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APRESENTAÇÃO ------------------------------------------------------------

Dentre os grandes personagens da Bíblia, Davi é o que se revela o mais humano de todos. Sua existência é vivida em meio à rude aspereza da realidade material, e, no entanto, é dos mais notáveis o seu relacionamento espiritual com Deus. Por meio das paixões, das provações e da extraordinária poesia dessa cativante figura, podemos ganhar uma nova e poderosa visão do papel de Deus em nossas vidas. Nesta inspiradora obra, o professor e pastor Eugene H. Peterson usa magistralmente as melhores histórias da vida épica de Davi para nos brindar com vívidas e sábias lições para o dia-a-dia da nossa fé e da nossa espiritualidade. Explorando a fundo as experiências de amizade, tristeza, amor, pecado e sofrimento da vida de Davi, bem como as de santidade, beleza e solidão. O professor Peterson nos leva a uma redescoberta das verdades eternas que se encontram por trás das ricas e emocionantes narrativas da existência de Davi.

ESTUDOS (capítulos)

1. HISTÓRIAS - Davi e Jesus (1Sm 16–1Rs 2)

2. NOMES - Davi e Samuel (1Sm 16.1–13)

3. OBRA - Davi e Saul (1 Sm 16.14–23)

4. IMAGINAÇÃO - Davi e Golias (1 Sm 17)

5. AMIZADE - Davi e Jônatas (1 Sm 18–20)

6. SANTUÁRIO - Davi e Doegue (1 Sm 21–22)

7. DESERTO - Davi em En-Gedi (1 Sm 23–24)

8. BELEZA - Davi e Abigail (1 Sm 25)

9. COMPANHEIRISMO - Davi em Ziclague (1 Sm 27)

10. GENEROSIDADE - Davi no Ribeiro de Besor (1Sm 30)

11. TRISTEZA - Davi em Lamentação (2 Sm 1)

12. INSENSATEZ - Davi e os Filhos de Zeruia (2 Sm 2–4)

13. CRESCIMENTO - Davi e Jerusalém (2 Sm 5)

14. RELIGIÃO - Davi e Uzá (2 Sm 6)

15. GRAÇA SOBERANA - Davi e Natã (2 Sm 7)

16. AMOR - Davi e Mefibosete (2 Sm 9)

17. PECADO - Davi e Bate-Seba (2 Sm 11–12)

18. SOFRIMENTO - Davi e Absalão (2 Sm 16–18)

19. TEOLOGIA - Davi e Deus (2 Sm 22)

20. MORTE - Davi e Abisague (1 Rs 1–2)

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Os roteiros foram preparados em junho/2015 para o estudo do livro nos grupos pequenos da juventude da Igreja Batista Itacuruçá – www.itacuruca.org.br

Colaboraram na elaboração dos roteiros: Anielle de Souza, Bruna Aguiar, Carlos Daniel, Cathie, Helena Pereira, Polliany Dorini e Samir Fernandes.

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DICAS PARA OS ENCONTROS DO SEU GRUPO

1) CELEBRAÇÃO Combine com o grupo uma reunião diferente nesta semana. Pensem em um momento para sair da rotina e celebrar: a vida, as verdades que aprendem no grupo e as transformações vivenciadas.

2) ADEDONHA Convide as pessoas do seu grupo para brincar de Adedonha (ou adedanha ou stop). Se você nunca brincou, então aprenda: 1 – distribua uma folha (ou meia folha) de papel e um caneta (ou lápis) para cada pessoa; 2 – cada um deve fazer em sua folha colunas com os seguintes cabeçalhos: hábitos saudáveis, palavras de incentivo, personagens bíblicos 3 – “1, 2, 3 e já” – neste momento todos devem apresentar para o grupo uma quantidade de dedos das mãos que desejar (para ser mais ágil combine o uso de uma mão por pessoa); 4 – contem a quantidade de dedos seguindo a sequência do alfabeto. Exemplo: 9 dedos = A-B-C-D-E-F-G-H-I. 5 – todos devem escrever no papel, em 1 minuto, uma palavra começando com a letra escolhida (“I” conforme exemplo acima): 6 – terminado 1 minuto, façam mais uma vez o “sorteio” da letra usando os dedos de uma mão. (sugestão: brincar por 10 rodadas) 7 – quando terminar o tempo não pode mais escrever. Ao final das rodadas, descobrir quem escreveu a maior quantidade de palavras juntando todas as letras sorteadas e oferecer um prêmio. 8 – peça para as pessoas comentarem as palavras que escreveram.

3) COMO ESTOU FALANDO? - Prepare pedaços de papel e escreva em cada um as seguintes referências:

Provérbios 18:19

Provérbios 21:23

Provérbios 12:18

Tiago 1:19

Tiago 1:26

Provérbios 12:16

Provérbios 10:19

Provérbios 17:28

Provérbios 17:1 – Dobre cada um dos papéis e distribua entre as pessoas do grupo. - Cada pessoa deve procurar na Bíblia, ler e compartilhar se já vivenciou alguma situação apontada pelo versículo

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Eugene Peterson

Encontro 01

DAVI E JESUS - HISTÓRIAS

1Samuel 16 e 1Reis 2

Encontro: Você se lembra de alguma história ou conto de fada que ouviu quando criança?

Exaltação: sugestão de cântico: Eu te agradeço (Kleber Lucas)

Edificação:

1) Peça para que cada um do grupo compartilhe uma história da Bíblia da qual se lembra.

2) Peça para que cada um identifique o que pode aprender com a história contada.

3) A história da vida de Davi é uma história cheia de humanidade. Mostra um servo de Deus que

não busca ser super espiritual, que não procura deter-se na moralidade quando compartilha

sobre Deus, mas que apenas vive, como humano que é, na comunhão com Deus diária,

reconhecendo seus erros, suplicando por misericórdia e sentindo-se acolhido por Deus. Você

procura em sua relação com Deus ser humano e sincero ou está em busca de uma super

espiritualidade? Ou anda se escondendo atrás de um moralismo desenfreado? (para pensar)

4) Sabemos que Jesus era 100% homem e 100% Deus, entretanto ao lermos os Evangelhos

temos a tendência em olhar mais para um lado que para outro. Você acredita que olha mais

para o lado humano de Jesus ou mais para o lado divino? Para a conversa e exemplos comuns

do Mestre ou para os milagres e sobrenaturais operados por Ele?

5) Quando olhamos para as vidas de Davi e Jesus vemos que muitos milagres se escondem nas

coisas comuns, onde o sobrenatural se funde com o natural. Não houve milagres (como

imaginamos) na vida de Davi, mas sem dúvida foi uma vida conduzida por Deus. Você

consegue perceber os milagres escondidos nas coisas comuns de sua vida? Gostaria de

compartilhar algum?

6) Eugene Peterson fala que devemos buscar uma “espiritualidade terrena” que foi a de Davi:

- Terrena: lidando com o cotidiano, orando enquanto lava a roupa, cantando em meio ao

engarrafamento do trânsito.

- Espiritual: movida e animada pelo Espírito de Deus e, portanto, viva para Deus.

Será que estamos conseguindo viver isso?

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Durante a semana procuremos identificar se estamos vivendo uma espiritualidade terrena como proposto por Eugene Peterson;

- Identifiquemos os “milagres escondidos” em nossas vidas

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Eugene Peterson

Encontro 02

DAVI E SAMUEL - NOMES

1Samuel 16.1-13

Encontro: você se lembra de alguém que foi importante na sua caminhada espiritual?

Exaltação: sugestão de cântico: Carvalhos de Justiça (Carlinhos Felix)

Edificação:

1) O texto fala da unção de Davi para ser rei em Israel. Davi nunca foi ungido sacerdote,

entretanto, sua relação com Deus era de intimidade. Isso mostra que Deus não é um Deus do

clero, na alta hierarquia, mas de todos. Davi era uma pessoa comum, tão comum que seu pai

não o chamou para ver o profeta. Você considera que os oficiais da igreja (pastores, diáconos,

presbíteros) tem mais acesso a Deus? Deus os prefere? (o facilitador poderá enfatizar que,

após Jesus, todo crente é um sacerdote de Deus)

2) As pessoas são seus nomes e não suas funções. Você consegue perceber as pessoas além de

suas funções? (o pastor, o médico, o professor, etc). Você prefere ser chamado por sua função

na sociedade ou por seu nome? Como você acha que as outras pessoas preferem ser

chamadas, por suas funções ou por seus nomes?

3) Samuel deixou-se guiar pelo exterior das pessoas, mas Deus, como sempre, olhou para o

interior das pessoas. O que você acha que Deus vê quando olha para o seu interior? (o

facilitador poderá enfatizar que Deus vê alguém que Ele ama muito e uma pessoa que Ele quer

tonar melhor).

