Tratamentos de Pontos Críticos- Sinalização Vertical e Horizontal

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Tratamento de pontos críticos: sinalização horizontal e outros dispositivos Disciplina: Infraestrutura de Estradas Alunos: Guilherme Morais Gomes !E"#$%& Guilherme 'enri(ue dos )antos !E"#$!* +oão aian dos )antos -erlin.eiro !E"#$$/ -atric0 Gonçalves da )ilva !E"#$%1 -edro Aur2lio de )ousa 3ar4osa !E"#$!1 -rofessor: 5o.2rio 6emos 5i4eiro

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Trabalho de Infraestruturas de Estradas, sobre pontos críticos, sinalização horizontal, sinalização vertical,

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Tratamento de pontos crticos: sinalizao vertical, horizontal e outros dispositivos

Disciplina: Infraestrutura de EstradasAlunos: Guilherme Morais Gomes 11311ECV045Guilherme Henrique dos Santos 11311ECV038Joo Kaian dos Santos Perlingeiro 11311ECV002Patrick Gonalves da Silva 11311ECV047Pedro Aurlio de Sousa Barbosa 11311ECV037Professor: Rogrio Lemos Ribeiro

Uberlndia, julho de 2015.

Sumrio

1 Introduo........................................................................................................22 Definio: Segmentos e Pontos Crticos.......................................23 Diferenciao entre metodologias...................................................................33.1 Identificao de pontos/Segmentos crticos.......................................33.2 Classificao e Catalogao de Segmentos e Pontos Crticos ..................34 Tratamento de um local crtico.........................................................................44.1 Sinalizao Horizontal...................................................................................84.2 Sinalizao Vertical......................................................................................124.3 Outros Dispositivos......................................................................................165 Concluso.......................................................................................................18Referncias........................................................................................................19Anexos...............................................................................................................20

1 Introduo

A Organizao Mundial da Sade (OMS) revela que nos pases desenvolvidos a velocidade contribui, aproximadamente, com 30% das mortes nas estradas; nos pases em desenvolvimento, a velocidade o fator principal em 50% dos acidentes de trnsito. (Lcia, 2011).Afim de reduzir o nmero de mortes, medidas preventivas de engenharia podem ser tomadas. O objetivo desse estudo descrever mtodos para tratamento de pontos crticos, que abrange sinalizaes horizontais, verticais e outros dispositivos. 2 Definio: Segmentos e Pontos CrticosAs tcnicas para anlise, reduo e preveno de acidentes de trnsito procuram investigar as causas dos acidentes de trnsito por meio de identificao de locais crticos (Lenise,2010). Porm antes de adentrar ao tema principal a ser abordado nessa seo (Tratamentos de Pontos e Segmentos Crticos em Rodovias) faz-se necessrio um estudo sobre a semasiologia e o conceito de tais expresses.Acidentes em geral podem estar vinculados a fatores aleatrios, no qual a ocorrncia independe do local do acidente podendo estar associado a desateno do motorista, como tambm pode estar ligado a um ou mais atributos relativos ao local, no qual tais fatores esto vinculados a localizao do acidente.Segundo o Ministrio dos Transportes Pontos crticos so locais ou intersees que, ao serem estudados atravs de mtodos matemticos, apresentam um nmero de acidentes iguais ou superiores a uma referncia pr-estabelecida, sendo caracterizados como locais que demonstram maiores taxas de acidentes de transito se tornando pontos de alto risco (2002). Segmentos crticos j so considerados uma vertente mais abrangente, no qual o termo se refere no apenas a um local de elevado grau de acidentes, mas sim de um trecho de at um quilmetro contnuo em que a taxa de acidentes se encontra fora dos parmetros considerados como meras fatalidades.3 Diferenciao entre metodologias: 3.1 Identificao de Pontos/Segmentos crticosFaz-se necessrio ressaltar que no h um mtodo especfico ou padronizado para a identificao de pontos/segmentos crticos. O que se observa a utilizao preferencial de determinados mtodos, visto que estes apresentam resultados satisfatrios e tanto quanto semelhantes do ponto de vista quanti-qualitativo.Os mtodos e procedimentos para identificao de trechos crticos ou segmentos crticos quanto segurana, utilizados em diversos pases, podem considerar-se divididos em dois grandes grupos: os mtodos a posteriori que requerem o uso de registros de acidentes ocorridos em um dado perodo de tempo e, em determinados casos, utilizam dados relativos ao volume de trfego e/ou caractersticas fsicas de uma rodovia (ou de um trecho), e os mtodos a priori que no se baseiam diretamente nos dados histricos de acidentes, mas sim em fatores que se supe estarem relacionados com a ocorrncia destes (NEA, 2006).Na identificao dos locais e trechos crticos faz-se necessrio o desenvolvimento de estudos sistemticos com o intuito de diagnosticar os locais problemticos, sendo primordial a identificao, classificao e catalogao de tais locais quanto a segurana. Tais mtodos de identificao objetivam a classificao visando o planejamento e a otimizao dos recursos disponveis para definio de prioridades das intervenes necessrias para a diminuio da probabilidade de ocorrncia de acidentes no conjunto das vias.Observa-se que locais crticos (LC) e segmentos crticos (SC) no so exclusivos de sistemas virios rurais. Tais ocorrncias tambm so encontradas em ambiente urbano, porm, a seleo de locais inseguros no sistema virio urbano se torna mais complexa devido a maior disperso dos dados de acidentes, em virtude da maior dimenso da rede e um volume de trfego mais ramificado.3.2 Classificao e Catalogao de Segmentos e Pontos CrticosInicialmente, quando mtodo utilizado tem como proposio a anlise a posteriori, realizam-se as coletas dos dados essenciais para a identificao dos segmentos crticos, fazendo-se necessrio o uso de registros de acidentes ocorridos em um dado perodo de tempo e, em determinados casos, utilizam dados relativos ao volume de trfego e/ou caractersticas fsicas de um conjunto de rodovias ou simplesmente de uma rodovia ou de um trecho.Em seguida determinado o mtodo para identificao de Locais Crticos. Os parmetros utilizados para classificao de pontos e seguimentos crticos, mesmo sendo diferenciados principalmente pelos mtodos matemticos utilizados, seguem um determinado padro no modo de desenvolvimento de estudo.Os mtodos de identificao mais utilizados baseiam-se no fato de que os acidentes, apesar de sua ampla distribuio espacial, tendem a agregar-se em determinados locais da malha viria (Gos, 2001). Estes so classificados em trs categorias: 1) numrico;2) estatstico; e 3) de tcnica de conflitos.

