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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE MBA GESTÃO EMPRESARIAL XVIII RENATA CARDOSO DE SOUZA PROPOSTA DE HOMOLOGAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE TRANSPORTADORAS - UM ESTUDO DE CASO CRICIÚMA 2012

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QUALIDADE

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    UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

    CURSO DE MBA GESTO EMPRESARIAL XVIII

    RENATA CARDOSO DE SOUZA

    PROPOSTA DE HOMOLOGAO E QUALIFICAO DE

    TRANSPORTADORAS - UM ESTUDO DE CASO

    CRICIMA

    2012

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    RENATA CARDOSO DE SOUZA

    PROPOSTA DE HOMOLOGAO E QUALIFICAO DE

    TRANSPORTADORAS - UM ESTUDO DE CASO

    Monografia apresentada para a obteno de grau de especialista no curso de MBA Gesto Empresarial XVIII da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.

    Orientador: Prof. Dino Gorini Neto, M.Eng.

    CRICIMA

    2012

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    RENATA CARDOSO DE SOUZA

    PROPOSTA DE HOMOLOGAO E QUALIFICAO DE

    TRANSPORTADORAS - UM ESTUDO DE CASO

    Trabalho de Concluso de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obteno do Grau de Especialista, no Curso de MBA Gesto Empresarial da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Logstica.

    Cricima, 15 de Dezembro de 2012.

    BANCA EXAMINADORA

    _____________________________________________

    Prof. Dino Gorini Neto - M. Eng. - UNESC - Orientador

  • 4

    DEDICATRIA

    Dedico primeiramente a Deus por mais esta conquista em

    minha vida, aos meus pais Avete e Ireno, por sempre me

    incentivarem aos estudos, ao meu noivo Diogo que me

    ajudou muito a realizar este trabalho e que sempre esteve

    ao meu lado me dando foras e coragem para realizar

    todos os meus sonhos e desejos.

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    AGRADECIMENTOS

    Quero agradecer todas as pessoas que tiveram papis muito importantes na minha

    vida, principalmente ao longo dessa caminhada:

    Ao meu noivo Diogo pela ajuda e compreenso, por sempre estar ao meu lado me

    apoiando e me dando coragem, por ser sempre companheiro e maravilhoso.

    A minha me Avete pelo incentivo e ensinamentos passados por toda a vida, meu

    grande exemplo de mulher.

    Ao meu Pai Ireno, que mesmo com muitas dificuldades sempre me apoiou nos

    estudos, me deu foras e coragem para sempre seguir adiante, pensando sempre

    no meu futuro, a ele meu imenso agradecimento.

    A minha irm Dbora, que mesmo um pouco ausente, segue meu exemplo e

    tambm busca realizar seus ideais no caminho dos estudos, o qual me orgulho

    muito.

    A minha irm Rayssa, mesmo sendo ainda uma beb, me traz muitas alegrias, e que

    desde seu nascimento s me traz cada vez mais crescimento e amadurecimento na

    minha vida pessoal .

    Ao meu orientador Professor Dino Gorini Neto, por ter me encaminhado para um

    bom trabalho, sempre me atendeu muito bem e me orientou devidamente.

    E finalmente a UNESC, a todos os professores e coordenadores, pela formao

    pessoal e tica concedida a mim desde a graduao.

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    Logstica ainda no para a grande maioria das

    empresas um diferencial competitivo, mas ser

    para TODAS num futuro prximo!

    Marco Antnio Oliveira Neves

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    RESUMO

    O estudo consiste em conhecer as ferramentas de homologao e qualificao de fornecedores para propor a aplicao no setor logstico da empresa Tgula Solues para Telhados Ltda., buscando conceitos tericos cientficos sobre estes mtodos, para que se possa verificar se os mesmos podem ser utilizados na organizao, bem como analisar se estes suprem as necessidades nos dias atuais no mercado de trabalho. Na fundamentao terica foram elencados todos os assuntos pertinentes ao estudo, sendo que na apresentao dos resultados, houve simulao da aplicao dos conceitos tericos que seriam utilizados na prtica. Este estudo se fez necessrio para que a empresa obtivesse informaes e conhecimento da ferramenta que a mesma poderia estar utilizando para agregar valor ao servio prestado aos clientes que nos dias atuais vem crescendo cada vez mais as exigncias no somente na qualidade do produto, mas tambm na qualidade da entrega. Com os resultados elaborados, foi possvel identificar que a empresa conseguir grandes benefcios na aplicao destas modalidades, tendo como principal atrativo a questo financeira, haja vista que a aplicao destas ferramentas no possuiro custos. Esta nova modalidade na logstica ser de suma importncia para que a empresa continue atendendo seus clientes satisfatoriamente, e ainda oferecendo um atrativo diferencial no mercado atual, mantendo e aumentando a sua relao de clientes, sem deixar de trabalhar com as modalidades atuais da empresa j aplicadas.

    Palavras-chave: Logstica. Homologao. Qualificao Fornecedores.

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    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 - Elementos bsicos da Logstica. ............................................................... 19

    Figura 2 - Fluxos logsticos ........................................................................................ 20

    Figura 3 - Tgula Solues para Telhados Ltda (Iara/SC) ...................................... 28

    Figura 4 - Fluxograma logstico da Tgula. ............................................................... 31

  • 9

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Custos fixos e variveis do transporte. ..................................................... 24

    Tabela 2 - Ficha de Auto Avaliao ........................................................................... 32

    Tabela 3 - Notas para Avaliao de Fornecedores de servios de transporte. ......... 33

    Tabela 4 - Pontuao para o prazo de entrega. ........................................................ 34

    Tabela 5 - Pontuao para a qualidade na entrega. ................................................. 34

    Tabela 6 - Tabela de Preo - Transporte................................................................... 37

    Tabela 7 - Exemplo de aplicao (F.A.A.) ................................................................. 38

    Tabela 8 - Exemplo de qualificao. ......................................................................... 39

    Tabela 9 - Plano de ao. ......................................................................................... 40

  • 10

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    CIF Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro e Frete)

    FOB Free on Board (Posto a Bordo)

    RS Rio Grande do Sul

    SC Santa Catarina

    PR Paran

    CTRC Conhecimento de Transportes Rodovirio de Cargas

    F.A.A Ficha de Auto Avaliao

    OTIFIC OT - On Time, IF - In Full, IC - Invoice Corretlly (No prazo, na sua

    totalidade e de acordo com o solicitado pelo cliente)

  • 11

    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................................................................................... 13

    1.1 TEMA .................................................................................................................. 14

    1.2 TTULO ................................................................................................................ 14

    1.3 SITUAO PROBLEMA ..................................................................................... 14

    1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15

    1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15

    1.4.2 Objetivos Especficos .................................................................................... 15

    1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15

    2 FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 17

    2.1 LOGSTICA ......................................................................................................... 17

    2.2 SERVIO AO CLIENTE ...................................................................................... 20

    2.3 HOMOLOGAO DE TRANSPORTADORAS ................................................... 21

    2.4 QUALIFICAO DE TRANSPORTADORAS ...................................................... 23

    2.5 CUSTOS DO TRANSPORTE .............................................................................. 24

    2.6 FRETE FOB HOMOLOGADO ............................................................................. 25

    3 METODOLOGIA .................................................................................................... 26

    3.1 ABORDAGEM METODOLGICA ....................................................................... 26

    3.1.1 Natureza do Objetivo ...................................................................................... 26

    3.1.2 Natureza do Trabalho ..................................................................................... 26

    3.1.3 Forma de Abordagem .................................................................................... 27

    3.2 CARACTERIZAO DA EMPRESA ................................................................... 27

    3.2.1 Nome e Localizao ....................................................................................... 27

    3.2.2 Histrico da Empresa ..................................................................................... 27

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS ....................................................... 29