4) No texto lido (1Samuel 16.1-13) surge o rei Davi. É o começo, é o marco zero de um próximo

passo na vida e esse passo começa com Deus. Olhando para sua vida você percebe que Deus

esteve presente nos seus começos pessoais? Você o convidou para estar? (o facilitador poderá

deixar esta pergunta para reflexão)

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Durante a semana exercite seu sacerdócio. Fale do amor de Deus, fale com Deus. - Lembre-se, diariamente, que você é um amado de Deus e pode ser muito usado por Ele. - Procure lembrar-se de convidar Deus para os “começos” de sua vida.

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Encontro 03

DAVI E SAUL - Obras

1Samuel 16.14-23

Encontro: Se você fosse rei, qual seria o seu primeiro decreto?

Exaltação: Prepare uma ou duas músicas que se relacionem com o estudo.

Edificação:

Saul teve um belo currículo inicial: Era admirado (1Samuel 10.24)

Era seguido (1Samuel 11.7)

Era generoso (1Samuel 10.27)

Era vitorioso (1Samuel 14.17)

Saul começou a tomar algumas medidas para vencer seus combates que foram questionadas por Samuel.

Embora pudessem ser vistas como toleráveis como estratégias de guerra, já eram indícios de como o

comportamento de Saul estava evoluindo negativamente. O Rei foi se comprometendo em seu trabalho e

negligenciando a Deus.

1) Você tem honrado a Deus em seu trabalho? Você tem trabalhado para a honra do reino de Deus?

2) Você vê o trabalho e uma vida de adoração como coisas distintas?

3) Ás vezes quando entramos na igreja, abandonamos grande parte do nosso vocabulário usual,

mudamos o jeito de abordarmos os assuntos, não falamos coisas que escrevemos na internet ou

comentamos algo que vimos, ficamos constrangidos de falar sobre certos comportamentos e

práticas perto do pastor, de algum líder ou de alguém que consideramos espiritualmente superior à

nós. O que você acha que isso diz sobre nossa vida espiritual?

4) No Salmo 8.5,6, vemos que Deus nos deu posições privilegiadas de ação. Nós temos trabalho a

fazer. Deus nos deu funções. Você tem feito somente o que gosta ou o que Deus quer?

5) Davi serviu a um mau Rei e nem por isso deixou de servir a Deus e de cumprir o propósito que Ele

tinha para sua vida. A questão é: estamos fazendo nossa parte ou usando pessoas como desculpa

ao invés de usar Deus como motivação?

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- É possível sermos reverentes a Deus em tempo integral? - Temos trabalho a fazer. Precisamos identificar nossas desculpas e não deixar que elas nos

dominem.

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Eugene Peterson

Encontro 04

DAVI E GOLIAS - Imaginação

1Samuel 17

Encontro: Qual é a primeira coisa que você vê ao se olhar no espelho?

Exaltação: Prepare uma ou duas músicas que se relacionem com o estudo.

Edificação:

.Podemos tentar imaginar Davi: um rapaz jovem, músico, pastor de ovelhas, não foi julgado forte o

suficiente nem para vestir uma armadura.

.Podemos tentar imaginar Golias: um homem alto, forte, guerreiro, um grande reforço para qualquer

guerra.

Sabemos que lutadores de UFC, boxe e afins, lutam em categorias, porque luta justa é aquela que oferece

condições semelhantes, especialmente físicas, para que os oponentes se enfrentem. Ao ler essa história,

estamos falando de um peso mosca x peso pesado. Mesmo que os adversários sejam brilhantes em suas

respectivas categorias, nós sabemos o que um embate desses significaria.

1) Davi decidiu enfrentar Golias. Saul duvidou de sua capacidade, fez com que ele se vestisse para

uma batalha. Davi tirou toda a armadura que limitava seus movimentos, pegou seu cajado e foi até

o riacho escolher pedras. Cajado era instrumento de pastor para puxar suas ovelhas, de nada

valeria em uma guerra. Davi estava carregando consigo o que conhecia. E você? Carrega seus

instrumentos ou está tentando se vestir com objetos de outra pessoa?

2) Golias desafiou Davi com suas próprias forças. Davi o respondeu falando da força de Deus. Diante

de um desafio, de qual força você faz uso?

3) Davi, usando uma de suas pedras, atingiu o Golias de modo certeiro na testa, fazendo com que ele

fosse ao chão. Você tem alvos definidos ou está desperdiçando pedras?

4) O exército de Golias se apoiava na força do gigante. Ao vê-lo morto, recuaram e fugiram. Existe

alguma área de sua vida onde você recua e foge por estar se apoiando na força errada?

5) A história de Davi e Golias geralmente nos é apresentada na infância. Crescemos gostando de

histórias onde o pequeno vence o grande, apesar de todas as probabilidades. Em Deus, podemos

ser a exceção. Para quais situações da sua vida você precisa ter uma perspectiva diferente do que

Deus pode fazer? Você consegue vislumbrar o quanto Deus é poderoso? Sua imaginação é fértil

para pensar no que Deus é capaz?

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo: - Devemos confiar na força de Deus. -Temos gigantes para matar todos os dias. - Nem todos os dias são bons, mas todos os dias tem algo bom.

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Encontro 05

DAVI E JONATAS - AMIZADE

1Samuel 18-20

Encontro: Quem era o seu melhor amigo durante a infância?

Exaltação: sugestões de cânticos: Amigo de Deus e Conheci um grande amigo

Edificação:

Ler 1Samuel 18.1-4

1. A amizade de Davi complicou um pouco a vida de Jônatas. Ele poderia ter apoiado seu pai e

recebido os benefícios de apoiar o rei. Mas mesmo assim, decidiu apoiar seu amigo Davi. Quais as

características que podemos perceber nessa amizade de Davi e Jônatas que deveríamos cultivar

em nossos relacionamentos?

2. "É maravilhoso ser um Jônatas. Sem ele Davi estaria correndo o risco de abandonar sua vocação e

retornar á sua simples vida de cuidar de ovelhas..." Você já teve situações em que o apoio e auxílio

de seu amigo foram fundamentais para que você pudesse seguir em frente?

3. "A Amizade é desnecessária - como a filosofia, como a arte, como o próprio universo (pois Deus

não precisava criar). Ela não tem valor de sobrevivência; ela é, antes, uma das coisas que dão

valor à sobrevivência" - CS Lewis. Peça ao grupo para comentar essa frase.

Para refletir:

- Que tipo de amigos temos sido? Temos influenciado positivamente aqueles que estão ao nosso redor?

- Se nossos amigos dependessem de nosso apoio para seguir em frente, eles seguiriam?

- Você acredita que tem sido o amigo que Deus gostaria que fosse para os filhos dEle?

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Se você tem um amigo que há muito tempo não fala com ele, durante esta semana, ore por ele e, se possível, entre em contato.

- “Ao invés de procurar o amigo ideal, seja o amigo ideal” – Na igreja muitas pessoas reclamam que não tem amigos, mas será que essas mesmas pessoas já deram o primeiro passo para serem amigos de outros que também não tem amigos?

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Encontro 06

DAVI E DOEGUE - SANTUÁRIO

1Samuel 21-22

Encontro: Quando criança você frequentava alguma igreja? Se sim, você gostava?

Exaltação: sugestões de cânticos: Igreja e Bem-aventurado

Edificação:

Ler 1Samuel 21.1-9

1. Percebemos nessa história que Davi vai ao Santuário para se fortalecer. Lá ele recebe o pão

para matar sua fome, e a espada para se manter lutando. Podemos traçar uma comparação

entre a ida de Davi ao santuário e nossa ida á Igreja? Será que temos essa visão e

convicção?

O santuário é fundamental para a vida cristã. Precisamos de um santuário para onde correr, a fim

de nos sustentarmos com o indispensável a vida, Deus e a Sua provisão, para que possamos viver

num mundo perigoso e hostil á nossa fé. Os lugares santos são necessários para um santo viver.

2. Santuário para nós são apenas os templos? Você tem algum lugar em que costuma ir

quando deseja um tempo de solitude?

Um santuário representa todos os lugares sagrados, onde nos conscientizamos que existe mais

vida do que nossos olhos podem contemplar e de que essa vida é Deus. Pode ser um jardim, um

parque, uma montanha, um deserto, um escritório...

3. Além de Davi e Ameleque, está também no santuário Doegue, o "chefe da polícia" de Saul.

Podemos perceber que para ele, santuário é um lugar para passar um verniz em sua justiça

social, dando ao seu cotidiano um polimento santo. Podemos ver esse tipo de

comportamento em nós?

