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Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Telecomunicações Camila de Fátima Pereira Souza Juliana Oliveira de Paula Transmissão de sinais de áudio analógico via fibras ópticas plásticas de PMMA Nitero ´i RJ 2018

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Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia

Curso de Graduação em Engenharia de

Telecomunicações

Camila de Fátima Pereira Souza Juliana Oliveira de Paula

Transmissão de sinais de áudio analógico via fibras ópticas

plásticas de PMMA

Niteroi – RJ

2018

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Camila de Fátima Pereira Souza Juliana Oliveira de Paula

Transmissão de sinais de áudio analógico via fibras ópticas plásticas de PMMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao corpo docente do curso de Bacharelado em

Engenharia de Telecomunicações, como parte

dos requisitos para conclusão do curso.

Área de concentração: Engenharia de

Telecomunicações.

Orientador(A): Prof. Dr. Ricardo Marques Ribeiro

Co-Orientador(A): Prof.(a) Cláudia Barucke

Niterói – RJ

2018

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Camila de Fátima Pereira Souza Juliana Oliveira de Paula

Transmissão de sinais de áudio analógico via fibras ópticas plásticas de PMMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

corpo docente do curso de Bacharelado em

Engenharia de Telecomunicações, como parte

dos requisitos para conclusão do curso.

Área de concentração: Engenharia de

Telecomunicações.

Aprovada em 9 de JULHO de 2018.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Ricardo Marques Ribeiro - Orientador

Universidade Federal Fluminese - UFF

Prof.ª Drª Claudia Barucke - Co-Orientador

Universidade Federal Fluminese - UFF

Prof. PH. D. Vinicius Nunes Henrique Silva

Universidade Federal Fluminese - UFF

Prof.ª Drª Dianne Scherly Varela de Medeiros

Universidade Federal Fluminese – UFF

Niteroi – RJ

2018

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Resumo

A tecnologia de fibras ópticas remonta os anos 50, mas apenas a partir de meados dos

anos 70 elas começaram a ser utilizadas comercialmente. As fibras ópticas plásticas

(POFs) remontam de 1968, mas o seu uso generalizado para enlaces de

comunicações só foi iniciado em meados dos anos 90. A partir do final dos anos 90,

começaram a surgir as redes residenciais cabeadas com POFs. (A motivação geral

deste trabalho é transmitir áudio usando Fibras Ópticas Plásticas). Primeiramente, este

trabalho descreve a caracterização de alguns componentes optoeletrônicos de

transmissão e recepção. Na sequência, tais componentes são utilizados para montar

enlaces de sinais de áudio analógico sobre fibras ópticas plásticas de poli-metil-

metacrilato (PMMA). (Com o intuito de aumentar a distância do enlace a fibra, foto-

detectores tipo foto-Darlington são caracterizados em banda, procurando substituir os

foto-transistores e dispensando o uso de amplificadores).

Palavras-chave: Fibra óptica plástica; dispositivos optoeletrônicos; áudio;

comunicações ópticas.

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v

Abstract

Fiber optics technology dates back to the 1950s, but only since the mid-1970s. Since

plastic optical fibers (POFs) date back to 1968, but widespread use for bonds was

launched in the 1990s. emerged as residential wired networks with POFs. (General

active this work is it in the path of Plastic Optical Fibers). First, this work presents a

characteristic of some optoelectronic components of transmission and reception.

Subsequently, the salts are used to mount the analog audio signal links on the poly-

methyl-methacrylate (PMMA) plastic optical fibers. (In order to increase link distance,

photo-Darlington photo-detectors are featured in bandwidth, trying to replace the photo-

transistors and bypassing the use of amplifiers).

Keywords: Plastic fiber optics; optoelectronic devices; audio; optical

communications.

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vi

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível. Agradeço

aos meus pais, Alfredo e Geuzinéia, minha base, que se esforçaram ao máximo para

me ver feliz e formada.

Agradeço ao Thiago e Marili, os quais têm um papel importante na minha

educação, que me deram suporte para que eu pudesse chegar até aqui. Agradeço a

minha parceira, Juliana, e às amigas Nivea e Amanda, companheiras de todas as

horas, que tiveram paciência comigo e tornou essa caminhada mais leve.

Agradeço, também, aos amigos Sarah, Raiza, Arthur e Débora, pessoas nas

quais me inspiro e que sempre me apoiaram, puxando minha orelha quando

necessário.

Agradeço ao nosso orientador Ricardo e co-orientadora Cláudia, por todo

conhecimento transmitido, aos membros do LACOP e também a todos os professores

da UFF.

Agradeço, também, ao meu namorado Ariel por toda compreensão e apoio, me

incentivando a estudar cada vez mais.

Camila de Fátima Pereira Souza

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vii

Agradecimentos

Agradeço primeiramente à Deus por me permitir chegar até aqui e mostrar que

tudo tem o seu tempo certo. Agradeço à minha família, Guiomar, Rosani, Rosana e

Maurílio, por toda força que me deram nesses longos anos de graduação e que

mediante as dificuldades nunca me deixaram desistir.

Agradeço a todos os professores e funcionários da UFF, assim como os

parceiros do LACOP, por toda ajuda e troca de conhecimentos, em especial meu

Professor Orientador, Professor Ricardo e Professora Cláudia, minha co-

orientadora,por todo saber que nos transmitiu.

Aos meus amigos e colegas de UFF, obrigada por toda parceria. Em especial

para as meninas da minha república que sem saberem me traziam paz nos dias de

angústia da faculdade com as suas alegrias. Um agradecimento especial para

Amanda, Camila e Nívea por toda parceria dentro e fora dos limites da UFF.

E por fim agradeço ao meu companheiro e amigo Gabriel, meu presente de

final de faculdade, por toda parceria nessa fase tão importante da vida.

