Tratado de Humana Anatomia atoa Anatomia aa Vishram Singh ... · TRAADO T DE ANATOMIA HUMANA...
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Tratado deAnatomiaAnatomiaHumanaHumana
Vishram Singh
TRADUÇÃO DA 2ª EDIÇÃO
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Anatomia Humana
Singh
www.elsevier.com.br
Classificação de Arquivo RecomendadaAnatomia Anatomia Humana
Tratado deAnatomiaAnatomiaHumanaHumanaVishram Singh 2ª EDIÇÃO
A Segunda Edição de Tratado de Anatomia Humana abrange, em detalhes, a anatomia de membros superiores e inferiores, tórax, abdome, cabeça e pescoço e trata dos aspectos essenciais do cérebro. Seguindo as recentes tendências da educação em anatomia, o livro fornece ainda uma abordagem integrada com o conhecimento básico em anatomia, embriologia e histologia, e ainda Correlações Clínicas e Estudo de Casos Clínicos. Escrito em lin-guagem simples e muito fácil de compreender, este livro ricamente ilustrado fornece conhecimento da anatomia ideal para estudantes de medicina e demais áreas da saúde.
Destaques:
• Correlações Clínicas integradas ao texto, destacando aplicações práticas da anatomia.
• Estudo de Casos Clínicos ao final de cada capítulo ideal para o aprendizado baseado em problemas.
• Exposição detalhada de cavidade oral, nervos cranianos, nervos e articulações dos membros superiores, hérnias abdominais além de lesões nos nervos e nas articulações.
• Adição de novos diagramas, tabelas e fluxogramas de acesso rápido.
• Anatomia cirúrgica de coração e de pulmões.
• Informações adicionais de alto valor acadêmico são apresentadas de maneira simples nas notas para torná-las mais interessantes aos leitores.
• Fatos úteis e importantes para provas e exames de admissão listados como Dicas Importantes.
• Questões de Múltipla Escolha, ao final do livro, para autoavaliação dos tópicos estudados.
Sobre o autor
Vishram Singh é Professor e Chefe do Departamento de Anatomia, Professor Responsável pela Unidade Médica Educacional do Santosh Medical College, Ghaziabad, Índia e Editor-Chefe do Journal of Anatomical Society of India, e Mestre em Anatomia pelo King George’s Medical College, Lucknow, UP. O professor Singh tem ensinado anatomia para alunos de graduação e pós-graduação em várias universidades e institutos, como o King George’s Medical College, de Lucknow, UP e o All India Institute of Medical Science, de Nova Deli, e tem sido consultor de várias faculdades e universidades. Com mais de 40 anos de experiência no ensino, pesquisa e prática clínica, ele é ganhador do Best Teacher and Researcher Award, do Al-Arab Medical University, Benghazi, Líbia.
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TRATADO DE
ANATOMIA HUMANA
Segunda Edição
Vishram Singh , MS, PhD, FASI Professor e Chefe do Departamento de Anatomia
Docente Responsável pela Unidade de Instrução Médica, Santosh Medical College, Ghaziabad Editor-Chefe do Journal of the Anatomical Society of India
Membro do Conselho Acadêmico e da Comissão Central do Curso de Doutorado, Santosh University Membro do Conselho Editorial do Indian Journal of Otology
Médico-Legista Consultor do ICPS, Índia Editor-Consultor do ABI, Carolina do Norte, EUA
Atuou anteriormente nas seguintes instituições: GSVM Medical College, Kanpur
King George’s Medical College, Lucknow Al-Arab Medical University, Benghazi (Líbia)
All India Institute of Medical Sciences, Nova Delhi
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© 2019 Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. ISBN: 978-85-352-8744-8 ISBN versão eletrônica: 978-85-352-8834-6
Textbook of Anatomy: Upper Limb and Thorax, Volume I, 2eISBN: 978-81-312-3729-8
Textbook of Anatomy: Abdomen and Lower Limb, Volume II, 2e
ISBN: 978-81-312-3728-1
Textbook of Anatomy: Head, Neck and Brain, Volume III, 2eISBN: 978-81-312-3727-4
Copyright © 2014 by Reed Elsevier India Private Limited
This adapted translation of TEXTBOOK OF ANATOMY, 2E, Volume I, II and III, by Vishram Singh was undertaken by Elsevier Editora Ltda and is published by arrangement with Reed Elsevier India Private Limited.
Esta tradução adaptada de TEXTBOOK OF ANATOMY, 2E, Volume I, II e III, by Vishram Singh foi produzida por Elsevier Editora Ltda e publicada em conjunto com Reed Elsevier India Private Limited.
Capa Monika Mayer e Luciana Mello
Editoração Eletrônica Thomson Digital
Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras
Edifício City Tower Rua da Assembleia, n° 100 – 6° andar – Sala 601 20011-904 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
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Nota Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos métodos de pesquisa, das práticas profissionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade profissional. Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especificado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certificar-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da administração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas. Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.
O Editor
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃOSINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
S624t2.ed.
Singh, Vishram Tratado de anatomia humana / Vishram Singh ; [tradução Luiz Frazão Filho, Marcia Grillo Cabral]. - 2. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. : il. ; 27 cm.
Tradução de: Textbook of anatomy Inclui bibliografia e índice ISBN 9788535287448
1. Anatomia humana. 2. Embriologia. 3. Histologia. I. Frazão Filho, Luiz. II. Cabral, Marcia Grillo. III. Título.18-52597 CDD: 611.01 CDU: 611.01
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Dedicado a
À minha mãe ( in memoriam )
Ganga Devi Singh Rajput
uma constante força norteadora de minha vida para a obtenção do conhecimento por meio da educação
Minha esposa
Manorama Rani Singh
por tolerar com alegria a minha preocupação durante a elaboração deste livro
Aos meus filhos
Rashi Singh e Gaurav Singh
por me ajudarem na elaboração do texto
Aos meus professores
Professor (Dr) AC Das ( in memoriam )
por me inspirar a ser multifacetado e inovador na vida
Professor (Dr) A Halim
por me transmitir a arte do bom ensino
Aos meus alunos e ex-alunos
por apreciarem a minha abordagem de ensino da anatomia e transmissão
de conhecimento por meio deste livro
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Revisão Científica e Tradução
Revisão Científica
Coordenador Mauro Andrade (Caps. 1-23, 31-35 e Questões de Múltipla Escolha) Professor Associado Livre-Docente da Disciplina de Topografia Estrutural Humana do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)Estrutural Humana do Departamento de Cirurgia daFaculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Revisores Alfredo Luiz Jacomo (Caps. 25-30, 36-42, 50-57) Professor Associado – Livre-Docente da Disciplina de Topografia Estrutural Humana do Departamento de Cirurgia da FMUSP Professor Responsável pela Disciplina de Topografia Estrutural Humana do Departamento de Cirurgia da FMUSP
Flávia Emi Akamatsu (Caps. 43-49) Professora Doutora da Disciplina de Topografia Estrutural Humana
Flavio Hojaij (Caps. 58-86) Médico do LIM – Laboratório de Anatomia Médico-Cirúrgica – do HC-FMUSP Cirurgião de cabeça e pescoço Doutor em Medicina pela FMUSP Livre-Docente pelo Departamento de Cirurgia da FMUSP Professor Colaborador da Disciplina de Topografia Estrutural Humana da FMUSP
Paulo Massarollo (Cap. 24) Professor Doutor do Departamento de Cirurgia da FMUSP Graduado em Medicina pela FMUSP Doutor em Clínica Cirúrgica pela USP
Tradução Angela Satie Nishikaku (Cap. 61) Bacharel em Ciências Biológicas-Modalidade médica pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) Doutora em Ciências, Departamento de Imunologia, Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) Pós-doutora pela Disciplina de Infectologia, Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Beatriz Perez Floriano (Caps. 45, 47, 58-60, 62-64, 68 e 69) Médica Veterinária formada pela UNESP Mestre e Doutora em Ciência Animal pela UNESP Professora e Anestesiologista Veterinária das Faculdades Integradas de Ourinhos
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Cristiane Matsuura (Cap. 46) Professora Adjunta do Departamento de Farmacologia e Psicobiologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Cristiane Ruiz (Caps. 28, 44 e 80) Professora de Anatomia Humana e Anatomia em Imagens do Centro Universitário São Camilo, SP Doutora em Ciências (Morfologia) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) Mestre em Ciências (Morfologia) pela Unifesp/EPM
Daniel Giberne Ferro (Cap. 57) Doutor em Cirurgia pela FMVZ-USP Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (1999) Mestrado pela Universidade de São Paulo (2006) Fundador e ex-presidente da Associação Brasileria de Odontologia Veterinária (ABOV)
Danuza Pinheiro Bastos Garcia de Mattos (Cap. 75) Professora Adjunta do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Doutorado em Medicina Veterinária pela UFF Mestrado em Ciências pela FIOCRUZ Graduação em Medicina Veterinária pela UFF
Edianez Victória (Cap. 36 e 37) Tradutora
Eliseanne Nopper (Caps. 51, 74, 81-85) Especialista em Psiquiatria Clínica pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro (FMSA) e Complexo Hospitalar do Mandaqui Médica pela FMSA – Organização Santamarense de Educação e Cultura (OSEC)/Universidade de Santo Amaro (UNISA)
Felipe Gazza Romão (Cap. 55) Professor das FIO - Faculdades Integradas de Ourinhos Doutorando pelo departamento de Clínica Veterinária da FMVZ - UNESP Botucatu Mestre pelo departamento de Clínica Veterinária da FMVZ - UNESP Botucatu Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais na FMVZ - UNESP Botucatu
Keila Dutka (Caps. 9 e 10) Mestrado em Medicina Veterinária Preventiva Médica Veterinária
Letícia Carrão Silva (Caps. 48-50) Mestrado em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio Graduação em Medicina Veterinária
Luiz Claudio de Queiroz (Caps. 35 e 43) Tradutor Técnico Inglês-Português
Luiz Euclydes Trindade Frazão Filho (Caps. 35 e 43) Tradutor/intérprete pela Universidade Estácio de Sá e Brasillis
Márcia Grillo (Caps. 65-67 e 73) Professora de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Mestre em Patologia Bucal- Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Doutora em Patologia Bucal- Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Mariângela Pinheiro de Magalhães Oliveira (Caps. 30 e 33) Pós-Graduação em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Gama Filho (UGF) Pós-Graduação em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) Especialização em Alimentação Coletiva pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) Graduação em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP)
Mônica Israel (Cap. 70) Mestre e Doutora em Patologia/UFF Professora de Estomatologia UERJ e UVA Coordenadora da Especialização em Estomatologia São Leopoldo Mandic -RJ
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Revisão Científica e Tradução ix
Patrícia Lydie (Cap. 34) Graduada em Biologia pela UFRJ Renata Scavone Médica Veterinária e Doutora em Imunologia
Renata Jurema Medeiros (Caps. 11, 29 e 71) Chefe do Laboratório de Fisiologia do Departamento de Farmacologia e Toxicologia do INCQS/Fiocruz Doutorado em Vigilância Sanitária pelo INCQS/Fiocruz Mestrado em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal pelo Departamento de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF) Graduação em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária da UFF
Renata Scavone (Caps. 18-23 e 56) Doutorado em Imunologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) Graduação em Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
Samanta Mattei de Mello (Caps. 32, 38-42 e 52-54) Doutora em Microbiologia, Imunologia e Parasitologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Sheila Recepute Silveira (Cap. 72) Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo Mestre em Genética pela Universidade Estadual de Londrina
Soraya Imon de Oliveira (Questões de Múltipla Escolha) Biomédica pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) Especialista em Imunopatologia e Sorodiagnóstico pela Faculdade de Medicina da UNESP Doutora em Imunologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP)
Tatiana Dagli (Caps. 24-26) Graduada em Farmácia-Bioquímica pela USP Tradutora Especializada na Área Médica e Farmacêutica
Vilma Varga (Caps. 12-16, 76-79 e 86) Tradutora e Médica Neurologista
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Nesta edição, imagens de alta qualidade de dissecções anatômicas provenientes do Atlas de Anatomia (GOSLING, J. et .al. Anatomia Humana. Atlas colorido e texto. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019 ) foram acrescidas ao texto original do Professor Vishram Singh. Essas dissecções colaboram de forma enriquecedora para melhor visualização e compreensão dos diagramas e fi guras originais do livro Tratado de Anatomia. Essas imagens estão identifi cadas como g-Fig. ao longo dos capítulos.