Os mtodos numricos so os mais simples e identificam os locais crticos a partir do clculo de indicadores (quantidade de acidentes, taxas de acidentes), os quais so comparados com um valor previamente estabelecido pela equipe tcnica. Como locais crticos sero declarados aqueles cujos indicadores calculados sejam maiores que este valor.O mtodo estatstico envolve a utilizao de modelos matemticos probabilsticos que determinam os locais onde o risco de acidente superior ao estimado ou esperado. O mtodo de conflitos no requer levantamentos estatsticos de acidentes. Parte do pressuposto de que existe uma relao direta entre acidentes e conflitos de trnsito e que aes para a reduo de conflitos trazem, como consequncias, a reduo dos acidentes.O Ministrio dos Transportes (MT), se tratando do estudo de procedimentos para o tratamento de locais crticos de acidentes de trnsito, evidencia uma preferncia pelo Programa de Reduo de Acidentes PARE, mtodo a posteriori baseado nas tcnicas de severidade e da taxa de severidade enquadradas no Mtodo Numrico de anlise. Porm o MT realiza adaptaes para atender s necessidades de grande parte dos municpios brasileiros.Aps escolhido o mtodo de anlise mais adequado passa-se prxima etapa, que consiste na realizao de procedimentos matemticos. Estes podem envolver o clculo de indicadores (quantidade de acidentes, seriedade dos acidentes, taxas de acidentes), mtodos probabilsticos ou apenas a relao direta entre acidentes/localizaes, sendo que tais escolhas variam de acordo com o mtodo escolhido.Como resultado da etapa anterior, obtm-se valores numricos, que, quando comparado com a um valor referncia, fornece um resultado, indicando o ponto/segmento como crtico, ou no e qual a severidade de tais incidentes.4 Tratamento de um Local Crtico Com a identificao de cada Local ou segmento crtico, pode-se fazer a avaliao gradativa dos problemas e das possveis solues, medida em que se desenrolam as diversas etapas do estudo e proporo que aumentam os dados de interesse, principalmente aps a inspeo do trecho.Nesta fase, consolidam-se as alternativas de solues, preliminarmente consideradas e confirmadas na inspeo do trecho, e/ou desenvolvem-se novas alternativas, com base nos elementos adicionais obtidos e no diagnstico final estabelecido.As alternativas propostas devem ter sua justificativa efetuada de forma compatvel com os elementos obtidos na fase de anlise e diagnstico. Havendo base topogrfica (obtida em estudos e projetos existentes), ela deve ser aproveitada de forma a permitir: Proposio ou confirmao de alternativas; Quantificao dos diversos itens projetados para o local correspondente ao segmento concentrador de acidentes; Apresentao das alternativas estudadas.As solues podem ser divididas em dois grandes grupos: de baixo custo e de alto custo.As solues de baixo custo so em geral: sinalizao horizontal, sinalizao vertical, defensa, pavimento antiderrapante, sonorizadores, dispositivos redutores de velocidade, ciclovias, dentre outros.J as solues de alto custo em geral envolvem duplicao da pista, construo de viadutos, trincheiras, etc.O tratamento de um local crtico dado pelo chamada soluo-tipo que tem como caracterstica a aplicao de medidas de engenharia de trfego que apresentam uma certa eficincia na obteno de uma reduo no nmero ou gravidade dos acidentes que ocorrem em um determinado local. Portanto em locais que se deseja obter uma soluo-tipo necessrio analisar as caractersticas fsicas do local e ver quais atitudes se enquadram de maneira mais satisfatria como um meio de reduzir os acidentes naquele local. Entre essas atitudes temos algumas de comprovada eficcia quando projetadas corretamente: rotatrias, iluminao de faixas de pedestres e fiscalizao eletrnicas. Quando desejamos aplicar essas informaes e precaues aos usurios necessrio direcionar um tipo especfico como ciclistas, pedestres ou escolares.Temos que o tratamento dos locais de maior ocorrncia acidentes de trnsito no Brasil segue um modelo imediatista no qual a soluo esto em prticas tradicionais como sinalizao vertical, horizontal e/ou semafrica, associada com correo da geometria, com objetivos na maioria das vezes de aumentar a fluidez da via ao invs de proporcionar segurana aos usurios. Esses tratamentos so feitos em sua maioria sem estudos apurados, e sem uma devida avaliao dos custos, observando tambm uma omisso dos responsveis em verificar se houve eficcia no tratamento implantado, (CEFTRU, 2002).O programaPARE oferecido pela CEFTRU(Centro interdisciplinar de estudos em transportes) feito pela Universidade de Braslia oferece iniciativas com resultados satisfatrios,que proporcionam as informaes necessrias para a tomada de providncias em locais crticos. Em sua literatura, esse programa apresenta as seguintes etapas: primeiro necessrio identificar o local crtico, e analisar a gravidade dos acidentes acontecidos no local, aps isso necessrio analisar os fatores que contriburam pra ocorrer esse acidente, na sequncia preciso buscar medidas oferecidas pela engenharia para que possa ter o melhor resultado em termos reduo de novos acidentes similares no local. No segundo passo temos que estimar os resultados econmicos decorrentes da diminuio do nmero e severidade dos acidentes, pois devido escassez de recursos para todos os projetos necessrios, de total importncia selecionar os de maiores prioridades segundo os critrios selecionados. Aps estabelecidos os locais para tratamento e elaborado os processos executivos quantificando custos, so feitas manutenes nos projetos de acordo com os benefcios propostos e so definidas bases comresultados a serem alcanados.Para o tratamento de um ponto crtico necessrio desenvolver projetos conceituais, selecionar quais tero de receber ateno especial, desenvolver e implementar projetos executivos, avaliar economicamente e aps implantado fazer um monitoramento dos projetos.Figura 1: fluxograma dos procedimentos no tratamento de locais crticos