Juliana Oliveira de Paula

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Lista de Figuras

Figura 2.1 Esquema de Metodologia .......................................................................... 5

Figura 3.1 Comparação entre Fibra óptica, cabo de cobre e cabo coaxial [9] ........... 7

Figura 3.2 Estrutura Fibra Óptica...................................................................................7

Figura 3.3 O fenômeno de reflexão total pode ser visto no Feixe a.............................8

Figura 3.4 Comparação núcleo POF e GOF ............................................................... 9

Figura 3.5 Comparação entre POFs ......................................................................... 11

Figura 3.6 Absorção de energia (a) Emissão espontânea(b) .................................... 12

Figura 3.7 Modulação analógica de um LED............................................................ 13

Figura 4.1 : (a) Fotografia real LED Diemount e (b) estrutura do LED Diemount.t .............. 16

Figura 4.2 Montagem experimental geral destinada à caracterização dos

dispositivos ............................................................................................................... 18

Figura 4.3 Fotodetector PDA10A .............................................................................. 18

Figura 4.4 Montagem experimental do circuito de caracterização. ........................... 19

Figura 4.5 Curva Aout x f do LED hiper-vermelho com fC ~ 7 MHz .......................... 20

Figura 4.6 Esquema de circuito de polarização dos fotodetectores IFD92 e IFD93. 20

Figura 4.7 Resultado da caracterização de resposta em frequências do IFD92

e IFD93 em escala logarítmica ................................................................................. 21

Figura 4.8 Conector SMA .......................................................................................... 22

Figura 4.9 Adaptação para Circuito de transmissão .................................................. 23

Figura 4.10 Fonte Digital ........................................................................................... 24

Figura 4.11 Gerador de Função ................................................................................ 24

Figura 4.12 Osciloscópio ........................................................................................... 24

Figura 4.13 Cabo BNC-BNC ..................................................................................... 25

Figura 4.14 Cabo BNC – Jacaré ................................................................................ 25

Figura 4.15 Cabo Banana -Jacaré ............................................................................ 26

Figura 4.16 Adaptador T-BNC ................................................................................... 26

Figura 4.17 Utilização do gerador de função ............................................................. 26

Figura 4.18 Utilização dos cabos Jacaré- Jacaré ...................................................... 27

Figura 4.19 Utilização do Gerador de Função e Osciloscópio................................... 27

Figura 4.20 Visão panorâmica dos equipamentos utilizados .................................... 28

Figura 4.21 Resultado da caracterização de resposta em frequência do enlace com 2 metros

de POF utilizando o IFD92 (fC = 175 kHz) e o IFD93 (fC = 16 kHz) no receptor ...... 29

Figura 4.22 Resultado da caracterização de resposta em frequência do enlace com 50

metros de POF utilizando o IFD92 (fC = 46 kHz) e o IFD93 (fC = 13 kHz) no receptor30

Figura 4.23 Esquema do circuito eletrônico de transmissão óptica .......................... 31

Figura 4.24 Esquema do circuito de recepção óptica ................................................ 31

Figura 4.25 Esquema do enlace óptico de sinais de áudio, gerados por um telefone celular,

através de um certo comprimento de POF ................................................................ 32

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ix

Figura 4.26 Enlace Completo .................................................................................... 32

Figura 4.27 (a) Circuito inicial na protoboard, (b) Fototransistor IFD92 e (c) resistor 1KΩ

.................................................................................................................................. 33

Figura 4.28 Circuito com LED e cabo BNC melhor acoplados...................................34

Figura 4.29 Configuração com suporte para o LED. ................................................. 34

Figura 4.30 (a) Plug P2 e (b) estrutura do Plug P2. .................................................. 35

Figura 4.31 (a) Cabo P2-P2 sendo construído e (b) Cabos P2-P2 mono e

estéreo finalizados. ................................................................................................... 35

Figura 4.32 (a) Circuito montado na placa de fenolite e (b) soldagem do circuito

na placa de fenolite. .................................................................................................. 36

Figura 4.33 Circuito de transmissão na caixa preta. ................................................. 36

Figura 4.34 Circuito recepção na caixa preta. ........................................................... 36

Figura 4.35 Construção de uma adaptação para o LED. .......................................... 37

Figura 4.36 Adaptação da caixa concluída..................................................................37

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Lista de Tabelas

Tabela 4.1: Comprimento de onda e Potência Óptica de Saída dos LEDs Diemount

disponíveis comercialmente. ..................................................................................... 16

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xi

Sumário

Resumo………………………………………………………………………………………..iv

Abstract………………………………………………………………………………………...v

Agradecimentos………………………………………………………………………………vi

Lista de Figuras……………………………………………………………………………..viii

Lista de Tabelas……………………………………………………………………………….x

Sumário………………………………………………………………………………………...xi

1.Introdução...............................................................................................................................1

1.1 Introdução..................................................................................................................................1

1.2 Motivação...................................................................................................................................3

1.3 Objetivo......................................................................................................................................3

1.4 Roteiro........................................................................................................................................3

2.Metodologia.............................................................................................................................4

3.Revisão Bibliográfica.............................................................................................................6

3.1 Fibras Ópticas............................................................................................................................6

3.2 Fonte de luz : LED.....................................................................................................................11

3.3 Modulação em Amplitude........................................................................................................12

3.4 Transmissão de Áudio Analógico..............................................................................................13

3.5 Fotodetectores.........................................................................................................................14

4.Desenvolvimento...................................................................................................................15

4.1 Caracterização do LED..............................................................................................................15

4.2 Caracterização dos fotodetectores........................................................................................20

4.3 Caracterização do enlace.......................................................................................................22

5.Conclusão..............................................................................................................................38

Referências Bibliográficas......................................................................................................39

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Anexo A – Datasheet LED Diemount…………………………………………………….40

ANEXO B - Datasheet IFD92.................................................................................................41

ANEXO C - Datasheet IFD93.................................................................................................45

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1

Capítulo 1

1.Introdução

1.1 Introdução

Este trabalho mostra o desenvolvimento de um enlace de sinais de áudio

analógico com base no uso de Fibra Óptica Plástica (Plastic Optical Fiber - POF) de

PMMA e de dispositivos optoeletrônicos simples. Esses dispositivos são

caracterizados em banda neste trabalho. Em particular, foto-detectores do tipo

fototransistor e foto-Darlington são caracterizados e comparados entre si, para

verificar se a utilização do último permite obter um enlace mais longo de POF, sem

que seja necessário incluir amplificadores no circuito de recepção. A motivação geral

deste trabalho consiste em desenvolver componentes e sistemas para redes

residenciais baseados em POFs, pesquisa tal que já vem sendo conduzida no

Laboratório de Comunicações Ópticas(LACOP) da Universidade Federal

Fluminense. Mais especificamente, o presente trabalho dá continuidade e expande

um outro no mesmo tema já realizado por parte dos autores Fábio Hott e Rodrigo

Pontes – Transmissão Analógica em banda-base utilizando Fibras Ópticas Plásticas

para aplicações domésticas.

