Transição laminar-turbulento em...
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Transição laminar-turbulento em escoamentos
Igor Braga de Paula
Porque ocorre mudança de regime?
• De acordo com o entendimento atual do problema, a transição do escoamento laminar para turbulento está quase sempre associadaa um ou vários mecanismos de instabilidade do escoamento. Essasinstabilidades normalmente advém do escoamento base ou de perturbações sobrepostas ao escoamento.
• A origem dos mecanismos de instabilidade e a natureza física de cada mecanismo podem ser diferentes.
• As instabilidades podem ser lineares, não lineares, primárias, secundárias, etc.
• A transição do escoamento laminar para turbulento é um dos problemas mais complicados da mecânica dos fluidos moderna.
Transição laminar-turbulento• Algumas das principais razões para a dificuldade do problema
podem ser listadas abaixo:
• O problema envolve ,essencialmente, múltiplos estágios.
• As considerações e o objeto de estudo são diferentes nos váriosestágios ( perturbações externas, instabilidades do escoamentobase, vórtices.)
• Em geral o fenômeno é essencialmente não linear
• Há uma mistura de escalas de tempo, espaço e amplitude das perturbações
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Instabilidade hidrodinâmica
• INTRODUÇÃO
– Estudo da resposta de um escoamento a uma perturbação.
Tipicamente na forma: 𝜀. 𝑒𝑖 𝛼𝑥−𝜔𝑡+𝛽𝑧 ;
onde 𝜀 é a amplitude, 𝛼 é o nº onda na direção x, 𝜔 a frequência e 𝛽 o número de onda na direção transversal
– Se o escoamento retorna a condição original ele é definido como estável, se as perturbações crescem e levam a outro
regime é dito como instável.
estável instável Condicionalmente estável
x
(perturbação cresce no espaço)
Instabilidade Convectiva
t
Instabilidade Absoluta
(perturbação cresce no tempo)
Escoamentos cisalhantes estacionários
Huerre & Monkewitz (1990)
Velocidadede grupoé alta, eespalhamentoé pequeno
Velocidadede grupoé baixa, eespalhamentoé alto
Vel. de grupo
Vel. Degrupo
Espalhamento Espalhamento
Classificação de instabilidades
Classificação de instabilidades
x
(perturbação cresce no espaço)
Instabilidade Convectiva
t
Instabilidade Absoluta
(perturbação cresce no tempo)
Instabilidade Global
(cresce no espaço e no tempo)
x
t
Instabilidade Global
(cresce no espaço e no tempo)
x
t
S. Taneda
Van Dyke - Album of Fluid Motion (1982)
Esteira de Von Kármán
Escoamentos cisalhantes estacionários
Uo
Acústica
Excitação dePerturbações
Turbulênciaescoamento
Rugosidade
Vibração
InstabilidadeLinear Turbulência
Breakdown
Desenho esquemático da transiçãoiniciada por instabilidade Convectiva
Desenho esquemático da transiçãoiniciada por instabilidade Absoluta
Uo
Acústica
Turbulênciaescoamento Rugosidade
Vibração
Perturbações externas não são necessárias!
Transição fica diferente
Desenho esquemático da transiçãoiniciada por instabilidade Absoluta
Uo
Excitação de PerturbaçõesInstabilidadeLinearTurbulênciaBreakdown
Perturbações externas não são necessárias!
Transição fica diferente
Ponto de início dainstabilidade global
Uo Perturbações externas não são necessárias!
Transição fica diferente de novo
Excitação de perturbações
InstabilidadeLinear & Não linear
Excitação de perturbações
Feedback LoopExcitação de Perturbações
InstabilidadeLinear & Não linear
Excitação de perturbações
Feedback LoopSaturaçãoNão-linear (?)
Desenho esquemático da transiçãoiniciada por instabilidade Global
Uo Perturbações externas não são necessárias!
OuTransição
Transição fica diferente de novo
Desenho esquemático da transiçãoiniciada por instabilidade Global
Instabilidade hidrodinâmica
• Não há uma classificação rigorosa das sequencias de instabilidades.
• Entretanto é comum encontrar na literatura, termos do tipo “instabilidade primária” e “instabilidade secundária”. Normalmente instabilidade primária está associada a estágios lineares
• Instabilidade secundária está associada a mecanismos não lineares oriundos do desenvolvimento de instabilidades primárias. (ex.: resonância entre perturbações)
• O que é instabilidade terciária, ninguém sabe!
• Um dos exemplos de instabilidade secundária e a resonância entre ondas
Instabilidade hidrodinâmica
PERTURBAÇÕES INICIAIS
RECEPTIVIDADE
CRESCIMENTO
TRANSIENTE
BY-PASS INSTABILIDADE
PRIMÁRIA
INSTAB. SECUNDÁRIA
BREAKDOWN
TURBULENCIA
Cenário geral de transiçãoiniciado por diferentesclasses de instabilidade.
