADO DE TENSÕES (TENSOR DE TENSÕES)•  O mais comum é se trabalhar no sistema de eixos x-y-z.Porém, não são raras as situações em que é necessário o

cálculo do estado de tensão em outras direções.

Figura 1.2: Estado de tensão emum sistema aleatório x’-y’-z’ 

' ' ' ' '

' ' ' ' '

' ' ' ' '

' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' '

[ ]

Sendo que, por equilíbrio:

, e

 x x y x z 

 y x y y z 

 z x z y z 

 x z z x x y y x y z z y

 

 

 

 

 

Uma vez obtido o estado de tensões em um sistema dereferência, pode-se obter facilmente o estado de tensões

em quaisquer outras direções.

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ESTADO PLANO DE TENSÕES Estado de tensões em que duas faces parelelepípedo

elementar estão livres de qualquer tensão. A grande maioria

dos carregamentos reais podem ser representados por estadosplano de tensões.

Figura 1.3: Representação de um

estado plano de tensões

, e

0

 x y xy

 z xz yz 

 

 

Figura 1.4: Exemplo de uma placa fina

Figura 1.5: Exemplo de um eixo maciço

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TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO PLANO DE TENSÕES 

 Aplicando equilíbrios de força na fig. 1.6b, tem-se:

Figura 1.5: Estados planosde tensões nos planos: a) x-y;

e b) x’-y’ 

Figura 1.6: Representaçãomais usual, através de umtriângulo retângulo comhipotenusa igual às arestasdo cubo original.

0 cos cos cos

cos 0

0 cos cos cos

cos 0

 x x x xy

 y xy

 y x y x xy

 y xy

 F A A A sen

 Asen sen Asen

 F A A sen A

 Asen Asen sen

 

 

 

 

(1.1)

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TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Resolvendo as equações (1.1) para σx’ e τx’y’, tem-se:

(1.2)2 2

'   cos sen 2 sen cos x x y xy  

2 2' '   ( )sen cos (cos sen ) x y x y xy   (1.3)

Usando as seguintes relações trigonométricas:

(1.4)2 2sen2 2sen cos cos2 (cos sen )  

2 2(1 cos 2 ) (1 cos2 )cos sen

2 2

   

(1.5)

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TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO PLANO DE TENSÕES 

 As equações (1.2) e (1.3) podem ser reescritas como:

(1.6)

(1.7)

cos2 22 2

 x y x y y xy sen

 

 

cos2 22 2

 x y x y x xy sen

   

2 cos22

 x y

 x y xy sen

 

 

Para determinar σy’ , basta substituir θ por θ + 90o em (1.6):

(1.8)

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Exemplo 1.1: O estado plano de tensões em um ponto de umaestrutura é dado pelo elemento mostrado na figura 1.7. Determine o

estado de tensões no ponto em outro elemento, orientado a 30o  nosentido horário em relação à posição mostrada.

Pela convenção de sinal estabelecida, o estado de tensões em x-y temas seguintes componentes: 

80 50 25 x y xy MPa MPa MPa  

Figura 1.7

y

x

50 MPa

25 MPa

80 MPa

TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO PLANO DE TENSÕES 

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Exemplo 1.1: Solução

Basta aplicar as equações 1.6 a 1.8, tendo como base a figura 1.8 e a

convenção estabelecida de que ângulos no sentido horário sãonegativos.

Figura 1.8

TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO PLANO DE TENSÕES 

80 50 80 50cos2( 30 ) 2( 30 )

2 2

25,8

o o x xy

 x

 sen

 MPa

 

 

'

'

80 50 80 50cos 2(60 ) 2(60 )

2 2

4,15

o o y xy

 y

 sen

 MPa

 

 

80 502( 30 ) cos2( 30 )

2

68,8

o o x y xy

 x y

 sen

 MPa

 

 

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TENSÕES PRINCIPAIS NO PLANO 

Em geral, uma das informações mais relevantes na análisede tensões é a orientação dos planos onde ocorrem as

tensões normais máxima e mínima, a máxima tensãode cisalhamento, e os valores dessas tensões.