O material tipicamente usado para fabricação da fibra escolhida para o

experimento, é o acrílico ou polimetil-metacrilato (PMMA). Usou-se a fibra de plástico

Step Index (SI) que é constituída por dois índices de refração, uma para a casca e

um para o núcleo.

Fibras ópticas de sílica e toda a tecnologia correlata são geralmente

consideradas muito sofisticadas e caras para aplicações em pequenas redes, como

as redes residenciais. Nessas redes tradicionalmente utiliza cabos metálicos que de

fato têm resolvido o problema, mas apresentam limitações como peso e volume que

podem ser excessivos, não-isolação elétrica, susceptibilidade à EMI e limitação de

banda. A tecnologia de POFs tem então sido considerada não só no ambiente

acadêmico, mas também na indústria como uma solução bastante interessante que

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pode também ser combinada com as tecnologias sem-fio [2]. Se comparada à Fibra

Óptica de Sílica(Glass Optical Fiber-GOF), a POF apresenta materiais e processos

de produção mais baratos, porém possui menor eficiência na transmissão de dados

em longas distâncias. Em contrapartida, as POFs tem uma resistência maior, se

comparadas às GOFs, são maleáveis, de manutenção mais simples e acessível.

Além disso, podem funcionar muito bem sob grandes variações de temperaturas,

pois ao longo dos anos foram obtidas melhorias nas propriedades químicas e

térmicas. Também houve aperfeiçoamento na transparência óptica e capacidade de

transmissão, tornando as POFs cada vez mais relevantes em sistemas de

comunicação em distâncias curtas. (< 500 m para POFs de PMMA). Em especial,

as POFs de PMMA são as mais fabricadas e utilizadas no mundo [2]. Operam na

região do espectro visível, são de manipulação simples, pois exibem núcleo de

grande diâmetro (~ 1mm), facilitando os diversos tipos de conexões ópticas, e

requerem geralmente o uso de ferramentas e componentes de custo relativamente

baixo [2].

Em sistemas ópticos, tipicamente são usados dois tipos de fontes para

transmissão, o LED e o Laser. O LED é escolhido para o experimento realizado

neste trabalho, sendo excitado por um sinal elétrico, o sinal de áudio. Assim, o LED

juntamente com o circuito opto-elétrico, que será descrito mais adiante, formam o

sistema de transmissão.

O sinal de áudio transmitido pode ser monofônico( ou simplesmente mono) ou

estereofônico (ou estéreo) . A diferença básica entre os dois é que o áudio

estereofônico é reproduzido usando dois ou mais canais independentes, enquanto

que o áudio mono é reproduzido usando apenas um canal.

O sistema de recepção é composto por um fotodetector da família Darlington,

o Plastic Optic PhotoDarlington modelo IFD93. O fotodetector Darlington é um

dispositivo semi-condutor composto pela combinação de dois transistores bipolares

em um mesmo encapsulamento, usando a configuração Darlington. Nessa

configuração o ganho total do fotodetector é a multiplicação dos ganhos individuais

de cada transistor. A propriedade de um fototransistor é a de variar sua resistência

elétrica em função da intensidade da luz incidente. Em suma, é a transformação do

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3

pulso luminoso em pulso elétrico, possuindo um grau de sensibilidade muito maior

quando comparado a outros fototransistores.

1.2 Motivação

Algumas das motivações para utilização das fibras ópticas plásticas no

projeto foram além das diversas aplicações permitidas pela POF, sua relativa

facilidade de manuseio, as suas crescentes evoluções técnicas, e melhorias que

vem sofrendo no decorrer dos anos, como, por exemplo, maior transparência e

largura de banda.

1.3 Objetivo

O objetivo deste trabalho é transmitir sinais de áudio analógicos sobre Fibras

Ópticas Plásticas de PMMA a fim de aumentar a gama de aplicações daas POFs em

redes residenciais.

1.4 Roteiro

Este trabalho está dividido em etapas para mostrar toda a evolução

experimental, com ilustrações do trabalho desenvolvido em laboratório. O texto está

organizado da seguinte forma. O capítulo 2 descreve a metodologia do trabalho. O

Capítulo 3 mostra a revisão bibliográfica sobre os componentes utilizados. O

Capítulo 4 apresenta o desenvolvimento mostrando as caracterizações dos

componentes, o enlace e os resultados obtidos. Por fim, O Capítulo 5 apresenta a

conclusão do trabalho.

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4

Capítulo 2

2.Metodologia

Aplicações típicas das fibras ópticas envolvem iluminação,cabeamento

submarino e sensoriamento. Além dessas, as fibras ópticas são comumente usadas

para transmissão de sinais analógicos, como o áudio. Este trabalho investiga esse

tipo de transmissão, com o objetivo de melhorar sua qualidade. Para realizar essa

investigação, utilizou-se a metodologia de pesquisa experimental, modalidade típica

da abordagem empírico-analítica. Para Fiorentini; Lorenzato(2007, p. 71):

“As pesquisas experimentais caracterizam-se pela

realização de “experimentos” que visam verificar a

validade de algumas hipóteses em relação a um

fenômeno ou problema. Entendemos por

experimento aquela parte da investigação na qual

se manipulam certas variáveis e se observam seus

efeitos sobre outras.[4]”

As pesquisas experimentais foram realizadas em laboratório na busca ativa de

manipular componentes que compõem um enlace de fibra óptica plástica, utilizado

em transmissão de áudio analógico em pequena distância. O objetivo é verificar

quais deles melhor correspondem às expectativas da hipótese de que um

determinado tipo de fonte de luz e determinado fotodetector traz um resultado

satisfatório de viabilidade para transmissão dos sinais de áudio.

O esquema mostrado na Figura 2.1, ilustra a metodologia utilizada para as

pesquisas que resultaram neste trabalho.

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5

Figura 2.1 Esquema de Metodologia

.

Como pressuposto teórico utilizou-se o estudo de M. Lingenauer et. al. e

Olaf Ziemann et. al. que tratam de Sistemas de Comunicação Óptica [5] e [6].

Para o desenvolvimento da parte prática utilizou-se o estudo do documento

“Transmissão analógica de áudio em banda-base utilizando fibras ópticas

plásticas,para aplicações domésticas”[6], que se refere a transmissão de áudio

analógica e que foi objeto de auxílio para a montagem do enlace de transmissão

feita em laboratório.

