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TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENCAO/HIPERATIVIDADE: A IMPORTANCIA DE 0 PROFESSOR DE l' A 4' SERIES DO ENSINO FUNDAMENTAL TOMAR CONHECIMENTO DESSA NECESSIDADE EDUCATIVA.

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TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENCAO/HIPERATIVIDADE: A IMPORTANCIADE 0 PROFESSOR DE l' A 4' SERIES DO ENSINO FUNDAMENTAL TOMAR

CONHECIMENTO DESSA NECESSIDADE EDUCATIVA.

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

ELIZABETH DE SOUZA ALBUQUERQUE

TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENCAOfHIPERATIVIDADE: A IMPORTANCIADE 0 PROFESSOR DE l' A 4' SERIES DO ENSINO FUNDAMENTAL TOMAR

CONHECIMENTO DESSA NECESSIDADE EDUCATIVA.

CURITIBA2003

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

CURSO PEDAGOGIA

TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENGAO/HIPERATIVIDADE: A IMPORTANCIADE 0 PROFESSOR DE l'A 4' SERIES DO ENSINO FUNDAMENTAL TOMAR

CONHECIMENTO DESSA NECESSIDADE EDUCATIVA.

Trabalho de Conclusao de Curso apresentadoao Curso de Pedagogia da Faculdade deci~ndas Humanss, Letras e Artes, daUni ..•.ersidade Tuiuti do Parans" comorequisito parcial para a obtenc;ao do grau delicenciatura em Pedagogia.

Orientadora: Rosild21Maria Borges Ferreira

CURITISA2003

Agradec;o:

Aos meus filhos Rodrigo e Jose Carlos que

tanto ama e que confiaram em mim.

A minha amiga Maristela que me motivou a

voltar estudar. E minhas amigas Marise e

Liliana que sempre estiveram ao meu lado

me dando carinho e aten980.

Aos meus pais pela educayao que me

deram.

A Deus por iluminar 0 meu caminho.

A todas minhas professsoras que fcram

compreensivas e amlgas nesses anos que

estivemos juntas.

A minha orientadora Resilda pela sua

dediC;B<;ao.

"A maioria das pessaas que

convivem com a portadar de TDAH

(incluinda pais e prafessores) tende a

. confundir incapacidade de fazer a

correta com falta de deseja de fazer

correto".(MATTOS, 2001, p.6)

SUMARIO

RESUMO _

INTRODUCAo _

2 FUNDAMENTACAO TEORICA .

2.1 RELATO DE UMA EXPERI~NCIA _

2.20 QUE E TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENCAO E HIPERATIVIDADE? 9

2.3 QUAIS AS PRINCIPAlS CONSEQU~NCIAS DO TDAH? 18

2.4 0 TDNH NAS MENINAS 24

3 METODOLOGIA DA PESaUISA 26

4 ANALISE E APRESENTACAO DOS RESULTADOS 27

4.1 SUGESTDES 30

4.2 DICAS GERAIS PARA PACIENTES COM TDAH 30

5 CONSIDERACOES FINAlS 32

6 REFERENCIAS 33

7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 35

8 ANEXOS 36

RESUMO

Este trabalho e 0 resultado de estudos bibliograficos e pesquisa de campo feitosatraves de questionarios respondidos par alguns professores de escoJa particular eestaduai da regiao de Curitiba e Campo Largo. Tambem fcram feitas observa¢esdas crianyas e professores direta e indiretamente em seu espa!yo de sala de aula. 0objetivo e descobrir qual 0 conceito que professores t~m sabre TDAH (Transtornode Deficit de aten~o e Hiperatividade) e como esses professores trabalham comseus alunos em sala de aula. Busca tamoom passar algumas informayaes sabrecomo trabalhar com crianyas portadoras de TOAH.

Palavra-chave: TDAH (Transtorno de Deficit de Aten9aolHiperatividade)

INTRODU<;:iio

A realizayao deste trabalho foi inspirada numa experi~ncia que tive com meu

tilho. Ate descobrir que ele era uma crianya portadora de TDAJH, inumeras (oram

as reclama¢es vindas das professoras. Essa sind rome foi percebida somente

quando ele estava na 73 sene do Ensino Fundamental do Coh~gio Born Jesus de

Lourdes. E foj diante das dificuldades pelas quais passei, que senti fortemente a

necessictade de 0$ professores do Ensino Fundamental terern conhecimento sabre a

assunto para evitar rotula<;6es e poderem concretamente ajudar sells alunos.

Ao iniciar a minha pesquisa constatei que as crianc;:as que sofrem de

transtorno de Deficit de ,Atenyao/Hiperatividade/Hipoatividade representam de 3 a

5% dos alunos em sala de aula. Muitas vezes essa problematica nao e entendida

pelos pais e professores, e as crian93s acabam sendo taxadas de bagunceiras,

pregui9Qsas, etc., agravando ainda mais seus problemas na escola e em casa. 0

TDAlH e urn sintoma que nao aparece isolado e sim acompanhado de outras

manifestac;6es, como baixa capacidade de manter a atenc;Ao, que e chamado de

deficit de atenc;:ao (OA), ou seja, a crianc;:a n~o consegue concentrar-se, resultando

no comprometimento de sua aprendizagem.

Este trabalho pretende, atraves de questionario e observac;:ao direta e indireta,

identificar 0 conceito que as professores de 1111 a 4 III sene do Ensino Fundamental

t.em sabre Transtorno de Deficit de Atenc;:a:oJHiperatividade. 0 resultado dessa

pesquisa tern por objetivo levar ao conhecimento dos professores 0 conceito de

TDAlH, bern como orienta-los sabre a maneira de se trabalhar com crianyas

portadoras desse transtorno.

FUNDAMENTA<;:AO TEORICA

2.1 RELA TO DE UMA EXPERIIONCIA

Vamos partir de urna hist6ria.

"Paulinho quando nene, era muito choma e dormia muito pouco. Seus pais

achavam que era uma fase transitoria que logo se·resolveria. Realmente melhorou,

s6 que se tornou uma crianya muito agitada. Logo que Paulinho foi matriculado na

esco1a, comeyaram a vir as primeiras reclama96es. A professora continuamente

questionava 0 comportamento de Paulinho que nao fieava quieta, nao prestava

aten9Ao, era bagunceiro, naD conseguia participar das brincadeiras, enfim,

reclamayees eram 0 que na.o faltavam. Em casa a coisa nao era muito diferente.

Paulinho nao ficava quieta nern mesma diante da televisao, e alem de t.udo, era

muito distraido, nada prendia sua atenyao. Sua mae falava que ele cansava ate

mesmo do cachorro.

A orientadora chamou as pais a escola e pediu um acompanhamento

p~icol6gico. 0 tratamento roi feito, porem em vao. Paulinho nao conseguia se

concentrar nas atividades propostas pela terapeuta. Foi entao que esta resoJveu

encaminhar Paulinho para um neuropediatra para uma avaliacao. 0 resultado roi

que Paulinho era portador de TDAlH'.

Paulinho agora tern um acompanhamento psicopedagogico, tom a 0

medicamento certo e a sua vida melhorou muito. Ele e outra criant;a.

Historias como essas sao muito freqGentes so que sem conhecimento sabre

a assunto, 0 problema tende a piorar cada vez mais e chegar a consequencias muito

desagradaveis. Par isso vamos conhecer urn pouco sobre a TONH.

I TODNH- Tmnstomo de [)tficit dc At~30 e Hiper.uividldc

2.20 QUE E TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATEN<;:AO E HIPERATIVIDADE?

Em 1890, sintomas de desatenc;ao, impaciencia, inquietayao, assim como

tambem, alguns modelos de conduta exibidos par individuos retardados, sem

historia de trauma, ja eram trabalhados par medicos da epoca. Tanto que Galem,

medico grego, foi urn dos primeiros profissionais a prescrever 0 apia para a

impaciencia, inquietayao e c6licas infantis. (BENClIK, 2000)

Bastcs (2003) comenta que embora problemas como comportamentos de

agitac;ao e falta de atenc;;ao em crianc;:as, e ate adultos, esta longe de ser uma

novidade. Trabalhos cientificos sabre 0 assunto estao sendo feitos desde 0 comeyD

do seculo XX, como par exemplo, 0 trabalho feita peto medico George Frederic Still

em 1902.