Para encontrar a orientação das tensões normais máxima emínima  (no plano), uma das formas é derivar a equação (1.6) em

relação a θ e igualar o resultado a zero:(2 ) cos(2 ) 0

2

 x y x xy

d  sen

    

 

 

Isolando os termos relacionados θ, tem-se: 

2(2 )( )

 xy p

 x y

tg      

 A equação (1.9) fornece duas soluções 2θp1 e 2θp2 defasados em 180o.Sendo que, θp1 e θp2 são as direções das tensões normais máxima e

mínima, respectivamente, em relação ao semieixo positivo x.

(1.9)

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Substituindo os valores de θp1 e θp2 na equação (1.6), encontra-se osvalores das tensões normais máxima e mínima.

O seno e o cosseno de 2θp1 e 2θp2 são obtidos a partir dos triângulosda figura (1.9), baseado na eq (1.9). Tem-se, para θp1:

1

1

(2 ) 2

cos(2 )2 2

 x y

 p xy xy

 x y x y p xy

 sen

 

 

   

Figura 1.9Para θp2: 

2

2

(2 )2

cos(2 )

2 2

 x y p xy xy

 x y x y p xy

 sen  

 

   

(1.10)

(1.11)

TENSÕES PRINCIPAIS NO PLANO 

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Substituindo os dois conjuntos de relações trigonométricas (1.10) e(1.11) na equação (1.6), temos: 

2

21,2

2 2

 x y x y xy

   

A equação 1.12 define os valores das tensões normais máxima e mínima no

plano. Estas são chamadas tensões principais. 

(1.12)

Nas faces onde atuam as tensões principais, o cisalhamento énulo (figura 1.10)

Figura 1.10

TENSÕES PRINCIPAIS NO PLANO 

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TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO Para determinar a orientação do elemento em cujas faces atua atensão máxima de cisalhamento no plano, deriva-se a equação (1.7)e iguala-se o resultado a zero. Chega-se então a: 

 As duas raízes da equação (1.13), θc1 e θc2 são defasados 45o dos ângulosθp1 e θp2 determinados anteriormente. Ou seja, a orientação do

elemento no qual atua a tensão de cisalhamento máxima noplano está a 45o do elemento onde atuam as tensões principais.

(1.13)( )

(2 )2

 x yc

 xy

tg   

  

Usando procedimento similar ao aplicado anteriormente para as

tensões principais. Pode-se chegar ao valor da tensão máxima decisalhamento no plano, substituindo o seno e o cosseno de 2θc naequação (1.7):

2

2max

2

 x y xy

   

(1.14)

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TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO Substituindo ainda os valores de θc na equação (1.6), chega-se a: 

 A tensão normal média atua nas faces onde atua a máximatensão de cisalhamento no plano (figura 1.11).

(1.15)( )

2

 x ymed 

  

Figura 1.11

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exemplo 1.2: Quando a carga de torção T é aplicada à barra da

figura 1.12, produz um estado de tensões de cisalhamento puro nomaterial. Determinar: a) A tensão de cisalhamento máxima no plano;b) a tensão normal média; e c) As tensões principais no plano.

Pela convenção de sinal estabelecida, o estado de tensões em x-y temas seguintes componentes: 

0 0 x y xy  

Figura 1.12

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exemplo 1.2: SOLUÇÃO

- Tensão de cisalhamento máxima no plano:

2

2max

2

 x y xy

   

Os sinais negativo e positivo estão relacionados com a convenção estabelecida.Os sinais sempre se alternarão em positivo e negativo entre faces defasadas

90o  para que haja o equilíbrio (testar na equação 1.7).

- Tensão normal média:

( )   (0 0)0

2 2

 x ymed 

  

 

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exemplo 1.2: SOLUÇÃO

- Tensões principais e suas orientações:

Para verificar qual desses ângulos é θp1 e qual é θp2 substitui-se um deles na equação (1.6):

2   2(2 ) 45 135

( ) (0 0)

 xy   o o p p

 x y

tg e     

   

2

2 21,2   0 0

2 2

 x y x y xy

   

0 0cos(2.45 ) (2.45 )o o x   sen    

Portanto θp1 = 1350 e θp2 = 45o,como mostra a figura 1.13.