Fonte: (CEFTRU, 2002)Algumas consideraes do motivo dos tratamentos serem feitos por profissionais especializados no campo da engenharia so: A princpio os acidentes ocorrem pelo comportamento do usurio, condies do veculo, estado da via, estado do meio ambiente ou uma combinao entres esses fatores. Mas experincias nacionais e internacionais comprovam que acidentes de transito tem como o mais relevante contribuinte a deficincia das vias, como geometria, sinalizao, condies fsicas entre outras. Outra parcela grande o comportamento inadequado de pedestres e motoristas que so estimulados pelas deficincias citadas anteriormente, (CEFTRU,2002). As correes das deficincias so proporcionadas por medidas de engenharia de baixo custo que causam resultados surpreendentes em termos de reduo de acidentes e da severidade destes, s medidas relacionadas fiscalizao so complementares s intervenes fsicas merecendo a mesma ateno. Para estes projetos funcionarem, estes so passados por algumas etapas projeto conceitual, seleo dos projetos, projetos executivos, projetos geomtricosProjetos conceituais so projetos em que se apresentam solues de engenharia, quanto recomendaes para o tratamento do local crtico, tais projetos observam separadamente s medidas relativas (sinalizao horizontal, vertical e semafrica), geometria e servios, fazendo uma avaliao qualitativa e quantitativa das intervenes, aps isso feito uma avaliao sobre as medidas com resultados mais coerentes e oramento.Aps o projeto conceitual feito uma seleo dos projetos propostos observando a viabilidade econmica para estabelecer a sua prioridade entre os projetos. De um modo geral essa parte se d como necessrio pela falta de recursos humanos, materiais e financeiros, com isso estimado os benefcios econmicos serem proporcionado por cada local a partir do primeiro ano aps implantao.O projeto executivo constitui a fase final das medidas de engenharia que sero implantadas, somente pode ser definido atravs da situao especfica do local e dos problemas a serem solucionados. Uma coisa fundamental o projeto conter o modo detalhado de sua implantao. Um projeto de tratamento de um local crtico normalmente contm: Projeto geomtrico Projeto de pavimentao, voltado complementao do pavimento existente prevendo servios de recapeamento Projeto de sinalizao viria Caderno de encargo, contento especificaes de servios e materiais a serem empregados nas obras e seus quantitativos Estimativa de custo das obras e servios Conceituao metodolgica se refere ao benefcio do projeto Estimativa dos benefcios: reduo da severidade e quantidade de acidentes Danos patrimnios pblicos, custos hospitalares, perda de produo do trabalhador acidentado, resgate de vtimas por bombeiros, atendimento policial, congestionamento, causado , processo jurdico causado pelos acidentes que ocorrem neste local.A implantao do projeto deve ser feita segundo os procedimentos tcnicos e administrativos, havendo uma necessidade monitorao com objetivo de analisar a eficcia das medidas implantadas nesse local crtico, com este monitoramento possvel corrigir falhas que foram identificadas aps implantao, identificar o grau de sucesso do projeto em relao ao resultado previsto. E por ltimo identificar a relao do item implantado com base na reduo da severidade e nmeros de acidentes a fim de proporcionar estudos posteriores de mesma natureza.A seguir temos uma tabela simples, que com base em dados estatsticos mostram a eficcia de projetos de baixo custo em relao acidentes de transito em locais crticos.Figura 2: medida corretiva versus reduo percentual dos acidentes