Still citado par Bastcs (2003) descreveu um grupo de 20 crianc;:as que se

comportavam de maneira excessivamente emocional, desafiadora, passional e

agressiva e que mostravam resistentes a quatquer tipo de ac;ao que tivesse como

objetivo tamar a comportamento delas mais aceitavel. 0 grupa tinha uma proporc;ao

de 3 menlnos para cada men ina e era composta de crianyas que nao tintlam indicios

de maus tratos pelos pais. Still especulou que devido a ausencia de maus tratos, os

problemas destas crianc;:as deveriam ser de origem biol6gica. A hipotese ganhou

ainda mais forya quando se notou que alguns mernbros das familias das crianC;:8s

eram portadoras de problemas psiquiatricos como depressao, alcoolismo, problemas

de conduta, etc.

o fato de Stilt ter proposto uma base biologica para a problema foi urn grande

passo, porem, a evidemcia definitiva demorou rna is algumas decadas para chegar.

Antes disso, as crianyas e as pais eram considerados responsaveis pela "falha

moral" e a tratamento era freqOentemente feito atraves do usa de castigos e

puniyaes fisicas. Os manuals de pediatria da epoca eram repletos de explicayOes de

como bater em crianc;:as e afirmavam necessidade deste tipo de tratamento

(BASTOS, 2003)

As observac;:oes e dedu¢es de Still influenciaram a "pai" da psicotogia Norte-

Americana, Willian James, que especutou que estes disturbios de comportamento

seriam devido a problemas na funyao inibit6~ia do cerebra em retayao a estimulos ou

a atgum problema no c6rtex cerebral on de a intelecto acabava se dissociando da

"vontade" ou conduta social (BASTOS, 2003).

10

Em 1934, Eugene Kahn e Louis H. Cohen publicaram urn artigo no ramosa

"The New England Journal of Medicine" afirmando que havia urna base biol6gica

para a hiperatividade baseado em urn estudo reito com pacientes vitimas da

epidemia de encefa\lte de 1917-1918. Os autores deste artlgo foram as primeiros a

mostrar urna relac;:ao entre urna doenya e as sintomas da AD02 Em 1937, Charles

Bradley mostrou mais urna linha de relayao de ADD. Como biologica, atraves da

descoberta acidental, observou que alguns estimulantes, como as anfetaminas,

ajudavam crianyas hiperativ8S a se concentrar melhor. Esta descoberta, foi contraria

a l6gica tradicional, pois, as estimulantes em adultos, produziam urn aumento de

atividade no sistema nervoSQ central, enquanto 0 inverso aconteciam em crianyas

com ADD. 0 porque deste fen6meno ainda iria ficar mais algumas decadas sem

resposta (BAST OS, 2003).

Em pouco tempo as pessoas com este problema receberam uma nova e

obscura descriyao: "Disfunyao Cerebral Minima" e comec;;avam a ser tratadas com

dois estimulantes que tinham se demonstrados muito eficazes no tratamento do

problema, a Ritalina eo Cyclert (BASTOS, 2003).

Em 1957, Maurice Laufer tentou associar os problemas da "sind rome

hipercinetica" com 0 talamo, estrutura cerebral respons8vel pela filtragem de sinais

somaticos provenientes do resto do corpo. Embera esta hipotese nao pudesse ser

provada, era 0 comec;o da liga9Ao entre a ADD e alguma estrutura cerebral.

Nos anos 60, as observayaes clinicas se tomaram mais apuradas e ficou"

cada vez mais aparente que a sindrome tinha alguma origem biologica e talvez ate

genetica, absolvendo os paiS, definitivamente, da culpa pelo problema na

comunidade cientifica. A populayAo em geral continuou culpando os pais, como

ainda acontece ate hoje em populayaes menos informadas.

No final dos aros 60 multo j8 era sabido sobre AD03, mas, a falta de novas

evidencias, ligando a sindrome a bases biol6gicas, oome<;ou a criar discussOes

sobre a existencia da mesma. Muitos acreditavam que 0 transtorno era urna tentativa

de livrar os pais da culpa par seus filhos mimados e mal comportados. Oepois deste

periodo de incertezas, novas descobertas comeyaram a ser reitas ligando os

2 Faiti'!de alcn~<1o, impulsividadc c hipemtivid'ldc. 0 rnesllIo que TONI I} Idem

II

problemas 8ssociados com a AOD com certes tipos de neurotransmissores.

(BASTOS, 2003)

Em 1970 C. Kometsky (apud BASTOS), propos a hip6tese de que a ADD

poderia estar ligada a problemas com certes neurotransmissores como a Dopamina

e a Noroepinefrina Embera a hip6tese fosse coerente, as pesquisas realizadas, ateentao, na tentativa de comprovar 0 efeila destes neurotransmissores na ADO, ainda

nflo tinham obtido sucesso. Embora nflo se saiba qual e 0 neurotransmissor

especifico ligado a ADD, muitos pesquisadores acreditam que 0 ADD e Lim problema

de desequiHbrio quimico no cerebra, e, estlldos recentes, somados a aparente

methora obtida atraves da psicofarmacologia, parecem confirmar esta tlip6tese.

Na decada de 1980, varies autores como, Mattes, Gualtieri e Chelune (apud

BASTQS), especularam sobre 0 t::nvolvimento dos lobos frentals no ADD devido itsemelhanya de sintomas apresentadas por pacientes de ADD, e aqueles que

sofreram danos ao 10005 frontais devido a acidentes ou outros problemas. Em 1984,

Lou (apud BASTOS) achou evidencias de uma deficielncia de circulayAo sanguinea

nos lobes frontals e no hemisferio esquerdo de pessoas portadoras de ADD. Todos

estes achados foram confirmados em 1990 por Zametkin (apud BASTOS) grayas ao

desenvolvimento de novas tecnologias como 0 PET (Tomografia por Emissao de

Positrons), que mostravam 0 funcionamento do cerebro in vivo. Atraves de exame de

PET, comparativos entre pessoas diagnosticadas com AOOo1, e controles, Zametkin,

notou que a cerebra de pessoas com ADD tinham urn consumo de energia cerca de

8% menor do que a normal, e que as areas mais afetadas, eram 0 lobos pre-frontais

e pre·motores, que sAo responsaveis pela regulayao e contrale do comportamento,

dos impulsos e dos atos baseados nas informayOes recebidas de areas mais

primitivas do cerebro como a talamo e sistema limbico. Confarme estas novas

evidrmcias comeyaram a surgir, ficau claro que a ADD estava realmente associada

a alteray6es do metabelismo cerebral, acabando definitivamente com a duvida sabre

a real existencia da sindrome e sua ligayao bialogica.

Rodhe (1999) nos conta que achadas clentifiCOs tambem apontavam como

sendo a regiao frontal a parte afetada do cerebra. Regiaa esta, responsavel pela

inibiyao de comportamento, atenyaa sustentada e pelo planejamento do futuro.

·Pessoas que tiveram traumatisma, tumore~ au doen98s nessa regiao passaram a

4 Ibid~"fTl

12

apresentar sintomas de hiperatividade, impulsividade e reduyao do tempo de

aten<;Ao sustentada" (p.SS).

Segundo Smith

TOAH e a cond;~o cr6nica de saude de maior preval{!ncia em crianc;as em idadeescolar. 0 TDAH e 0 disturbio neurocomportamentar mai, comum na infancia.Estima-se que, 3 a 5 % da popula.yao em idade escolar pode ter TOOAJH. eaproximadamenle 2% dos adultos podem sofrer desse transtomo, (2001, p.26)

o lOAtH" descrito pelo Manual para Oiagnostico de Satide - IV (OSM-IV),

como urn problema de saude mental, considerado como urn disturbio bidimensional,

envolvendo a aten~o e a hiperatividade/impulsividade.

Rodhe (1999), define Transtorno de Deficit de Atenc;::.o/Hiperatividade como

urn problema de saude mental que tern tres caracteristicas basicas: a desatenyao, a

agita9Ao e a impulsividade. Caracteristicas estas que t~m um grande impacto na

vida da crian98, do adolescente e das pessoas com as quais convive. Podem levar

as dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e social, bem como a urn

baixo rendimento escolar.