    4.1 LOGSTICA DO TRANSPORTE NA TGULA .................................................... 29

    4.1.1 Frete CIF e FOB .............................................................................................. 29

  • 12

    4.1.1.1 Frete CIF ....................................................................................................... 29

    4.1.1.2 Frete FOB ...................................................................................................... 30

    4.1.2 Fluxograma Logstico .................................................................................... 30

    4.1.3 Implantao Qualificao Fornecedores ...................................................... 31

    4.1.4 Implantao FOB Homologado na Tgula ................................................... 35

    4.1.4.1 Como funcionaria o frete FOB homologado na Tgula ................................. 35

    4.1.5 Preos e Prazos de Entrega .......................................................................... 36

    4.1.6 Recebimento dos Produtos ........................................................................... 37

    4.2 EXEMPLO DE APLICAO ................................................................................ 37

    CONCLUSO ........................................................................................................... 41

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 43

    ANEXOS ................................................................................................................... 45

    ANEXO A - ROMANEIO DE CARGA ....................................................................... 46

  • 13

    1 INTRODUO

    Devido ao mercado competitivo atualmente existente, as empresas

    buscam desenvolver processos geis para melhor atender sua clientela, tais como

    na logstica. Sendo primordial que as empresas tenham seus produtos sempre

    disponveis no mercado consumidor.

    Visando o grande fluxo de vendas existente na empresa Tgula Solues

    para Telhado Ltda., deve-se atentar para uma organizao de logstica eficiente,

    garantindo a satisfao dos clientes quanto ao prazo e qualidade da entrega de seu

    pedido. Diante deste fato, faz-se este estudo com o intuito de garantir o bom

    funcionamento da entrega dos produtos aos consumidores finais, garantindo a

    confiana e fidelidade dos clientes.

    A forma da logstica da empresa estudada no momento frete FOB, com

    algumas excees de frete CIF. No modelo FOB, os clientes so responsveis pelos

    transportes dos materiais, j no frete CIF a empresa que se responsabiliza pelo

    transporte. A maioria dos transportadores so motoristas autnomos, os mesmos

    recebem os fretes no momento da entrega (frete FOB). J no transporte frete CIF a

    empresa tambm contrata na maioria das vezes transportadores autnomos, e

    efetua pagamento do frete atravs de depsitos em conta.

    No segundo captulo ser apresentado a fundamentao terica dos

    assuntos pertinentes a logstica, ampliando os conhecimentos sobre transporte

    homologado e qualificao de fornecedores, visando ao bom atendimento aos

    clientes, aliado ao custo zero neste processo.

    O captulo terceiro trata da metodologia, identificando todos os caminhos

    para realizao desta pesquisa. Destacam-se os procedimentos metodolgicos, tipo

    de estudo e apresentao da empresa.

    No quarto captulo encontra-se exposto a proposta de implantao de

    uma nova ferramenta na rea da logstica de transporte, para melhor atender seus

    clientes, dentro da organizao estudada.

    Ao trmino do trabalho encontra-se a concluso obtida durante a

    realizao do estudo, os anexos, bem como as referncias bibliogrficas utilizadas

    para nortear os assuntos desenvolvidos. Foi anexado ao trabalho um exemplo de

    romaneio de carga emitido ao setor de carregamento da empresa, onde constam os

    dados dos clientes dos pedidos, bem como o transportador homologado cadastrado

  • 14

    para realizar a entrega dos mesmos (juntamente com seu cdigo cadastral).

    1.1 TEMA

    Processo de Homologao e Qualificao de Transportadoras no setor

    logstico.

    1.2 TTULO

    Proposta de Homologao e Qualificao de Transportadoras - um estudo

    de caso.

    1.3 SITUAO PROBLEMA

    A empresa Tgula considerada lder no segmento de coberturas, sendo

    uma organizao de grande porte, possuindo enorme preocupao com a qualidade,

    aliada satisfao de seus clientes.

    As telhas so carregadas sem nenhuma avaria, pois tem implantado em

    seu sistema um ndice de quebra de produo que medido at o instante do

    carregamento, portanto caso seja constatada alguma quebra nas telhas no momento

    do recebimento pelo cliente, a responsabilidade pelo ocorrido do transportador.

    Nesta empresa a demanda dos produtos grande, e para atender os

    objetivos estratgicos, a organizao conta com um sistema de logstica, onde o

    processo de transporte atende as solicitaes das necessidades dos clientes.

    A prtica atual da empresa de trabalhar com frete FOB, e em alguns

    casos especficos com frete CIF. Os fretes so contratados pelos vendedores e pela

    empresa, e na maioria das vezes por transportadores autnomos podendo ocasionar

    falta de transporte de acordo com a alta demanda, pois nem sempre os mesmos

    transportadores esto disponveis no momento da solicitao de entrega dos

    clientes. Quando a demanda maior em alguns casos a logstica deixa de atender

    os clientes no modelo Just-in-time.

    Devido alta concorrncia no mercado de trabalho no ramo telhadista,

    hoje, o mtodo de logstica da organizao estudada est suprindo as necessidades

    dos clientes e da prpria empresa?

  • 15

    1.4 OBJETIVOS

    Os objetivos tm como funo instruir e direcionar o estudo deste

    trabalho.

    1.4.1 Objetivo Geral

    Conhecer a forma logstica utilizada pela Tgula Solues para Telhados

    Ltda., propondo atravs de ferramentas de qualificao e classificao, uma

    metodologia para homologao e qualificao de transportadoras, buscando a

    eficincia e eficcia no atendimento das entregas dos pedidos solicitados pelos

    clientes.

    1.4.2 Objetivos Especficos

    Aprofundar conhecimentos tericos sobre logstica;

    Descrever a forma de logstica utilizada na organizao;

    Apresentar o fluxo do processo logstico atual;

    Realizar um estudo sobre homologao e qualificao de

    transportadoras para obter informaes sobre esta tcnica de logstica;

    Propor implantao do frete FOB homologado para transporte na

    Tgula.

    1.5 JUSTIFICATIVA

    Atualmente, existem consumidores mais exigentes na qualidade dos

    produtos e servios de acordo com seus desejos e necessidades, as empresas se

    preocupam no s em manter, mas em atingir a excelncia e qualidade. Assim

    com grande esforo e desempenho que procuram cada vez mais melhorar sua

    capacidade na qualidade e produtividade, para satisfao dessa demanda. Isto faz

    com que as organizaes busquem melhorias contnuas com maior intensidade no

    seu processo logstico, visando ao bom atendimento de seus consumidores, assim

    eliminando ferramentas e atividades que no agregam valor aos seus produtos e

    servios que prestam sociedade.

  • 16

    A Tgula Solues para Telhados Ltda. tem como poltica, atender

    satisfatoriamente seus clientes, buscando a qualidade de seus produtos, e

    processos. Identifica-se que para melhor atender sua demanda necessita de um

    sistema organizacional construtivo e contnuo para atingir a excelncia de seus

    produtos, visando aos lucros.

    Conforme Nazrio (2000) para que o produto seja competitivo,

    indispensvel um sistema de transporte eficiente, pois o custo de transporte uma

    parcela considervel do valor deste produto. Para o sucesso das empresas, as

    mesmas devem manter um planejamento estratgico do transporte de seus

    produtos.

    Com o intuito de ter excelncia no relacionamento com seus clientes, este

    estudo busca conhecer o processo de homologao e qualificao de

    transportadoras, objetivando formar um grupo de fornecedores fiis aos preceitos da

    Tgula. Atualmente a empresa no possui uma relao de transportadoras que

    atendam com qualidade os clientes, entregando os produtos no prazo e em perfeitas

    condies.