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Prefácio da Segunda Edição
É com grande satisfação que expresso minha gratidão a todos os alunos e professores que apreciaram, utilizaram e recomendaram a primeira edição deste livro. Graças ao apoio deles este livro foi reproduzido três vezes desde sua primeira publicação em 2009.
O enorme sucesso deste livro reflete o apelo de sua apresentação clara e limpa do texto anatômico suplementado por perfeitos diagramas unifilares (diagramas de linhas simples) que pudessem ser facilmente desenhados pelos alunos nas correlações clínico-labo-ratoriais, oferecendo uma base anatômica, embriológica e genética das condições clínicas no cotidiano da prática clínica.
O texto foi extensamente revisado com base em um grande número de sugestões de alunos e colegas da área acadêmica, com o acréscimo de muitos novos diagramas unifilares e figuras em meio-tom e a atualização dos diagramas anteriores.
Agradeço imensamente as construtivas sugestões de melhoria do conteúdo deste livro, recebidas tanto de alunos e ex-alunos quanto de colegas. Não reivindico os créditos pela originalidade absoluta do texto e das figuras, a não ser pelo novo modo de apresentação e expressão.
Mais uma vez, agradeço de coração a alunos, professores e colegas anatomistas que me inspiraram a realizar a revisão. Espero sinceramente que eles considerem esta edição mais interessante e útil do que a anterior, e gostaria muito de receber comentários e sugestões de alunos e professores que possam contribuir para melhorar ainda mais este livro.
“O aprendizado proporcionado pelas experiências anteriores e as mudanças dele decorrentes fazem o seu sucesso.”
Vishram Singh
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Prefácio da Primeira Edição
Este livro didático sobre o membro superior e o tórax foi cuidadosamente elaborado para os alunos do primeiro ano de MBBS (bacha-relado em medicina e cirurgia) na sequência do currículo de anatomia revisado do Medical Council of India. Seguindo as tendências atuais do estudo clínico da anatomia, adotei uma abordagem paralela destinada a transmitir os conhecimentos básicos da anatomia aos alunos, apresentando-lhes, ao mesmo tempo, os aspectos aplicados da disciplina.
Para ajudar os alunos a obter uma alta pontuação nos exames, o texto foi escrito em uma linguagem simples e organizado em seções pequenas de fácil entendimento. Embora omitindo os detalhes anatômicos de pouca relevância clínica, as discussões filogenéticas e as analogias comparativas, todos os tópicos clínicos importantes encontram-se descritos em detalhes, com breves explicações dos aspectos histológicos e desenvolvimentais apenas na medida em que auxiliam no entendimento da forma macroscópica e da função dos órgãos, bem como da aparência comum das anomalias congênitas. As tabelas e os fluxogramas sintetizam informações importantes e complexas em cápsulas de conhecimento digeríveis. No final do livro, encontram-se perguntas de múltipla escolha apresentadas capítulo a capítulo com a finalidade de testar o nível de compreensão e rememoração dos alunos. As numerosas ilustrações simples em quatro cores também auxiliam na rápida compreensão e assimilação de informações complexas. A fim de garantir a precisão, todas as ilustrações foram desenhadas pelo próprio autor.
Durante todo o processo de elaboração deste livro, mantive em mente o fato de que o conhecimento da anatomia é necessário para que médicos e cirurgiões possam realizar exames físicos, testes diagnósticos e procedimentos cirúrgicos. Consequentemente, a anatomia topográfica relevante para os procedimentos diagnósticos e cirúrgicos está clinicamente correlacionada ao longo do texto. Além disso, o final de cada capítulo contém um Estudo de Caso Clínico para fins de aprendizagem baseada em problemas, permitindo que os alunos utilizem seus conhecimentos de anatomia em situações clínicas. As informações encontram-se organizadas regionalmente, uma vez que, durante a avaliação de lesões e a execução de procedimentos cirúrgicos, os médicos encontram características anatômicas regionais. Devido à propensão a fraturas, luxações e lesões dos nervos periféricos do membro superior, existem discussões aprofundadas sobre articulações e nervos periféricos.
Como professor, procurei ao máximo fazer deste livro um texto de fácil entendimento e leitura agradável. Para aprimorá-lo ainda mais, os comentários e sugestões dos leitores seriam muito bem-vindos.
Vishram Singh
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Agradecimentos
Para começar, gostaria de expressar minha gratidão aos Drs. P Mahalingam, CMD; Sharmila Anand, DMD; e Ashwyn Anand, CEO da Santosh University, Ghaziabad, por proporcionarem um ambiente acadêmico adequado na universidade e oferecerem o incentivo que me ajudou a elaborar este livro.
Agradeço também à Dra. Usha Dhar, reitora do Santosh Medical College, por sua cooperação. Sou imensamente grato aos Drs. PK Verma, Ruchira Sethi, Deepa Singh e Preeti Srivastava pelo nobre gesto de procederem à verificação final das provas editoriais.
Agradeço sinceramente aos meus colegas de departamento, especialmente à professora Nisha Kaul e à Dra. Ruchira Sethi, por sua assistência.
Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos também pelo feedback e apoio dos colegas da área de anatomia, particularmente aos professores:
• NC Goel (chefe de departamento), Hind Institute of Medical Sciences, Barabanki, Lucknow.
• Kuldeep Singh Sood (chefe de departamento), SGT Medical College, Budhera, Gurgaon, Haryana.
• Poonam Kharb, Sharda Medical College, Geater Noida, UP.
• TC Singel (chefe de departamento), MP Shah Medical College, Jamnagar, Gujarat.
• TS Roy (chefe de departamento), AIIMS, Nova Delhi.
• RK Suri (chefe de departamento), Gayatri Rath e Dr. Hitendra Loh, Vardhman Mahavir Medical College e Safdarjang Hospital, Nova Delhi.
• Veena Bharihoke (chefe de departamento), Rama Medical College, Hapur, Ghaziabad.
• SL Jethani (reitor e chefe de departamento) e RK Rohtagi e Drs. Deepa Singh e Akshya Dubey, Himalayan Institute of Medical Sciences, Jolly Grant, Dehradun.
• Anita Tuli (chefe de departamento), Shipra Paul e Shashi Raheja, Lady Harding Medical Hospital, Nova Delhi.
• SD Joshi (reitor e chefe de departamento), Sri Aurobindo Institute of Medical Sciences, Indore, MP.
Por fim, meus elogios à paciência de minha esposa, Manorama Rani Singh, minha filha, Dra. Rashi Singh, e meu filho, dr. Gaurav Sing, por me auxiliarem na elaboração deste texto.
Gostaria de expressar minha gratidão e consideração também aos meus professores AC Das e A Halim, e a outros anatomistas renomados da Índia, como os professores Shamer Singh, Inderbir Singh, Mahdi Hasan, AK Dutta, Inder Bhargava etc, que me ins-piraram durante a minha vida estudantil.
Agradeço imensamente a ajuda e cooperação recebidas da equipe da Elsevier, uma divisão da Reed Elsevier India Pvt. Ltd.,espe-cialmente a Ganesh Venkatesan (diretor – editorial e operações editorais), Shabina Nasim (gerente sênior de projetos – Education Solutions [Soluções em Educação]), Goldy Bhatnagar (coordenadora de projetos) e Shrayosee Dutta (revisora).