Os sintomas de TDNH sao:

A desatem:;ao - n~o prestar aten~o a detalhes ou cometer erras par

descuido.

• Dificuldade para concentrar-se.

Nao preslar atenc;ao no que Ihe e dito.

Ter dificuldade em segu;r regras e instruy6es/ n~o terminar 0 que comeyou.

• Ser desorganizado com as tareras e materiais.

Perder coisas e esquecer compromissos.

Oistrair-se facilmente.

HiperatividadelimptJlsividade.

• Ficar mexendo com as maos e pes.

N~o parar sentado.

Ser muito barulhento para se divertir.

Ser muito agitado.

Falar demais.

Responder as perguntas antes de terem sido terminadas.

• Ter dificuldade ern esperar a vez.

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• Intrometer-se em conversas e jogos.

Para ser urn TONH nae e preciso ter lodes as sintomas, mas, e necessiuio,ter pelo menes seis dos sintomas de desaten980 au sels dos de hiperatividade e ao

menos dois dos sintomas em cada ambiente. Nem sempre quem tern desatenyao

tern hiperatividade au impulsividade, pois existem tres tipos de TDNH.

1) TDNH com predominio de sintomas desatenyao.

2) TONH com predominio de sintomas de hiperatividade.

3) TDNH combinado.

Para Rodhe (1999), quem tern TQNH nao e burro au preguiyoso, ao contrario

se mostram mais inteligentes.. 0 que acontece e que em certas situa<;Oes a

motivaya;o ajuda a atenc;:Ao e a controre motor, mas em outras a forc:;.ado problema emaior. Estudos demonstram que de 3 a 7% da populayao de crianc;;as de 7 a 14

anos apresentam TDNH, e que, meninos, apresentam esse transtorno com maior

frequemcia que as meninas. 70% dos adolescentes, que apresentam 0 problema

quando crian9a, mantem 0 diagn6stico ate os 14 anos. Parte destes 70%, ainda iran

apresentar ao final da adolesrencia, e, alguns, os manterao na vida adulta.

Crianyas que possuem TDNH apresentam problemas de comportamento e

depressao.

A apresentayao dos sintomas muda de acordo com a faixa et8ria. Na idade

escolar ha uma combinayAo varia vel de sintomas na area de desatenyAo e

impulsividade. Par isso, e necessario urn exame especial para 0 diagnostico. Este

exame, deve ser fundamental mente cHnico e feito por um profissional de saude

mental, seja ele medico, ou psic6logo. Este prafissional deve ter: experi~ncia clinica

com crian<;as e adolescentes; conhecer bern 0 desenvolvirnento mental desta faixa

etaria; estar a par dos conceitos recent.es sabre 0 problema e conhecer psicopatia

de crian<;a e adolescentes; trabalhar de forma integrada.

A area envolvida do cerebro de urn TDNH e a regiao orbital frontal situada na

parte da frente do cerebro, logo atms da testa. Pesquisas tern demonstrado que

nesta area existem altera!(bes no func;ionamento de algumas substfmcias

encontradas nessas areas e sao chamadas de neurotransmissores que tem a

fun!(i3o de Mpensar informac;6es·entre urn neuronio e outro.

14

As principals causas que levam a urn funcionamento das areas cerebrais

envolvidas no TDAlH sAo:

Hereditariedade.

• Problemas durante a gravidez au no parto.

Exposic;:a;o a determinadas substancias

Problemas familiares:

funcionamento familiar caotico;

alto grau de disc6rdia conjugal;

baixo instruQAo materna;

familia com nivel s6cia econ6mico baixo;

familia com apenas urn dos pais, au quando 0 pai abandona a

familia;

Alimentac;:ao - dietas multo ricas em 89ucares e conservantes;

Horm6nios - deficiencia de hormonics tiroidianos.

Para ajudar as portadores de TONH e necessario que se de esdarecimento

aos pais e se faya interven9Ao pSicopatica, intervenC;;8o psicopedagogica e

medicac;:lio.Abram Topczewski cementa que:

A hip.eratividade e urn de~vio oomportamental COIradertzadopela excei,;va mudanya deatitudes e de alividades, 8<A1rTeiando pouca consist6ncia em cada tarefa a ser realizada.Port,anlo isso, incapadta 0 individua para se manter quieta par urn periodo de temponecesstlrio para que passa desenvolver atividades comuns na dia~a-dia.{1999, p.23)

Segundo os autores citados, os deficits de atenyao ocorrem atraves da:

Hipoatividade

Dificuldade em pres tar atenyllo a detalhes au errar par descuido em atividades

escolares e profissionais

Dificuldade em manter a atenc;.aa em tarefas ou atividades ludicas.

Parecer nao escutar quando Ihe dirigem a palavra.

N~o seguir instruyOes e naa terminar tar'efas escolares, domesticas ou deveres

profissianais.

15

Dificuldade em organizar tarefas e atividades.

• Evitar, au relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esfon;:o mental

constante.

Perder coisas com freqOlmcia (como brinquedos, tarefas de casa, livros e lapis,

etc).

Ser facilmente distraido par estimulos alheios a tarefa.

Apresentar esquecimentos em atividades diarias.

Hiperatividade

Agitar as maos, as pes ou se mexer na cadeira.

Abandonar a cadeira em sala de aula ,ou em outras situac;hes nas quais se

espera que permaneya sentado.

Correr au escalar em demasia em situayoes nas quais ista e inapropriado.

Dificuldade em brincar au envolver-se silenciosamente em atividades de lazer.

Estar freqOentemente "a mil" ou muitas vezes agir como se estivesse "a todo

vapo(

Falar em demasia.

Impulsividade

FreqOentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido

concluidas.

Apresentar constante dificuldade em esperar sua vez.

FreqOentemente interromper au sa meter em assuntos de autros.

MATTOS (2001), ressalta que TDAlH e lim problema para tOOa a vida.

Cr6nico na maiaria dos casas. Causando dificuldades, tanto para 0 garoto que vai aescola, quanto para a adulto que e casado, tern filhos e trabalha (p. 18)

Estes adultos e crianyas portadoras de TDNH tern dificuldade de atenyao. As

reclamac;;ees geralmente comeC;;am na escola onde a professora se queixa da falta

de atenyaa, e refletem tambem na vida profissional, social e familiar. Portadores de

16

TDAlH nao sao iguais no comportamento, mas tern algumas COiS8S em comum. Ela

se caracteriza par: desaten<;ao e hiperatividade.

Existem tres subtipos de TDHNH que sao:

1. Forma predominantemente hiperativa/impulsiva.

2. Forma predominantemente desatenta.

3. Forma predominantemente combinada.

Fonna Hiperativa J Impulsiva

Mover de forma incessante pes e maos.

• Oificuldade de permanecer sentado em situayees em que isso e esperado.

COrter ou trepar em objetos frequentemente em situayOes inapropriadas.

Dificuldade para se manter em sil€mcio em atividades de lazer

Parecer ligado como "motor eletrico"

Falar demais.

Responder perguntas antes de serem concluidas (responde perguntas sem

ler ate 0 final).

Nao conseguir aguardar sua vez (ex. jogos).

Interromper freqOentemente os outros em suas atividades ou conversas.

Forma Oesatenta

Prestar pouca atenyao a detalhes e cometer erros por falta de aten9Ao.

• Dificuldade de se concentrar (tambem nos deveres de casal.

• Parecer estar prestando ateny:.o em outras coisas numa conversa.

• Dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com antecedencia.

Oificuldade em seguir instruy6es ate 0 tim ou deixar de conduir tarefas.

Relutimcia ou antipatia para fazer deveres de casa ou iniciar tarefas que

exijam esfor90 mental por muito tempo

Perder os mais variados objetes ou esquecer compromissos.

Oistrair-se cern muita facilidade com coisas a sua volta ou mesmo com sellS

pr6prios pensamentos (sonhar acordado).

Esquecer coisas no dia-dia.

17

Na forma mais desatenta, e comum que 0 diagnostico seja feito mais tarde.