Fonte: (CEFTRU, 2002).Uma pesquisa feita pelo Denatran associado com a Associao Nacional de transportes Pblicos (ANTP) nos anos de 2004 e 2005 estimou um custo individual mdio para acidentes com vtimas sem ferimentos em R$ 1.040,00, R$ 36.300,00 para vtima com ferimentos e R$ 270.100,00 por vtima fatal. E de um modo geral gasto em mdia 16 bilhes de reais no pas com acidentes de trnsito.Em anexo, consta duas tabelas de relevante importncia aos temas evidenciados nesse trabalho. A primeira, evidencia mtodos corretivos para pontos crticos em locais urbanos ou rurais assim como importncias e exemplos de aplicao, j a segunda tabela demonstra problemas tpicos de segmentos/pontos crticos de estradas/rodovias, assim como os tipos de acidentes comumente gerados e tambm sugere soluo seja de pequeno ou grande porte. As informaes foram retiradas do Guia de Reduo de acidentes com base em medidas de engenharia de baixo custo(1998).Nas prximas sees, iremos abordar as principais alternativas de baixo custo para o tratamento de pontos crticos.4.1 Sinalizao HorizontalA sinalizao horizontal um subsistema da sinalizao viria composta de marcas, smbolos e legendas, apostos sobre o pavimento da pista de rolamento. (DENATRAN, 2007)

Durante o percurso por uma rodovia, quase todas as informaes recebidas pelo motorista so de natureza visual. E as que mais rapidamente ele percebe so aquelas localizadas no pavimento, para onde dirige continuadamente a sua ateno. Em razo disso tm sido inmeras as pesquisas feitas sobre a sinalizao horizontal e os materiais de que ela feita.A sinalizao horizontal tem como finalidade fornecer informaes que permitam aos usurios das vias adotarem comportamentos adequados, de modo a aumentar a segurana e fluidez do trnsito, ordenar o fluxo de trfego, canalizar e orientar os usurios da via. Ela tem a propriedade de transmitir mensagens aos condutores e pedestres, possibilitando sua percepo e entendimento, sem desviar a ateno do leito da via. Em face do seu forte poder de comunicao, a sinalizao deve ser reconhecida ecompreendida por todo usurio, independentemente de sua origem ou da frequncia com que utiliza a via. (DENATRAN, 2007)Na concepo e na implantao da sinalizao de trnsito deve-se ter como princpio bsico as condies de percepo dos usurios da via, garantindo a sua real eficcia.Para isso, preciso assegurar sinalizao horizontal os princpios a seguir descritos:

Legalidade: estar de acordo com Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB e legislao complementar; Suficincia: permitir fcil percepo, com quantidade de sinalizao compatvel com a necessidade; Padronizao: seguir padro legalmente determinado; Uniformidade: situaes iguais devem ser sinalizadas com os mesmos critrios; Clareza: transmitir mensagens objetivas de fcil compreenso; Preciso e confiabilidade: ser precisa e confivel, corresponder situao existente; Visibilidade e legibilidade: ser vista distncia necessria; ser interpretada em tempo hbil para a tomada de deciso; Manuteno e conservao: estar permanentemente limpa, conservada e visvel.A sinalizao horizontal importante devido diversos fatores, dentre os quais podemos destacar: Melhor aproveitamento do espao virio disponvel, maximizando seu uso; Aumenta a segurana em condies adversas tais como: neblina, chuva e noite; Contribui para a reduo de acidentes; Transmite mensagens aos condutores e pedestres.Por se tratar de uma combinao de traados e cores, ela necessita de padres para as mesmas. Tais padres so apresentados nas tabelas:

Tabela 1: Padres de formaContnuaSeccionadaSetas, smbolos e legendas

Linhas sem interrupo, aplicadas em trecho especfico de pista.Linhas interrompidas, aplicadas emcadncia, utilizando espaamentos com extenso igual ou maior que o trao.Informaes representadas em forma de desenho ou inscritas, aplicadas no pavimento, indicando uma situao ou complementando a sinalizao vertical.

Fonte: DENATRAN (2007).Tabela 2: Padres de cor, segundo sua utilizaoAmarelo Separar movimentos veiculares de fluxos opostos; Regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral; Delimitar espaos proibidos para estacionamento e/ou parada; Demarcar obstculos transversais pista (lombada).

Branco Separar movimentos veiculares de mesmo sentido; Delimitar reas de circulao; Delimitar trechos de pistas, destinados ao estacionamento regulamentado de veculos em condies especiais; Regulamentar faixas de travessias de pedestres; Regulamentar linha de transposio e ultrapassagem; Demarcar linha de reteno; Inscrever setas, smbolos e legendas.

Vermelho Demarcar ciclovias ou ciclofaixas; Inscrever smbolo (cruz).

Azul Inscrever smbolo em reas para estacionamento ou de parada paraembarque e desembarque de pessoas portadoras de deficincia fsica.

Preto Proporcionar contraste entre a marca viria e o pavimento.

Fonte: DENATRAN (2007).A utilizao das cores deve ser feita obedecendo-se aos critrios descritos na tabela abaixo e ao padro Munsellindicado ou outro que venha a substituir, de acordo com as normas da ABNT.Tabela 3: Padres de cor, segundo a sua tonalidadeCorTonalidade