Vishram Singh
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Sumário
Revisão Científi ca e Tradução vii
Prefácio da Segunda Edição xi
Prefácio da Primeira Edição xiii
Agradecimentos xv
Capítulo 1 Introdução ao Membro Superior 1
Capítulo 2 Ossos do Membro Superior 10
Capítulo 3 Região Peitoral 34
Capítulo 4 Axila 48
Capítulo 5 Dorso e Região Escapular 58
Capítulo 6 Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior) 72
Capítulo 7 Inervação Cutânea, Drenagem Venosa e Drenagem Linfática do Membro Superior 83
Capítulo 8 Braço 92
Capítulo 9 Antebraço 105
Capítulo 10 Articulações do Cotovelo e Radioulnares 126
Capítulo 11 Mão 137
Capítulo 12 Articulações e Movimentos da Mão 161
Capítulo 13 Nervos Principais do Membro Superior 172
Capítulo 14 Introdução ao Tórax e Caixa Torácica 185
Capítulo 15 Ossos e Articulações do Tórax 196
Capítulo 16 Parede Torácica e Mecanismo da Respiração 211
Capítulo 17 Cavidades Pleurais 229
Capítulo 18 Pulmões 238
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Sumárioxviii
Capítulo 19 Mediastino 254
Capítulo 20 Pericárdio e Coração 261
Capítulo 21 Veia Cava Superior, Aorta, Tronco Pulmonar e Timo 288
Capítulo 22 Traqueia e Esôfago 297
Capítulo 23 Ducto Torácico, Veias Ázigo e Hemiázigo e Troncos Simpáticos Torácicos 307
Capítulo 24 Introdução e Visão Geral do Abdome 315
Capítulo 25 Abdome e pelve 324
Capítulo 26 Parede Anterior do Abdome 338
Capítulo 27 Região Inguinal/Virilha 360
Capítulo 28 Órgãos Genitais Externos Masculinos 373
Capítulo 29 Cavidade Abdominal e Peritônio 388
Capítulo 30 Parte Abdominal do Esôfago, Estômago e Baço 407
Capítulo 31 Fígado e Aparelho Biliar Extra-Hepático 423
Capítulo 32 Duodeno, Pâncreas e Veia Porta 440
Capítulo 33 Intestinos Delgado e Grosso 458
Capítulo 34 Rins, Ureteres e Glândulas Suprarrenais 479
Capítulo 35 Parede Abdominal Posterior e Estruturas Associadas 499
Capítulo 36 Pelve 516
Capítulo 37 Paredes Pélvicas e Estruturas de Partes Moles Associadas 526
Capítulo 38 Períneo 539
Capítulo 39 Bexiga Urinária e Uretra 552
Capítulo 40 Órgãos Genitais Masculinos 565
Capítulo 41 Órgãos Genitais Femininos 574
Capítulo 42 Reto e Canal Anal 593
Capítulo 43 Introdução aos Membros Inferiores 605
Capítulo 44 Ossos dos Membros Inferiores 613
Capítulo 45 Parte Frontal da Coxa 642
Capítulo 46 Compartimento Medial da Coxa 658
Capítulo 47 Região Glútea 667
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Sumário xix
Capítulo 48 Posterior da Coxa e Fossa Poplítea 678
Capítulo 49 Articulação do Quadril 691
Capítulo 50 Superior da Perna e Dorso do Pé 700
Capítulo 51 Faces Lateral e Medial da Perna 714
Capítulo 52 Parte Posterior da Perna 721
Capítulo 53 Planta do Pé 734
Capítulo 54 Arcos do Pé 746
Capítulo 55 Articulações do Membro Inferior 753
Capítulo 56 Drenagens Venosa e Linfática do Membro Inferior 772
Capítulo 57 Inervação dos Membros Inferiores 781
Capítulo 58 Anatomia Viva da Cabeça e do Pescoço 792
Capítulo 59 Osteologia da Cabeça e do Pescoço 803
Capítulo 60 Escalpo, Têmpora e Face 835
Capítulo 61 Pele, Fáscia Superfi cial e Fáscia Profunda do Pescoço 857
Capítulo 62 Lateral do Pescoço 866
Capítulo 63 Região Anterior do Pescoço 875
Capítulo 64 Região Posterior do Pescoço e Coluna Cervical 885
Capítulo 65 Região Parotídea 900
Capítulo 66 Região Submandibular 908
Capítulo 67 Fossa Infratemporal, Articulação Temporomandibular e Fossa Pterigopalatina 922
Capítulo 68 Glândulas Tireoide e Paratireoide, Traqueia e Esôfago 945
Capítulo 69 Regiões Pré e Paravertebral e Raiz do Pescoço 957
Capítulo 70 Cavidade Oral 969
Capítulo 71 Faringe e Palato 988
Capítulo 72 Laringe 1007
Capítulo 73 Irrigação e Drenagem Linfática da Cabeça e do Pescoço 1020
Capítulo 74 Nariz e Seios Paranasais 1040
Capítulo 75 Orelha 1054
Capítulo 76 Órbita e Bulbo do Olho 1071
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Sumárioxx
Capítulo 77 Canal Vertebral e Seu Conteúdo 1091
Capítulo 78 Cavidade Craniana 1104
Capítulo 79 Nervos Cranianos 1122
Capítulo 80 Características Gerais e Membranas do Encéfalo 1142
Capítulo 81 Tronco Encefálico 1152
Capítulo 82 Cerebelo e Quarto Ventrículo 1164
Capítulo 83 Diencéfalo e Terceiro Ventrículo 1171
Capítulo 84 Cérebro 1178
Capítulo 85 Núcleos da Base e Sistema Límbico 1188
Capítulo 86 Irrigação Sanguínea do Cérebro 1194
Questões de Múltipla Escolha 1202
Índice 1255
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CAPÍTULO
6 Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior)
O complexo articular do ombro consiste em quatro articulações básicas ( Fig. 6.1 ):
1. Articulação glenoumeral. 2. Articulação acromioclavicular. 3. Articulação esternoclavicular. 4. Articulação escapulotorácica (ligação funcional entre a
escápula e o tórax).
A função normal do cíngulo do membro superior requer uma coordenação harmoniosa de movimento em todas essas articula-ções. O comprometimento de qualquer uma dessas articulações resulta em deficiência funcional de todo o complexo.
A principal função do ombro no ser humano é permitir que ele posicione a mão onde deseja, de maneira coordenada e con-trolada.
Do membro dianteiro que serve de apoio do peso nos quadrú-pedes ao membro superior livremente móvel dos seres humanos, o cíngulo do membro superior sofreu alterações filogenéticas substanciais. Nos seres humanos, o cíngulo sacrificou a estabili-dade em favor da mobilidade, responsável pela maioria de suas alterações patológicas.
A articulação glenoumeral , geralmente denominada “arti-culação do ombro” pelos médicos, é a articulação primária do cíngulo do membro superior e, por ser afetada com bastante frequência, precisa ser descrita em detalhe.
ARTICULAÇÃO DO OMBRO (ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL)
É a articulação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoidal da escápula.
A articulação do ombro é a articulação com maior mobilidade existente no corpo e, consequentemente, uma das menos estáveis. É a articulação que se desloca com mais frequência e mais sofre luxações recorrentes. Portanto, os estudantes devem estudá-la de forma muito minuciosa.
Tipo
A articulação do ombro é uma articulação sinovial do tipo esfe-roidal (ou bola e soquete) ( Fig. 6.2 ).
SUPERFÍCIES ARTICULARES ( FIG. 6.2 )
A articulação do ombro é formada pela cabeça do úmero grande e arredondada com a relativamente rasa cavidade glenoidal da escápula . A cavidade glenoidal é ligeiramente aprofundada por um anel fibrocartilaginoso chamado lábio glenoidal .
LIGAMENTOS ( FIGS. 6.3 A 6.5 )
Os ligamentos da articulação do ombro são:
Articulação esternoclavicular
Articulaçãoacromioclavicular
Articulaçãoescapulotorácica
Articulaçãoglenoumeral
Fig. 6.1 Articulações do complexo do ombro (articulações do cíngulo do membro superior).
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Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior) 73
1. Ligamento capsular (cápsula articular): A fina camada fibrosa da cápsula articular circunda a articulação glenou-meral e está fixada medialmente às margens da cavidade glenoidal, além do lábio glenoidal, e lateralmente ao colo anatômico do úmero, exceto inferiormente, onde se estende 1,5 cm ou mais em direção ao colo cirúrgico do úmero. Medialmente, a fixação está além do tubérculo supragle-
noidal, envolvendo a cabeça longa do bíceps braquial na cavidade articular.
Correlação clínica
Uma parte da linha epifi sária da parte proximal do úmero
é intracapsular; portanto, pode ocorrer artrite séptica da
articulação do ombro após uma osteomielite metafi sária.
Artéria circunflexaposterior do úmero
Nervo axilar
Deltoide
Bolsasubacromial/subdeltóidea
Supraspinal
Cápsula articular
Acrômio Processocoracoide
Arco coracoacromial
Lábio glenoidal
Cavidade glenoidalda escápula
Ligamentocoracoacromial
A B
AcrômioCavidade glenoidalda escápula Clavícula
Cabeça do úmero
Fig. 6.2 Articulação do ombro: A, radiografia mostra as superfícies articulares; B, secção coronal. ( Fonte: Fig. 7.25 , p. 628, Gray’s Anatomy for Students , Richard L Drake, Wayne Vogl, Adam WM Mitchell. Copyright Elsevier Inc. 2005, Todos os direitos reservados.)
Inferior
Cápsula da articulaçãoglenoumeral
Ligamentosglenoumerais Médio
Superior
Cabeça longa dobíceps braquial
Lábio glenoidal
Fig. 6.3 Interior da articulação do ombro exposto por trás para mostrar os ligamentos glenoumerais.
Cápsula articularSulco
intertubercular
Ligamentocoracoumeral
Ligamentocoracoacromial
Ligamentotransversodo úmero
Acrômio
Processocoracoide
Fig. 6.4 Ligamentos coracoacromial, coracoumeral e trans-verso do úmero vistos a partir da face anterior.
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Tratado de Anatomia Humana74
A membrana sinovial reveste a superfície interior da cápsula articular e se reflete no lábio glenoidal e no úmero até a margem articular da cabeça. A cavidade sinovial da articulação apresenta as seguintes características:
(a) Forma uma bainha tubular em torno do tendão do bíceps braquial no sulco intertubercular do úmero.
(b) Comunica-se com as bolsas subescapular e infraspinal.
Portanto, existem três aberturas na cápsula articular:
(a) Uma abertura entre os tubérculos do úmero para a passagem da cabeça longa do bíceps braquial.
(b) Uma abertura situada anteroinferiormente ao processo cora-coide para permitir a comunicação entre a cavidade sinovial e a bolsa subescapular.
(c) Uma abertura situada posteriormente para permitir a comu-nicação entre a cavidade sinovial e a bolsa infraspinal.
2. Ligamentos glenoumerais: Existem três espessamentos na parte anterior da cápsula fibrosa para reforçá-la. Esses espes-samentos denominam-se ligamentos glenoumerais superior, médio e inferior e são visíveis somente de dentro da articu-lação.
Existe uma lacuna entre os ligamentos glenoumerais superior e médio que tem importância na luxação anterior da articulação do ombro.
3. Ligamento coracoumeral: É uma forte banda de tecido fibroso que passa da base do processo coracoide para a face anterior do tubérculo maior do úmero.
4. Ligamento transverso do úmero: É uma ampla banda fibro-sa que liga as cristas dos tubérculos maior e menor. Esse ligamento converte o sulco intertubercular em um canal que permite a passagem do tendão da cabeça longa do bíceps circundado por uma bainha sinovial.
LIGAMENTOS ACESSÓRIOS
Os ligamentos acessórios da articulação do ombro são:
1. Ligamento coracoacromial : Estende-se entre o processo coracoide e acrômio. Protege a face superior da articu-lação.
2. Arco coracoacromial: O arco coracoacromial é formado pelo processo coracoide, pelo acrômio e pelo ligamento coracoacromial existente entre eles. Essa estrutura osteoli-gamentar forma um arco que proteje a cabeça do úmero e evita sua luxação superior. O músculo supraspinal passa por baixo desse arco e profundamente pelo deltoide, onde o seu tendão se funde à cápsula articular. A grande bolsa subacromial está localizada entre o arco superiormente e o tendão do músculo supraspinal e tubérculo maior do úmero inferiormente, facilitando o movimento do tendão do músculo supraspinal.