Isto porque a hiperatividade nao e tao importante, e, algumas vezes, e quase

ausente. 0 aluno naD ~perturba~ tanto na sala de aula, apenas 0 seu rendimento e

menor que 0 dos outros. 0 TDAlH e mais comum em meninos na forma hiperativa.

As meninas tern mais frequentemente a forma hiperativa desatenta, quase n~o

passam por avaliayao, podem passar a vida sem urn diagnostico.

Os sintomas do TDAlH pede se manifestar desde uma idade muito precoce.

Sao eles:

• Inquietude.

Sono agitado.

Choro faci!.

• Intensa manifestac;::ao.

• Mexem-se sem parar.

• Exploram 0 ambiente de maneira incomum.

Nao avaliam as conseqOencias de nada.

Mexem pes e maos incessantemente.

Na verdade ninguem adquire TDAlH na vida adulta.

• Qutros sintomas do TONH.

• Baixa auto-estima.

• Sonol~mcia diuma.

• Pavio curto.

Necessidade de ler mais de uma vez 0 que leu.

Dificuldade de levantar cedo.

Adiantamento das coisas.

• Mudanc;a de interesse.

Intolerflncia a situayOes monotonas.

• Busca frequente per coisas estimulantes.

Variac;6es frequentes de humor.

Silva (2003) em urna reportagem feit~ para a Revista Nova Escola indaga:

Qual a diferenya entre a agita9Ao natural das crianc;as e a transtorno de deficit de

atenyao?

18

Responde este autor que quando urna crianya passa par urna situayao

traumatica e normal surgir sintomas de desatenQAo e hiperatividade ansiosa. Mas

deve-se observar se a transtorno de deficit de atenc;::aopermanecer per mais de 5 ou

6 meses, a consultora \za Locateli ressalla que a principal causa da falta de atenyAo

e a dificuldade de manter-se concentrado multo tempo em urn foco.

Alunos com esses caracterlsticas se distraem com qualquer caisa, buzina

pessoas passando, em brincadeira e jog os naD daD aten9Ao e atrapalham quem

esta {alando. Paf i550 que eSSBS crian<;as sao excluidas pelos grupos e professores

per naD terem paciencia com eles. E esss situayAo 56 ira melhorar com a ajuda dos

pais, profissionais e colegas experientes.

2.3 QUAIS AS PRINCIPAlS CONSEQUIONCIAS DO TDAH?

Smith e Strick (2001). comenta que as crianc;as portadoras desse disturbio

tern baixo rendimento escolar, nao porque apresentam dificuldade de aprendizagem,

mas, par nao consegulrem executar as tarefas, ou ainda porque fazem tudo multo

rapido, e quando terminam, ficam atrapalhando 0 trabalho dos colegas. Isso resulta

na dificuldade de relacionamento entre aluno/aluno e professor/aluno.

As crianc;as com TOAlH tem murtas dificuldades para atender as expectativas

dos adultos e acabam muitas vezes tornando 0 ambiente onde vivem estressantes.

Os prafessores queixam-se que assas crianl(as interrompem a aula, nAa prestam

aten9Aa, n~o terminam as atividades, e acabam sendo rotulados de bagunceiras,

intrometidas, distraidas, insensiveis, desobedientes, mal-educadas, preguic;osas e

tambem de inconvenientes. etc. A visao do professor sabre esses alunos e a pior

passive!. Os portadores de TDNH naD cpnseguem seguir regras e sao irnpacientes

quanta ao revezamento, e com freqGencia, verbalizarn irnpulsivamente tudo que Ihes

vern a mente sem considerar 0 efeita de suas palavras. Entao, as reclamac;Oes de

professores, ami gas e pais fazem a crianc;a sentir-se rejeitada e ter problemas~m

a auto-estima. Muitas dessas crianc;as comec;:am a se ver como perdedoras

precocemente, parque vao mal na escola e nao conseguem construir a fundayaa

academica s61ida de que precisam para sucessa nas pr6ximas series. Elas acabarn

abandonando a escola e come<;;am a trabalhar muitas vezes tornando-se urn

profissional mal qualificada.

19

As crian~5 com TDAlH esgotam as professores e tambem as pais, pois sao

teimosas e nao respondem a meios comuns de disci pi ina. Esses pais ficam

estressados, acabam se culpando, au culpando urn ao outro pele problema da

crianya: ~Voce deveria parar de mimiHo[", "V~ deveria ser mais rude com ele!~,

"Talvez ele se acalmasse se voce passasse mais tempo com ele!"

Essas crian9as, em casa, s~o colocadas em posi¢es secundarias, pOis nao

conseguem nem mesmo participar da retina da familia na qual ja estao estruturadas.

Este conflito gera a depressao, porque 0 professor torna-se impaciente e, ate,

intolerante. Os pais nao t~m mais paciencia, as amigos (as) se afastam.

Costa comenta que:

Esse transtorno tern grande impacto na vida familiar\ escolas e no social da crian~,tendo como caracteristica, urn padrao persistente de desatenyilo e/ou hiperatividadepara preslar atenyao a detalhes; mllnler a etenc;ao nas tarefas particulares; ouvirinstrutyOes e lerminar 0 que come~u. Socialmente e imaturo e incapaz, ou comdificuldades para fazer amigos. as professores se queixam que 0 aluno com TONHe inquieto, perturbanda as colegas, pais vive perambulanda pela sala, falanda comaulres crienyzls, enquanta estas cstudam. (1996, p.17)

Os sintomas do TDNH5 aparecem geralrnente no ingresso da crianya na

escola, pais nesse momento da aprendizagem a crianya necessita preSlar atenyao e

ficar sentada, e iSla, e urna dificuldade para ela.

Ter conhecimento sobre TDNH, e muito importante para pais e professores.

Pois se eles nao tiverem cautela com essas crian9as e fizerem um

acompanhamento terapeutico e pedag6gico correta, as consequemcias posteriores

podem ser graves como: abandono escolar, desinteresse par atividades mais

intelectualizadas, mudanc;;a de habitos de vida e dos seus valores. Topczewski

(1999), ressalta que se essas crianyas nAo forem tratadas a tempo podem vir a ter

tendemcia para ingressar no mundo da delinqOencia e das drogas.

Alguns autores levantam a hip6tese de que os disturbios de aprendizagern e

comportamento, poderlam ter como base, urna lesao cerebral minima. Partindo-se

apenas de dados do ~raciocinio clinico tradicionar, sem qualquer evidencia empirica.

Bastos (2002) comenta que 0 AD015 causa tambern dificuldade de aten~o e

concentra~o. Talvez 0 fator que mais cara<;:teriza da ADD, e a falta de capacidade

) TDAH (T~nIOmo de Deficit de Atm~ipcrl.ti,'id3de)

de a individuo se concentrar e prestar atenc;;ao no que esta send a apresentado a ele

sem se distrair com qualquer outro estimulo. Aparentemente, a pessoa com ADD,

sente uma necessidade extrema de prestar atenyao em estimulos novas, que,

muitas vezes sao irrelevantes. Pessoas corn ADO, passam a impressflo que nunca

conseguem completar nenhuma tarefa iniciada, pais, assim que comeyam uma nova

empreitada, facilment.e se distraem e passam a fazer outra coisa, e assim

sucessivamente, deixando urn rei de tarefas incompletas. Estas pessoas tambem

apresentam urna dificuldade de memorizar coisas, lembrar de compromissos,

encontros au onde deixou certos objetos.

A Professora Ana Beatriz Silva, autora do livro Mentes Inquietas, em

entrevista no programa J6 Soares, dia 18 de Julho de 2003, quinta-feira na Rede

Globo, contou que iniciou a faculdade com 16 anos. Entrou na serie errada par

engano. Enfrentou muitas dificuldades mas conseguiu acornpanhar a turrna. Pulou

com isto tres series.

