Transgênicos - Ciências 2
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U M B R E V E A P A N H A D O
TRANSGÊNICOS
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INTRODUÇÃO
Seleção artificial Muito antes de Darwin e Wallace,
fazendeiros e agricultores estavam usando aideia de seleção para causar mudanças nascaracterísticas de suas plantas e animais aolongo de décadas.
Fazendeiros e agricultores permitiram areprodução apenas de plantas eanimais com característicasdesejáveis, causando a evolução doestoque da fazenda.
Esse processo é chamado de seleçãoartificial porque são as pessoas (ao invésda natureza) que selecionam quaisorganismos vão se reproduzir.
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INTRODUÇÃO
O cão de RhodesianRidgeback (ou leão-
da-rodésia)
Criadosespecificamente paracaçar leões africanos,
esses cães sãograndes, rápidos,
fortes e têmexcelente visão.
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INTRODUÇÃO
Enquanto o embrião está
se formando, a pele não
consegue se formar
corretamente, e não
crescem penas, escamas
ou esporas.
Olho de bolha. Nele crescem
enormes sacos cheios de líquido.
Essas bolhas podem desinflareventualmente, mas isso não muda
o fato do peixe ter olhos
malformados, uma espinha curvada
severamente e nenhuma nadadeira
dorsal.
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ORGANISMOS GENETICAMENTEMODIFICADOS
São organismos que sofreram algum tipo demanipulação do seu genoma. Exemplos:
Deleção de um gene - retirada de uma parte do DNA.
Modificação de bases nitrogenadas específicas.
Adição de bases nitrogenadas.
A inserção de um genes exógenos da espécie manipulada
(Transgênico).
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ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
O que são alimentos transgênicos Aqueles cujas sementes foram alteradas com o DNA de outro
ser vivo (como uma bactéria ou fungo) para funcionarem comoinseticidas naturais ou resistirem a um determinado tipo de
herbicida. Surgimento 1972 – foram ligadas duas cadeias de DNA. Uma era de
origem animal, a outra bacteriana. Esta foi a primeira
experiência bem sucedida onde foram ligadas duas cadeiasgenéticas diferentes.
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DNA RECOMBINANTE
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ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
Segundo empresas, produtores e cientistas nova tecnologia que vai aumentar a produtividade e baratear o
preço do produto, além de permitir a redução dos agrotóxicosutilizados
Segundo ambientalistas e outra parcela depesquisadores produto perigoso: ainda não se conhece nem os seus efeitos
sobre a saúde humana nem o impacto que pode causar ao meio
ambiente. torna a agricultura e os agricultores reféns de poucas empresas
que detêm a tecnologia
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ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
Muitos consideram um modelo insustentável O aumento no uso de agroquímicos coloca em cheque o futuro
dos nossos solos e de nossa biodiversidade agrícola
Diante da crise climática em que vivemos preservação da biodiversidade funciona como uma garantia de
que teremos opções viáveis de produção de alimentos nofuturo e estaremos prontos para os efeitos das mudançasclimáticas sobre a agricultura
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HISTÓRIA DA POLÊMICA
Pesquisadores garantem que os transgênicos são seguros;
mais testados que qualquer outro alimento
Estima-se que 3% do orçamento no mundo para pesquisa
na área de biodiversidade seja destinado a pesquisas
independentes de biossegurança
Métodos e as técnicas para se avaliar os impactos dos
transgênicos ainda não estão definidos
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HISTÓRIA DA POLÊMICA
A partir de 70, 2 movimentos ocorreram:
Fusão: empresas de agrotóxicos e fármacos passaram a atuar
também no ramo de sementes
Concentração: através do qual a grande maioria das sementeiras
nacionais (em quase todos os países) foi parar em mãos de um
reduzido grupo de empresas multinacionais.
Ao mesmo tempo, criação e/ou modificação das leis
nacionais para garantir o “patenteamento” de determinadas
formas de vida e os direitos e remuneração dos melhoristas.
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HISTÓRIA DA POLÊMICA
Cenário favorável, já que:
Sementes transgênicas patenteadas e geneticamente
modificadas para o uso combinado com os agrotóxicos.
Tecnologia disponível, mercado altamente concentrado e
legislações nacionais e internacionais simpáticas ao direito
monopólico de exploração das sementes.
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HISTÓRIA DA POLÊMICA
Falta garantir que não houvesse processos regulatórios ou
exigência de grande transparência
Para isso seria necessário convencer que os transgênicossão “similares aos alimentos convencionais”.