BOLSAS RELACIONADAS À ARTICULAÇÃO
DO OMBRO
Existem várias bolsas relacionadas à articulação do ombro, mas as mais importantes são ( Fig. 6.6 ):
1. Bolsa subescapular: Localizada entre o tendão do músculo subescapular e o colo da escápula e protege o tendão do atri-to contra o colo. Essa bolsa normalmente tem comunicação com a cavidade articular.
2. Bolsa subacromial ( Fig. 6.7 ): Localizada entre o liga-mento coracoacromial e o acrômio acima e o tendão do supraspinal e a cápsula articular abaixo, prosseguindo em sentido descendente por baixo do deltoide, razão pela qual, às vezes, é conhecida também como bolsa sub-deltóidea . É a maior bolsa sinovial do corpo e facilita os movimentos do tendão do músculo supraspinal sob o arco coracoacromial.
3. Bolsa infraspinal: Localizada entre o tendão do músculo infraspinal e a face posterolateral da cápsula articular, podendo eventualmente comunicar-se com a cavidade articular.
N.B. As bolsas existentes em torno da articulação do ombro são clinicamente importantes, uma vez que algumas delas se comunicam com a cavidade sinovial da articulação. Con-sequentemente, a abertura de uma bolsa pode significar aabertura da cavidade articular.
RELAÇÕES DA ARTICULAÇÃO
DO OMBRO ( FIG. 6.6 )
A articulação do ombro tem relação:
Superiormente: com o arco coracoacromial, a bolsa suba-cromial, o músculo supraspinal e o músculo deltoide.
Inferiormente: com a cabeça longa do tríceps, o nervo axilar e os vasos circunflexos posteriores do úmero.
Membranasinovial
Bolsasubescapular
Ligamentocoracoacromial
Acrômio
Ligamentotransversodo úmero
Bainha sinovialem torno do
tendão do bíceps
Tendão dacabeça longa dobíceps braquial
Processocoracoide
Fig. 6.5 Membrana sinovial revestindo o interior da articula-ção do ombro e suas extensões.
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Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior) 75
Anteriormente: com o músculo subescapular, a bolsa subes-capular, o músculo coracobraquial, a cabeça curta do bíceps braquial e o músculo deltoide.
Posteriormente: com o músculo infraspinal, redondo menor e deltoide.
IRRIGAÇÃO
A articulação glenoumeral é irrigada pelas seguintes artérias:
1. Artérias circunflexas anterior e posterior do úmero. 2. Artéria supraescapular. 3. Artéria subescapular.
INERVAÇÃO
A articulação glenoumeral é inervada pelos nervos:
1. Nervo axilar. 2. Nervo supraescapular. 3. Nervo musculocutâneo.
ESTRUTURAS RESPONSÁVEIS PELA
ESTABILIDADE DA ARTICULAÇÃO
DO OMBRO
As estruturas responsáveis pela estabilidade da articulação são:
1. Manguito rotador (manguito miotendíneo). 2. Arco coracoacromial.
3. Tendão da cabeça longa do bíceps. 4. Lábio glenoidal.
O manguito rotador/manguito miotendíneo é formado pela combinação dos tendões dos músculos subescapular, supraspinal, infraspinal e redondo menor em torno da cápsula articular (mais detalhes no Cap. 5 , p. 67).
O tônus dos músculos do manguito rotador mantém e traciona a cabeça do úmero medialmente de modo a mantê-la em contato com a cavidade glenoidal, rasa e menor, o que também auxilia a rotação da cabeça do úmero contra a cavidade glenoidal durante o movimento articular – daí o termo rotador ( Fig. 6.8 ).
G
B
Vasos circunflexosposteriores do úmero
Cabeça longado tríceps
Bolsa subacromial
Deltoide
Infraspinal
Redondomenor
Coracobraquial ecabeça curtado bíceps
Peitoral maior
Artéria e veia axilares
Bolsa subescapular
Subescapular
Deltoide
Nervo axilar
Acrômio
Bolsa infraspinal Processo coracoide
Ligamento coracoacromial
Supraspinal
Ligamento capsular
Relaçõesposteriores
Relaçõesinferiores
Relaçõesanteriores
Redondo maior
Fig. 6.6 Relações da articulação do ombro vistas na secção sagital (G = cavidade glenoidal, B = cabeça longa do bíceps).
Supraspinal
Bolsasubacromial/subdeltóidea
Deltoide
Acrômio
Fig. 6.7 Bolsa subacromial/subdeltóidea. ( Fonte: Fig. 2.6 ,p. 57, Clinical and Surgical Anatomy , 2e, Vishram Singh. Copyright Elsevier 2007, Todos os direitos reservados.)
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Tratado de Anatomia Humana76
O arco coracoacromial forma uma cavidade secundária da articulação glenoumeral e protege a articulação a partir de cima, impedindo a luxaçãosuperior da cabeça do úmero.
A cabeça longa do bíceps braquial passa acima da cabe-ça do úmero, evitando, desse modo, o seu deslocamento superior.
O lábio glenoidal oferece proteção aprofundando a rasa cavidade glenoidal.
MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO OMBRO
( FIGS. 6.9 E 6.10 )
A articulação do ombro tem mais mobilidade do que qualquer outra articulação do corpo devido aos seguintes fatores:
1. Frouxidão da cápsula articular. 2. Articulação entre a cabeça relativamente grande do úmero
e a cavidade glenoidal rasa e menor.
A articulação glenoumeral permite quatro grupos de movi-mentos:
1. Flexão e extensão. 2. Abdução e adução. 3. Rotação medial e lateral. 4. Circundução.
Os movimentos da articulação do ombro ocorrem nos três planos e em torno dos três eixos:
• A flexão e a extensão /hipertensão ocorrem no plano sagital em torno do eixo frontal.
• A abdução e adução ocorrem no plano frontal em torno do eixo sagital.
Rotaçãolateral
Rotaçãomedial
Flexão
Extensão
Abdu
ção
Aduç
ão
B
A
Fig. 6.9 Planos de movimento da articulação do ombro: A, planos de flexão e extensão, e de abdução e adução; B, plano de rotação medial e lateral.
Subescapular
Supraspinal
Infraspinal
Redondomenor
A B
Úmero
Deltoide
Subescapular
Infraspinal
Redondo menor
Supraespinal
Fig. 6.8 Ação dos músculos do manguito rotador. A, Esses músculos sustentam e tracionam a cabeça relativamente grande do úmero medialmente de modo a estabilizá-la contra a cavidade glenoidal, rasa e menor; B, função combinada dos músculos do manguito rotador com o deltoide.
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Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior) 77
• A rotações medial e lateral ocorrem no plano transversal em torno do eixo vertical.
• A circundução é, na realidade, apenas uma combinação de todos os movimentos citados anteriormente.
N.B. Plano da articulação glenoumeral: A escápula não está localizada no plano coronal, mas orientada de tal modo que a sua cavidade glenoidal fica direcionada lateralmente e para a frente, razão pela qual o plano dessa articulação está posicionado a cerca de 45° em relação ao plano sagital. Os movimentos da articulação do ombro são, portanto, descritos em relação a esse plano.
Os detalhes são os seguintes:
1. Flexão e extensão: Durante a flexão, o braço movimenta-se em sentido medial e para a frente, enquanto na extensão, movimenta-se lateralmente e para trás. Esses movimentos ocorrem paralelamente ao plano da cavidade glenoidal
(i.e., um plano intermediário entre os planos coronal e sagital).
2. Abdução e adução: Durante a abdução, o braço movimen-ta-se anterolateralmente, afastando-se do tronco, e durante a adução, movimenta-se posteromedialmente em direção ao tronco. Esses movimentos ocorrem em ângulo reto em relação ao plano de flexão e extensão (i.e., no plano do corpo da escápula).
3. Rotação medial e lateral: Esses movimentos são mais bem demonstrados com o cotovelo parcialmente flexionado. Nessa posição, a mão movimenta-se medialmente na rotação medial e lateralmente na rotação lateral.
4. Circundução: A circundução na articulação glenoumeral é uma sequência ordenada de flexão, abdução, extensão e adução ou o contrário. Durante esse movimento, o membro superior movimenta-se ao longo de um círculo.
Os músculos que produzem diversos movimentos na articu-lação do ombro encontram-se relacionados na Tabela 6.1 .
Flexão
Extensão
Adução
Abdução
Rotação medial
Rotação lateral
Abdução
Flexão
Extensão
AduçãoCircundução
Fig. 6.10 Movimentos da articulação do ombro. ( Fonte: Fig. 7.4 , p. 611, Gray’s Anatomy for Students, Richard L Drake, Wayne Vogl, Adam WM Mitchell. Copyright Elsevier Inc. 2005, Todos os direitos reservados.)
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Tratado de Anatomia Humana78
Mecanismo de Abdução
A abdução do ombro é um movimento complexo, razão pela qual o estudante deve conhecê-la.
A amplitude total da abdução é de 180°. A abdução de até 90° ocorre na articulação glenoumeral. A abdução de 90° a 120° ocor-re somente se o úmero for rotacionado lateralmente. A abdução de 120° a 180° pode ocorrer mediante a rotação da escápula para a frente sobre a parede torácica.
A análise detalhada é a seguinte:
1. A superfície articular da cabeça do úmero permite a eleva-ção do braço somente até 90°, pois quando a extremidade superior do úmero é elevada a 90°, o seu tubérculo maior fica em contacto com a superfície inferior do acrômio e só pode ser liberado com a rotação lateral do braço.
2. Consequentemente, o braço rotaciona lateralmente e executa uma abdução de até 120°.
3. A abdução acima de 120° é possível somente com a rotação da escápula, de modo que a escápula rotaciona para a frente sobre a parede torácica.
N.B. • O úmero e a escápula movimentam-se à razão de 2:1
durante a abdução, ou seja, a cada elevação de 15°, o úmero movimenta-se 10°, e a escápula, 5°.
• Durante os estágios inicial e final da elevação, as articula-ções esternoclavicular e acromioclavicular alcançam o seu nível máximo de movimento, respectivamente.