Contou ela que certa vez, ao participar de urn Congresso de PSiquiatria

Americana, como urna boa DoA chegou atrasada a palestra. Par esse motivo teve

barrada sua entrada. Foi ent:io participar de outra palestra sabre DOA. Conforme a

palestrante ia falando ela se identificava com as sintomas de tal tran6torno. Falou

entae com 0 palestrante e descobriu ser portadora de DDA. Uma das

caracteristicas desse transtomo e exatamente e fata de chegar sempre atrasada,

porque acha que sempre podem dar conta das coisas.

o tema deficit, ela acha um termo horriveln!!! 0 DDA e uma instabilidade de

atenyao. Comentou que a que e capaz de prender atenc;ao de um DDA par horas, ea arte, pais este e muito predisposto a coisa artistica. Cementa ela que a DDA e um

tipo de personalidade. A pessoa que a possui tern a funcionamento de sua mente

acelerado. Concentra-se nas coisas que desperta paixao. E impulsivo, mas i5tO naa

e sinal de agressividade. As crian<;as com DDA sao crian<;as compulsivas.

8astos (2003) confirma a disse a Professora Ana Beatriz quanta a capacidade

criativa dos portadores de ADD. Pais estes, par nao conseguir manter as ideias em

ordem, tendem a ser muito criativos, e, muitas vezes, e em ramos onde a

criatividade e mais exigida que estas pessoas acabam se realizando

profissionalmente .

•ADD nletmo que TDAH (Trnntomo dI"Dclicit de AI~.101Hipcr.1livid~)

20

21

acelerado. Concentra-se nas coisas que desperta paixao. E impulsivo, mas ista nao

e sinal de agressividade. As crlan~s com DDA sao crianc;;as compulsivas.

Bastas (2003) confirma 0 disse a Professora Ana Beatriz quanta a capacidade

criativa dos portadores de ADD. Pois estes, por nao conseguir manter as idaias em

ordem, tendem a ser multo criativQs, e, muitas vezes, e em ramos onde a

criatividade e mais exigida que estas pessoas acabam se realizando

profissionalmente.

Porem a falta de atenyao leva muitas vezes a problemas profissionais como

pouca produtividade, e tambem a problemas de relacionamento, pois, a falta de

aten~o, causa a impressao em outras pessoas de que elas nao sao importantes.

Bastcs (2002), ainda comenta, que comportamento exibicionista de urn

TOAlH pede aparecer quando 0 individuo mostra a sua ira ~traves de agressividade.

Este tipo de comportamento tende a ser 0 principal motiva pela qual os pais acabam

levando a criam;a para uma consulta com um especialista de saude mental.

Nao sao rares tambem as casas de atitudes anti-sociais ligados ao ADD como

vicio em drogas (causado pela vontade de resolver 0 problema), alcoolismo,

destrutividade, agressOes sexuais, etc, quando nao sao tratados a tempo Estes

comportamentos, na verdade, sao farmas do paciente expressar a sua

desesperanc;:a com a seu problema, pais, aereditando que nada pode ser feito para

resolve-Io, mostra sua desesperanya dessa forma. Embora nao hajam trabalhos

sabre 0 assunto, nao e dificil levantar a hip6tese de um numero maior de suicidios

entre pessoas com ADD do que em pessoas nonnais, dada a enarrne difieuldade

que estas pessoas encontram ern se adaptar a vida social.

Glaucia, professora aposentada, nos relata a hist6ria de Fernando, portador

do TOA/H. Ele sempre foi 0 menino rna ISdiferente da sala. Tinha cabelos rebeldes,

vestia-se sempre com e5tilo YlargadAo·, chegava atrasado na escola e era sempre a

maior queixa dos profe5sores, que, davam grac;:as quando ele nao vinha a aula.

Diziam: hoje 0 dia vai ser calmo. Ele era rotulado como bagunceiro, preguic;:oso, etc.

Fernando, com 0 tempo, passou a ter problemas ate mesmo com os colegas, pois

era mal entendido par todos. Ap6s muitas reclamayOes par parte de todos e dos

profeswres ele foi encaminhado a urn neurologista que diagnosticou que ele era

partadar de TOA/H. A partir dai, as eoisas deveriam melhorar para Fernando, mas,

infelizmente, fai muito tarde. Ele jil estava altamente depresssivo e sentindo-.se

sozinho. Certo dia, num passeia a urna chacara com uns colegas, mergulhou no rio,

'l-S\O'Dr~~~ /?~ ',~.:::l i)lCU::1·' f. ;:!I"", •• ~.. , , . ."..,

.•••t:;)J •Ij'~'

22

Ana Beatriz citado par Chibli (2003) comenta que os disturbios motores sao

um dos principais motivos de queixas de professores e outras pessoas que lidam

com 0 individuo com ADD7 Urn dado interessante e que os pais parecem se

acostumar com estes disturbios nos seus filhos. Dados levantados par Lefevre

(1978)apontavam que embera s6 uma pequena parcela dos pais se queixassem da

hiperatividade dos seus filhos (cerca de 15%), os exames cHnicos posteriores

demonstraram que quase cerca de 65% das crian~s estudadas apresentavam

hiperatividade.

o comportamento dessas crianya com outras pess08s do seu meio social

come professores, babes, etc. sao de vital importAncia para 0 diagn6stico do

transtorno.

o historico pode mostrar problemas com a aten~o, dificuldade de

aprendizado, problemas em se manter parada, etc. Podem tambem aparecer

problemas relacionados a gravidez e ao parto, ja que a incid~ncia deste problema

em pessoas com AOD e substancialmente maior do que na populac;:Ao normal.

Tambem podem surgir dificuldades na coordenayAo motora, problemas em tarefas

como: abotoar a roupa, amarrar as sapatos, dificuldade em movimentos alternados

e rapidos.

Podern ainda ter deficits de linguagem, problemas com a fala e problemas

psicol6gicos secundaries como depressao, agressao, baixa auto-estima assim como

sentimentos de rejeiyao. Embora nao se saiba a explicayao, pais de pacientes com

ADD tendem a ter urn indice de separa9aO no casamento maior do que na

popula<;lio em geral.

Conforme Bastos (2003), 0 individuo com ADD costuma apresentar

problemas de aprendizado, seja atraves da dificuldade em prestar aten9~o e manter

concentrayao, ou outros problemas como a Dislexia, Disgrafia e Discalculia.

Dislexia' e uma perturbayao constitucional, primaria, geneticamente

transmitida, que tern como caracteristica a diminulyao da capacidade de leitura.

Seus sintomas se manifestam na troca de lelras com formatos parecidos (d b, P q,

b q, v b, etc.) au sons parecidos (d,t,f,m,n, etc.). Pode ser uma deficiencia de

percep<;ao visual e auditiva. Em alguns casas, os pacientes nao conseguem

1 j\.ICl'lmoque TDNHI Dislcxi:.- \r.mstoroo d~ lci\ul12

23

entender 0 conteudo do texto. Nestes casos tentam "adivinhar" 0 conteudo na

tentativa de negar 0 problema.

Autores variados comentam qlle as esco!as em gera! lidam mal com 0

problema por desconhecimento do transtorno, pelo excesso de normatizac;ao e pel a

falta de parceria com profissionais como psicopedagogos e psic610gos para

acompanhar a evoluyao desses alunos e orientar pais e professores. Em urna aula

de portugues, par exemple, e professor deve funcionar como um mediador de urn

texto, que e rna is complexo para crianc;as hiperativas. Ele tern de diminuir a

quantidade de texte para elas e fazer fichas de exercicio facilitadas, com perguntas

diretas, caso contra rio a crianc;a podera ter problemas no momento de interpreta-Io.

A disgrafia e caracterizada pela dificuldade na escrita. Manifesta-se como

uma dificuldade motara. A crianya nao consegue reaHzar as tra90.s necessarios para

escrever corretamente. Muitas vezes as tetras fieam ilegiveis e muitas professoras

acusam 0 aluno de nao ser caprichoso, gerando ainda mais problemas.

A discalculia e ligada a problemas na realizayao de epera<;6es aritmeticas e

ate a escrita de numeros. Ex:

30067

+ 51

81067

TOOos estes problemas levarn a urna necessidade de cuidados espedais na

educayao da crianya e de urn prepare especial dos professares para que estes nao

acusem a crianya de ter algum problema, baixando ainda mais a sua auto-e5tlma e

causando problemas quanto a conce~o que eta ~ai ter da escota. E necessario

que estes professores compreendam antes de acusar.