    Este estudo faz-se necessrio para que a empresa obtenha

    transportadores que realizem o frete aos seus clientes a qualquer momento, bem

    como na qualidade que a empresa necessita, fazendo com que seus clientes

    obtenham seus produtos de acordo com o que necessitam, ou seja, na quantidade e

    na qualidade desejada.

    Atravs da homologao das transportadoras, faz-se um acordo formal

    com a mesma, obtendo o caminho para realizar o frete no momento que for

    solicitado. J com a qualificao, realiza-se uma pesquisa qualitativa, objetivando

    verificar quais transportadores realizam o transporte nos padres de qualidade

    desejados pela Tgula.

    O estudo realizado sobre homologao e qualificao de fornecedores

    permite contribuir para a organizao conhecimento sobre o novo modelo que pode

    ser utilizado na rea comercial, quanto para conhecimento pessoal agregado a nova

    ferramenta que era desconhecida.

  • 17

    2 FUNDAMENTAO TERICA

    A fundamentao terica baseada em estudos e pesquisas de vrios

    autores com conhecimento referente ao assunto, que auxiliam na compreenso do

    contedo e ajudam a alcanar os objetivos esperados com o estudo.

    2.1 LOGSTICA

    Segundo Novaes (2007), a logstica um setor importante na empresa

    pois ela quem d suporte na realizao das metas definidas pelo Marketing. Ela

    considerada pelo setor varejista um processo que envolve as demais partes da

    empresa de forma integrada e em conjunto, pois vai da matria-prima at os

    consumidores finais.

    Segundo Larraaga (2003), a palavra logstica tem origem no verbo

    francs loger, que significa alojar..., esta logstica era utilizada na batalha militar

    para identificar longe de seus recursos, o abastecimento necessrio dos exrcitos.

    Kobayashi (2000) conceitua a logstica de acordo com Christopher (1999),

    um processo estratgico a qual se dirige a armazenagem dos produtos,

    transferncia de materiais e produtos acabados, passando pelos fornecedores,

    empresas, at a chegada dos materiais aos consumidores finais.

    De acordo com CLM (1999 apud Cavanha Filho 2001 p. 3) logstica a

    parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla o

    eficiente e efetivo fluxo e estocagem de bens, servios e informaes relacionadas,

    do ponto de origem de consumo, visando atender os requisitos dos consumidores.

    Bowersox (1986, p. 3 apud Coronado 2007 p. 72) apresenta logstica

    como um sistema lgico para guiar o processo de planejamento, a locao e

    controle de recursos financeiros e humanos comprometidos com a distribuio fsica

    dando suporte a operaes de produo e compras.

    Segundo Novaes (2007) o conceito de logstica era visto como operaes

    militares, pelo motivo que os generais de tropa ao entrarem em um campo de

    batalha ditavam ordens a uma equipe para que se deslocassem no momento correto

    e hora certa com equipamentos e munies.

    Ballou (2007 p.17) descreve que a logstica empresarial estuda como a

    administrao pode prover melhor nvel de rentabilidade nos servios de distribuio

  • 18

    aos clientes e consumidores, atravs de planejamento, organizao e controle [...]

    que visam facilitar o fluxo de produtos.

    Ching (1999) relata que os clientes esto cada vez mais exigentes em

    relao a qualidade de servio e de produtividade oferecida aos clientes. Neste caso

    as empresas buscam maior agilidade, reduo nos custos, sendo a logstica quem

    assume este papel, para que as empresas alcancem seus objetivos.

    Gomes (2007 p. 17) relata que com o aumento do comrcio mundial e o

    acirramento da concorrncia obrigaram as empresas a se tornarem mais geis e

    flexveis buscando performances melhores e redues nos custos. Sendo assim a

    logstica conseguiu mostrar a importncia que a ferramenta possui no

    gerenciamento entre a produtividade e obtendo melhorias na qualidade do servio

    aos clientes e diminuindo seus custos.

    De acordo com Novaes (2007), a logstica que garante ao consumidor

    final a posse do produto no momento em que o mesmo deseja, pois h casos em

    que os vendedores no momento da venda prometem prazos de entrega, e esta

    promessa no cumprida, devido a problemas de informaes nos transportes ou

    em operaes do depsito, causando um efeito negativo na imagem da empresa.

    Ainda de acordo com o autor acima, o consumidor se sente satisfeito no

    consumo do produto no apenas pela mercadoria em si, mas em toda a cadeia de

    distribuio a qual est ligado logstica, atendendo de forma subjacente e indireta.

    O consumidor aumenta sua confiana no varejista de acordo com a honestidade e

    profissionalismo do comerciante, pois o consumidor vai acompanhando e

    vivenciando o desempenho logstico de sua cadeia de suprimentos e situaes

    positivas do produto.

    Larraaga (2003) relata que os sistemas logsticos eficientes e eficazes,

    ao permitir a reduo do custo final dos produtos, significam um melhor padro de

    vida para toda a sociedade.

    Novaes (2007) afirma que a logstica tambm agrega valor de tempo aos

    produtos, estes devem chegar aos clientes em tempo aceitvel conforme promessa

    de entrega do comerciante. O fator tempo um dos crticos processos logsticos,

    porque as empresas esto buscando trabalhar com baixo estoque para reduo de

    custos, e ao mesmo tempo buscando satisfazer o cliente em suas exigncias de

    cumprimento do prazo de entrega.

    O autor acima conceitua logstica com a definio de Council of Supply

  • 19

    Chain Management Profissionals:

    Logstica o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e armazenagem de produtos, bem como os servios e informaes associados, cobrindo desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com objetivo de atender aos requisitos do consumidor. (NOVAES, 2007, p. 35).

    Na Figura 1apresentam-se os principais conceitos logsticos:

    Figura 1 - Elementos bsicos da Logstica.

    Fonte: (NOVAES, 2007, p. 36).

    Os conceitos logsticos, de acordo com o autor, servem para controle,

    avaliao e monitoramento, tendo em vista complexidade dos problemas logsticos

    e sua natureza dinmica.

    J na Figura 2 ilustram-se os fluxos logsticos apresentados por Novaes

    (2007):

  • 20

    Figura 2 - Fluxos logsticos

    Fonte: (NOVAES, 2007, p. 37)

    A informao acima, de acordo com o autor, percorre desde a matria-

    prima ao consumidor final, realizando o caminho inverso, retornando informaes do

    cliente. Alm do fluxo de informao, ocorre o fluxo de materiais e de dinheiro.

    Segundo Novaes (2007), todos os elementos do processo logstico

    buscam atender e satisfazer as necessidades dos consumidores finais, com isto a

    moderna logstica busca incorporar:

    Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de toda a cadeia de suprimento; Integrao efetiva e sistmica entre todos os setores da empresa; Integrao efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes; Busca da otimizao global, envolvendo a racionalizao dos processos e a reduo de custos em toda a cadeia de suprimento; Satisfao plena do cliente, mantendo nvel de servio preestabelecido e adequado. (NOVAES, 2007, p. 37).

    De acordo com Bowersox e Closs (2001), o objetivo da logstica de

    oferecer capacidades logsticas, buscando atingir um nvel de servio ao cliente pelo

    menor custo, obtendo agilidade, flexibilidade, controle operacional e atingindo um

    nvel de qualidade.

    2.2 SERVIO AO CLIENTE

    De acordo com Christopher (2007) os produtos s possuem valor no

    momento em que o cliente recebe os mesmos no lugar exigido e no tempo certo,

  • 21

    pois o servio agrega valor ao produto, passando a valer mais aos olhos dos

    clientes.

    Ainda de acordo com o autor acima, as empresas que conseguiram

    estabelecer uma vantagem competitiva sobre a concorrncia, foram as empresas

    com reconhecimento, devido a excelncia do servio.

    De acordo com Novaes (2007), a logstica moderna busca eliminar perda

    de tempo, custos e todo processo que no agrega valor ao cliente.