Sugerido por Morkovin(1989)
Caminho típicode casos ondeo nível de perturbaçõesé moderado
Instabilidade hidrodinâmica
Receptividade
Breakdown / Turbulencia
Decai
Instabilidade Linear
Decai
Instabilidade nãolinear
Var
iaçã
od
o e
sc. b
ase Receptividade
Breakdown / Turbulência
Decai ou satura
Instabilidade Linear
Saturação
Esc.
Bas
e fi
xo
Instabilidade nãolinear
Receptividade
Instabilidade
Receptividade Inversa
Feedback daPerturbação
Saturação ou Breakdown
Decai
Típico em camada limite
Instabilidade em jato laminar
Instabilidade de Kelvin-Helmholtz
em escoamento cisalhante
Instabilidade de
em bocal
Instabilidade de
Taylor-Couette
Exemplos:
Instabilidade jato de líquido
Instabilidade gerada por convecção natural em
uma placa aquecida
Instabilidade em células de
Rayleigh Bérnard
Exemplos:
Região de formação de
escoamento turbulento
(Turbulent Spot)
Instabilidade hidrodinâmica
EstágioInstabilidadelinear
II V
Turbulênciapós-transicional
Estágio dereceptividade
I
EstágioInstab.FracamenteNão-linear
Estágio de formaçãode vortices
Entrada! Saída!
Perturbações Turbulência
Sem entrada Sem saída
Sem perturbações Sem turbulência
Importância dasperturbaçõesiniciais(receptividade)
IVIIITodos esses mecanismosrepresentam nada mais que um amplificador não linear(Instabilidade convectiva!)
Instabilidade Linear
– Solução das equações de Navier-Stokes linearizadas (assumindo perturbações infinitesimais);
– Ex.: Camada limite
Diagrama de Estabilidade
Instabilidade Linear
– Solução das equações de Navier-Stokes linearizadas (assumindo perturbações infinitesimais);
– Ex.: Camada limite
Instabilidade Linear
– Solução das equações de Navier-Stokes linearizadas (assumindo perturbações infinitesimais);
– Ex.: Escoamento bifásico em tubo (Instabilidade de Kelvin-Helmholtz)
Instabilidade Linear
– Solução das equações de Navier-Stokes linearizadas (assumindo perturbações infinitesimais);
– Ex.: Escoamento bifásico em tubo (Instabilidade de Kelvin-Helmholtz)
Instabilidade Linear
– Solução das equações de Navier-Stokes linearizadas (assumindo perturbações infinitesimais);
– Ex.: Escoamento bifásico em tubo (Instabilidade de Kelvin-Helmholtz)
Estável
Instável
– Perturbações já não podem ser assumidas como infinitesimais e assim pode ocorrer interação não linear entre ondas.
– Ex.: Camada limite
Instabilidade secundária
z
x
Direção do escoamento
Experimentos Borodulin, Gaponenko,
Kachanov, Roschektayev (1997, 2002)Visualização de fumaça Saric (1986)
Instabilidade secundária
Direção do escoamento
Direção do transversal
Interação entre ondas
oblíquas
Ressonância entre ondas 2D e subharmônicas
oblíquas
Ressonância entre ondas 2D e 3D de mesma frequência
Visualização do escoamento (plano paralelo a superfície) na região de instabilidade secundária. Extraído de Schmidt & Henningson (2001)
– Perturbações já não podem ser assumidas como infinitesimais e assim pode ocorrer interação não linear entre ondas.
– Ex.: Camada limite
Formação de Vórtices
Desenho esquemático da estrutura de um vórtice do tipo L e eventos de
Sweep/Ejection associados com vórtice
Borodulin, Kachanov, Guo, Wang, Lian (2007)
Выброс 1
L-вихрь
Сметание 1
Вращение вокруг
ног L-вихря
Направление
потока
Поверхн
ость
EjectionSweep
Rotação em tornodos vórtices L
L-vórtice
Dir. escoamento
Formação de Vórtices
– Estruturas de vórtices criadas pela interação de ondas pode levar a formação de vórtices secundários.
– Ex.: Camada limite Ex.:Canal turbulento
DNS de Rist, Muller, Wagner (1998) Zhou, Adrian, Balachandar, Kendall (1999)
DNS de Rist, Meyer, Wagner (2003)
x = 720 mm
l2-criterion
Formação de Vórtices
DNS de Rist, Meyer, Wagner (2003)
l2-criterion
Formação de Vórtices
x = 800 mm
DNS de Rist, Meyer, Wagner (2003)
l2-criterion
Formação de Vórtices
Visualização do Escoamento turbulento
Van Dyke (1982)
Direção do escoamento
Direção doescoamento
Parede
Parede
CorteAA
Corte AA
Corte BB
Corte BB
Visualização do Escoamento turbulento
Falco (1977), Van Dyke (1982)
Direção doescoamento
Direção do Escoamento
Parede
Vórticetípico
Obrigado