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6

Capítulo 3

3.Revisão Bibliográfica

3.1 Fibras Ópticas

3.1.1 Breve panorama histórico:

A cada dia a demanda por uma maior e mais rápida transmissão de

informação é crescente. Transmissões via cabo metálico, por exemplo, já não

suportavam as requisições por elevadas taxas de transmissão. Com isso, novas

tecnologias para permitir um maior tráfego de informação surgiram. Possibilitando ,

assim, o tráfego de sinais, dados, voz e vídeo em alta velocidade.

Foi nesse cenário que nasceu, em meados da década de 50, a fibra óptica,

um filamento flexível e transparente que pode ser fabricado a partir do vidro ou do

plástico , utilizada como guia de transmissão de sinais ópticos,de alta capacidade .

Compondo os sistemas de comunicação ópticos, cujo objetivo é transmissão de

informações de um ponto a outro,a fibra utiliza a luz como portadora o que

possibilita uma capacidade ampliada de tráfego de dados comparada aos sistemas

que utilizam ondas eletromagnéticas como portadora.

Fibras ópticas são uma boa alternativa em largura de banda, custo,

segurança e velocidade de transmissão, com elevado nível de confiabilidade do

dado transmitido, imunidade a interferência eletromagnética e climáticas e e imunes

também a ações corrosivas de certos componentes químicos . Em suma são

ótimas opções podendo substituir gradativamente os fios de cobre e alumínio e

menos robustas como mostrado na figura 3.1, que representa também comparações

quanto às taxas de transmissões dos meios de comunicação baseados na

tecnologia do cabo coaxial e cabo de cobre.

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7

Figura 3.1 Comparação entre Fibra óptica, cabo de cobre e cabo coaxial [9]

3.1.2 Características estruturais das fibras e características de

transmissão

Quanto ao modo de propagação do feixe de luz no núcleo da fibra podem

ser: monomodo(um único modo) ou multímodo(vários modos). Quanto à sua

geometria, a fibra óptica constitui-se por um material com maior índice de refração,

chamado núcleo, envolto por um material com menor índice de refração, chamado

casca. E para a proteção da fibra contra possíveis danos mecânicos,ao redor da

casca é colocado uma capa feita de material plástico, o revestimento. A figura 3.2

ilustra a constituição básica de uma fibra óptica.

Figura 3.2 Estrutura Fibra Óptica

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8

Entrando no âmbito da transmissão da luz pela fibra ,mais especificamente no

núcleo, ela segue o princípio de reflexão do feixe de luz ao longo da fibra, devido à

diferença do do índice de refração dos materiais que constituem a fibra. Ou seja, o

feixe de luz inserido em uma das extremidade da fibra percorre a mesma através de

sucessivas reflexões. Dependendo do ângulo em que essa fonte de luz insere a luz

na fibra, o chamado ângulo de incidência, pode-se observar o famoso fenômeno de

reflexão total da luz, em que o feixe é completamente refletido, permanecendo no

núcleo, e é completamente transmitido até a outra extremidade.

Um exemplo de dois feixes de luz se propagando por uma fibra pode ser

observado na Figura 3.3, o fenômeno de reflexão total pode ser visto no Feixe a.

3.1.3 Plastic Optic Fibers - POFs

Como foi abordado no capítulo anterior, o tipo de fibra utilizado no

experimento foi a Fibra Óptica Plástica. A constituição do núcleo da POF (núcleo

maior que o da GOF, figura 3.4) é o polimetilmetacrilato, o PMMA, permitindo uma

maior resistência mecânica, uma maior flexibilidade, de mais fácil clivamento. Seu

custo de fabricação e manutenção se comparado, por exemplo à GOF , é menos

oneroso, porém em termos de transmissão a longas distâncias é menos eficiente.

Sabe-se da teoria que o índice de refração em um polímero é mais alto que

o da sílica, por exemplo. Como conseqüência, durante a transmissão geram-se mais

atenuações, perdas, levando a uma condição inferior. Comparando-se com

cabeamentos de cobre, a qualidade é bem superior. E a tendência é um aumento

em suas aplicações em enlaces curtos, como redes internas de pequenas

empresas ou redes domésticas.

Figura 3.3 O fenômeno de reflexão total pode ser visto no Feixe a

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9

Características das POFs,vantagens e desvantagens

Algumas das características que tornam a POF de certa forma

atraentes e valem ser destacadas encontram-se abaixo:

● As POFs são leves e de fácil manuseio.

● São de fácil acoplamento devido ao seu grande núcleo, como pode ser

visto na na figura 3.4,

● A densidade do plástico típico é a metade (1/2) do vidro e um terço

(1/3) do cobre.

● POFs operam no visível (VIS) e infravermelho-próximo (NIR).

● São bastante flexíveis ao serem manipuladas, e não quebram com a

mesma facilidade que as fibras de sílica.

● As POFs são bastante resistentes à danos mecânicos, mesmo em sua

extremidade.

● Resistente ao cisalhamento.

Figura 3.4 Comparação núcleo POF e GOF

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10

● As POFs não apresentam riscos em sua manipulação embora hajam

restrições quanto a bio-compatibilidade.

● As POFs são iguais ou menores em diâmetro do que um cabo

metálico típico.

● As POFs mais comuns possuem 1 mm de diâmetro.

● As POFs são iguais ou menores em diâmetro do que um cabo

metálico típico.

● Mantém uma grande flexibilidade mesmo em maiores diâmetros (> 1

mm), o que não acontece com as fibras de sílica que se tornam

rígidas. Assim como os cabos de cobre que são razoavelmente rígidos.

● Cabos metálicos podem produzir corte no operador.Assim como

fragmentos de fibra de sílica podem: Espetar e penetrar na pele e unhas, podendo

entrar na corrente sanguínea e atingir os olhos.

Conceito de Abertura Numérica

Um também importante parâmetro de uma fibra óptica é a abertura numérica.

Ela é muito útil para medir o quanto a fibra é capaz de capturar a luz e transmiti-la

pela fibra. Ou seja, é um cálculo de extrema importância para concluir se o

acoplamento da fonte de luz com o núcleo foi de fato satisfatório.

A abertura numérica além de termos de ângulos de incidência, pode ser

expressa pela diferença de índice de refração entre o núcleo e a casca. Há dois

tipos de perfis de índice de refração para fibras ópticas: Índice degrau e índice

gradual.

Nas fibras com índice do tipo degrau, o índice de refração do núcleo é

constante em todo o diâmetro do núcleo, já nas do tipo índice gradual, o índice de

refração varia ao longo do diâmetro do núcleo de acordo com uma função

parabólica.

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11

A abertura numérica da fibra óptica plástica (SI-POF) utilizada no experimento

é de 0,5. Pode-se observar algumas características comparativas na figura 3.5

.