Amplitude de Movimento (ADM) dos Diversos Movimentos Durante o exame clínico, o conhecimento da amplitude dos diversos movimentos – fornecida no quadro a seguir – é muito importante:
Movimentos Amplitude de movimento
• Flexão 90°
• Extensão 45°
• Abdução 180°
• Adução 45°
• Rotação lateral 45°
• Rotação medial 55°
Tabela 6.1 Movimentos da articulação do ombro e os músculos que os produzem
Movimentos Músculos principais (movimentadores primários) Músculos acessórios (sinergistas)
Flexão • Peitoral maior (parte clavicular) • Deltoide (fibras anteriores)
• Bíceps braquial (cabeça curta) • Coracobraquial • Cabeça esternocostal do peitoral maior
Extensão: • Deltoide (fibras posteriores) • Latíssimo do dorso
• Redondo maior • Cabeça longa do tríceps
Adução • Peitoral maior (parte esternocostal) • Latíssimo do dorso
• Redondo maior • Coracobraquial • Cabeça curta do bíceps • Cabeça longa do tríceps
Abdução • Deltoide (fibras laterais) • Supraspinal
• Serrátil anterior • Fibras superiores e inferiores do trapézio
Rotação medial • Subescapular • Peitoral maior • Latíssimo do dorso • Deltoide (fibras anteriores) • Redondo maior
Rotação lateral • Deltoide (fibras posteriores) • Infraspinal • Redondo menor
Correlação clínica
• Luxação da articulação do ombro: A luxação da articu-
lação do ombro ocorre principalmente em sentido inferior,
dada a menor sustentação da articulação nessa região. É
comum que esta luxação lesione o nervo axilar devido à
sua estreita relação com a parte inferior da cápsula articular.
Entretanto, em termos clínicos, a condição é descrita como
luxação anterior ou posterior, indicando se a cabeça umeral
desceu anterior ou posteriormente em relação ao tubérculo
infraglenoidal da escápula e à cabeça longa do tríceps.
A luxação normalmente é causada pela extensão e pela
rotação lateral excessivas do úmero.
Do ponto de vista clínico, apresenta-se como ( Fig. 6.11 ):
(a) Um espaço vazio no contorno arredondado do
ombro.
(b) Uma proeminência na ponta do ombro.
• Ombro congelado (capsulite adesiva): É uma condição clí-
nica caracterizada pela presença de dor e limitação uniforme
de todos os movimentos da articulação do ombro, embora
sem quaisquer alterações radiológicas na articulação. Ocorre
devido ao encolhimento da cápsula articular, daí o nome
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Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior) 79
ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR ( FIG. 6.12 )
Tipo
É um tipo de articulação sinovial plana entre a extremidade lateral da clavícula e o acrômio da escápula. A articulação acro-mioclavicular está localizada cerca de 2,5 cm medialmente à extremidade do ombro.
Superfícies Articulares
São pequenas facetas presentes na extremidade acromial da claví-cula e na margem medial do acrômio da escápula. As superfícies
articulares são recobertas por fibrocartilagem. A cavidade arti-cular é subdividida por um disco articular incompleto em forma de cunha.
Cápsula Articular
É um invólucro fibroso, fino e frouxo fixado nas margens das superfícies articulares.
Ligamentos
São os ligamentos acromioclavicular e coracoclavicular.
1. Ligamento acromioclavicular: É uma banda de tecido fibro-so que se estende do acrômio à clavícula e serve de reforço para a articulação acromioclavicular superiormente.
2. Ligamento acromioclavicular: Localiza-se um pouco dis-tante da articulação propriamente dita, mas desempenha uma função importante na manutenção da integridade da articulação.
O ligamento coracoclavicular consiste em duas partes: (a) conoide e (b) trapezoide, unidos posteriormente e geral-mente separados por uma bolsa.
• O ligamento conoide é uma banda de tecido fibroso em for-ma de cone invertido. O ápice está fixado à raiz do processo coracoide, lateralmente à incisura da escápula, e a base está fixada no tubérculo conoide, na superfície inferior da clavícula.
• O ligamento trapezoide é uma banda horizontal de tecido fibroso que se estende da superfície superior do processo coracoide à linha trapezóidea, na superfície inferior da extremidade acromial da clavícula.
N.B. O ligamento coracoclavicular é amplamente responsá-vel por sustentar o peso da escápula e do membro superior pela clavícula.
O ligamento coracoclavicular é o ligamento mais forte do membro superior.
Movimentos
A articulação acromioclavicular permite a rotação do acrômio da escápula na extremidade acromial da clavícula. Esses movimentos estão associados aos movimentos da escápula na articulação escapulotorácica.
ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR ( FIG. 6.12 )
Tipo
A articulação esternoclavicular é um tipo selar de articulação sinovial.
Superfície Articulares
A extremidade esternal arredondada da clavícula articula-se com a cavidade rasa do ângulo superolateral do manúbrio do esterno e a parte adjacente da 1 a cartilagem costal. A extremidade medial
Proeminência na ponta do ombro
Espaço vazio no contorno do ombro.
Cavidade glenoidal
Acrômio
Epífise proximal do úmero
Fig. 6.11 Luxação da articulação do ombro. Observar as alterações no contorno do ombro.
capsulite adesiva . Trata-se de uma condição geralmente
observada em pessoas com 40-60 anos.
• Distúrbios do manguito rotador: Os distúrbios do man-
guito rotador incluem tendinite calcária supraspinal; no
plano subacromial, o manguito rotador representa, de
um modo geral, a causa mais comum de dor no ombro.
Em geral, o manguito rotador é lesionado durante o uso
repetitivo do membro superior acima do nível horizontal
(p. ex., nos esportes de arremesso, natação e levantamento
de peso). A deposição do cálcio no tendão supraspinal é
comum e irrita a bolsa subacromial sobrejacente, causando
bursite subacromial . Consequentemente, quando o braço é
abduzido, a bolsa infl amada é comprimida entre o tendão
e o acrômio, causando dor forte. Na maioria das pessoas,
a dor ocorre durante a abdução de 60°-120° ( síndrome do arco doloroso ). Os distúrbios do manguito rotador normal-
mente afetam homens com mais de 50 anos.
A dor causada pela bursite subacromial é desenca-
deada quando o deltoide é pressionado pouco abaixo do
acrômio com o braço aduzido. A dor não é causada pela
pressão exercida sobre o mesmo ponto quando o braço
está abduzido porque a bolsa desliza para baixo do acrô-
mio ( sinal de Dawbarn ).
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Tratado de Anatomia Humana80
da clavícula eleva-se a um nível acima do manúbrio, adequando--se mal à sua cavidade. Mas um disco articular forte e espesso de fibrocartilagem fixado superiormente à clavícula e à 1 a cartila-gem costal inferiormente evita o deslocamento da extremidade esternal da clavícula.
A superfície articular da clavícula é convexa de cima para baixo e ligeiramente côncava da frente para trás. A superfície articular do esterno é reciprocamente curva. As superfícies articulares são recobertas por fibrocartilagem.
Cápsula Articular
A cápsula articular está fixada às margens das superfícies arti-culares, incluindo a periferia do disco articular. A membrana sinovial reveste a superfície interna da cápsula articular fibrosa, estendendo-se até as bordas do disco articular.
Ligamentos
1. Ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior: Refor-çam a cápsula articular nos planos anterior e posterior. O ligamento posterior é mais fraco do que o anterior.
2. Ligamento interclavicular: Em forma de T, conecta as extre-midades esternais das duas clavículas e reforça a cápsula articular superiormente. Em seu segmento intermediário, está fixado à borda superior da incisura jugular.
3. Ligamento costoclavicular: Ancora a superfície inferior da extremidade esternal da clavícula à primeira costela e à parte contígua de sua cartilagem.
Movimentos
A articulação esternoclavicular permite os movimentos do cín-gulo do membro superior. Essa articulação é fundamental para o movimento da clavícula.
Correlação clínica
• Luxação da articulação esternoclavicular: É rara porque
a articulação esternoclavicular é extremamente forte. Entre-
tanto, a luxação dessa articulação em pessoas com menos
de 25 anos pode ser resultante de fraturas através da placa
epifi sária, uma vez que a união da epífi se da extremidade
esternal da clavícula só ocorre aos 23-25 anos. A extremi-
dade medial normalmente é luxada em sentido anterior. O
ligamento costoclavicular evita a luxação posterior.
• Transmissão de peso do membro superior: O peso do
membro superior se transmite da escápula para a clavícula
através do ligamento coracoclavicular , e da clavícula para
o esterno através da articulação esternoclavicular . Parte
do peso se transmite para a primeira costela através do
ligamento costoclavicular ( Fig. 1.4 ). Quando uma pessoa
cai sobre a mão estendida, a força do impacto normal-
mente se transmite por toda a extensão da clavícula, ou
seja, pelo seu maior eixo. A clavícula pode fraturar-se na
junção entre os seus terços médio e lateral, mas é raro a
articulação esternoclavicular sofrer luxação.
• Luxação da articulação acromioclavicular: Pode ocorrer
após uma pancada forte na parte superolateral do ombro.
Na forma grave, tanto o ligamento acromioclavicular quanto
o ligamento coracoclavicular se rompem. Consequente-
mente, o ombro se separa da clavícula e cai por causa
do peso do membro. A luxação da articulação acromio-
clavicular geralmente é denominada separação do ombro .
ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA
A articulação escapulotorácica não é uma articulação verdadeira, mas uma conexão funcional entre a face costal da escápula e a face lateral da parede torácica. A conexão se faz através do músculo
Ligamentocostoclavicular
Processocoracoide
Ligamentocoracoclavicular
Ligamentotrapezoide
Ligamentoconoide
Disco articular
Ligamento interclavicular
Disco articularincompleto
Primeiracartilagem
costal
Primeira costela
Articulação esternoclavicular
Clavícula
Articulação acromioclavicular
Acrômio
Manúbriodo esterno
Fig. 6.12 Articulações esternoclavicular e acromioclavicular.
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Complexo Articular do Ombro (Articulações do Cíngulo do Membro Superior) 81
serrátil anterior. Os movimentos da escápula em torno da parede torácica são facilitados pela presença de tecido areolar frouxo entre os músculos serrátil anterior e subescapular.
RITMO ESCAPULOUMERAL
A maioria dos movimentos do ombro envolve os movimentos do úmero e da escápula de forma simultânea, e não sucessiva.
De acordo com um conceito mais antigo, a abdução do ombro até 90° ocorre na articulação glenoumeral, ao passo que, além
de 90°, o movimento consiste essencialmente em uma rotação ascendente da escápula.
Entretanto, estudos fluoroscópicos recentes determinaram inequivocamente que há rotação da escápula mesmo a partir dos estágios iniciais de abdução do ombro. Portanto, existe um ritmo entre os movimentos da escápula e do úmero chamado ritmo escapuloumeral . Na abdução, há 1° de rotação lateral da escápula para cada 2° de movimento da articulação glenoumeral. A para-lisia dos músculos, que interfere nesse ritmo, afeta seriamente os movimentos do ombro.