Dentre as diversas condiy6es psico-afetivas existentes, as que cruzarn com

uma ansiedade crescente sao as que mais contribuem para a instalayao de urn

comportamento hiperativo. Par isso, cabe observar quais as pri(lS:;ipais fatores

ansiogimicos na infancia:

Separayao dos pais.

Oesavenc;;as familia res que terminem em viol~ncia

A utiliza~o de Deus, da culpa e do pecado como instrumento de manipula~o

e coayao visando atingir um determinado comportamento par parte da

crianc;a.

24

Familia mUlto numerosa.

Estimula9Ao ambiental inadequada (falta de interayao dos pais para com as

filhos).

Problemas Psico-educacionais.

Os problemas psico-educacionais podem ocorrer tanto em casa quanta na

escola e geralmente est~o relacionados com deficits interacionais per parte dos pais

ou dos professores.

Mas a crianc;a com TOAH que for tratada por urn especialista, que na malaria

das vezes receita 0 usa de medicamentos apropriados, compreensao e ajuda dos

pais e a atuac;Ao pedag6gica do professor, com certeza sera urn adulto vitorioso

2.4 0 TDAlH NAS MENINAS

Segundo Huggins (2003), as meninas s~o menos propensas do que as

meninos a apresentarem Transtorno de DeJicit de Aten~oJHiperatividade (TDNH),

mas as que desenvolvem 0 distUrbio t~m mais chances de ser hospitalizadas com

problemas mentais durante a vida adulta do que as meninos com a disturbio.

Apesar do TDAlH ser mais comuns em meninos, as meninas com 0 problema

podem ter urn resultado rna is negativo no estado psiquiatrico na puberdade. Huggins

relata que pesquisadores analisaram 208 crianc;as com TDAH entre 4 e 15 anos de

idade. Estes pacientes foram acompanhados per um periodo que variou de 10 a 30

anos ate que completassem 31 anos de idade. Cerca de urn quarto dos participantes

(23%) foram hospitalizados com algum disturbio psiquiatrico durante a perioda de

acompanhamento, incluinda quase urn ter90 (32%) das participantes do sexo

feminino.

Continua Huggins (2003) que as Crian¥as com 0,TDAlH e com transtorno de

comportamento disruptivo, au seja, que tendem a desafiar regras, ou algum outro

disturbio de comportamento, eram mais de duas vezes propensas a serem

hospitalizadas na puberdade. No entanto, as meninas com a TDAlH e outros

problemas de conduta, que geralmente sao comuns em meninos com 0 transtorna,

eram seis vezes mais suscetiveis a ter urna interna~o psiquiatrica do que meninas

sem distLlrbios comportamentais.

Alem disso, as meninas com TDAlH tin ham quase sete vezes mais chances

do que as meninos de desenvolver esquizofrenia durante a vida, cinco vezes mais

25

chances de serem diagnosticadas com um disturbio de humor e 18 vezes mais

propensas a ter um transtorno par uSa de subst~ncias. A raz~o para que isSG

aconte.ya "pode ser devido a uma diferen.ya biologica de sexo", suspeita Dalsgaard,

citado por Huggins (op cit). "Os garotos podem ser mais vulneraveis a desenvolver 0

TDAlH, mas as meninas que apresentam tais condi¢es podem ficar mais

vulneraveis do que outras."

Comenta este autor que em media, os pacientes estudados fcram

hospitalizados pela primeira vez aos 23 anos de idade e eram mais comumente

diagnosticados com disturbios de personalidade, 0 que contabilizava 30% das

admiss6es psiquiatricas. Problemas com a humor tambem eram causas freqOentes

para as adrnissOes na ala psiquiatrica. As internayOes variaram de 1 a 36. Dada a

prevalencia de disturbios psiquiatricos na puberdade em crianc;as com TDAlH. Epreciso urn esfor¥Q colaborativo para reduzir 0 risco de crianc;;.as com TDAlH.

especial mente meninas.

E irnpartante, ressalta ainda Dalsgaard, citado par Huggins (op cit)., que

medicos, pais, professores e profissionais em geral, prestem mais atenc;ao as

garatas impulsivas, irnpadentes, inquietas, e nao somente aquelas que correm de

urn lado para 0 Dutro hiperativamente, porque apenas uma parte delas e identificada

para tratarnento atualmente. Comenta ainda, que "urna interven~o precoce

especificamente voltada para reduzir problemas de conduta na infancia vai diminuir 0

risco de uma admissao psiquiatrica rnais tarde. 'tanto em meninos quanta· em

meninas".

26

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Esta pesquisa foi realizada na escola particular Born Jesus da Aldeia,

localizada na regiao de Campo Largo-Parana e na Escola Municipal Nossa Senhora

da Luz de Pinhais localizada na re9iao de Curitiba-Parana. A coleta de dados se

realizou atraves de questionarios contendo 8 perguntas e endereyado a professoras

regentes de 1::1 a 411 sene do Ensino Fundamental. Foram distribufdas 20 copias,

porern, apenas 11 foram respondidas e devolvidas.

Na pesquisa, ah~m de questionario, foram feitas observa¢es diretas e

indiretas em sala de aula e durante a entrega dos questionarios.

Para Chizzotti (1991) ~O questionario consiste em urn conjunto de questOes

pre-elaboradas, sistematicas e seqOentemente dispostas em itens que constituem 0

tema, com 0 objetivo de suscitar dos inforrnantes saibarn opinar ou informar". (p.55)

Para este autor, para a execuc;aa do questionaria eo necessaria que:

o pesquisador saiba clararnente as infarma¢es que ele busca e como

pretende medir.

o infarmante deve compreender ciararnente as questoes, sem que haja

duvidas, e termos compativeis com seu nivel de inforrna9~o.

o questionaria deve ter urn conteudo l6gico, seja progressivo indo da parte

mais simples para a rnais complexa, usuais e exatas, evitando temms

tecnicos.

Chizzatti (1991) ressalta que: Mas questianarios sa-a em geral, testadas e

respondidas par alguns presumiveis informantes para se identificar problemas de

linguagern, de estrutura l6gica au das demais circunstAncias que podem prejudicar 0

instrumenta~ ( p.56)

27

4 ANALISE E APRESENTA9AO DOS RESULTADOS

Par questao de etica e de privacidade as pessoas entrevistadas receber~o

names ficticios

Ao entregar 0 questionario, fcram reitas perguntas sobre a tema TONH e

observou·se que as professores tinham pouco conhecimento sabre a assunto.

Constatou-se que, apesar de respostas mais detalhadas, existe por parte dos

mesmas grande angustia, duvidas e incertezas em rela~o a como trabalhar com as

alunos que possuem esse transtoma, 0 que leva 0 professor a rotular seus alunos

de bagunceiros, brlguentos, pestinhas, quando na realidade sao sintornas de tal

transtorna.

Paula quando se refere ao comportamento das crianyas nos relata que elas

"nao conseguem ficar sentadas, nao t~m a aten~o para urn determinado conteudo,

sao desorganizadas com seus materia is, nao tem capricho nas atividades~. Ja,

Car1a, faz um comentario quase pareeido, dizendo que 0 aluno com TDNH ~emuito

desorganizado nos seus trabalhos escolares·,

Topczewski (1999) ressalta que as crianc;.as hiperativas" sao desorganizadas

na sua vida diaria, com suas roupas, com seus objetos pessoais, brinquedos e com

materiais escolares· (p.30).

Cristina comenta que 0 aluno hiperativo "tira qualquer urn do serio~, que as

vezes nao sabe 0 que fazer e acaba perdendo a patieneia. Muitas vezes esse aluno

nao presta atent;ao no que ela diz. Carla (iii citada aeima) eoncorda com Cristina,

ressaltando que ~Oaluno com TONH e muito irritado, parece nao ouvir nada que Ihe

e dito."

Rodhe (1999) diz que: ·0 problema basico delas nao e 0 de prestar aten<;ao,

mas sim a de manter a atenyao locaHzada e par periodos mais longos ...'(p.54).