3.2 Fonte de luz : LED

Um exemplo de fonte óptica de semicondutor é o Diodo Emissor de Luz (LED

– Light Emitting Diode). Basicamente, o LED é uma junção pn que quando

polarizado, emite fótons. Esse fenômeno ocorre devido à recombinação de elétrons

e lacunas.

Normalmente, os materiais absorvem a luz ao invés de emiti-las. No caso do

LED, após aplicação de uma tensão entre seus terminais, alguns elétrons saltam

para um nível de energia maior. Após isso, ocorre a recombinação de elétrons e

lacunas, ou seja, os elétrons voltam ao seu estado normal de energia. Neste

processo, fótons, com energia equivalente à diferença entre os estados excitado e

normal, são emitidos no que se chama de emissão espontânea. Esse processo pode

ser visto nas figuras 3.6 .

Figura 3.5- Comparação entre POFs

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12

Figura 3.6 Absorção de energia (a) Emissão espontânea(b)

3.3 Modulação em Amplitude

No bloco de transmissão composto pelo LED DieMount, tem-se como

princípio de funcionamento a modulação analógica direta do LED operando na faixa

visível (650nm), operando . O processo de modulação consiste na modificação d

as características da portadora, aquela que carrega a informação, no caso do LED a

informação elétrica com o objetivo de transmiti-la até o receptor, com a menor

distorção possível,possibilitando uma fácil recuperação da informação original,no

processo de demodulação. A polarização do LED é feita aplicando-se ao mesmo

uma corrente DC que permita que o sinal que será transmitido passe pela região

linear da relação entre potência óptica e corrente do mesmo.[4]

As técnicas de modulação para sinais analógicos mais utilizadas são a

modulação em amplitude( modulação AM), a modulação em frequência,( modulação

FM) e a modulação em fase( modulação PM). A técnica de modulação utilizada

neste trabalho foi a modulação em amplitude, na qual a amplitude do sinal senoidal

da portadora varia em função do sinal a ser transmitido

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13

Figura 3.7: Modulação analógica de um LED

3.4 Transmissão de Áudio Analógico

Existem duas tecnologias básicas de áudio, o som estereofônico e o som

monofônico. A principal diferença entre esses dois tipos é a quantidade de canais de

som utilizada. Enquanto o som estéreo utiliza dois canais de áudio, o som

monofônico utiliza apenas um.

O som estéreo pode ser dividido em dois grupos, o estéreo natural e o

estéreo artificial. No estéreo natural, são utilizados dois ou mais microfones para

gravação e dois ou mais alto-falantes para reprodução. Cada microfone recebe o

sinal sonoro com diferenças sutis no nível do sinal e no tempo em que este sinal

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14

chegou ao microfone. Na etapa de reprodução, essas diferenças são captadas pelo

ouvinte, possibilitando-o identificar as posições de cada fonte sonora gravada. No

estéreo “artificial”, utiliza-se um sinal de áudio mono reproduzido em vários alto-

falantes. Porém, varia-se a amplitude de cada sinal enviado aos alto-falantes. Assim,

a combinação de vários sinais, resulta em um ambiente artificial.

No som monofônico, apenas um microfone é usado para gravação. Na

reprodução, apesar de vários alto-falantes poderem ser utilizados, o som será o

mesmo em todos eles. Com isso, não é possível ter a percepção tridimensional do

ambiente gravado, diferente do som estéreo.

Enquanto o som estéreo é usado para cinema, música, etc, o som mono é

usado para telefone, por exemplo. Assim, para determinar qual é o melhor som a ser

usado, deve-se levar em conta qual tipo de aplicação deseja-se implementar.

3.5 Fotodetectores

O bloco de recepção é composto pelos fotodetectores, que são os

componentes responsáveis pela conversão dos sinais ópticos recebidos através da

fibra em sinais elétricos. Para garantir maior alcance do enlace, os fotodetectores

devem conseguir detectar os sinais ópticos com níveis de potência muito baixos,

convertendo o sinal com o mínimo de distorção e ruído possível.

O fotodetector utilizado nos experimentos deste trabalho é o foto-

Darlington,cuja composição é dividida em duas partes: um foto-transistor e um

transistor bipolar. O sinal elétrico de saída é aplicado ao transistor bipolar. Devido a

essa configuração o fotoDarlington é mais sensível que um foto-transistor. No

entanto, apresenta uma banda menor (frequência de corte menor).

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15

Capítulo 4

4.Desenvolvimento

Este trabalho foca, primeiramente, na resolução do problema apresentado no

Capítulo 2,viabilizar a transmissão de sinais de áudio analógico via fibra óptica

plástica. Para isso, é necessário usar um circuito de transmissão que faça a

conversão eletro-óptico e um circuito de recepção que faça o sinal óptico voltar a ser

elétrico novamente. O maior desafio desse problema é obter melhores resultados de

acordo com a escolha dos componentes. Para justificar a escolha desses

componentes opto-eletrônicos, cada um deles deve ser caraccterizado.

Primeiramente, caracteriza-se o LED, em seguida, os Fotodetectores e, por fim, o

enlace completo. Ao final, é apresentada a construção do enlace completo que

possibilita a transmissão de sinal de áudio analógico via Fibra Óptica Plástica.

4.1 Caracterização do LED

4.1.1 LED Diemount

A escolha do LED Diemount é vantajosa primeiramente devido a sua

configuração estrutural cujo chip semicondutor está posicionado no foco de um

micro-refletor parabólico, responsável pela alta eficiência de injeção de potência

óptica na POF[5].

O Datasheet do LED DieMount se encontra no Anexo A. O referido LED é

fabricado com um segmento de POF integrado (configuração pigtail), facilitando a

sua inserção no enlace óptico. Apesar de terem sido concebidos para propósitos de

iluminação, esses LEDs podem ser modulados na faixa de até poucas dezenas

MHz, mais do que suficiente para transmissão de sinais de áudio. Essa

característica torna-os úteis também para diversas outras aplicações em redes de

curtas distâncias [5, 6]. A Figura 4.1(a) mostra uma fotografia dos LEDs Diemount e

a Figura 4.1(b) mostra o esquema da sua estrutura.

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16

Figura 4.1: (a) Fotografia real LED Diemount e (b) estrutura do LED Diemount.

Tabela 4.1: Comprimento de onda e Potência Óptica de Saída dos LEDs Diemount

disponíveis comercialmente.