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Tratado de Anatomia Humana82
Dicas Importantes para Recordar
Ø Articulação primária do cíngulo do membro superior Articulação glenoumeral
Ø Articulação do corpo com maior grau de mobilidade
Articulação do ombro
Ø Articulação do corpo mais sujeita a luxações
Ø Articulação que mais sofre luxações recorrentes
Ø Luxação mais comum da articulação do ombro Luxação inferior
Ø Maior bolsasinovial do corpo Bolsa subacromial/subdeltóidea
Ø Fator mais importante para a estabilidade da articulação do ombro Manguito miotendíneo/manguito rotador
Ø Protetor da articulação do ombro
Ø Causa mais comum da dor no ombro Distúrbios do manguito rotador
Ø Principal âncora da articulação acromioclavicular Ligamento coracoclavicular
Ø Principal âncora da articulação esternoclavicular Disco articular
Ø Ligamento mais forte do membro superior Ligamento coracoclavicular
Estudo de Caso Clínico
Um executivo de 54 anos caiu da escada e estava sentindo fortes dores no ombro direito. Ele foi levado a uma unidade de atendimento de emergência. Ao examiná-lo, os médicos observaram que o executivo estava sentado no banco com o braço direito estendido do lado do corpo e apoiando o cotovelo direito com a mão esquerda. O exame do ombro direito revelou perda de seu contorno arredondado normal e perda de sensibilidade da pele na metade inferior da região deltóidea. Qualquer tentativa de executar movimentos ativos ou passivos era interrompida por uma forte dor no ombro. O paciente foi diagnosticado como um caso de luxação do ombro direito.
Perguntas 1. Por que a articulação do ombro geralmente está sujeita
a luxações?
2. Qual o tipo mais comum de luxação do ombro? 3. Qual a causa da perda do contorno arredondado normal
do ombro? 4. Qual a causa da perda da sensibilidade da pele na meta-
de inferior da região deltóidea?
Respostas 1. Por causa do tamanho desproporcional das superfícies
articulares e da cápsula articular frouxa. 2. Inferior (geralmente denominada luxação anterior pelos
médicos). 3. Porque a tração dos músculos peitoral maior e subes-
capular deslocou medialmente a epífise proximal do úmero.
4. Lesão do nervo axilar.
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CAPÍTULO
12 Articulações e Movimentos da Mão
ARTICULAÇÕES DO PUNHO, MÃO E DEDOS
A mão é a região da extremidade superior distal à articulação do punho. Consiste em três partes: (a), punho, (b) metacarpo e (c) dedos.
O estudo das articulações da mão é essencial para com-preender os vários movimentos da mão. Entre as articulações, a radiocarpal e a primeira carpometacarpal precisam ser estudadas em detalhes, pois executam ampla gama de movimentos.
ARTICULAÇÃO DO PUNHO (ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL; FIG. 12.1 )
Tipo
A articulação do punho é sinovial do tipo condilar e se localiza entre a epífise distal do rádio e o carpo.
Superfícies articulares 1. A superfície articular proximal é formada pela superfície
inferior da epífise distal do rádio e a superfície inferior do disco articular triangular da articulação radioulnar distal.
Esta superfície articular tem a forma quase elíptica e côncava de lado a lado.
2. A superfície articular distal é formada pelas superfícies proximais dos ossos escafoide, piramidal e semilunar. É lisa e convexa.
N.B. • Embora a articulação do punho seja entre o antebraço e
a mão, o osso medial do antebraço – a ulna – é excluído dessa articulação por um disco articular.
• Na posição neutra do punho, somente o escafoide e o semilunar estão em contato com o rádio e o disco articular;
Articulaçãodo punho
Ulna
Articulaçãomediocarpal
Ligamentocolateral radial
Disco articular
Primeiraarticulação
carpome-tacarpal
Metacarpal I Metacarpal V
Rádio
Pir
Tr
SemEsc
TzCap Ham
A B
Rádio
Escafoide Semi-lunar
UlnaDisco articular
Piramidal
Fig. 12.1 Corte coronal na região do punho: A , diagrama esquemático; B, como observado na ressonância magnética, mostra a articulação do punho, a articulação mediocarpal, as articulações intercarpais e as articulações carpometacarpais. ( Fonte B : Fig. 7.91 C, Página 710, Gray’s Anatomy for Students , Richard L. Drake, Wayne Vogl, Adam W. M. Mitchell. Copyright Elsevier Inc. 2005, Todos os direitos reservados.)
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Tratado de Anatomia Humana162
o piramidal entra em contato com o disco articular somen-te na adução completa do punho.
O osso pisiforme também não participa dessa articulação porque atua primariamente como osso sesamoide, aumentando a ação de alavanca do flexor ulnar do carpo, e se localiza em um plano anterior ao dos outros ossos do carpo.
Ligamentos ( Fig. 12.2 ) 1. Ligamento capsular (cápsula articular): É a cobertura fibro-
sa da articulação, fixada superiormente às epífises distais do rádio e da ulna e inferiormente na fileira proximal de ossos do carpo.
A membrana sinovial reveste a superfície interna da cápsula fibrosa e se estende até as margens das superfícies articulares.
2. Ligamento colateral radial: Estende-se da ponta do processo estiloide do rádio às faces laterais do escafoide e trapézio. Relaciona-se com a artéria radial.
3. Ligamento colateral ulnar: Estende-se da ponta do proces-so estiloide da ulna às faces mediais dos ossos piramidal e pisiforme.
4. Ligamento radiocarpal palmar: Estende-se da margem anterior da epífise distal do rádio às superfícies anteriores dos ossos escafoide, semilunar e piramidal. É formado pelo espessamento da parte lateral da face anterior da cápsula fibrosa.
5. Ligamento ulnocarpal palmar: Desce verticalmente da base do processo estiloide e região adjacente do disco articular até a superfície anterior do semilunar e do piramidal. É formado pelo espessamento da parte medial da face anterior da cáp-sula fibrosa.
6. Ligamento radiocarpal dorsal: Desce em direção inferome-dial desde a margem posterior da epífise distal do rádio até a superfície dorsal dos ossos escafoide, semilunar e piramidal.
N.B As ligações mais fortes para a fixação da articulação do punho são os ligamentos colaterais ulnar e radial.
Relações ( Fig. 12.3 ) Anteriormente 1. Tendões do flexor superficial dos dedos (FSD), flexor pro-
fundo dos dedos (FPD) e bainha sinovial associada (bolsa ulnar).
2. Tendão do flexor longo do polegar (FLP) e bainha sinovial associada (bolsa radial).
3. Nervo mediano. 4. Tendão do flexor radial do carpo e bolsa sinovial associada. 5. Nervo e vasos ulnares.
Posteriormente 1. Tendões extensores do punho e dos dedos e bainhas sinoviais
associadas.
A
Ligamentoulnocarpal palmar
Ligamentoradiocarpal
palmar
Ligamentocolateral
radial
Ligamentocolateral ulnar
B
Ligamentoradiocarpaldorsal
Rádio
Rádio
Ulna
Ulna
Tr
EscSem
Pir
Pisiforme
Pisiforme
Metacarpal IMetacarpal I
Tz CapHam
Metacarpal V
Fig. 12.2 Ligamentos da articulação radiocarpal (punho): A, ligamentos radiocarpais e ulnocarpais palmares; B, ligamentos radiocarpais dorsais.
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Articulações e Movimentos da Mão 163
2. Artéria interóssea anterior. 3. Nervo interósseo posterior.
Lateralmente 1. Artéria radial (através do ligamento colateral radial). 2. Tendão do abdutor longo do polegar (ALP). 3. Tendão do extensor curto do polegar.
Medialmente : Ramo cutâneo dorsal do nervo ulnar.
Movimentos É uma articulação biaxial e permite os seguintes movimentos:
1. Flexão. 2. Extensão. 3. Abdução. 4. Adução. 5. Circundução.
A flexão e a extensão ocorrem ao longo do eixo transverso , e a abdução e adução ocorrem ao longo do eixo anteroposterior .
N.B. • Os movimentos da articulação do punho geralmente se
associam a movimentos da articulação mediocarpal (entre as fileiras proximal e distal dos ossos do carpo). O punho e as articulações mediocarpais em conjunto são conside-rados articulação de ligação .
• Não é possível a rotação do punho porque as superfícies articulares têm a forma elipsoide. A falta de rotação no
punho é compensada pelos movimentos de pronação e supinação do antebraço.
• O complexo do punho consiste na articulação radiocarpal e na articulação mediocarpal.
Os movimentos na articulação do punho e os músculos que os produzem estão relacionados na Tabela 12.1 (ver também o Fluxograma 12.1 ).
Flexor radialdo carpo
Artéria radial
Abdutor longodo polegar
Extensor curtodo polegar
Extensor radiallongo do carpo
Extensor radialcurto do carpo
Extensor longodo polegar
Veia cefálicaNervo interósseo posterior
Artéria interóssea anterior
Tendões dos extensores dos dedos
Tendão do extensor do indicador
Veia basílica
Extensor do dedo mínimo
Extensor ulnar do carpo
Ramo cutâneo posteriordo nervo ulnar
Nervo ulnar
Artéria ulnar
Flexor ulnar do carpo
Palmar longo
Nervo medianoTendão do flexorlongo do polegar
Tendões dos flexoresprofundos dos dedos
Tendões dos flexoressuperficiais dos dedos
L A MSuperfície articular
do rádio
Ant.
Post.
Lat. Med.
Fig. 12.3 Relações do punho direito (A = disco articular, M = ligamento colateral medial (ulnar), L = ligamento colateral lateral (radial).
Tabela 12.1 Movimentos no punho e músculos que osproduzem
Movimento Músculos
Flexão (curvatura para cima do punho)
• Flexor radial do carpo (FRC) • Flexor ulnar do carpo (FUC) • Palmar longo (PL)
Extensão (curvatura para trás do punho)
• Extensor radial longo do carpo (ERLC) • Extensor radial curto do carpo (ERCC) • Extensor ulnar do carpo (EUC)
Abdução (curvatura lateral do punho)
• Flexor radial do carpo (FRC) • Extensor radial longo do carpo (ERLC) • Extensor radial curto do carpo (ERCC) • Abdutor longo do polegar (ALP)
Adução (curvatura medial do punho)
• Flexor ulnar do carpo (FUC) • Extensor ulnar do carpo (EUC)
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Tratado de Anatomia Humana164
N.B. • A flexão é assistida pelos tendões dos flexores longos
dos dedos (FSD, FPD e FLP). Ocorre mais na articulação mediocarpal do que no punho.
• A extensão é assistida pelos extensores dos dedos (exten-sor dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor do dedo indicador). Ocorre mais no punho do que na articu-lação mediocarpal.
• A abdução ocorre mais na articulação mediocarpal do que no punho.
• A adução ocorre principalmente no punho. • A flexão e extensão da mão são realmente iniciadas na
articulação mediocarpal.