Figura 1.13

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exemplo 1.3: Quando a carga axial P é aplicada à barra da figura

1.14, produz um esforço de tração no material, como mostrado.Determinar: a) as tensões principais no plano; b) tensão decisalhamento máxima no plano. 

Pela convenção de sinal estabelecida, o estado de tensões em x-y temas seguintes componentes: 

0 0 x y xy  

Figura 1.14

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exemplo 1.3: Solução

 A direção das tensões principais está também mostrada na figura1.12: θp1 = 0o e θp2 = 90o.

- Tensões principais:

2

1,2 1 2

0 00

2 2e

   

- Tensão de cisalhamento máxima no plano e suas direções:

22

max

00

2 2

  

 

( 0)(2 ) 45 135

2.0

o oc ctg e

   

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exemplo 1.3: Solução

Portanto, a tensão negativa -σ/2atua na face perpendicular ao eixox’, como mostra a figura 1.15. 

Para verificar em quais faces atuam as tensões cisalhantes +σ/2 e -σ/2,substitui-se um dos ângulos θc  na equação (1.7):

0(2.45 ) 0.cos2.45

2 2

o o x y   sen

   

Figura 1.15

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exercício 1.1: O estado plano de tensões em um ponto de umaestrutura é dado pelo elemento mostrado na figura 1.16. Representar:a) o estado de tensões em termos das tensões principais;b) o estado de tensões em termos da tensão máxima de cisalhamento eda tensão normal média a ela associada.

90 MPa

60 MPa

20 MPa

Figura 1.16

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exercício 1.2: O estado plano de tensões em um ponto de umaestrutura é dado pelo elemento mostrado na figura 1.17. Representar:a) o estado de tensões em termos das tensões principais;b) o estado de de tensões em termos da tensão máxima decisalhamento e da tensão normal média a ela associada.

10 MPa

40 MPa

50 MPa

Figura 1.17

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exercício 1.3: Um tubo com diâmetro externo igual a 304,8 mm é

fabricado a partir de uma placa com espessura de 6,35 mm que ésoldada formando uma hélice orientada a 22,5o  em relação ao plano

perpendicular ao eixo do tubo. Sabendo que uma força axial P de 178

kN e que um torque de 9038 kN.mm são aplicados ao tubo, segundo as

direções mostradas na figura 1.18, determine as tensão normal e

tangencial à solda. 

Figura 1.18

Solda

6,35mm

Õ Ã

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TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO M ÁXIMA NO PLANO 

Exercício 1.4: Uma vide de seção quadrada está submetida a uma

carga inclinada (figura 1.19). Determinar as tensões principais e a decisalhamento máxima no plano, que se desenvolvem nos pontos A e B.Mostrar os resultados em elementos adequadamente orientados.

Figura 1.19

CÍ C O MO

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Desenvolvido pelo engenheiro alemão Otto Mohr, esta é uma

metodologia gráfica, relativamente simples, para encontrartensões em diferentes orientações e mesmo as tensões

principais e máxima de cisalhamento.

Construção do Círculo de Mohr:

• Considerando o elemento da figura 1.10.

Figura 1.10(repetida)

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Construção do Círculo de Mohr (continuação): (figura1.20)

• Primeiro define-se o sistema de eixos, sendo as tensõesnormais localizadas na abscissa (σ) e as de cisalhamento

localizadas na ordenada (τ);• Representamos um ponto X  (σx, -τxy) e um ponto Y (σy, τxy). Seτxy for positiva, como na figura 1.10, o ponto X estará localizadoabaixo do eixo σ  e o Y acima, ocorrendo o contrário em caso de

τxy negativa;

• Unindo os pontos X e Y por uma reta definimos o ponto C, queé a interseção do segmento XY com o eixo σ.

• Traça-se então o círculo, de centro C e diâmetro XY.