    Segundo o autor acima, um fator muito importante agregado logstica,

    diz respeito qualidade do produto, este deve atender o pedido do cliente, tanto na

    qualidade intrnseca do produto, quanto da operao logstica, obtendo um valor de

    qualidade no processo de transporte.

    Christopher (2007) ressalta que, a principal fonte de vantagem

    competitiva o reconhecimento do gerenciamento logstico sobre a entrega do

    servio, sendo eles a base consistente do bom negcio.

    Conforme Fleury e Lavalle (2000), as empresas visualizam que no

    possvel atingir os objetivos de custos sem trabalhar adequadamente com

    participantes da cadeia de suprimentos, e paralelamente no conseguem atender

    todas as exigncias dos clientes quanto aos servios.

    Ainda de acordo com os autores acima, a alta qualidade dos servios

    oferecidos aos clientes so pr-requisitos para a busca da eficincia. Mas para

    atingir este objetivo faz-se necessrio a integrao entre parceiros de uma mesma

    cadeia.

    Para Ballou (2007) o servio logstico a forma da qualidade no

    atendimento dos pedidos de seus clientes, associados a seus custos e planejamento

    de seus bens e servios.

    Christopher (2007, p. 36), No mercado de hoje, o cliente mais exigente,

    no s em relao qualidade do produto, mas tambm quanto ao servio.

    Os clientes buscam solues mais customizadas e com flexibilidade,

    sendo que os fornecedores devem ser geis atendendo as necessidades dos

    clientes em menos tempo, satisfazendo a exigncia do cliente, Christopher (2007).

    2.3 HOMOLOGAO DE TRANSPORTADORAS

    De acordo com Ballou (2006), a empresa que optar por transporte

  • 22

    controlado por ela mesma, pode optar por terceirizao de transportes com frota

    prpria ou com contratos. Essas alternativas so procuradas para diminuir seus

    custos e aumentar sua capacidade de transporte, em contrapartida tero que ter

    flexibilidade financeira, haja vista um investimento para implantao desta prtica de

    transporte. Quando a organizao possui uma quantidade significativa de fretes, o

    servio de transporte prprio torna-se mais vantajoso economicamente. Entretanto,

    algumas peculiaridades do transporte contratado so levadas em considerao,

    podendo citar:

    Entrega rpida com grande confiabilidade;

    Equipamentos especiais que so raros no mercado;

    Manuseio especializado da carga;

    Um servio que esteja sempre disponvel. Os transportadores comuns trabalham para muitos clientes ao mesmo tempo e nem sempre tem condies de suprir as necessidades de transporte de determinados usurios (BALLOU, 2006, p. 160)

    Bowersox, Closs e Cooper (2007), relatam que, existem trs maneiras de

    transportes que satisfazem as necessidades do ramo de transportes, sendo elas:

    efetuar contratos com especialistas dedicados ao transporte, operar uma frota

    particular de transporte e a empresa pode contratar servios de transportadoras

    variadas, que prestam servios de transporte de acordo com a necessidade de

    embarque.

    Os autores acima mencionam trs fatores fundamentais do ponto de vista

    do sistema logstico, para o desempenho nos transportes, so eles: velocidade,

    consistncia e custo. Velocidade o tempo necessrio do transporte para completar

    uma movimentao determinada. Se os transportes oferecem servios mais rpidos,

    as transportadoras geralmente cobram tarifas mais altas. No entanto transportando

    com mais rapidez, menor ser o tempo que o produto ficar indisponvel no trnsito.

    Ainda afirmam que, a consistncia reflete confiabilidade do transporte,

    pois se refere a variaes de tempo para efetuar transaes de nmeros de

    embarques. J os custos do transporte esto relacionados s despesas em

    permanecer os estoques em movimento e o pagamento efetuado por embarque

    em dois endereos geogrficos.

    Conforme Bowersox, Closs e Cooper (2007) o sistema logstico deve

    possuir um equilbrio entre a qualidade do servio e o custo do transporte, pois

    transportes lentos podero ser benficos em alguns casos especficos, obtendo

  • 23

    custos satisfatrios, como tambm pode ser essencial os transportes mais rpidos,

    atingindo os objetivos operacionais. Por isso a importncia da logstica em saber

    administrar e encontrar o transporte desejado por toda cadeia de suprimentos.

    2.4 QUALIFICAO DE TRANSPORTADORAS

    De acordo com Kuchenbecker (2006), a qualificao de fornecedores

    (transportadoras) est relacionada ao processo de selecionar parceiros que atendam

    as necessidades de acordo com a demanda, tendo como meta alcanar os objetivos

    da organizao. O objetivo geral desta prtica de implantar e manter um conjunto

    de fornecedores qualificados para atingir a melhoria ao longo prazo do

    relacionamento entre organizao e fornecedor.

    De acordo com Christopher (2007), as empresas percebem vantagens em

    buscar parcerias com fornecedores a longo prazo, visto que um relacionamento

    benfico, dificultando a entrada de concorrentes.

    Segundo Harrington (1993) a qualificao a eficcia de todos os

    processos da organizao, sendo constituda nos vrios setores da cadeia produtiva.

    Com isso o processo visa qualidade total, precisando garantir uma produo

    repetidamente de produtos e servios de qualidade.

    Cunha (1996) destaca que devido concorrncia existente no mercado

    global h uma reduo da distino entre os parceiros e concorrentes, e para o

    mercado globalizado, esta reduo ajuda a firmar parceiros estratgicos.

    Arkader (1999) afirma que relaes de parceria com fornecedores

    resultam em bons resultados operacionais para as organizaes. Esta relao entre

    ambos no visa o preo como a varivel para tomada de decises, esta parceria

    consiste em uma relao de confiabilidade ao longo prazo.

    De acordo com Larraaga (2003), as parcerias so formadas porque

    otimizam seus servios e produtos, focam no negcio principal, enfrentam a

    concorrncia, transformam custos fixos em custos variveis, ganham em eficincia

    operacional e etc.

    Ainda de acordo com o autor, com base nos riscos, confiana e

    recompensas compartilhados, afirma que uma parceria um relacionamento

    comercial, onde vantagens estratgicas proporcionam melhor desempenho, do que

    seria alcanado de forma individual.

  • 24

    As parcerias possuem objetivos, e segundo Larraaga (2003) [...] para a

    maioria dos empresrios, a reduo de custos e a gerao de vantagens

    competitivas. [...] Os resultados das parcerias podem ser benficos, mas nem

    sempre seu desenvolvimento possvel ou apropriado.

    2.5 CUSTOS DO TRANSPORTE

    Segundo Ballou (2006), os custos de transporte esto ligados a cada tipo

    de servio, onde alguns possuiro diferentes vantagens tarifrias, e outros no

    conseguiro atingir esta eficincia. O servio de transporte gera custos fixos e

    variveis variando de acordo com o volume ou servio.

    Tabela 1 - Custos fixos e variveis do transporte.

    CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIVEIS

    Aquisio Combustvel

    Manuteno de direito de trfego Mo-de-obra (salrios)

    Instalaes de terminais Equipamentos de manuteno

    Equipamentos de transportes Manuseio

    Administrativos Coleta e entrega

    Fonte: (adaptado de BALLOU, 2006, p. 164).

    Os dados apresentados pelo autor na Tabela 1 no so classificados

    indistintamente, pois todos os custos so parcialmente fixos e variveis ao mesmo

    tempo. O ndice que influencia nestes custos, est relacionado ao volume de carga,

    distncia a ser percorrida e tipo de transporte (ferrovirio, rodovirio, aquavirio,

    dutovirio, aerovirio).

    Conforme Bowersox e Closs (2001), custos fixos so custos inalterados

    em pequenos prazos, mesmo que a empresa pare de operar. Estes tipos de custos

    no afetam diretamente pelas quantidades de cargas movimentadas pelas

    transportadoras.