LEDs

Diemount

lC (nm)

Popt (mW)

@ 20 mA

Azul 460 4,0

Verde 520 2,3

Amarelo 590 1,4

Laranja-

Vermelho

615 2,5

Vermelho 640 2,3

Hiper-

Vermelho

650 4,0

A Tabela 4.1 mostra os comprimentos de onda e a potência de saída dos

LEDs Diemount comercializados. Examinando-se essa tabela, é possível verificar

que o LED hiper-vermelho (junto com o azul) é o que gera maior potência óptica de

(a) (b)

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4 mW @ 20 mA em 650 nm onde a responsividade típica dos fotodetectores de

Sílica(Si) tem os maiores valores dentro do espectro visível. Devido à pronta

disponibilidade no LaCOp, os LEDs hiper-vermelhos foram escolhidos neste trabalho

para atuar como fonte óptica nos enlaces desenvolvidos. Os LEDs hiper-vermelhos

são ótimas escolhas para realizar os experimentos, pois estão centradas em uma

das janelas de transmissão das POFs de PMMA. A atenuação típica nessa janela é

150dB/km@650 nm[6].

4.1.2 Experimento de caracterização do LED

A Caracterização do LED foi feita através do método de varredura de

freqüências, medindo-se a amplitude Aout do sinal de saída em função de f. Para tal,

foi utilizado um gerador de funções arbitrárias( Arbitrary Function Generator – AFG),

para gerar tons senoidais com amplitude AIN fixa e freqüência f; um fotodetector

PDA10A(Thorlabs); um bias-T que opera na faixa de 200 KHz a 12GHz(Mini-

circuits); e um osciloscópio. O bias-T, é um dispositivo elétrico de três portas

geralmente para altas frequências, capaz de superpor um sinal DC com outro de RF,

independentes entre si, gerando na saída um sinal composto DC+RF. No sentido

inverso, um sinal de entrada DC+RF será na saída, separado em dois sinais

independentes: DC e outro RF com grande isolação entre eles. Essa configuração

experimental é mostrada na Figura 4.2 de forma esquemática. O foto-detector está

ilustrado na Figura 4.3 e a Figura 4.4 mostra a fot com o circuito montado. A

conexão entre o LED e o fotodetector é feita por um pequeno segmento (poucos cm)

de POF. O fotodetector PDA10A utilizado (de Si) é integrado com um pré-

amplificador de transimpedância (TIA) conferindo uma banda fixa de 150 MHz e

ganho de TIA em 10 kΩ. A largura de banda esperada para os LEDs é da ordem de

20MHz e o sistema de detecção possui uma largura de banda disponível de

~150MHz. Assim é possível medir a largura de banda dos LEDs e obter as curvas

Aout x f para os LEDs hiper-vermelhos.

O bias-T é usado no circuito de caracterização para permitir variar o nível de

sinal DC(bias) de forma independente do RF. Isso é importante porque a banda do

LED é uma função do nível de bias DC aplicado. Deve-se notar, entretanto, que não

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há interesse em maximizar a banda do LED pois apenas duas dezenas de KHz são

necessárias para uma transmissão de áudio.

Figura 4.2: Montagem experimental geral destinada à caracterização dos

dispositivos

Figura 4.3: Fotodetector PDA10A

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Figura 4.4: Montagem experimental do circuito de caracterização.

Aplicou-se uma voltagem de bias de 2,4 V no LED, superposta com um sinal

senoidal de frequência f na faixa de MHz com amplitude Ain de entrada fixa. Mediu-

se no osciloscópio a amplitude Aout de saída para cada variação de f. Com os dados

obtidos, foi construída a curva Aout x f (Figura 4.5), que mostrou que o LED hiper-

vermelho possui uma banda analógica ou frequência de corte fC de ~ 7 MHz. Esse

valor habilita os tais LEDs para utilização na caracterização de banda dos

fotodetectores tipo fototransistor ou foto-Darlington. A banda esperada para esses

dispositivos é de no máximo poucas dezenas de kHz. Os LEDs hiper-vermelhos

possuem banda analógica mais do que suficiente para compor os enlaces ópticos de

sinais de áudio.

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Figura 4.5: Curva Aout x f do LED hiper-vermelho Diemount com fc ~ 7 MHz.

4.2 Caracterização dos fotodetectores

4.2.1 Fotodetectores : Fototransistor e Fotodarlington

A Figura 4.6, mostra esquematicamente a conexão de polarização elétrica dos

fotodetectores (foto-transistor ou foto-Darlington), que compõem o enlace óptico

apresentado neste trabalho. Um fototransistor, consiste em um transistor sensível à

luz que incide em sua base.

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21

Figura 4.6: Esquema de circuito de polarização dos fotodetectores IFD92 e IFD93

Foto-transistores modelo IFD92 [7] e foto-Darlingtons modelo IFD93 [8], são

vendidos pela Industrial Fiber Optics (USA). De acordo com os respectivos data-

sheets, o IFD92 tem responsividade de 50 mA/mW @ 632 nm e banda analógica >

15 kHz, enquanto que o IFD93 apresenta responsividade de 5300 mA/mW @ 650

nm e banda analógica em torno de 1 kHz. Os dois valores de banda analógica

referem-se aos dois componentes polarizados com 5 VDC com carga de 1 kΩ.

Pode-se notar que a banda especificada (> 15 kHz) para o IFD92, atende ao

necessário para um enlace de áudio, mas os ~ 1 kHz do IFD93 em princípio não

atende. Entretanto, o IFD93 apresenta uma responsividade (sensibilidade) mais do

que 100x maior que o IFD92, o que sugere o emprego do primeiro com a finalidade

de estender um enlace com POF. Para verificar a viabilidade deste último objetivo,

torna-se necessário caracterizar a banda real do IFD93, pois o fabricante garante

apenas os ~1 kHz. Adicionalmente, o conhecimento da frequência de corte real do

IFD93, poderá ser útil para projetar um circuito eletrônico de equalização de sua

resposta na faixa de ~ 1 kHz até a faixa de áudio. Um projeto de circuito de

equalização não foi realizado no âmbito deste trabalho.

4.2.2 Montagem experimental de Caracterização dos

Fotodetectores

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22

A montagem experimental para caracterização está ilustrada na Figura 4.2.

Os LEDs utilizados são moduláveis em até ~ 7 MHz, enquanto que os fotodetectores

operam com banda máxima de 1 ou 2 dezenas de kHz. Logo, a fonte óptica

centenas de vezes mais “rápida” de que quaisquer dos dois tipos de foto-detector. É

necessário, então, usar as fontes ópticas na medida da banda dos fotodetectores.