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Observações importantes:

1. A abscissa do centro C docírculo é igual à tensãomédia;

2. O raio do círculo é igual àtensão de cisalhamentomáxima no plano;

3. Concluímos assim que ocírculo construído poderepresentar o estado de

tensões apresentado nafigura 1.10 em qualquerorientação; 

4. Assim, as abscissas dos pontos A e B em que o círculointercepta o eixo σ representam, respectivamente, as tensões

principais σmax (σ1) e σmin (σ2); 

Figura 1.20

σ med 

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Pode-se construir o Círculo de Mohr a partir de um estado de

tensões qualquer σx’  ,σy’  e  τx’y’,  usando os mesmo procedimentosestabelecidos anteriormente, como mostrado na figura (1.21).

Figura 1.21

CÍRCULO DE MOHR ESTADO PLANO DE

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES (CASOS PARTICULARES)

Círculo de Mohr para carga axial centrada:

0,     xy y x A P     

max2

med 

 P 

 A  

Círculo de Mohr para carga torsional:

 J 

Tc

 xy y x        

  0   1 2

Tc

 J   

Figura 1.22

Figura 1.23

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Exemplo 1.4: Para o estado plano de tensões mostrado na figura

1.24:(a) Construir do círculo de Mohr; e determinar: (b) osplanos principais e as tensões principais, (c) a tensão de cisalhamentomáxima e a tensão normal média correspondente.

Figura 1.24

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Exemplo 1.4: Solução

a) Para a construção do círculo de Mohr, usa-se:

  MPa504030

MPa40MPa302050

MPa202

1050

2

22

CX  R

 FX CF 

 y x

méd 

   

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Exemplo 1.4: Solução

b) Tensões principais e suas orientações:

5020max     CAOC OA  

MPa70max

   

5020min     BC OC OB  

MPa30min     

1.532

30402tan

 p

 pCF  FX 

 

 

1 226,6 116,6

 p pe  

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Exemplo 1.4: Solução

c) Tensão de cisalhamento máxima no plano e tensão normal média

71,6c 

    MPa50max  

med    

MPa20 

45c p    Rmax 

σ’ = σmed = 20MPa 

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Execício 1.5: Para o estado plano de tensões mostrado na figura

1.25:(a) Construir do círculo de Mohr; e determinar: (b) osplanos principais e as tensões principais, (c) as componentes de tensãoatuantes no elemento obtido pela rotação do elemento de 30o  nosentido anti-horário.

y

x

60 MPa

48 MPa

100 MPa

Figura 1.25

CÍRCULO DE MOHR

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO PLANO DE TENSÕES 

Exercício 1.5: 

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ESTADO GERAL (TRIAXIAL) DE TENSÕES 

Y

yx 

xz 

xy 

yz zy zx 

Y

X

Z

 z  yz  xz 

 yz  y xy

 xz  xy x

   

   

   

    1

2

3

0 0

0 0

0 0

 

 

 

Figura 1.26

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ESTADO GERAL DE TENSÕES 3 2

1 2 3

1

2 2 22

2 2 23

1 2 3

. . 0

2.

3

.

 x y z 

 x y z x z y xy xz zy

 x y z x y z x zy y xz z xy

 I I I 

 I 

 I 

 I 

 Equação ou polinômiocaracterístico tem raízes

quesão os autovalores ou astensões principais

 

 

 

 

 

 

1 1 1 11

1 1 1 1 1 1 1

11 1 1 1

Planos Principais (autovetores):- sãoos planosondeatuamcada uma das tensões principais:

. . . 0

Determinaçãode . . . 0

. . . 0

 x x yx y zx z  x

 xy x y y zy z y

 z  xz x yz y z z 

v v v v

v v v v v v

vv v v

 

 

 

     

   

 

 

X

Z

Y

1

2

3

0 0

0 0

0 0

 

 

 

 z  yz  xz 

 yz  y xy

 xz  xy x

   

   

   

 

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO GERAL DE TENSÕES 

Se o elemento mostrado na figura 1.27a (tensões principais) sofreuma rotação em torno de um dos eixos principais em Q  – como o eixoC, por exemplo (figura 1.27b)  –   a transformação de tensõescorrespondente poderá ser analisada também pelo Círculo de Mohr.