    Lopes e Lopes (1995, p.127 apud CRESCENCIO 2009) afirmam que

    custo fixo um valor gasto constante, no obtendo variao com o volume de

    produo, j os custos variveis oscilam em funo das quantidades produzidas.

    Crescncio (2009) descreve custos variveis, como gastos ligados

  • 25

    diretamente ao transporte da carga, ocorrem de acordo com a prestao de servio,

    como: manuteno, combustvel mo-de-obra dentre outros.

    2.6 FRETE FOB HOMOLOGADO

    De acordo com Cechinel (2008), na modalidade FOB Homologado, a

    empresa quem contrata o transporte autorizado pelo comprador, porm a

    responsabilidade do pagamento do frete do prprio cliente. Os valores a serem

    pagos ao transportador so informados pelos vendedores no ato da venda dos

    produtos, fechamento do pedido.

    O objetivo deste modal centralizar o maior volume de pedidos em uma

    nica transportadora, podendo assim o cliente receber os produtos em menos

    tempo, com mais rapidez, devido a facilidade de fechamento de cargas, otimizando

    os custos de frete e prazos de entrega.

    O frete FOB Homologado tem o objetivo de otimizar os servios de

    transporte, entregar os produtos ao cliente nos preos e prazos acordados entre

    transportadoras e empresas, buscar no mercado transportadoras que atendam as

    normas da empresa contratante e do cliente nas condies de servio solicitada,

    evitar perdas com o transporte, reduzir ao mnimo o envolvimento do vendedor em

    negociaes de frete para que este se dedique mais na qualidade de venda.

  • 26

    3 METODOLOGIA

    A metodologia tem o objetivo de analisar as caractersticas dos mtodos

    utilizados, com finalidade de conduzir a pesquisa de forma eficaz. De acordo com

    Andrade (2005, p.129) metodologia o conjunto de mtodos ou caminhos que so

    percorridos na busca do conhecimento.

    3.1 ABORDAGEM METODOLGICA

    O estudo ser descritivo, com base em diversas referncias bibliogrficas

    relacionadas rea de pesquisa, onde sero apontados os pontos positivos e

    negativos dos diversos tipos logsticos, dando nfase na homologao e qualificao

    de transportadoras.

    Sero utilizados neste estudo os transportadores existentes atualmente

    na empresa, realizando com os mesmos o processo de qualificao, verificando

    quais deles se enquadram nos padres de qualidade exigidos pela empresa e

    indicando requisitos mnimos para o processo de qualificao.

    3.1.1 Natureza do Objetivo

    Quanto natureza do objetivo, a mesma ser bibliogrfica e descritiva.

    Segundo Duarte (2012, p. 8), a pesquisa bibliogrfica tanto pode ser um trabalho

    independente como constituir-se no passo inicial de outra pesquisa elaborada a

    partir de material j publicado, como livros, artigos de peridicos, etc.

    Gil (1999, p. 70) relata que a pesquisa descritiva tem como principal

    objetivo descrever caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou

    estabelecimento de relaes entre as variveis.

    3.1.2 Natureza do Trabalho

    Por ser um trabalho prtico, enquadra-se como estudo de caso, pois

    permite a investigao para se preservar as caractersticas logsticas e significativas

    da vida real.

  • 27

    3.1.3 Forma de Abordagem

    A forma de abordagem ser qualitativa, de acordo com Duarte (2012, p.

    8) esta abordagem se torna descritiva, onde as informaes obtidas no podem ser

    quantificveis, os dados obtidos so analisados indutivamente e a interpretao dos

    fenmenos e a atribuio de significados so bsicas no processo de pesquisa

    qualitativa.

    3.2 CARACTERIZAO DA EMPRESA

    A caracterizao da empresa tem o objetivo de apresentar os dados da

    organizao onde o estudo ser realizado.

    3.2.1 Nome e Localizao

    Nome: Tgula Solues para Telhados Ltda.

    Endereo: Rodovia Lino Zanolli, km 2,5 S/N

    Bairro: Aurora

    Cidade: Iara SC

    CEP: 88820-000

    Fone: (48) 2101 2101 Fax: (48) 2101 2113

    Site: www.tegula.com.br

    3.2.2 Histrico da Empresa

    De acordo com Tgula (2012), a empresa a maior fabricante de telhas

    de concreto do Brasil, sendo uma empresa do Grupo Eternit. O Grupo Tgula possui

    seis fbricas: a Matriz localizada em Atibaia/SP e mais cinco filiais nas seguintes

    cidades: So Jos do Rio Preto/SP, Anpolis/GO, Camaari/BA, Frederico

    Westphalen/RS, e por fim em Iara/SC, onde o estudo est sendo realizado.

    As empresas possuem um portflio completo para cobertura de telhados.

    Possuindo diversos modelos de telhas, para atender a todos os gostos

    arquitetnicos, alm disso, possuem produtos para telhado como os acessrios

    (passarinheira, caixa dgua, freshfoil, dentre outros), e tambm possuem sistemas

  • 28

    de aquecimento solar.

    A empresa conquistou a certificao ISO 9001:2000 na sua gesto de

    qualidade. A Figura 3 mostra uma vista area da unidade fabril da Tgula Iara/SC.

    Figura 3 - Tgula Solues para Telhados Ltda (Iara/SC)

    Fonte: Manual da empresa Tgula (2012).

  • 29

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS

    O estudo tem por objetivo principal analisar a aplicao da ferramenta de

    homologao e qualificao de fornecedores na empresa Tgula Solues para

    Telhados Ltda., verificando a possibilidade de utilizao dos mtodos no setor

    logstico da organizao visando conhecimentos tericos.

    4.1 LOGSTICA DO TRANSPORTE NA TGULA

    A filial de Iara atende as vendas dos produtos nas regies mais prximas

    a unidade fabril, que so os estados do RS, SC e PR.

    O servio de entrega realizado atravs do modal rodovirio, trabalhando

    com motoristas particulares que possuem caminhes prprios e transportadoras,

    pois a empresa no possui frota prpria para a realizao de transporte.

    Devido ao grande nmero de contrataes de motoristas particulares para

    a entrega dos produtos, os clientes enfrentam a dificuldade de ter que aguardar a

    disponibilidade destes caminhes para carregamento de seus pedidos, ou seja, a

    data de entrega precisa ser avaliada pelo vendedor (frete FOB) se o motorista que

    carrega para a cidade local estar disponvel para retirada do pedido na fbrica e

    entregar ao cliente no prazo solicitado pelo mesmo.

    A Tgula disponibiliza duas modalidades de frete, sendo eles FOB e CIF,

    onde ambos a empresa aplica normas e procedimentos para carregamento dentro

    da organizao, se os transportadores no esto aptos a carregarem dentro destas

    normas, o carregamento no permitido.

    4.1.1 Frete CIF e FOB

    De acordo com Crescncio (2009) os fretes geralmente so efetuados

    pelas transportadoras atravs de cotaes se baseando no custo operacional e

    distncia da entrega, assim formando seus preos, podendo ser eles CIF ou FOB.

    4.1.1.1 Frete CIF

    De acordo com Bowersox e Closs (2001), frete CIF significa que a

  • 30

    responsabilidade da carga do destinatrio, o comprador no envolvido at a

    entrega dos produtos.

    Nesta modalidade de frete a Tgula quem se responsabiliza pelo

    servio de frete. A empresa organiza com o cliente ou vendedor, todo o processo de

    entrega do produto ao destino final, se responsabilizando pelo material desde a

    sada da fbrica at o endereo de entrega, bem como pelo pagamento de frete ao

    transportador.

    Se ocorrer algum dano com o material e o problema for constatado no

    transporte, o transportador assume os custos, e se este no assumir o problema

    causado, a Tgula indeniza o cliente, pois a responsabilidade da movimentao dos

    produtos da empresa e no do cliente.