Amplitude de movimento ( Fig. 12.4 ) A amplitude de movimento (ADM) do punho é dada no quadro a seguir:
Amplitude de movimento do punho
Movimento Amplitude
Flexão 0-60°
Extensão 0-50°
Abdução 0-15°
Adução 0-50°
Correlação clínica
• Posições superficiais dos nervos, vasos e tendões no
punho os tornam extremamente vulneráveis a lesão.
• Cisto sinovial (do grego = inchaço ou nó) : É uma tumefa-
ção cística indolor que, algumas vezes, aparece no punho,
mais comumente na sua face dorsal. Seu tamanho varia
de uma uva pequena a uma ameixa. Geralmente ocorre
por degeneração mucoide da bainha sinovial em torno do
tendão. O cisto tem parede fi na e contém líquido mucinoso
claro. A fl exão do punho faz aumentar o tamanho do cisto,
e ele pode se tornar doloroso.
• Aspiração da articulação do punho: Geralmente é feita
introduzindo-se uma agulha posteriormente, imediatamen-
te abaixo do processo estiloide do rádio, entre os tendões
do extensor longo do polegar e o extensor do dedo indica-
dor.
• Imobilização do punho: O punho é imobilizado em sua
posição ideal de 30° de dorsifl exão.
ARTICULAÇÕES DA MÃO
As articulações da mão são:
1. Articulações do carpo. 2. Articulação mediocarpal.
• Flexor radial do carpo• Flexor ulnar do carpo• Palmar longo
Flexão
Adução
Abdução
Extensão
Articulação
• Flexor radial do carpo• Extensor radial longo do carpo• Extensor radial curto do carpo• Abdutor longo do polegar
• Flexor ulnar do carpo• Extensor ulnar do carpo
• Extensor radial longo do carpo• Extensor radial curto do carpo• Extensor ulnar do carpo
Fluxograma 12.1 Músculos que produzem vários movimentos do punho.
0–15°
0–50°
0–50°
0–60°
Fig. 12.4 Amplitude de movimentos do punho.
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Articulações e Movimentos da Mão 165
3. Articulações carpometacarpais. 4. Articulações intermetacarpais.
Articulações do carpo: São do tipo plano de articulações sinoviais, as quais interconectam os ossos do carpo. Incluem as seguintes articulações:
1. Articulações entre os ossos carpais da fileira proximal. 2. Articulações entre os ossos carpais da fileira distal. 3. Articulação mediocarpal entre as fileiras proximal e distal
dos ossos do carpo. 4. Articulação pisopiramidal , formada entre o pisiforme e a
superfície palmar do osso piramidal.
Articulações carpometacarpais: São do tipo plano de articula-ções sinoviais, exceto a articulação carpometacarpal do polegar, que é uma articulação em sela. As superfícies distais dos ossos do carpo da fileira distal se articulam com as bases dos metacarpais. Funcional e clinicamente, a primeira articulação carpometacarpal é a mais importante das carpometacarpais e, por isso, será descrita em detalhes à frente.
Articulações intermetacarpais: São do tipo plano de articula-ções sinoviais e formada pela articulação das bases dos metacar-pais adjacentes dos dedos.
N.B Cavidades articulares das articulações do carpo, carpometacarpais e intermetacarpais: Encontram-se as seguintes três cavidades articulares entre as articulações mencionadas ( Fig. 12.1 ):
1. Uma cavidade comum contínua de todas as articulações intercarcarpais e metacarpais, exceto a da primeira articu-lação carpometacarpal.
2. Cavidade da primeira articulação carpometacarpal.
3. Cavidade da articulação pisopiramidal. Os movimentos das articulações intercarpais e carpometacar-
pais estão relacionados na Tabela 12.2 .
Primeira Articulação Carpometacarpal ( Fig. 12.1 )
Tipo É uma articulação sinovial do tipo selar.
Superfícies articulares Proximal: Superfície distal do trapézio. Distal: Superfície proximal da base do metacarpal I.
Tanto a superfície articular proximal como a distal são recipro-camente côncavo-convexas; por isso, é possível grande amplitude de movimento nessa articulação.
Ligamentos 1. Ligamento capsular (cápsula articular) : É um saco fibroso
frouxo que envolve a cavidade articular. Fixa-se proxi-malmente às margens da superfície articular do trapézio e distalmente à circunferência da base do metacarpal I. A superfície interna da cápsula é revestida pela membrana sinovial .
2. Ligamento lateral: É uma banda fibrosa larga estendendo-se da superfície lateral do trapézio à parte lateral da base do metacarpal I.
3. Ligamento anterior (palmar): Estende-se obliquamente da superfície palmar do trapézio ao lado ulnar da base do metacarpal I.
4. Ligamento posterior (dorsal): Também se estende obliqua-mente da superfície dorsal do trapézio ao lado ulnar da base do metacarpal I.
Relações As articulações são circundadas por vários músculos e tendões do polegar. Além disso, relacionam-se com:
(a) Artéria radial posteromedialmente. (b) Primeiro músculo interósseo dorsal em seu lado medial.
Irrigação Pela artéria radial.
Inervação Pelo nervo mediano.
Movimentos Os vários movimentos que ocorrem na primeira articulação carpometacarpal são:
1. Flexão e extensão. 2. Abdução e adução. 3. Oposição. 4. Rotação medial e lateral. 5. Circundução.
Os vários movimentos do polegar na primeira articulação carpometacarpal são descritos em detalhes nas páginas 168 e 169.
ARTICULAÇÕES DOS DEDOS ( FIG. 12.5 )
As articulações dos dedos são:
1. Articulações metacarpofalângicas. 2. Articulações interfalângicas.
Tabela 12.2 Movimentos nas articulações do carpo, car-pometacarpais (exceto a primeira), metacarpofalângicas e interfalângicas
Articulações Movimentos
Articulações do carpo (AC) Movimentos de deslizamento
Articulações carpometacarpais (CM)
• Articulação CM do polegar Livremente móvel
• Articulações CM dos dedos II e III
Quase nenhum movimento
• Articulação CM do dedo IV Discretamente móvel
• Articulação CM do dedo mínimo
Moderadamente móvel
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Tratado de Anatomia Humana166
Articulações metacarpofalângicas (MF) ( Fig. 12.5 A) Tipo: São articulações sinoviais da variedade elipsoide/
condilar. Superfícies articulares: São formadas pelas cabeças dos meta-
carpais e bases das falanges proximais.
Ligamentos 1. Ligamentos palmares: O ligamento palmar é uma placa
fibrocartilaginosa fixada mais firmemente à falange do que ao metacarpal. Os ligamentos palmares das articulações metacarpofalângicas II, III, IV e V são unidos entre si pelo ligamento metacarpal transverso profundo.
2. Ligamentos colaterais medial e lateral: São bandas fibro-sas em forma de corda presentes a cada lado da articu-lação e se estendem da cabeça do metacarpal à base da falange.
Movimentos
• Flexão e extensão
• Adução e abdução
• Circundução
• Rotação limitada
Articulações interfalângicas (IF) ( Fig. 12.5 B) Tanto as articulações interfalângicas proximais como as dis-tais (IFP e IFD) são sinoviais do tipo dobradiça. Sua estrutura é semelhante à das articulações metacarpofalângicas.
Movimentos
• Flexão e extensão
MOVIMENTOS DA MÃO
Para realizar os vários movimentos, a mão adota uma postura específica. Por isso, os estudantes precisam primeiramente com-preender as posições da mão em repouso e durante a função.
POSIÇÃO DA MÃO
Posição da mão em repouso ( Fig. 12.6 ) É a postura adotada pela mão quando em repouso (i.e., não realizando nenhuma ação).
Os aspectos característicos dessa posição são:
1. Antebraço em semipronação.
Articulação MF
Ligamentopalmar
Tendãoextensor
Ligamentoscolaterais
Articulação IFP
Articulação IFD
B
Ligamentotransverso profundo
A
Ligamento palmar
Fig. 12.5 Articulações dos dedos: A, articulações MF mostram ligamentos palmar e transverso profundo; B, articulações MF, IFP e IFD mostram ligamentos palmar e colaterais (IFD = interfalângica distal, IFP = interfalângica proximal, MF = metacar-pofalângica).
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Articulações e Movimentos da Mão 167
2. Articulação do punho em discreta extensão. 3. Dedos em flexão parcial (o dedo indicador não fica tão fle-
xionado quanto os outros dedos). 4. O plano da unha do polegar fica em ângulo reto com o plano
das unhas dos outros dedos.
Posição da mão durante a função ( Fig. 12.7 ) É a postura adotada pela mão quando vai pegar um objeto entre o polegar e o dedo indicador. Os aspectos característicos dessa posição são:
1. Antebraço em semipronação. 2. Articulação do punho em discreta extensão (mais do que na
posição de repouso). 3. Todos os dedos, inclusive o indicador, em flexão parcial. 4. O polegar fica rodado de tal modo que o plano da unha
do polegar se situa paralelo ao do dedo indicador, e as polpas do polegar e do dedo indicador ficam em contato.
N.B. • Os ossos do antebraço ficam mais estáveis quando o ante-
braço está na posição mediopronada. • Quando o punho está parcialmente estendido: (a) os ten-
dões flexores e extensores dos dedos funcionam em sua melhor vantagem mecânica e (b) os flexores e extensores do carpo proporcionam uma base estável para os movi-mentos dos dedos.
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DA MÃO
Os movimentos da mão são classificados nos seguintes dois tipos:
1. Preênsil. 2. Não preênsil.
Movimentos não preênseis: São aqueles em que os objetos são manipulados empurrando, tocando ou elevando e envolvem movimentos de dedos individuais.
Movimentos preênseis ( Fig. 12.8 ): São de dois tipos: (a) preensão de precisão e (b) preensão de força . Um terceiro tipo, chamado preensão de gancho , é usado para suspender ou puxar os objetos.
Esses movimentos são usados para transmissão de forças, e não para manipulação hábil.
Discreta extensãodo punho
Plano da unha do polegarem ângulo reto com oplano das unhas dos
outros dedos.
Fig. 12.6 Posição da mão em repouso.
Polpas do polegar e doindicador em contato
Extensão do punho maior doque na posição de repouso
Fig. 12.7 Posição de função da mão.
A B
Fig. 12.8 Movimentos preênseis da mão: A, preensão de força; B, preensão de precisão.
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Tratado de Anatomia Humana168
COMPONENTES FUNCIONAIS DA MÃO
A mão consiste nos seguintes três componentes funcionais ( Fig. 12.9 ):
1. Componente fixo central (suporte ósseo central). 2. Componente móvel radial. 3. Componente móvel ulnar.
O componente fixo central é formado pelos metacarpais dos dedos II e III.
O componente radial móvel é formado pelo polegar. O componente ulnar móvel é formado pelos dedos IV eV.