Amarelo10 YR 7,5/14

BrancoN 9,5

Vermelho7,5 R 4/14

Azul5 PB 2/8

PretoN 0,5

Fonte: DENATRAN (2007).As larguras das linhas longitudinais, tracejadas e seccionadas so definidas pela sua funo e por caractersticas fsicas e operacionais, como velocidade da via. Os mesmos critrios so usados para determinar a largura das linhas transversais e para o dimensionamento dos smbolos e legendas.Diversos materiais podem ser empregados na execuo da sinalizao horizontal. A escolha do material mais apropriado para cada situao deve considerar os seguintes fatores: Natureza do projeto (provisrio ou permanente); Volume e classificao do trfego (VDM); Qualidade e vida til do pavimento; Frequncia de manuteno.Na sinalizao horizontal podem ser utilizadas tintas, massas plsticas de dois componentes, massas termoplsticas, plsticos aplicveis a frio, pelculas pr-fabricadas, etc.Para proporcionar melhor visibilidade noturna a sinalizao horizontal deve ser sempre retrorrefletiva.A sinalizao horizontal classificada em: Marcas Longitudinais: separam e ordenam as correntes de trfego; Marcas Transversais: ordenam os deslocamentos frontais dos veculos e disciplinam os deslocamentos de pedestres; Marcas de Canalizao: orientam os fluxos de trfego em uma via; Marcas de Delimitao e Controle de Parada e/ou Estacionamento: delimitam e propiciam o controle das reas onde proibido ou regulamentado o estacionamento e/ou a parada de veculos na via; Inscries no Pavimento: melhoram a percepo do condutor quanto as caractersticas de utilizao da via.De acordo com as suas funes, as marcas longitudinais so divididas em: Linhas de diviso de fluxos opostos (LFO); Linhas de diviso de fluxos de mesmo sentido (LMS); Linha de bordo (LBO); Linha de continuidade (LCO).As marcas transversais ordenam os deslocamentos frontais dos veculos e os harmonizam com os deslocamentos de outros veculos e dos pedestres, assim como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de pedestres e posies de parada.De acordo com a sua funo, as marcas transversais so subdivididas nos seguintes tipos: Linha de Reteno (LRE); Linhas de Estmulo Reduo de Velocidade (LRV); Linha de D a preferncia (LDP); Faixa de Travessia de Pedestres (FTP); Marcao de Cruzamentos Rodociclovirios (MCC); Marcao de rea de Conflito (MAC); Marcao de rea de Cruzamento com Faixa Exclusiva (MAE); Marcao de Cruzamento Rodoferrovirio (MCF).As Marcas de Canalizao so utilizadas para orientar e regulamentar os fluxos de veculosem uma via, direcionando-os de modo a propiciar maior segurana e melhor desempenho, em situaes que exijam uma reorganizao de seu caminhamento natural. Elas so constitudas pela Linha de Canalizao e pelo Zebrado de preenchimento da rea de pavimento no utilizvel, sendo este aplicado sempre em conjunto com a linha.Tambm possuem a caracterstica de transmitir ao condutor uma mensagem de fcil entendimento quanto ao percurso a ser seguido, como quando houver obstculos circulao, intersees de vias quando varia a largura das pistas, mudanas de alinhamento, acessos, pistas de transferncias, entroncamentos e intersees em rotatrias.J as Marcas de delimitao e controle de estacionamento e/ou parada delimitam e proporcionam melhor controle das reas onde proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de veculos, quando associadas sinalizao vertical de regulamentao. Nos casos previstos no CTB, essas marcas tm poder de regulamentao. De acordo com sua funo as marcas de delimitao e controle de estacionamento e parada so subdivididas nos seguintes tipos: Linha de indicao de proibio de estacionamento e/ou parada (LPP); Marca delimitadora de Parada de veculos especficos (MVE); Marca delimitadora de Estacionamento regulamentado (MER).As inscries no pavimento melhoram a percepo do condutor quanto s condies de operao da via, permitindo-lhe tomar a deciso adequada, no tempo apropriado, para as situaes que se lhes apresentarem.As inscries no pavimento podem ser de trs tipos: Setas direcionais; Smbolos; Legendas.Conforme previsto no CTB, as inscries no pavimento possuem funo complementar ao restante da sinalizao, orientando e, em alguns casos, advertindo certos tipos de operao ao longo da via.4.2 Sinalizao Vertical um subsistema da sinalizao viria, que se utiliza de placas, onde o meio de comunicao (sinal) est na posio vertical, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de carter permanente e, eventualmente, variveis, mediante smbolos e/ou legendas pr-reconhecidas e legalmente institudas(DENATRAN, 2007).Os sinais devem estar corretamente posicionados dentro do campo visual do usurio, ter forma e cores padronizadas, smbolos e mensagens simples e claras, alm de letras com tamanho e espaamento adequados velocidade de percurso, de modo a facilitar sua percepo, assegurando uma boa legibilidade e, por consequncia, uma rpida compreenso de suas mensagens por parte dos usurios. Suas cores devem ser mantidas inalteradas tanto de dia quanto noite, mediante iluminao ou refletorizao, obedecendo a Norma NBR 14.644:2007(DNIT, 2010). A sinalizao vertical pode ser descrita em trs diferentes classes, sendo elas: sinalizao de regulamentao, de advertncia e de indicao. Sinalizao de RegulamentaoA sinalizao vertical de regulamentao tem por finalidade transmitir aos usurios as condies, proibies, obrigaes ou restries no uso das vias urbanas e rurais. Sendo que todas as formas de transmitir essas informaes devem ser realizada de forma clara e sem dualidade. Possuindo 51 sinais de regulamentao e agrupados em 8 grupos. As formas, cores e dimenses que formam os sinais de regulamentao so objeto de resoluo do CONTRAN e devem ser rigorosamente seguidos, para que se obtenha o melhor entendimento por parte do usurio. (DENATRAN, 2007)Os grupos e subgrupos so os seguintes: 1. Preferncia de passagem 2. Velocidade 3. Sentido de Circulao4. Movimentos de circulao4.1. proibidos4.2. obrigatrios5. Normas especiais de circulao 5.1. controle de faixas de trfego5.2. restries de trnsito por espcie e categoria de veculo5.3. modos de operao6. Controle das caractersticas dos veculos que transitam na via7. Estacionamento8. Trnsito de pedestres e ciclistasA forma padro a circular, possuindo cores vermelhas, preta e branca. Sendo que a exceo quanto a forma so os sinais de Parada obrigatriae a D a Preferncia.Figura 3: Excees na forma padro das placas de regulamentao

As dimenses dos sinais variam em funo das caractersticas da via, principalmente no tocante sua velocidade de operao, de forma a possibilitar a percepo do sinal, a legibilidade e a compreenso de sua mensagem, por parte do usurio, dentro de um tempo hbil para que se realize a operao ditada por esta mensagem.A sua posio transversal ao decorrer da via deve ser de fcil visualizao do usurio e sem comprometer a ateno do mesmo na via, portanto so fixados normalmente margem direita da pista. A localizao longitudinal das placas condicionada pela distncia mnima de visibilidade para visualizao e entendimento da informao contida na mesma, que so determinadas pela Tabela 01.Figura 02: seo transversal da locao da placa