    4.1.1.2 Frete FOB

    Segundo Bowersox e Closs (2001), na prtica o frete FOB significa que o

    destinatrio ou comprador so os responsveis pela carga, bem como os riscos e o

    seguro.

    Na Tgula o frete oferecido aos clientes atravs dos vendedores so

    todos fretes FOB, onde o cliente pode contratar uma transportadora por ele

    conhecida, ou frota prpria, podendo ter um custo de frete reduzido, ou o vendedor

    da organizao indica um transportador particular, acertando os valores do frete a

    ser pago pelo cliente, no ato de sua compra, fechamento do pedido. Estes

    transportadores devem estar de acordo com as normas da empresa necessrias

    para carregamento.

    4.1.2 Fluxograma Logstico

    Na Figura 4 apresenta-se o atual fluxograma logstico desempenhado na

    empresa Tgula, onde se descreve desde a concepo dos produtos estocados at

    o consumidor final.

  • 31

    Figura 4 - Fluxograma logstico da Tgula.

    Fonte: da autora.

    4.1.3 Implantao Qualificao Fornecedores

    Os fornecedores devero preencher a Ficha de Auto Avaliao (F.A.A.) e

    entregar ao setor Logstico da empresa, para verificao do atendimento aos

    requisitos solicitados pela organizao. A F.A.A. proposta para a implantao da

    qualificao de fornecedores encontra-se exposta na Tabela 2 abaixo:

    Estoque

    Pedido do cliente

    Verificao dos itens

    do pedido em estoque

    Reserva do pedido para

    carregamento

    Logstica

    Romaneio para

    carregamento

    Solicitao da

    fabricao ao PCP

    Informao de previso de

    liberao dos produtos ao

    vendedor, para posicionar o cliente

    Carregamento dos

    produtos nos caminhes

    Entrega ao cliente

    SIM NO

  • 32

    Tabela 2 - Ficha de Auto Avaliao DADOS CADASTRAIS

    INFORMAES GERAIS

    Requisitos Avaliao dos requisitos

    SIM NO

    1. Transportadora

    a) Caso transportadora, quantidade de veculos:

    Obs.: anexar a esta ficha, a relao das placas dos veculos.

    2. Caso motorista particular, quantidade de veculos:

    3. Possui seguro de cargas (R.C.T.R. - C)?

    a) Caso possua seguro, informe o limite de cobertura (R$):

    b) Caso possua seguro, o mesmo cobre roubo (R.C.F. - FC):

    c) Caso possua cobertura para roubo, informar o valor:

    4. Os condutores do (s) veculo (s) utilizam trajes apropriados

    (cala e sapato fechado)?

    5. O (s) motorista (s) respeita (m) as normas de segurana da

    empresa?

    Obs.: Todos os motoristas devem receber o treinamento de vdeo,

    antes de efetuar o carregamento

    6. Caminho (es) possui (em) carroceria com grade baixa?

    7. A (s) carroceria (s) do (s) caminho (es) est (o) em bom

    estado de conservao (sem fendas / aberturas / buracos que

    prejudiquem o acondicionamento adequado das telhas?

    8. Possui cantoneiras e cordas suficientes para montagem e

    amarrao adequada das cargas?

    9. Entrega o pedido no prazo?

    a) Entrega com atraso de 2 dias?

    b) Entrega com atraso de 5 dias?

    c) Entrega com atraso com mais de 5 dias?

    10. Qualidade na entrega do pedido (% ocorrncia / NF)

    ASSUMIMOS TODAS AS RESPONSABILIDADES PELAS INFORMAES FORNECIDAS

    NESTE FORMULRIO.

    Iara, ____ de ___________de 20___.

    _________________________________

    Assinatura do responsvel

    ( ) Aprovado ( ) Reprovado Data: ____/____/_____

    Observaes:_______________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ___________________________________

    Responsvel Logstica

    Fonte: da autora.

  • 33

    Aps o preenchimento e anlise da Ficha de Auto Avaliao, o setor de

    Logstica da Tgula ser responsvel pela aplicao da qualificao dos

    fornecedores, atravs de pontuaes consideradas de acordo com as necessidades

    da organizao.

    Os critrios de anlise da F.A.A. esto descritos na Tabela 3 abaixo:

    Tabela 3 - Notas para Avaliao de Fornecedores de servios de transporte. Quesitos Peso (0 a 5)

    Informaes Gerais

    Item 3 = 4

    Item 4 = 3

    Item 5 = 5

    Item 6 = 5

    Item 7 = 5

    Item 8 = 5

    Item 9 = 5 Item 10 = 5

    Fonte: da autora.

    Conforme tabela acima, os itens 1 e 2 no influenciaro na avaliao de

    qualificao dos transportadores, sendo que os fornecedores respondero somente

    um item, pois os mesmos podem ser transportadoras ou autnomos. A empresa

    adotou esta metodologia para estes dois itens, tendo em vista que o transportador

    autnomo no pode ser desqualificado por possuir apenas um caminho, pois se o

    mesmo atende as exigncias da organizao para transporte, o mesmo deve possuir

    uma boa qualificao, podendo exercer com igualdade o transporte dos produtos

    Tgula, de forma igualitria as transportadoras, que possuem mais caminhes.

    Para determinao da pontuao dos itens 3, 4, 5, 6, 7 e 8 sero

    avaliadas atravs da resposta SIM ou NO, ou seja, caso a resposta do quesito

    tenha sido SIM ter nota mxima e tendo resposta NO ter nota mnima (zero). O

    item 3 possui menos peso, pois devido ao custo elevado do seguro,

    automaticamente o valor do frete aumenta, por esta razo a grande maioria dos

    clientes no optam por esta modalidade. J o item 4 adotou-se o menor peso, pois

    caso os motoristas no possuam as roupas exigidas, a empresa fornece

    temporariamente aos mesmos.

    Devido a Tgula possuir a certificao ISO 9001, a mesma props

    procedimentos internos na organizao para segurana de funcionrios,

    fornecedores, clientes, e at mesmo ao produto. Por este fato, os itens 5, 6, 7 e 8

  • 34

    possuem o peso mximo, pois os mesmos so considerados obrigatrios, e caso os

    mesmos no atendam a estes critrios, no tem autorizao para efetuar

    carregamento nas dependncias da empresa.

    Em funo do item 9 avaliado ser atribudo nota de acordo com o quadro

    abaixo (Tabela 4). Esta avaliao faz-se necessrio para diferenciar os

    transportadores que executam a entrega no prazo informado pelos clientes, fazendo

    com que os mesmos obtenham melhores pontuaes.

    Tabela 4 - Pontuao para o prazo de entrega.

    Critrio Pontuao

    Se o fornecedor entrega at a data estipulada 5

    Se o fornecedor entregar com 01 dia de atraso 4

    Se o fornecedor entregar com 02 dias de atraso 3

    Se o fornecedor entregar com 03 dias de atraso 2

    Se o fornecedor entregar com 04 dias de atraso 1

    Se o fornecedor entregar com mais de 05 dias de atraso 0

    Fonte: da autora.

    Para anlise e levantamento da pontuao do item 10, tm-se como base

    os requisitos expostos na Tabela 5, que sero em funo das entregas realizadas. O

    levantamento destas informaes sero atribudos conforme o programa interno da

    Tgula OTIFIC (OT - On Time, IF - In Full, IC - Invoice Corretlly).

    Tabela 5 - Pontuao para a qualidade na entrega.

    Critrio Pontuao

    0 ocorrncia por NF 5

    0 10% de ocorrncia por NF 4

    10 20% de ocorrncia por NF 3

    20 30% de ocorrncia por NF 2

    30 40% de ocorrncia por NF 1

    > 40% de ocorrncia por NF 0

    Fonte: da autora.