Toda vez que entramos num lugar santo e nos tornamos conscientes da presença de um Deus

Santo, podemos sair dali melhores ou piores. Se estamos lá para nos separarmos das pessoas e

coisas que julgamos vulgares, sairemos piores. Sairemos como Doegue, prontos para impormos

nossa idéia de justiça sobre os outros, para forçar nossa compreensão pessoal do que seja Deus

sobre os outros, cheios de indignação, levando avante uma cruzada de guerra santa. Mas, se

entrarmos ali famintos ou necessitados, permitindo-nos ser vulneráveis perante Deus, mesmo de

forma rude ou beligerante, mas pedindo o que necessitamos, sairemos melhores. Sairemos como

Davi saiu, felizes simplesmente por estarmos vivos, admirados por saber que Deus está conosco, e

que o mais sagrado sacramento é a comida para as nossas maiores necessidades diárias.

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Hoje você sairá daqui como Davi ou como Doegue?

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Encontro 07

DAVI EM EN-GEDI - DESERTO

1Samuel 23-24

Encontro: Você já se sentiu fora do controle?

Exaltação: Escolho cânticos relacionados com o estudo de hoje.

Edificação:

O autor faz uma comparação muito interessante entre deserto e a sensação que temos, de vez em

quando, de estarmos fora do controle. É o que ele chama de Deserto Circunstancial. Momento que é

proveitoso para olharmos para nós mesmos e a nossa relação com cada elemento na nossa vida. Na

bíblia há três importantes histórias de deserto que caracterizam muito bem essa comparação:

1. A História de Moisés: “o povo aprende a distinguir entre o Deus verdadeiro e os ídolos, aprende a

adorar a Deus; a experiência do deserto dá aos hebreus o preparo necessário para viver diante de

Deus.”.

2. A História de Jesus: “Na história de Jesus, o nosso Senhor aprende a discernir entre a religiosidade

que se utiliza de Deus e a espiritualidade que integra o que Deus está realizando, sendo

preparado, assim, para ser nosso Salvador, não simplesmente nosso auxiliar, conselheiro ou

orientador.”

3. A História de Davi: Davi está fugindo de Saul. “temos o caso de um jovem que está sendo

perseguido, procurado e caçado como animal, tendo sua própria humanidade profanada e sendo

forçado a decidir entre uma vida de blasfêmias e uma vida de oração – e escolhendo a de oração.

Ao escolher a vida de oração, Davi inicia a prática da santidade. Uma santidade de características

bem terrenas, mas, mesmo assim, santidade.”

1 Samuel 24 - O deserto aproximou Davi a uma vida de santidade. De maior proximidade com Deus.

Apesar de estar fugindo do Rei Saul, o tempo que passou no Deserto fez com Davi visse o Rei não como

inimigo, mas com alguém que tinha a glória de Deus.

SUGESTÃO: Ler passagens na bíblia que falam desses três momentos e pedir que as pessoas comentem

a relevância do deserto na vida de cada um desses três personagens.

Pra você, o que é ter uma vida de santidade? (Falar sobre a importância de estar próximo a um Deus

vivo. Uma vida de santidade não quer dizer ser bom demais pra esse mundo, como é o entendimento

comum, mas querer estar cada vez mais perto de um Deus de amor).

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Refletir, durante a semana, se você já passou, ou está passando, por algum “deserto” na vida. - Caso já tenha passado por um deserto, quais foram as lições que você tirou dessa

experiência?

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Encontro 08

DAVI E ABGAIL - BELEZA

1Samuel 25

Encontro: Você se considera uma pessoa de bom senso?

Exaltação: Escolho cânticos relacionados com o estudo de hoje.

Edificação:

Ler 1Samuel 25 e perguntar o que fora o “bom senso” de Abigail naquela situação narrada.

“O que Abigail estava na verdade dizendo era: ‘Sua missão, Davi, não é a de exercer vingança; a vingança

pertence a Deus, e você não é Deus. Você está aqui no deserto para compreender o que Deus está

fazendo e quem é você diante de Deus. O deserto não é um lugar no qual você deva testar a si mesmo

para saber quão forte e resistente é. Mas onde você deverá descobrir a força e os caminhos fiéis de Deus

operando em sua vida e mediante a sua vida. Nabal é um tolo; não se torne um tolo igual a ele. Chega de

tolice nesta história.’”.

Aproveitamos essa história para analisarmos a beleza do bom testemunho, tal como pode ser visto por

Abigail.

Há uma longa tradição na vida cristã, mais desenvolvida entre os ortodoxos, no Leste europeu, que honra

a beleza como testemunho de Deus e um chamado à oração. A beleza nunca é simplesmente aquilo que

os nossos sentidos nos levam a perceber, mas um indício também de alguma coisa que se acha além dos

nossos olhos – algo íntimo e profundo. Há algo mais na beleza do que aquilo que podemos considerar de

forma prática. Nesse algo mais e além é que discernimos Deus. Os artistas que despertam nossas

percepções adormecidas e que nos ajudam a ver a beleza das coisas são pregadores do evangelho. “Na

presença do que é belo, intuitivamente reagimos com prazer, desejando ser envolvidos, ficar mais

próximos, participar dançando, sapateando, cantando, tocando, beijando, meditando, contemplando,

imitando, crendo, orando”.

De acordo com esse pensamento antigo, temos demonstrado essa beleza às pessoas ao nosso redor?

Sejamos mais Abigail!

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- O que é a beleza para você? Ela se limita à parte externa de alguém ou algo?

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Eugene Peterson

Encontro 09

DAVI E ZICLAGUE - COMPANHEIRISMO

1Samuel 27

Encontro: Você já se afastou de alguém por achar a pessoa desagradável?

Exaltação: Para este estudo escolha canções que se relacionem com o tema abordado.

Edificação:

1. Davi viveu muitos anos no deserto fugindo de Saul e enfrentando diversas lutas (1Samuel 22 -30).

Todos somos levados a desertos, de diferentes tipos, em algum momento da vida, e o nosso

primeiro instinto é o de querer escapar deles. Leia Salmos 55.1-8. Como podemos sobreviver em

um deserto?

2. Leia 1Samuel 22.1-2 e 1Crônicas 12. Com que tipo de pessoas Davi esteve no deserto? Agora leia

também Marcos 2.15-17. Com que pessoas Jesus decidiu conviver? Enumere prós e contras que

você consegue pensar sobre essas convivências.

3. Você tem andado com pessoas de difícil convivência? Como você se sente em relação a isso?

4. “Em nenhuma outra área, existem decepções e desafeições tão frequentes, quanto na área da

experiência em comunidade.” Leia 1Coríntios 1.26-31 e comente a afirmativa acima.

5. Davi passou por dificílimos momentos de convivência, tendo até mesmo recorrido a ajuda de um

antigo inimigo para escapar de Saul (1Samuel 27, 28, 29). Suas atitudes, por vezes, pareciam não

ser as mais apropriadas para resolver seus problemas, mas isso não impediu que Deus o

abençoasse. Muitas pessoas com quem convivia não pareciam ser as mais apropriadas para o

cumprimento de sua tarefa também espiritual, mas ainda assim o Senhor o abençoava. O deserto

não parecia ser o lugar adequado à vitória, mas mesmo assim, tanto ele, quanto Jesus e muitos

outros tiveram de passar por lá, para serem abençoados por Deus. Temos dificuldade em crer na

ação de Deus, quando as coisas não são como esperamos? Como reagimos?

Leia o texto a seguir, após refletirem sobre o assunto.

Ziclague

Ao servir a Aquis como o fez, Davi pediu a ele para ter sua própria cidade onde viver e agir. Aquis lhe deu

Ziclague, que se tornou a base de Davi, sua “igreja”, se preferir, para sua família e seus soldados.

O moralismo é a morte da espiritualidade. É uma forma de encarar as coisas que coloca toda a ênfase no

desempenho pessoal. Funciona a partir da convicção de que existe uma justiça nítida, que somos capazes

de discernir, achar melhor e executar, em cada uma das diversas circunstâncias. Isso coloca toda a carga

de nossa espiritualidade sobre aquilo que fazemos. Deus é marginalizado. O moralismo esmaga o nosso

espírito. Nele não há misericórdia.

O secularismo é também a morte da espiritualidade. É a maneira de ver na qual o mundo é que estabelece

o contexto básico de nossa vida diária, e que quanto melhor compreendermos o mundo e a ele nos

acomodarmos, melhor será para nós. Podemos, assim, tirar quaisquer vantagens – dinheiro, posição,

reputação – que possam resultar de “servirmos ao Senhor”. Funciona a partir da convicção de que

espiritualidade é essencialmente “coisa do outro mundo” e irrelevante no que diz respeito ao viver diário. É

uma coisa extra, adicionada à base secular de sabedoria econômica, conhecimento profissional e

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Eugene Peterson

perspicácia social. Deus não tem importância. O secularismo despreza o nosso espírito. Nele não há

salvação.