A Figura 4.8, mostra os gráficos de resposta em frequências do IFD92 e

IFD93 de forma comparativa. Pode-se extrair as frequências de corte em 185 kHz

para o IFD92 e 15 kHz para o IFD93.

Figura 4.7: Resultado da caracterização de resposta em frequências do IFD92 e

IFD93 em escala logarítmica

4.3 Caracterização do enlace

4.3.1 Caracterização do enlace com diferentes tamanhos POF

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A matriz polimérica de fabricação da POF utilizada neste trabalho é o acrílico

ou poli-metil-metacrilato (PMMA). Foi utilizada uma POF da Toray Industries (Japão),

modelo PFU-CD1001-22E com perfil de índice degrau (SI, Step-Index) apresentando

tipicamente 1,49 e 1,41 como índices de refração do núcleo e casca,

respectivamente [6]. Tais POFs, exibem abertura numérica na faixa 0,46-0,51,

produto banda-distância de 5-10 MHz.km e atenuação entre 140-160 dB/km em 650

nm [6].

Para caracterizar o enlace quanto a resposta em frequências, foram feitas

medidas variando-se o comprimento de POF e o tipo de fotodetector implementado

no receptor (ver a configuração experimental esquematizada na Figura 4.2).

Num primeiro momento, utilizou-se o conector SMA (figura 4.8) para acoplar o

LED ao circuito da figura 2. Para isso, soldou-se o LED ao conector e para unir a

ponta da fibra ao LED usou-se um conector plástico cilíndrico. Essa estrutura está

representada na figura 4.9.

Figura 4.8: Conector SMA

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24

Figura 4.9: Adaptação para Circuito de transmissão

Para alimentação do circuito e geração de sinais elétricos de formas de onda

senoidal, utilizou-se uma fonte de tensão e corrente e um gerador de função

representado nas figuras 4.10 e 4.11, respectivamente.

Figura 4.10: Fonte Digital

Figura 4.11 Gerador de Funções

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25

Para analisar o comportamento do sinal utilizou-se como receptor o

osciloscópio(figura 4.12) um importante instrumento de medida de sinais

elétricos/eletrônicos que apresenta gráficos bi-dimensionais de um ou mais sinais

elétricos de acordo com a quantidade de canais de entrada. Nesse caso, somente

um canal foi utilizado.

Figura 4.12 Osciloscópio

Para as conexões do circuito aos equipamentos citados anteriormente,

utilizou-se cabos BNC-BNC (Figura 4.13) , BNC-Jacaré (Figura 4.14) , Banana-

Jacaré (Figura 4.17) e de adaptador T BNC (Figura 4.16).

Figura 4.14 Cabo BNC – Jacaré Figura 4.13: Cabo BNC-BNC

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26

Separados os equipamentos e componentes da transmissão e recepção,

iniciaram-se os testes. A configuração inicial e o uso dos componentes estão

ilustradas nas figuras 4.17, 4.18, 4.19 e 4.20.

Figura 4.15: Cabo Banana -

Jacaré

Figura 4.16: Adaptador T-BNC

Figura 4.17: Utilização do gerador de função

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27

Figura 4.18: Utilização dos cabos Jacaré- Jacaré

Figura 4.19: Utilização do Gerador de Função e Osciloscópio

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28

Figura 4.20: Visão panorâmica dos equipamentos utilizados

A Figura 4.21 mostra a resposta em frequência do enlace com 2 m de POF

(back-to-back) usando o IFD92 e o IFD93 no receptor. Os resultados fC = 175 kHz e

fC = 16 kHz são praticamente os mesmos obtidos para o IFD92 e IFD93,

respectivamente.

A Fig. 4.22 mostra a resposta em frequêcia para o enlace de 50m de POF.

Obteve-se fC = 46 kHz e fC = 13 kHz para o IFD92 e IFD93, respectivamente. Isto

qualifica o IFD93 para transmissão de áudio. Verifica-se, também, a obtenção de um

sinal com potência óptica cerca de 10 dB maior quando se usa um foto-Darlington

em vez de um fototransistor.

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29

Figura 4.21: Resultado da caracterização de resposta em frequência do enlace com

2 metros de POF utilizando o IFD92 (fC = 175 kHz) e o IFD93 (fC = 16 kHz) no

receptor

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Figura 4.22: Resultado da caracterização de resposta em frequência do enlace com

50 metros de POF utilizando o IFD92 (fC = 46 kHz) e o IFD93 (fC = 13 kHz) no

receptor.

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31

4.4 Construção dos circuitos de Transmissão e Recepção

Inicialmente foi feito o estudo e separação dos componentes que compõem

o circuito de transmissão, representado pela Figura 4.23, cuja função é transformar

o sinal elétrico em óptico, e o circuito de recepção mostrado na Figura 4.24 cuja

função é oposta ao do transmissor .

A Figura 4.23 mostra esquematicamente o circuito eletrônico que implementa

o transmissor óptico. Esse transmissor foi montado sobre uma placa de circuito

impresso onde o “plug som” é o conector de entrada do sinal elétrico originado de

um telefone celular. Essa conexão foi feita através de um plug P2-P2 construído em

laboratório. O circuito é alimentado com 3 V de uma bateria ou fonte DC regulada

(em 4,2 VDC).

Figura 4.23: Esquema do circuito eletrônico de transmissão óptica

A Figura 4.24 mostra esquematicamente o circuito eletrônico que implementa o

receptor óptico, que também foi montado sobre uma placa de circuito impresso. A

alimentação de 9V pode ser fornecida por uma bateria ou fonte DC regulada. A

saída do fotodetector (IFD92 ou IFD93) é conectada a um alto-falante.

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32

A Figura 4.25 mostra o esquema do enlace óptico de sinais de áudio, gerados

por um telefone celular, através de ~1 m de comprimento de POF. A Figura 4.26

mostra uma fotografia deste mesmo enlace. Do ponto de vista qualitativo, ou seja,

quanto “percepção auditiva”, obteve-se um ótimo resultado em relação a fidelidade

da música transmitida e a remotamente reproduzida.

Figura 4.24: Esquema do circuito eletrônico de recepção óptica

Figura 4.25 Esquema do enlace óptico de sinais de áudio, gerados por um telefone

celular, através de um certo comprimento de POF

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33

Num primeiro momento, o circuito foi montado na protoboard como

representado na Figura 4.27(a), composto pelo Fototransistor IF-D92( Figura

4.27(b)) e por um resistor 1K ohm( Figura 4.27(c)). Este circuito sofreu algumas

modificações no decorrer do projeto.