    Todos os quesitos avaliados devem ser atualizados pelo fornecedor

    responsvel, no mximo, trimestralmente para assim poder passar pela avaliao do

    setor logstico da Tgula. O Sistema de Avaliao de Fornecedores totaliza os

  • 35

    pontos e classifica o fornecedor, e sempre que for constatada alguma mudana na

    classificao do fornecedor, o responsvel logstico da empresa entra em contato

    com o responsvel pela empresa, para que no prazo mximo de 05 dias teis sejam

    tomadas as devidas aes corretivas. Caso estas aes no sejam corrigidas, o

    fornecedor perder sua credencial junto Tgula, no podendo realizar mais

    carregamentos nas dependncias da empresa, at que seja comprovado o

    atendimento aos requisitos mnimos estipulados pela organizao.

    De acordo com a qualificao dos fornecedores, os mesmos so

    classificados de acordo com a faixa de pontuao abaixo:

    Excelente: 170 185 pontos;

    Bom: 150 170 pontos;

    Regular: 100 150 pontos;

    Ruim: < 100 pontos.

    4.1.4 Implantao FOB Homologado na Tgula

    Com a implantao do FOB Homologado, a Tgula possuiria uma

    vantagem diferencial mediante valor agregado no servio de suporte ao cliente. A

    Tgula teria benefcios, pois apresentaria um diferencial competitivo, atrativo para

    clientes fiis e satisfeitos com o servio e qualidade, e ainda a empresa no se

    envolveria com pagamentos de fretes desta modalidade.

    CECHINEL (2008) afirma que para implantar esta modalidade FOB

    Homologado na sua empresa , necessrio seguir alguns procedimentos:

    Qualificao de um nmero reduzido de transportadoras;

    Elaborao de uma Tabela de Contratao entre empresa e transportadores. Esta tabela est em vigor para as transportadoras selecionadas participantes do FOB Homologado. Nela existem especificaes das condies e responsabilidades do transporte, tempo de transito e preo;

    Formulao de critrios de qualidade e indicadores de performance para a manuteno do processo;

    Integridade dos produtos embarcados deve ser assegurada, assim como a conformidade com o pedido deve ser garantida pela unidade fabril que expediu o produto, visando evitar devolues de produtos. (CECHINEL, 2008, p. 08).

    4.1.4.1 Como funcionaria o frete FOB homologado na Tgula

  • 36

    O sistema hoje utilizado pela empresa no possui campo frete como

    opo de escolha, pois a Tgula fornece aos vendedores apenas o frete FOB

    (automtico) para o acesso de cadastro de pedidos. Para implantar pedidos de

    fretes CIF os vendedores enviam o formulrio do pedido preenchido e assinado pelo

    cliente, para a fbrica, setor comercial cadastrar no sistema.

    Os vendedores efetuam seus pedidos atualmente no sistema extranet, o

    mesmo utilizaria o mesmo processo para cadastro, porm possuiria duas opes de

    frete para preenchimento do formulrio, sendo eles FOB e FOB Homologado.

    Quando o vendedor clicar na opo FOB Homologado apareceriam transportadoras

    que efetuam frete para a regio onde consta a cidade de entrega do cliente.

    4.1.5 Preos e Prazos de Entrega

    Os preos seriam acordados entre a Tgula e transportadoras, de acordo

    com as cidades de destino do produto. O valor seria calculado como atualmente, por

    peas (unidade) de concreto (exemplo: Porto Alegre / RS 1 pea a R$ 0,28).

    A Tgula distribuiria aos vendedores tabelas de transportadoras e seus

    valores de frete de cada cidade do estado para que estes possam preencher no

    pedido a transportadora que a Tgula faria a contratao. Esta modalidade de frete

    FOB Homologado apresentando tabelas aos vendedores, teria o objetivo de os

    mesmos no momento de fechar a venda com o cliente j deixar definido o transporte

    e o prazo de entrega.

    Para exemplificar de como seria o FOB Homologado: colocando o pedido

    no sistema com a transportadora j informada, o prazo de entrega seria no mximo

    5 dias, no entanto, se o cliente optar por prazo maior para a entrega de seu produto,

    o vendedor s poderia lanar o pedido no sistema no mximo 7 dias 2 dias sero

    para a fbrica verificar o pedido em carteira e contatar o transportador indicado no

    pedido.

    O fluxo de entrada e sada de pedidos teriam maior acelerao. Os

    preos e prazos devem ser cumpridos fielmente pelas transportadoras, pois o no

    cumprimento das normas exigidas pela Tgula, a empresa pode cancelar a parceria

    do FOB Homologado (quebra de contrato).

    Na Tabela 6 segue um exemplo de tabela que se apresentaria para os

    vendedores da Tgula, para o frete FOB Homologado:

  • 37

    Tabela 6 - Tabela de Preo - Transporte.

    Fonte: da autora.

    4.1.6 Recebimento dos Produtos

    Ao receber os produtos transportados pelo frete FOB Homologado, o

    cliente dever efetuar conferncia junto ao transportador de todas as peas de

    acordo com a nota, havendo alguma divergncia o mesmo dever assinar atrs do

    CTRC (Conhecimento de Transportes Rodovirio de Cargas), informando o

    problema ocorrido, para que a transportadora verifique e indenize o cliente por

    motivos de quebras ou extravios de materiais.

    Caso a transportadora no atenda o registro de reclamao do

    consumidor, o mesmo dever acionar o setor de assistncia tcnica da Tgula para

    verificao do ocorrido. Se o dano for comprovado que ocorreu no transporte e esta

    no arcar com os custos, a Tgula ir indenizar o cliente, e ir efetuar uma nova

    avaliao de fornecedor com a transportadora, podendo baixar sua pontuao, e

    aumentando seus pontos negativos, correndo o risco do contrato ser cancelado, por

    no estar dentro das normas que a Tgula solicita para transporte.

    4.2 EXEMPLO DE APLICAO

    Atualmente a empresa no possui um mtodo de qualificao de

    transportadoras ou autnomos, somente so efetuados treinamento com vdeo

    (normas exigidas pela empresa) com os motoristas antes do carregamento para

  • 38

    verificar se esto aptos para o transporte, de acordo com o procedimento da

    empresa, principalmente com relao segurana.

    Com o intuito de realizar uma simulao da aplicao da ferramenta

    proposta neste estudo, segue exemplo abaixo, onde tem-se o preenchimento da

    F.A.A, bem como levantamento de sua pontuao como forma de qualificao.

    Tabela 7 - Exemplo de aplicao (F.A.A.)

    DADOS CADASTRAIS

    Valdir Ferreira

    Rod. SC 444 - Aurora - Iara/SC

    CEP: 88.820-000

    Telefone: (48) 3432-0415

    INFORMAES GERAIS

    Requisitos Avaliao dos requisitos

    SIM NO

    1. Transportadora X

    a) Caso transportadora, quantidade de veculos: NA

    Obs.: anexar a esta ficha, a relao das placas dos veculos.

    2. Caso motorista particular, quantidade de veculos: 01

    3. Possui seguro de cargas (R.C.T.R. - C)? X

    a) Caso possua seguro, informe o limite de cobertura (R$): NA

    b) Caso possua seguro, o mesmo cobre roubo (R.C.F. - FC): NA

    c) Caso possua cobertura para roubo, informar o valor: NA

    4. Os condutores do (s) veculo (s) utilizam trajes apropriados

    (cala e sapato fechado)? X

    5. O (s) motorista (s) respeita (m) as normas de segurana da

    empresa? X

    Obs.: Todos os motoristas devem receber o treinamento de vdeo,

    antes de efetuar o carregamento

    6. Caminho (es) possui (em) carroceria com grade baixa? X

    7. A (s) carroceria (s) do (s) caminho (es) est (o) em bom

    estado de conservao (sem fendas / aberturas / buracos que

    prejudiquem o acondicionamento adequado das telhas?