Figura 1.27(a) (b)

 As tensões de cisalhamento que atuam nas facesperpendiculares ao eixo c permanecem nulas e a tensão

normal σc também permanece igual.

Í

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO GERAL DE TENSÕES 

Usamos, então, o círculo diâmetro AB para determinar as tensões,

normal e de cisalhamento, que atuam nas faces do elemento quandoele sofre uma rotação em torno do eixo c (figura 1.28). Analogamente,os círculos de diâmetros BC e AB são usados para determinar astensões, normal e de cisalhamento, que atuam nas faces do elementoquando ele sofre uma rotação em torno do eixo a e b,

respectivamente.

Figura 1.28

Í

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CÍRCULO DE MOHR  –  ESTADO GERAL DE TENSÕES 

Embora toda a análise tenha sido limitada em torno dos eixosprincipais, qualquer outra transformação de tensões a partirdos estados de tensões dos elementos mostrado nas figuras1.27a e b levaria a pontos localizados na área sombreada da

figura 1.28

 Até o momento, só definimos a máxima tensão de cisalhamento noplano. A partir da figura 1.28, pode-se definir também a máximatensão absoluta:

max max min 1 3

1 2 3

1 1,

2 2:

absou

 sendo

 

 

 A correta utilização da equação 1.16 será essencial para aaplicação do critério de falha de Tresca, que será estudado

mais adiante

(1.16)

CÍRCULO DE MOHR –

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CÍRCULO DE MOHR     ESTADO GERAL DE TENSÕES 

(P ARTICULARIZAÇÃO PARA O ESTADO PLANO)

b) a tensão de cisalhamento máxima para o

elemento é igual à tensão decisalhamento máxima “no plano”

a) as tensões principais correspondentessão as tensões normais máximas emínimas para o elemento

Se os pontos A e B (representando astensões máxima e mínima) estão em

lados opostos da origem, então

No caso do estado plano de tensão, o eixoperpendicular ao plano de tensão é um eixoprincipal (tensão normal e cisalhante são nulas).

c) planos de tensão de cisalhamentomáxima estão a 45º dos planosprincipais.

Figura 1.29(a)

(b)

CÍRCULO DE MOHR –

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CÍRCULO DE MOHR     ESTADO GERAL DE TENSÕES 

(P ARTICULARIZAÇÃO PARA O ESTADO PLANO)

Se A e B estão do mesmo lado daorigem (ou seja, têm o mesmo sinal erepresentam as tensões máxima eintermediária), então

Figura 1.29(a)b) a tensão de cisalhamento

máxima para o elemento é igual ametade da tensão normal máxima.

a) o círculo que define σmax, σmin, eτ max para o elemento não éo círculo correspondente àstransformações de tensão dentrodo plano (a-b).

c) os planos de tensão decisalhamento máxima estão

a 45o

 girando o plano“

z-a”

 emtorno de b.(b)

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EXERCÍCIOS GERAIS

E í i 1 5 U t h fi tá j it d i t d

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Exercício 1.5: Um ponto em uma chapa fina está sujeito a dois estadosde tensão sucessivos como mostrado na figura 1.30. Determinar o estadode tensão resultante em relação a um elemento orientado como o dadireita.

Figura 1.30

E í i 1 6 A fib d l t d d i f

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Exercício 1.6:  As fibras de um elemento de madeira formam umângulo de 15o  com a vertical. Para o estado de tensão mostrado,determine: a) a tensão de cisalhamento no plano, paralela às fibras; e(b) a tensão normal perpendicular às fibras.

Figura 1.31

E í i 1 7 O fi d f fí i li E d t

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Exercício 1.7: O fixador força a superfície lisa em E quando se aperta oparafuso. Supondo que a força de tração no parafuso seja de 40 kN,determinar as tensões principais nos pontos A e B e mostrar osresultados em elementos localizados em cada um desses pontos.

Figura 1.32

E í i 1 8 A t t t di t ib íd d 200 N/

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Exercício 1.8:  A estrutura suporta a carga distribuída de 200 N/m.Determine as tensões normal e de cisalhamento que atuam nos pontosD e E, que atuam perpendicular e paralelamente às fibrasrespectivamente.

Figura 1.32