O objetivo da primeira montagem é avaliar e caracterizar o comportamento

dos fotodetectores e da Fibra a serem utilizados futuramente.

Figura 4.27: (a) Circuito inicial na protoboard, (b) Fototransistor IFD92 e (c) resistor

1KΩ.

Figura 4.26: Enlace completo

(a) (b) (c)

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Após realizar as caracterizações, foram feitos testes de transmissão do sinais

elétricos gerados pelo gerador de funções. Agora com um suporte( fornecido pelo

LACOP) o LED e o cabo BNC foram melhor acoplados. Isso pode ser visto na

imagem 4.28. Uma visão geral da nova configuração pode ser vista na figura 4.29.

Figura 4.28: Circuito com LED e cabo BNC melhor acoplados.

Figura 4.29: Configuração com suporte para o LED.

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35

4.4.1 Estruturação do conector de áudio

O Conector P2(Figura 4.30(a)) conector pertence à família TRS(Tip-Ring-

Sleeve, que significa ponta-anel-capa) que é um grupo de conectores utilizados para

transmissão de sinais analógicos, principalmente de áudio. A estrutura do conector

ou Plug P2 como é popularmente conhecido está representada na figura 4.30(b).

Figura 4.30: (a) Plug P2 e (b) estrutura do Plug P2.

Para conectar o circuito do experimento ao celular, foi construído um cabo

P2-P2 sendo uma ponta conectada ao plug de saída de som do circuito de

transmissão e outra ponta à entrada fêmea P2 do celular. A construção pode ser

vista nas figuras 4.31(a) e 4.31(b).

Figura 4.31: (a) Cabo P2-P2 sendo construído e (b) Cabos P2-P2 mono e estéreo

finalizados.

(a) (b)

(a) (b)

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36

4.4.2 Construção dos circuitos de recepção e transmissão na

placa de fenolite

Para um melhor desempenho e prevenção de desconexões dos circuitos, estes

foram retirados da Protoboard e montados, com auxílio de soldagem, em uma placa de

fenolite. Essa construção pode ser vista nas Figuras 4.38 e 4.39.

Figura 4.32:(a) Circuito montado na placa de fenolite e (b) soldagem do circuito na

placa de fenolite.

Durante a montagem do circuito de transmissão (Figura 4.32(a)), foi doado os

circuitos de transmissão e recepção (Figuras 4.33 e 4.34) , colocados em caixas

pretas para proteção contra danos.

(a) (b)

Figura 4.33: Circuito de

transmissão na caixa preta.

Figura 4.34: Circuito de

recepção na caixa preta.

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37

A caixa preta TX possui adaptação para o plug P2, no qual posteriormente se

conecta uma fonte de áudio, mas não possui entrada compatível com o LED

DieMount. Assim, é preciso adaptar a caixa preta TX para a colocação do LED

DieMount soldando-a no circuito. Essa adaptação está ilustrada na Figura 4.35 e a

colocação do LED está representada na Figura 4.36.

Após a colocação do LED, acopla-se a POF ao LED, que por sua vez é

conectada ao fototransistor localizado na caixa preta RX( Figura 4.41), que possui a

adaptação para o Plug P2 onde a caixa de som é conectada.

Figura 4.35: Construção de

uma adaptação para o LED.

Figura 4.36: Adaptação da

caixa concluída.

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38

Capítulo 5

5.Conclusão

Componentes optoeletrônicos relativamente simples foram caracterizados

também com uma técnica simples, e verificou-se a sua viabilidade para implementar

enlaces ópticos de áudio com POFs.

A banda analógica de 7 MHz do LED hiper-vermelho Diemount, assim como

15 kHz e 185 kHz para o IFD93 e IFD92, respectivamente, qualificam quaisquer

combinações para compor um enlace óptico de áudio.

Testes com 50 m de POF mostraram que o uso do IFD92 no receptor não

fornecia bons resultados, ou seja, obtinha-se um sinal de chegada muito baixo.

Entretanto, com a utilização do IFD93, o nível de sinal de chegada era

significativamente maior, sem comprometer a banda requerida para uma

transmissão de áudio. Pode-se então concluir que utilizando o IFD93 ao invés do

tradicional foto-transistor (no caso o IFD92), torna-se possível estender um enlace

de POF de PMMA sem degradar a banda de áudio necessária.

Finalmente, foi montado um enlace de áudio a partir de um telefone celular

como a fonte de informação (música) e um auto-falante como dispositivo de

reprodução musical remota. Os resultados qualitativos, quanto a fidelidade da

música gerada e a reproduzida, foram considerados satisfatórios.

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39

Referências Bibliográficas

[1] Ziemann , Olaf et. al. Optical Short Range Transmission Systems , Second

Edition

[2] Agrawal, Govind P. Fiber-Optic Communication Systems , Second Edition

[3] DeCusatis, Casimer. Handbook of Fiber Optic Data Communication, Third Edition

(Casimer DeCusatis)

[4] Pereira Hott, F., & Pontes, R. (2008). Transmissão Analógica de Áudio em

Banda-Base utilizando Fibras Ópticas Plásticas para Aplicações Domésticas.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Engenharia Eletrônica e

Telecomunicações, Rio de Janeiro.

[5] M. Lingenauer, J. Saathoff and H. Kragl, “LEDs in the spotlight: A highly efficient

LED module integrates plastic optics,” Laser+Photonik, pp. 14 -17, September 2004.

[6] Ziemann , Olaf et. al. POF Handbook, Optical Short Range Transmission

Systems, 2nd edition

[7] Datasheet IFD92

[8] Datasheet IFD93

[9] Mata, A. (16 de 05 de 2011). O que é Fibra Óptica e como funciona? Acesso em

2018, disponível em Oficina da Net: https://www.oficinadanet.com.br/artigo/redes/o-

que-e-fibra-otica-e-como-funciona

[10] Scocco, M. A. (Setembro de 2016). Cabos Ópticos Geleados, Secos ou Totalmente

Secos? Acesso em 2018, disponível em Photton: http://www.photton.com.br/cabos-opticos-

geleados-secos-ou-totalmente-secos/

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Anexo A – Datasheet LED Diemount

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ANEXO B - Datasheet IFD92

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ANEXO C - Datasheet IFD93

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