    X

    8. Possui cantoneiras e cordas suficientes para montagem e

    amarrao adequada das cargas? X

    9. Entrega o pedido no prazo? X

    a) Entrega com atraso de 2 dias?

    b) Entrega com atraso de 5 dias?

    c) Entrega com atraso com mais de 5 dias?

    10. Qualidade na entrega do pedido (% ocorrncia / NF) ~1%

    Fonte: da autora.

    Segue abaixo um exemplo de qualificao de fornecedor, onde a nota

  • 39

    final ser atravs da multiplicao do peso pela nota, realizando a soma das notas

    de todos os quesitos, conforme Tabela 8.

    Tabela 8 - Exemplo de qualificao.

    Item Peso Nota Total

    3 4 0 0

    4 3 5 15

    5 5 5 25

    6 5 5 25

    7 5 5 25

    8 5 5 25

    9 5 5 25

    10 5 4 20

    TOTAL 160 pontos - BOM

    Fonte: da autora.

    De acordo com o exemplo acima, conclui-se que o motorista o qual foi

    aplicado o processo de classificao e qualificao se enquadra nos requisitos

    mnimos estabelecidos pela organizao, estando dentro dos padres exigidos para

    transporte, atingindo a pontuao aceitvel para carregamento, classificando-se

    como bom.

    Com a aplicao das ferramentas propostas neste estudo, a empresa

    garantir a qualidade no transporte de seus produtos aos clientes, pois possuir uma

    relao de transportadores capacitados para a realizao de um servio de

    qualidade, garantindo o atendimento aos anseios dos clientes, bem como possuir

    uma garantia para com a carga carregada, pois a responsabilidade pelos produtos

    sero atribudas ao transportador.

    Abaixo tem-se o plano de ao para a aplicao das ferramentas

    proposta neste estudo, exposto na Tabela 9.

  • 40

    Tabela 9 - Plano de ao.

    Item Responsvel Prazo

    Realizar contato com as transportadoras e

    autnomos existentes na regio Renata 05 dias

    Envio da F.A.A. para que as transportadoras e

    autnomos realizem o preenchimento Tamiris 10 dias

    Recebimento das F.A.A. preenchidas para a

    realizao da classificao dos mesmos Tamiris 20 dias

    Elaborao do contrato transportadora/autnomo

    x empresa Richard 10 dias

    Alterao do sistema Extranet para incluso do

    frete FOB Homologado Aquiles 15 dias

    Divulgao da nova metodologia logstica aos

    representantes Richard 05 dias

    Envio da tabela de preos de frete por regio aos

    representantes Richard 05 dias

    Implantao do novo sistema logstico na

    empresa Renata 20 dias

    Verificao da eficincia e eficcia do novo

    sistema logstico, atravs de reunies com os

    responsveis

    Todos 60 dias

    Melhorias no sistema Todos 10 dias

    Fonte: da autora.

  • 41

    CONCLUSO

    Abordou-se o estudo sobre as ferramentas Homologao e Qualificao

    de Fornecedores na empresa Tgula Solues para Telhados Ltda., para verificar a

    utilizao no setor logstico, j que este conduz o processo de montagem e entrega

    dos produtos aos clientes, um dos principais focos da organizao.

    O objetivo geral deste estudo foi concludo, pois conseguiu-se aprofundar

    os conhecimentos tericos sobre a logstica, sendo expostos no captulo

    Fundamentao Terica. Atravs deste levantamento bibliogrfico obteve-se

    subsdios para formalizar uma proposta da nova ferramenta para a organizao

    visando a forma atual utilizada pela empresa, propondo a homologao e

    qualificao das transportadoras, satisfazendo os anseios relatados nos objetivos

    especficos.

    Aps o estudo cientfico, pode-se concluir que os mtodos estudados so

    ferramentas que colocadas em prtica, sero de grande importncia para a

    organizao, pois as mesmas auxiliaro e beneficiaro os servios prestados aos

    clientes, que se sentiro satisfeitos com a agilidade no processo de entrega, sendo

    elas ferramentas simples e de fcil utilizao, sem custo vinculado.

    Aps a anlise de dados, verificou-se que as ferramentas podem ser

    implantadas pela empresa, pois no apresentam custos para aplicao, suprem

    todas as necessidades da organizao, agregam valor ao servio, assim garantindo

    a satisfao e fidelidade de seus clientes, buscando manter e aumentar

    atrativamente os mesmos, sendo um diferencial para a organizao, visando a

    concorrncia no mercado atual.

    Este estudo tem a expectativa de contribuir para uma melhor ordenao

    de prestadores de servios logsticos na Tgula, permitindo uma caracterizao

    precisa do conceito logstico. Acredita-se que o objetivo inicial do trabalho, de

    conhecer a forma da logstica utilizada pela Tgula Solues para Telhados Ltda., e

    verificar atravs da homologao e qualificao de transportadoras a eficincia e

    eficcia no atendimento das entregas dos pedidos solicitados pelos clientes e seus

    custos foi atingido. A aplicao dos mtodos fica a disposio da organizao para

    tomada de decises quanto sua implantao.

    Durante a realizao do presente trabalho, no foram encontradas

    limitaes, tendo em vista que a empresa auxiliou no levantamento das informaes,

  • 42

    que foram imprescindveis para a realizao deste estudo de forma eficiente. A

    organizao mostrou-se interessada na aplicao das ferramentas propostas.

    Para futuras pesquisas, pode-se citar a realizao de um levantamento

    financeiro para a criao de uma transportadora dentro da organizao, para facilitar

    ainda mais o processo de distribuio de seus produtos, com isso possvel obter-

    se um comparativo entre as duas propostas, onde a empresa escolheria qual a

    mtodo de transporte a utilizar, transportadora prpria ou homologao e

    qualificao de transportadoras.

  • 43

    REFERNCIAS

    ANDRADE, Maria Margarida de. Introduo metodologia do trabalho cientfico. 7. ed. So Paulo: Atlas, 2005. ARKADER, Rebeca. Avanos e barreiras ao fornecimento enxuto da indstria automobilstica brasileira: a perspectiva dos fornecedores. RAC, v.3, n.1, jan/abr. p. 07-21, 1999. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos / Logstica Empresarial. 2006. 616p. 5. ed. Porto Alegre. Bookman. ___. Logstica empresarial: transportes, administrao de materiais e distribuio fsica. Traduo Hugo T. Y. Yoshizaki, 1. Ed. So Paulo, Atlas, 2007.

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    Especializao MBA Gesto Empresarial Turma XVIII. UNESC, 2012. FLEURY, P. F; LAVALLE da SILVA, C. R. Avaliao da Organizao Logstica em

  • 44

    Empresas da Cadeia de Suprimento de Alimentos - indstria e comrcio, In: FLEURY, F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K.F. Logstica Empresarial: a perspectiva brasileira. So Paulo: Atlas, 2000. 372 pp.

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    GOMES, Carolina Souza Pereira. O impacto na mudana do modal de transporte no custo logstico. Monografia UNICAMP, 2007. HARRINGTON, H. James. Aperfeioando Processos Empresariais. So Paulo: Makron Books, 1993. KUCHENBECKER, Norberto Fernando. O Processo de Terceirizao e Qualificao de Fornecedores. 2006. 195 p. Tese de Doutorado Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, SC. KOBAYASHI, S. Renovao da Logstica: Como Definir Estratgias de Distribuio Fsica Global. So Paulo: Atlas, 2000. LARRAAGA, Felix Alfredo. A Gesto Logstica Global. So Paulo: Aduaneiras,

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    ANEXOS

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    ANEXO A - ROMANEIO DE CARGA