Tabela 1 Distncias de visibilidade para as velocidades de operao

Velocidade de Operao (km/h)Distncia Mnima de Visibilidade(m)

4070

6085

80105

100120

110130

Sinalizao de AdvertnciaOs sinais de advertncia so utilizados sempre que se julgar necessrio chamar a ateno dos usurios para situaes potencialmente perigosas, obstculos ou restries existentes, na via ou em suas adjacncias, indicando a natureza dessas situaes frente, quer sejam permanentes ou eventuais. Estas situaes exigem cuidados adicionais e reaes de intensidade diversa, por parte dos motoristas, que podem ir desde um simples estado de alerta, quando a situao eventual, adoo de manobras mais complexas de direo, como redues de velocidade ou at mesmo a parada do veculo, quando a situao permanente(DNIT, 2010).Este tipo de sinalizao mais utilizado para curvas, intersees, estreitamento de pista e condies de superfcie da pista so alguns exemplos. As placas de advertncia possuem normalmente geomtrica quadrada com uma diagonal na vertical, trazendo fundo amarelo e o smbolo ou legenda na cor preta. As excees a esta forma so o sinal de Cruz de Santo Andr e as de Sentido nico e Duplo(Figura 3).O seu posicionamento transversal segui semelhante sinalizao de regulamentao, mas diferencia no afastamento do final da pista at a placa, sendo aumentada para 1,50 metros no mnimo, e a altura de 1,50 metros acima da cota da pista. Para o posicionamento longitudinal deve obedecer distncia de visibilidade necessria para sua visualizao e pelo tipo de situao para o qual se est chamando a ateno. A distncia de visibilidade necessria para a visualizao do sinal composta pela distncia de percurso na velocidade de operao da via, correspondente ao tempo de percepo e reao, acrescida da distncia que vai desde o ponto limite do campo visual do motorista, at o sinal. A tabela a seguir relaciona distncias mnimas de visibilidade para as velocidades de operao comumente consideradas, para um tempo de percepo e reao de 2,5 segundos(DNIT, 2010).Tabela 2: Distncia em funo do tempo de percepo e da velocidade

Velocidade de Operao (km/h)Distncia Mnima de Visibilidade(m)

4060

5070

6080

7085

8095

90105

100115

110125

120135

Sinalizao de Indicao Os sinais de indicao tm como finalidade principal orientar os usurios da via no curso de seu deslocamento, fornecendo-lhes as informaes necessrias para a definio das direes e sentidos a serem por eles seguidos, e as informaes quanto s distncias a serem percorridas nos diversos segmentos do seu trajeto. So tambm utilizados para informar os usurios quanto existncia de servios ao longo da via, tais como postos de abastecimento e restaurantes, quanto ocorrncia de pontos geogrficos de referncia, alm de fornecer-lhes mensagens educativas ligadas segurana de trnsito(DNIT, 2010).Apresentando na forma mais comum de retngulo, e seu lado maior paralelo a horizontal, possuindo o fundo nas cores verdes ou azul, contendo suas legendas, setas e diagramas na cor branca.Para sua posio na transversal deve apresentar afastamento mnimo da pista de 1,5 metros, nos casos de no apresentar acostamento, e de no mximo 3 metros, a altura da placa cotada 1,5 metros acima do nvel da via. Em casos excepcionais, tais como estradas, parque ou ecolgicas, o afastamento lateral entre a borda da pista e a placa pode ser reduzido para um mnimo de 0,60 metros.Os sinais de indicao so utilizados tambm em suspenso em prticos e semiprticos, em vias que apresentem duas ou mais faixas por sentido, que apresentem condies necessrias como o volume de trfego prximo da capacidade, com trfego de alta velocidade, distncia de visibilidade restrita, entre outros. Nesses casos, a distncia entre borda inferior da placa e a pista deve ser no mnimo 5,50 metros e apresentar distncia mnima 1,5 metros dos elementos de sustentao a borda da pista, como demonstrado na Figura 04.Figura 04: Sinal em prtico