Ja Marta professora da escola Pllblica ficou constrangida quando pedi para

ela responder a questionario, dizendo que nao sabia bern 0 que e TONH e que t!nha

vergonha disso. Ela comentou que tem um aluno hiperativo, aproveitei e perguntei

como ela trabalhava com esse aluno. Interes~ante que ela tern pouco conhecimento,

mas sabia como trabalhar com ess.e aluno. ,Marta procura sempre motiva-Io e dar

sempre coisas diferentes para realizar como forma de ajudil-Io nas atividades, ela

fala que esse aluno responde mais a elogios do que a punic;6es.

28

Juliana conta que acha que tern urn aluno portador de TONH, porque n~o tern

nada que a acalme, e que deixa-l0 de castigo nao resolve mais nada.

Topczewski (1999) confirma !ssa dizendo: ~A punicao nao e 0 caminho

adequado para 0 tratamento da hiperatividade" (p. 82).

Rodhe (1999) reforc;.a isso comentando que crianyas e adolescentes com

TDAH predsam multo do reforyo para que as comportamentos que s~o esperados

predominem. E que essas crianc;;as e adolescentes respondem muito mais a

reforc;os positiv~s do que punic;:6es.

Helena identifica urna crianc;a com TDNH9 quando ela e agitada, inquieta e

distraida, ela tern urn aluno portador de TDNH e cementa que e/e fica rna is tranqOilo

quando torna a medica9ao ( Ritalina) no periodo da tarde. Ja, a professora que fica

com es~e aluno no periodo da manha, co menta que ele e urn tanto agitado e ha

muitas reelamay6es por parte dos outros professores e colegas.

A Ritalina, nome eomercial da droga metilfenidato, e, ao contra rio do que se

possa pensar, um estimulante (e nao ealmante). 0 medicamento estimula 0 e6rtex

cerebral a aumentar a fluxo de substancias quimicas - as neurotransmissores

dopamina e noradrenalina - que inibern areas responsaveis pela agitayao. Sua

eficacia se da pela rapidez com que atua (cerca de urna hora), rnelhorando a

comportamento, a concentrayAo e, conseqOentemente, a capacidade de

aprendizado.

Mattos (200,1) comenta que ·0 que teoricamente melhora com a usa de

medicament05 e a desaten((Ao, hiperatividade e a impulsividade-.(p.23)

Maria comenta que tem urn aluno com TOAlH e que ele e extremamente

agitado, nao se concentra no que faz, atrapalha a aula e que isso 56 melhara um

pouco quando ele toma 0 me<iicamento. No colegio todos reclamam de Pedro

(pseudonimo), dizem que ele e rnuito briguento, e fica ·xingando~ todo mundo. 0comentario que se faz sabre Pedro e que tuda que acontece de errado ele eresponsavel. Converse; com Pedro e ele falou que nao 905ta quando fiearn falando

qu~ ele e a eulpada por tuda. Ele diz: "As vezes nern fiz nada e eles ficam falando

que fui ell"

Benzick (2000) fala que as professores devem ser bern informados sabre

TDAlH para que nao fayam rotulac;6es aos alunos com esse transtorno .

• TDAlH (Tr3/lllorno de Ddicll de Ah.."TIC3alHi{X'f2li\,jd~)

29

Carolina escreveu: Mn~o tenho conhecimento aprofundado sobre 0 ass unto,

mas ja tive aluno! assim, acredito que as caracteristicas sao: dificuldade de

concentrac;:lIo, agitac;:tlo, algumas situac;:Oes de irritabilidade". Agora quanto eo

comportamento das crianyas portadoras de TDAH ela diz: ME dificil, pais nao se

prendem par muito tempo na mesma atividade. Algumas vezes, se n~o forem bem

trabalhadas pele escola podem trazer transtornos a turma" Carolina trabalha com

essas crianc;:as com muita paciencia e dedica~o. ME preciso nao ser rude sem

motiv~, ouvi-Ia, compreende-Ia e principalmente fazer a resto do grupo aceita-la. ~

Carolina ainda comenta que sabe pauco sobre 0 assunto (TOA/H). "Pois quando tive

urn aluno hiperativo, a dire~o da escola em que eu trabalhava, me forneceu alguns

materiais sobre a assunto. Ate gostaria de ter maior conhecimento caso ela volte a

ter outr~ aluno nestas condi¢es".

Novamente p6de-se observar que essa professora passui pouco

conhecimento sabre a assunto, mas mesmo assim ela trabalhou muito bern com as

alunas partadares de TONH. Ela e ciente que a material fornecido pet a escota epouco e que e necessaria mais conhecimento e aprofundamento sobre 0 assunto.

As respastas de Carolina fcram sinceras, ela descreveu exatamente a que passui de

conhecimento no assunto, nao mascarou lendo sabre 0 assunto para depois

responder 0 questionario.

Topczewski (1999) afirma que:

devemos considerar que a professora e a pessoa que mantem urn contato regular ediario com 0 aluno. A professora orientada tem plenas condic;:6esde avaliar quais asdiferenc;:as apresentadas no desempenho com os medicamentos estimulantes.Portanto, suas informa¢es poderao ser mais fieis, pois compara 0 aluno com elemesmo no que se relaciona ao seu rendimento. A avaliayAo dos resultados obtidoss6 sera 8dequado com a participac;ao da estrutura escolar. (p.l01)

NO entanto, para ROGERS (1973), toda pessoa possui potencial para

aprender a funcionar adequadamente, desde que Ihe seja dado apaio para esse fim.

30

4.1 SUGEST0ES

ApoS concluida a pesqllisa verificou~se que muitos autores comentam sobre

as rotulac;:oes que as crianyas e adolescentes portadores de TDAlH safrern. Tendo

em vista a pouce conhecimento e princlpalmente 0 despreparo que muitos

professores tern sabre 0 aS5unto, gostaria de ministrar palestras nas escolas,

levando urn pouce mais de informayao a esses professores. Pretende-se ainda,

entregar um manual de dicas sabre como trabalhar com um aluno portador de

TDAH

4.2 DICAS GERAIS PARA PACIENTES COM TDAH

E/ogie sempre, nunea esqueya 1550.

Sente-se com a crian<;aJadolescente a ws e peya sua opini~o sabre qualquer

metoda para seu aprendizado. Ete freqOentemente tera sugestOes valiosas.

Lance mao de estrategias e recursos de ensino mai5 Rexiveis ate perceber 0

estilo do aluno. ISSG ira ajuda-Io a atingir urn nivel de desempenho escolar

mais satisfat6rio.

Desenvolva urn metodo para auto-informavao e monitorac;;ao. Ao final de cada

semana, reser.ve alguns minutos para urna conversa com

crianc;;a/adolescente, a fim de saber como ela esta se saindo em sala de aula.

Ouys sua opiniao sobre progresses e dificuldades. E necessaria que a

crianyafadolescente seja agente ativo no processo de aprendizado.

erie urn caderno Mcasa-escola-casa-. Isso e fundamental para a melhoria da

comunica9Ao entre pais e professores.

Sinalize ao aluno, sempre que passivel, sobre sua evoluyao e sucessos. A

crianyaf adelescente ja convive com tantos obstaculos que precisa de todo

estimulo positiv~ que puder obter.

Procure afixar, em lugar visivel, as regres de funcionamento em sala de aula

Os alunos sentem-.se mais seguros sabendo 0 que e esperado deles.

32

CONSIDERAQOES FINAlS

Este trabalho fez uma abordagem sabre a relevancia de professores de 1a a

4" serie do Ensino Fundamental terem conhecimento sobre 0 TDAlH (Transtorno de

Deficit de Atenyllo/Hiperatividade). uma vez que as crianyas com esse deficit,

apresentam maiores dificuldades ern sala de aula, de concentrac;Ao, atenyllo e

paciencia. Normalmente por desconhecimento a professora rctuta a criant;a como

bagunceira, pestinha, etc, chamando ,8 sua atenc;ao repetidas vezes, gerando no

aluno uma reac;:aa agressiva.

Com esta pesquisa p6de-se percebe 0 quanta a crianc;.a portadora de

TDNH safre com as rotula¢es e discriminay6es em sala de aula, chegando a

desencadear outros problemas como a depressao, stress e num futuro, ate mesmo

o envolvimento com drogas e alcoolismo.

