Trauma Raquimedular
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Cinética e Trauma raquimedular
Camila Correia
Jéssica Freitas
Syane Gonçalves
• É a maior causa de mortalidade entre adultos jovens, na faixa de 18 a 35 anos.
• Ocorre em maior frequencia em homens, tendo a proporção 4:1 em relação às mulheres.
• Principais causa:
45% - Acidentes automobilísticos
20% - Mergulhos em águas rasas/ quedas
15% - Acidentes esportivos
15% - Atos de violência
5% - Outros
Epidemiologia
• Hiperflexão
• Hiperextensão
• Carga Axial
• Carga lateral
• Rotação
• Ferimentos penetrantes
Cinética do Trauma
• Hiperflexão: Causada por desaceleração súbita do movimento.
Cinética do Trauma
• Hiperextensão:Movimento com a cabeça para trás e para baixo. A medula é esticada e
torcida.
Cinética do Trauma
• Carga Axial:Resulta de uma carga vertical.
Cinética do Trauma
• Carga Lateral:Força aplicada lateralmente ao paciente.
Cinética do Trauma
• Rotação:Ocorre rotação acentuada da cabeça ou do corpo com rotura dos ligamentos
posteriores.
Cinética do Trauma
• Ferimentos perfurantes:Lesão por PAF ou armas brancas que penetram na medula.
Cinética do Trauma
• 45 cm e se estende de C1 até L1 ou L2• Afina-se formando o cone medular, onde se estende o filamento
terminal• Cauda equina que tem inicio em T11 e termina no terceiro
segmento sacral, seguindo junto com o filamento terminal• 31 pares de nervos espinhais (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares,
5 sacrais e 1 coccígeo)• Cada raiz nervosa recebe informações sensitivas da pele
(Demátomos) e inervam um grupo de músculos (Miótomos)
Considerações Anatomicas
• Lesão primária
Transferencia de energia cinética para a medula espinhal que gera o rompimento dos axônios, lesão das células nervosas e rotura dos vasos sanguíneos.
• Lesão secundária
Morte de axônios e células que não foram inicialmente lesados, pela redução do fluxo sanguíneo, normalmente causada por alterações no canal vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão sistêmica.
Fisiopatologia
• Separação dos axônios não se faz imediantamente ao trauma não penetrante, sendo resultada de um evento patológico relacionado à lesão da membrana celular.
Fisiopatologia
Fisiopatologia
Irá determinar o nível da lesão neurológica do paciente
• História
Informações sobre o estado geral do paciente previamente ao trauma.
• Exame físico
ABC
• Exame neurológico
Avaliação da sensibilidade, da função motora e dos reflexos
Avaliação Clínica
• Paciente com fratura da coluna sem lesão medular Apresentam dor
Incapacidade funcional
Espasmo da musculatura adjacente.
Avaliação Clínica
• Paciente com lesão medular Perda de resposta à estimulo doloroso,
Incapacidade de realizar movimentos vontuntários,
Queda da pressão arterial com bradicardia
Alteração no controle dos enficteres,
Priapismo
Respiração diafragmática
Avaliação Clínica
• Síndome da medula central• Síndrome da medula anterior• Síndrome da medula posterio• Síndrome de Brown-Séquard• Síndrome do cone medular• Síndrome da cauda equina
Avaliação Clínica
Síndrome Característica
Síndome da medula central Cervical – comprometimento membros superiores e inferiores
Síndrome da medula anterior Preservação da propriocepção e perda variável da função motora e sensitiva à dor
Síndrome da medula posterior Manutenção da sensibilidade à dor e a função motora, propriocepção alterada
Síndrome de Brown-Séquard Hemissecção da medula – perda da função motora e proprioceptiva do lado da lesão e perda da sensibilidade à dor e temperatura do lado oposto
Síndrome do cone medular Incontinencia vesical, fecal e alteração da função sexual
Síndrome da cauda equina L1,L2 – paresia de membros inferiores, arreflexia, disturbios da sensibilidade e incontinência fecal e vesical.
• É realizada por meio da avaliação de sensibilidade tátil e dolorosa do paciente, através de 20 dermátomos
Mamilos – T4
Processo Xifóide – T7
Região Inguinal – T12 a L1
Região Perineal – S2, S3, S4
Atribui uma avaliação numérica nos achados clínicos:
0 – ausente
1 – alterada
2 – normal
Avaliação Sensibilidade
• Avaliação dos 10 pares miótomos e a força muscular graduada
C5 – Flexores do cotovelo
C6 – Flexores do punho
C7 – Extensores do cotovelo
C8 – Flexores do dedo
T1 – Abdutores
L2 – Flexores do quadril
L3 – Flexores do joelho
L4 – Dorsiflexores do tornozelo
L5 - Extensores longos dos dedos
S1 – Flexores plantares do tornozelo
Avaliação Motora
Avaliação Motora
• Segue a escala: 0 – Paralisia total
1 – Contração palpável
2 – Movimento ativo eliminado pela força da gravidade
3 – Movimento ativo que vence a força da gravidade
4 – Movimento ativo contra alguma resistencia
5 – Normal
OBS: Também examina-se o esfincter anal externo para auxilio na diferenciação da lesão completa ou incompleta.
Avaliação Motora
Grau Tipo de lesão Manifestações Recuperação
A Completa Ausencia de função motora e sensitiva abaixo da lesão
15,5 % cervical7% torácica
B Incompleta Função sensitiva, mas não motora 47%
C Incompleta Alguma força motora 84%
D Incompleta Força motora 84%
E Nenhuma Função sensitiva e função motora 100%
Avaliação da ASIA
• Radiografia antero-posterior, perfil e transoral (diagnóstico de 84% lesão cervical)
Exames de Imagem
• Tomografia Computadorizada:
Avaliação da morfologia da fratura
Estabilidade do segmento lesado
Compressão do canal vertebral
pelos fragmentos de vértebras
Exames de Imagem
• Ressonância Magnética Análise de contusões medulares
Hematomas
Lesões ligamentares
Hérnias discais
Presença de líquidos
Exames de Imagem
• Imobilização da coluna cervical nos paciente politraumatizados
• Metil prednisolona nas primeiras 8 horas após o trauma
• Gangliosídeos• Cirurgico, indicado quando:
Instabilidade do segmento vertebral e lesão neurológica
Paralisia após quadro neurológico normal
Paralisia rápida e progressiva
Paralisia incompleta que evolui para completa.
Tratamento
Abordagem inicial da vítima
• Goldman, D Ausiello (eds.) Cecil Tratado de Medicina Interna. Tradução da 22º ed. Rio de Janeiro: Elsevier editora, 2005. 3
• AMATO, Marcelo Campos Moraes et al. Traumatismos raquimedulares penetrantes los adolescentes. Coluna / Columna [online]. 2009, vol.8, n.3, pp 323-329. ISSN 1808-1851.http://dx.doi.org/10.1590/S1808-18512009000300014.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-18512009000300014
• Sizínio Hebert (et al.); Ortopedia e traumatologia: Princípios e Práticas; 4ª edição; editora Artmed – Porto Alegre: 2009.
Referências