Ziclague, para mim, é o local bíblico prioritário para a compreensão de que, quando levamos a sério a vida

cristã, podemos, quem sabe, acabar num lugar e entre pessoas que realmente nada têm a ver com o que

esperávamos. Esse lugar e essas pessoas, não raro, se chamam “igreja”. É difícil superar a decepção de

que Deus, com exceção do que fez no meu caso, não haja chamado gente maravilhosa ao

arrependimento.

A vida cristã nunca é somente a minha história; é uma comunidade de histórias. Aprendo minha história

em companhia de outros. Cada história influi na história do outro e por ela é influenciada. Muitos desses

outros são pessoas desafortunadas, devedoras, descontentes. Isso complica muito as coisas, mas não há

como escapar. Somos companheiros de jornada. Buscamos um significado central para nossas vidas.

Pegamos um fio da meada e começamos a segui-lo, recebendo as boas novas de que Deus é bondoso,

recebendo os sacramentos da ação de Deus em nossa vida real. Então, batemos em outra história e

perdemos o equilíbrio; distraídos, damos um passo em falso. Salvos, julgávamos nós, na companhia do

povo de Deus, levamos um tropeção de um moralista e somos jogados para a frente desajeitadamente;

somos seduzidos por um secularista e trapaceados. Estamos em Ziclague.

Desiludidos, continuamos por nossa conta, cultivando uma espiritualidade pura, não contaminada pelos

hipócritas e vendedores ambulantes religiosos. Mas, conquanto sinceros, estudando nossa Bíblia com

toda a honestidade, chegamos depois à conclusão de que não podemos agir de modo solitário. Não

podemos sobreviver sozinhos no deserto. Necessitamos dos outros, necessitamos de uma liderança.

Passamos, então, a correr atrás disso: os propósitos de Deus são executados mais intensamente quando

estamos pelo menos conscientes deles. Espiritualmente, a maior parte do tempo, isso não parece ser

espiritualidade, pelo menos no sentido que os moralistas e secularistas nos fazem acreditar que seja. Às

vezes, tudo o que conseguimos visualizar é Davi servindo a Aquis, de Gate, e comandando uma tropa de

miseráveis em Ziclague.

Toda vez que eu mudo de residência, procuro uma igreja próxima e ingresso nela – comprometendo-me a

adorar e servir junto com aquela comunidade do povo de Deus. Não tenho tido senão decepções: cada

qual vai deixando de ser bíblica, totalmente – murmuradores, queixosos, os que não têm fé, os

inconstantes, os infestados de dúvidas e crivados de pecados, moralistas enfadonhos, secularistas

atraentes. Uma vez ou outra, porém, um raio de fulgurante beleza parece irromper de alguma parte e

iluminar essas comunidades, e eu vejo então o que os meus olhos embaçados pelo pecado já haviam

esquecido: vidas moldadas pela Palavra de Deus, criadas pelo Espírito Santo, de abnegada humildade,

incrível coragem, virtude heróica, sacrossanta glorificação de Deus, sofrimento com júbilo, oração

permanente, obediência perseverante. Eu vejo “Cristo – pois Cristo age em dez mil lugares/ Amavelmente,

por meio dos corpos, por meio dos olhares/ Para o Pai, nos rostos humanos, em suas expressões e ares.”

E, de todos os lugares possíveis, em Ziclague.”

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Sugira que o grupo leia, antes do estudo, 1Samuel 22-30

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TRANSPONDO MURALHAS

Eugene Peterson

Encontro 10

DAVI NO RIBEIRO DE BESOR - GENEROSIDADE

1Samuel 30

Encontro: Como você acha que seria a vida se as pessoas não tivessem nomes?

(Dinâmica: Peça que as pessoas finjam que não se conhecem e tentem se apresentar umas as outras.

Porém sem poder dizer seus nomes, nem inventar nenhum tipo de nome).

Exaltação: Para este estudo escolha canções que se relacionem com o tema abordado.

Edificação:

Neste estudo, leremos trechos de uma história de Davi, intercalando-os com comentários do livro e com as

perguntas do roteiro. Distribua os comentários (anexo) aos participantes do grupo e peça que leiam

quando for indicado no roteiro.

Certa vez Davi e seus companheiros voltavam a sua cidade e tiveram uma terrível surpresa. Leia 1Samuel

30.1-6.

Compare as reações dos companheiros de Davi, com a reação dele. Por que tomaram essas

atitudes? As catástrofes podem causar em nós o melhor ou o pior.

Comentário 1. Comentário 2.

Qual tem sido a nossa reação “quando nosso mundo exterior entra em colapso”?

Resposta livre. “Há muita ira no mundo, e se converte em planos desesperados de ataque e destruição.

Grande parte das ações sociais e reformas políticas é movida a cólera. Os resultados são quase sempre

piores do que as condições que provocaram a reforma ou ação. Se queremos fazer alguma coisa quanto

ao que está errado no mundo – e a gama de erros abrange desde conflitos conjugais até as guerras entre

os países, desde crianças rebeldes até a destruição de florestas –, temos que contar com uma base

melhor, a partir da qual possamos agir, do que simplesmente a nossa ira. A estratégia de Davi teve como

base a oração e o bom conselho.”

Leitura: 1Samuel 30.7-10

Você já fez como esses duzentos soldados e desistiu no meio de uma empreitada, abandonando o

grupo e ficando pra trás? Qual foi a sensação?

Leitura (continuando): 1 Samuel 30.10-20

No meio do caminho, Davi e seus homens encontraram um egípcio, servo dos que o haviam

atacado. Mas antes mesmo de saber quem era, cuidou dele. Leia o Salmo 36, escrito por Davi, e

peça ao grupo que pense sobre como Deus nos inspira a cuidar.

“Quando vivemos uma vida correta a nossa experiência com Deus é compartilhada com as pessoas que

conhecemos e que vimos a conhecer. Elas experimentam um pouco do que experimentamos com Deus.”

Leitura: 1 Samuel 30 21-31

Você já rejeitou alguém por ter abandonado o grupo ou desistido no meio do caminho? O que você

faria se estivesse no lugar de Davi? Resposta Livre.

Comentário 3. Comentário 4

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Eugene Peterson

Reflita se você conhece alguém que está como os 200 soldados de Davi. Alguém que esteja no

ribeiro de Besor, desencorajado e esperando pelo seu retorno. Como você pretende tratar essa

pessoa em um possível reencontro?

Jesus nos diz "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai

sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso

para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve.”. Davi escolheu colocar em prática a

bondade e generosidade que experimentou com Deus (Salmos 36). Ore com o grupo e peça a Deus para

nos ajudar a vivenciar a generosidade que Ele tem nos ensinado na prática.

Comentário 5

ANEXO

Comentário 1: Quando Davi e seus homens regressam, só encontram um lugar arrasado, em pó e

fumaça. Os 600 guerreiros se transformam num vulcão, que lança no ar um desesperado lamento, logo

transformado em cólera (e isso ocorre quase sempre à lamentação) – uma raiva que se volta contra Davi.

Era ele, afinal, o seu comandante, e jamais deveria ter deixado a aldeia sem defesa. A raiva se cristaliza

num conluio para matá-lo. A terrível mágoa nublou suas mentes; a raiva endureceu seus corações. “Davi

tem que ser apedrejado”, a ira pronunciou de imediato a sentença, entre dentes. “Vamos apedrejá-lo até

morrer!” (versão livre do autor).

Comentário 2: Para Davi, no entanto, as consequências do desastre foram positivas. Em meio ao caos de

lamentação, raiva e amargura, nuvens negras de tempestade da morte assomando no Quando o seu

mundo exterior entrou em colapso horizonte, lemos este maravilhoso versículo, que conta: “Davi, porém,

fortaleceu-se no Senhor, o seu Deus” (1 Sm 30.6). Davi orou; Davi prestou a Deus adoração; Davi chamou

seu pastor, Abiatar, para com ele se aconselhar. Mergulhou no seu próprio íntimo, encontrou-se com

Deus, achou forças e direção para percorrer a passos largos o caminho da salvação. Ele se voltou para o

interior, reconstruiu sua identidade original, recuperou a sua base. O desastre libertou Davi,

imediatamente, e de modo admirável, de 16 meses de servidão a Aquis, levando-o a relacionar-se

novamente com Deus – ouvindo a Deus com toda a atenção, obedecendo a Ele corajosamente. Davi e

Abiatar deixaram então o lugar de quietude, conselho e oração com um plano já traçado.

Comentário 3: “Sentimos pena das pessoas; lamentamos a dor e o sofrimento no mundo. Mas, após

havermos experimentado alguns impulsos interiores de piedade, derramado algumas lágrimas necessárias

de tristeza e destinado alguma quantia a uma campanha de caridade, já exaurimos a nossa capacidade de

cuidar das pessoas. Neste mundo empedernido, de “lobo comendo lobo”, como somos sensíveis!