Por isso e importante que 0 professor nilo se prenda apenas ao cumprimento

de conteudos, mas va alem, que investigue as causas do nao acompanhamento

de alguns alunos, que podem ser inumeras, evitando assim males maio res.

E na escola que a criancya adquire conhecimento, experitmcia e vaiores. E se

nesse ambiente eta nAo for compreendida, desanimara, nao conseguindo tamar

gosto pela ~prendizagem.

Porem, se 0 professor, com a ajuda de outros profissionais da area, conseguir

identificar urn transtorno desde cedo e souber como trabalha-lo 0 quadro pode

mudar e a criancya se desenvolver normal mente.

Os professores devem ter jogo de cintura e bastante flexibilidade para ajudar

os alunos com TOAH a contornar 0 problema. Devern alternar metodos de ensino,

evitBr aulas repetitivas e ter urna dose extra de paciencia. \sto e fundamental.

Atraves deste trabalho obteve-se urn maior conhecimento sobre 0 que e

Transtorno de Deficit de Atenyao/Hiperatividade, bem como, das consequemcias

que este transtorno pode causar quando nao tratado devidamente. Espera-se que

esta pesquisa seja uma contribuiyao para que os professores possam ajudar seus

alunos portadores de TOA/H, bern como seus amigos e farniliares a terern urna

melhoria da qualidade de vida.

33

REFERENCIAS

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34

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35

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BRAGA, R. 0 Comportamento Hiperativo na Infclncia. Curitiba: Editora

Conscientia, 1998.

KNAPP, P; ROHDE, L. A.; LYSZKOWSKI, L; JOHANN PETTER, J. Terapia

Cognitivo-CompoJtamental no Transtorno de Deficit de

Atenc;ao/Hiperatividade: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artes Medicas, 2002

WNW.casadamaite.com/diversos/curiosidades-

www.tdah.org.br

ZAGURY, T. Limites sem Trauma. Rio de Janeiro: Record, 2001.

36

ANEXOA

37

RECOMENDAC;AO DE BIBLIOGRAFIA E MATERIAL DIDA TICO

BARKLEY, RUSSELL A. Transtorno de Deficit de Atencao/Hiperatividade Porto

Alegre: Artes Medicas, 2002

- Este livra, apesar de direcionado para pais, traz alguma coisa para cada

pessoa envolvida com as crianyas com TDAH: professores, psic6logos,

medicos e familia. Tern urn tom de otimismo que da forc;.a aos pais para

tidarem positivamente com sua crianya em vez de se senti rem

constantemente perturbados e esmagados por SUBSnecessidades especiais.

KNAPP, P; ROHDE, L. A, LYSZKOWSKI, L.; JOHANNPETTER, J. Terapia

Cognitivo-Comportamental no Transtomo de Deficit de

Atenc;ao/Hiperatividade: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artes Medicas, 2002

- Atraves de tecnicas cognitivo-comportamentais, que propidam a utilizac;:ao

de estrah~gias psicoeducacionais e clinicas designadas a jovens portadores

de TDAH. 0 manual ajuda a preencher parte da lacuna existente na literatura

psiqu;atrica brasHeira. E recomendado a todo profissional que lida com

pcrt~dores de TDAH.

- Oividido em 12 sess6es de tratamento, 0 manual permite ao portador de

TONH conhecer aspectos da sind rome e aprender a lidar com SUBS

conseqOencias no dia-a-dia de uma maneira menos desgastante.

Recomendado para pais e professores para um novo entendimento do

assunto.

38

ANEXO B

39

PUBLlCA<;;OES NACIONAIS RECOMENDADAS

ARTIGIANI, G. , BARBATO; TREMEl, I. A Sindrome do X-Fr"gil Organizadoras

Florianopolis: Associa<;Ao Catarinense da Sindrome do X-Fragil, 2001.

- Coletc\nea de artigos sobre pesquisas e experi~ncias a respeito da Sindrome

do X-Fragil, que e caracterizada par atraso do desenvolvimento

neuropsicomotor, orelhas grandes, face \onga, hiperextensibilidade das

articulayOes, deficit de atenyao, hiperatividade e macroorquidismo p6s-

pubere.

a livro foi editado pela pr6pria Associac;;ao, fone: (048) 333-2750.

BARROS, J. M. G. Jogo Infantil e Hiperatividade, Rio de Janeiro: Editora Sprint

Ltda, 2002.

- Livro que traz contribui~o tanto ao campo do diagnostico do TDAH como

tambem a formac;llo profissional, seja de pedagogos au terapeutas. Aborda a

hiperatividade com um olhar na perspectiva do jogo infantil.

ZAGURY, T. Limites sem Trauma. Rio de Janeiro: Record, 2001.

- Este livre cobre urna lacuna importante: ensina objetivamente como,

quando e par que dizer "nao" aos filhos. E tarnbem como, quando e pqr que

dizer"sim". Com toda a certeza, vai descomplicar muito 0 dia-a-dia dos pais.

BENZICK, EDYLEINE B.P. Manual da Escala de Transtomo de Deficit de

Atent;1io/Hiperatividade: Versao para professores. Sao Paulo: Casa do Psic6logo,

2000.

- Este kit e 0 resultado de urn estudn que objetivou a construc;:to, validac;:aoe

padronizayAo de urna escala de avaliac;:Aodo TDAH no contexto escolar.

40

MATTOS, P. No Mundo da Lua: Perguntas e respostas sabre Transtorno de

Deficit de Atent;:io com Hiperatividade em criant;as. adolescentes e adultos.

Rio de Janeiro: Lemos Editorial, 2001

- Este livra trata de crianyas, adolescentes e adultos que tern dificuldade de

atenyao. Essas pessoas tambem sao inquietas e impulsivas no seu dia-a-dia.

SAo abordadas as causas, os sintomas e a repercussao do TOAH na vida

diana e quais as tratamentos disponiveis. Escrito em forma de perguntas e

respostas, porque portadores de TDAH nao leem por multo tempo nem

gostam de textes long05 ..

BRAGA, R. 0 Comportamento Hiperativo na InlAncia. Curitiba: Editora

Conscientia, 1998.

- Livre voltado para medicos, psic6logos e educadores que, sendo

bombardeados com solicitac;ao de pareceres sabre se esta au aquela crian<;a

e au n~a hiperativa, buscam. na literatura sabre a assunto, informayaes que

os capacitem a diagnosticar adequadamente 0 problema.

SCHWARTZMAN, J. S. Transtorno de D~ficit de Aten~ao. Sao Paulo:Memnon

Edic;:oes Cientificas e Editora Mackenzie, 2001

- Primeiro volume da serie NeuroFacil, criada com 0 objetiva de tornar os

conhecimentos sabre a neuroiogia e as neuroci~ncias acessiveis e

compreensiveis para estudantes, profissianais da saude e da educac;a.o e,

especialmente, para as pessoas que tern na familia criantyas e adoiescentes

com disturbias e desordens neurol6gicas. Leitura obrigat6ria para pais de

crianc;:as com 0 diagnostico de TOAH e para profissionais da educac;:Ao, que

precisam entender quem e este aluno.

BENCZIK, E. B. P. Transtorno de D~licit de Aten~aofHiperatividade: AtualizaC30

Diagn6stica e Terap~utica_ Casa do Psic6togo Livraria e Editora Ltda., Sao Paulo,

2000.

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- 0 livro aborda varios aspectos do tema TOAH: perspectiva hist6rica,

caracteristicas, prevalencia, etiologia, evolu~o, implicac;6es educacionais,

cuidados com 0 diagn6stico etc. Tambem propbe urn modelo de avaliac;ao

psicol6gica e discute varias possibilidades. de interven~o: pSicologica,

psicopedagogica, medicamentosa e psicoedllcativ8.

ROHDE, L, A., BENCZIK,P; EDYLEINE, B, P Transtorno de Deficit de Aten~ao e

Hiperatividade - 0 que e? Como ajudar? Porto Alegre, RS: Editora Artes Medicas,

1999.

- Este livre tern per objetivo esclarecer pais, familiares, crian93s com TDAH e

seus professores a respeito do transtorno, fornecendo de forma acessivel

conceitos basicos sabre 0 problema.