4.3 Outros DispositivosAlm das sinalizaes horizontais e verticais, a utilizao de outros dispositivos pode ser til na preveno de acidentes.Um exemplo disso so os radares (assim popularmente conhecidos) ou Equipamentos Medidores de Velocidade segundo o Denatran. Os radares, muito comuns nas rodovias brasileiras podem ser divididos em quatro tipos: fixo, esttico, mvel e porttil. O radar fixo, mais comum, instalado em local definido, de carter permanente. J o radar esttico se encontra em um veculo apoiado em um suporte, sendo esse de localizao imprevisvel. O radar mvel aquele instalado em veculos, que faz as medies ao longo da via. Por fim, o radar do tipo porttil aquele direcionado diretamente ao veculo. Os radares hoje em dia utilizados so equipados com flashes infravermelhos, cmeras digitais, conexes para envio de dados via wireless, fibra tica, entre outros. Simplificando, seu funcionamento se d pela deteco e registro de infraes de transito.Figura 5: Radar do tipo esttico(esquerda)e porttil (direita)Fonte: (BLOGCARROS, 2015)Alm de dispositivos que visam reduzir o nmero de acidentes, alguns dispositivos so tambm empregados afim de reduzir a gravidade de um acidente. o caso tpico das chamadas defensas rodovirias, que podem ser utilizadas em pistas em aterros, rodovias sobre altos taludes ou estradas com pistas separadas com canteiro central estreito. Dessa forma, as defensas visam a sada do veculo da pista de rolamento, o que poderia agravar um acidente, como por exemplo em uma coliso frontal (em caso de estradas com pistas separadas) ou em uma queda de um barranco.Figura 6: utilizao de defensas metlicas em rodoviaFonte: (LISY, 2015)Com o surgimento de novas tecnologias, os dispositivos de segurana no transito foram renovados. Hoje, inmeros dispositivos tanto localizados na rodovia, como nos veculos possibilitam um aumento de segurana contra acidentes. Dentre algumas dessas novidades tecnolgicas, pode-se citar o Cyclee, dispositivo criado pelo designer Elnur Babayev, do Azerbaijo. O Cyclee um acessrio que posicionado na regio do banco das bicicletas e projeta uma sinalizao nas costas do condutor da bicicleta afim de se comunicar com os motoristas. A sinalizao varia com a situao do ciclista. Caso esteja parado, uma sinalizao de parar ser exibida. O dispositivo, no entanto, ainda no est no mercado.Figura 7: Utilizao do Cyclee, uma das inovaes tecnolgicas5 Concluso No Brasil, so gastos por ano cerca de R$16 bilhes com acidentes. Em um pas onde o trnsito faz uma vtima fatal a cada 12 minutos, o tratamento de pontos crticos representa no s uma economia em dinheiro, mas tambm uma economia de vidas.A imprudncia, responsvel por cerca de 90% dos acidentes mostra que as medidas de engenharia devem ser tomadas, afim de diminuir o nmero e a gravidade desses acidentes. Contudo, uma anlise ampla do assunto capaz de mostrar que acima de qualquer medida, deve haver uma mudana comportamental, sobretudo dos motoristas. As sinalizaes horizontais, verticais e os dispositivos retratados visam alertar e avisar os usurios de uma via sobre os riscos e cuidados a serem tomados. No entanto, a negligncia e a imprudncia propiciam um cenrio favorvel a ocorrncia de acidentes, tornando ineficazes as solues de tratamento dos pontos crticos de uma via.

Referncias

MINISTRIO DOS TRANSPORTES. Manual de Procedimento para o Tratamento de Locais Crticos. Programa de reduo dos acidentes de trnsito - PARE. Braslia, 2002.SCHMITZ, A.; GOLDNER, L. G.(2010).Aplicao e Anlise de Mtodos de Clculo de Segmento Crticos de Rodovias em Interface Gis. Disponvel em: Acesso em: Junho de 2015.NEA, Ncleo de Estudos Sobre Acidentes de Trfego em Rodovias. Metodologia para Tratamento de Acidentes de Trfego em Rodovias. Florianpolis, 2006. 123p.BRANDO, L.(2011) Entrevista com L. Brando, consultora especialista em segurana viria. Acesso em: Junho de 2015.DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRNSITO. Cdigo de Trnsito Brasileiro. Braslia, 2001. 227p. DNIT. Guia de reduo de Acidentes. (1998). Disponvel em: Acesso em: Junho de 2015.DENATRAN. MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZAO DE TRNSITO (2007). Disponvel em: Acesso em: Junho de 2015DENATRAN. (2007). Departamento Nacional de Trnsito. Acesso em 28 de Junho de 2015, disponvel em DENATRAN: http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/manual_vol_i.pdfDNIT. (17 de Novembro de 2010). DNIT. Acesso em 28 de Junho de 2015, disponvel em Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte: http://ipr.dnit.gov.br/publicacoes/743_ManualSinalizacaoRodoviaria.pdf VIAS SEGURAS. Tratamento dos pontos crticos. Disponvel em: Acesso em 01 jul. 2015.SENADO.Entre mortes e feridos, vtimas de acidentes no trnsito so custo para a sociedade e problema para o sistema de sade pblica do Brasil. Disponvel em: Acesso em 05 jul. 2015.

Anexos

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