Voltamos para casa ou ao trabalho sem sabermos sequer os nomes das pessoas com quem

compartilhamos nossas lágrimas”.

Comentário 4: “Não somos, porém, a primeira geração a assim agir. Agostinho, contemplando o mundo

que o cercava, observou, com severidade, seus paroquianos “sofriam mais por sua cidade ser pobre do

que por sua vida ser má.”

Comentário 5: “Um dos motivos dos cristãos estarem espalhados pelo mundo é para restaurar a vida de

outros e praticar o sacerdócio universal dos crentes – ligar-nos com o próximo numa compaixão davídica e

terrena de modo tão perfeito que nenhum profissional ou especialista possa novamente vir a nos enganar

levando-nos à passividade ou ao consumismo.”

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros

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Encontro 11

DAVI EM LAMENTAÇÃO - TRISTEZA

2Samuel 1

Encontro: Você já evitou encarar alguma tristeza que já o acometeu? Como foi?

Leia também uma experiência de Jesus: (João 11. 33-36).

Exaltação: Para este estudo escolha canções que se relacionem com o tema abordado.

Edificação:

O que pode haver de positivo em lamentar? E de negativo? Leia Lamentações 3.

Comentário: O exemplo de Davi - “Cerca de 70 por cento dos Salmos são lamentações. Esses lamentos

dão origem, ou devem sua origem, à vida de oração de Davi. Ele enfrentou, continuamente, perdas,

decepções e morte. Mas nunca negou, anulou ou passou pisando de leve qualquer dessas dificuldades.

Tudo enfrentou e por tudo orou. As lamentações de Davi são um aspecto e uma parcela da majestade e

da elevada dignidade da vida de Davi.”

Na nossa sociedade, você acha que as pessoas costumam se lamentar pelas coisas ruins que

acontecem ou não? Quais as consequências disso?

Comentário: “Temos um estilo de jornalismo impresso e televisivo que relata desastres incessantemente e

sem critério: crimes e guerras, fomes e enchentes, corrupção política e escândalos na sociedade. O único

meio praticamente certo de ser notícia, em nossa cultura, é fazer algo de errado. Quanto pior o ato, maior

o destaque. Seguindo passo a passo o rasto do que quer que você tenha feito de mal, colunistas

bisbilhotam, repórteres entrevistam, editores pontificam, fariseus moralizam; e então, em torno do assunto,

realizam-se análises, iniciam-se reformas políticas, financiam-se estudos acadêmicos. Mas não se escreve

uma linha sequer de lamentação.”

Leia 2Samuel 1.12-17. Nesta passagem da bíblia lemos o lamento de Davi pela morte de pessoas

que foram importantes de formas completamente diferentes em sua vida: Saul, que o perseguiu

durante muito tempo e tentou matá-lo diversas vezes, por ciúmes; e Jonatas, um grande amigo,

que lhe jurou lealdade e ajudou a salvar sua vida. Davi, no entanto, se lamenta tanto por um, quanto

por outro. Você tem dificuldade de se lamentar dependendo de quem foi prejudicado pelo

acontecimento? Resposta Livre.

A lamentação expressa também um posicionamento e uma maneira de lidar com a dor e a perda.

Como Davi e o autor de Lamentações se posicionaram em seus lamentos? Como temos nos

posicionado em nossos lamentos? Através de sua lamentação, Davi procurou valorizar a vida e, de

forma digna, referir-se a Jonatas e Saul. Reconheceu o valor de cada um deles e demonstrou respeito. Em

Lamentações, o autor abre seu coração a Deus, não tenta esconder a sua dor, mas se aproxima de forma

confiante e rememora a Sua bondade com uma esperança inesperada.

Comentário: “Davi disse: “Isso deve ser ensinado ao povo” (2 Sm 1.18), para transformar nossas vidas.

Não apenas como simples informação, mas como verdade assimilada. Que se ensinasse a lamentação,

que se ensinasse esse modo de lidar com a inimizade de Saul e a amizade de Jônatas. Que

ensinássemos uns aos outros como levar a sério essas cadências de sofrimento, algumas nascidas da ira,

outras do amor, de tal modo que por elas não fôssemos diminuídos, mas enriquecidos – que nelas

encontrássemos Deus e a beleza. Colocando-se nelas forma, ritmo e cântico.”

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Eugene Peterson

Chegamos à metade da história de Davi. Lamentemos como ele, mas sigamos confiantes de que o

que não compreendemos ou não conseguimos superar hoje, Deus vai responder e suprir no

momento exato. Não tenhamos medo, pois o perfeito amor de Deus está apto a nos receber em

toda a nossa complexidade e insegurança. “E ele enxugará de nossos olhos toda a lágrima”

(Apocalipse 21.4). Ore com o grupo sobre seus medos e inseguranças ao enfrentar o sofrimento.

OBS: SUGIRA QUE O GRUPO LEIA LAMENTAÇÕES 3 EM CASA ANTES DE SE REUNIREM.

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros

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Encontro 12

DAVI E OS FILHOS DE ZERUIA – INSENSATEZ

2Samuel 2-4

Encontro: O que precisamos fazer para receber importância e reconhecimento em nossa sociedade?

(Leia Marcos 10. 35-36; 42-43). Como devemos ser importantes, segundo Jesus? (Ter importância, não

necessariamente quer dizer “se importar”).

Exaltação: Para este encontro escolha canções que estejam em acordo com o tema do dia.

Edificação:

1. Leia 2 Samuel 5. 1-5. “Depois de toda uma década sendo caçado no deserto, vivendo na

defensiva, Davi se encontra agora numa forte posição. Aos 30 anos de idade, ele governa. Virou a

mesa. Não precisa mais fugir, se esconder, viver à base de sua perspicácia. Está no poder. Age

agora a partir de sua posição de autoridade. Que tipo de poder deverá usar? Como exercer sua

autoridade? Ele aprendera no deserto a viver uma vida de reverência, compaixão e oração. Deve

continuar assim? Agora, que não precisa mais correr para se refugiar no Senhor, tem, afinal de

contas, necessidade de Deus?”. Observe a diferença entre a situação que Davi viveu no

deserto e a que se encontra agora. Responda as perguntas do autor, acima.

2. Ao lermos 2 Samuel 2, 3, 4, vemos que Davi, no processo em que se torna rei, se deparou

com a forma de agir de pessoas diferentes dele, que diziam estar do seu lado, porém não

temiam a Deus como ele. Como por exemplo, Abner e Joabe. - “Abner e Joabe. Ambos os

comandantes de tropas, com pouco ou nenhum senso de Deus ou de Sua providencial presença,

empunham em suas mãos o poder e tentam manipular os acontecimentos visando os próprios

interesses. E criam tal confusão, e o seu orgulho pessoal conduz o espetáculo com tamanha

imprudência, que a história de Davi é empurrada não para outra página, mas para notas de rodapé.

Nessas “notas”, encontramos Davi realizando seu característico trabalho de rei: agindo com

generosidade (com Jabes-Gileade, 2 Sm 2.5-7), constituindo família (2 Sm 3.2-5), firmando uma

aliança (2 Sm 3.12-16), fazendo poesia e se entristecendo com sinceridade (2 Sm 3.31-37).” Como

você imagina que Davi se sentiu, tentando reinar segundo a vontade de Deus, sendo

ajudado por homens que agiam segundo o seu próprio modo? Leia 2 Sm 3.39-40. Embora

sendo rei, Davi sentia-se fraco diante de tantos estragos, das mortes e vinganças causadas por

interesses maldosos.

3. Por que você acha que uma história sangrenta com personagens tão maliciosos estaria na

Bíblia? Por que você acha que estariam no meio da trajetória de Davi, justamente quando ele

já estava se tornando rei? Parece inoportuno?

“Os filhos de Zeruia fazem parte da própria história; não estão em torno dela. Não ligaríamos muito

para sua inclusão na narrativa se fosse essa uma história mundana. Não nos surpreenderíamos se

os encontrássemos em obras como a Ilíada ou a Odisseia, ou nas histórias de Charles Dickens ou

William Faulkner. Mas, no caso, é a Bíblia. E podemos constatar que é muito rara a página da

Bíblia que não insiste em que tomemos conhecimento deles. Eis por que muita gente deixa de ler a

Bíblia ou a rejeita: “Não consigo ler a Bíblia, principalmente o Antigo Testamento – tem muita

violência, muita brutalidade.” Mas é exatamente por isso que os cristãos devem ler as Escrituras:

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nelas vemos os propósitos de Deus sendo executados nas exatas condições morais, políticas,

sociais e culturais com que nos deparamos ao nos levantarmos toda manhã; um mundo de moral

estraçalhada e falsos amigos oportunistas, de violência e de marketing religioso – os muitos, muitos

filhos de Zeruia que nos cansam e aborrecem e que nos são tão difíceis de suportar.”