Criou-se o conceito da “equivalência substancial”
Se um transgênico tiver composição química equivalente a desua contraparte não-transgênica, a segurança dos dois é a
mesma.
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HISTÓRIA DA POLÊMICA
Discussão que o gene tal “é seguro, pois ocorre na natureza”
Isso não significa que o organismo transgênico que o tenha recebido
também seja seguro Transferência de um gene de uma espécie para outra depende de um
conjunto de fatores.
Para um gene “seguro”, conjunto desses elementos no organismo receptor
também é conhecido e seguro? o comportamento desse organismo em um
dado ecossistema é previsível e estável?
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O DILEMA DOS TRANGÊNICOS
Problemática dos transgênicos
O homem ajuda ou combate a natureza?
O que fazer?
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PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS
Em geral, as preocupações em torno dostransgênicos se dão em três ordens de problemas:
Segurança alimentar
Meio ambiente
Aspectos socioeconômicos
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PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS
Em relação a segurança alimentar, tem-se uma
preocupante situação, pois é reconhecido pelos próprios
pesquisadores o fato de que ainda não se sabe como
funcionam as toxinas ou as substâncias alergênicas nos
produtos modificados.
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PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS
Quanto ao meio ambiente, ainda não se sabe: Como é possível controlar a eventual criação imprevista de
novas plantas e de plantas daninhas;
Como se pode controlar a transferência de genes para parentes
próximos de maneira a não poluir outras plantações;
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PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS
Quanto ao meio ambiente, ainda não se sabe: Como calcular as eventuais perdas em termos de
biodiversidade e, portanto, como controlar o desperdício derecursos biológicos;
Como prever efeitos adversos aos vários ciclos ecológicos;
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PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS
Quanto aos aspectos socioeconômicos, ainda não sabe: Como limitar o poder oligopólico das empresas produtoras de
sementes;
Como controlar a concentração do conhecimento;
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PROBLEMÁTICA DOS TRANSGÊNICOS
Quanto aos aspectos socioeconômicos, ainda não sabe:
Como regular a questão da propriedade intelectual;
Como atenuar a competitividade no setor agrícola;
Como reduzir, de fato, a fome no mundo.
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ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
Cientistas e ambientalistas alertam que os produtos geneticamente
modificados são um risco e não uma contribuição para a produção de
alimentos
Na França, agricultores se queixam que os cultivos com
modificações genéticas contaminam os orgânicos
Partículas de transgênicos podem ser transportadas muito longe pelo
vento e pela água e contaminar plantações
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ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
Uso contínuo das sementes
Aumenta resistência de ervas daninhas e insetos, o que por sua
vez leva o agricultor a aumentar a dose de agrotóxicos ano a
ano
Brasil em 2008
Tornou-se o maior consumidor mundial de agrotóxicos Cerca de dez anos de plantio de transgênicos
Mais da metade do agrotóxicos destinados à soja
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ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
Mesmo desconsiderando o fator saúde da questão,
transgênicos não são uma opção para a crise alimentar.
A maioria das modificações feitas nos cultivos
pretendem torná-los mais resistentes a pragas e ervas
daninhas, mas, não objetivam um aumento na
produção As plantações modernas sem modificações genéticas têm
maiores produções do que as sementes transgênicas
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ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
Genes desconhecidos e alterações inesperadas nometabolismo da planta da soja transgênica "Roundup
Ready “. Causa: Genes desconhecidos inseridos
acidentalmente.
Equipe de médicos descobriu que ratos alimentados com
soja transgênica RR apresentaram alterações nas estruturas
internas das células do fígado e do pâncreas.
Semente é mais cara por conta dos royalties a serem pagos,
o que aumenta o custo de produção.
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Após vários anos de questionamentos os cientistas desenvolveram um
argumento, para defender a adoção dos organismos modificados:
O de que os produtos vegetais e animais já começaram a ser
modificados desde que os homens se dedicaram ao pastoreio e àagricultura.
O HOMEM AJUDA OU COMBATE ANATUREZA?
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O HOMEM AJUDA OU COMBATE ANATUREZA?
Mas seria mesmo esse argumento relevante?Nos procedimentos tradicionais o homem propõe,
mas quem realiza a modificação ainda é a natureza,
já que os cruzamentos propostos respeitam os
processos naturais. Se a natureza não conseguir
fazer a operação de forma satisfatória para o
homem, este aceita e formula outra proposta.
De maneira bem diferente, com a engenhariagenética o homem impõe suas decisões à natureza,
sendo as operações realizadas através de métodos
que aquela desconhece.
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O HOMEM AJUDA OU ATRAPALHA ANATUREZA?
