TRATAMENTO TÉRMICO.

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TRATAMENTO TÉRMICO Jorge Augusto Leite de Barros.

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TRATAMENTO TÉRMICO

Jorge Augusto Leite de Barros. Inspetor de solda - Nível 1

S.N.Q.C. – IS 4212 N1

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CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEMANEXO A

PROCEDIMENTO DE TRATAMENTO TÉRMICO DE ALIVIOS DE TENSÕES

1- INTRODUÇÃO.

Na prova prática de tratamento térmico, o aluno deve verificar se o tratamento térmico de alivio de tensões aplicado a uma junta soldada tubular foi conduzido satisfatoriamente de acordo com o procedimento especificado (Anexo A). O resultado desta verificação deve ser apresentado no “Relatório de Tratamento Térmico” (Anexo B). O conteúdo do material aqui apresentado não deve ser interpretado como regra geral, tendo em vista que cada procedimento apresenta características particulares.

No enunciado do exercício, que constitui a prova, é informado o seguinte:

● Geometria e dimensões da junta soldada (diâmetros e espessuras).● Materiais de base dos tubos.● Posicionamento da junta soldada no forno (horizontal ou vertical).● As cores das linhas no gráfico correspondente aos termopares a serem analisados.

O preenchimento do “Relatório de Tratamento Térmico” (Anexo B) deve ser conduzido da seguinte maneira:

a) Relacionar os requisitos do procedimento aplicáveis ao caso apresentado, tais como:

● Temperatura de Início de Controle;● Taxa de Aquecimento;● Temperatura de Tratamento Térmico;● Tempo de Tratamento Térmico;● Temperatura de Final de Controle;● Taxa de Resfriamento;● Diferença de Temperatura entre os Termopares;● Quantidade de Termopares;● Localização e Identificação dos Termopares.

b) Para cada requisito listado, o valor especificado e dar o parecer (S, se satisfatório e N, se não-satisfatório). É importante destacar que cada requisito analisado deve ter um único laudo, independente do número de itens (Termopares) envolvidos na análise.

c) Justifique o parecer em caso de reprovação, citando sempre o seguinte:

● A causa da reprovação para cada termopar em não-conformidade;● O horário de inicio e término da ocorrência (em subdivisões de 5 minutos) Para tal, considere a hora impressa no gráfico.

Øe = ______. Termopares analisados: _______,________e________.

POSIÇÃO: ____________.

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2- DIRETRIZES PARA A ANÁLISE DO GRÁFICO DE TRATAMENTO TÉRMICO:

2.1 – ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL:

ESPECIFICAÇÃO P - NUMBER

A 31 - AA 106 - AA 210 - C

1

A 204 - AA 217 - WC1A 250 - T2

3

A 213 - T3bA 250 - T11A 335 - P5

4

A 182 - F21A 336 - F21A 369 - FP5

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2.2 – TAXA DE AQUECIMENTO

2.2.1 – O controle de temperatura deverá iniciar a 150 OC.2.2.2 – Acima de 1500C, a taxa de aquecimento deverá atender aos valores especificados na Tabela I.

TABELA I – Taxa de AquecimentoMetal de Base

(P-number)Taxa de Aquecimento

(OC/h)P1 300P3 250P4 200P5 200

NOTAS:

a) Taxas superiores às estabelecidas na Tabela I são admitidas se ocorrerem em períodos contínuos de até 15 minutos.

b) No caso de juntas dissimilares, a taxa de aquecimento deve ter o valor correspondente ao metal de base com maior teor de elementos de liga (maior P-number).

2.3 – TEMPERATURA DE TRATAMENTO:

2.3.1 – A temperatura de tratamento (temperatura de patamar) deverá atender aos valores especificados na Tabela II.

TABELA II– Temperatura de tratamento (PATAMAR)Metal de Base

(P-number)Temperatura de tratamento

(OC)P1 400 a 450P3 500 a 550P4 600 a 650P5 700 a 750

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NOTAS:

a) Variações nas temperaturas estabelecidas na Tabela II são admitidas se ocorrerem em períodos contínuos de no máximo 15 minutos.

b) No caso de juntas dissimilares, a temperatura de tratamento deve ter o valor correspondente ao metal de base com maior teor de elementos de liga (maior P-number).

2.4 – TEMPO DE TRATAMENTO.

2.4.1 – A junta soldada deve permanecer na faixa de temperatura citada no item 2.3.1, durante o tempo estabelecido na Tabela III.

TABELA III – Tempo de tratamento em função da espessuraEspessura (e) Metal Base

(mm)Tempo mínimo especificado

(minutos)e 9 60

9 e 15 9015 e 25 12025 e 32 180

NOTAS:

a) O tempo de tratamento térmico não precisa ser continuo. Deve ser considerado para cálculo do tempo total, apenas o tempo em que as temperaturas registradas por todos os termopares analisados estejam simultaneamente dentro da faixa de temperatura citada no item 2.3.1.

b) No caso de juntas com espessuras diferentes, o tempo de tratamento térmico deve ter o valor correspondente ao metal de base de maior espessura.

2.5 – TAXA DE RESFRIAMENTO.

2.5.1 – O controle de temperatura não deve ser interrompido antes da peça atingir a temperatura de 200OC.2.5.2 – Acima de 200oC, a taxa de resfriamento deve atender aos valores especificados na Tabela IV.

TABELA IV – Taxa de ResfriamentoMetal de Base

(P-number)Taxa de Resfriamento

(OC/h)P1 280P3 240P4 200P5 150

NOTAS:

a) Taxas superiores às estabelecidas na Tabela IV são admitidas se ocorrerem em períodos contínuos de no máximo 15 minutos.

b) No caso de juntas dissimilares, a taxa de resfriamento deve ter o valor correspondente ao metal de base com maior teor de elemento de liga (maior P-number).

2.6 – DIFERENÇA DE TEMPERATURA ENTRE TERMOPARES.

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2.6.1 – A diferença de temperatura entre dois termopares em temperaturas superiores a 100oC no aquecimento até a temperatura de 200oC no resfriamento não deve exceder 50oC. Diferenças superiores a 50oC são admissíveis se ocorrerem em períodos contínuos de até 15 minutos.

2.7 – QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DE TERMOPARES.

2.7.1 – O número de termopares deve ser proporcional ao tamanho da junta soldada. Deve existir, no mínimo, um termopar para cada 1000 milímetros de circunferência da junta soldada ou fração (circunferência = 3,14 x diâmetro externo).

2.7.2 – Para tubos tratados na POSIÇÃO HORIZONTAL, deve haver sempre um termopar na geratriz inferior do tubo e para tubos com diâmetros externo superior a 300 mm, deve haver também, um termopar na geratriz superior do mesmo.

2.7.3 – No caso de juntas com espessuras diferentes, os termopares devem ser instalados em ambos os componentes da junta.

2.8 – Os termopares devem ser fixados no metal de base a uma distância equivalente à espessura do metal de base a partir da margem da solda.

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