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Sugira que o grupo leia 2Samuel 2, 3 e 4 em casa antes deste encontro; - Como podemos aplicar esse momento da história de Davi em nossas vidas hoje? Como

transformar essa discussão de hoje em algo prático? - Peça para cada integrante do grupo realizar uma oração no término do encontro.

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Encontro 13

DAVI E JERUSALÉM - CRESCIMENTO

2Samuel 5

Encontro: você, em algum momento, percebeu que crescia em tamanho? (durante infância,

adolescência)

Exaltação: sugestão de cântico: O Tempo (Oficina G3)

Edificação:

1) Davi, ao conquistar Jerusalém, ia se tornando poderoso. A palavra em hebraico quer dizer que

ele ia crescendo. Todo o somatório de uma vida faz parte do crescimento. Até as experiências

ruins nos fazem crescer. Você consegue perceber que tem crescido espiritualmente desde sua

conversão?

2) Davi não é Davi afastado de Deus. Suas conquistas vem de Deus, sua força para prosseguir

mesmo com tanta luta vem de Deus. Nós também somos assim. A maior parte do que lemos, do

que sabemos sobre Davi é Deus em Davi. E, você, a maior parte do que sabem sobre você é

Deus em você?

3) Leia o Salmo 23. Toda imagem neste Salmo, escrito por Davi, encontra-se definida em Deus.

Tudo o que Davi conhece de Deus são experiências que viveu. Deus para ele, Davi, não é uma

doutrina, é uma Pessoa que o tem conduzido e cuidado dele. O que Davi experimenta com

Deus não apenas o muda, mas o amadurece. Deus tem feito parte de suas experiências? Deus

para você já é uma Pessoa ou ainda é apenas uma doutrina?

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Anote ou lembre as experiências que você já teve com Deus e que contribuiram para o seu amadurecimento;

- Tente escrever um Salmo do seu coração para o Senhor.

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Encontro 14

DAVI E UZÁ - Religião

2 Samuel 6

Encontro: Das práticas religiosas, rituais, o que você acha mais bonito? Existe algo comovente para

você?

Exaltação: Prepare uma ou duas músicas que se relacionem com o estudo.

Edificação:

.É interessante narrar o episódio de Uzá e a arca, pois é uma história pouco abordada e discutida.

.O autor levanta a questão de que Uzá morreu por ter negligenciado a forma com que a situação deveria

ter sido conduzida, o que significaria descumprir um ritual que evidencia um descaso ou até mesmo o

orgulho na hora da forma com que se procede com Deus.

1) Qual o valor das práticas religiosas para você?

2) Você acha que tem feito falta termos reverência, um certo modo para nossos momentos de culto,

seja ele individual ou coletivo?

3) O ritual pode se relacionar com disciplina. Por exemplo, para estudar e preparar seu cérebro para

isso, você pode criar um método sequencial, como comer alguma coisa, tomar banho, preparar

uma xícara de café, sentar-se em um local específico e iniciar o estudo. Pensando desta forma,

que tipo de ritual você poderia adotar para que sua vida espiritual se aprofunde?

Rituais têm seu valor. O funeral, por exemplo, faz com que vivenciemos de maneira melhor o luto,

especialmente para aquelas mortes completamente inesperadas, como por acidente etc. Há estudos

inclusive mostrando que em países onde os funerais têm maior duração, o índice de depressão após a

perda de alguém querido é muito menor do que aqueles que não têm essa prática.

Jesus nos deixou um ritual para lembrarmos sua morte. Isso não muda o que aconteceu e nem nos

confere algum tipo de benção especial. O valor está na memória e no significado que isso tem.

Este momento nos relembra toda uma situação criada por Deus para que pudéssemos ter acesso

livre a ele. Na época de Uzá, a arca só poderia ser carregada por levitas, era envolvida por rituais

coordenados por pessoas santas. Temos acesso livre. Faça uma ceia com seu grupo e peça para

que cada um compartilhe o que esse ritual significa.

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo: - Desafie o grupo a fazer de sua vida uma eterna ceia, onde o sacrifício de Jesus seja lembrado, não para nos provocar culpa, mas para nos dar ânimo e esperança para seguirmos em frente.

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Encontro 15

DAVI E NATÃ – GRAÇA SOBERANA

2Samuel 7

Encontro: Qual foi o trabalho que você já fez para Deus e mais gostou de fazer?

Exaltação: Sugestões de cânticos: Usa, Senhor; Venho, Senhor, minha vida oferecer.

Edificação:

Ler 2Samuel 7.1-29

1. Davi encontra-se num momento de grande satisfação, ele conseguiu derrotar a todos os

seus inimigos e reinar. Nessa perspectiva, ele decide agradecer a Deus construindo um

templo para Ele. Você já passou por momentos assim, em que estava extremamente grato e

decidiu fazer algo para agradecer a Deus?

2. É interessante notar que Natã retorna pela manhã e revoga a autorização dada a Davi. Por

qual motivo você imagina que Deus não permitiu que Davi construísse o templo?

A mensagem que Natã transmite para Davi é dominada por uma exposição daquilo que Deus fez,

está fazendo e fará. Deus é o sujeito na primeira pessoa de uma quantidade de verbos nessa

mensagem, verbos esses que conduzem a ação. Davi, tomado antes pelo que achava que devia

fazer para Deus, é submetido agora a uma ampla demonstração do que Deus fez, está fazendo e

fará por Davi e em Davi. O que ontem parecia ser um grande empreendimento davídico para Deus,

parece hoje insignificante.

3. Muitas vezes estamos fazendo tantas coisas e atividades para Deus, mas elas não refletem

um coração obediente e cheio de amor, mas sim uma pessoa cheia de si, que acha que

quem realiza e faz acontecer é ela própria. Nesse sentido, vemos no versículo 18, que Davi

senta e ora, e então obedece a Deus e não faz aquilo que julgava ser o melhor a se fazer para

Deus. Você já passou por situações assim? Como discernir entre o excesso de ativismo

movido por interesses próprios, e a inatividade movida por preguiça e desinteresse?

Os cristãos modernos se caracterizam pelo medo de serem apanhados fazendo pouco para Deus

ou deixados sem fazer nada. Mas há momentos em que nada fazer é justamente a coisa mais

evangélica a se fazer. De vez em quando uma velha heresia reaparece que distorce esse "nada",

cheio de adoração e obediência, para um doentio e irresponsável "ficar a toa". Líderes com

pensamento errado surgem de tempos em tempos afirmando que, se Deus faz tudo, precisamos

nos preparar para não fazer coisa alguma, cultivando algo assim como uma preguiça piedosa:

quanto menos fazemos para Deus, mais Ele fará por nós. Outros aconselham uma resignação

estóica ao que venha acontecer, já que tudo o que acontece é da "vontade de Deus". Ainda outros

concebem erroneamente uma vida de oração e fé como meio de conformidade com o inevitável.

Mas o não fazer bíblico não é preguiça e nem estoicismo; é ESTRATÉGIA. Quando Davi se

assentou diante de Deus, não foi passivo ou resignado, tratava-se de oração. Estava entrando na

presença de Deus e tornando-se atento a sua palavra, substituindo seus planos pelos de Deus,

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deixando que seu entusiasmo por ser um rei com autoridade e força para poder fazer alguma coisa

para Deus fosse substituído pela vontade de ser um rei que representasse a soberania de Deus, o

supremo Rei.

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Em quais áreas você tem servido em sua igreja local? - Caso não esteja sendo voluntário em nenhum projeto de sua igreja local, há quanto tempo

está assim “sentado no banco”? - Ore e procure algo para realizar. Servir ao próximo foi uma das práticas do Mestre Jesus.

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Encontro 16

DAVI E MEFIBOSETE - AMOR

2Samuel 9

Encontro: O que é ser amargurado?

Exaltação: Escolho cânticos relacionados com o estudo de hoje.

Edificação:

LER 2 SAMUEL 9 e comentar sobre a história de Mefibose:

“Quando Mefibosete tinha cinco anos de idade, chegaram notícias ao palácio de Saul, em Gibeom, que o

rei Saul e o príncipe Jônatas tinham sido mortos pelos filisteus no monte Gilboa, na batalha de Jezreel. O

pânico foi imediato e total. Os filisteus eram cruéis – com Saul e seu filho mortos, a casa real e todos os

que nela estavam seriam destruídos. Não haveria misericórdia para nenhuma pessoa ligada aos nomes de

Saul e Jônatas. Pior ainda, o bando guerrilheiro de Davi estava à solta. Pior ainda, o bando guerrilheiro de

Davi estava à solta. Sem Saul, que Davi honrava como o ungido do Senhor, e sem Jônatas, com quem

Davi tinha um pacto de amizade, nada impedia Davi de vir e limpar a casa, livrando-se de qualquer um e

qualquer coisa deixada pelo regime que o mantivera tanto tempo exilado. Não sabendo o que esperar a

não ser o pior, os servos do palácio fugiram, para se salvar. A babá de Mefibosete o pegou para fugir e

caiu. Na queda, quebraram-se os tornozelos do menino (2 Samuel 4.4). Ele foi levado com um grupo de

servos que fugiu para o leste, pelo vale do Jordão, para a segura aldeia de Lo-Debar. Seus ossos se

calcificaram tortos. Mefibosete nunca mais pôde andar normalmente. Cresceu manco, na obscuridade.”