N.B. O componente radial móvel (polegar) entra em cena para manipulações de precisão contra o dedo indicador: • O polegar, o dedo indicador e o dedo médio, em conjun-
to, formam o chamado tripé digital radial . • O componente ulnar móvel é denominado gancho ulnar ,
que sustenta a preensão de força estável com a palma ou na “preensão em gancho”.
• O dedo mínimo é importante para a preensão de força, ao passo que o polegar é importante tanto para a preensão de força como a de precisão.
MOVIMENTOS DO POLEGAR
O metacarpal do polegar (i.e., o metacarpal I) não se localiza no mesmo plano que os metacarpais dos outros dedos, mas ocupa uma posição mais anterior ( Fig. 12.10 ). Além disso, é rodado medialmente em 90° e, como resultado, sua superfície extensora tem direção lateral, e não posterior. Por essa razão, os movimentos do polegar ocorrem em planos em ângulos retos com os planos dos movimentos correspondentes dos dedos. Os movimentos do polegar ocorrem nas articulações carpometacarpal, meta-carpofalângica e interfalângica. Os movimentos na articulação carpometacarpal do polegar são muito mais livres do que os de qualquer outro dedo.
Os vários movimentos do polegar são ( Fig. 12.11 ):
1. Flexão. 2. Extensão. 3. Abdução. 4. Adução. 5. Oposição. 6. Circundução.
Os movimentos do polegar, o plano dos movimentos e os músculos que produzem os movimentos estão enumerados na Tabela 12.3 .
N.B. Além dos movimentos mencionados na Tabela 12.3 , também têm lugar os seguintes movimentos do polegar: • Circundução , uma combinação de flexão, extensão, abdu-
ção e adução. • Rotação medial e lateral , que ocorre ao longo do maior
eixo. Rotação medial é produzida pelo oponente e flexo-res, e a rotação lateral , pelos extensores.
MOVIMENTOS DOS DEDOS
Os movimentos dos dedos ocorrem nas articulações metacarpo-falângicas (MF) e interfalângicas proximais e distais (IFP e IFD). Os movimentos dos dedos são:
1. Flexão e extensão. 2. Abdução e adução. Componente
móvel ulnar
Componentemóvel radial
Componentefixo central
Fig. 12.9 Componentes funcionais da mão.
Abdução
Adução
ExtensãoFlexão 1
2345
Fig. 12.10 Posição dos metacarpais.
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Articulações e Movimentos da Mão 169
Os movimentos do dedo são mostrados na Tabela 12.4 .
Flexão: É um movimento para frente dos dedos no plano ante-roposterior e ocorre nas articulações MF, IFP e IFD.
Extensão: É um movimento para trás dos dedos no plano ante-roposterior e ocorre nas articulações MF, IFP e IFD.
Abdução: É um movimento em que o dedo se afasta da linha média imaginária do dedo III e ocorre na articulação MF.
Adução: É o movimento dos dedos em direção à linha média imaginária do dedo III e ocorre na articulação MF.
N.B. Os movimentos de abdução e adução dos dedos são possíveis somente quando eles estão na posição estendida porque, nessa posição, os ligamentos colaterais das articu-lações MF estão frouxos. Na posição flexionada dos dedos, os ligamentos colaterais da articulação MF estão retesados.
Os movimentos dos dedos e músculos que os produzem são dados na Tabela 12.4 .
Movimento do polegar Movimento do polegar
Polegar
Palma
Palma
Flexão dopolegar
Extensão dopolegar
No plano da palma
Abdução
Adução
Em ângulo reto como plano da palma
Adução do polegar Abdução do polegar
Oponência do polegar
Planos de movimentosdo polegar
Palma
Atravessando o plano da palma
Fig. 12.11 Movimentos do polegar.
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Tratado de Anatomia Humana170
Correlação clínica
• Posição de imobilização ( Fig. 12.12 ): Os ligamentos cola-
terais das articulações metacarpofalângicas e interfalângi-
cas se estendem desde o lado da cabeça do osso proximal
até o lado da base do osso distal. Os ligamentos das articu-
lações MF estão em extensão total somente quando a arti-
culação está inteiramente fl exionada a 90°; por outro lado,
os ligamentos da articulação IF estão esticados/retesados
somente quando a articulação está inteiramente estendida.
Esse conhecimento é de vital importância ao imobilizar
a mão porque ocorre contratura das articulações em 2
semanas se elas forem imobilizadas quando os ligamentos
estiverem frouxos/soltos. Mais tarde, o encurtamento dos
ligamentos causará contraturas articulares irreversíveis.
Portanto, a posição de imobilização da mão deve ser tal que
as articulações MF fi quem inteiramente fl exionadas e as
articulações interfalângicas fi quem inteiramente estendidas.
• Posição de artrodese * ( Fig. 12.13 ): A posição de artrode-
se é aquela em que a articulação do punho esteja mode-
radamente em dorsifl exão (15-20°) e as articulações MF
e IF sejam deixadas em posição neutra.
* Artrodese é um procedimento cirúrgico que consiste em bloqueio
do espaço articular, fazendo fusão óssea para que não mais ocorra
movimento naquela articulação.
Articulações MFinteiramente flexionadas
Articulações IFinteiramente
estendidas
Fig. 12.12 Posição de imobilização (MF = articulação meta-carpofalângica, IF = articulação interfalângica).
Articulações MF eIF em posição neutra
Punho moderadamenteflexionado
Fig. 12.13 Posição de artrodese (MF = articulação metacar-pofalângica, IF = articulação interfalângica).
Tabela 12.3 Movimentos do polegar, seus planos e músculos que os produzem
Movimento Plano de movimento Músculos que produzem o movimento
Flexão Ocorre no plano da palma • Flexor longo do polegar (FLP) • Flexor curto do polegar (FCP) • Oponente do polegar
Extensão Ocorre no plano da palma • Extensor longo do polegar (ELP) • Extensor curto do polegar (ECP)
Abdução Ocorre em ângulo reto com o plano da palma (i.e., plano anteroposterior), distanciando-se da palma
• Abdutor longo do polegar (ALP) • Abdutor curto do polegar (ACP)
Adução Ocorre em ângulo reto com o plano da palma (i.e., plano anteroposterior) em direção à palma
Adutor do polegar
Oposição Ocorre através da palma, de tal maneira que a superfície anterior da ponta do polegar entre em contato com a superfície anterior da ponta de qualquer outro dedo
Oponente do polegar
Tabela 12.4 Movimentos dos dedos e músculos que os produzem
Movimento Músculos que os produzem
Flexão
• Flexão da falange proximal (articulação MF)
• Flexão da falange média (articulação IFP)
• Flexão da falange distal (articulação IFD)
• Lumbricais e interósseos • Flexor superficial dos dedos • Flexor profundo dos dedos
Extensão
• Extensão da falange proximal (articulação MF)
• Flexão das falanges média e distal (articulações IFP e IFD)
• Extensor dos dedos (além do extensor do indicador para o dedo indicador e o extensor do dedo mínimo para o dedo mínimo)
• Lumbricais e interósseos
Abdução • Interósseos dorsais (abdutor do dedo mínimo abduz o dedo mínimo)
Adução • Interósseos palmares
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Articulações e Movimentos da Mão 171
Dicas Importantes para Recordar
Ø Articulação carpometacarpal mais importante Primeira articulação carpometacarpal
Ø Posição do antebraço em que os ossos ficam mais estáveis
Posição em pronação média
Ø Todos os dedos são abduzidos pelos interósseos dorsais exceto
Dedo mínimo, que é abduzido pelo abdutor do dedo mínimo
Ø Complexo do punho consiste em Articulações radiocarpal e mediocarpal
Ø Interósseos palmares são fixados a todos os metacarpais exceto
Metacarpal III (metacarpal do dedo médio)
Estudo de Caso Clínico
Um idoso caiu na rua com a mão direita espalmada enquanto tentava entrar em um ônibus em movimento. Desenvolveu dor localizada e edema na face dorsal do punho direito. Foi levado ao hospital mais próximo, onde, ao exame, os médicos observaram uma deformidade em garfo típica na mão direita. A radiografia da região revelou uma fratura da epífise distal do rádio com deslocamento posterior do fragmento distal. Fez-se o diagnóstico de fratura de Colles .
Perguntas 1. O que é a fratura de Colles e como difere da fratura de
Smith? 2. Qual nervo é sujeito à lesão na fratura de Colles? 3. Qual é a posição dos processos estiloides do rádio e ulna
antes e depois da fratura?
Respostas 1. É a fratura da epífise distal do rádio, cerca de 2,5 cm pro-
ximalmente à articulação do punho, com deslocamento posterior do fragmento distal. Se o fragmento distal estiver deslocado anteriormente, é chamada fratura de Smith .
2. Nervo mediano. 3. Antes da fratura (i.e., no estado normal), a ponta do
processo estiloide do rádio se localiza aproximadamente 2 cm distalmente ao da ulna, mas depois da fratura, as pontas dos processos estiloides do rádio e da ulna passam a se localizar no mesmo nível devido ao encur-tamento do rádio.
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Tratado deAnatomiaAnatomiaHumanaHumana
Vishram Singh
TRADUÇÃO DA 2ª EDIÇÃO
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Anatomia Humana
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Classificação de Arquivo RecomendadaAnatomia Anatomia Humana
Tratado deAnatomiaAnatomiaHumanaHumanaVishram Singh 2ª EDIÇÃO
A Segunda Edição de Tratado de Anatomia Humana abrange, em detalhes, a anatomia de membros superiores e inferiores, tórax, abdome, cabeça e pescoço e trata dos aspectos essenciais do cérebro. Seguindo as recentes tendências da educação em anatomia, o livro fornece ainda uma abordagem integrada com o conhecimento básico em anatomia, embriologia e histologia, e ainda Correlações Clínicas e Estudo de Casos Clínicos. Escrito em lin-guagem simples e muito fácil de compreender, este livro ricamente ilustrado fornece conhecimento da anatomia ideal para estudantes de medicina e demais áreas da saúde.
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Sobre o autor
Vishram Singh é Professor e Chefe do Departamento de Anatomia, Professor Responsável pela Unidade Médica Educacional do Santosh Medical College, Ghaziabad, Índia e Editor-Chefe do Journal of Anatomical Society of India, e Mestre em Anatomia pelo King George’s Medical College, Lucknow, UP. O professor Singh tem ensinado anatomia para alunos de graduação e pós-graduação em várias universidades e institutos, como o King George’s Medical College, de Lucknow, UP e o All India Institute of Medical Science, de Nova Deli, e tem sido consultor de várias faculdades e universidades. Com mais de 40 anos de experiência no ensino, pesquisa e prática clínica, ele é ganhador do Best Teacher and Researcher Award, do Al-Arab Medical University, Benghazi, Líbia.
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