A ciência tem traçado uma linha que separa o “artificial”, aquilo que é
produzido pelo homem com a natureza, do “natural”.
O homem civilizado domesticou seus alimentos e a sociedade urbana
moderna os industrializou.
A industrialização da agricultura tem levado a um extraordinário
aumento da capacidade de produzir alimentos. Isto permite gerar uma
justificativa moral para seu desenvolvimento e universalização: sua
capacidade de resolver o problema da fome no mundo. Porém, não é
verdade que o objetivo do desenvolvimento industrial seja aliviar a
fome no mundo.
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O QUE FAZER?
Em primeiro lugar, deixar de pensar que osparâmetros econômicos e o lucro das empresas sãoos fundamentais instrumentos de avaliação da hojesuperestimada “eficiência”.
E assumir que a verdadeiraeficiência deve estar ligada àprodução de bens e serviçossocialmente úteis e à utilização
inteligente de toda a força detrabalho disponível, mesmo queisso reduza os lucros no breveperíodo.
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O QUE FAZER?
Em matéria de alimentos, o verdadeiro problema hoje não éa quantidade, o problema é o oposto, o que se refere àpopulação que se alimenta em excesso ou se alimentaerradamente, que também passa a ser grave.
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De fato, um problema tão grave quanto a falta de alimentosque se projeta para o futuro a médio e longo prazos refere-se à qualidade dos produtos para nossa alimentação.
O QUE FAZER?
Os transgênicos representam o maior
passo (após a quimicização da
agricultura e a industrialização dosalimentos) de nossa separação da
natureza.
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LEGISLAÇÃO
DECRETO Nº 4.680, DE 24 DE ABRIL DE 2003. Regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei no 8.078,de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientesalimentares destinados ao consumo humano ou animal quecontenham ou sejam produzidos a partir de organismosgeneticamente modificados, sem prejuízo do cumprimento dasdemais normas aplicáveis.
Art. 1o
Este Decreto regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei no
8.078, de 11 desetembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ouanimal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, semprejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis.
Art. 2o Na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumohumano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamentemodificados, com presença acima do limite de um por cento do produto, o consumidor deverá serinformado da natureza transgênica desse produto.
§ 1o Tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura, o rótulo daembalagem ou do recipiente em que estão contidos deverá constar, em destaque, no painel principal eem conjunto com o símbolo a ser definido mediante ato do Ministério da Justiça, uma das seguintesexpressões, dependendo do caso: "(nome do produto) transgênico", "contém (nome doingrediente ou ingredientes) transgênico(s)" ou "produto produzido a partir de (nomedo produto) transgênico".
§ 2o O consumidor deverá ser informado sobre a espécie doadora do gene no local reservadopara a identificação dos ingredientes.
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LEGISLAÇÃO
30/04/2015
Câmara aprova lei que dispensa símbolo da transgenia em rótulosDe acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor, com a nova lei, as
pessoas comprarão óleos, bolachas, margarinas, enlatados e papinhas de bebêssem saber exatamente o que suas embalagens contêm. "Nossa posição é detotal repúdio a essa lei, porque ela fere um direito básico previstono Código de Defesa do Consumidor, que é o direito à informação",diz Renata Amaral, do Instituto.
De acordo com um documento publicado pelo Instituto Nacional doCâncer (INCA), as sementes geneticamente modificadas exigem o usode grandes quantidades de agrotóxicos, já que são mais resistentes aessas substâncias. A liberação do cultivo e consumo dos alimentos transgênicos,
segundo o INCA, foi uma das grandes responsáveis por colocar o Brasil noprimeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, posição que é mantidadesde 2008.
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/politica/1430318732_866908.html
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O QUE FAZER?
Concluindo... Defender o “princípio de precaução” não significa
propor a paralisia e a volta a formas antigas com
medo do desconhecido, nem mesmo defender o fimda pesquisa ou da engenharia genética. Ao contrário,significa exigir:
1) Que se realizem mais e mais pesquisas;
2) Que possa ser socialmente controlado o poder que a indústria tem
de impor seus produtos;
3) Que o estado seja vigilante, eficiente e eficaz no seu papel de
assegurador da vida da população;
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O QUE FAZER?
Concluindo... 4) Que a esta sejam dadas todas as informações necessárias para que suas
escolhas se tornem conscientes;
e 5) Que se suspendam a produção ea comercialização dos alimentos
geneticamente modificados, até que
tenhamos conhecimentos mais
sólidos a respeito de seus efeitossobre a vida dos consumidores, o
meio ambiente e a biodiversidade.