Essa história mostra em que condições Mefibosete cresceu e de como ele ficou desabilitado. Anos

depois Davi aparece diferente, como um agente do amor, devolvendo tudo que pertencia ao avô a

Mefibosete. Onde podemos ver Amor nessa história? (Davi não conhecia.a Mefibosete. Por mais que a

sua atitude tenha sido motivada pelo amor ao seu amigo Jônatas, Davi também pareceu começar a amar

um completo estranho, já que este a partir daquele momento passaria a comer com ele também – algo

bastante significativo)

Somos pessoas gratas? Qual a foi a última vez que você demonstrou ser grato a alguém de forma

bastante significativa? Há limite para a gratidão/amor? (Basta lembrar que Davi devolveu TUDO que

pertencia ao neto de Saul. Pode parecer que ele não fez mais que a obrigação dele, mas estamos lidando

com terras e mais terras, algo que até hoje é sinônimo de PODER. Não é fácil abrir mão de algo dessa

magnitude. Deveria, mas não é. Será que a nossa gratidão/amor vai de acordo com o que abro mão?)

Sejamos mais gratos e amorosos!

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Analise ao seu redor atitudes de amor. - Reflita sobre suas próprias atitudes realizadas por amor.

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Encontro 17

DAVI E BATE-SEBA - PECADO

2Samuel 11-12

Encontro: Leia João 8.10,11. O que Jesus combateu nessa história? O que pregou com essas atitudes?

Exaltação: Para este encontro escolha canções que estejam em acordo com o tema do dia.

Edificação:

1. Leia 2Samuel 11. 1-5 e 1Samuel 17. 41-49. Observe estes dois personagens distintos que

cruzam a história de Davi. Que diferenças há entre Golias e Bate-Seba? Que diferenças há

entre a experiência que Davi vive nos dois momentos? “Os traços físicos e de personalidade

dos portadores desses nomes são extremamente contrários: Golias era um gigante horroroso e

cruel; Bate-Seba, uma mulher bonita e sedutora; Golias era malvado e tirânico; Bate-Seba, vítima

sem culpa. (...). Ambos o levam a um campo de prova, a um lugar de encontro que revela o

coração de Davi.(...)A história de Davi e Golias ocorre cedo, com um jovem pastor, desconhecido e

inexperiente. A história de Davi e Bate-Seba ocorre num tempo mais maduro de sua existência,

quando ele se acha no auge, tendo já passado por provações e delas se saído bem, como amigo

leal, líder corajoso, rei sábio.”

2. Davi pecou. Como ele decidiu resolver a situação? Leia 2 Samuel 11. 6-21. Como reagimos

quando pecamos e nos deparamos com as consequências? Davi tenta resolver seu problema

dando uma série de ordens (tentando assumir o controle). Até que Deus ordena a Natã que vá

advertir a Davi.

3. Leia o Salmo 51 de Davi. A boa nova do evangelho nos leva ao arrependimento. Mas, quando

nos concentramos mais em acusar o outro ou esconder nosso pecado ao invés de

recebermos a notícia, fugimos do propósito de Deus. Que propósito é esse? Por que é bom

que reconheçamos nossos pecados? Por que não o fazemos? “Quando o pecado é descoberto

em nós, nossos medos e culpas frequentemente produzem um sentimento de condenação. Mas se

ficarmos com o que conta a história – a história de Deus, a história de Davi, a história de Jesus –,

em pouco tempo a condenação dará lugar, lenta ou rapidamente, à surpreendente realização da

graça, da misericórdia e do perdão em nossas vidas. Pensamos, talvez, que se o nosso pecado for

retirado, nos tornaremos menores. A verdade, porém, é que nos tornaremos maiores (...) O tocante

Salmo 51 de Davi é uma prova eloquente de sua recuperação por Deus. Nessa oração, e por meio

dela, nos vemos num lugar espaçoso, com liberdade e pleno de amor. Quando nos vemos diante

de Deus – com sinceridade, adoração, crença em estarmos diante dEle –, encontramos nossa

verdadeira humanidade. Não somos menos, somos mais; não somos diminuídos, somos

dignificados; não somos condenados, somos salvos.”

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Eugene Peterson

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Sugira que o grupo leia 2Samuel 11 e 12 em casa antes deste encontro; - Temos alimentado algum pecado em nossas vidas? A Bíblia tem feito o papel de Natã e nos

alertado contra isso? Ou não lemos a Bíblia temendo ser confrontados? - Peça para cada integrante do grupo realizar uma oração no término do encontro.

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Eugene Peterson

Encontro 18

DAVI E ABSALÃO - SOFRIMENTO

2Samuel 16-18

Encontro: Vocês se lembram de algum pequeno acidente da infância que os ensinou alguma coisa? Ex:

um choque que ensinou a não tocar na tomada.

Exaltação: Para este encontro escolha canções que estejam em acordo com o tema do dia.

Edificação:

1. Leia 2 Samuel 13.1-29 - A História do estupro/incesto de Amnom e Tamar e a vingança de

Absalão. Recapitule a história e dê a sua continuação:

- Amnom desejava Tamar sua meia-irmã. A estuprou forjando um encontro em seu quarto.

-Tamar se cobre de luto (roupas escuras), e vai morar com Absalão (seu irmão) mas pede que não

se entristeça por isso.

- Absalão aguardou dois anos até forjar a oportunidade de matar Amnom. Passou três anos em

exílio. Até que teve permissão para voltar, mas Davi (seu pai) se recusou a vê-lo (Leia 2Sm 14.24-

28).

-Houve apenas o perdão formal (como rei, não como pai) obrigando Absalão a viver em outra

cidade.

2. Davi agiu corretamente? Pergunte o que fariam no lugar de Davi. “O pecado se alimenta de

pecado. A violação de Tamar alimentou a morte de Amnon, que alimentou o endurecimento do

coração de Davi. Absalão respondeu ao pecado de Amnon pecando. Então Davi respondeu ao

pecado de Absalão pecando. Absalão se livrou de Amnon matando-o. Então Davi se livrou de

Absalão expulsando-o. Davi perdeu seu filho Amnon por causa do pecado de Absalão. Davi perdeu

seu filho Absalão por causa de seu próprio pecado.” (Pg 249)

3. Embora Davi fosse lógico e justo para sua época (ao disciplinar um integrante da família

real), negou a misericórdia e o perdão que possibilitariam novo começo. Entre os pecados

de Davi (adultério de Bate Seba, homicídio de Urias e etc) a recusa do perdão/amor foi uma

decisão firme e racional. Tomamos decisões parecidas? Decidimos não compartilhar o

perdão/amor que Deus nos ensinou?

As consequências: A obstinação de Davi em recusar-se a vê-lo só deu força à inimizade de

Absalão (Leia 2 Sm 15.1-12). Após quatro anos, o golpe: Absalão toma Jerusalém e obriga Davi a

fugir para o deserto (novamente). Leia 2 SM 15 10-14.

Flash-back: O sofrimento e o deserto acompanharam Davi ao longo de sua caminhada (durante

perseguição de Saul, antes de se tornar rei) e, neste momento, poderia ser apropriado para ajudá-

lo recuperar seu relacionamento com Deus, segundo observou Eugene Peterson. Davi

possivelmente tinha sua mente e coração preenchidos com a lei e ordem de seu governo, sem

espaço para a justiça e misericórdia do Reino de Deus. No deserto, sem coroa, sem trono e sem

palácio, só tinha a ele mesmo. Agora necessitava da ajuda e proteção de amigos.

A recuperação : O sofrimento, por ter de abandonar o reino e fugir novamente, poderia causar

diversas reações em Davi. Poderia tê-lo consumido no desespero e na amargura ou, ao invés

disso, tê-lo proporcionado necessários aprendizados.

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Eugene Peterson

5. O que o sofrimento já nos causou? Tornamo-nos pessoas melhores ou piores através

deles?

6. Distribua as passagens a seguir em três grupos, duplas ou indivíduos. Peça que descubram

e expliquem que tipo de sofrimento Davi passou e que tipo de aprendizado demonstrou ter

adquirido. Pense no tempo adequado a ceder para os grupos.

2 Samuel 16. 5 – 14. Resposta: Davi recuperou a humildade. Quando uma mulher (Simei) o amaldiçoou

ao deixar a cidade e um de seus fiéis capitães sugeriu matá-la, mas Davi o deteve pois a crítica tinha

fundamento. Nas ofensas que recebeu, Davi viu o homem que tinha se tornado, encarou a realidade sem

apenas ficar na defensiva. A misericórdia de Deus lhe era tão necessária quanto a qualquer outro.

Reconhecer suas falhas o levaram a também reconhecer sua dependência de Deus.

Quando temos a humildade de admitirmos nossas falhas, deixamos de ser autossuficientes. Somos

humanos pecadores, e buscamos uma plenitude que não encontramos em nós, mas sim em nosso

relacionamento com Deus e, através dele, com as pessoas.

1 Samuel 15. 30-31 /2 Samuel 16. 23 / Salmo 55. Resposta: Davi recuperou sua vida de oração. Davi

tinha em seu conselheiro, Aitofel, a instrução prática para governar. O autor sugere que essa relação de

aconselhamento tenha subjugado a busca decisiva por direções no relacionamento com Deus (através da

oração) (2 Sm 16 23). Mas o pensamento prático de Aitofel viu futuro no bem-apessoado, ambicioso e

carismático Absalão. A traição do seu mais astuto conselheiro foi devastadora e determinante para o

sucesso do golpe. Trechos do salmo 55 mostram a mágoa de Davi pela notícia (versos 12-14 e 20-21).

Agora, de joelhos, Davi se volta para a orientação de Deus (2 sm 15 31, Sl 3). Embora o sofrimento possa

afastar pessoas do relacionamento com Deus, muitas vezes ele é o catalizador de uma nova vida de

oração e intimidade espiritual. Para Davi foi a maneira de recolocar a oração em uma posição central na

sua vida.

Os conselhos práticos das pessoas a nossa volta podem ser bons e valiosos, mas também podem nos

iludir e nos fazer esquecer de olhar para o alto. O equilíbrio é buscar um relacionamento com Deus que se

manifeste tanto na oração e leitura bíblica, quanto na convivência. Deus fala através de várias formas, e

ter uma vida de oração nos deixa atentos a suas palavras.

2 Samuel 18. 9-15/ João 13. 34. Resposta: Davi recupera a compaixão. A guerra civil estava prestes a

eclodir, a leste do Jordão. Davi consegue reunir tropas e, confiante em suas habilidades bélicas, estava

disposto a assumir a linha de frente. Um de seus oficiais pede que permaneça fora da batalha, e ao aceitar

o conselho Davi dá ordens para não matar Absalão: “Por amor a mim, tratem bem o jovem Absalão!” (2

Sm 18. 3-5). Davi viu seu filho se tornar um assassino, tomar seu trono, empurra-lo para o deserto e ainda

assim caça-lo, como Saul o fez. Mas Davi, assim como com Saul, sentiu compaixão. O último passo em

sua recuperação, após reconhecer seus erros e a importância de Deus em sua vida com Simei, após

retomar sua vida de oração através da traição de Aitofel, Davi recuperou seu amor e compaixão,

justamente pelo seu filho. Infelizmente para Joabe (general de Davi), Absalão ainda era o inimigo, e após

um irônico imprevisto (ficar preso pelos cabelos em uma arvore) foi morto no fim da batalha (2 Sm 18 9-

15). Ainda assim, declarar o amor por seu filho usurpador, era a verdadeira prova da transformação de

Davi. Sua compaixão, fruto da humildade e de seu relacionamento com Deus, se torna a expressão do

amor presente nos mandamentos de Jesus (Jo 13. 34), o “filho de Davi”.

Ter compaixão e amor daqueles que nos trouxeram sofrimento talvez seja o mais desafiante mandamento.

Mas não é impossível. Se Deus tem compaixão de nós, e nos livra de sofrimentos ainda maiores (mesmo

sem merecermos), por que não compartilhamos isso com os que estão ao nosso redor?

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Eugene Peterson

Conclusão:

A narrativa desse período de Davi nos mostra como o sofrimento pode atingir um dos mais significantes

“heróis” de Israel. As origens, tramas e consequências se assemelham aos mais diversos relatos de

sofrimento que podemos ouvir. Mas, ao invés de nos diminuir, como eternos réus ou de nos entristecer,

nos torna plenamente humanos. Somos falhos e sofremos pelas consequências de nossos erros e de

erros alheios, mas aquele que também sofreu por nós nos diz para ter animo, pois ele venceu o mundo

(João 16.33). Que possamos deixar Deus agir em nossa vida até mesmo durante os sofrimentos para

sermos transformados como Davi, com humildade, oração e compaixão.

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Orem juntos agradecendo pelo estudo e pedindo a ajuda de Deus para os momentos de sofrimento das pessoas do grupo e também dos parentes e amigos de quem no grupo está.

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Encontro 19

DAVI E DEUS - TEOLOGIA

2Samuel 22

Encontro: como você, geralmente, se refere a Deus? (Deus, Pai, Senhor, o Todo-poderoso, Criador, o

Cara lá de cima, etc…)

Exaltação: sugestão de cântico: Amo o Senhor (João Alexandre)

Edificação:

1) Davi foi um homem de muita oração. Sua íntima ligação com Deus era fruto de constante

oração. Você ora sem cessar? Ou prefere reservar um único tempo do dia para lembrar de

Deus e falar com Ele?

2) Davi, ao escrever, não se detém em seus momentos de retiros espirituais, mas escreve sobre o

cotidiano, porque ele entende que no cotidiano Deus está. E você, consegue perceber Deus em

seu cotidiano ou você entende que Ele está mais presente em retiros espirituais? O cristão está

inserido em uma sociedade com todas suas dificuldades e lado ruim (assaltos, violência,

indecência, etc), mas ainda assim pode permanecer firme em Deus. O que tem lhe impedido de

permanecer firme no Senhor? (se é que há algo lhe impedindo)

3) “Davi, com todos os seus limites, nunca conseguiu amar seus inimigos da forma como seu

descendente Jesus iria amar. Sua moral e seu comportamento deixavam, certamente, muito a

desejar. Porém, não são narrados em sua história como acusações, mas, sim, como condições

que compartilhamos. Não são apresentados para legitimar seu mau comportamento ou sua

moral falha, mas, sim, estão presentes como prova de que não nos tornamos bons primeiro

para depois chegarmos a Deus. Primeiro recebemos Deus – e então, durante uma vida

paciente, somos preparados nos caminhos de Deus”. Deus aceita você do jeito que você é, mas

e você aceita que Deus o aceite do jeito que você é? Venha como está.

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Cada um, durante esta semana, reflita sobre seu relacionamento com Deus, sobre sua vida de oração. Estamos, realmente, orando sem cessar?

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Encontro 20

DAVI E ABISAGUE - MORTE

1Reis 1 e 2

Encontro: Você já pensou sobre sua morte?

Exaltação: Sugestões de cânticos: Jesus em Tua presença; Porque vivo está (Deus enviou)

Edificação:

Abisague era uma jovem virgem que foi levada ao Rei para que pudesse servir e cuidar dele. Davi estava

bastante idoso e tinha necessidade de ser aquecido toda noite. Era uma pessoa que passou estar

presente nos últimos momentos de Davi (um alento em sua vida). Mais tarde, Adonias pediu que a sua

mãe intercedesse por ele junto a Salomão e pedisse Abisague como sua mulher. Talvez pelo que ela

pudesse representar “uma poderosa ligação simbólica com Davi – sexualidade e realeza, eros e thanatos”.

Em seus últimos momentos, Davi se encontrava em um ambiente bastante hostil, em parte pela vida que

levou. Adonias, seu filho, só pensava em seu trono (1 Reis 1: 9-11), suas últimas palavras são tomadas

por promessas de morte (1 Reis 2:9).

O que as pessoas terão de nós se morrêssemos hoje?

Jesus traz um significado lindo da morte. A morte vencida.

O que Jesus nos ensinou em relação a morte? Você tem medo da morte?

“Se a morte não puder nos ensinar a maneira de vivermos como seres humanos (em vez de tentarmos ser

deuses), ela, de fato, será temida ou negada o máximo possível. Mas se vem como uma forma de

estabelecermos limites e definirmos a humanidade de modo apropriado, tanto a morte como aqueles que

estão morrendo podem e devem ser aceitos, até mesmo abraçados.”

Ler Salmo 22:

“Este salmo se divide em duas partes: a primeira dá voz às agonias da morte; a segunda parte dá a última

palavra à vida. Duas partes, vida e morte, mas um só salmo, uma oração, uma experiência coerente e

integrada, na qual a vida, não a morte, tem a última palavra.”

Evangelismo: convide seus amigos para participarem de um dos nossos próximos encontros.

Do facilitador para o grupo:

- Você tem certeza da sua salvação? Que passará da morte para a vida?